Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado BanerjFundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXXV- Nº. 10 - OUTUBRO de 2018

O INÍCIO DA REPÚBLICAP á g i n a 3

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Esta coluna pretende rememorar fatos que, de alguma maneira marcaram época, relevantes ou nem tanto. Este é mais um capítulo dessa série.

Uma vida após a morte Em 3 de dezem-bro de 1967, o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard e sua equipe do Hospital Groote Schuur na Cidade do Cabo, trans-plantaram para o peito de Louis Washkansky, um merceeiro de 53 anos ví-tima de uma série de ata-ques cardíacos e a beira da morte, o coração de uma jovem de 25 anos, Denise Darvall, morta num acidente de carro. A operação pioneira foi um sucesso - após algumas horas o médico estava no quarto conversando com o paciente.

O feito teve imensa divulgação e desen-cadeou um debate intenso sobre as questões éticas envolvidas - a começar pela definição do momento da morte, até então considerado aquele em que o coração deixa de bater. Com a série de transplantes cardíacos que seriam fei-tos em todo o mundo a partir dali, os médicos redefiniram esse momento como a da cessação da atividade elétrica cerebral.

O noticiário descreveu em detalhes o procedimento de 5 horas a que foi submetido Washkansky: seu peito foi aberto, esterno divi-dido, afastadas as costelas e rompido o pericár-dio. Um aparelho cardiopulmonar mantinha o sangue oxigenado, fazendo-o circular em volta do coração, que foi removido, deixando apenas

o seu topo Então cortaram 95% do coração da moça e o suturaram no lugar do de Wa-shkansky. Para estimular o bati-mento cardíaco prenderam dois eletrodos ao órgão. Washkansky viveu 18 dias com o novo coração. Os remédios dados ao pa-ciente para conter uma possível rejeição do órgão transplantado debilitaram o seu siste-ma imunológico e ele acabou contraindo uma pneumonia dupla, que degenerou num compro-metimento geral do organismo.

Apesar disso, o sucesso projetou Bar-nard como personalidade internacional. De fa-mília pobre, ele ia à escola primária descalço. Com esforço formou-se em medicina em 1946, e até o final da década de 50 aprimorou seus conhecimentos na prática hospitalar e fazendo experimentos com animais. Realizou as primei-ras cirurgias de peito aberto na África e desen-volveu o novo desenho de válvulas cardíacas artificiais. Passava uma imagem de dedicação à família e ao trabalho, imagem que se trans-formou à medida que aumentava sua fama. Em pouco tempo estava posando ao lado de estre-las de cinema e seu casamento chegava ao fim. Isso reforçou as críticas que o considerava um charlatão, mas o fato é que a técnica de trans-plante que desenvolveu aperfeiçoou-se até ser mundialmente adotada.

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Pequena História da República – I Alexandre e outros Heróis (obra póstuma de Graciliano Ramos)

Livro em Fatias

Em 1889 o Brasil se diferençava muito do que é hoje: não possuíamos Ci-nelândia nem arranha-céus; os bondes eram puxados por burros e ninguém roda-va em automóvel; o rádio não anunciava o encontro do Flamengo com o Vasco, por-que nos faltavam rádio, Vasco e Flamen-go; na estrada de ferro Central do Brasil morria pouca gente, pois os homens, es-cassos, viajavam com moderação; existia o morro do Castelo, e Rio Branco não era uma avenida – era um barão, filho de vis-conde. O visconde tinha sido ministro e o barão foi ministro depois. Se eles não se chamassem Rio Branco, a avenida teria outro nome. As pessoas não voavam, pelo menos no sentido exato deste verbo. Figurada-mente, sujeitos sabidos, como em todas as épocas e em todos os lugares, voavam em cima dos bens dos outros, é claro; mas positivamente, a mil metros de altura, o voo era impossível, que Santos Dumont, um mineiro terrível, não tinha fabricado ainda o primeiro aeroplano, avô dos que por aí zumbem no ar.

O Amazonas, a cachoeira de Pau-lo Afonso e as flores-tas de Mato Grosso comportavam-se como hoje. Mas as estradas de ferro eram curtas, e quase se desconhe-ciam estradas de ro-dagem, porque havia carência de rodas. Nos sítios percorridos atu-almente pelo caminhão deslocava-se o carro de boi, pesado e vagaroso. Pouco luxo nas capitais, necessida-des reduzidas no campo. As cidadezinhas do interior, mediocremente povoadas, ig-noravam a ilumi-nação elétrica e o bar. Os jornais tinham quatro páginas (duas de anúncios), e as notícias circula-vam com lentidão. O café não havia constituído a gló-ria e a fortuna de S. Paulo; no Nordeste e no Estado do Rio espalhavam-se os mo-dernos banguês, que a usina venceu; em Minas consumia-se casimira inglesa. Os indivíduos bem situados envergonhavam--se de usar o produto nacional. As nossa máquinas eram singelas. Em certos lugares tínhamos a bolandeira, uma espécie de máquina de pau.

