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O LIVRO DOS MÉDIUNS 1. INTRODUÇÃO Os principais objetivos da obra são: clarear o significado da mediunidade, fazendo com que todos entendam seu real significado, mostrar que não basta apenas fazer uma mesa girar para ser classificado como um médium, é necessário muito mais. Quem intenta praticar a mediunidade sem um anterior estudo fiel e sério da doutrina corre grande risco de interpretar o espiritismo de forma errônea e principalmente de mostrar às pessoas um espiritismo que não existe, fazendo com que haja aversão a essa religião sublime. Dessa forma, antes de se iniciar na prática da mediunidade, necessário se torna estudar a fundo o assunto. Não bastam manuais resumidos, guias práticos sobre o tema, pois essas receitas simplificadas tornariam o estudo mediúnico fonte de zombaria e de brincadeira por parte daqueles que apenas veem a comunicação com os espíritos como um passatempo. Palavras chave: Mediunidade, Objetivo dos ensinos mediúnicos 2. CAPÍTULO 1: HÁ ESPÍRITOS? O medo que usualmente se tem de espíritos se deve à crença que as pessoas geralmente têm acerca da figura de espíritos que aprendeu desde criança. Os filmes apresentam aquele ser fantasmagórico que aterroriza famílias, retira almas e destrói felicidades. E é o que vem na cabeça de muitos quando se diz espírito.

O Livro Dos Médius

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O LIVRO DOS MÉDIUNS

1. INTRODUÇÃO

Os principais objetivos da obra são: clarear o significado da

mediunidade, fazendo com que todos entendam seu real significado, mostrar

que não basta apenas fazer uma mesa girar para ser classificado como um

médium, é necessário muito mais.

Quem intenta praticar a mediunidade sem um anterior estudo fiel e sério

da doutrina corre grande risco de interpretar o espiritismo de forma errônea e

principalmente de mostrar às pessoas um espiritismo que não existe, fazendo

com que haja aversão a essa religião sublime.

Dessa forma, antes de se iniciar na prática da mediunidade, necessário

se torna estudar a fundo o assunto. Não bastam manuais resumidos, guias

práticos sobre o tema, pois essas receitas simplificadas tornariam o estudo

mediúnico fonte de zombaria e de brincadeira por parte daqueles que apenas

veem a comunicação com os espíritos como um passatempo.

Palavras chave: Mediunidade, Objetivo dos ensinos mediúnicos

2. CAPÍTULO 1: HÁ ESPÍRITOS?

O medo que usualmente se tem de espíritos se deve à crença que as

pessoas geralmente têm acerca da figura de espíritos que aprendeu desde

criança. Os filmes apresentam aquele ser fantasmagórico que aterroriza

famílias, retira almas e destrói felicidades. E é o que vem na cabeça de muitos

quando se diz espírito.

No entanto, a crença em espírito é essencial para quem se diz

espiritualista. As 3 fontes básicas do espiritualismo se encontram na crença na

existência, na sobrevivência e na individualidade da alma.

Partindo do conhecimento da existência e individualidade da alma, é

preciso admitir também que esta alma é diferente do corpo, já que o corpo não

passa de envoltório que se acaba; e que esta tem consciência de si, pois sente

alegrias e sofrimentos.

Mas esse ser, após a morte, deve ir para alguma parte; a crença inicial

diz que ela vai para o céu ou para o inferno; mas onde será o céu e o inferno

posto que a ciência nos demonstrou que o planeta terra é uma esfera, e não

mais um plano?; como existe o inferno, dado que a geologia limitou as

profundezas da terra a espaço pequeno? Além disso, como se pode afirmar

que existe vida apenas no planeta Terra, quando a Astronomia provou a

existência de milhares de estrelas que abrigam dezenas de planetas, sendo

muitos deles maiores do que a Terra e com melhores condições de existência

de vida?

Se há inúmeros planetas habitados, esses seres devem igualmente ir

para outros lugares após a morte. Tudo nos indica que as almas dos mortos

permanecem no espaço, em locais invisíveis aos olhos humanos. É o raciocínio

mais lógico e não se pode fugir dele.

Mas se dizemos que os espíritos são as almas despojadas do envoltório

corporal, que, livres, vão para mundos que se intercruzam com o nosso mundo

material, encontrar os espíritos que têm afinidade. Se dizemos que essas

almas vêm à Terra para se libertarem de suas imperfeições e de seus vícios e,

à medida que se burila, se torna mais elevado. Se afirmamos que o livre

arbítrio nos dá o poder de escolher como agir em cada situação, mas que é

dado a cada um conforme as suas obras, como já dizia Jesus Cristo. E que os

espíritos, já elevados, se tornam os anjos de Deus, mensageiros divinos que

levam luz e consolo àqueles que ainda estão caminhando para o progresso.

Que os demônios são os espíritos ainda em via de progresso, que não se

desligaram da matéria e de seus inúmeros vícios, penetrando por caminhos

perigosos; mas que um dia sairão de lá, e, gloriosos, subirão ao pico da escala

evolutiva, se direcionando unicamente para a perfeição, não podendo ir para

outro lugar. Ao se admitir que a alma existe e se encontra em todo lugar, é

impossível não admitir a existência de espíritos.

Muitos creem na existência da alma e de espíritos, mas não se permitem

crer que estes conseguem atuar sobre a matéria, dizendo que essa ação é

impossível.

O espírito, na verdade, é envolto pela camada física, material; e por uma

camada semimaterial, a que chamamos períspirito. Esta é fluídica e

intermediária ao espírito e à matéria, fazendo a ligação entre ambos. Na

verdade o períspirito é um fluido semi-material que os olhos materiais não

conseguem ver.

Presenciamos a cada dia a ação de fluidos não materiais sobre a

matéria. A luz, imponderável, age sobre a matéria e a modifica. A eletricidade

age da mesma forma. Porque, então, não se pode admitir que o espírito, fluido

aja também sobre a matéria?

Tomando por base a incontestabilidade da existência de Deus, da alma

e de sua sobrevivência após a morte, é possível desenvolver o pensamento

espírita e a existência dos Espíritos será uma decorrência natural.

