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O ingresso nas licenciaturas da Escola de Engenharia em 1997/98. Estudo da evolução dos indicadores de qualidade e procura Edite Manuela da G.P. Fernandes Universidade do Minho Escola de Engenharia Julho de 1998

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O ingresso nas licenciaturas da Escola de Engenhar ia em 1997/98. Estudo da evolução dos indicadores

de qualidade e procura

Edite Manuela da G.P. Fernandes

Universidade do Minho Escola de Engenharia

Julho de 1998

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Prefácio Objectivos Este estudo surge no seguimento do trabalho realizado o ano transacto sobre o ingresso nas licenciaturas da Escola de Engenharia. Além da caracterização do ingresso nas licenciaturas neste ano lectivo de 1997/98, e face aos dados que foi possível obter este ano, optou-se por analisar a evolução ao longo dos últimos nove anos de certos indicadores de qualidade e procura. Assim, no Capítulo 1 analisa-se a evolução do número de candidatos e apresenta-se a distribuição dos colocados por sexo e por distrito de proveniência. No Capítulo 2 apresentam-se alguns dados sobre a distribuição das notas de candidatura dos colocados nas onze licenciaturas, sobre as percentagens de colocados nas diversas opções e sobre a evolução verificada em dois dos indicadores de qualidade e procura. Do Capítulo 3 ao 13 faz-se uma descrição mais pormenorizada, para cada uma das onze licenciaturas, da evolução de diversos indicadores de qualidade e procura. Agradecimentos Este ano os meus agradecimentos vão mais uma vez para a Vice-Reitoria em Azurém, para a Presidência da Escola de Engenharia e para o seu Gabinete de Apoio pela ajuda prestada, pela oportunidade e apoio concedidos para a realização deste estudo sobre um tema sempre tão motivador.

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Índice Prefácio ................................................................................................................................................... 2 1. Caracterização através de indicadores secundár ios ....................................................................... 5 1.1 Introdução ................................................................................................................................. 5 1.2 Variação do número de candidatos ........................................................................................... 5 1.3 Distribuição dos colocados por sexo ......................................................................................... 5 1.4 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 6 2. Caracterização através dos indicadores de qualidade e procura .................................................. 8 2.1 Média das notas de candidatura ................................................................................................ 8 2.2 Distribuição dos colocados por opção de colocação ................................................................. 10 2.3 Evolução dos indicadores de qualidade e procura .................................................................... 11 3. L icenciatura em Engenhar ia Biológica ............................................................................................ 16 3.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 16 3.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 16 3.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 17 3.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 17 3.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 18 3.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 19 4. L icenciatura em Engenhar ia Civil ................................................................................................... 20 4.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 20 4.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 20 4.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 21 4.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 21 4.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 22 4.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 23 5. L icenciatura em Engenhar ia Electrónica Industr ial ...................................................................... 24 5.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 24 5.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 24 5.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 25 5.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 25 5.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 26 5.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 27 6. L icenciatura em Engenhar ia de Materiais ...................................................................................... 28 6.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 28 6.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 28 6.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 29 6.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 29 6.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 30 6.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 30 7. L icenciatura em Engenhar ia Mecânica ........................................................................................... 32 7.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 32 7.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 32 7.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 33 7.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 33 7.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 34 7.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 35

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8. L icenciatura em Engenhar ia de Polímeros ...................................................................................... 36 8.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 36 8.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 36 8.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 37 8.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 37 8.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 38 8.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 39 9. L icenciatura em Engenhar ia de Produção ...................................................................................... 40 9.1 Sumário da caracterização do ingresso ..................................................................................... 40 9.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura .................................................................. 40 9.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura ............................................................ 41 9.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................... 41 9.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................... 42 9.6 Comparação com outras licenciaturas ...................................................................................... 43 10. L icenciatura em Engenhar ia de Sistemas e Informática .............................................................. 44 10.1 Sumário da caracterização do ingresso ................................................................................... 44 10.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura ................................................................. 44 10.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura .......................................................... 45 10.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................. 45 10.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................. 46 10.6 Comparação com outras licenciaturas .................................................................................... 46 11. L icenciatura em Engenhar ia Têxtil ................................................................................................ 48 11.1 Sumário da caracterização do ingresso ................................................................................... 48 11.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura ................................................................. 48 11.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura .......................................................... 49 11.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................. 49 11.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................. 50 11.6 Comparação com outras licenciaturas .................................................................................... 51 12. L icenciatura em Engenhar ia do Vestuár io .................................................................................... 52 12.1 Sumário da caracterização do ingresso ................................................................................... 52 12.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura ................................................................. 52 12.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura .......................................................... 53 12.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................. 53 12.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................. 54 12.6 Comparação com outras licenciaturas .................................................................................... 54 13. L icenciatura em Informática de Gestão ........................................................................................ 55 13.1 Sumário da caracterização do ingresso ................................................................................... 55 13.2 Distribuição aproximada das notas de candidatura ................................................................. 55 13.3 Distribuição dos colocados por distrito de candidatura .......................................................... 56 13.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados .................................................. 56 13.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção ............................................................. 57 13.6 Comparação com outras licenciaturas .................................................................................... 58 14. Conclusões ........................................................................................................................................ 59 Bibliografia ............................................................................................................................................. 60

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1. Caracterização através de indicadores secundár ios 1.1 Introdução Este primeiro capítulo contém a caracterização dos colocados nas onze licenciaturas da Escola de Engenharia, neste ano de 1997/98, baseada nos indicadores sexo e distrito de proveniência. As onze licenciaturas em estudo são as da tabela seguinte. Na segunda coluna são apresentadas as siglas, com três letras, que correspondem às licenciaturas.

Licenciatura Sigla Engenharia Biológica BIO Engenharia Civil CIV Engenharia Electrónica Industrial EIN Engenharia de Materiais MAT Engenharia Mecânica MEC Engenharia de Polímeros POL Engenharia de Produção PRO Engenharia de Sistemas e Informática SIN Engenharia Têxtil TEX Engenharia do Vestuário VES Informática de Gestão IGE

Para simpli ficar a escrita deste relatório optou-se pela utili zação das siglas, definidas na tabela anterior, para identificar as licenciaturas da escola, particularmente a partir do Capítulo 2. 1.2 Var iação do número de candidatos O número de candidatos ao ensino superior público a nível nacional, no ano de 1997/98, foi de 52122. Foram apresentadas 3074 candidaturas às onze licenciaturas. A tabela seguinte contém a evolução do número de candidaturas às licenciaturas da Escola, nos últimos cinco anos (última coluna). Para fins comparativos também se incluem os números respeitantes a toda a Universidade do Minho e ao país.

