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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 49 Domingo, 02.12.2012 R$ 3,20 Homens da Promessa impactam Recife Nos últimos dias 1 e 2 de novembro de 2012, a cidade do Recife foi impactada pela inauguração do ministério Homens da Promessa. Um ministério voltado ao cuidado espiritual e ministerial dos homens de Deus, criado para ser um parceiro das Uniões Masculinas Missionárias de Homens Batistas do Brasil e de outros ministérios que trabalham no cuidado com homens de Deus (pág. 09). Feriadão para Jesus Ao tomar conhecimento sobre a dificulda- de de conseguir médicos no Rio de Janeiro para prestar atendimento voluntário em projetos missionários, Dr. Silvio e sua espo- sa Hilda aceitaram o desafio de mobilizar voluntários para auxiliar o projeto dos mis- sionários Wagner José dos Santos Oliveira e Eliane Felix Vieira que atuam na Mangueira. Assim, no feriado de 15 de novembro, 54 irmãos saíram de Campinas e outras cidades de São Paulo para a comunidade da Man- gueira, no Rio de Janeiro (pág. 07).

O Jornal Batista - ed. 49

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O Jornal Batista ediçao 49

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Page 1: O Jornal Batista - ed. 49

1o jornal batista – domingo, 02/12/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 49 Domingo, 02.12.2012R$ 3,20

Homens da Promessa impactam Recife

Nos últimos dias 1 e 2 de novembro de 2012, a cidade do Recife foi impactada pela inauguração do ministério Homens da Promessa. Um ministério voltado ao cuidado espiritual e ministerial dos homens de Deus, criado para ser um parceiro das Uniões Masculinas Missionárias de Homens Batistas do Brasil e de outros ministérios que trabalham no cuidado com homens de Deus (pág. 09).

Feriadão para Jesus

Ao tomar conhecimento sobre a dificulda-de de conseguir médicos no Rio de Janeiro para prestar atendimento voluntário em projetos missionários, Dr. Silvio e sua espo-sa Hilda aceitaram o desafio de mobilizar voluntários para auxiliar o projeto dos mis-

sionários Wagner José dos Santos Oliveira e Eliane Felix Vieira que atuam na Mangueira. Assim, no feriado de 15 de novembro, 54 irmãos saíram de Campinas e outras cidades de São Paulo para a comunidade da Man-gueira, no Rio de Janeiro (pág. 07).

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2 o jornal batista – domingo, 02/12/12 reflexão

E D I T O R I A L

isso não soube reconhecer o Pai. O que acontece ainda hoje com muitos crentes, vi-vem dentro das igrejas, mas não conseguem ver o Pai, estão perdendo seu tempo com coisas impróprias e in-definidas.

Para se ter tempo de qua-lidade é preciso usar de sa-bedoria e administrar seus momentos. Deus deu o livre arbítrio e concedeu enten-dimento, assim como en-sinou que há tempo para tudo (Eclesiastes 3). Basta ao homem dominar o seu tempo. Chorar, sorrir, amar, odiar, falar, se calar, todas

já havia feito tudo aquilo que o Pai encaminhou. Isso porque em nenhum momen-to perdia seu tempo com palavras insanas ou atitudes insensatas.

“Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.9). Jesus conhecia Filipe, mas ele não conhecia o Pai, mesmo tendo momentos importantes com Jesus, ele ainda não havia entendido. No caso de Filipe, ele não havia aproveitado seu tempo com Jesus, e por

Mais um final de ano está che-gando, e como sempre, é mo-

mento de refletir no que passou e avaliar o tempo que virá. E é este o assunto que OJB traz nesta edição, o tempo. No dicionário são muitas as definições, mas ficaria com as seguintes: “Sé-rie ininterrupta e eterna de instantes; Medida arbitrária da duração das coisas; Época determinada”. Jesus, o maior exemplo para todo homem, administrou o seu tempo de forma tão sábia que ao morrer na cruz aos 33 anos,

características próprias do homem, entretanto, falar no momento de se calar pode se tornar um grande erro; odiar no momento em que deve amar pode resultar em intrigas. A solução é buscar sabedoria Divina para admi-nistrar o tempo de viver cada sentimento.

Por tanto, comece este final de ano refletindo em como você utilizou o seu tempo e como poderá fazer do seu tempo em 2013 ben-ção. Se inspire em quem só precisou de 33 anos para marcar a história da huma-nidade. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 39836130 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Vamos orar por SP

• Tive um despertamen-to da parte de Deus nosso Senhor e Salvador, sobre o que está acontecendo no estado de São Paulo com a guerra entre bandidos (tra-ficantes) e policiais. Nes-sa guerra estão morrendo muitas pessoas inocentes e outras estão proibidas até de sair para trabalhar e estudar, a situação é crítica. É neste momento que en-

tram as verdadeiras Igrejas do Senhor nosso Deus. A Igreja que sou membro já está em oração e gostaria que a liderança batista esti-vesse convocando todos os evangélicos para fazermos essa corrente de oração e ai veremos como nosso Deus é o mesmo ontem, hoje e eter-namente. A Deus seja dado toda honra, glória e louvor.

Nilda Ferreira SantosIB Jd. Três Marias

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 39836130Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

ERRAtA:Na edição 47 de O Jornal Batista, na página 12, quando

da matéria do aniversário da PIB de Três Rios, onde se lê que a Igreja arrecadou 1/2 tonelada de arroz, leia-se 1 ¹/² (uma tonelada e meia).

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3o jornal batista – domingo, 02/12/12reflexão

MÚSICARolando de nassau

(Dedicado ao leitor Gedeon de Oliveira Antunes, de Brasília, DF)

Aconteceu, na tarde do sábado, 1º de setembro, no Sa-lão “Leopoldo Mi-

guez” da Escola de Música da UFRJ, no Rio de Janeiro, o lançamento do CD “Hinos”, de Amaru Soren. Neto da organista Nicéa Miranda e do pastor João Filson, filho da musicista Marília e irmão da professora Suray, Amaru continua a meritória contri-buição da família Soren ao cultivo e à divulgação da música sacra.

Formou-se pela UFRJ (pia-no, órgão, canto e regência) e, desfrutando da cultura artística europeia, pôde aper-feiçoar-se no “Mozarteum”, de Salzburg, na “Accade-mia Rossiniana”, de Pesaro, na “Staatliche Hochschule für Musik”, de Karlsruhe, e no “Beuggen Seminar”, de Baden-Württemberg. Desde 2009 é organista na “Evan-gelische Stadtkirche”, em Karlsruhe.

Construído em 1958 por G. F. Steinmeyer, de Oet-tingen, na Baviera, o órgão de Karlsruhe em 2005 foi restaurado por Karl Göckel, de Muhlhausen; tem cinco mil tubos, quatro teclados manuais e pedaleira. Seus 63 registros ultrapassam os 59 do “Schnitger” da “Jakobikir-che”, de Hamburg, os 57 da “Peterkirche”, de Düsseldorf, e os 62 do “Woehl” da “Tho-maskirche”, de Leipzig.

Karlsruhe, fundada em 1715, foi capital da região de Baden; fica próxima do rio Reno. No eixo, se encon-tra o “Schloss” (palácio): de um lado da praça principal, a “Stadtkirche” (igreja mu-nicipal): do outro lado, a “Rathaus” (casa do conselho municipal).

As ideias protestantes a respeito da música de igreja variavam, desde Lutero, que apoiava os coros de meninos (exemplo: o da igreja de S. Tomás, em Leipzig), até Cal-vino, que aprovava somente o canto uníssono de salmos. Reformadores extremistas não queriam qualquer execu-ção musical no culto, entre-tanto, os editores disputavam os arranjos.

Em seguida à invenção da tipografia, graças à iniciativa de editores, teve incremen-to a publicação de música instrumental. Os organistas virtuosos improvisavam ou tocavam seus próprios arran-

jos, sem publicá-los, porque valorizavam-se mais quando eles mesmos executavam. Os editores, contudo, tornaram--se interessados na música para órgão, que eles pode-riam vender para organistas amadores. Entre eles desta-cou-se o impressor Ottaviano Petrucci (1466-1539).

Repete-se a história, 500 anos depois: na era da infor-mática, cresceu o mercado dos arranjos de música ins-trumental, inclusive os de ór-gão. À peça musical original, Amaru Soren preferiu tocar arranjos. O folheto transcre-ve as letras, o CD contém somente as músicas, por isso comentaremos apenas as me-lodias dos hinos e a execução dos arranjos.

Alma sensível, Amaru lem-brou-se de sua infância, do compositor e de seu hino esquecido. José Severino Calazans dos Santos (1884-1956) compôs a música para o hino “Oração de criança” (CC-540, SH-615). Qual o or-ganista contemporâneo, for-mado em várias das melhores escolas de música, teve esse “beau geste” de resgatar um hino infantil e tocá-lo num dos mais importantes órgãos de tubos da Alemanha?

No segundo arranjo, Ama-ru interpretou outro hino do CC (nº 452) não aproveitado no HCC, “Decisão” (“Who Is On the Lord’s Side?”), de Ira D. Sankey (1840-1908), tal-vez por ter sido sua melodia considerada “muito popular”. No terceiro, “A cidade santa” (“The Holy City”), de Stephen

Adams, CC-521, também dei-xado fora do HCC, o potente órgão de Karlsruhe era o ide-al para executá-lo; devemos lembrar que Adams estudou em Leipzig.

Envolvido por um ambiente que diríamos pré-romântico, Heinrich Isaac (1450-1517) compôs “Oh! Mundo, te-nho que deixar-te” (“O Welt, ich muss dich lassen”); é uma melodia vigorosa, que durante o século 16 foi um “contrafactum” (substitui-ção de um texto por outro, sem mudança substancial da música; texto novo para me-lodia existente; paródia) na música de igreja protestante; o arranjo é de Karl Wolfrum (1856-1937).

“Castelo forte” (CC-323, HCC-406), “Ein feste Burg ist unser Gott”, de Martin Luther (1483-1546), hino escrito em 1529, em arranjo de Christian-Markus Raiser (1962- ), “kantor” e diretor do Bachchor de Karlsruhe; os recursos do órgão são ainda mais explorados, nesta peça brilhante (BWV-720), que exige um instrumento de três teclados manuais e pedaleira; ambas as mãos e os pés do organista realizam o diálogo entre as vozes do órgão; em nossa opinião, a melhor faixa do CD; composta em Wei-mar, em 1709; nessa cidade Bach esteve preso algumas semanas ...

Amaru escolheu o arran-jo de Niels Wilhelm Gade (1817-1890) para a calma melodia de Philip Nicolai (1556-1608), com letra es-

crita em 1599, “Estrela da manhã” (“Wie schön leuchtet der morgenstern”), que Bach, em 1725, aproveitou na can-tata BWV-1. “Ao Deus de Abraão louvai” (“The God of Abraham Praise”), me-lodia tradicional hebraica, transcrita por Meyer Lyon (1751-1799), em arranjo de Gordon Young (1919-1998), com seus sons amplos e ma-jestosos, é hino tradicional na PIB-RJ, que ouvia na minha infância (1932-1937). Certa-mente, Amaru também foi fortemente impressionado por essa melodia (CC-14, HCC-14).