Considerando irrefutável a ideia de que os Espíritos são reais e existem,

porque este não poderia se comunicar com os vivos? Não há um espírito

aprisionado no corpo de cada um? Não seria o mesmo de um espírito liberto

conversar com um aprisionado, como uma pessoa conversa com alguém que

se encontra em um presídio?

Se há a alma e esta sobrevive ao corpo, deve-se considerar que ela

continua a pensar após a morte; que continua pensando em seus afetos; que

se pode estar em qualquer lugar, pode estar ao nosso lado; que se pode estar

ao nosso lado, pode tentar comunicar conosco; que seu corpo fluídico pode

agir sobre a matéria inerte e sobre a matéria animada;

Mas os incrédulos dirão: Não acredito, portanto isso é impossível.

Palavras chave: Crença em espírito, Espiritualismo, Céu e Inferno, Perispírito,

Origem do Espiritismo.

3. CAPÍTULO 2: DO MARAVILHOSO E DO SOBRENATURAL

A crença em Espíritos está presente nas mais diversas religiões entre os

variados grupos que povoam a orbe terrestre. Alguns dizem que o ser humano

sempre teve gosto para o maravilhoso e o sobrenatural. Mas como sabeis o

que é sobrenatural, ou seja, contrário à natureza? Como estabelecer limite às

leis de Deus?

O Espiritismo consegue desencadear uma lei admirável, que explica o

que antes nunca conseguiu ser explicado em outras teorias.

Muitos questionam como poderia um Espírito levantar uma mesa no ar,

sem ponto de apoio, contrariando a lei da gravidade. Os Espíritos explicam que

é sim possível que estes contrabalancem o efeito da gravidade, assim como o

hidrogênio contrabalança o peso do balão.

Todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. De observação

em observação, percebeu-se que não eram as pessoas vivas quem produziam

os efeitos que presenciavam na época de Kardec. Comprovado que não eram

os assistentes quem agia, devia-se ter uma causa inteligente atuando sobre a

matéria, causa atribuída depois aos espíritos.

Aqueles que dizem que a matéria é a única força viva da natureza

consideram que tudo o que não é explicado pelas leis da natureza é

maravilhoso, o que para eles é sinônimo de superstição. Entretanto, se

esquecem que toda religião tem como base a crença em um ser imaterial. Isso

seria o mesmo que dizer que toda religião é supersticiosa.

Antes de se fazer qualquer julgamento sobre o Espiritismo, é necessário

se ter conhecimento de causa. Seria leviandade fazer críticas sem ao menos

saber se o que está falando é real. As críticas só são levadas em consideração

quando a pessoa que a fez conhece o Espiritismo não através de uma mesa

girante, mas sim de anos e anos de estudo, que seria o tempo mínimo para se

conhecer um pouco da doutrina.

O Espiritismo não aceita todos os fatos considerados maravilhosos. Na

verdade, refuta muitos deles e prova a sua inconsistência. Dessa forma, os que

desejam criticar o Espiritismo devem falar sobre esses pontos considerados

maravilhosos. Muitos criticam o que o próprio Espiritismo refuta, tornando seus

argumentos vazios e mostrando seu desconhecimento.

O livro dos Médiuns já diz: “Haveria tanta infantilidade em ver todo o

Espiritismo confinado a uma mesa giratória como em ver toda física resumida a

alguns jogos infantis. Para todos os que não querem ficar na superfície, não

são horas, mas meses e anos que serão precisos para sondar o conjunto, todo

o edifício.”

A palavra milagre, em seu sentido etimológico e primitivo, significa coisa

extraordinária, admirável de se ver. Mas esta palavra se degenerou e, hoje, se

entende por milagre um ato do poder divino e que é contrário às leis da

natureza. Os fenômenos espíritas não podem ser considerados milagres, pois

são fenômenos naturais e racionalmente explicados. São simples efeitos que

têm a sua razão de ser nas leis naturais. A partir do momento em que o fato

passa a acontecer com milhares de pessoas, não pode ser caracterizado como

milagre.

Palavras chave: Bases do Espiritismo, Sobrenatural, Origem do Espiritismo,

Críticas ao Espiritismo.

4. CAPÍTULO 3: DO MÉTODO

Todo ensinamento metódico deve caminhar do desconhecido para o

conhecido. Assim, o espírita que queira ensinar a outros os ensinamentos

espíritas não pode partir dos Espíritos, pois esse é o ponto final, a conclusão.

Se os Espíritos são as almas dos homens, deve-se partir da existência da

alma.

Há basicamente duas classes entre os materialistas. Os primeiros são

os materialistas por sistema. Estes têm concepções básicas e fundamentais

que o homem é nada mais do que uma máquina, sem vida extracorpórea.

Nestes há a negação absoluta e, a maioria, nega qualquer opinião contrária à

sua. Alguns deles dizem: “Faça-me ver e acreditarei”, muitas vezes falsamente.

Alguns, mais sinceros, dizem:” Ainda que visse não acreditaria”.

A segunda classe, de maior número, já que o materialismo é um

sentimento antinatural, é a dos que são assim por indiferença, por não tem

encontrar algo melhor. Estes muitas vezes querem acreditar em algo, mas os

princípios mostrados a eles desde a infância são, algumas vezes, não

racionais, e estes preferem não acreditar em nada. Para estes, mostrar a

existência da alma e todas as suas consequência é algo que os enche de

júbilo, os faz sair de sua posição e encontrar a luz que procuravam.

Ao lado da classe dos materialistas há uma terceira classe: a dos

espiritualistas de má vontade. Estes se dizem espiritualistas, mas não querem

crer, pois desejam continuar podendo ter pensamento egoísticos, avarentos, e

se deleitar com suas paixões e vícios. Estes fecham os olhos para não ver e

tapam os ouvidos para não ouvir.

Há também outras categorias de opositores, por diversos motivos. Os

incrédulos por orgulho, por leviandade, por negligência, por fraqueza, por

escrúpulos religiosos, incrédulos por decepções, etc.

Uma classe numerosa, mas que não pode ser incluída entre os

opositores, é a dos incertos. Eles têm uma vaga intuição do Espiritismo,

faltando uma coordenação de ideias. Nesta classe, nos depararemos bastante

com os que são espíritas sem saberem. Estes têm uma semente do

espiritismo, de forma que quem os ouve pensam que são realmente iniciados

na doutrina.

