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O IMPACTO DA AGROPECUÁRIA NO MEIO AMBIENTE:
RESTROSPECTIVA HISTÓRICA E PROJEÇÃO PARA O FUTURO
Gilmar Antunes Pereira1
RESUMO: O presente artigo é o resultado de uma pesquisa que conduz à reflexõessobre o impacto da agropecuária no meio ambiente. Diante de tal problema,acredita-se ser necessário desatar algumas amarras colocadas ao longo doprocesso de crescimento da agropecuária que, no caso, mais degr adou do quepreservou o meio ambiente. Por isso, buscou -se identificar e demonstrar asdegradações causadas pelo homem ao meio ambiente em conseqüência daatividade agropecuária, com a finalidade de informar e conscientizar a sociedadesobre suas implicações. Após revisão da literatura disponível, realizou -se pesquisade campo no município de Presidente Médici, aplicando -se entrevista pessoal comauxílio de instrumento de coleta do tipo formulário semi -estruturado, por meio do quêverificou-se que os agropecuaristas, por falta de uma política de cuidado com o meioambiente contribuíram para sua degradação. Foram identificados, como grandescausadores do impacto ao meio ambiente, decorrentes da agropecuária, odesmatamento, a erosão e os agrotóxicos e, como alternativa de solução, a práticado desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável. Meio Ambiente. Agropecuária.Presidente Médici. Impacto Ambiental.
ABSTRACT: The present article is result de uma research that leads to thereflections on the impact of the farming one in the environment. Ahead of suchproblem, it is given credit to be necessary to unfasten some mooring cables placedthroughout the process of growth of the farming one that, in the case, more itdegraded of what preserved the environment. therefore, one searched to identify andto demonstrate the degradações caused for the man to the environment inconsequência of the farming activity, with the purpose to inform and to acquireknowledge the society on its implic ations. After revision of available literature,became fullfilled research of field in the city of President Médici, applying itselfpersonal interview with aid of instrument of collection of the type half -structuralizedform, by means of what! was verifie d that the agropecuaristas, due to one politics ofcare with the environment, had contributed for its degradation. They had beenidentified, as great causers of the surrounding aomeio impact, decurrent of thefarming one, the deforestation, the erosion and the agrotóxicos and, as alternative ofsolution, the practical one of the sustainable development.
Key Words: Sustainable development, Environment, Farming, President Médici,Ambient Impact.
1 Graduando em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Rondônia, Campus de Cacoal, soba orientação da professora Mestre Estela Pitwak Rossoni.
INTRODUÇÃO
Nunca se ouviu falar tanto em preservar o meio am biente como nos
últimos tempos. Por este motivo este artigo trata do impacto da agropecuária no
meio ambiente.
Com base em uma revisão da literatura disponível sobre o tema e
levantamento de dados em pesquisa de campo, pôde -se observar que o meio
ambiente necessita, entre tantos profissionais, também do contador, na medida que
cada um dos seres humanos assume novas posturas, atitudes e comportamentos,
assim também acontece em relação às necessidades de controle e informações.
Preservar e cuidar do meio amb iente corresponde a um processo
educativo permanente, dinâmico, criativo, interativo com a participação de todos os
segmentos da sociedade e a reflexão acerca dos princípios que regem os cuidados
com o meio ambiente devem ser uma constante em toda e qualqu er formação.
Neste sentido, o equilíbrio entre a agropecuária e o meio ambiente proporcionará as
gerações futuras uma melhor qualidade de vida.
Em decorrência do desequilíbrio facilmente observado no meio ambiente
em virtude do avanço da agropecuária, é possível pensar que não há
desenvolvimento sem destruição, uma vez que com o aumento da população de
forma matemática, há também uma procura cada vez maior por alimento e outros
gêneros que satisfaçam necessidades. Com isso o meio ambiente perde espaço
para o desenvolvimento e a ganância do homem.
Daí a necessidade de se consolidar o conhecimento nas áreas de
contabilidade rural e ambiental, na tentativa de se encontrar um equilíbrio entre
agropecuária e meio ambiente.
O objetivo desta pesquisa é identificar e demonstrar as degradações
causadas pelo homem ao meio ambiente em conseqüência da atividade
agropecuária, com a finalidade de informar e conscientizar a sociedade sobre suas
implicações, proporcionando conhecimentos obtidos em levantamento teórico e em
2
campo com pequenos, médios e grandes agropecuaristas da cidade de Presidente
Médici.
Para isso, foi necessário, antes de tudo, realizar estudo sobre a história
dos impactos da agropecuária sobre o meio ambiente, para depois, buscar o que
pensam, como planejam, que dificuldades enfrentam os produtores rurais do
município escolhido.
Foram objetivos da pesquisa realizada
a) Conhecer a real situação do meio ambiente nos dias atuais
fazendo comparações com períodos passados;
b) Identificar quais são os pontos que d eterminam se um
ambiente está sendo preservado ou não;
c) Descrever formas de como explorar o meio ambiente sem
destruí-lo;
d) Demonstrar através da pesquisa de campo o que pensam os
agropecuaristas da cidade de Presidente Médici;
e) Verificar o grau de escolaridad e daqueles que utilizam a
agropecuária para sobreviver.