John Bacchus Dykes (1823-1876) compôs 300 melodias para hinos, liderando a ten-dência para uma nova forma de expressão emocional na hinódia. Amaru escolheu: 1) arranjo de Emma Louise Ashford (1850-1930) para “Santo! Santo! Santo!” (“Holy, Holy, Holy”), CC-9, HCC-2; intitulada “Nicéa”, deixa sentir algo da imponência da hinodia inglesa; 2) de Van Denman Thompson, “Luz be-nigna” (“Lead, Kindly Light”), CC-355.

De Frederick Swann (1931- ), um dos mais importantes organistas dos EUA, ouvi-mos arranjos para os hinos “Oh, Tu que ouves” (“Spirit of God, Descend Upon My Heart”), de Frederick Cook Atkinson (1841-1896), e “Exultação” (“To God Be the Glory”), CC-15, HCC-228, de William Howard Doane (1832-1915). “Tudo entre-garei” (“I Surrender All”),

CC-295, de Winfield Scottt Weeden, também deixado de fora, era um hino evan-gelístico muito apreciado; Amaru usou o arranjo de Lani Smith.

De Charles Austin Miles (1868-1946) é a “gospel song”, de 1911, que foi apro-veitada no “Cantor Cristão” (nº 579) e no “Hinário para o Culto Cristão” (nº560), sob o título “Olhando para Cristo”; ouvimos o vibrante arranjo para órgão elaborado por Eugênio Gall. Muito apro-priada como prelúdio para a Ceia do Senhor é a “negro spiritual song”, em arranjo de Dale Wood (1934-2003), “De joelhos partamos nosso pão” (“Let Us Break Bread Together”), que, conforme o crítico Erik Routley, surgiu em “Negro Spirituals – Book II” (1927), de James Weldon Johnson.

Encontramos no caráter de Amaru Soren: 1) respeito pela tradição familiar; 2) con-sideração pela comunidade evangélica; veio ao Brasil para lançar o CD; 3) serie-dade no estudo das artes; 4) comprometimento com sua profissão; 5) modéstia no uso de sua capacidade; 6) simpa-tia no relacionamento com pessoas de países e culturas diferentes; 7) sensibilidade no trato dos vários estilos musicais; 8) honestidade na prestação de informações sobre seu desempenho; 9) generosidade; a renda do seu CD foi dedicada ao Lar Batista “F. F. Soren”, em To-cantins.

Amaru Soren ao órgão: melodias de hinos

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Remindo O Tempo

reflexão

Dentre as recomen-dações dadas por Paulo aos efésios, salientamos uma:

“Remindo o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5.16).

Dentre as possíveis versões deste texto de Efésios, prefiro a que transcrevi acima. Por duas razões. A primeira afir-ma que os dias são maus. O conceito “os dias” leva-nos ao problema do tempo, em contraposição à eternidade de Deus. Nós vivemos no tempo, mas, quando nos transformamos em filhos de Deus, adquirimos nossa entrada para a eternidade.

Quando vier o final dos tem-pos, viveremos com o Deus eterno.

A condição para tudo isso é a redenção do tempo. En-quanto estamos no tempo, temos a oportunidade de aceitar o senhorio do Cristo em nossa vida. O entrar de Cristo em nossa vida é o que nos permite “remir o tempo”. Começando este processo em nossa vida, vivenciamos a espiritualidade que Cristo nos concede e somos liber-tados das prisões do tempo, do pecado, da morte. Ao vi-ver “em Cristo”, começamos a viver, já aqui na Terra, a profundidade da vida eterna.

Noélio DuarteEscritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

Há muito pouco tempo, conver-sei com um jo-vem que estava

pretendendo uma vaga no mercado. Tinha 25 anos, era muito bem humorado, descontraído e falava com fluência sobre seus projetos. Seu currículo era compatível com sua idade, mesmo com uma formação bem elemen-tar. Percebi que havia ali uma possibilidade profissio-nal e conhecia algumas em-presas que disponibilizavam algumas vagas para a sua área: vendas. No decorrer da nossa conversa ele comen-tou sobre as várias empresas por onde tinha passado. A média de tempo em cada uma delas não chegava a de-zoito meses. Fiquei surpreso com a descoberta. Então decidi saber um pouco mais sobre sua vida pessoal, seus projetos e ambições pes-soais. Uma decepção. Sua vida era desorganizada, suas amizades restritas à ‘saídas em finais de semana’ e seus estudos ‘estavam parados no momento’. À minha frente estava alguém que ainda não havia avaliado a sua vida quanto ao uso do tempo e estava desperdiçando-a com ações tão banais. Durante nossa conversa, pude, então, direcioná-lo.

A vida daquele jovem se resumia em focar o prazer e o lazer. Durante o dia saia á procura de trabalho e, à noite, passava muitas horas em salas de bate-papo, na in-ternet. Outros dias eram de-dicados ao futebol com ami-gos e nos finais de semana, reunia-se com grupos para a ‘cervejota’, atualização dos papos. ‘Ficar’ com amigas era algo essencial para sua vida. Livros? Nem pensar! Estudos e atualizações, isso ficava para depois. Segundo ele, es-tava cansado de estudar e já havia feito muitos cursinhos

em áreas diversas. Precisava, mesmo, era de um trabalho para poder pagar as contas, uma vez que seus pais já estavam reclamando... E não concluiu seus estudos univer-sitários. Faltou ‘motivação’ para continuar estudando...

No mundo dos negócios há uma moeda de valor ines-timável: atitudes e compor-tamentos. São determinantes para que uma pessoa tenha muito sucesso ou seja um fracasso. Dr. Shad Helms-tetter, psicólogo americano, afirmou: “Você não pode mudar de um comportamen-to negativo para um positivo sem mudar a maneira de pensar negativo para o posi-tivo. Para fazer isso, é preciso mudar suas atitudes em rela-ção à pessoas e situações”. Segundo o psicólogo, para haver mudanças é preciso se empenhar para que deci-sões conscientes aconteçam. Uma das estratégias para essa mudança é a ‘força men-tal’ defendida pelo Dr. Nor-man Vincent Peale: “Repetir muitas vezes ao dia: posso mudar, estou mudando e vou continuar mudando para melhor, pois influenciará o cérebro e este gerenciará um comportamento diferenciado e positivo”.

O que fazer para adminis-trar melhor o tempo para ter melhor qualidade de vida?

Arranje tempo para o seu corpo e mente: Diante de tantos desafios existentes, a preocupação com a sobrevi-vência se torna inevitável. Aí vem a correria que termina gerando devastador desgas-te no corpo e na mente e quando se percebe a do-ença já tomou conta e isto é evidenciado no cansaço crônico, nas palpitações car-díacas, nas dores na coluna, nas enxaquecas, etc. Assim, é preciso tomar uma inadiável decisão: arranjar tempo para o corpo e para a mente. Mas o que fazer? Como fazer? Se não há tempo para estar em uma academia “malhando”, após o trabalho, chegando a casa, imediatamente, troque a roupa de batalha: a profis-

sional pela informal. Coloque uma bermuda, alongue-se e vá andar por 30, 40 minutos ou o tempo que dispuser. Caso tenha disposição, faça quantos abdominais aguen-tar. Outra decisão: arranje tempo para ler. Não uma leitura qualquer, mas aquela que fará diferença em sua vida na próxima semana, mês ou ano. A leitura faz a dife-rença mudando pensamentos e comportamentos. Se o seu intervalo de almoço é de duas horas, dedique meia hora à leitura; caso só tenha uma hora, use 15 minutos para se tornar uma pessoa mais interessante. E nos finais de semana, não descuide: leia meia hora diariamente (no mínimo). Ah! Escolha 10 minutos para ouvir boa mú-sica. Se houver mais tempo disponível, parabéns: você estará entre as pessoas que terão menos doença durante a vida!

Arranje tempo para cuidar da alma: Corremos tanto, sacrificamos nossos corpos por tantas coisas que julga-mos necessárias... Mas tudo isto leva-nos a outra realida-de: esquecemo-nos de que somos matéria dotada de espírito. Isto nos diferencia dos demais animais e, por termos sentimento, há algo de divino dentro de nós. É impossível esquecer isto! Mas esquecemos. Assim, dedique um tempo à sua alma: separe um tempo na semana para meditações, orações, cânticos, cultos e leituras devocionais. Uma boa oportunidade para isto é frequentar uma igreja, um templo, uma organização religiosa, e dedicar-se a vi-venciar as necessidades da alma. É bom lembrar que cuidar da alma é também visitar os asilos, orfanatos, hospitais, centros de convi-vências de dependentes, etc. E quando a sua alma estiver revigorada, você terá energia extra para tudo o mais que necessitar com excelente produtividade. Alguns estu-dos mostram que pessoas, ao redor do mundo, que

tiveram muito sucesso foram aquelas que doaram algum tempo à sua alma em medi-tações, visitações e orações. E o equilíbrio foi tão visível que deixaram marcas incon-fundíveis na humanidade para toda a eternidade.

O apóstolo Paulo, um dos gigantes do cristianismo, muito preocupado com o fa-tor tempo, escreveu aos seus irmãos em Éfeso: “procurem usar muito bem o tempo...”. Mais tarde, escrevendo ao grupo que estava na Galácia, registrou: “enquanto temos tempo, façamos o bem...”. E, num ato de coragem e sabe-

doria, escreve aos cristãos de Colossos: “Andai em sabedo-ria, usando estrategicamente o tempo disponível...”.

Tempo é investimento de qualidade. Bem, se a vida é feita de tempo, não a des-perdicemos em atividades sem qualquer tipo de plane-jamento. Assim, mais tarde, quando estiver com mais idade, você orgulhosamente se lembrará que viveu a vida aproveitando cada oportuni-dade e jamais se lamentará, antes trará dentro de si as lembranças que serão as mar-cas incontestáveis de todas as realizações!

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5o jornal batista – domingo, 02/12/12reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Paulo CezarMembro da Igreja Memorial Batista de Brasília

Em sermão dominical o pastor Rubens da Costa Monteiro usou a expressão acima sig-

nificando que para ir longe, na evangelização e na vida cristã, é necessário ter esta-do ou estar perto do Mestre. Os discípulos estiveram aos pés de Jesus durante alguns anos, tempo durante o qual se prepararam para sair e revolucionar o mundo.

O mundo, nosso país em particular, é responsabilidade pessoal de cada um de nós. Podemos até não cumprir o mandato recebido. Mas não podemos negar sua imperio-sa pertinência, até pela auto-ridade absoluta do mandante. Nosso país está a carecer, de modo ensurdecedoramente gritante, de profundas refor-mas estruturais, abrangendo praticamente todos os aspec-tos da nacionalidade - saúde, educação, ciência e tecno-logia, trabalho, previdência social, dentre tantas outras.