Dentre os espíritas, que se convenceram de um estudo direto, também

há diversas classes. A primeira é a dos que creem apenas nas manifestações

de espíritos. Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de observação. São

chamados de Espíritas experimentadores.

A segunda classe é a dos espíritas que aceitam, além da parte de

observação dos fenômenos, a moral e todas as consequências do espiritismo,

mas não a praticam. Para eles a caridade é apenas uma bela máxima. Estes

são chamados de espíritas imperfeitos.

Há, em contrapartida, a terceira classe, dos espíritas que acreditam e

também praticam os ensinamentos. Tentam se melhorar e têm como base de

atuação a prática da caridade. Estes são os verdadeiros espíritas, ou espíritas

cristãos.

Há, por fim, uma última classe, a dos espíritas exaltados. Estes creem

em tudo o que chega até eles e se exaltam e se ludibriam facilmente. Esse

exagero é prejudicial, pois ele acaba sendo enganado facilmente pelas

pessoas ao redor e por espíritos zombeteiro. Além disso, as pessoas ao seu

redor não acreditam nele, por ser facilmente enganado. São mais prejudiciais

ao Espiritismo, pois os opositores se aproveitam deles para caracterizar a

todos os espíritas, sem se atentarem para os conhecimentos de causa.

A maioria das pessoas entraram no Espiritismo através do conhecimento

pelo raciocínio. Sem ele, muitas vezes o Espiritismo é rejeitado, principalmente

quando só veem as manifestações. Quando se ensina antecipadamente o

raciocínio por trás das manifestações, três quartos da convicção é garantida.

Muitas vezes, não é conveniente tentar convencer a um descrente

teimoso. As mais das vezes, eles necessitam passar pela prova da

incredulidade até chegar ao conhecimento de uma consolação. Kardec diz que

não faltam os que esperam pelo recebimento da luz, para que se esteja a

perder tempo com os que a rejeitam.

O verdadeiro espírita deve consolar, operar reformas morais, acalmar os

desesperados, aliviar corações, etc. Portanto, devem se dirigir aos de boa

vontade, que são de número muito maior do que imaginamos.

“O verdadeiro Espiritismo nunca subirá ao tablado das feiras e jamais se

dará em espetáculo.” Portanto, aquele que diga que consegue obter as

manifestações à vontade é ignorante ou impostor. A ciência do Espiritismo não

permite que se simule seus efeitos como outras ciências, pois se trata da

interação entre Espíritos que gozam autonomia. Deve-se inclusive rejeitar o

pensamento de que os Espíritos queiram se submeter aos espetáculos e às

investigações como objetos de curiosidade.

O melhor meio é começar pelo raciocínio, aprendendo o porquê das

coisas. Aquele que começa por ver uma mesa girar se sente mais inclinado ao

divertimento, pois dificilmente poderá conceber que a partir de uma mesa

girante possa surgir uma doutrina regeneradora. Tem-se notado que aqueles

que se encontram na doutrina apenas porque leram e compreenderam são,

longe de se tornarem superficiais, aqueles que mais a compreendem, pois dão

mais atenção à forma do que ao fundo.

Palavras chave: Como ensinar o Espiritismo, Materialistas, Classes de

Espíritas, Compreensão das manifestações.

5. CAPÍTULO 4: DOS SISTEMAS

Quando o Espiritismo surgiu, as manifestações eram observadas e cada

um a interpretava de sua maneira. Os opositores se aproveitaram disso como

um argumento, dizendo que nem os espíritas se entendiam. No entanto, toda

ciência, quando é criada, apresenta divergência de opiniões, até que se

coordene os fatos e se organize e sistematize as ideias. Nesse quesito, o

Espiritismo avançou muito rápido e, pode-se dizer que, mais rápido do que a

medicina, por exemplo, já que até hoje se encontram divergências nesta última.

Acompanhando a ordem da evolução do Espiritismo, verifica-se em um

primeiro momento o sistema de negação. Os argumentos são baseados nos

efeitos inteligentes - já que, quando não se acredita em vida após a morte e em

Espíritos, não se pode crer em efeitos inteligentes - e em efeitos físicos. Neste

último, criaram-se diversas explicações, dentre elas:

O sistema de charlatanismo, atribuindo os efeitos físicos espíritas à

falcatrua, independente da honestidade das pessoas que o realizavam. Nesse

sistema, não há como acreditar que se tente fraudar as manifestações sem se

ganhar vantagens em cima disso. Se não há motivos ruins por trás, não há

porque se realizar o charlatanismo.

O sistema de loucura, por outro lado, é baseado na ideia não de que há

a fraude, mas que as pessoas que participam são loucas e iludidas. No

entanto, percebe-se que o fenômeno se dá, em sua maioria, com pessoas bem

instruídas, que eram a maioria dos adeptos do Espiritismo na época.

O sistema de alucinação consiste na crença de que as manifestações

são como efeitos de ilusionismo, que as mesas são levantadas por efeitos de

reflexão na luz por espelhos. No entanto, já se provou que isso não se dá, pois

presenciaram-se muitas mesas se quebrando, tombando, além do fato de as

pessoas andarem em torno dela e de ela se mover rapidamente. Seria muito

difícil se realizar truques de mágica nessas situações.

Há também o sistema do músculo estalante, criado por um cientista que

explicou o fenômeno de se ouvir pancadas sob uma visão da medicina,

explicação válida para muitos casos já ocorridos anteriormente, mas não para

as manifestações espíritas, pois todas as pessoas no local ouviam as

pancadas, além do que criavam-se vibrações com o barulho para quem

tocasse na mesa.

O sistema de causas físicas reconhece que os fenômenos ocorrem, mas

dão explicações físicas a eles, como a ação da eletricidade e do magnetismo.

No entanto, os fenômenos ocorriam de forma inteligente, devendo haver,

necessariamente, uma causa inteligente.

O sistema do reflexo reconhecia a causa inteligente, mas diziam que o

pensamento inteligente provinha do médium ou de algum assistente por meio

de reflexão dos pensamentos. Mas para isto precisaria se admitir que se pode

exteriorar e materializar ideias, o que vai contra a ciência.