Ano lectivo Nacional Universidade do Minho Escola de Engenharia

1993/94 57916 17510 3796 1994/95 66464 20556 (+ 2 cursos) 5901

% variação +15 +17 +55 1995/96 80009 23877 (+ 2 cursos) 6248

% variação +20 +16 +6 1996/97 62307 18421 (+ 3 cursos) 3509

% variação -22 -23 -44 1997/98 52122 14587 (+ 1 curso) 3074

% variação -16 -21 -12 1.3 Distr ibuição dos colocados por sexo Em 1997/98 foram colocados 20469 candidatos do sexo feminino (58%) e 14982 do sexo masculino (42%), a nível nacional no ensino superior público. Na Universidade do Minho, dos

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colocados na 1ª fase nas 39 licenciaturas e 2 bacharelatos, 57 % são do sexo feminino e 43% do sexo masculino. As correspondentes percentagens no global das 11 licenciaturas da Escola de Engenharia são: 27% de colocados do sexo feminino e 73% do sexo masculino. Os gráficos circulares da figura 1.1 mostram as percentagens de colocados dos dois sexos em cada uma das licenciaturas.

Figura 1.1

1.4 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura A distribuição dos colocados no concurso de 1997/98, a nível nacional, por distrito de candidatura é a apresentada no gráfico da figura 1.2. Apenas se mostram as percentagens dos distritos do Norte perto do de Braga. A componente ´Outros distritos inclui assim Coimbra, Lisboa, Setúbal, etc.

Figura 1.2

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A figura 1.3 tem as correspondentes percentagens relativas aos 561 colocados na 1ª fase nas licenciaturas da Escola de Engenharia. As percentagens de colocados provenientes dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança e Porto não se alteraram em relação às do ano transacto.

Figura 1.3

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2. Caracterização através dos indicadores de qualidade e procura 2.1 Média das notas de candidatura Vai tomar-se como indicador de qualidade dos colocados numa determinada licenciatura a média das notas de candidatura. A ordenação dos candidatos a uma licenciatura é feita a partir da nota de candidatura. Esta nota de candidatura é calculada tendo como base as médias das classificações obtidas nos 10º e 11º anos do secundário e das obtidas no 12º ano de escolaridade, bem como a média das classificações obtidas nas provas específicas. Para as licenciaturas em estudo as disciplinas específicas são: Disciplinas específicas Licenciaturas (siglas) Matemática e Física CIV, EIN, MEC, PRO, SIN Matemática e Física ou Matemática e Química BIO, MAT, POL, TEX, VES Matemática IGE A figura 2.1 apresenta os gráficos de caixas (na horizontal) das distribuições (aproximadas) das notas de candidatura dos colocados na 1ª fase do concurso de 1997/98. Para uma interpretação mais rápida dos gráficos apresenta-se o sumário1 das distribuições na seguinte tabela: Licenciatura (colocados)

1º quartil Mediana 3º quartil Média2 Valor + baixo3 Valor + alto ≈

BIO (55) 145 150 150 149.5 139 175 CIV (75) 130 130 140 135.2 123.5 180 EIN (65) 105 115 120 116.5 100.8 170 MAT (8) 75 80 107.5 87.9 64.3 115 MEC (65) 110 120 120 118.6 103.5 160 POL (45) 115 120 130 122 111.8 150 PRO (26) 85 95 105 95.4 69.5 120 SIN (100) 110 120 137.5 126.4 106.8 175 TEX (35) 115 120 125 119.8 112.5 135 VES (12) 87.5 97.5 107.5 98.8 77 130 IGE (75) 120 125 135 126.9 116.5 185

Os lados da caixa (rectângulo) correspondem aos 1º (o inferior) e 3º (superior) quartis da distribuição das notas e a linha dentro da caixa corresponde à mediana. 50% dos colocados apresentam notas de candidatura compreendidas entre o 1º e o 3º quartis.

1 Considerando todos os colocados. 2 Média das notas de candidatura. 3 Considerando apenas os colocados do contingente geral.

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Figura 2.1 Embora a fórmula para o cálculo da nota de candidatura usada no concurso de 1997/98 seja diferente da do ano de 1996/97, optou-se pela comparação das distribuições das notas de candidatura por ser um indicador que sempre caracteriza a qualidade dos alunos colocados numa determinada licenciatura. Os gráficos de caixas da figura 2.2 mostram a evolução positiva verificada nas notas de candidatura. Não se refere à evolução positiva da qualidade dos colocados porque este aumento generalizado das notas de candidatura, e em particular da respectiva média, apenas se deve ao aumento da média das notas das provas específicas e não da média das notas do secundário. De facto, como se poderá constatar ao longo dos próximos 11 capítulos (nas secções 3.4, 4.4, 5.4, 6.4, 7.4, 8.4, 9.4, 10.4, 11.4, 12.4 e 13.4) o desempenho no secundário dos alunos colocados, em geral, piorou de 1996 para 1997. O aumento da média das classificações obtidas nas provas específicas, a partir de 1995/96 e em particular nos dois últimos anos, pode ser explicado por estas terem sido mais simples.

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Figura 2.2

As licenciaturas onde se verificou uma melhoria mais acentuada (deslocamento mais acentuado para a direita) foram: BIO, POL e TEX. 2.2 Distr ibuição dos colocados por opção de colocação Um dos indicadores de procura mais usados é a percentagem de colocados em 1ª opção numa determinada licenciatura. Outros indicadores, também importantes são: a percentagem de candidatos em 1ª opção e a razão entre o número de candidatos em 1ª opção (os que realmente querem ser colocados naquela licenciatura) e o número de vagas postas a concurso. Este último indicador será designado por procura. Nos estudos feitos para cada uma das licenciatura (nos próximos 11 capítulos) foram considerados os três indicadores referidos. O estudo tem como base a evolução verificada ao longo de nove anos. Neste capítulo genérico apenas se tomou a percentagem de colocados em 1ª opção como indicador de procura. Além dos colocados em 1ª opção também se apresentam os colocados noutras opções. No concurso ao ensino superior público de 1997/98, dos 35452 colocados, 53% foram colocados na licenciatura da sua 1ª escolha, 17% na licenciatura da 2ª escolha e 11% na da 3ª escolha. Relativamente às 11 licenciaturas da escola, 41% dos 561 colocados estão na licenciatura da sua preferência, 23% são candidatos que se encontram na licenciatura que indicaram como 2ª opção e 10% estão na licenciatura de 3ª escolha. As correspondentes percentagens de colocados em cada uma das 11 licenciaturas em estudo são apresentadas nos gráficos circulares da figura 2.3

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Figura 2.3

As licenciaturas com maior percentagem de colocados em 1ª opção são (por ordem decrescente): SIN, IGE, EIN e CIV. As licenciaturas com valores mais baixos deste indicador sâo: VES, POL e BIO. Se tomarmos os colocados nas duas primeiras opções, as percentagens por ordem decrescente são agora: CIV, EIN, SIN, IGE e MEC. 2.3 Evolução dos indicadores de qualidade e procura Tendo em conta o indicador de qualidade – média das notas de candidatura dos colocados – e o de procura – percentagem de colocados em 1ª opção – é possível representar numa matriz o desempenho das licenciaturas. O desempenho de uma dada licenciatura é pois caracterizado por estes dois indicadores. O indicador de qualidade representa-se ao longo do eixo vertical e o de procura ao longo do eixo horizontal. A correspondente matriz chama-se matriz de atracção absoluta. É possível analisar a evolução do desempenho das licenciaturas da Escola de Engenharia ao longo de nove anos. Os gráficos das figuras 2.4, 2.5, 2.6, 2.7, 2.8, 2.9, 2.10, 2.11 e 2.12 correspondem às matrizes de atracção absoluta respectivamente para os anos lectivos de 1989/90, 1990/91, 1991/92, 1992/93, 1993/94, 1994/95, 1995/96, 1996/97 e 1997/98.

