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O Método de Hartree-Fock
CF740 – Tópicos Especiais de Física Atômica e MolecularCálculos de Estrutura Eletrônica Utilizando Funcionais de Densidade
Departamento de Física
Universidade Federal do Paraná
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 1 / 25
Preliminares
Aproximação de Born-Oppenheimer (núcleos fixos).
Problema eletrônico (configuração nuclear de equilíbrio).
Orbitais (uma partícula): spin-orbital e orbital molecular.
Produtos de Hartree: partículas independentes.
Determinates de Slater: em uma descrição com um único determinante de Slater, omovimento de elétrons com mesmo spin (spins paralelos) é correlacionado, mas omovimento de elétrons com spins opostos não é.
O método de Hartree-Fock fornece uma solução variacional para o problema eletrônico. Afunção de onda eletrônica |Ψ0〉 é descrita por um único determinante de Slater (no caso demoléculas com camada fechada - S= 0), construído a partir de spin-orbitais χi(x).
Ψ0(x1,x2, ...,xN ) =1√N !
∣∣∣∣∣∣∣∣
χ1(x1) χ2(x1) . . . χN (x1)χ1(x2) χ2(x2) . . . χN (x2). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
χ1(xN ) χ2(xN ) . . . χN (xN )
∣∣∣∣∣∣∣∣
ou, na notação simplificada:
|Ψ0〉 = |χ1 χ2 . . . χN 〉
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 2 / 25
Preliminares
A energia total é então escrita na forma de um funcional destes orbitais de uma partícula:
E0 [χ∗i , χi] = 〈Ψ0|H|Ψ0〉; 〈Ψ0|Ψ0〉 = 1
H é o hamiltoniano eletrônico (em unidades atômicas e na aproximação deBorn-Oppenheimer), dado por:
H = −N∑
i=1
1
2∇2
i −N∑
i=1
M∑
A=1
ZA
|~ri − ~RA|+
N∑
i=1
N∑
j>i
1
|~ri − ~rj |
Precisamos calcular os elementos de matriz de H entre dois determinantes de Slater. Esteselementos de matriz podem ser reduzidos a somas de elementos de matriz dos operadoresde um e dois elétrons entre spin-orbitais.
Vamos ilustrar estes cálculos utilizando a molécula de H2 em um cálculo com base mínima.
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 3 / 25
Elementos de Matriz – Exemplo: H2
De forma geral, escrevemos os orbitais moleculares como uma combinação linear de orbitaisatômicos (MO-LCAO)
ψi =K∑
µ=1
Cµiφµ
Base mínima: um orbital atômico do tipo s em cada átomo de hidrogênio.
Vamos considerar que o átomo 1 está localizado em R1 e o átomo 2 em R2. Escrevemos
φ1 ≡ φ1(r − R1); φ2 ≡ φ2(r − R2)
A forma exata de um orbital para um átomo de hidrogênio centrado em R é
φ(r − R) =
(ζ3
π
)1/2
exp(−ζ|r − R|)
onde ζ, o expoente do orbital, é igual a 1.0. Este é um orbital de Slater.
Utilizamos no entanto orbitais Gaussianos (funções Gaussianas Cartesianas)
φ(r − R) =
(2α
π
)3/4
exp(−α|r − R|2)
onde α é o expoente do orbital Gaussiano.
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 4 / 25
Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Vamos considerar φ1 e φ2 normalizados mas não ortogonais. Definimos a integral de overlapcomo
S12 =
∫
d3rφ∗1(r)φ2(r)
S12 depende de R12 = |R1 − R2|; S12 → 0 se R12 → ∞ e S12 = 1 se R12 = 0
Com os dois orbitais atômicos φ1 e φ2 podemos construir dois orbitais molecularesortonormais ψ1 e ψ2
ψ1 =1
√
2(1 + S12)(φ1 + φ2); do tipoσg
ψ2 =1
√
2(1 − S12)(φ1 − φ2); do tipoσu
Com estes dois orbitais moleculares podemos construir quatro spin-orbitais
χ1(x) = ψ1(r)α(ω)(= ψ1(x))
χ2(x) = ψ1(r)β(ω)(= ψ1(x))
χ3(x) = ψ2(r)α(ω)(= ψ2(x))
χ4(x) = ψ2(r)β(ω)(= ψ2(x))
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 5 / 25
Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Os spin-orbitais χ1 e χ2 são degenerados e correspondem a menor energia (ψ1 é ligante);χ3 e χ4 também são degenerados e correspondem a uma energia mais alta (ψ2 éanti-ligante).