Deus arquitetou e construiu um belo país, dotando-o de todos os elementos necessá-rios para receber uma grande nação. Mas a nação brasileira não tem correspondido às aspirações do Criador. Quero destacar algumas evidências apenas: educação de nível muitas vezes sofrível e, em geral, deficiente, talvez a últi-ma das prioridades nacionais; sistema de saúde sucateado; previdência social absoluta-mente injusta; diferenças so-ciais gritantes e humilhantes; tsunami avassalador de cor-rupção avançando, aniquila-dor, e sobre todos os entes, de órgãos e instituições da Federação.

Porém, o mais decepcio-nante e assustador: a indes-culpável indiferença, muitas

vezes coonestação, do povo sofrido e desrespeitado, em relação ao descalabro geral. Creio que estamos a inverter a ordem das letras da expres-são BRIC. Seria mais real se a sigla fosse CIRB? Ou apenas CIR? Nenhum país tornou--se grande e respeitável sem que seu povo fosse grande e respeitável. Como exigir respeito internacional se nós mesmos não nos respeita-mos?!

Onde está o amor à pátria que Deus nos deu? Não in-teressa amor platônico. Há que ser amor real, expresso em pensamentos, palavras e ações. E sacrificial, se for preciso. Que tal os cristãos, a começar pelos batistas, acor-darem da secular nostalgia, do cultural torpor, se cons-cientizarem do proverbial descaso com a coisa pública, e se organizarem para tomar posse real deste país? Nossa indiferença pode entregá-lo (já não está acontecendo?) à voracidade de alienígenas e de nativos que não amam sua terra natal e baseiam seus atos no princípio nefando da ausência de princípios.

Somente quem aprendeu perto de Cristo pode sair para longe a levar a única se-mente provida do DNA que pode fazer renascer a árvore da dignidade nacional, tão vilipendiada, atacada diutur-namente pelas motosserras e queimadas dos aproveita-dores desprovidos de amor próprio e à própria descen-dência.

É preciso nos indignar! É preciso reagir e agir! Ne-nhum país tornou-se grande, e respeitado interna e exter-namente, sem que a nação acordasse e resolvesse im-por sua vontade legítima de tornar-se grande e respeitada.

Que país vamos transmitir às novas gerações de brasi-leiros?

Benedito, o Benê, entende de motor de carro como se tivesse doutorado

em engenharia automotiva. Trabalhou por vários anos na oficina do Glicério, atraindo para lá muitos clientes, dos quais sempre se tornava ami-go. Certo dia, o Glicério co-locou um latão nos fundos da oficina e disse aos mecânicos que de cada carro que entras-se no galpão, eles deveriam tirar cinco litros de gasolina, alegando que era para lavar as peças durante os consertos dos respectivos automóveis. Num sábado, Benê precisou ir à oficina e viu algo que o deixou boquiaberto: O dono da oficina estava passando a gasolina do latão para o seu próprio carro.

Ele se aproximou do patrão e foi franco e direto: “Chefe, eu não concordo com o que o senhor está fazendo. O senhor está abastecendo seu carro com a gasolina tirada dos carros dos clientes. Isso é roubo e eu não aceito isso. Se o senhor vai continuar fazendo assim, pode procurar outro mecânico porque eu aqui não fico”. Glicério ficou muito aborrecido, suas mãos tremeram e ele disse: “Cara, você está totalmente fora da realidade. No Brasil, todo mundo rouba de todo mun-do”. O mecânico respirou fundo, e respondeu: “Olha, chefe, eu nasci de pai e mãe pobres, mas eles me ensina-ram a nunca pegar nada que não me pertencesse. Um dia eu cheguei em casa com um pião, minha mãe me pergun-

tou onde é que eu o tinha arranjado; eu disse que um vizinho me tinha dado e ela foi lá perguntar ao homem se era verdade; ele disse que sim e só então minha mãe me deu o brinquedo. Aqui-lo marcou muito a minha vida. A gente usava roupa re-mendada, mas nunca pegava nada de ninguém e eu gosto de ser assim. Não é porque todo mundo rouba que eu vou concordar em roubar dos meus fregueses”.

Enquanto ele falava, o pa-trão continuava a transpor a gasolina do latão para o seu carro. “Se você quer ir em-bora, pois vá”, disse o dono da oficina, zangado. Logo na segunda feira, Benê chegou e nem trocou de roupa. Acer-tou as contas com o chefe, pegou suas coisas e saiu. Logo encontrou uma oficina de pintura e lanternagem onde havia algum espaço e acertou com o dono montar ali uma oficina mecânica. Aos poucos, foi comprando as ferramentas e começou a trabalhar. Logo a notícia se espalhou e os antigos clientes da outra oficina começaram a levar seus carros para o Benê. Ninguém jamais ficou sabendo do ocorrido, mas todos confiavam na palavra e na competência do Bene-dito. Nunca lhe falta serviço, aliás, é preciso ligar para ele e agendar o trabalho antes de levar o carro, como Carlos Henrique e eu fazemos.

Essa é uma história verí-dica, embora os nomes dos envolvidos sejam outros. É a história de um homem que

optou pela ética, pela honra, que preferiu perder o em-prego, mas não perdeu sua dignidade pessoal nem sua paz. Há oficinas mecânicas que cobram por serviços que não foram feitos (já acon-teceu comigo e o mecâni-co me chamava de irmão!), outras vezes colocam peças usadas e cobram o preço de peças novas. Nosso amigo Benê é conhecido por não fazer nada disso e Deus o tem ajudado. Num momento quando vemos ministros de estado, senadores e deputa-dos sendo condenados por praticarem toda a sorte de im-probidades, quando parece que o despudor já se tornou endêmico, já se generalizou, como disse o proprietário da-quela oficina, quando parece que a desonestidade está no sangue dos brasileiros, nem mesmo aqueles homens pú-blicos que se dizem evangé-licos e até pastores e “bispos” escapam da generalização do conceito de Glicério, é bom saber que ainda há ho-mens dignos neste país, que preferem perder o emprego a vender sua honra pessoal.

Parece que cada vez me-nos pessoas no Brasil são as que podem deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz com sua consciência. A maioria se deixa levar pela ganância, pelo amor ao di-nheiro que, disse o apóstolo Paulo, é raiz de todos os males. A ética nos negócios é parte essencial do verdadeiro evangelho. Pratiquemos a ética bíblica e tenhamos a consciência em paz.

O presidente da ADBB - Associação dos Diáconos Batistas do Brasil, no uso de suas atribuições e na conformidade do estatuto, convoca os diáconos e diaconisas associados para participarem de sua XIV Assembleia Anual, conforme segue:

Data: quarta-feira, 23 de janeiro de 2013.Hora: 8h às 18h.Local: Centro de Convenções de Sergipe Ministro José Hugo Castelo Branco - Audi-

tório Atalaia.Avenida Prefeito Heráclito Rollemberg, 4010, Aracaju – SE.

Recife, 12 de novembro de 2012.Dc. Lyncoln AraújoPresidente da ADBB

Associação dos Diáconos Batistas do BrasilXIV Assembleia Anual - 2013

Convocação

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 02/12/12 reflexão

Zezé, nossa diarista, entra em nosso lar todas as segundas e quintas-feiras. Há

mais de 10 anos nos aju-dando em casa, faltou ape-nas um dia. Porque estava doente. Zezé é uma crente fiel, sempre alegre e disposta para trabalho. Sua presença enriquece o lar dos Bifanos. Casada com Edilson, forma um casal especial. Mas para Zezé, Edilson é o “Fofo”.

Um dia desses ela me con-tou uma história interessante. Não tenho o talento do meu professor pr. Falcão Sobri-nho, colega de coluna do Jornal Batista, para descrever as histórias e transformá-las em Parábolas da Vida. Mas vou tentar.

Fofo gosta muito de farofa. Um dia chegou para Zezé e expressou o desejo de le-var, em sua marmita do dia seguinte, uma gostosa farofa que só ela sabe fazer. Como se amam muito, Zezé fez, já no final do dia, a gostosa iguaria de Manihot esculenta (nome cientifico da mandio-ca). Ambos foram dormir e a farofa ficou ali prontinha, se-parada, para ser levada junto com a marmita e na hora do almoço ser saboreada pelo maridinho.

Como era quarta-feira, dia de folga, Zezé acordou um pouco mais tarde. Para sua surpresa, Fofo tinha esque-cido de levar a farofa. Ao ver a farofa ali, ligou para ele e disse “mas Fofo você esqueceu a farofa!”. “Não diga!”, expressou o Fofo do outro lado da linha. “Mas não tem problema não. A noite eu como”, finalizou ele. Zezé não pensou duas vezes. Se arrumou, saiu de Belford Roxo, cidade situa-da na Baixada Fluminense, pegou um ônibus de sua casa até a estação, de lá, de trem, foi até a estação do Maracanã, no Rio. Depois pegou outro ônibus e foi até o bairro da Tijuca, onde Fofo trabalha, como porteiro, para levar a farofa e assim agradar seu marido. Quando ele a

viu, não acreditou. Depois de entregar a farofa, Zezé fez o mesmo trajeto de volta para casa. Pelos meus cálculos, da saída de sua casa até o retorno, deve ter gasto umas três ou quatro horas.

Fofo poderia comer sem farofa naquele dia ou ir num desses restaurantes a quilo e comprar cem gramas. Mas Zezé fez algo inesquecível para seu marido e para o seu próprio casamento.

Se perguntássemos a Gary Chapman que linguagem Zezé usou para expressar seu amor ao Fofo, certamente di-ria que foi “atos de serviço”. Zezé, ao tomar a decisão de se deslocar da Baixada Fluminense e ir até o bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, não levou apenas um pote de farofa; depositou uma tonelada de cimento para fortalecer seu casamento. Custou algumas horas do seu descanso no dia de sua folga como diarista, um pouco dos seus limitados recursos finan-ceiros, mas deu uma grande lição do que devemos fazer para manter um casamento e fazer com que a relação seja estável e resistente ao divórcio.

Quando ela me contou esta história lembrei-me de uma reportagem da revista Veja, há muitos anos, que reportou as razões dos casamentos duradouros. Uma senhora disse que uma das razões de ter ultrapassado a casa dos 50 anos de casamento estava num gesto semanal de seu marido. Uma vez por sema-na, ele se dirigia a padaria e comprava uma empadinha para sua amada. Na mesma padaria onde eles comeram a primeira empadinha, ainda como namorados.

Um dia, quando pergun-tarem ao Fofo porque está há tanto tempo casado com a Zezé ele vai responder: “Um dia ela levou uma farofa para mim, quando eu menos esperava”. Casamentos du-radouros e felizes são feitos dessas e outras pequenas demonstrações de amor.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur NogueiraPresidente do COMEAN

Fala-se muito em prospe-ridade, multidões estão à busca dela. Filas e filas nas casas lotéricas

em busca de riqueza, por ou-tro lado milhares de pessoas adentram às igrejas que pre-gam a teologia da prosperida-de pelo mesmo objetivo.