E teve por justificativa o desequilíbrio facilmente observado no meio
ambiente em virtude do avanço da agropecuária. Levando com isso a sérias
degradações que vem causando danos irreparáveis ao meio ambiente e ao homem.
1 REVISÃO DA LITERATURA
Considera-se aqui, o homem como principal agente modificador do meio
ambiente e a agropecuária, uma das atividades que mais contribui com essa
modificação.
3
Nesse contexto, aborda-se a questão ambiental, o his tórico sobre a
preocupação com o meio ambiente, a natureza como fornecedor de matéria prima,
desenvolvimento sustentável e crimes contra o meio ambiente e a relação com a
agroecologia.
1.1 A QUESTÃO AMBIENTAL
Com o surgimento da agricultura o homem pass ou a ser sedimentar,
deixou de ser nômade para viver dos frutos do seu suor. O homem deixou de viver
da coleta e da caça, passou a plantar e a domesticar os animais, com isso o meio
ambiente começou a perder espaço para o sedentarismo do homem, que vivia e m
sociedade e demandava cada vez mais de alimento e, conseqüentemente de mais
terra para plantar, levando-o à derrubada das matas e, em seguida plantio do pasto
para alimentar os animais.
Estudos sobre a história do Brasil apontam que no período do
descobrimento a principal atividade de Portugal foi à exploração do pau -brasil, a
mineração, cana- de- açúcar, café e nos dias de hoje, a soja, o arroz, o feijão, o
milho e a pecuária que ajudam o Brasil a ter mais divisa e a ganhar mercado no
mundo (MOTA , BRAICK, 2001, p.199).
Como afirma Paiva (2006, p. 11): “a partir da fixação do homem a terra
e do surgimento do conceito de propriedade, os indivíduos passaram a utilizar os
recursos naturais de acordo com suas necessidades de subsistência”.
O ser humano tem direito a uma vida saudável, em harmonia com a
natureza, e constitui, portanto, o centro das preocupações relacionadas com o
desenvolvimento sustentável. É necessário que as estratégias públicas de
desenvolvimento incorporem a sustentabilidade como elemento indispensável para
alcançar de forma equilibrada, interdependente e integral, os objetivos econômicos,
sociais e ambientais (MOTA; BRAICK,2001).
4
Por isso, percebe-se que o ser humano não foi muito feliz nessas
questões, pois o uso dos recursos nat urais disponíveis, embora tenha trazido
melhora nas condições de vida, trouxe também a poluição, com todos os seus
impactos na condição de vida, e também trouxe preocupações quanto às
possibilidades futuras de se continuar vivendo (MOTA, BRAICK).
Nesse cenário, o contador torna-se um profissional importante,
subsidiando, por meio das informações prestadas dados estatísticos que permitem o
uso mais eficiente dos recursos naturais fornecendo informações para tomada de
decisão, melhorando assim, o modo de vida da sociedade.
1.2 HISTÓRICO DA PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE
Segundo Ferreira (2006, p.12) “a preocupação com o meio ambiente data
do século XIX; somente no século XX e principalmente, a partir dos anos 70 passou
a ter repercussão na sociedade”.
A primeira conferência sobre o meio ambiente foi realizada em Estocolmo
em 1972, com repercussão internacional. Já em 1975 foi realizado um Seminário
Internacional de Educação em Belgrado, com a participação de vários países, que
resultou na carta de Belgrado.
Não só Estocolmo e Belgrado promoveram encontro de países com
preocupações voltadas para os problemas ambientais do planeta. No Rio de Janeiro,
no Brasil realizou-se a Eco-92 que estabeleceu um compromisso maior entre os
países participantes com o assu nto, no qual os conceitos “ambientalmente correto” e
“desenvolvimento sustentável” tomaram maior dimensão e começaram a fazer parte
do dia-a-dia da sociedade civilizada e, conseqüentemente, do cotidiano de um
número maior de empresas.
O documento assinado por 170 países durante a Eco 92 ficou conhecido
como Agenda 21, que foi considerado pelo Eco -Rio, o maior esforço conjunto feito
5
por governo de todo o mundo, para identificar as ações que combinem o
desenvolvimento com a proteção do meio ambiente.
Todavia pesquisas mostram que com a colonização de Rondônia em
1970, o meio ambiente perdeu uma área considerável, pois os colonos aqui
chegaram com intuito de desmatar e plantar. De pequenos sitiantes passaram a
fazendeiros, momento em que os colonos não tinham uma preocupação com o meio
ambiente (TEIXEIRA ; FONSECA, 1998, p.173).
1.3 A NATUREZA COMO FORNECEDORA DE MATÉRIA PRIMA
No final do século XVIII foram bastante intensos os impactos da
Revolução Industrial sobre as condições de vida e saúde das populaçõ es,
principalmente nos países europeus, onde houve maior desenvolvimento nas
relações industriais e de produção. Contudo, esse domínio da tecnologia moderna
sobre o meio natural trouxe conseqüências negativas para a qualidade da vida
humana em seu ambiente. O ser humano, afinal, também é parte da natureza,
depende dela para viver, e acaba sendo prejudicado por muitas dessas
transformações, que degradam sua qualidade de vida (MEIRA, 2006).