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Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Podemos agora construir o determinante de Slater que representa o estado fundamental(utilizando a notação simplificada)
|Ψ0〉 = |χ1χ2〉 = |ψ1ψ1〉 = |11〉O Hamiltoniano para um sistema de dois elétrons é
H =
(
−1
2∇2
1 −2∑
A=1
ZA
|r1 − RA|
)
+
+
(
−1
2∇2
2 −2∑
A=1
ZA
|r2 − RA|
)
+1
|r1 − r2|=
= h(1) + h(2) +1
|r1 − r2|
onde h(i) é o Hamiltoniano do core para o elétron i (inclui a energia cinética do elétron i einteração do elétron i com os M núcleos).
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Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Definimos os operadores de um elétron, O1, e de dois elétrons, O2 como
O1 = h(1) + h(2); O2 =1
|r1 − r2|=
1
r12tal que
H = O1 + O2
precisamos calcular
〈Ψ0|H|Ψ0〉 = 〈Ψ0|O1|Ψ0〉+ 〈Ψ0|O2|Ψ0〉 = 〈Ψ0|h(1)|Ψ0〉+ 〈Ψ0|h(2)|Ψ0〉+ 〈Ψ0|1/r12|Ψ0〉Lembrando que
|Ψ0〉 = |χ1χ2〉temos
〈Ψ0|h(1)|Ψ0〉 =
∫
dx1
∫
dx2
{1√2
[χ1(x1)χ2(x2) − χ2(x1)χ1(x2)]
}∗
×
×h(1)
{1√2
[χ1(x1)χ2(x2) − χ2(x1)χ1(x2)]
}
=
=1
2
∫
dx1χ∗1(x1)h(1)χ1(x1) +
1
2
∫
dx1χ∗2(x1)h(1)χ2(x1)
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Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Repetindo o procedimento acima, podemos mostrar que 〈Ψ0|h(2)|Ψ0〉 = 〈Ψ0|h(1)|Ψ0〉.Desta forma
〈Ψ0|O1|Ψ0〉 =
∫
dx1χ∗1(x1)h(1)χ1(x1) +
∫
dx1χ∗2(x1)h(1)χ2(x1)
As integrais acima são integrais de um elétron (por convenção a integração é feita sobre ascoordenadas do elétron 1).
Notação
〈i|h|j〉 = 〈χi|h|χj〉 =
∫
dx1χ∗i (x1)h(r1)χj(x1)
de modo que
〈Ψ0|O1|Ψ0〉 = 〈1|h|1〉 + 〈2|h|2〉Falta calcular 〈Ψ0|O2|Ψ0〉
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Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Para o termo 〈Ψ0|O2|Ψ0〉 = 〈Ψ0|1/r12|Ψ0〉 temos
〈Ψ0|1/r12|Ψ0〉 =
∫
dx1
∫
dx2
{1√2
[χ1(x1)χ2(x2) − χ2(x1)χ1(x2)]
}∗
×
×1/r12
{1√2
[χ1(x1)χ2(x2) − χ2(x1)χ1(x2)]
}
=
=
∫
dx1
∫
dx2χ∗1(x1)χ∗
2(x2)1/r12χ1(x1)χ2(x2) −∫
dx1
∫
dx2χ∗1(x1)χ∗
2(x2)1/r12χ2(x1)χ1(x2)
onde as integrais acima são integrais de dois elétrons (por convenção a integração é feitasobre as coordenadas dos elétrons 1 e 2).
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Elementos de Matriz – Exemplo: H2
Notação
〈ij|kl〉 = 〈χiχj |χkχl〉 =
∫
dx1
∫
dx2χ∗i (x1)χ∗
j (x2)1/r12χk(x1)χl(x2)
〈ij||kl〉 = 〈ij|kl〉 − 〈ij|lk〉de modo que
〈Ψ0|1/r12|Ψ0〉 = 〈12|12〉 − 〈12|21〉 = 〈12||12〉Para o cálculo com base mínima a energia fica
E0 = 〈Ψ0|H|Ψ0〉 = 〈Ψ0|O1|Ψ0〉 + 〈Ψ0|O2|Ψ0〉 = 〈1|h|1〉 + 〈2|h|2〉 + 〈12||12〉
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 11 / 25
Determinantes Excitados
Vimos que com um total de K orbitais moleculares podemos construir 2K spin-orbitais.O determinante de Slater que descreve o estado fundamental (para N elétrons) é
|Ψ0〉 = |χ1χ2 . . . χaχb . . . χN 〉e representa a melhor aproximação para o estado fundamental como (resultado do métodovariacional).Para N elétrons e 2K > N spin-orbitais, podemos construir
(2KN
)
=(2K)!