Há também outros sistemas, como o sistema da alma coletiva e o sistema

sonambúlico, nos quais acreditam que as comunicações vêm da alma do

médium. Ver mais explicações no livro.

O sistema pessimista, diabólico ou demoníaco defende que as manifestações

são causadas unicamente por espíritos demoníacos. Apesar de ser um

pensamento pessimista e nada consolador, o sistema admite que há a

interação entre seres não vivos.

O sistema otimista, ao contrário, deffende que as manifestações são causadas

unicamente por espíritos bons. Esses muitas vezes serão iludidos e

aprenderão a não confiar em certos espíritos hipócritas e aproveitadores.

Há também o sistema monospírita ou unispírita, no qual acreditam que as

manifestações são criadas por um único Espírito, Jesus. No entanto, veem-se,

nas reuniões, conversações elevadas, mas também de baixo nível. Creem que

Jesus os falaria coisas más para experimentar os homens, o que é ilógico

como dizer que o Diabo falaria coisas boas e sublimes para tentar o homem.

O sistema multispírita ou polispírita desenvolve o raciocínio da comunicação

por diversos Espíritos. No entanto, só o estudo sério e perseverante, aliado ao

poder que o tempo confere, abrirão as mentes à compreensão completa dos

Espíritos. Ficar apenas no conhecimento superficial traz conhecimentos

errôneos.

Palavras chave: Origem do Espiritismo, Evolução do Espiritismo, Sistemas de

oposição ao Espiritismo, Demônios.

6. CAPÍTULO 1: DA AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE A MATÉRIA

O Capítulo 1 busca discutir, com argumentos válidos, se a alma após a

morte pode-se manifestar aos vivos. O ceticismo atual a respeito dessa

questão ocorre quando não se conhece a verdadeira natureza do Espírito.

Muitos acreditam que, após a morte, o Espírito se despe de todo o seu

invólucro e não lhe resta mais nada do corpo material.

Entretanto, quantas histórias conhecemos de pessoas que viram

Espíritos de aparência conhecida? Se ele possui a forma de algum ser humano

já encarnado outrora, mesmo que não o conheça, significa que ele leva alguma

coisa para si após a morte.

Numerosas observações demonstram que o ser humano é constituído

por três componentes: O Espírito, princípio inteligente; o corpo, envoltório

grosseiro e material; e o períspirito, envoltório fluídico e semimaterial, que

serve de ligação entre a alma ou Espírito e o corpo. A saber, a alma nunca se

separa do períspirito, mesmo após a morte.

O Perispírito é o intermediário de todas as sensações do Espírito. É

como o fio elétrico condutor que recebe e transmite o pensamento. Mas a

matéria do períspirito não tem a tenacidade e nem a rigidez da matéria do

corpo. É flexível e pode se moldar de acordo com a vontade do Espírito, que

lhe pode dar esta ou aquela aparência. Mas embora fluídico, o períspirito não é

menos matéria.

Talvez se pergunte como o períspirito, matéria tão sutil, consegue agir

sobre corpos pesados, erguer mesas, etc. No entanto, a ciência hoje não

consegue destruir edifícios com gases tão leves e fluidos? A eletricidade não

consegue derrubar árvores?

Palavras chave: Perispírito.

7. CAPÍTULO 2: DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS-MESAS GIRANTES

As manifestações espíritas são caracterizadas por efeitos sensíveis, seja

pela visão, pela movimentação de corpos. As mesas girantes foram as

manifestações mais comuns na época Kardekiana. No entanto, todos os tipos

de manifestações já ocorreram desde sempre, pois é um fenômeno natural

para o homem.

O fenômeno das mesas girantes foi muito “apreciado” na época como

diversão. No entanto, ele foi abandono com o tempo, gerando zombaria das

pessoas críticas. O abandono das mesas girantes pelas pessoas frívolas

ocorre como tudo o que sai de moda e dura apenas alguns meses. Já as

pessoas observadoras o substituíram pelos estudos que são consequência

desse fenômeno.

Para que as mesas girantes se produzam, é imprescindível a presença

de um ou mais médiuns. De início, haviam várias práticas cultuais, símbolos e

amuletos, pois acreditavam serem necessários para a manifestação.

Posteriormente, verificou-se que havia a necessidade apenas de bastante

silêncio e paciência, pois o fenômeno podia demorar a se iniciar. Além disso, a

única coisa que contribuía era o volume da mesa. O número de médiuns não

influenciava o processo, pois às vezes uma criança conseguia levantar grandes

mesas, enquanto diversos médiuns adultos mal conseguiam levantar uma

mesa de canto.

Outro fenômeno que ocorre é o das pancadas nas mesas, que se faz

ouvir e se faz sentir sua vibração.

Palavras chave: Mesas girantes, Origem do Espiritismo, Manifestações

físicas.

8. CAPÍTULO 3: DAS MANIFESTAÇÕES INTELIGENTES

No início, acreditavam que as manifestações eram causadas por

corrente elétrica, magnética ou qualquer outro fluido. Era o que a razão

afirmava. No entanto, esse raciocínio teve de ser descartado quando se viu a

presença de uma inteligência por trás do fenômeno. Se há um fenômeno

inteligente, há de se ter necessariamente uma causa inteligente.

É importante salientar que as manifestações inteligentes não

necessariamente precisam ser eloquentes, sábias, mas sim manifestar

respostas a um pensamento, demonstrar uma intenção.

De início, as respostas do ser inteligente eram dadas através das

pancadas, respondendo-se sim ou não, conforme foi convencionado.

Entretanto, pela insignificância do método, passaram a indicar as letras do

alfabeto.

Perceberam, então, que as manifestações proviam do médium ou de

seus assistentes, mas não podiam partir deles, pois as informações eram

muitas vezes ignoradas por estes.

Como o processo era demorado, os Espíritos indicaram outras formas

de manifestação a partir da escrita. De início, adaptaram um lápis ao pé de

uma mesa, e esta foi se reduzindo de tamanho com o passar do tempo, e

depois foi substituída por cestas, pranchetas, caixas de papelão, até

descobrirem que apenas o lápis era o suficiente para que houvesse a

manifestação.

Palavra chave: Mesas girantes, Origem do Espiritismo, Manifestações físicas,

Manifestações inteligentes.