O desenvolvimento da sociedade, impulsionado pela globalização, faz com
que cada vez mais sejam absorvidos profissionais capacitados em planejar e
gerenciar a qualidade do meio ambiente; é a própria sociedade que demanda a
participação destes profissionais no processo produtivo, obrigando as empresas e
governos a situarem-se dentro de padrões economicamente produtivos, socialmente
responsáveis e ecologicamente corretos para diminuir os problemas no meio
ambiente. Sobre a problemática sócio -ambiental, apresenta-se o quadro teórico a
seguir:
PROBLEMA DESCRIÇÃO
Crescimentodemográfico
A população mundial é de 6,1 bilhões de habitantes e deve chegar a 9,3 bilhõesem 2050.
6
Superexploração dos
recursos
A cada ano, a utilização dos recursos supera em 20% a capacidade do planetade regenerá-los. Em 2050, a população mundial va i consumir entre 180% e 220%do potencial biológico do globo
Espéciesameaçadas
11,046 espécies animais estão ameaçadas de extinção nas próximas décadas,principalmente pelo desaparecimento de seu habitat natural, o que representa28% das espécies mamíferas, 15% dos pássaros, 28% dos répteis, 25% dosanfíbios e 40% dos peixes.
Erosão do solo O crescimento da população acarreta uma enorme pressão sobre a agricultura e,portanto, uma demanda crescente de terras agrícolas.
Quadro 1: Problemas sócio-ambientais mais gravesFonte: Adaptado de MEIRA (2006, p. 9)
Como é possível observar, nas próximas décadas, a sobrevivência da
humanidade vai depender da educação ecológica, da capacidade do ser humano de
compreender os princípios básicos da ecologia e vive r de acordo com eles. Isso
significa que essa educação tem que se tornar uma qualificação essencial dos
políticos, lideres empresariais e profissionais de todas as áreas, e tem que ser um
dos assuntos mais importantes da educação primária, secundária e sup erior, além
de projetar o futuro com o pensamento do desenvolvimento sustentável, tratado a
seguir.
1.4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Para Boff (2004, p. 137),
Sustentável é a sociedade ou o planeta que produz o suficiente para si epara os seres dos ecossistemas onde ela se situa; que toma da naturezasomente o que ela pode repor; que mostra um sentido de solidariedadegeneracional, ao preservar para as sociedades futuras os recursos naturaisde que elas precisarão. Na prática a sociedade deve mostrar -se capaz deassumir novos hábitos e de projetar um tipo de desenvolvimento que cultiveo cuidado com os equilíbrios ecológicos e funcione dentro dos limitesimpostos pela natureza. Não significa voltar ao passado, mas oferecer umnovo enfoque para o futuro com um. Não se trata simplesmente de nãoconsumir, mas de consumir responsavelmente.
O grande engano no que diz respeito à preservação do meio ambiente, é
considerar o ser humano fora desse meio. Sendo parte integrante desse meio, o
planeta Terra é a grande comunidade de vida, de toda as espécies que nela
7
habitam. Por este motivo quando se fala de desenvolvimento sustentável, refere -se
ao ser humano utilizar os recursos naturais racionalmente e responsavelmente.
Conforme afirma Ferreira (2006, p. 17 ), “desenvolvimento sustentável
implica usar os recursos renováveis naturais de maneira a não degradá -los ou
eliminá-los ou diminuir sua utilidade para as gerações futuras”.
Entende-se que, para haver desenvolvimento sustentável na agropecuária,
são necessárias políticas diferentes da atual, e que os interesses econômicos e
financeiros devem estar voltados à incentivos agrícolas e pecuários tanto no
agronegócio como na agricultura e pecuária familiar, incentivando uma maior
diversificação de produtos e rebanh os em diferentes épocas do ano, tornando,
assim, uma agropecuária mais fortalecida e preparada para as diversidades que
possam ocorrer tanto com o retorno financeiro como com a instabilidade climática.
O progresso de forma como vem sendo feito tem acabado com o ambiente
ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a natureza. O atual modelo
Capitalista de crescimento econômico gerou enorme desequilíbrio. Recursos
continuam sendo explorados, sem que haja sua renovação. A humanidade caminha
para um colapso desses recursos e uma falência múltipla dos ecossistemas
terrestres.
Portanto, desenvolver de maneira sustentável na agropecuária é fazer
com que as estratégias econômicas tenham equilíbrio entre a agricultura, pecuária e
o meio ambiente visando a promover o crescimento da riqueza e a melhoria das
condições de vida, de forma igualitária. Para isso, são necessários modelos de
agropecuárias capazes de evitar a degradação ambiental e a exaustão dos recursos
naturais, não comprometendo, dessa forma, a sa tisfação das necessidades das
gerações futuras.
A busca de desenvolvimento sustentável na agropecuária é um processo,
e a própria construção do conceito é uma tarefa ainda em andamento e muito longe
do fim. Neste contexto, o contador deve envolver -se com a agropecuária
contribuindo de forma positiva com toda a sociedade, por meio de informações
precisas para melhor conscientização, redução e prevenção dos impactos
ambientais e respectivas causas e conseqüências para a sociedade.