N !(2K −N)!
determinantes de Slater. Para isso, vamos considerar o estado fundamental como estado dereferência, a partir do qual iremos promover elétrons dos orbitais ocupados ou orbitais deburaco {χa} para os orbitais virtuais ou orbitais de partícula {χr}.Excitações simples
|Ψra〉 = |χ1χ2 . . . χrχb . . . χN 〉
Excitações duplas
|Ψrsab〉 = |χ1χ2 . . . χrχs . . . χN 〉
Podemos continuar com excitações triplas, quádruplas etc. O conjunto de determinantescontruídos desta maneira forma uma base de determinantes N–elétrons. Utilizaremos estabase para melhorar a representação do estado fundamental (CI).
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Elementos de Matriz
Notação dos físicos para integrais de dois elétrons
〈ij|kl〉 = 〈χiχj |χkχl〉 =
∫
dx1
∫
dx2χ∗i (x1)χ∗
j (x2)1/r12χk(x1)χl(x2)
Propriedades
〈ij|kl〉 = 〈ji|lk〉 = 〈kl|ij〉∗
Integral de dois elétrons antissimetrizada
〈ij||kl〉 = 〈ij|kl〉 − 〈ij|lk〉 =
∫
dx1
∫
dx2χ∗i (x1)χ∗
j (x2)1/r12(1− P12)χk(x1)χl(x2)
onde P12 é o operador de permutação das coordenadas dos elétrons 1 e 2. Segue dadefinição que 〈ij||kk〉 = 0.
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Elementos de Matriz
Notação dos químicos para integrais de dois elétrons
[ij|kl] = [χiχj |χkχl] =
∫
dx1
∫
dx2χ∗i (x1)χj(x1)1/r12χ
∗k(x2)χl(x2)
Propriedades
[ij|kl] = [kl|ij]Para o caso de spin-orbitais reais
[ij|kl] = [ji|lk] = [ij|lk] = [ji|kl]A relação entre as duas notações é
〈ij|kl〉 = [ik|jl]e [ij|kl] = 〈ik|jl〉Notação para integral de um elétron
[i|h|j] = 〈i|h|j〉 =
∫
dx1χ∗i (x1)h(r1)χj(x1)
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 14 / 25
Elementos de Matriz
Elementos de matriz de operadores de um e dois elétrons, considerando o estadofundametal Hartree-Fock e determinantes com excitações simples e duplas
O1 =N∑
i=1
h(i)
〈Ψ0|O1|Ψ0〉 =N∑
a=1
[a|h|a] =N∑
a=1
〈a|h|a〉
〈Ψ0|O1|Ψra〉 = [a|h|r] = 〈a|h|r〉
〈Ψ0|O1|Ψrsab〉 = 0
O2 =
N∑
i=1
N∑
j>i
1/rij
〈Ψ0|O2|Ψ0〉 =1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba] =1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
〈ab||ab〉
〈Ψ0|O2|Ψra〉 =
N∑
b=1
[ar|bb] − [ab|br] =N∑
b=1
〈ab||rb〉
〈Ψ0|O2|Ψrsab〉 = [ar|bs] − [as|br] = 〈ab||rs〉
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 15 / 25
Energia Hartree-Fock
E0 fica
E0 = 〈Ψ0|H|Ψ0〉 =N∑
a=1
[a|h|a]+ 1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
[aa|bb]− [ab|ba] =N∑
a=1
〈a|h|a〉+ 1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
〈ab||ab〉
Para o nosso exemplo de base mínima para H2, E0 fica
E0 = [1|h|1] + [2|h|2] + [11|22] − [12|21] = 〈1|h|1〉 + 〈2|h|2〉 + 〈12||12〉
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Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
Vamos ilustrar o procedimento utilizando o exemplo da molécula de H2 com base mínima.Lembrando que
χ1(x) = ψ1(x) = ψ1(r)α(ω)
χ2(x) = ψ1(x) = ψ1(r)β(ω)
E0 ficaE0 = [ψ1|h|ψ1] + [ψ1|h|ψ1] + [ψ1ψ1|ψ1ψ1] − [ψ1ψ1|ψ1ψ1]
Vamos analisar a integral de um elétron [ψ1|h|ψ1]
[ψ1|h|ψ1] =
∫
d3r1
∫
dω1ψ∗1(r1)β∗(ω1)h(r1)ψ1(r1)β(ω1)
Como o operador de um elétron não depende de spin (inclui apenas a energia cinética doelétron e a interação Coulombiana do elétron com os núcleos), podemos integrar sobre avariável de spin ω1
[ψ1|h|ψ1] =
∫
d3r1ψ∗1 (r1)h(r1)ψ1(r1)
∫
dω1β∗(ω1)β(ω1)
︸ ︷︷ ︸
=1
=
=
∫
d3r1ψ∗1 (r1)h(r1)ψ1(r1) ≡ (ψ1|h|ψ1)
Em geral[ψi|h|ψj] = [ψi|h|ψj ] = (ψi|h|ψj); [ψi|h|ψj ] = [ψi|h|ψj ] = 0
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Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
No caso das integrais de dois elétrons temos
[ψ1ψ1|ψ1ψ1] =
∫
d3r1
∫