O que está errado, a pros-peridade não é benção de Deus? Porque tanta crítica quanto a essa teologia?

Claro que a prosperidade vem de Deus, quando leio o

Salmo primeiro sou desafiado a ter prazer na lei do Senhor e na sua lei meditar dia e noite. Sabe qual a consequ-ência disso? Quem busca a Deus de coração será como a árvore plantada junto às cor-rentes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.

O que está errado? Errado é limitar a prosperidade apenas ao dinheiro, errado é fazer bar-ganha com Deus, errado é exigir de Deus, errado é dar para ter em dobro, no aspecto apenas material. Prosperidade é vida completa com Deus. Quem anda com Deus é próspero.

Não se trata de dinheiro, trata-se de paz interior, vida bem vivida com a certeza que o amanhã está garanti-do. Jesus veio para nos dar vida completa, vida cheia de significado e próspera. A prosperidade vem na vida daquele que busca a Deus pelo que Ele é e não pelo o que ele dá.

Temos que entender que a vida próspera é estar no centro da vontade de Deus. O meu desafio para você que está lendo este artigo é, creia no Senhor Jesus e comece a desfrutar desta vida que só Ele oferece.

O Sr. Presidente da CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, Pr. PASCHOAL PIRAGINE JUNIOR, no desempenho de suas atribuições, de acordo com o ESTATU-TO, art. 5º § 1º, art. 9º inciso II e REGIMENTO INTERNO, art. 6º § 3º, CONVOCA as Igrejas Batistas do Brasil, a ela filiadas, a fim de enviarem os seus mensageiros, devidamente credenciados, para a 93ª Assembleia Ordinária da CBB, a realizar-se na cidade de ARACAJU – SE, entre os dias 25 e 29 de janeiro de 2013, constando do programa oficial a reforma do Estatuto e do Regimento Interno da Convenção Batista Brasileira e, também, a alteração dos estatutos das organizações: Convicção Editora, Associação Evangélica Denominada Batista no Rio de Janeiro, Junta de Mocidade, Associação dos Diáconos Batistas do Brasil e Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil, em decorrência da mudança de denominação e/ou da sede.

Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2012.

Pr. Paschoal Piragine JuniorPresidente

Convocação à 93ª Assembleia da

Convenção Batista Brasileira

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7o jornal batista – domingo, 02/12/12missões nacionais

Marize Gomes GarciaRedação JMN

No feriado de 15 de novembro, 54 irmãos saíram de Campinas e outras

cidades de São Paulo, lide-rados pelo Dr. Silvio Servin – missionário voluntário da JMN, para realizarem uma viagem missionária ao Rio de Janeiro, mais precisamente à comunidade da Mangueira.

A viagem é resultado do ministério do Dr. Silvio que é mobilizar profissionais vo-luntários da área da saúde a fim de organizar grupos para atender as demandas dos campos missionários de nossa Pátria e “plantar o vírus de missões no coração dos participantes”. A primeira viagem organizada foi à Ilha de Marajó a fim de atender os ribeirinhos da região, com um grupo de 20 pessoas de seis igrejas, no mês de junho. Ao tomar conhecimento sobre a dificuldade de conseguir mé-dicos no Rio de Janeiro para prestar atendimento voluntá-rio em projetos missionários, Dr. Silvio e sua esposa Hilda aceitaram o desafio de mobili-zar voluntários para auxiliar o projeto dos missionários Wag-ner José dos Santos Oliveira e Eliane Felix Vieira que atuam na Mangueira. A ideia era vir, naquela ocasião, com dois ou três carros, mas em virtude da adesão de muitos volun-tários, alugaram um ônibus para trazer 52 voluntários no mês de outubro, que ficaram hospedados na Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, Pr. Lúcio Paulo Paez Barreto.

Na primeira viagem, o gru-po prestou atendimento em um espaço cedido pela as-sociação de moradores, mas ao conhecer a congregação no Sinimbu e o trabalho que os missionários realizam com crianças no prédio abandona-do do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - área hoje habitada por famí-

lias que vivem em condições subumanas, resolveu retornar antes do Natal. Desta segunda vez, 52 voluntários represen-tando 11 igrejas evangélicas, retornaram trazendo também mais doações na tentativa de amenizar a dura realidade vivida naquele local.

“Já fomos a favelas, mas as condições encontradas ali são subumanas. As pessoas vivem em meio ao esgoto, com ratos e porcos dividindo o mesmo espaço. É uma visão impressionante, aquelas pes-soas jogadas no lixo, e tudo numa avenida. Não é um lugar escondido, distante que ninguém vê. Todos os dias muitas pessoas passam por aquele local”, compartilhou Hilda, que elogiou o trabalho que os missionários têm feito com as crianças que mesmo com carência, estão plantan-do valores cristãos no coração dos pequeninos. A situação do local deixou marcas no co-ração de todos os participan-tes que esperam poder fazer ainda mais por aquelas vidas. A jovem Patrícia Borges, da Igreja Quadrangular Jardim Nilópolis, SP, quando deixou o prédio do IBGE, saiu em lá-grimas, imaginando o que iria acontecer depois que saíssem

de lá, se algo iria mudar, mas afirma que a experiência da primeira viagem missionária de sua vida foi maravilhosa e leva um aprendizado. “A gente dá mais valor ao que tem e reclama menos, nos preocupando mais com o próximo, às vezes tem gente do nosso lado e a gente olha muito para o nosso umbigo e não para o que o próximo está precisando”.

Outra integrante do grupo foi Rosânia Louvatto, que par-ticipou das três viagens mis-sionárias mesmo não sendo da igreja. Enfermeira, amiga do Dr. Silvio e com o desejo de ajudar, tem participado e o fato dos crentes a aceita-rem mesmo sendo ela criada no espiritismo, chamou sua atenção. Durante a viagem, no projeto missionário do Sinimbu entregou a vida para Jesus e agora diz não ser mais uma voluntária, mas missio-nária. “A partir do momento que você vai para a primeira missão é uma semente que é plantada, um vírus que se espalha e a gente não para mais”, testemunhou à Igreja Batista Missionária do Ma-racanã – Pr. Alexandre Aló (igreja hospedeira do grupo nesta segunda viagem), no

domingo pela manhã. Rosâ-nia também ficou impactada com a grande diferença social existente. “Existem pessoas perdidas dentro de uma urba-nização imensa – IBGE, pes-soas esquecidas do mundo. Existe uma escola de samba imensa na frente (Mangueira), até comentei que se depen-der de mim ela nunca mais ganha, porque é um absurdo você ter um potencial tão alto, tão grande, com pessoas atrás de você morrendo de fome, vivendo no lixo”.

O casal de dentistas, Marcos e Sônia Bortoluzzi, também participou de todas as viagens, mas nas duas últimas vieram acompanhados dos filhos Lu-cas (10 anos) e Matheus (15 anos), para que vissem uma realidade diferente da deles, pois uma coisa é ouvir falar do que foi feito, mas outra é ir e ver o que está acontecen-do e se dedicar. “Às vezes a gente pensa que eles estão ali apenas brincando, perto da gente, mas eles estão viven-do a missão também”. Nesta ocasião, Lucas testemunhou de Jesus para um menino, ao abrir mão de um pão em favor dele. Ao ser questionado pelo menino por que não havia aceitado o pão, disse: “porque

eu tenho um Deus que me dá o que eu preciso”. O menino indagou que Deus era esse e ouviu: “o Deus verdadeiro que está no céu e que supre todas as nossas necessidades”. “Usando as palavras dele, ele estava evangelizando. Estamos vendo a obra, eles participando e crescendo, vivendo a Palavra e não só ouvindo falar. Matheus ape-sar de mais tímido, também participa trabalhando com as crianças, ajudando na equipe de recreação”, compartilhou a mãe feliz de ver os filhos en-volvidos com a obra de Deus.

Marcos Bortoluzzi, impac-tado pela carência, principal-mente emocional, das crian-ças que vivem na Mangueira, afirmou que participar das via-gens tem feito com que apren-da que precisamos depender cada vez mais de Deus. “A partir do momento que você está na vontade de Deus, as coisas acontecem. E quando você visualiza pessoas que não conhecem a Deus e você consegue levar libertação e uma palavra de esperança, isso é gratificante, isso é ma-ravilhoso”.

Na hora da despedida, Dr. Silvio compartilhou: “Tem gente que veio porque é legal viajar; porque veio com papai e mamãe; porque queria aju-dar alguém apenas; porque ouviu falar que é muito legal esse pessoal que viaja, mas todos estão voltando com o vírus de missões plantado nos seus corações. Quem voltar, não vai voltar somente por-que quer ajudar, porque você pode ajudar num posto de saúde, mas quando você aju-da levando a palavra de Deus, permitindo que você seja um veículo para que a palavra seja plantada nos corações, é totalmente diferente”.

Se você deseja fazer par-te deste grupo ou ser um multiplicador neste trabalho de mobilizar pessoas, faça contato com [email protected] .

Feriadão para JesusFotos Sélio Morais

Grupo de voluntários na congregação no Sinimbu

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8 o jornal batista – domingo, 02/12/12 notícias do brasil batista

Edmilson de Morais LaraPastor da PIB de Peruíbe

A AIBAVAR (Asso-ciação das Igrejas Batistas do Vale do Ribeira) realizou

nos dias 02, 03 e 04 de no-vembro, no templo da Igreja Batista Central de Cajati sua 67ª Assembleia Anual com a participação de 27 igre-jas, das 34 arroladas nesta Associação. As 27 igrejas participantes enviaram seus mensageiros credenciados que receberam o “Kit do Mensageiro” contendo uma linda pasta com o Livro do Mensageiro, caneta, Revista da Bíblia, e outros materiais informativos, e tiveram a oportunidade de participar também dos momentos de-liberativos da Assembleia, apreciando os relatórios, nomeação de Comissões de Trabalho, e votação das ma-térias apresentadas pelos Re-latores das Comissões, bem como a votação na eleição da nova Diretoria.

A Assembleia foi presidi-da pelo pastor Edmilson de Morais Lara (PIB de Peruíbe) e seus parceiros da mesa diretora: Pr. Claudinei Fer-nandes Paulino da Silva (SIB de Jacupiranga) – 1º Vice--Presidente; Pr. Hélio Silva da Rocha (PIB de Registro) – 2º Vice-Presidente e Pr. Joel da Silva Jr. (MB de Cananéia) – 1º Secretário.

Esta Assembleia foi mar-cada pelo envolvimento dos membros de diversas Igre-jas Batistas de nossa região que aproveitaram a ocasião para cultuar a Deus através da adoração e comunhão,

tornando-se momentos de grande edificação espiritual na vida de todos os partici-pantes.

O tema da Assembleia foi: “Igrejas Relevantes neste Tempo”, cuja divisa foi base-ada em Mateus 5.16 que diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu”. Ti-vemos a alegria de receber como Orador Oficial o pas-tor Hilquias da Anunciação Paim (Pastor da IB Lindóia, em Curitiba e 1º Vice-Pre-sidente da Ordem dos Pas-tores Batistas do Brasil), que foi instrumento de Deus para abençoar nossas vidas atra-vés da exposição da Palavra de Deus abordando o tema que lhe foi proposto.