9. CAPÍTULO 4: DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS

O fluido universal é o princípio fundamental de todas as coisas. Ele se

modifica em nosso mundo para formar a matéria compacta que nos cerca.

O Espírito produz o movimento de um corpo sólido unindo o fluido universal

por ele emanado com o fluido emanado do médium.

Em virtude de sua natureza etérea, o Espírito não pode, por si só, atuar

sobre a matéria grosseira sem intermediário, ou seja, sem um elemento que

se liga à matéria, chamado períspirito.

Os Espíritos menos evoluídos, por estarem mais presos a matéria e

apresentarem períspirito mais material e mais condensado, são mais aptos

a realizarem as manifestações físicas. Já os Espíritos evoluídos já têm

períspirito cada vez mais etéreo e leve, possuindo mais a força moral.

Quando necessitam de força material, pedem aos Espíritos menos

evoluídos.

Observando que quando uma mesa se move ou se levanta, não é o Espírito

que a arrasta, como um homem arrasta um fardo; é a própria mesa que,

animada, obedece à impulsão que o Espírito dá. O Espírito é a causa, o

fluido é o instrumento, mas ambos são necessários.

Dessa forma, o Espírito pode fazer tudo o que o homem encarnado faz,

mas tudo de acordo com a sua organização funcional. O homem utiliza o

músculo, Nos seres encarnados, o períspirito está, de certa forma, aderido

ao corpo, preso a a ele. Já nos médiuns de manifestações físicas, o

períspirito, de certa forma, emana seu fluido.

Palavra chave: Origem do Espiritismo, Como se dá as Manifestações físicas e

as Manifestações inteligentes.

10.CAPÍTULO 5: DAS MANIFESTAÇÕES FÍSICAS ESPONTÂNEAS

Podem acontecer manifestações físicas espontâneas, ou seja, sem que

seja provocado. As mais simples e comuns são as manifestações por ruídos ou

pancadas. No entanto, deve-se atentar para não confundi-las com barulhos de

vento, animais, etc.

Geralmente, quando há uma manifestação, esta obedece aos locais de

pancada, ao número de golpes, à intensidade, de acordo com o pensamento

daquele que está vendo.

Não há necessidade de se ter medo dessas manifestações, assim como

uma criança não precisa ter medo de bicho papão, lobisomem, etc. Essas

manifestações tem por um fim chamar a atenção para alguma coisa. Alcançado

esse fim, a manifestação material é desnecessária.

Pergunta-se geralmente como essas manifestações se dão, já que se

precisaria de um médium. No entanto,geralmente elas ocorrem com pessoas

que são médiuns naturais, ou seja, que ao menos sabem de suas faculdades.

Pode acontecer de o Espírito retirar o fluido de uma pessoa em local

diferente, ou seja, que não da presente. Na maioria das vezes o Espírito não

conseguirá que algum médium esteja no local desejado e na hora desejada

para lhe conceder o fluido.

Os ateus e os materialistas são testemunhas constantes dos efeitos do

poder de Deus; os fariseus viam com seus próprios olhos os milagres de Jesus,

mas ainda sim não acreditavam. Estes se assemelham aos descrentes atuais,

que, mesmo se vissem as manifestações, não se deixariam acreditar pelo

orgulho. Por isso, Deus dá a todos a oportunidade de ver da mesma forma e

permite que a pessoa acredite por livre arbítrio, sem ser forçada em nada.

Felizes aqueles que creem sem ter visto, disse Jesus, pois estes não duvidam

do poder de Deus.

Os fenômenos de transporte se caracterizam pelo transporte de materiais

suspensos. Esses fenômenos são de complicada execução e precisam de uma

interação muito grande entre médium e Espírito. Além disso, muitos médiuns

presentes geralmente acabam atrapalhando o processo, pois se houver um

Espírito, encarnado ou desencarnado, que ajude a “bloquear” o fenômeno, ele

não acontecerá. Não é um fenômeno simples como os anteriormente falados e,

deve-se desconfiar daquele que disser que consegue fazê-lo por conta própria

ou mandando os Espíritos fazerem.

Palavra chave: Como se dá as Manifestações físicas, Manifestações físicas

espontâneas, Comunicação com Espíritos,

11.CAPÍTULO 6: DAS MANIFESTAÇÕES VISUAIS

Os Espíritos podem se tornar visíveis, sobretudo no estado de sono, no qual

o nosso Espírito de certa forma se desprende do corpo e goza de “certa”

liberdade. Qualquer Espírito pode se manifestar visivelmente; todos o podem,

mas só se manifesta aquele que tem permissão para tal. Às vezes o Espírito

não quer se manifestar.

Os maus Espíritos podem desejar se manifestar por vingança ou para

amedrontar. Já os bons Espíritos buscam consolar aqueles que ficaram com

saudades, dar conselhos, pedir assistência a si, etc.

Haveria muitos inconvenientes se todos pudessem ver Espíritos a todo

momento. Esse fenômeno perturbaria o ser humano, lhe deixaria embaraçado

e lhe tiraria a iniciativa a todo instante, enquanto que, julgando-se só, se sente

mais livre para agir da forma que desejar.

Além disso, aqueles que estão cegos pelo orgulho não aceitariam nem se

vissem; diriam que é ilusão, etc.

Quanto mais o homem se aproxima da perfeição, menor é a densidade de

sua matéria e consegue cada vez mais se por em comunicação com os

Espíritos.

Deve-se compreender que um Espírito é menos perigoso do que um ser

vivo. Ele é perigoso não pelo fato de ser um Espírito, mas pelo poder que pode

exercer sobre o homem, influenciando-o e desviando-o do bem.

Os Espíritos, em suas manifestações visuais, podem conversar conosco

articulando através do som, como o ser humano faz, ou, na maioria dos casos,

através do pensamento.

Os Espíritos aparecem às vezes de maneira a impressionar a pessoa a

quem se mostram. Uns aparecem de trajes comuns, outros envoltos em

amplas roupagens, com asas, etc.

As aparições sempre ocorrem igualmente nos diversos países. Não há

países privilegiados. O que ocorre, no entanto, é que alguns países tem mais

médiuns escreventes, por exemplo, apresentando mais manifestações desse

tipo.

Muitas manifestações ocorrem a noite, pois a grande claridade geralmente

pode apagar uma aparição ligeira.