8
De acordo com Tinoco e Kra emer (2004, p.137), a sustentabilidade
apresenta cinco dimensões descritas a seguir:
Sustentabilidade social : que se estende como a criação de um processode desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equilíbrio nadistribuição de renda e de bens, de modo a reduzir o abismo entre padrõesde vida dos ricos e dos pobres;
Sustentabilidade econômica: que deve ser alcançada através dosgerenciamentos e da alocação mais eficiente dos recursos e de um fluxoconstante de investimentos públicos e pri vados;
Sustentabilidade ecológica: que pode ser alcançada através do aumentoda capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo decombustíveis fósseis e de outros recursos e produtos que são facilmenteesgotáveis, redução da geração de resídu os e de poluição, através daconservação de energia, de recursos e da reciclagem;
Sustentabilidade espacial: que deve ser dirigida para a obtenção de umaconfiguração rural-urbana mais equilibrada e melhor distribuição territorialdos assentamentos humanos e das atividades econômicas;
Sustentabilidade cultural: incluindo a pesquisa por raízes endógenas deprocessos de modernização e de sistemas agrícolas integrados, quefacilitem a geração de soluções especificas para o local,o ecossistema, acultura e a área.
O contador utilizando destas cinco dimensões contribuirá de maneira
sustentável com a agropecuária fixando um melhor equilíbrio entre a agricultura, a
pecuária e o meio ambiente.
Todavia é a contabilidade que calcula, registra, avalia e informa ao longo
da história os resultados negativos e positivos da agropecuária, contribuindo para
que estas informações auxiliem a sociedade (empresários, acionistas, governo,
pecuaristas, agricultores) na tomada de decisão, pois é de sua responsabilidade
elaborar demonstrativos contábeis subsidiando a sua visualização de quais medidas
foram adotadas e os resultados alcançados na preservação do meio ambiente e de
como os investimentos realizados diminuem as agressões e os impactos que
ocorrem nesse ambiente.
Segundo Ferreira (2006, p. 21) “quando se fala em desenvolvimento
sustentável, a responsabilidade sobre isso normalmente recai sobre o governo e
empresas e pouco se fala sobre o papel de cada cidadão”.
9
1.5 CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE
Degradar implica em ações que resultam em danos ao meio ambiente,
gerando poluição. Essa poluição pode causar reflexos no patrimônio da entidade;
por isso, requer uma ação gerencial que vise tornar esse reflexo positivo ou que pelo
menos possa minimizar qualquer prejuízo (TI NOCO; KRAEMER, 2004).
Para Tinoco e Kraemer (2004, p. 45). “a degradação excessiva do meio
ambiente e a depleção exagerada de recursos naturais têm chamado a atenção em
todo o mundo, e com isso o meio ambiente vem atraindo cada vez mais atenção e
interesse”.
A relação entre o homem e o meio ambiente existe desde o início dos
tempos, devido à necessidade de sobrevivência do ser humano. Este, por sua vez,
sempre usou recursos naturais de forma desordenada e predatória, visto que
acreditava-se que a natureza fosse inesgotável.
Possivelmente o maior desafio quando se trata da questão ambiental, seja
o compatibilizar o crescimento econômico com a preservação ambiental, pois o
crescimento de uma economia provoca a perca ao meio ambiente.
Em economia, a pergunta fundamental seria como produzir tudo que a
humanidade precisa sem prejudicar o meio ambiente? Pergunta complexa, mas não
de difícil resposta. Deve-se propor um grande desafio para os que tomam decisões
com regulamentações claras, preventivas e respeit osas ao meio ambiente.
Então, como ter um equilíbrio entre as duas partes, haja vista que um
depende do outro, o meio ambiente fornece a matéria -prima necessária e em contra
partida lhe são devolvidos os resíduos não utilizados?
10
1.5.1 Tipos de Degradações ao Meio Ambiente
A seguir são apresentados os tipos de degradações ao meio ambiente,
mais comuns e que estão presentes no município de Presidente Médici.
1.5.1.1 Desmatamento
Sobre o tema desmatamento, Mattos (2004, p.11) diz que “dentre os
diversos tipos de agressões feitas ao ecossistema presente nesses estados, uma
das mais comuns é o desmatamento, provocado principalmente pela exploração
comercial irracional e pelas queimadas”.
Diante de tantos benefícios oferecidos pelas florestas, é espantoso que o
desmatamento tenha se tornado um dos problemas ambientais mais graves do
planeta. As florestas e a vegetação nativa vêm diminuindo drasticamente,
provocando sérias alterações nas condições climáticas. Durante os últimos 80 anos,
metade das florestas tropicais desapareceram, a maior parte depois de 1960. a
destruição dos ecossistemas é a causa principal da perda da biodiversidade,
seguida pela ocorrência de incêndios e pelo avanço das espécies exóticas invasoras
(MATTOS, 2004).
Diariamente os noticiais têm mostrado grandes enchentes, nevascas,
incêndios, furacões e outros fenômenos climáticos de natureza dramática, que
provocam grandes perdas de vidas humanas e de patrimônio natural. Sinais de
alarme da natureza, cujas causas, em grande parte, podem s er atribuídas à veloz
retirada da cobertura vegetal nativa promovida nos últimos anos da história humana.