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Almoço de Confraternização Desde sua fundação em 1983, a AAF-Banerj vem realizando encontros entre seus associados, que passaram a denominar-se de almoços de confraternização. A partir de 1993 os encontros passaram a se realizar na sede social do América, tradi-cional clube futebolístico localizado na Tijuca, no Rio de Janeiro. Anteriormente, os almoços se realizavam no Restaurante La Mole, tam-bém na Tijuca. Paralelamente um grupo de antigos fun-cionários, cognominado de “cardeais” (a maio-ria do Banco da Prefeitura e muitos admitidos no 1º concurso em 1945), encontravam-se no Hotel Windsor Florida, no Flamengo, na zonal sul do Rio.

Na primeira década dos anos 2000 fez--se, então a fusão dos dois eventos, sendo mantido o “almoço de confraternização” bi-mestral da AAFBanerj que passou a realizar--se, após transitar por alguns restaurantes, no “Da Silva” no Centro e hoje no Demi Glacê, também no Centro. O espírito de companheirismo é incen-tivado como um dos objetivos fundamentais de nossa associação, sendo o almoço um de seus instrumentos. O de outubro último foi realizado no Demi Glacê, no dia 25 passado, dando mais uma vez, oportunidade para que um novo re-encontro ocorresse entre antigos funcionários do Banerj.

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Restaurante Da Silva

Churrascaria Rincão Gaúcho

Almoço de Confraternização no América e Confraternização dos 10 anos da AAFBanerj

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Febre da Juventude – 1978 Hoje em dia fica difícil imaginar que quatro garo-tos ingleses de terninho mo-derninho, de cabelinho com-pridinho e cantando iê-iê-iê tenham causado comoção e histeria mundiais, um fani-quito coletivo que se tornou conhecido como beatlemania. Pois essa mania coletiva está devidamente explicada em “Febre de juventude” (“I wanna hold your hand”, 1978), que além de instruir diverte às pampas. A comédia tem roteiro – com Bob Gale – e direção de Robert Zemeckis acom-panha adolescentes de Nova Jersey, que em 1964, tentam o impossível para conseguir ingressos para a primeira apresentação dos Beatles nos Estados Unidos, no programa de TV “Ed Sullivan Show”. Em fevereiro de 1964 a canção que dá o título original do filme estava no pri-meiro lugar nas paradas americanas. Os adolescentes americanos estavam furiosa-mente apaixonados pelo quarteto inglês e o apresentador do mais popular programa de auditório dos EUA convidou os Beatles para uma apresentação ao vivo no dia 9. A chegada dos ídolos e sua estada em Nova York geraram uma histeria de massa que ganhou manchetes de jornal mundo afora. Tendo Steven Spielberg como produtor, Ze-meckis aproveitou o fato para fazer uma ve-loz comédia de erros embalada por 17 can-ções dos Beatles. A comédia corre atrás das assanhadas Pam, Janis, Grace e Rosie en-

quanto elas fazem uma expedição a Nova York em busca de uma chance para ver do grupo. Claro que tudo dá errado. Tan-to que os Beatles nem entram em cena no filme, em carne, osso ou sósias. Mas es-tão onipresentes em espírito, o que aju-da a explicar o mito que dura até hoje.Obs.: a matéria foi elaborada com base em texto de Rogério Durst.

RETIFICAÇÃO A Festa de Natal das Crianças que estava marcada inicialmente para o dia 02 de dezembro às 16:00 hs, foi remarcada para o dia 09 de dezembro das 18:00 hs às 22:00 hs, por proble-mas da Casa de Festas. As demais instruções permane-cem as mesmas, conforme publicação da nossa revista de setembro/2018.

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ADMINISTRAÇÃO 2016/2018REALIZAÇÕES

Junho/2016: ISENÇÃO DE IPTU

Obtivemos junto à Prefeitura do Rio de Janeiro a inscrição do IPTU para a sede da AAFBanerj, conforme legisla-ção vigente, após longo processo em que res-tou provado nosso direito a isenção. Tal medi-da trouxe-nos uma sensível redução de custo, já que se tratava de valor significativo.

Julho/2016: NOVO SITE

Implantação do novo site para permitir interativida-de. Tal medida faz parte da atualização ado-tada pela Diretoria, em sintonia com o mundo moderno das comunicações.

Novembro/2016: PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO

Após várias tentativas junto ao Estado, sugerindo o pagamento do 13º salá-rio, o que poderia ser feito até 30 de novembro (a 1ª parcela) e o restante até 20 de dezem-bro, o que não foi acatado pelo Estado, ingres-samos com Ação Judicial que, após decisão protelatória da 1ª instância, nos fez recorrer com um agravo ao Tribunal de Justiça, onde conseguimos obter importante decisão que garantiu nossos direitos não só quanto ao 13º salário, como a extensão da Tutela antecipada a qualquer outro pagamento futuro dos apo-sentados, observando o tradicional calendário previsto no contrato.

Dezembro/2016: ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA

A AAFBanerj obteve junto a Caixa Econômica Federal, onde mantem suas aplicações finan-

ceiras, a isenção do Imposto de Renda e o IOF sobre as ditas aplicações, por se enquadrar na legislação pertinente.