Figura 2.4

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Figura 2.5

Figura 2.6

Figura 2.7

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Figura 2.8

Figura 2.9

Figura 2.10

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Figura 2.11

Figura 2.12 A partir do ano lectivo de 1993/94 verificou-se um deslocamento, da mancha de pontos da matriz, para a esquerda dos 0.5, do eixo da percentagem de colocados em 1ª opção, e para baixo dos 100, do eixo da média das notas de candidatura. Isto é, a procura diminuiu e a qualidade também. A diminuição da procura não parece ser devida à diminuição do número de candidatos ao ensino superior público nem à diminuição do número de colocados. Estes valores só começaram a descer a partir de 1996/97, como se mostra na tabela seguinte com valores nacionais.

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Ano lectivo Número de candidatos Número de colocados Percentagem de

colocados em 1ª opção 1993/94 57916 30476 53.3 % 1994/95 66464 31891 50.5 % 1995/96 80009 33473 46.5 % 1996/97 62307 32873 48.3 % 1997/98 52122 35452 52.5 %

A partir de 1996/97 começou a verificar-se uma subida da média das notas de candidatura, como se pode ver pelas figuras 2.11 e 2.12. Como se verá nos próximos capítulos esta subida deve-se, em geral, à subida da média das provas específicas.

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3. L icenciatura em Engenhar ia Biológica 3.1 Sumár io da caracterização do ingresso A tabela seguinte apresenta um sumário de alguns indicadores de qualidade e de procura relativos à BIO. As referências às notas dizem respeito aos colocados na 1ª fase do concurso deste ano.

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 55 Número de candidatos 500 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-11 % e +12 %

Número de candidatos em 1ª opção 53 Número de colocados 55 Número de colocados em 1ª opção 5 Média das notas de candidatura 149.5 Média das classificações das provas específicas 145.1 Média das classificações dos 10º e 11º anos 153.5 Média das classificações do 12º ano 154.2 Nota da última colocação 139 Percentil de ordem 45 150 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

96 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 62 % 3.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura O histograma da distribuição aproximada das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Biológica no ano de 1997/98 está representado no segundo gráfico da figura 3.1. O valor 110 corresponde a um colocado do contingente dos emigrantes. O primeiro gráfico diz respeito ao ano passado. A linha amarela corresponde a uma distribuição de valores normal com média e desvio padrão iguais aos da distribuição das notas de candidatura em estudo.

Figura 3.1

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3.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura Relativamente à distribuição dos colocados por distrito de candidatura, desceram as percentagens de colocados provenientes dos distritos de Braga – de 44% em 1996/97 para 35% em 1997/98 – e do Porto – de 30% em 1996/97 para 29% em 1997/98. Aumentou de 8 para 11% a percentagem de colocados provenientes de Viana do Castelo e de 0 para 5% os de Aveiro. Mais detalhes podem ser vistos no gráfico da figura 3.2.

Figura 3.2

3.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Para analisar a evolução da média das notas de candidatura foram feitos dois estudos. O primeiro analisa a relação entre a média das notas de candidatura, a nota do último candidato colocado e o número de vagas. A figura 3.3 apresenta um gráfico com a evolução destas três variáveis. Só foi possível obter a nota da última colocação a partir do ano lectivo de 1989/90. Para a BIO, das quatro vezes em que o número de vagas aumentou, em duas delas a média das notas de candidatura desceu. A nota da última colocação acompanha o comportamento da média.

Figura 3.3

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Quando se relaciona a média das notas de candidatura com a média das classificações das provas específicas e a média das notas do secundário4 , verifica-se que a primeira acompanha mais a evolução da segunda variável do que da terceira. Veja-se a figura 3.4. A fraca qualidade dos alunos no ano de 1994/95 deve-se ao fraco desempenho nas provas específicas.

Figura 3.4

3.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Para analisar a evolução da procura da BIO pelos candidatos ao ensino superior público usaram-se os três indicadores de procura, já referidos em 2.2 do Capítulo 2. O gráfico da figura 3.5 apresenta essa evolução ao longo dos últimos nove anos. Nos primeiros quatro anos do período em estudo a percentagem de colocados em 1ª opção subiu ligeiramente, desceu em 1993, para subir novamente em 1994 e a partir daí tem descido sempre. O indicador procura, definido pela

Figura 3.5 4 A média das notas do secundário é a média aritmética das médias das classificações dos 10º e 11º anos e das classificações do 12º ano.

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razão entre os candidatos de 1ª opção e o número de vagas mostra que 1989, 1993, 1996 e 1997 foram anos maus. 3.6 Comparação com outras licenciaturas Fez-se uma comparação com outras licenciaturas congéneres ou com alguns domínios científicos afins com a BIO, a nível de dois índices. O índice de qualidade é definido como a média aritmética da média das notas de candidatura dos colocados e da nota do último candidato colocado. Estas duas quantidades são as mais referenciadas a nível nacional quando se analisa a qualidade dos colocados numa determinada licenciatura. O índice de procura é definido como uma média pesada entre a percentagem de colocados em 1ª opção multiplicada pela percentagem de vagas ocupadas na 1ª fase e o indicador procura (razão entre candidatos de 1ª opção e vagas). Além da BIO, cinco licenciaturas entraram neste estudo. Elas são: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Biofísica Universidade de Évora Engenharia Biotecnológica Universidade do Algarve Engenharia Biológica IST - Universidade Técnica de Lisboa Química, ramo de Bioquímica e Química Alimentar Universidade de Aveiro Biologia Aplicada E.C. - Universidade do Minho

Representando graficamente os dois índices para cada licenciatura obtém-se a matriz de atracção absoluta. O posicionamento das licenciaturas é o que está na figura 3.6. A BIO está no grupo do meio, relativamente à qualidade e à procura.

Figura 3.6

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4. L icenciatura em Engenhar ia Civil 4.1 Sumár io da caracterização do ingresso O sumário da caracterização do ingresso na CIV, no ano de 1997/98, é o seguinte:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 75 Número de candidatos 491 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-11 % e -12 %

Número de candidatos em 1ª opção 102 Número de colocados 75 Número de colocados em 1ª opção 39 Média das notas de candidatura 135.2 Média das classificações das provas específicas 125.7 Média das classificações dos 10º e 11º anos 144.7 Média das classificações do 12º ano 144.5 Nota da última colocação 123.5 Percentil de ordem 45 130 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

64 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 17 % 4.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura O histograma da distribuição aproximada das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Civil no ano de 1997/98 é o segundo gráfico da figura 4.1. Os dois valores abaixo do 123.5 correspondem a colocados extra contingente geral. O primeiro gráfico diz respeito ao ano passado. Não houve uma melhoria muito significativa nas notas. A média sofreu um aumento de apenas sete pontos. A concentração das notas à volta do valor médio é que é maior do que a do ano passado.