Em outra citação Mattos (2004, p.11) evidencia que:
Não foi por acaso que em investigações recentes feitas pelo Ibama, já noGoverno Lula, que se constatou que de cada dez agentes agressores damata, oito são pecuaristas, dos outros dois um planta arroz onde antesexistia floresta e o outro é madeireiro.
11
A principal causa do desmatamento no Brasil é conversão das áreas
florestais para cultivo de pastagens e para a expansão das áreas agrícolas para
produção de grãos como a soja. Mal manejadas, estas áreas muitas vezes são
abandonadas depois de esgotada sua fertilidade inicial, o que permitiu ao Brasil
acumular, somente na Amazônia brasileira, mais de 1 6 milhões de hectares de áreas
degradadas (MATTOS, 2004).
1.5.1.2 Erosão
Para Meira (2006, p. 9), “a erosão é o processo de perda de solo que pode
ser causado pela água (tanto pelo impacto da chuva quanto do manejo da água de
irrigação), vento ou por práticas agrícolas inadequadas associadas à mecanização”.
Nesse processo, as partículas que compõe o solo, principalmente na
camada mais superficial, são levadas para outras áreas, causando o escoamento
superficial desses solos, fendas ou rachaduras, e em a lguns casos mais severos,
crateras enormes (são as chamadas vossorocas). Essas partículas de solo, quando
levadas pelas chuvas, podem chegar aos rios e outros corpos de água, causando
assoreamento. Além da perda de solos propriamente dita, os processos ero sivos
resultam na migração de matéria orgânica e de insumos químicos (agrotóxicos e
fertilizantes químicos) para outras áreas (MEIRA, 2006).
A atividade humana acelera esse processo como uso de técnicas de
cultivo incompatíveis com as características ambi entais do local onde são
empregadas, como o pastoreio excessivo de animais, o corte de bosque ou a
queima da vegetação.
O domínio das monoculturas, típico da moderna agricultura, gera
condições favoráveis à erosão, a medida em que tende a desprezar as veg etações
nativas, que garantem a firmeza do solo, e a estimular o plantio de espécies únicas
em todos os espaços disponíveis de uma região (MEIRA, 2006).
12
A degradação dos solos é um dos problemas ambientais mais sérios em
todo o mundo. Assim, é fundamental o uso de práticas agrícolas adequadas,
baseadas em técnicas de manejo correto do solo e que levem em consideração o
agroecossistema com um todo, e não apenas o recurso natural solo.
1.5.1.3 Agrotóxicos
Ludwig (2005, p. 2) explica que “há vários tipos de agrotóxicos, mas os
mais usados na agricultura são os inseticidas (para controlar insetos), os herbicidas
(para controlar plantas e ervas daninhas) e os fungicidas (para controlar fungos)”.
Os agrotóxicos podem ter origem biológica ou química. A maiori a
apresenta o principio ativo (agente de controle) químico e, portanto, potencial tóxico
não só para as pragas que devem controlar, mas também para o homem, os animais
e os recursos naturais.
O tempo de permanência desses produtos no ambiente também é var iável
de produto para produto. Alguns persistem, ou seja, demoram mais tempo para se
degradar (desaparecer), e outros não. Alguns são extremamente tóxicos. Mesmo
quando utilizados em pequenas quantidades e curta duração, geram danos
ambientais e à saúde irreversíveis. Por essa razão, o uso desses produtos deve ser
sempre orientado por agrônomos ou técnicos especializados, considerando também,
sempre que existentes, as orientações do Manejo Integrado de Pragas (MIP), e as
orientações de uso correto do produt o.
Os agricultores que manipulam esses produtos geralmente recebem
pouca ou nenhuma informação sobre sua periculosidade e, muitas vezes, fazem as
aplicações sem a proteção necessária e sem o uso de equipamentos adequados. A
falta de cuidado com a escolha do produto, a tecnologia de aplicação e o descuido
no preparo, no transporte, no armazenamento, no descarte de sobras de produtos e
no descarte das embalagens gera sérios impactos no homem, na água, no solo e no
alimento que será consumido.
13
A exposição ao produto pode provocar alergias e dermatites, perda de
visão, feridas expostas, câncer, alterações do sistema nervoso, danos ao fígado, aos
rins, problemas respiratórios e de reprodução e, em intoxicações agudas, e até levar
à morte. O produto também pode f icar presente no alimento produzido no campo e,
por essa razão, o monitoramento de resíduos de agrotóxicos durante sua produção
e após a sua colheita deve ser realizado cuidadosamente e dentro de padrões
laboratoriais seguros à saúde do consumidor final (L UDWIG, 2005).
Diante destas degradações percebe -se a necessidade de planejamento e
gerenciamento na agropecuária.
Segundo Ferreira (2006, p. 30).
Gerenciar o meio ambiente requer conhecimento específico. Quando seconsegue entender esse processo de ges tão, mais facilmente se podedesenvolver um sistema de informação adequado a registrar, medir erelatar suas ações.
O contador, para desempenhar o papel decisivo de trabalhador da
formação e da informação que hoje lhe cabe, não pode apenas constatar a
realidade. Um outro saber, também básico, que deve ser sua segunda atitude, é
compreender a realidade para querer transformá -la e acreditar nos agropecuaristas
como inovador e empreendedor visando, assim, mudanças profundas de
paradigmas na agropecuária.