Além das mensagens ins-pirativas que ouvimos nos cultos da noite pelo pas-tor Hilquias da Anunciação Paim, tivemos a alegria de promover no sábado à tarde Workshop com os seguintes temas: “A Relevância do Ministério de Sonoplastia na Igreja” (Preletor: Antonio Carlos Vieira Paulino, da PIB de Curitiba); “A Relevância do Ministério com Surdos na Igreja” (Preletora: Carla R. P. de Oliveira Cândido, da PIB de Jacupiranga); “Ministé-rio Infantil um desafio que agrada o coração de Deus” (Preletora: Liziane Oliveira G. Paulino, da PIB de Curi-tiba); “Ministério de Louvor Relevante neste Tempo” (Preletora: Roselian da Luz, da PIB de Curitiba) e “Mi-nistério Pastoral Relevante neste Tempo (Preletor: Pr.

Hilquias Paim, da IB Lin-dóia, Curitiba) com grande participação dos líderes das igrejas participantes.

Na programação tivemos a participação musical de diversos grupos musicais: Conjunto das Igrejas Batistas de Cajati; Conjunto Femini-no da SIB de Jacupiranga; Conjunto Masculino da SIB de Jacupiranga; Lucas, da IB Cachoeirinha; Conjunto Masculina da IB de Lavras; Coral da IB de Jacupirangui-nha; Coral da IB de Cacho-eirinha; Hanna e Sara Brito e grande Coral da JUBAVAR (Juventude Batista do Vale do Ribeira) que abrilhantou o evento.

Outro fato marcante nesta Assembleia foi a realização da Tarde de Autógrafos e Lan-çamento dos Livros “Cristo-logia Protestante na América Latina – Uma nova perspecti-va para a reflexão e o diálogo sobre Jesus”, escrito pelo pastor Alonso Gonçalves, da IB de Pariquera, em Açú, e, “Espiritualidade em Dostoi-évski – Cristo e liberdade na obra de Fiódor Dostoiévski”, escrito pelo pastor Claudinei Fernandes Paulino da Silva, da SIB de Jacupiranga, ambos pela Editora Arte Editorial, com a presença do Diretor e Editor da Arte Editorial, pastor Magno Paganelli, que com muito orgulho fez a apresentação dessas obras e a importância desses autores no mercado editorial. Após a apresentação das obras os escritores deram autógrafos àqueles que tiveram a opor-tunidade de adquiri-los.

No domingo pela manhã tivemos um Culto Missioná-

rio com a presença do pastor Helder Didoff, Coordenador da JMN no Estado de São Paulo e testemunho do mis-sionário Ronaldo, da Junta de Missões Mundiais. Foram momentos de grande edifica-ção e desafios missionários!

No domingo à tarde, den-tre os vários assuntos deli-berativos que foram trata-dos em pauta, destacamos a eleição da nova Diretoria, que ficou assim constituída: Presidente: Pr. Claudinei Fernandes Paulino da Silva, da SIB de Jacupiranga; 1º Vice-Presidente: Pr. Jeriel de Oliveira Brito, da IB da Pedreira; 2º Vice-Presidente: Pr. Eduardo Brasil dos San-tos, da IB de Eldorado; 1ª Secretária: Regiane C. C. Tavares Alves, da PIB de Jacupiranga; 2º Secretário: Irene Antunes, da PIB de Ca-jati; 1º Tesoureiro: Luiz Félix (reeleito), da PIB de Jacupi-ranga; 2º Tesoureiro: Edson Soares de Camargo, da IB Central de Cajati. A nova Diretoria foi empossada no domingo à noite no culto de encerramento, sendo a ora-ção de posse feita pelo pas-tor Hilquias da Anunciação Paim, e a transição feita pelo pastor Edmilson de Morais Lara, que com muita alegria transfere a responsabilidade ao novo Presidente, pastor Claudinei Fernandes Paulino da Silva para dar continuida-de aos grandes desafios que a AIBAVAR tem em nossa região.

Agradeço o apoio e com-preensão que recebi dos irmãos da Primeira Igreja Batista de Peruíbe pelas au-sências do seu pastor em

atender a Associação nesses dois anos de mandato, ora em reuniões, ora em even-tos, ora em atendimento às Igrejas que estão sem pas-tor; agradeço a Deus pela bênção de poder servir ao Senhor e à nossa Denomi-nação Batista.

Agradeço aos irmãos da Igreja Batista Central de Ca-jati que com muito carinho e dedicação não mediram esforços para organizar e re-ceber o povo batista do Vale do Ribeira pela décima vez em sua história (1982, 1985, 1992, 1993, 1997, 2999, 2005, 2006, 2009 e 2012), nesses três dias de grande celebração e adoração ao nosso Deus. Valeu o esforço dos irmãos!

Agradeço aos meus pares de Diretoria que me aju-daram e andaram sempre juntos comigo trabalhando e visando o crescimento do trabalho batista nesta região com os seus mais diversos desafios.

Hoje, a AIBAVAR tem cumprido o seu papel em servir às igrejas promovendo a cooperação entre as Igrejas Batistas desta região para que elas cumpram a sua mis-são a fim de que tenham um ministério relevante dentro de sua comunidade, e ao mesmo tempo, através da cooperação entre as suas associadas, angariar meios e recursos para tornar a pre-sença batista relevante no Vale do Ribeira.

Parabéns ao povo batista do Vale do Ribeira pelo ma-ravilhoso trabalho que temos realizado para a glória do nosso Deus!

Batistas do Vale do Ribeira realizam 67a Assembleia Anual e refletem

sobre igrejas relevantes neste tempo

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9o jornal batista – domingo, 02/12/12notícias do brasil batista

Núcleo de Comunicação Audiovisual da IB em Campo Grande, Recife, PE

Nos últimos dias 1 e 2 de novembro de 2012, a cida-de do Recife foi

impactada pela inauguração do ministério Homens da Promessa. Um ministério voltado ao cuidado espiritual e ministerial dos homens de Deus, criado para ser um parceiro das Uniões Masculi-nas Missionárias de Homens Batistas do Brasil e de outros ministérios que trabalham no cuidado com homens de Deus, a exemplo do Desper-ta Jó, cujo pastor Francisco Dias também participou de sua organização junto ao pas-tor Spartacus e pastor Sérgio.

Em uma iniciativa do mi-nistério de homens da Igreja Batista em Campo Grande e Igreja Batista em Afogados, ambas situadas na cidade de Recife – PE, cerca de 200 homens participaram do Pri-meiro Congresso do Minis-tério Homens da Promessa e lotaram o auditório do Co-légio Presbiteriano Agnes Erskine, na Av. Rui Barbosa, em Recife.

Foi um tempo de quebran-tamento, testemunhos, ora-ção, troca de experiências, palestras riquíssimas e um louvor abençoado, dirigido pela Equipe de Louvor IBCG, sob o comando do ministro de música Marcelino Monte, que marcaram a vida de cada um dos participantes.

Haroldo Tavares de SáPastor da PIB em Vila Guarani

Durante todo mês de outubro foi comemorado o 42º aniversário

da PIB em Vila Guarani, na zona leste da capital pau-lista.

A programação contou com a participação dos ir-mãos da orquestra evan-gélica unida, do conjunto masculino da Igreja Batista em Vila Diva, da irmã Lilian Araujo, do ministério Ágape de dança e coreografia da

O Congresso que teve por tema: Desenvolvendo a Vi-são Espiritual, teve como

Igreja Batista em Vila Pri-mavera, do irmão Leonardo Calegaro, das irmãs Natália e Andressa Rodrigues, e do Triad coral.

Foi realizado o “culto dos talentos”, uma oportunidade para os membros da Igre-ja e para as crianças apre-sentarem suas habilidades na música, poesia, ensino, culinária, etc, de modo bem informal. Um momento de muita alegria e comunhão!

Foram mensageiros os pas-tores Ricardo Rodrigues, da igreja mãe em Vila Diva e o pastor Wagner Koller, da igre-ja avó, Ebenézer na Moóca.

preletores o Dr. Presb. Jo-simar Henrique – Diretor Presidente das Indústrias

Além de sublinhar a depen-dência de Jesus Cristo e de exaltá-lo por tantos anos de bênçãos, a história da igreja foi relembrada, ressaltando os valores que se construíram em cada fase vivida em meio a dificuldades e alegrias. Ví-deos promocionais especial-mente elaborados para este momento foram exibidos durante os cultos e disponi-bilizados no canal da igreja (<http://www.youtube.com/user/PIBVilaGuarani>).

Valores como a fé, a ami-zade, a evangelização, a ale-gria, a disposição, a hospita-lidade, a fidelidade, o zelo,

Farmacêuticas HEBRON, na primeira noite, falando sobre o desenvolvimento da

a sabedoria, o compromisso, a paz e a coerência foram identificados como marcas da igreja e doze irmãos fo-ram escolhidos para serem guardiões destas qualidades.

A igreja ganhou muitos presentes, como a belíssi-ma participação do coro da Igreja Batista em Vila das Be-lezas num intercâmbio que teve o pastor Julio Holanda Pedrosa como mensageiro, e um site que estará pronto e disponível no endereço <www.pibvilaguarani.org.br> em janeiro de 2013, mas o maior presente foram os seus cinco novos mem-

Visão Espiritual e dando seu rico testemunho de vida. Na manhã do dia 2 de novem-bro o Dr. Pr. Esdras Gaspar, Diretor do UNICORDIS, falou sobre como controlar o estresse na vida do homem de Deus à luz da Bíblia. Na tarde do dia 2 de novembro o Dr. Min. Joás Henrique – MBA em Finanças e Su-perintendente da HEBRON trouxe a rica palestra sobre o papel que Deus planejou para o dinheiro e as rique-zas na vida do homem de Deus e, no encerramento do Congresso, o pastor das duas Igrejas organizadoras e Mestre em Psicologia Pr. Francisco Dias, trouxe uma mensagem desafiadora so-bre o “Papel do homem de Deus e seus desafios no Sé-culo XXI”. Uma mensagem impactante que levou cada homem a renovar seu com-promisso com Deus.

O Congresso conseguiu reunir representantes de 24 igrejas batistas do Recife e região metropolitana e foi um marco em nossa cidade. Ao final do Congresso, todos os participantes já fizeram sua pré-inscrição para o Se-gundo Congresso em 2013.

Que Deus seja louvado e que as mais copiosas bên-çãos do Senhor recaiam sobre todos os homens de Deus espalhados pelo mun-do, para que sejam Homens da Promessa. Cumprindo promessas feitas à Deus, à sua família, à Igreja e a si mesmo.

bros, batizados no último dia 28 de outubro.