Geralmente as pessoas que têm visões estão em um estado próximo do de

êxtase. Na verdade, não são os olhos que veem os Espíritos, mas sim a alma,

pois é possível continuar vendo-os ainda que de olhos fechados.

O Espírito só consegue fazer-se visível com o auxílio de seu períspirito. E é

este quem dá a forma que o Espírito quer se apresentar. Este pode aparecer

sob outras características, mas sempre com uma forma humana.

Efeitos como chamas, fogos são meramente miragens ou emanações do

períspirito, mas nunca este por completo. Apenas Espíritos muito inferiores

podem tomar a forma de animais, e é apenas uma aparência momentânea.

As manifestações aparentes mais comuns se dão através dos sonhos. Elas

podem ser fruto de uma visão atual de coisas presentes, uma visão atual de

coisas ausentes, visões retrospectivas do passado, muito raramente

pressentimentos do futuro, quadros simbólicos usados por Espíritos para nos

dar avisos úteis e conselhos ou quadros para nos induzir ao erro, no caso de

Espíritos inferiores.

As aparições propriamente ditas, quando o vidente se acha acordado e

lúcido, geralmente se apresentam sob a forma vaporosa, às vezes vaga e

imprecisa. Alguns veem a claridade, outros as formas bastante nítidas.

O Espírito pode aparecer sob a forma de outras vidas anteriores, não

apenas da última, ou com arranhões, deformações, etc. da forma que for mais

conveniente para ele.

Em situações raras e especiais, o Espírito pode se tornar não somente

visível, mas também palpável. Pode-se fazer uma analogia à condensação de

gases, que ora estão sob a forma líquida, ora sob a forma sólida e ora sob

vapor. Além disso, para que esse fenômeno ocorra, deve haver uma grande

afinidade entre o fluido do Espírito e o do Médium, devendo este último

conseguir ceder fluidos em abundância. Essa situação é rara e ocorre de fato

quando Deus dá a permissão para acontecer.

O Espírito pode penetrar pela matéria e ir para onde quiser, desde a um

campo aberto até a uma prisão.

Alucinações:

Nunca a ciência conseguiu explicar a razão dos sonhos ou das alucinações.

Dizem que é coisa da mente, mas com explicar sua ocorrência muitas vezes

coincidindo com a morte de pessoas queridas, ou a descoberta de coisas que

não sabia antes?

Quando em sonho, o Espírito pode acreditar que vê coisas irreais, como o

Diabo, por exemplo. Mas isso acontece quando a pessoa se impressiona

facilmente, dá muita atenção a certas leituras, etc. Pode ocorrer também

quando Espíritos zombeteiros querem assustar a pessoa, aparecendo com

chifres e garras, assim como um Espírito pode aparecer com asas.

Quando as pessoas estão meio adormecidas ou fecham os olhos, as

imagens que lhes aparecem podem ser visões, pois o Espírito se desprende do

corpo e pode ir a lugares distantes; mas pode ser também efeito de impressões

que ficam na mente, assim como ocorre com os sons.

Palavra chave: Manifestações visuais, períspirito, sonhos.

12.CAPÍTULO 7: DA BICORPORIDADE E DA TRANSFIGURAÇÃO

A bicorporidade e a transfiguração são variedades das manifestações

visuais. Durante o sono, o Espírito tem certa liberdade e consegue inclusive ver

o seu próprio corpo, estando ligado ao períspirito apenas. Esses dois

fenômenos comprovam que as propriedades do períspirito nos mortos se aplica

ao períspirito dos vivos.

Este capítulo apresenta diversos exemplos reais de situações nas quais

ocorreram a bicorporidade ou a transfiguração.

O Espírito pode sair do corpo, e este pode viver sem o Espírito vivendo a

vida orgânica, assim como as plantas vivem, já que estas não têm Espírito. Os

Espíritos dos vivos se diferenciam dos Espíritos dos mortos por um fio de luz

que chega até o seu períspirito e se liga ao corpo. Este fio luminoso faz com

que o Espírito sinta a necessidade de voltar ao corpo na rapidez de um

relâmpago.

Isolado do corpo, o Espírito de um vivo, assim como o de um morto, pode-

se tornar visível com todas as aparências da realidade. Em alguns casos, este

pode tornar-se até tangível, caso denominado bicorporeidade, no qual o corpo

pode estar presente em dois lugares diferentes.

Santo Antônio de Pádua explica o fenômeno da seguinte forma: Quando o

*homem chega a se desmaterializar completamente por suas virtudes, este

pode , ao vir o sono, pedir a Deus lhe seja permitido se transportar para outro

lugar. Seu Espírito abandona o corpo, levando uma parte do Perispírito e

deixando seu corpo material em um estado próximo ao da morte.

Geralmente a bicorporeidade ocorre durante o sono, mas pode ocorrer

quando a pessoa está acordada. No entanto, ela nunca estará em seu estado

normal, mas sim em uma espécie de êxtase. A alma não se divide em duas,

mas se irradia para diversos lados, se manifestando em outros pontos.

Como o Espírito consegue ler pensamentos, saberia quando alguém tem a

intenção de acordar seu corpo, retornando antes que isso ocorra.

O indivíduo tem, então, dois corpos que se mostram simultaneamente em

dois lugares, mas apenas um é real, é vida orgânica; o outro é aparente e é

vida da alma. Ao despertar, ambos se reúnem.

A transfiguração é a capacidade do Perispírito de alterar a sua forma, se

mostrando como outra pessoa. Geralmente o períspirito se mostra modificado,

mais jovem ou mais velho, mais feio ou mais bonito. No entanto, em raros

casos, pode se transfigurar em outra pessoa completamente diferente, de peso

diferente, etc.

A transfiguração pode-se originar de uma simples contração muscular,

dando à fisionomia aspecto diferente. O peso pode ser explicado pela atuação

de uma força externa.

Há também o fenômeno dos chamados agêneres, que é uma variação da

transfiguração, mas o períspirito consegue dar a forma de alguém que está

vivo.

Palavra chave: Bicorporiedade, transfiguração, agêneres, perispírito

13.CAPÍTULO 8: DO LABORATÓRIO DO MUNDO INVISÍVEL

O Capítulo 8 fala de onde vem e como são formados os objetos que

geralmente acompanham os Espíritos, como roupas, acessórios, livros, etc.