Figura 4.1

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4.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura O gráfico circular da figura 4.2 apresenta as percentagens de colocados na CIV por distrito de candidatura. De Braga vieram 59 %, valor superior ao do ano passado (55% em 1996/97). Aumentou de 8 para 13% a percentagem de colocados provenientes de Viana do Castelo. Diminuiu de 7 pontos a percentagem de colocados que veio do distrito do Porto.

Figura 4.2

4.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados O gráfico da figura 4.3 apresenta a evolução da média das notas de candidatura, bem como da nota do último candidato colocado, de 1989/90 a 1997/98. Para a CIV não parece existir qualquer tipo de relação destas variáveis com as vagas. A nota da última colocação acompanha o comportamento da média. A figura 4.4 apresenta também a evolução da média das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Civil , ramo Produção, ao longo de cinco anos, de 1984/85 a 1988/89. A qualidade dos colocados desceu quando a licenciatura foi reestruturada e passou a ser apenas CIV.

Figura 4.3

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Figura 4.4

Quando se compara a média das notas de candidatura com as médias das notas das provas específicas e do secundário, verifica-se que tem havido uma melhoria da qualidade dos alunos colocados relativa ao secundário, com excepção deste ano de 1997/98. Veja-se a figura 4.5. Também em 1994/95 se registou o valor mais baixo da média das notas de candidatura.

Figura 4.5

4.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Relativamente à CIV, foi em 1989/90 e 1992/93 que se registaram os valores mais baixos do indicador procura. Entretanto este valor subiu até 1995/96 e voltou a descer nos dois últimos anos. A percentagem de colocados em 1ª opção sofreu um ligeiro aumento do ano passado para este ano. O gráfico da figura 4.6 apresenta a evolução referida ao longo dos últimos nove anos.

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Figura 4.6 4.6 Comparação com outras licenciaturas A comparação da CIV com outras licenciaturas congéneres é feita tendo como base os dois índices, um de qualidade dos colocados e o outro de procura. A maneira como estes índices foram definidos já foi descrita em 3.6. Foram escolhidas as seguintes sete licenciaturas: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Civil Universidade de Aveiro Engenharia Civil Universidade da Beira Interior Engenharia Civil FCT – Universidade de Coimbra Engenharia Civil IST – Universidade Técnica de Lisboa Engenharia Civil FCT – Universidade Nova de Lisboa Engenharia Civil Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Engenharia Civil F.E. – Universidade do Porto

A matriz de atracção que se obtém quando se representa, para cada licenciatura, o índice de qualidade ao longo do eixo vertical, e o de procura ao longo do eixo horizontal, está representada na figura 4.7. A CIV encontra-se posicionada no grupo do meio.

Figura 4.7

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5. L icenciatura em Engenhar ia Electrónica Industr ial 5.1 Sumár io da caracterização do ingresso Na tabela seguinte é apresentada informação, relativa a certos indicadores de qualidade e procura, que caracteriza o ingresso na EIN no ano de 1997/98.

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 65 Número de candidatos 294 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-33 % e -8 %

Número de candidatos em 1ª opção 42 Número de colocados 65 Número de colocados em 1ª opção 36 Média das notas de candidatura 116.5 Média das classificações das provas específicas 104.2 Média das classificações dos 10º e 11º anos 128.8 Média das classificações do 12º ano 128.8 Nota da última colocação 100.8 Percentil de ordem 45 110 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

35 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 3 % 5.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura O segundo gráfico da figura 5.1 apresenta o histograma da distribuição aproximada das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Electrónica Industrial, no ano de 1997/98. Comparando esta distribuição com a do ano passado verifica-se que houve um deslocamento para a direita, uma melhoria na qualidade, embora a forma e concentração de valores sejam semelhantes.

Figura 5.1

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5.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura A figura 5.2 apresenta a distribuição dos colocados na EIN, por distrito de candidatura. De Braga vieram 54 %, um aumento muito significativo em relação à percentagem do ano passado (40%). A percentagem de colocados provenientes do distrito do Porto diminuiu de 25% para 23%.

Figura 5.2

5.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados O gráfico da figura 5.3 apresenta a evolução da média das notas de candidatura, da nota da última colocação e do número de vagas, num período de dez anos - 1988/89 a 1997/98. Nos anos de 1992/93 e 1997/98, em que houve um aumento do número de vagas, não se verificou uma descida da média das notas de candidatura. Em 1994/95, por sua vez, já houve uma descida, no entanto, não parece ter a ver com as vagas.

Figura 5.3 Da figura 5.4, com a evolução das médias das notas de candidatura, das notas das provas específicas e das notas do secundário, conclui-se que o desempenho dos colocados ao nível do

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secundário tem descido e o comportamento do tipo ziguezague das médias das notas de candidatura se deve ao mesmo tipo de comportamento nas provas específicas. O valor mais baixo da média das notas de candidatura registado até hoje foi em 1994/95.

Figura 5.4

5.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção A evolução da percentagem de colocados em 1ª opção e do indicador procura encontra-se na figura 5.5. O racio procura desceu abaixo do 1 nos dois últimos anos e teve o seu valor mais alto em 1991/92. Embora a percentagem de colocados em 1ª opção apresente uma tendência de descida, em 1997/98 teve uma subida.

Figura 5.5

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5.6 Comparação com outras licenciaturas As licenciaturas com algumas afinidades científicas incluídas neste estudo são as seguintes: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Electrónica e de Telecomunicações Universidade de Aveiro Engenharia Electromecânica Universidade da Beira Interior Engenharia Electrotécnica/Electrónica, Instrumen-tação e Computação

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

A matriz de atracção que se obtém quando se representa, para cada licenciatura, o índice de qualidade5 ao longo do eixo vertical, e o de procura6 ao longo do eixo horizontal, está representada na figura 5.6. Das quatro, a EIN é a segunda a contar do canto superior direito.

Figura 5.6

5 Já foi definido na secção 3.6 do Capítulo 3. 6 Já foi definido na secção 3.6 do Capítulo 3.

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6. L icenciatura em Engenhar ia de Materiais 6.1 Sumár io da caracterização do ingresso Para a MAT, a caracterização do ingresso em 1997/98 é a apresentada na seguinte tabela:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 40 Número de candidatos 81 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-62 % e –34 %

Número de candidatos em 1ª opção 2 Número de colocados 8 Número de colocados em 1ª opção 2 Média das notas de candidatura 87.9 Média das classificações das provas específicas 53.2 Média das classificações dos 10º e 11º anos 122.5 Média das classificações do 12º ano 122.5 Nota da última colocação 64.3 Percentil de ordem 45 80 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

13 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 25 % 6.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Na figura 6.1 estão representados os histogramas das distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia dos Materiais, nos anos de 1996/97 e 1997/98. O número de colocados foi muito pequeno para se poder fazer alguma comparação.

Figura 6.1

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6.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura Relativamente à proveniência dos oito colocados, cinco vieram do distrito de Braga e dois do Porto. O gráfico circular da figura 6.2 apresenta a distribuição dos colocados na MAT, por distrito de candidatura.