Movida e motivada pelo Santo Espírito de Deus, a Igreja prossegue objetivando viver, expressar e comparti-lhar a esperança cristã, com alegria e fidelidade, de modo contextualizado e contagian-te, em comunhão e unidade, cumprindo nossa razão de ser: a salvação, através da promoção do evangelho por gente que vive o evangelho.

Todas as fotos destes mo-mentos estão disponíveis na página da Igreja no Fa-cebook (<www.facebook.com/PIBVilaGuarani>).

Alicerçados no amor

Homens da Promessa impactam Recife

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10 o jornal batista – domingo, 02/12/12 notícias do brasil batista

Palavra do Rev. Dr. Timothy George*, Delegado Fraternal, da Aliança Batista Mundial, para a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre “A Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã”. Um evento organizado pela Igreja Católica, que traz um estudo comum das condições da Igreja e a solução concorde das questões relativas à sua missão (Cidade do Vaticano, 16 de outubro de 2012).

Vossa Santidade, ve-neráveis membros do Sínodo, irmãos e irmãs no Senhor,

Cumprimento-vos no nome de Jesus Cristo, o único salva-dor do mundo, e em nome da Aliança Batista Mundial, uma comunidade formada por 42 milhões de Cristãos ser-vindo ao Senhor em aproxi-madamente 180.000 igrejas espalhadas em 120 países. Que um Cristão Batista seja convidado a participar e a falar neste Sínodo constitui um momento de importân-cia histórica. Sou grato pela calorosa acolhida que me foi ofertada.

Gostaria de enfatizar três pontos no que diz respeito à Nova Evangelização:

Em primeiro lugar, os Ba-tistas confessam, juntamente com todos os Cristãos, uma robusta fé no único Deus tri-no, o qual, em sua grandiosa graça e amor nos tornou par-ticipantes de sua vida divina por meio de Cristo Jesus, o Grande Evangelizador, que nos salva somente pela gra-ça. Esta fé está baseada nas Santas e inspiradas Escrituras, a Palavra de Deus escrita, es-pecialmente na fundamental confissão de São João, ho lo-gos sarx egeneto, “e o Verbo

se fez carne, e habitou entre nós” (João 1.14).

Já na obra Trinitate, Santo Agostinho fala das missões do Filho amado e do divino Espírito, que cumprem o pla-no de salvação do Pai. Como São Paulo declara em Gálatas 4.6: “Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho”, nos alertando a cla-mar com as mesmas palavras que Jesus nos ensinou: “Pai nosso, Abba, Pai”. O Jesus ressurreto nos entregou a Grande Comissão para irmos a todas as nações, evangeli-zando, batizando e catequi-zando – fazendo tudo isso em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ignoran-do-se esta fundamentação trinitária, todos os nossos planos e programas voltados a evangelização serão prova-dos infrutíferos. O primeiro parágrafo do Instrumentum laboris nos lembra que a fé Cristã não é “simples ensina-mentos, sábios provérbios, um código de moralidade ou uma tradição”. Mas sim um “encontro e relacionamento verdadeiros com Cristo Jesus, as Boas Novas e o maravilho-so presente de Deus para a humanidade”.

Em segundo lugar, o Deus missionário que entregou à Igreja essa Comissão, tam-bém deu à ela um impera-tivo em favor da unidade Cristã. Nós não somente devemos proclamar as Boas Novas a todos os povos, mas fazê-lo de tal forma que a unidade e o amor entre o Pai e o Filho sejam visivel-mente refletidos. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós”, disse Jesus. E também, “Nisto conhe-cerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 20.21; 13.35). A unidade Cristã

não é um fim em si mesmo, mas está sempre a serviço da evangelização. Onde o nosso testemunho está fra-turado, a nossa mensagem é desprovida de persuasão, senão inaudível. Batistas e Católicos diferem no que concerne a importantes as-suntos eclesiásticos e teo-lógicos, contudo, estamos compromissados a buscar um maior entendimento mútuo por meio de um pro-cesso onde dialogamos em amor e nos ouvimos com respeito. Um exemplo desta abordagem é o diálogo entre a Aliança Batista Mundial e o Conselho Pontifício para promover a unidade Cristã, que perdurou durante cinco anos, e resultou no relatório “A Palavra de Deus na vida da Igreja”, a ser publicado em um futuro próximo.

Em sua encíclica, Ut Unum Sint, o Papa João Paulo II enfatizou a memória dos mártires como uma parte viva do nosso testemunho Cristão hodierno. Em uma visita à Basílica de São Bartolomeu alguns dias atrás, me foi mos-trado o lindo ícone dos márti-res cristãos, de leste a oeste, norte e sul, dos séculos XX e XXI. Fiquei muito comovido ao encontrar lá a imagem de dois Cristãos Batistas: o primeiro, um humilde crente que foi encarcerado e assas-sinado pelos comunistas na Romênia; o outro, Martin Lu-ther King Jr., um pastor Batis-ta de meu próprio país. Jesus orou ao Pai celeste que seus discípulos fossem um para que o mundo cresse. Como dantes o sangue dos márti-res foi a semente da igreja, também agora o sangue dos mártires de hoje é a semente da unidade da igreja.

Em terceiro lugar, ao longo de nossa história, os Batistas

têm sido campeões ardentes da liberdade religiosa, não apenas em favor próprio, porém para o benefício de todas as pessoas, em todos os lugares. Nos tempos re-centes, a liberdade religiosa se tornou parte do discurso moral público, conforme re-flete o Art. 18 da Declaração Universal dos Direitos Huma-nos, o qual cada Cristão pode e deve afirmar. Não obstante, antes de ser a liberdade re-ligiosa um direito, ela é um dom; um dom arraigado no próprio caráter de Deus e no tipo de relacionamento para o qual Ele chama a todos. Conforme dispõe a Epístola a Diogneto “Em Deus não há violência” (Ep. Dg. 7:4). Essa verdade foi claramente refletida no Segundo Conse-lho Vaticano, onde muitos teólogos batistas estavam entre os observadores Protes-tantes. Na Declaração sobre Liberdade Religiosa, Digni-tatis humanae, encontramos estas palavras: “Ainda que na vida do Povo de Deus, que peregrina no meio das vicis-situdes da história humana, houve por vezes modos de agir menos conformes e até contrários ao espírito evangé-lico, a Igreja manteve sempre a doutrina de que ninguém deve ser coagido a acreditar” (DH 12). Hodiernamente, em muitos lugares, a liberdade religiosa está sob ataque de diversas formas – algumas óbvias e outras mais sutis. Todos os Cristãos que levam a sério o chamado de Jesus para evangelizar devem tam-bém se posicionar e trabalhar em conjunto para a proteção e o florescer da liberdade religiosa universal, tanto para indivíduos quanto para insti-tuições de fé.

Na Homilia de 11 de ou-tubro, marcando o princípio

do Ano da Fé, o Papa Ben-to XVI usou a imagem de um deserto para descrever o mundo que somos chamados a evangelizar atualmente. De fato, somos confrontados por todos os lados por um ermo estéril de desorientação e desapego da fé. Existe um desertum ad extra – secularis-mo e relativismo, resultando em uma cultura de violência e morte. E há também um desertum ad intra – a agonia do isolamento e da solidão, abrindo alas à exasperação sentida por tantos em nossos dias.

Entretanto, as Escrituras também nos lembram que foi precisamente no deser-to onde surgiu João Batista para preparar o caminho do Senhor afirmando: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). O profeta evangelista Isaías afirmou que Deus fará o deserto se regozijar e de-sabrochar como uma rosa. E naquele lugar árido e seco correrão rios de águas vivas. Para aqueles que possuem um coração temeroso, Ele disse: “Seja forte, não tema! Aqui está o seu Deus” (Is. 35.1-6). Que o Ano da Fé e o Sínodo para a Nova Evange-lização sejam um prenúncio à renovação do evangelho e renovador para a igreja e para o mundo atual.

*O Rev. Dr. Timothy Geor-ge é Reitor do Beeson Divi-nity School da Universidade de Samford (EUA) e dirige a Comissão de Doutrina e Uni-dade Cristã da Aliança Batista Mundial.

(Tradução de D. B. Riker e D. E. Riker, respectivamente Reitor e Seminarista, Faculda-de Teológica Batista Equato-rial, Belém, PA.)

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11o jornal batista – domingo, 02/12/12missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O Pr. Hans Behr-sin, missionário na Letônia, este-ve recentemente

na Estônia, onde visitou o trabalho desenvolvido por missionários da terra nesta ex-república soviética, consi-derada o país menos religio-so do mundo, segundo uma reportagem da rede britânica BBC.

Na cidade de Tartu, a se-gunda maior da Estônia, Mis-sões Mundiais mantém um missionário da terra que está plantando uma igreja, em um trabalho voltado prin-cipalmente para estudantes da universidade local, con-siderada a mais importante do país.

“Durante um encontro com a liderança da igreja, fui apre-sentado a um jovem de 17 anos chamado Karlos. Con-tando-nos sobre o que Deus fez em sua vida, Karlos falou que vivia sem esperança e alegria”, relata o Pr. Behrsin sobre este jovem, que enfren-

Ailton de FariaRedação de Missões Mundiais

O casal missioná-rio Pr. Fabiano e Patrícia Araú-jo, com os filhos

Sara e Nathan, foram en-viados para Francistown, Botsuana/África, no segundo semestre de 2012. Eles estão em plena atividade em seu campo missionário onde já iniciaram contatos através de visitas às vilas, igrejas e es-colas. Botsuana é um campo cheio de contrastes e muitos desafios, mas os missionários buscam em Deus onde e como atuar.

Fabiano informa que, num raio de 100 km, existem sete igrejas sem pastoreio, sem liderança e sem acompanha-mento, pois não há crentes para discipulá-los. “Foi uma alegria ver os irmãos em Se-bina, uma vila que fica a 55

tou o trauma de ter a mãe e o irmão mais velho assassi-nados pelo seu próprio pai.

“Ele viveu durante algum tempo com muitos traumas que somente foram aliviados quando aceitou a Jesus como seu Salvador e Senhor. Foi maravilhoso ver o que Deus pode fazer na vida de um jovem que agora compartilha sua fé com seus amigos na escola e na igreja”, explica o missionário.

Em Tallinn, capital da Es-tônia, o Pr. Behrsin visitou

km de Francistown; mas, in-felizmente, estão sem pastor! Em Massunga, há um enorme templo para a realidade da África, mas são apenas quatro crianças e seis adultos”, disse o missionário. A liderança local pensa em fechar a igreja porque estão há anos sem pastoreio.

Recentemente foi aberta uma creche na Igreja de Tu-tume, que fica a 45 km. Esse trabalho é uma boa oportu-nidade para os missionários investirem seus esforços.

Tshethsebe é mais uma vila onde uma igreja está sem pastoreio e sem cuidado. Em Moroka, a 65 km, há uma igreja na mesma situação. Até em Francistown, onde está o casal missionário, existem 25 crentes sem pastoreio.

Esses desafios em Botsua-na, para os missionários, são ótimas oportunidades para que Deus seja conhecido entre o povo. Eles estão de-

o missionário da terra Tonis Roosimaa, que serviu na Chi-na durante uma década.