1.6 AGROECOLOGIA E O MEIO AMBIENTE
Neste capítulo aborda-se a agroecologia como solução para a questão
que vem agredindo o meio ambiente, particularmente no intuito de buscar aplicação
futura no município de Presidente Médici, com relação ao uso de agrotóxicos na
pecuária e na agricultura.
14
1.6.1 Agroecologia como alternativa
Segundo Kayser (2006, p. 69).
É já na semente ou no broto, que o jardineiro prudente cuida e prepara ofruto que virá. Se esse fruto é doente, é porque a própria árvore que gerouestava enferma e degenerada. Não é do fruto que se deve tratar mas davida que o produziu. O fruto será o que fizerem dele o solo, a raiz, o ar e afolha. É deles que devemos cuidar, se quisermos enriquecer e garantir acolheita.
A consciência ecológica cresce no mundo todo. Cada vez mais o veneno
é deixado de lado e as produções orgânicas, ecológicas ocupam mais espaço. A
agroecologia não apenas cresce na produção e no consumo como também na sua
abrangência conceitual, enquanto ciência que alavan ca e sustenta uma nova
mentalidade consumidora, uma nova agricultura e também uma nova visão
ambientalista.
A agroecologia fornece as bases científicas e tecnológicas para o
desenvolvimento de uma agricultura menos agressiva ao meio ambiente, gerando
emprego e renda no meio rural e melhorando a qualidade de vida dos agricultores
(KAYSER, 2006).
Em contraponto ao modelo agroquímico, urbano, industrial de produção,
imposto aos agricultores e conhecido mundialmente pela expressão “Revolução
Verde”, a agroecologia tem permitido fornecer aos consumidores alimentos limpos,
ecológicos, produzidos sem a utilização de fertilizantes químicos solúveis,
agrotóxicos, hormônios, antibióticos, estabilizantes, aromatizantes, conservantes etc.
todas substâncias nocivas à sa úde da população (KAYSER, 2006).
A agroecologia traz as condições objetivas para uma nova agricultura,
harmonizando o ser humano e o meio ambiente, numa condição de
interdependência, afastando-nos da orientação dominante de uma agricultura
intensiva em capital, energia, recursos naturais não renováveis, agressiva ao meio
ambiente, excludente do ponto de vista social e causadora de dependência
econômica aos agricultores (KAYSER,2006).
15
Os mais variados estudos científicos vêm reafirmando que a agroecologia
é uma ciência um campo de conhecimento cientifico de caráter multidisciplinar. E
apresenta uma série de princípios, conceitos e metodologias que nos permitem
estudar, avaliar, dirigir e planejar as atividades agropecuárias dentro de um agro -
ecossitema (KAYSER,2006).
O enfoque agroecológico aplica conceitos e princípios da ecologia, da
agronomia, da sociologia, da antropologia, da comunicação, da economia ecológica
e de tantas outras áreas de conhecimento. Portanto, a agroecologia não pode ser
reduzida a uma simples prática tecnológica ou agrônoma de produção, pois
incorpora dimensões e variáveis econômicas, sociais e ecológicas, bem como
variáveis culturais, políticas e éticas.
A agroecologia como ciência permite produzir alimentos saudáveis,
preservando a saúde de produtores e consumidores, sem degradar o meio
ambiente, melhorando a qualidade de vida da população (KAYSER, 2006).
1.7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Como procedimentos metodológicos optou -se, além da revisão da
literatura, a realização de pesq uisa de campo com suporte de formulário
(APÊNDICE) para coleta de dados em entrevista junto à 27 sitiantes que
corresponde a 1% dos apropecuáristas da cidade de Presidente Médici que foram
selecionados de forma não – probabilística, ocorrida durante o mês de abril de 2007.
Tal instrumento foi elaborado de forma semi -estruturada, com base na
teoria preliminarmente estudada, sendo composto de 8 perguntas objetivas acerca
as possíveis degradações observadas por eles no município, tendo reservado
espaço para justificativas, comentários e outras informações não previstas no
planejamento da pesquisa.
As respostas obtidas foram trabalhadas de forma a estratificar em
percentuais os pequenos (até 10 alqueires), médios (50 a 100 alqueires) e grandes
(assima de 100 alqueires) agropecuaristas, pecuaristas e agricultores, subsidiando
16
comparações acerca da realidade de degradações, preservações e perspectiva para
um melhor equilíbrio da agropecuária com o meio ambiente no município de
Presidente Médici.
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A seguir será abordada uma pesquisa de campo, que foi realizada no
Município de Presidente Médici, com os agropecuaristas dessa região, onde através
desta pesquisa gerou gráficos que mostra a problemática dessa região.
2.1 MUNICÍPIO OBJETO DE ESTUDO
O município de Presidente Médici localiza -se às margens da BR 364, na
região central do Estado de Rondônia, tendo sido criado no dia 16 de junho de 1981.
Atualmente sua população é de 26.500 habitantes (IBGE, 2007). Com seus 25 anos
de emancipação e clima tropical úmido, o município de Presidente Médici tem a
pecuária como principal atividade econômica, tornando assim, mais visíveis os
motivos do impacto por ela causado ao meio ambiente.