Figura 6.2

6.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados O gráfico da figura 6.3 apresenta a evolução da média das notas de candidatura, da nota da última colocação e do número de vagas, desde 1991/92 até à data. Apenas em 1992/93 a nota do último colocado foi positiva. Em 1993/94 o número de vagas aumentou e a média das notas de candidatura desceu bastante. O gráfico da figura 6.4 ajuda a explicar esta descida. Em 1993, e depois em 1994, as médias das notas das provas específicas foram muito baixas. As médias das notas do secundário oscilam entre o 120 e 130.

Figura 6.3

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Figura 6.4

6.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção No segundo ano em que funcionou a MAT o indicador procura atingiu um valor superior a 3. Até mesmo a percentagem de colocados em 1ª opção teve um pico. Por sua vez, no primeiro ano de funcionamento a procura foi baixa. Este comportamento verifica-se na generalidade dos cursos. Verifica-se ainda que a procura esteve nos outros anos sempre abaixo do 1. A evolução do indicador procura, bem como a da percentagem de colocados em 1ª opção, estão representadas na figura 6.5.

Figura 6.5

6.6 Comparação com outras licenciaturas Foram encontradas as seguintes licenciaturas congéneres com a MAT, em estabelecimentos de ensino superior público:

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Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia de Materiais Universidade de Aveiro Engenharia de Materiais FCT – Universidade de Coimbra Engenharia de Materiais IST – Universidade Técnica de Lisboa Engenharia de Materiais FCT – Universidade Nova de Lisboa Física e Tecnologia dos Materiais F.C. – Universidade do Porto Engenharia Metalúrgica e de Materiais F.E. – Universidade do Porto

Na figura 6.6 encontra-se a matriz de atracção com as sete licenciaturas em estudo. Os índices utili zados, de qualidade e procura, foram já definidos no Capítulo 3, em 3.6. Quando uma licenciatura não preenche todas as vagas na 1ª fase, o índice de procura é penalizado. O curso do canto inferir esquerdo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto não teve colocados, embora tenha tido 30 candidatos para as 20 vagas. Das outras licenciaturas a MAT é a que tem candidatos de menor qualidade.

Figura 6.6

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7. L icenciatura em Engenhar ia Mecânica 7.1 Sumár io da caracterização do ingresso A tabela seguinte apresenta alguns dados estatísticos que caracterizam o ingresso na MEC em 1997/98:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 65 Número de candidatos 319 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-36 % e –5 %

Número de candidatos em 1ª opção 31 Número de colocados 65 Número de colocados em 1ª opção 22 Média das notas de candidatura 118.6 Média das classificações das provas específicas 104.4 Média das classificações dos 10º e 11º anos 132.9 Média das classificações do 12º ano 132.8 Nota da última colocação 103.5 Percentil de ordem 45 115 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

58 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 15 % 7.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Os dois histogramas com as distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Mecânica, em 1996/97 e 1997/98, estão representados na figura 7.1. Comparando as duas distribuições verificou-se uma ligeira melhoria na média, de 13 pontos. As formas são semelhantes, embora o pico no valor da média, de 1997/98, seja ligeiramente mais alto.

Figura 7.1

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7.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura A percentagem de colocados provenientes do distrito de Braga, 49%, é quase igual à do ano passado. Subiram as percentagens de colocados provenientes dos distritos do Porto, de 10 para 18%, e de Viana do Castelo, de 15 para 18%. Mais detalhes desta distribuição estão no gráfico circular da figura 7.2.

Figura 7.2

7.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Nos gráficos das figuras 7.3 e 7.4, é apresentada a evolução da média das notas de candidatura dos colocados, respectivamente na MEC, ao longo de nove anos, e nas licenciaturas em Engenharia Metalomecânica e Produção – Metalomecânica, ao longo de cinco anos. Em 1989/90 quando apareceu a MEC houve uma descida muito acentuada na qualidade dos colocados. Em 1993/94 houve novamente uma quebra na qualidade que se manteve para 1994/95. A partir daqui as médias começaram a subir.

Figura 7.3

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Figura 7.4 O comportamento da média das notas de candidatura, ao longo dos últimos nove anos, é semelhante ao da média das notas das provas específicas, aproximando-se mais uma da outra nos dois últimos anos. A média das notas do secundário tem subido e baixado, estando agora numa fase de descida. Mais detalhes podem ser vistos na figura 7.5.

Figura 7.5

7.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Tal como se verifica com as outras licenciaturas, no primeiro ano em que a MEC funcionou o indicador procura registou um valor muito baixo, tendo subido, no segundo ano, para um valor aceitável, próximo de 3. Nos dois últimos anos este indicador voltou a descer abaixo do 1. Relativamente à percentagem de colocados em 1ª opção verifica-se uma tendência de descida, mais marcante entre 1991/92 e 1994/95. Veja-se a figura 7.6.

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Figura 7.6

7.6 Comparação com outras licenciaturas O posicionamento da MEC com outras licenciaturas congéneres, numa matriz de atracção absoluta7, é apresentado na figura 7.7. Além da MEC, as outras seis licenciaturas em estudo são as da lista: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Mecânica Universidade de Aveiro Engenharia Mecânica FCT – Universidade de Coimbra Engenharia Mecânica IST – Universidade Técnica de Lisboa Engenharia Mecânica FCT – Universidade Nova de Lisboa Engenharia Mecânica F.E. – Universidade do Porto Engenharia Mecânica, Manutenção Industrial, Sistemas Electromecânicos

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

A MEC está no grupo do meio e tem os índices de qualidade e procura mais baixos do grupo .

Figura 7.7

7 A matriz é baseada nos índices de qualidade e procura definidos em 3.6.

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8. L icenciatura em Engenhar ia de Polímeros 8.1 Sumár io da caracterização do ingresso Para a caracterização do ingresso na POL em 1997/98 apresentam-se os seguintes dados:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 45 Número de candidatos 170 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-52 % e +6 %

Número de candidatos em 1ª opção 8 Número de colocados 45 Número de colocados em 1ª opção 4 Média das notas de candidatura 122 Média das classificações das provas específicas 110.9 Média das classificações dos 10º e 11º anos 132.7 Média das classificações do 12º ano 133.6 Nota da última colocação 111.8 Percentil de ordem 45 120 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

91 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 44 % 8.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Os dois histogramas com as distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia de Polímeros, em 1996/97 e 1997/98 estão representados na figura 8.1. Verificou-se uma melhoria muito significativa na qualidade dos colocados. A média subiu cerca de 30 pontos. Existe uma maior concentração de valores à volta da média, em 1997/98, quando comparados com os do ano passado.

Figura 8.1

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8.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura As diferenças mais significativas nas percentagens de colocados na POL, em 1997/98, quando comparadas com as do ano passado, são uma diminuição de 7% de provenientes do distrito do Porto e uma subida de 11% de Viana do Castelo. As proveniências doutros distritos são apresentadas no gráfico circular da figura 8.2.

Figura 8.2

8.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Optou-se também por apresentar, nos gráficos das figuras 8.3 e 8.4, a evolução da média das notas de candidatura dos colocados, respectivamente na POL, ao longo de dez anos, e na licenciatura em Engenharia de Produção – Plásticos, de 1984/85 a 1987/88. Contrariamente aos dois casos anteriores, nesta reestruturação não se registou uma descida da qualidade dos colocados. Houve uma descida mais acentuada em 1989/90, e em 1993/94. No primeiro destes anos também houve um aumento do número de vagas. O aumento de vagas em 1992/93 não foi acompanhado por uma descida da qualidade.