A escrita direta, por exemplo, também conhecida como pneumatografia, é

um exemplo disso, já que o Espírito escreve no papel sem o auxílio de lápis,

apenas usando o papel. De onde sairia a tinta?

São Luís explica que esses objetos são aparências, e não reais. Aparência

no sentido de imitação, não de ilusão de ótica, já que o objeto não está lá, mas

é formado de um princípio material.

No entanto, o Espírito tem grande poder sobre a matéria, tão grande que

nós, homens, não imaginamos. Eles poderiam dar forma a esse objeto, mas

também torná-lo tangível.

Os Espíritos também poderiam fazer substâncias saudáveis que servem de

remédio para cura de enfermidades.

Essa teoria fornece a comprovação do fenômeno de fluidificação de águas,

que consistem em mudança de suas propriedades pela vontade do Espírito,

através do magnetismo.

Palavra chave: Objetos no mundo espiritual, Escrita direta, Água fluidificada.

14.CAPÍTULO 9: DOS LUGARES ASSOMBRADOS

Os Espíritos menos evoluídos, após a morte, podem preferir ir para locais

que os agrada, bem como ,caso sejam muito materialistas, podem ajuntar os

seus tesouros terrenos e vigiá-los.

É errônea a crença de que os Espíritos gostam de locais escuros e vazios.

Em geral, os Espíritos gostam de ficar ao lado de seres humanos e, portanto,

em locais movimentados. Essa crença em locais mal assombrados teve origem

no medo do homem que acabou atribuindo como causa coisas de sua

imaginação.

É fato, no entanto, que existem Espíritos zombeteiros que se aproveitam do

medo humano para se divertir, e fazem se passar por nomes diabólicos ,etc.

Cabe ao homem ignorá-lo e não dar importância à esses Espíritos, fazendo os

ir embora.

Palavra chave: Lugares assombrados, Espíritos zombeteiros.

15.DA NATUREZA DAS COMUNICAÇÕES

Todo efeito que revela um ato de livre vontade ou que age conforme o

pensamento é considerado manifestação inteligente. É uma prova de que o

fenômeno está além da matéria. Entretanto, quando esse efeito permite

contínua troca de ideias, passa de manifestação inteligente para verdadeira

comunicação.

Assim como os Espíritos apresenta diversas escalas, suas conversações

refletem o seu nível de elevação. Pode-se classificar os caracteres mais

acentuados das conversações em: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas.

As conversações grosseiras são aquelas que mesmo chocam a decência,

por seu caráter grosso, arrogante, malévolo, obsceno, etc.

As conversações frívolas emanam de espíritos brincalhões e zombeteiros,

que falam muito para nada dizer. São mais maliciosos do que maus e chegam

até a agradar alguns que gostam de rir de suas conversações. Estes Espíritos

gostam de procurar homens fracos que acreditam em tudo, e se divertem com

isso.

As conversações sérias são todas aquelas isentas de frivolidade e de

grosseria. São conversações criteriosas quanto ao assunto e de tom elevado

que objetivam um fim útil, mesmo sendo conversações particulares. É

importante distinguir as conversações sérias verdadeiras das falsas, pois há

muitos pseudossábios que procuram convencer a quem quer que seja de suas

ideias.

As conversações instrutivas são conversações sérias que objetivam um

ensinamento qualquer sobre ciência, moral, filosofia, etc.

Os meios de comunicação são variadíssimos. Os Espíritos podem se

manifestar:

À nossa visão, por meio de aparições;

Ao nosso tato, por impressões visíveis, tangíveis e ocultas;

À audição pelos ruídos;

Ao olfato, por meio de odores desconhecidos;

Por meio de pancadas, a palavra, escritas, etc.

Palavra chave: Comunicações, Espíritos zombeteiros, Meios de manifestação.

16.CAPÍTULO 11: DA SEMATOLOGIA E DA TIPTOLOGIA

A tiptologia é a manifestação inteligente obtida por meio de pancadas. Foi a

primeira espécie de manifestação existente e, pode se dizer, a mais

rudimentar, pois só era possível se obter respostas monossilábicas, como sim

ou não, dificultando a formulação de perguntas.

Quando se utiliza das pancadas, cada Espírito a produz de forma diferente, de

acordo com as suas características e emoções. Se ele é impaciente, violento,

as pancadas são também da mesma forma; mas se ele é educado, as

pancadas são saudosas. A essa variabilidade de formas de se produzir as

pancadas, dá-se o nome de sematologia, ou linguagens dos sinais. Diz-se

linguagens de sinais, pois um mudo, por exemplo, não teria se conduzido

melhor.

Posteriormente, desenvolveram a tiptologia alfabética, que consistia em dar

pancadas que equivalem ao número correspondente da letra alfabética,

processo, no entanto, bastante demorado. Em outros casos, uma pessoa

colocava todas as letras sobre a mesa e ia passando por todas. Quando se

chegava na letra correta, o Espírito produzia a pancada.

Todos os efeitos produzidos por pancadas podiam ser obtidos de maneira mais

simples, sem movimento na mesa, mas apenas com barulhos aplicados na

própria madeira. Processo chamado de tiptologia interior.

Apesar da evolução dos modos de comunicação, é fato que a escrita é o meio

mais eficiente e rápido, embora esses métodos anteriores auxiliassem bastante

na comprovação da presença de seres inteligentes sem a influência do

médium.

Palavra chave: Meios de comunicação, tiptologia, sematologia, pancadas,

mesas girantes.

17.CAPÍTULO 12: DA PNEUMATOGRAFIA OU ESCRITA DIRETA

Enquanto a psicografia é a escrita feita pela mão do médium mediante a

transmissão do pensamento do Espírito, a pneumatografia é a escrita

produzida diretamente pelo Espírito, sem intermediário algum. É também

chamada de escrita direta.

A princípio, acreditava-se ser necessário o uso de um lápis ou tinta para que o

Espírito manifestasse a escrita. Posteriormente, verificou-se que, no caso da

pneumatografia, só era necessário papel, e não a tinta, o que muda

completamente a análise e surge a pergunta: de onde o Espírito tirou a tinta? A

resposta pode ser dada ao fato de os Espíritos conseguirem produzir as

substâncias da natureza a partir do elemento primitivo universal, sem

necessidade de nossos instrumentos.