“Depois desse tempo, Deus o trouxe de volta à terra natal para plantar uma igreja no subúrbio de Tallinn. Ele tem alcançado um ótimo resulta-do”, conta o pastor.

O missionário destaca que a Estônia é considerada uma das nações menos religiosas do mundo, segundo desta-cou uma reportagem da rede britânica BBC sobre uma pes-quisa realizada pelo Instituto

senvolvendo o projeto Brazil Academy Center, um centro de convivência sociocultural onde crianças órfãs e porta-doras do HIV serão atendi-das, voltando a sorrir e ter esperança. Através de cursos profissionalizantes, esporte, saúde e de uma educação pré-escolar de qualidade, as crianças terão oportunidade de uma vida melhor. O obje-tivo é alcançar também seus familiares, numa visão de missão integral. Fabiano crê que é possível a plantação de igrejas saudáveis naquele campo, contextualizadas à cultura local.

“Cremos que essas pessoas são mais importantes que os métodos que utilizamos. Esses serão ferramentas que Deus usará para treinamento, discipulado e capacitação, a fim de que Seu Reino se estabeleça com qualidade e quantidade”, finaliza o Pr. Fabiano.

Gallup, em 2009. À época, o estudo revelou que menos de 16% dos estonianos conside-ram que a religião desempe-nha um papel importante em suas vidas.

“As pessoas são muito fe-chadas a qualquer tipo de religião. Contudo, não esta-mos aqui para pregar dogmas religiosos ou para fortalecer algum tipo de tradição ou liturgia, mas sim para pregar a graça, o perdão e o amor de Cristo. Temos a esperança que assim muitos irão ouvir o

Evangelho e recebê-lo como ele é verdadeiramente”, afir-ma o Pr. Behrsin.

O missionário continua apoiando a plantação de igre-jas na Letônia.

“As lutas são grandes, prin-cipalmente no inverno. Te-mos planejado realizar em dezembro atividades evan-gelísticas com a temática do Natal, o que atrai algumas famílias. Ore para que novas pessoas venham a conhecer a Jesus nesta época”, finaliza o missionário.

Estônia: o país menos religioso do mundo

Oportunidades em Botsuana

Pr. Hans, Elaine, Rhaísa e Guilherme Behrsin, família missionária na Letônia

Pr. Hans Behrsin visita missionários da terra na Estônia

Pr. Fabiano com a família em Botsuana

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12 o jornal batista – domingo, 02/12/12 notícias do brasil batista

Altemir Flores de OliveiraVice–coordenador estadual dos ER no RS

Os Embaixadores do Rei da Primei-ra Igreja Batista de Cachoeira do

Sul (Embaixada Daniel Neal Sharpley) participaram nos

dias 06 e 07 de outubro de 2012 do Congresso Estadu-al no Município de Itaara, RS, no ABG (Acampamento Batista Gaúcho). Tivemos embaixadas representadas das cidades de Santa Maria, Pelo-tas, Novo Hamburgo, Cacho-eira do Sul e General Câmara, a coordenação nacional dos

ERs esteve presente no evento representado pelos irmãos Samuel Gonçalves e Cristiano Medeiros, além de mais qua-tro irmãos do Rio de Janeiro, o ER Caio acompanhou a comitiva do Rio de Janeiro, foi uma grande alegria e experi-ência para este ER, conhecer o Rio Grande do Sul.

A embaixada Daniel Neal Sharpley (Cachoeira do Sul) consagrou-se bicampeã. Gos-taríamos de enfatizar o exce-lente trabalho que o irmão Cristiano Soares Drescher tem realizado frente ao DE-CER Gaúcho.

Tivemos a alegria de ter-mos no meio dos congres-sistas o ER Ricardo da Costa

Veiga, ER com deficiente visual, que recitou de cor os livros bíblicos de Gênesis a Apocalipse.

ConselheirosAltemir Flores de Oliveira (vice–coordenador estadual);Sérgio Augusto Naimaier Vargas;João Roberto Bauer;Adenir Fernandes Correa.

Embaixadores JunioresOtávio Pholmann Ayres;Igor Santos Magalhães;Filipe Eduardo Streck Bundt;Josué Oliveira Ribeiro;Felipe da Silva Ayres.

Embaixadores AdolescentesRicardo Da costa Veiga;Fabiano de Oliveira Silveira;Ariel Ruhan de Oliveira Bauer;Luis Henrique Pereira Hen-riques;Leonardo Dutra da Luz;Diego Gomes Teixeira;Roger de Moura Gonçalves;William Simões de Oliveira;Carlos Henrique Lima de Moura.

Embaixada Daniel Neal Sharpley

Cachoeira do Sul, RS, fun-dada em 25 de agosto de 1993.

Embaixadores fazem um belo trabalho no Rio Grande do Sul

A Bíblia Ella é o seu melhor guia para desfrutar o que a

Palavra de Deus destina à mulher. Possui uma

reunião de estudos sobre lhos, casamento,

felicidade e trabalho.

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 02/12/12notícias do brasil batista

Humberto Viegas FernandesPastor da IB Alto da Lapa, São Paulo

Nenhum de nós é capaz de calcular, teologicamente, altura e profun-

didade espirituais desta de-claração de Paulo apóstolo à Igreja de Filipos: “Tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que me é muito melhor” (1.23). Tal afirmativa envolve, a um só tempo, cer-teza absoluta de fé e anseio profundo de alma, aliás, ca-racterísticas bem peculiares a todos os verdadeiros cristãos e servos do Salvador Jesus Cristo. Élvio Lindoso deu pro-vas suficientes e inequívocas de ser um deles. Acometido por graves infecções genera-lizadas, partiu no dia 16 de outubro passado, de um leito do Hospital das Clínicas, de São Paulo, depois de breves dias de internação. Foi se-pultado, em culto fúnebre belíssimo, no dia 17, às 14 horas, na presença de toda a família, da Igreja, de vários pastores e muitos amigos, no

Sandra NatividadeColaboradora, de Aracaju

No momento em que a grande comuni-dade Leta instalada no Brasil, celebra

90 anos de organização da Igreja Batista em Varpa, con-siderada a maior Igreja Batista da América Latina passando da marca de hum mil e sete-centos membros. Sergipe com pesar pranteia desde o último dia 9 de novembro o faleci-mento da missionária Zênia Birzniek, Leta de nascimento, obreira que serviu integral-mente no campo sergipano reestruturando e instalando templos, missionária Zênia tra-balhou de forma ininterrupta o maior número de anos neste Estado. Zênia Birzniek filha de Waldemar e Ana Birzniek nasceu em 11 de novembro de 1917 na Letônia de onde imigrou aos 5 anos de idade para o Brasil.

Contava-nos reiteradas ve-zes que a Letônia por ser país vizinho a Rússia seria eminen-temente atingida pelo comu-nismo, sua genitora Ana com três filhos menores, Zênia era um deles, em companhia de um grupo de patrícios imigrou para o Brasil, país livre onde poderia criar seus filhos em paz e segurança. O grupo de-

moderníssimo Cemitério do Jaraguá, na Via Anhanguera.

Élvio, filho do renomado pastor e professor Dr. Lívio Cavalcante Lindoso e de D. Edeltrudes Coelho, nasceu em Olinda, Recife, Pernambuco, e era o mais novo dentre os irmãos: Myrtô, Marlu e Edél-vio. Chamado por Deus para o Santo Ministério, foi ordenado no dia 04 de janeiro de 1957, Bacharel em Teologia, pelo Seminário do Norte, Recife e Pós-graduado em Teologia pela Faculdade da Fé Reformada de São Paulo, extensão da Cohen University & Theological Semi-nary da Califórnia, USA.

Élvio também era professor, formado em Filosofia, Ciências e Letras, pela Faculdade de Santana, em São Paulo. Ex-celente pregador, para quem sabe fazer a devida avaliação e distinção entre conteúdo e forma, era muito apreciado por todos os que o ouviam. Conquanto um espírito alegre e brincalhão, sabia assumir no púlpito e na cátedra uma seriedade conveniente e inve-jável, de quem não brinca nas coisas de Deus. Púlpito não é

sembarcou no Brasil em 1922, instalando-se, posteriormente, no bairro oriental de Varpa, São Paulo. Aos 13 anos, Zênia foi batizada pelo pastor André Pincher, nas margens do Rio do Peixe, a menina cresceu, passou por algumas adversi-dades, estudou e trabalhou. Fez o curso de Enfermagem na Cruz Vermelha, este lhe abriu caminho rumo à evangeliza-ção no Brasil.

Nomeada pela JMN em 1957 foi encaminhada a Ipu-piara (BA), em 1963 a Junta lhe transferiu para Natividade (GO), em 19 de maio de 1964 desembarcou em Aracaju de-pois de 3 dias de longa viagem de trem, 22 de maio, chegou a seu primeiro campo missio-nário no Estado de Sergipe, a cidade de Japaratuba, dois dias depois realizou o primeiro culto, colocou a vitrola na sala que ficou cheia de crianças e adolescentes, o primeiro canto foi o hino 112, daí trabalhou muito instalando o Ambu-latório de Análises Clínicas, passando a cuidar do corpo e da alma da população.

A partir de Japaratuba, Zênia evangelizou a região deno-minada Vale do Cotinguiba, desbravando todo o vale e suas cercanias desafiando os obstáculos e sobrepujando a fragilidade da presença fe-

lugar para palhaçadas e muito menos para cômicos. É santo altar de quem lida com o des-tino eterno de almas humanas. Ele honrava o púlpito.

Élvio era casado com Ielva Frias Lindoso (Garanhuns, Pe. 11/07/56) com quem teve os seguintes filhos: Suzi, única solteira, Saulo, Suely, Sóste-nes, Élvio Filho, e Samuel, que lhe deram os netos, pela ordem: Saulo: Ivana e Tatia-na; Suely: Nathália, Murilo e Alexandre; Sóstenes: Rafael e Rebeca; Élvio Filho: Renata e Rodrigo; Samuel: Henrique. Uma raridade que merece destaque hoje em dia: ‘Todos crentes’, segredou-me a irmã Ielva. Grande vitória.

Ministérios exercidos: Mis-sionário da Junta de Missões Nacionais, em Campos Belos, Goiás. Pastorados: IB de Inhu-mas, GO; IB do Bairro Fama, Goiânia, GO; IB Alvorada, GO, ocasião em que exerceu o magistério teológico no Ins-tituto Bíblico Goiano. Ainda em Goiânia Élvio foi secretário adjunto do missionário ame-ricano James Musgrave. Em São Paulo: IB Casa Verde, Vila

minina no cuidado da saúde de adultos e crianças, numa região onde a falta de sanea-mento básico contribuía com a proliferação de endemias. A moça frágil era vista como um gigante, só Deus faz isto. Ela visitava famílias, ajudava os enfermos, aconselhava, seguiu implantando pontos de prega-ção nos povoados São José, Es-pinheiro, Lagoa Redonda, Bai-xa Grande, Várzea Verde, Ilha do Rato e Ponta dos Mangues; instalou congregações que foram organizadas em igrejas nos municípios de Japaratuba, Cedro de São João, Pacatuba, Pirambu e General Maynard. O evangelho chegou a Japara-tuba pela instrumentalidade da destemida missionária, depois de 12 a 15 anos é que foi orga-nizada a Assembleia de Deus no município.