Figura 8.3

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Figura 8.4

A média das notas do secundário não tem sofrido grandes variações, ao longo dos últimos nove anos. A figura 8.5 apresenta a evolução não só da média das notas de candidatura, mas também a das médias das notas do secundário e das provas específicas. Nos últimos anos verifica-se uma aproximação das notas das provas específicas em relação às do secundário.

Figura 8.5

8.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção O comportamento do indicador procura para a POL é do tipo ziguezague. Nunca a procura atingiu picos altos nesta licenciatura, como nas outras. Nos últimos três anos o seu valor tem descido imenso. Também a percentagem de colocados em 1ª opção tem, desde 1992/93, descido para valores muito baixos. Veja-se a figura 8.6.

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Figura 8.6 8.6 Comparação com outras licenciaturas Com alguma afinidade científica com a POL, encontraram-se as seguintes licenciaturas: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Química, Polímeros e Agromateriais Universidade de Aveiro Química, Controlo de Qualidade dos Materiais Plásticos

E.C. – Universidade do Minho

Das três, a POL é a que se encontra mais à esquerda e mais abaixo da matriz de atracção absoluta. Das outras duas licenciaturas, só uma é de engenharia. Sobre os índices de qualidade e procura utili zados recomenda-se a secção 3.6 do Capítulo 3.

Figura 8.7

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9. L icenciatura em Engenhar ia de Produção 9.1 Sumár io da caracterização do ingresso Alguns elementos que caracterizam o ingresso na PRO em 1997/98, a partir dos quais é possível definir indicadores de qualidade e procura, são incluídos na seguinte tabela:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 60 Número de candidatos 150 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-71 % e +5 %

Número de candidatos em 1ª opção 12 Número de colocados 26 Número de colocados em 1ª opção 12 Média das notas de candidatura 95.4 Média das classificações das provas específicas 70.6 Média das classificações dos 10º e 11º anos 120.8 Média das classificações do 12º ano 119.2 Nota da última colocação 69.5 Percentil de ordem 45 95 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

19 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 27 % 9.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Na figura 9.1 estão representados os histogramas das distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia de Produção nos anos de 1996/97 e 1997/98. Verificou-se uma ligeira melhoria na qualidade dos colocados. A média subiu cerca de 11 pontos e os valores estão mais concentrados à volta da média do que no ano passado.

Figura 9.1

Figura 9.1

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9.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura A percentagem de colocados na PRO, em 1997/98, provenientes do distrito de Braga subiu cerca de 22 pontos percentuais (para 92%) relativamente ao ano passado. Por sua vez a diminuição de colocados vindos do Porto foi muito significativa, de 11 para 4%. Para além de Braga, Bragança e Porto não houve colocados provenientes de outros distritos. Veja-se o gráfico circular da figura 9.2.

Figura 9.2

9.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Relativamente à evolução da média das notas de candidatura registada entre 1989/90 e 1997/98, representada no gráfico da figura 9.3, pode-se concluir que, embora tenha sofrido uma descida abrupta em 1993/94, nos anos seguintes tem tido uma variação positiva. mas lenta Desde 1993 que os valores estão abaixo do 100. Nestes últimos cinco anos a nota do último colocado não acompanha o comportamento da média das notas de candidatura. Houve um afastamento em 1993/94 e 1996/97.

Figura 9.3

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Comparando a média das notas de candidatura com a média das notas das provas específicas verifica-se uma aproximação das duas, nos dois últimos anos, embora a média das notas do secundário tenha descido. Neste ano, verificou-se uma descida das médias do secundário em quase todos os grupos de colocados nas licenciaturas da escola. Parece haver um grupo de candidatos cada vez mais homogéneo. A fórmula para o cálculo da nota de candidatura, nomeadamente o peso que afecta a média das provas específicas, é importante, mas não explica totalmente a evolução das médias em estudo. Esta evolução está presente na figura 9.4

Figura 9.4

9.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Quando comparamos os indicadores de procura e a sua evolução ao longo de nove anos para a PRO, concluímos que a percentagem de colocados em 1ª opção subiu para um valor próximo do 1 em 1991/92, desceu nos dois anos seguintes, voltou a subir em 1994/95, desceu em 1995/96 e começou a subir ligeiramente a partir daí. Relativamente ao indicador procura também ele atingiu valores superiores a 1 em quatro dos nove anos em estudo. Para mais pormenores veja-se a figura 9.5.

Figura 9.5

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9.6 Comparação com outras licenciaturas A comparação com outras licenciaturas congéneres com a PRO foi feita tendo como base os índices de qualidade e procura definidos anteriormente em 3.6, do Capítulo 3. Isto é, o índice de qualidade é a média aritmética da média das notas de candidatura dos colocados e a nota da ultima colocação. O índice de procura é uma média pesada entre o quociente entre o número de colocados em 1ª opção e o número de vagas (que podem nem ter sido todas preenchidas na 1ª fase, como aconteceu com a PRO – o que penaliza a licenciatura) e o quociente entre o número de candidatos em 1ª opção e o número de vagas. Este último racio é o indicador procura. A lista das outras licenciaturas em estudo é a seguinte: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia e Gestão Industrial Universidade de Aveiro Engenharia da Produção e Gestão Industrial Universidade da Beira Interior Engenharia e Gestão Industrial IST - Universidade Técnica de Lisboa Engenharia de Produção Industrial FCT - Universidade Nova de Lisboa Gestão e Engenharia Industrial Instituto Superior de Ciências do Trabalho

e da Empresa Gestão e Engenharia Industrial F.E. - Universidade do Porto

A figura 9.6 apresenta a matriz de atracção absoluta relativa às sete licenciaturas. Embora a PRO apresente o índice de qualidade mais baixo das sete, não é a menos procurada. As três licenciaturas mais à esquerda foram as que não preencheram as vagas todas na 1ª fase. Foram assim penalizadas face ao índice de procura utili zado.

Figura 9.6

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10. L icenciatura em Engenhar ia de Sistemas e Informática 10.1 Sumár io da caracterização do ingresso Na tabela seguinte são apresentados dados estatísticos referentes ao ingresso na SIN em 1997/98:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 100 Número de candidatos 355 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-62 % e -12 %

Número de candidatos em 1ª opção 82 Número de colocados 100 Número de colocados em 1ª opção 64 Média das notas de candidatura 126.4 Média das classificações das provas específicas 111.3 Média das classificações dos 10º e 11º anos 141.5 Média das classificações do 12º ano 141.5 Nota da última colocação 106.8 Percentil de ordem 45 120 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

42 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 13 % 10.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura O histograma da distribuição aproximada das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia de Sistemas e Informática em 1997/98 é o segundo gráfico da figura 10.1. Para efeitos de comparação apresenta-se na mesma figura o histograma das notas dos colocados no ano passado. Verifica-se uma melhoria na média das notas, mas muito ligeira (cerca de 5 pontos). A forma da distribuição é semelhante à do ano passado, com uma maior concentração de casos para os valores mais baixos da distribuição, originando uma assimetria positiva.