A pneumatofonia é a capacidade do Espírito de produzir sons que se

assemelham à voz humana, como gritos, por exemplo. Se ele pode produzir

ruídos, não há que negar que seja possível reproduzir a voz humana.

Palavra-chave: Psicografia, Pneumatografia, Escrita direta, Pneumatofonia,

18.CAPÍTULO 13: DA PSICOGRAFIA:

A ciência espírita tem progredido, como todas as outras, e pode-se dizer que

ainda mais do que estas. Apenas há alguns anos, as comunicações eram feitas

de forma bastante primitiva, através das “mesas girantes”. Atualmente, os

Espíritos já nos falam através dos meios de comunicação mais usuais do

homem: a escrita e a fala.

Com o passar do tempo, foram desenvolvendo métodos de escrita, com o uso

de cestas, por exemplo. Ver cesta pião, cesta de bico, prancheta. Esses

métodos são classificados em psicografia indireta, enquanto a psicografia

direta é a obtida pelo próprio médium.

Palavra chave: Psicografia, cesta pião, cesta de bico, prancheta, psicografia

indireta

CAPÍTULO 14: DOS MÉDIUNS

Médium é todo aquele que sente a influência dos Espíritos, num grau qualquer.

Todos são mais ou menos médiuns, pois é uma capacidade natural ao homem.

No entanto, a classificação de médium no Espíritismo é dada àquele que

apresenta essa mediunidade bastante evidente.

Há vários tipos de médiuns, dentre eles:

Médiuns de efeitos físicos: São aqueles que podem produzir fenômenos

materiais, como rotação de corpos, ruídos, etc. Podem ser divididos em

médiuns facultativos (os que têm consciência de seu poder e produzem o

fenômeno por vontade própria) e os médiuns involuntários (cuja influência se

exerce sem a sua vontade própria e muitos não tem consciência de seu poder).

Os médiuns de efeitos físicos podem proporcionar ensejo a observações

interessantes e contribuir para a convicção daqueles que observam.

Kardec fala sobre as torturas morais e físicas que alguns impõem sobre muitas

pessoas frágeis por dizer que estas possuem o diabo em seu corpo. Diz que há

uma responsabilidade muito grande sobre aqueles que que espalham

semelhantes ideias, pois podem matar às vítimas, levar esta e os que a cercam

a loucura e ao medo por acreditarem que seu lar é um covil de demônios.

Há casos em que a mediunidade involuntária se assume proporções

inoportunas, causando manifestações físicas que podem realmente assustar o

ignorante. Para esses casos, é necessário que se entre em comunicação com

o Espírito que causa os fenômenos e descobrir o que ele deseja. Além disso,

há que se procurar Espíritos mais elevados que consigam dominar os Espíritos

de ordem mais inferior que estão agindo. É preciso que o médium passe do

estado de médium natural ao de médium voluntário.

Médiuns sensitivos, ou impressionáveis: São as pessoas capazes de sentir a

presença de espíritos, geralmente sob a forma de arrepios. Todo médium é

sensitivo e, quando esta habilidade é bem treinada, é capaz de sentir se o

Espírito é elevado ou não e até de qual Espírito se trata.

Médiuns audientes: Ouvem a voz dos Espíritos, seja por uma voz interior ao

seu foro íntimo, seja por uma voz exterior.

Médiuns falantes: Nele, os Espíritos atuam sobre os órgãos da palavra, assim

como o médium escrevente é tomado pela mão. Os médiuns falantes dizem

coisas as vezes completamente estranhas às suas crenças e, mesmo em

estado normal e acordado, pode não se lembrar do que foi dito.

Médiuns videntes: São dotados da disposição de ver os Espíritos. Alguns

possuem esse dom mesmo acordado, enquanto outros apenas os vêem em

estado sonambúlico. Geralmente essa mediunidade é passageira. O médium

não vê através dos olhos, mas sim da alma, de forma que mesmo com os olhos

fechados consegue ver os Espíritos.

Médiuns de efeitos físicos: s

Médiuns de efeitos físicos: s

Médiuns de efeitos físicos: s

Médiuns de efeitos físicos: s

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Palavra chave: Médiuns, tipos de médiuns, diabo, pessoas queimadas na

fogueira, Manifestações físicas,

CAPÍTULO 2: Bases do Espiritismo, Sobrenatural, Origem do Espiritismo,

Críticas ao Espiritismo.

CAPÍTULO 3: Como ensinar o Espiritismo, Materialistas, Classes de Espíritas,

Compreensão das manifestações.

CAPÍTULO 4: Origem do Espiritismo, Evolução do Espiritismo, Sistemas de

oposição ao Espiritismo, Demônios.

PARTE 2

CAPÍTULO 1: Perispírito;

CAPÍTULO 2: Mesas girantes, Origem do Espiritismo, Manifestações físicas;

CAPÍTULO 3: Mesas girantes, Origem do Espiritismo, Manifestações físicas,

Manifestações inteligentes;

CAPÍTULO 4: Origem do Espiritismo, Como se dá as Manifestações físicas e

as Manifestações inteligentes;

CAPÍTULO 5: Como se dá as Manifestações físicas, Manifestações físicas

espontâneas, Comunicação com Espíritos;

CAPÍTULO 6: Manifestações visuais, Períspirito, Sonhos;

CAPÍTULO 7: Bicorporiedade, Transfiguração, Agêneres, Perispírito;

CAPÍTULO 8: Objetos no mundo espiritual, Escrita direta, Água fluidificada.

CAPÍTULO 9: Lugares assombrados, Espíritos zombeteiros.

CAPÍTULO 10: Comunicações, Espíritos zombeteiros, Meios de manifestação.

CAPÍTULO 11: Meios de comunicação, tiptologia, sematologia, pancadas,

mesas girantes.

CAPÍTULO 12: Psicografia, Pneumatografia, Escrita direta, Pneumatofonia,

CAPÍTULO 13: Psicografia, cesta pião, cesta de bico, prancheta, psicografia

indireta.

Duvidas:

As plantas tem Espírito?

O que é uma pessoa dotada de dupla vista?