Segundo dados da Agência de Defesa Agrocilvopasto ril dos Estado de
Rondônia (IDARON, 2007) a pecuária em Presidente Médici consiste em rebanho
de 287.926 cabeças de gado. Já na agricultura, o que predomina são as lavouras de
café, milho, arroz e maracujá, sendo o maracujá o carro -chefe da fruticultura do
município.
Sua economia gira em torno da agropecuária e do serviço público. Por
isso, a pesquisa foi realizado com pequenos, médios e grandes produtores rurais
que dia-a-dia constroem a história econômica, social e cultural do município (IBGE,
2007).
17
Os dados foram analisados e confrontados com a real situação em que se
encontra o meio ambiente de Presidente Médici no que se refere à agropecuária.
2.2 PESQUISA DE CAMPO
Os dados auferidos na pesquisa junto aos produtores rurais de Presidente
Médici são apresentados a seguir, quando se busca fazer uma demonstração, dos
principais itens voltados ao estudo do trabalho da agropecuária com gráficos e
respectivos comentários.
0
10
20
30
40
50
60
70
69%agropecuária23% pecuária
8% agricultura
Gráfico 1 – Tipo de Atividade
No município de Presidente Médici 69% das propriedades rurais são de
agropecuaristas, isto é, que têm nas duas atividades a sua principal função.
Nessas propriedades predomina a pecuária com um rebanho misto de gado
de leite e corte e já na agricultura o que predomina é a lavoura de café,
arroz, milho, feijão e maracujá. Logo após a colheita o excedente é vendido e
investido na pecuária.
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0
10
20
30
40
50
60
60% com reserva40% sem reserva
Gráfico 2 – Reserva Florestal
Os 23% de pecuaristas praticamente sobrevivem da cria, recria e engorda
ou só da produção de leite, o que torna estes pecuaristas um pequeno, médio ou
grande produtor rural. e somente 8% qualifica -se como agricultor os demais
classificam-se entre pequeno, médio e grande pr odutor rural.
Neste gráfico pode-se observar que 60% dos entrevistados tem reserva
florestal em sua propriedade que na maioria vária de um a três alqueires e 40%
não tem reserva devido ao tamanho da propriedade que vária entre três e sete
alqueires.
0
10
20
30
40
50
60
60% aumentária40% não aumentária
Gráfico 3 – Reserva Florestal com Incentivo do Governo
Como é possível observar no gráfico 3, 60% aumentaria sua reserva caso o
governo assim o incentivasse e os outros 40% não aumentariam devido ao tamanho
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de sua propriedade.
0
10
20
30
40
50
60
70
30% sim70% não
Gráfico 4 – Uso de Queimada
Percebe-se neste gráfico que 70% não utiliza queimada em sua propriedade e 30%
ainda faz uso deste método de degradação ambiental.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
90% sim10% não
Gráfico 5 - Uso de Agrotóxico
A expressiva maioria diz que utiliza agrotóxico para limpeza do terreno e
controle de ervas daninhas no pasto, outro grande mau exemplo de degradação no
meio ambiente.
20
0
10
20
30
40
50
60
70
70% 1ª a 4ª série20% 5ª a 8ª série10% Ensino Médio0% Ensino Superior
Gráfico 6 – Escolaridade Rural
Nota-se que 70% tem de 1ª a 4ª série, 20% de 5ª a 8ª série, 10% ensino
médio, e não apareceu quem tem nível superior o que não quer dizer que não tenha,
verificando assim o grande numero de sitiante que tem apenas o primário.
0
10
20
30
40
50
60
70
30% sim70% não
Gráfico 7 – Incentivo do Governo na Degradação do Meio Ambiente
Segundo os produtores rurais que contribuíram com a pesquisa, nos anos
de colonização do estado de Rondônia, houve por parte dos órgãos governamentais
incentivo para derrubada. Caso eles não derrubassem perderiam a posse da
propriedade.
Diante do resultado desta pesquisa, foi observado que a agropecuária
destaca-se como sendo a principal atividade econômica do município, mas no que
refere à degradação (derrubada, erosão, agrotóxico) a pecuária destaca-se por ser
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uma atividade que necessita de espaço para pastagem do rebanho, sendo este
modelo pecuária extensiva utilizado em todo o Brasil, segundo Marion (2004, p. 20).
Apesar de tanta degradação, observa -se mediante a pesquisa que 60%
dos entrevistados preocupa-se com área de reserva florestal em sua propriedade e
estão prontos a aumentar a área caso, tenham a parceria do governo.
No aspecto cultural percebe-se baixo índice de escolaridade e auto -índice
de conhecimento empírico.
Essa riqueza de enfoque certamente contribuirá para o avanço da
agropecuária, para o desenvolvimento de novas pesquisas o que levará a uma nova
concepção de equilíbrio entre a agropecuária e o meio ambiente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nota-se que um dos maiores problemas que o meio ambiente enfrenta
relaciona-se à agropecuária, que vem ocupando cada vez mais espaço, e com isso,
possivelmente aumentando o nível de degradação.
Medidas têm que ser tomadas no sentido de fazer ou manter um equilíbrio
entre a agropecuária e o meio ambiente, levando com isso à uma preservação e
harmonia entre as partes.