Figura 10.1

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10.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura A percentagem de colocados na SIN provenientes do distrito de Braga subiu, do ano passado para este, de 29 para 35%. Por sua vez, diminuíram as percentagens de colocados vindos de Aveiro, Bragança, Porto e Vila Real. As respectivas percentagens, para este ano de 1997/98, são apresentadas no gráfico da figura 10.2.

Figura 10.2

10.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados A evolução verificada na média das notas de candidatura dos colocados na SIN, ao longo de catorze anos está registada na figura 10.3. Com altos e baixos, pouco significativos, ao longo dos primeiros nove anos, houve um descida abrupta nos anos de 1993/94 e 1994/95. Esta descida é em parte devida ao desempenho dos alunos nas provas específicas. As notas do secundário não influenciam tanto a nota de candidatura. De facto, em 1993/94 a média das notas do secundário subiu (embora ligeiramente) em relação ao ano anterior. A figura 10.4 apresenta as variações aqui referidas.

Figura 10.3

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Figura 10.4

10.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Quando se analisa a evolução da percentagem de colocados em 1ª opção na SIN, verifica-se uma descida a partir de 1992/93 (em quatro anos seguidos) e uma subida neste último ano. O indicador procura tem tido altos e baixos. Os anos de 1990/91, 1993/94 e 1995/96 (ano em que houve o maior número de candidatos ao ensino superior público - 80009) foram os melhores para a SIN em termos de procura. Veja-se a figura 10.5.

Figura 10.5

10.6 Comparação com outras licenciaturas Tendo como base os dois índices de qualidade e procura8 foi construída a matriz de atracção absoluta relativa a nove licenciaturas. Além da SIN, as outras licenciaturas em estudo são as da seguinte tabela: 8 Já definidos na secção 3.6 do Capítulo 3.

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Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia de Sistemas e Computação Universidade do Algarve Engenharia Informática FCT - Universidade de Coimbra Engenharia Informática Universidade de Évora Informática F.C. – Universidade de Lisboa Engenharia Informática e de Computadores IST - Universidade Técnica de Lisboa Engenharia Informática FCT - Universidade Nova de Lisboa Engenharia Informática e Computação F.E. - Universidade do Porto Matemática e Ciências de Computação E.C. – Universidade do Minho

A figura 10.6 apresenta a correspondente matriz. No grupo do meio em relação à procura, a SIN é a segunda a contar de baixo relativamente à qualidade.

Figura 10.6

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11. L icenciatura em Engenhar ia Têxtil 11.1 Sumár io da caracterização do ingresso A tabela seguinte apresenta um resumo da caracterização do ingresso na TEX, em 1997/98:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 35 Número de candidatos 128 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-67 % e -16 %

Número de candidatos em 1ª opção 7 Número de colocados 35 Número de colocados em 1ª opção 5 Média das notas de candidatura 119.8 Média das classificações das provas específicas 106.4 Média das classificações dos 10º e 11º anos 133.1 Média das classificações do 12º ano 133.1 Nota da última colocação 112.5 Percentil de ordem 45 120 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

97 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 49 % 11.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Na figura 11.1 estão representados os histogramas das distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Engenharia Têxtil nos anos de 1996/97 e 1997/98. A média da distribuição deste ano, e em relação ao ano passado, subiu cerca de 20 pontos em duzentos. A concentração dos valores à volta da média é também muito superior à do ano passado.

Figura 11.1

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11.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura Relativamente à distribuição dos colocados na TEX por distrito de candidatura, e a partir do gráfico circular da figura 11.2, conclui-se que aumentou de 3 pontos percentuais a percentagem de colocados vindos dos distritos de Aveiro e do Porto, e diminuiu de 3 pontos a percentagem de colocados provenientes do distrito de Viana do Castelo. A percentagem de colocados de Braga manteve-se.

Figura 11.2

11.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados As figuras 11.3 e 11.4 apresentam a evolução da média das notas de candidatura respectivamente da TEX , de 1989/90 a 1997/98, e das licenciaturas em Engenharia Têxtil e Produção - Têxtil , de 1984/85 a 1988/89. Verificou-se um descida na qualidade dos colocados no ano da transição de um curso para o outro. A partir de 1989/90 a média das notas de candidatura tem vindo a descer, chegando a tomar valores negativos. Em 1994/95 deu-se uma viragem e a variação tem sido positiva até hoje.

Figura 11.3

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Figura 11.4 A evolução da média das notas de candidatura, quando comparada com a média das notas das provas específicas e do secundário, tem sido, ao longo destes últimos nove anos, semelhante à de outras licenciaturas. Verificam-se variações positivas e negativas, mais marcadas pelas variações das notas das provas específicas, e uma aproximação do conjunto das três notas nos dois últimos anos. Veja-se a figura 11.5.

Figura 11.5

11.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Comparando os indicadores de procura e a sua evolução ao longo de nove anos para a TEX, conclui-se que a percentagem de colocados em 1ª opção tem vindo a descer desde 1989/90. Em 1996/97 houve um ligeiro aumento. A figura 11.6 mostra o comportamento referido. Relativamente ao indicador procura, só nos três primeiros anos em que funcionou a TEX, e em 1995/96 (ano em que houve 80009 candidatos), o seu valor ultrapassou a unidade.

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Figura 11.6

11.6 Comparação com outras licenciaturas Tendo como base os índices de qualidade e procura já definidos em 3.6, do Capítulo 3, construiu-se a matriz de atracção absoluta relativamente a quatro licenciaturas. Além da TEX, foram incluídas no estudo as seguintes: Licenciatura Estabelecimento de ensino Engenharia Têxtil Universidade da Beira Interior Engenharia do Vestuário Universidade do Minho Química, Controlo de Qualidade de Materiais Têxteis E.C. - Universidade do Minho

A figura 11.7 apresenta a referida matriz. A TEX, embora com um valor do índice de procura baixo, é a segunda a contar do canto superior direito. A licenciatura mais procurada não é uma engenharia.

Figura 11.7

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12. L icenciatura em Engenhar ia do Vestuár io 12.1 Sumár io da caracterização do ingresso A caracterização do ingresso na VES em 1997/98 pode ser sintetizada através da tabela:

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 30 Número de candidatos 52 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-74 % e –32 %

Número de candidatos em 1ª opção 1 Número de colocados 12 Número de colocados em 1ª opção 1 Média das notas de candidatura 98.8 Média das classificações das provas específicas 74 Média das classificações dos 10º e 11º anos 123.3 Média das classificações do 12º ano 124.2 Nota da última colocação 77 Percentil de ordem 45 95 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento1/carácter geral

42 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 50 % 12.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Embora o número de colocados na 1ª fase na licenciatura em Engenharia do Vestuário seja muito baixo para se poder concluir sobre a forma da distribuição das notas de candidatura, são apresentados, na figura 12.1, os histogramas das distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na VES nos anos de 1996/97 e 1997/98. Houve, em termos médios, uma melhoria de cerca de vinte pontos em duzentos.