Obreira infatigável levou aos pés de Jesus incontáveis vidas, contribuiu eficazmen-te enviando jovens as casas de Profetas, hoje, pastores e missionários envolvidos no ministério em Sergipe, em outros Estados e na junta onde a missionária dedicou sua vida, à JMN, onde trabalhou por mais de 34 anos, de 01 de janeiro de 1957 até março de 1989.

Os poderes públicos lhe agraciaram com títulos: o mu-

Sílvia, Parque São Domingos e Segunda do Jaraguá, onde con-cluiu seu ministério pastoral. Foi membro da Junta Adminis-trativa do Estado, Secretário da Associação das Igrejas Batistas do Setor Oeste Capital e Presi-dente da Ordem dos Pastores Batistas deste mesmo Setor.

Élvio serviu e serviu muito bem, a despeito de todos os sofrimentos, problemas e dores que experimentou, sem nunca desistir ou se queixar, e de cer-to obscurantismo que a vida e talvez a própria Causa lhe impuseram. “Servo bom e fiel”.

Concluindo estes informes que julgo úteis e necessários aos Anais da nossa Denomi-nação – valores como este, não podem ser jamais olvi-dados – permito-me parodiar o poeta Francisco Otaviano: “Élvio, não passou pela vida em branca nuvem, nem em plácido repouso adormeceu. Ele sentiu o frio da desgraça, passou pela vida e sofreu. Por isso, não foi mero espectro de homem. Foi Homem. Passou pela vida: VIVEU!” Porque vi-veu em Jesus, por Jesus e para Jesus. Saudades! Consolações

nicípio de Japaratuba a abriga como Cidadã Japaratubense mudando, inclusive o nome da rua onde está localizada a Igreja Batista da Fé, atual-mente denominado complexo Igreja Batista da Fé, como Rua Missionária Zênia Birzniek, tí-tulo merecido pelos relevantes serviços prestados à comuni-dade. O município de Piram-bu também lhe outorgou título de cidadã. Em 2005, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe o Título de cidadã sergipana.

Com a chegada da aposen-tadoria em 1989 continuou trabalhando mais algum tem-po, dois anos e meio, até o envio de sua substituta, para a irrequieta missionária não existia distância geográfica, continuou laborando, a longe-vidade lhe impôs limitações fí-sicas, estas enquanto pode ple-namente transponíveis. Zênia foi acolhida com honra pelo pastor e bom amigo Marivaldo Queiroz que providenciou a construção de sua residência contígua ao Complexo da Fé, onde diariamente, com humildade Marivaldo e sua família desfrutava do conví-vio fraterno com aquela que muito contribuiu com a evan-gelização em Sergipe. Pastor Marivaldo teve o privilégio de estar junto à missionária

divinas para a família lacri-mosa, Igreja inconformada, amigos e irmãos.

EM TEMPO: Peço vênia para registrar aqui meus profundos sentimentos por ler no OJB de 4/11/12 a nota do falecimen-to prematuro do meu queri-do filho na fé, pastor Getúlio Gonçalves da Silva que tive a grande honra de conduzir a Cristo, com toda a sua famí-lia (mãe, irmãos e irmãs), no meu primeiro pastorado na IB Macedônia, em São Paulo, Ca-pital. Ao também pastor Pedro Gonçalves, a todos os demais familiares e à Missão Batista da Paz, em Campinas, SP, meu amor em Cristo e orações.

Zênia segurando-lhe às mãos no momento de sua promoção aos céus.

O Culto fúnebre aconteceu no Complexo da Fé no dia 10 de novembro de 2012 às 7h com a representatividade das igrejas batistas, seus líderes, representantes de outras de-nominações, pastor Jeremias Nunes, representando a JMN, amigos do evangelho e o Prefeito Municipal de Japa-ratuba. Maria Mércia Santos, membro da PIB de Araca-ju, disse: “Nunca vi funeral igual, nem antes nem depois de convertida. Para mim foi algo incomensurável”. A ci-dade parou. Uma multidão seguiu o carro fúnebre pelas ruas estreitas do município até o cemitério local. A Deus, toda a glória, pela vida de testemunho da missionária Zênia Birzniek.

Nosso amado pastor Élvio Lindoso, partiu

Faleceu em Sergipe a missionária Zênia Birzniek

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14 o jornal batista – domingo, 02/12/12 ponto de vista

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15o jornal batista – domingo, 02/12/12ponto de vista

Ouvi esta f rase, num programa d e t e l e v i s ã o : “Cada um é livre

para fazer o que quer”. Ela me fez pensar.

O homem é dotado de ca-pacidade de pensar e tomar decisões. É responsável por seus atos. Não se pode impor a alguém uma religião ou uma ideologia, por exem-plo. Pais escrupulosos não imporão uma profissão a seus filhos. Respeitarão suas habilidades e o seu pendor. Neste sentido, a frase tem certa razão. Cada um faz o que quer de sua vida, sendo por isso responsável. Neste sentido, a liberdade é plena.

Mas nem sempre somos livres para fazermos o que queremos. Eu gostaria de fa-zer muitas coisas que sim-plesmente não posso. Neste sentido, não somos livres para fazer o que queremos. Querer não é poder. Podemos querer coisas que não podemos ter.

Há coisas que não apenas não podemos fazer, mas que não devemos fazer. Um ho-mem pode desejar ter todas as mulheres do mundo, mas ficará no desejo. Alguém disse que Deus é mal hu-morado porque parte dos dez mandamentos começa com um não. Ele nos proibiu coisas boas que gostaríamos de fazer. Por isso diz uma música popular que “tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda”. As coisas boas são proibidas. Deveríamos poder fazer e ter todas as coi-sas que gostaríamos. Abaixo as leis, abaixo os conceitos moralistas, abaixo as religiões com suas regrinhas! Viva a anarquia, vivam os desejos, façamos o que queremos e chega de conversa.

Mas isso funciona? Por que-rer a mulher de Urias o rei Davi planejou a sua morte. Fez o que quis: adulterou e idealizou um assassinato. Mas pagou um preço muito alto pelo que fez. Pode-se fazer o que se quer ou é ne-

cessário ter regras? Liberdade é o direito de fazer o que se quer? O que uma pessoa quer e pensa ser seu direito pode ser a transgressão do direito de outra.

Deus colocou tantos não nos dez mandamentos não por mau humor, mas por saber que somos maus, que somos pecadores. É uma in-coerência o conceito huma-nista de que o homem é bom. Se o homem é bom, por que a maldade e tantas desgraças? Dizer que ele é bom e que a sociedade o corrompe é uma incongruência. A sociedade não é pau, nem pedra. É gen-te. A sociedade é a soma das pessoas, que são más. Davi confessou sua maldade inata, quando declarou: “eu nasci em iniquidade” (Sal. 51.5). Isso é o que os teólogos cha-mam de “depravação, a capa-cidade inata no ser humano de buscar o mal”. O homem não é bom. É pecador. Bem disse Billy Graham, “o ho-mem é exatamente aquilo que a Bíblia diz que ele é”.

Por ser pecador, o homem não pode fazer o que dese-ja, pensando que assim é livre. Disse Paulo: “o bem que quero, esse não faço; o mal que não quero, esse eu faço” (Rom. 7.19). Quando seguimos nossos instintos e paixões, não nos realizamos, mas nos frustramos. Ouvimos a iniquidade, desprezando leis e princípios que orientam a vida, e nos tornamos como os irracionais, que não têm capacidade mental e seguem o instinto. E nos damos mal.

Fazer o que se quer não é ser livre. É ser escravo. Dos instintos. De uma natureza corrompida. Por isso Jesus disse que “todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.34). Não somos livres quando fazemos o que queremos, e regras e princípios não são algemas. Imaginemos um trem que quisesse trafegar fora dos trilhos para poder ser livre. Saísse dos trilhos e entrasse

pelo gramado, cheio de flo-res, alegre e festivo. Ele afun-daria, com seu peso. Há um lugar para ele transitar e fora deste lugar ele se imobiliza.

Liberdade não é o direito de se fazer o que se quer. O pensador cristão Elton True-blood disse que “liberdade não é liberdade para, mas liberdade de”. Somos livres não para fazermos o que queremos, mas somos livres de alguma coisa. Somos li-vres para sermos o que Deus espera de nós. Como disse Kierkegaard: “Com a graça de Deus serei o que devo ser”. Jesus ilustrou isto muito bem: “se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (João 8.36). Liberdade é a capa-cidade de poder gerir a sua vida. É a capacidade de viver sem ser escravo de vícios, de paixões vis, de drogas, da ansiedade, do medo do futuro. Desde quando uma pessoa escrava de um pedaço de papel com mato dentro, um cigarro, é livre? Desde quando alguém que não con-segue livrar-se de uma garrafa é livre? Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto me faz bem e eu aceito. Tenho forças para fazê-lo, mesmo não gos-tando”. Livre é a pessoa que pode dizer: “Isto é agradável, mas trará más consequências. É bom, mas tenho a capacida-de de rejeitar”. Liberdade é o direito de saber usar bem a vida, de discernir entre o que se deve e o que não se deve.

Voltemos a Jesus: “se o Filho vos libertar, verdadei-ramente sereis livres”. Ele dá discernimento espiritual e moral para sabermos o que buscar e o que evitar. Ele dá poder para vencer o que é agradável, mas daninho. Ele torna a pessoa livre. Muita gente censura os crentes, di-zendo sermos escravos, que não podemos fazer muitas coisas. Não é que não pode-mos. É que não queremos. Não nos têm valor. Volto à questão do cigarro: é ridículo um adulto chupando sofre-

gamente um mau cheiroso invólucro de papel com mato dentro, sem poder parar de fazê-lo, embora muitas vezes querido fazê-lo. Coisa triste um bêbedo, caído na sarje-ta, escravo do álcool. Coisa deprimente e triste um casal se separando, com os filhos prejudicados, por causa da infidelidade conjugal de uma das partes.

Nós crentes não vivemos debaixo de regrinhas. Vive-mos na liberdade que Cristo nos deu. Ele nos abriu os olhos e capacitou nossa vida

para vencermos o mal que desgraça e optarmos pelo bem que exalta.

Você pode ser livre. Pode deixar de fazer o que lhe pre-judica e fazer o bem que sabe que deve fazer. Basta con-fiar em Cristo, fazendo dele seu Senhor, cedendo-lhe sua vida, confiando-lhe a direção do seu viver. Você descobrirá o que Jesus quis dizer com “e conhecereis a verdade e ver-dade vos libertará”. Jesus é a verdade que liberta. O resto é mentira. Seja livre. Assuma um compromisso com Cristo.

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