Dezembro/2017: PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO

Mais uma vez esta Associação se viu obrigada a ingressar em Juízo para que a lei fosse cumprida no que concerne ao paga-mento do 13º salário. E novamente o Judiciá-rio reconheceu nosso direito, determinando o pagamento da gratificação.

EVENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

- Realização de diversas viagens internacio-nais, além de excursões nacionais e visitas guiadas a diversos pontos culturais, bem como conferências sobre os mais diversos te-mas.- realização de duas festas semestrais em ho-menagem aos aniversariantes e, ainda a do Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal das Crian-ças, Aniversário da Associação e Festa do Fi-nal do Ano. Todas com ingresso gratuito, sal-vo a do final do ano em que é cobrado um valor simbólico. Todas essas realizações só foram possíveis graças ao empenho de um grupo de Diretores que tem, no trabalho voluntário, sua princi-pal forma de atuação.

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Agenda Dia 13/11/2018 - Sede - 14hs Eleição da Administração da AAFBanerj

Dia 22/11/2018 - Sede - 11hs Aquisição dos convites para a Festa do Final de Ano da AAFBanerj - Clube de Aeronáutica

Dia 09/12/2018 - 18 hs. às 22hs. Festa das crianças - Casa de Festas Mansão dos Sonhos - Grajaú - RJ

Dia 15/12/2018 - 19 hs às 00hs. Festa de Final de Ano - Clube de Aeronáutica

A Importância do Recadastramento

Por não terem realiza-do o recadastramento anual, junto à Secretaria de Fazenda do Estado do Rio, 259 aposentados e pensionistas deixaram de receber, no mês de outubro, a renda mensal vitalícia. Este grupo, apesar de reiterados avisos, principalmente aqueles associa-dos da AAFBanerj, não cumpriram com a obrigação de comparecimento à Secretaria Estadual para as formalidade necessárias, não só quanto a atualização cadastral, como também para a necessária prova de vida. A medida tomada refere-se a apo-sentados que não compareceram no pri-meiro semestre do corrente ano, sendo que aqueles que não o fizerem durante o presente semestre sofrerão as restrições previstas futuramente, razão pela qual alertamos para que regularizem sua situ-ação com a urgência necessária, levando em conta o mês de nascimento.

EXPEDIENTEPublicação da AAFBanerjDiretoria Executiva:Presidente: Angelo ConteVice-Presidente: Gerson BargDiretores:Administrativo: João Maria Pereira de CarvalhoAdministrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de CastroSocial: Elza Soares LinharesPatrimônio: Paulo Mario Correa CardozoFinanceiro: Edson da Costa LealFinanceiro Adjunto: Décio de Oliveira GomesCultural: Marco Antônio BarbosaApoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e SilvaApoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. BastosApoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do AmaralPlanejamento: José Renato Baptista JourdanDiretores: Roberto Percinoto Rui Antônio Duarte de MagalhãesConselho Deliberativo:Presidente: Paulo Gustavo Medeiros LeitãoConselho Fiscal: Presidente: Paulo Lober Ferreira de SouzaPRODUÇÃO: AAFBanerjSede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309/CentroRio de Janeiro/RJ - 20020-100Site: www.aafbanerj.org.br CNPJ: 28.009.538/0001-86E-mails: aafbanerj@aafbanerj.org.br / aafbanerj@gmail.comTele FAX: 0xx (21) 2220-2566/2220-2319/2220-2843 /2240-4115. Tiragem: 4.000 exemplaresOs artigos de colaboradores não expressam, necessáriamente, a opinião da AAFBanerj Os artigos e serviços anunciados são de res-ponsabilidade dos anunciantes.

Capa: Promulgação da 1ª Constituição Republicana

Prezados Associados: Com relação à nota publicada na coluna de Ancel-mo Gois, no Jornal “O Globo” de 01/11/2018, escla-recemos tratar-se de Ação de Bitributação em face da União, número 2005.51.01.011311-0 (0011311-43.2005.4.02.5101), que tramitou na 22a. Vara Fe-deral, tendo 481 Associados como Requerentes. Em virtude de irregularidades por nós constata-das no referido processo houve, por parte da AAF-BANERJ, um pedido de Averiguação ao Ministério Público Federal que evoluiu para, entre outras me-didas, Ação de Improbidade Administrativa na Jus-tiça Federal. O advogado mencionado na matéria apenas foi indicado à AAFBANERJ, EM 2005, em outra gestão, para representar os associados interessados, não tendo nenhum vínculo com a Entidade. Nosso papel foi cumprido: evitamos que fossem pagos precatórios indevidos e poupamos nossos as-sociados de responderem, inclusive criminalmente, por tais recebimentos. O Diretor da Se-cretaria da 22ª Vara Federal foi exonerado e o Perito Contador afastado em razão de haver apresentado cálculos totalmente injustificados e estra-tosféricos. Quanto à juíza... ação arquiva-da.

AAFBanerj DIRETORIA

COMUNICADO