Figura 12.1

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12.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura Um pouco mais de 80% dos colocados provêm do distrito de Braga. Dos restantes, 8% são provenientes do distrito do Porto e os outros 8% de Viana do Castelo. Veja-se a figura 12.2. Em relação ao ano passado houve um aumento de mais de 23% de colocados de Braga. Do distrito do Porto a percentagem desceu de dez pontos e de Viana do Castelo subiu oito.

Figura 12.2

12.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Da evolução da média das notas de candidatura registada entre 1990/91 e 1997/98, e que está representada no gráfico da figura 12.3, pode-se concluir o seguinte: uma descida das notas de candidatura, em média, em 1992/93, 1994/95 e mais acentuada em 1993/94, e uma subida a partir de 1995/96 até à data. Nos dois últimos anos a nota da última colocação tem-se distanciado da média das notas dos colocados.

Figura 12.3

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A figura 12.4 apresenta a evolução das médias das notas de candidatura, das provas específicas e das notas do secundário. Embora com valores baixos, o comportamento ao longo dos últimos oito anos é semelhante ao de outras licenciaturas.

Figura 12.4

12.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Só em 1990/91, quando surgiu a VES, em 1991/92 e em 1995/96, o indicador procura subiu acima da unidade. Em relação à percentagem de colocados em 1ª opção na VES tem-se verificado uma descida ao longo dos anos, com excepção do ano passado. O gráfico da figura 12.5 apresenta mais detalhes da evolução referida.

Figura 12.5

12.6 Comparação com outras licenciaturas A comparação com outras licenciaturas com alguma afinidade científica com a VES já foi feita no capítulo anterior, em 11.6.

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13. L icenciatura em Informática de Gestão 13.1 Sumár io da caracterização do ingresso A tabela seguinte contém o resumo da caracterização do ingresso na IGE em 1997/98.

Ano lectivo 1997/98 1ª fase Número de vagas 75 Número de candidatos 534 Percentagens da variação de candidatos de 1995 para 1996 e de 1996 para 1997

-36 % e -30 %

Número de candidatos em 1ª opção 122 Número de colocados 75 Número de colocados em 1ª opção 42 Média das notas de candidatura 126.9 Média das classificações da prova específica 116.8 Média das classificações dos 10º e 11º anos 136.9 Média das classificações do 12º ano 137.1 Nota da última colocação 116.5 Percentil de ordem 45 125 Percentagem de colocados que frequentaram o curso Agrupamento3/carácter geral

39 %

Percentagem de colocados do sexo feminino 33 % 13.2 Distr ibuição aproximada das notas de candidatura Analisando os dois histogramas, relativos às distribuições aproximadas das notas de candidatura dos colocados na licenciatura em Informática de Gestão nos anos de 1996/97 e 1997/98, da figura 13.1, conclui-se que houve um ligeiro deslocamento das notas para a direita, tendo a média aumentado de nove pontos em duzentos. A forma da distribuição continua a ser assimétrica positiva, mas mais acentuada este ano.

Figura 13.1

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13.3 Distr ibuição dos colocados por distr ito de candidatura Na IGE houve uma diminuição acentuada da percentagem de colocados provenientes do distrito de Braga, do ano passado para este ano. Desceu de 51 para 36%. Também desceram, de 2%, as percentagens de provenientes dos distritos de Aveiro e Vila Real. No entanto, subiram as percentagens de provenientes do distrito do Porto, de 23 para 29%, e dos distritos de Bragança (de 1 para 5%) e Viana do Castelo (de 6 para 8%). Veja-se o gráfico circular da figura 13.2.

Figura 13.2

13.4 Evolução da média das notas de candidatura dos colocados Analisando a evolução da média das notas de candidatura registada entre 1990/91 e 1997/98, representada no gráfico da figura 13.3, conclui-se que de 1992/93 a 1994/95 a qualidade dos colocados foi diminuindo, estabili zou em 1995/96 e nos dois últimos anos melhorou. O aumento do número de vagas (em 1992/93 e 1997/98) não parece ter influenciado, na IGE, a qualidade dos colocados

Figura 13.3

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Da figura 13.4 é possível verificar que a evolução da média das notas do secundário dos colocados na IGE, tem sido negativa, embora muito ligeira. A média nas notas do secundário e a média da prova específica encontram-se mais próximas da média das notas de candidatura, em 1996/97 e 1997/98.

Figura 13.4

13.5 Evolução da percentagem de colocados em 1ª opção Quando comparamos os indicadores de procura e a sua evolução ao longo de oito anos para a IGE, verificamos que a percentagem de colocados em 1ª opção tem estado a descer, desde 1991/92, até ao ano passado. Neste ano houve um aumento. Relativamente ao indicador procura, os valores atingidos têm sido muito satisfatórios. No ano seguinte ao aparecimento da licenciatura , procura chegou quase aos sete. Nestes oito anos sempre teve valores superiores a um e em 1995/96 (ano em que existiram mais candidatos ao ensino superior) registou um pico. Para mais pormenores veja-se a figura 13.5.

Figura 13.5

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13.6 Comparação com outras licenciaturas A comparação com outras licenciaturas congéneres com a IGE foi baseada nos dois índices já descritos. Um de qualidade e o outro de procura (veja-se em 3.6, do Capítulo 3). A comparação é feita entre quatro licenciaturas. Além da IGE, as outras são as da lista: Licenciatura Estabelecimento de ensino Informática – Gestão Universidade do Algarve Informática e Gestão de Empresas Instituto Superior de Ciências do Trabalho

e da Empresa Gestão de Empresas E.E.G. - Universidade do Minho

A figura 13.6 apresenta a matriz de atracção absoluta relativa às li cenciaturas em estudo. Embora a IGE apresente o índice de qualidade inferior a duas delas, em termos de procura é a segunda a contar do lado direito.

Figura 13.6

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14. Conclusões Sucintamente é possível tirar deste estudo as seguintes conclusões: 1. Em termos globais e no que diz respeito à qualidade dos candidatos ao ensino superior público, que foram colocados nas onze licenciaturas da Escola de Engenharia, 1993/94, 1994/95 e 1995/96 foram anni horribiles. 2. Em geral, registaram-se valores elevados dos indicadores de procura no segundo ano de funcionamento das licenciaturas da Escola de Engenharia.

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Bibliografia 1. DADOS DE COMPARAÇÃO, POR DISTRITO, ENTRE CANDIDATURAS DA 1ª FASE

DOS ANOS DE 1989-1990, 1991-1992, 1993-1994, 1995-1996 e 1997-1998, Ministério da Educação, Departamento do Ensino Superior , Abril de 1998.

2. Acesso ao ensino superior – DADOS ESTATÍSTICOS 1997/98. Par estabelecimento/curso,

Ministério da Educação, Departamento do Ensino Superior , Maio de 1998. 3. E.M.G.P. Fernandes, O ingresso nas Licenciaturas da Escola de Engenharia em 1996/97.

Estudo Comparativo e sua caracterização, Universidade do Minho, Escola de Engenharia, Junho de 1997.

4. STATA Statistical Software: Release 5.0, College Station, TX: Stata Corporation 1997.