No tocante ao contador, ele deve contribuir para que ocorra o ponto de
equilíbrio entre a agropecuária e o meio ambiente fornecendo informações para a
tomada de decisão, para que o mesmo possa tomar as medidas cabíveis com
relação a uma política ecologicamente correta.
Neste ponto, defende-se uma política de conservação mais rígida, voltada
para uma melhor conscientização da sociedade de modo geral, busca ndo com isso à
uma preservação sem comprometer as gerações futuras.
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Verificou-se que os produtores rurais de Presidente Médici entrevistados
não possuem nenhum controle das suas atividades agropecuárias, vivendo à mercê
dos fenômenos econômicos, assim como dos fenômenos naturais, ou seja, sem
controle algum. Mesmo aqueles que possuem algum controle, estes são precários,
sem contribuições dos órgãos governamentais. Todavia, demonstraram -se em sua
maioria, dispostos a contribuírem para a melhoria do meio ambiente, dependendo,no
entanto, de incentivos governamentais.
Os sitiantes que contribuíram com a pesquisa demonstraram interesse na
preservação do meio ambiente, no entanto, faltam -lhes acompanhamento e
educação que os incentive a valorizar e preservar o meio ambiente das degradações
muitas vezes causadas por desconhecimento e por falta de uma cultura de
preservação e conservação.
Durante as entrevistas, foi possível observar que, de maneira simples, os
entrevistados percebem que a melhor maneira de tr atar o meio ambiente é mediante
a preservação. Todavia, estes não utilizam a contabilidade para comparar, analisar,
informar percas e ganhos em suas propriedades.
Por todo o exposto, reforça-se a eminente necessidade de atitudes
voltadas à uma política governamental centrada no homem, nos valores culturais,
educacionais e ambientais, proporcionando -lhes uma melhor qualidade de vida sem
comprometer as gerações futuras, além do empenho dos profissionais de
contabilidade em prestar serviços e informações que realmente atendam as
necessidades dos usuários agropecuaristas.
REFERÊNCIAS
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: Ética do humano – Compaixão pela terra. 10. ed.Petrópolis: Vozes, 2004.
FERREIRA, Aracéli Cristina de Sousa. Contabilidade ambiental . 2.ed. São Paulo:Atlas, 2006.
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IBGE (2007), CIDADES: disponível em <http://www.ibge.com.br>. Acesso em
20/02/2007.
IDARON – Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia , escritório localPresidente Médici.
KAYSER, Arno. Família unida pelo meio ambiente . Mundo Jovem. v. 44, n. 370, p.3. 2006.
LUDWIG, Rejane Maria. A química escondida na comida . Mundo Jovem. v. 43, n.358, 2005, p. 2.
MARION, José Carlos. Contabilidade da pecuária . 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MATTOS, Paulo Henrique Costa. Pelo fim do genocídio na amazônia . MundoJovem. v. 42, n. 347, 2004, p. 11.
MEIRA, Rômulo Lima. Conhecer para preservar . Mundo Jovem. v. 44, n. 363.2006, p. 9.
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao TerceiroMilênio. Minas Gerais: Moderna, 2001.
PAIVA, Paulo Roberto de. Contabilidade ambiental . São Paulo: Atlas, 2006.
TEIXEIRA, Marco Antônio Domingues; FONSECA, Dante Ribeiro da. HistóriaRegional (Rondônia). 2. ed. Porto Velho: Rondoniana, 1998.
TINOCO, João Eduardo Prudênci o; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira.Contabilidade e gestão ambiental . São Paulo: Atlas, 2004.
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APÊNDICE
FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS JUNTO AOS AGROPECUARISTAS
Este questionário é o instrumento de pesquisa destinado à coleta de
dados referente ao Artigo “O Impacto da Agropecuária no Meio Ambiente:
Retrospectiva Histórica e Projeção para o Futuro” e tem por objetivo principal
verificar, registrar e proporcionar conhecimentos por meio de um levantamento
teórico de dados em pesquisa de campo c om pequenos, médios e grandes
agropecuaristas sobre a história dos impactos da agropecuária sobre o meio
ambiente no município de Presidente Médici. Salienta -se que a identidade do
entrevistado será preservada, ressaltando ainda que sua participação sincer a
grandemente nos auxiliará nesta pesquisa, subsidiando futuramente eventuais
ações voltadas à melhoria ambiental.
1. Qual o tipo de atividade que você exerce em sua propriedade?
agropecuária ( ) agricultura ( ) pecuária ( )
2. Em sua propriedade existe reserva florestal?
( ) sim ( ) não
3. Você utiliza queimada em sua propriedade para limpar o terreno?
( ) sim ( ) não
4. Você utiliza agrotóxico em sua propriedade?
( ) sim ( ) não
5. Qual o seu grau de escolaridade ?
( ) 1ª a 4ª série ( ) 5ª a 8a ( ) médio ( ) superior
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6. Você tem ou teve acompanhamento de algum órgão do governo em sua
propriedade?
( ) sim ( ) não
7. Você aumentaria a área de sua reserva?
( ) sim ( ) não
Por quê? ________________________________________________________
8. Você teve algum incentivo do governo para abrir sua propriedade?
( ) sim ( ) não
Se positivo, qual? __________________________________________________