dω1
∫
d3r2
∫
dω2ψ∗1 (r1)α
∗(ω1)ψ1(r1)α(ω1)1/r12 ×
×ψ∗1(r2)β∗(ω2)ψ1(r2)β(ω2) =
∫
d3r1
∫
d3r2ψ∗1 (r1)ψ1(r1)1/r12ψ
∗1 (r2)ψ1(r2) ×
×∫
dω1α∗(ω1)α(ω1)
︸ ︷︷ ︸
=1
∫
dω2β∗(ω2)β(ω2)
︸ ︷︷ ︸
=1
= (ψ1ψ1|ψ1ψ1)
Da mesma forma
[ψ1ψ1|ψ1ψ1] = 0
De forma geral
[ψiψj |ψkψl] = [ψiψj |ψkψl] = [ψiψj |ψkψl] = [ψiψj |ψkψl] = (ψiψj |ψkψl)
Desta forma, E0 para H2 com base mínima fica
E0 = 2(ψ1|h|ψ1) + (ψ1ψ1|ψ1ψ1) = 2(1|h|1) + (11|11)
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 18 / 25
Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
Vamos agora generalizar o resultado anterior. Para isso iremos considerar um sistema comcamada fechada, onde todos os orbitais espaciais estão duplamente ocupados (em geral osistema deve ter um número par de elétrons, e o spin global deve ser singleto). Neste caso|Ψ0〉 fica
|ψ0〉 = |χ1χ2χ3χ4 . . . χN−1χN 〉e E0 fica
E0 =N∑
a=1
[a|h|a] + 1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba]
Em um sistema com camada fechada (ou completa) N/2 spin-orbitais são α e N/2 são β.Com isso, podemos separar os somatórios simples como
N∑
a=1
χa =
N/2∑
a=1
ψa +
N/2∑
a=1
ψa
ou, de forma simbólica
N∑
a=1
=
N/2∑
a=1
+
N/2∑
a=1
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 19 / 25
Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
Para as duplas somas temos
N∑
a=1
N∑
b=1
χaχb =
N/2∑
a=1
(ψa + ψa)N∑
b=1
(ψb + ψb) =
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
(ψaψb + ψaψb + ψaψb + ψaψb)
ou, de forma simbólica
N∑
a=1
N∑
b=1
=
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
+
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
+
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
+
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 20 / 25
Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
Para soma simples temos
N∑
a=1
[a|h|a] =
N/2∑
a=1
[a|h|a] +N/2∑
a=1
[a|h|a] = 2
N/2∑
a=1
(ψa|h|ψa)
Para soma dupla temos
1
2
N∑
a=1
N∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba] =1
2
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba] +
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba]+
+
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba] +N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
[aa|bb] − [ab|ba]
=
=
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
2(ψaψa|ψbψb) − (ψaψb|ψbψa)
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 21 / 25
Transição de Spin-Orbitais para Orbitais Espaciais
E0 fica
E0 = 2
N/2∑
a=1
(ψa|h|ψa) +
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
2(ψaψa|ψbψb) − (ψaψb|ψbψa)
ou
E0 = 2
N/2∑
a=1
(a|h|a) +
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
2(aa|bb) − (ab|ba) = 2
N/2∑
a=1
〈a|h|a〉+
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
2〈aa|bb〉 − 〈ab|ba〉
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 22 / 25
Integrais de Coulomb (Direta) e de Troca (Exchange)
Integral de um elétron
(a|h|a) = haa =
∫
d3r1ψ∗a(r1)
(
−1
2∇2
1 −M∑
A=1
ZA
|r1 − RA|
)
ψa(r1)
Integral de dois elétrons (direta)
(aa|bb) =
∫
d3r1
∫
d3r2ψ∗a(r1)ψa(r1)1/r12ψ
∗b (r2)ψb(r2) =
=
∫
d3r1
∫
d3r2|ψa(r1)|21/r12|ψb(r2)|2
que representa a repulsão coulombiana entre ρa(r1) = |ψa(r1)|2 e ρb(r2) = |ψb(r2)|2.
Notação: Jab = (aa|bb). Em geral Jij = (ii|jj) = 〈ij|ij〉.Integral de dois elétrons (troca)
(ab|ba) =
∫
d3r1
∫
d3r2ψ∗a(r1)ψb(r1)1/r12ψ
∗b (r2)ψa(r2)
a qual não tem interpretação clássica.
Notação: Kij = (ij|ji) = 〈ij|ji〉
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Integrais de Coulomb (Direta) e de Troca (Exchange)
Propriedades de Jij e de Kij
Jii = Kii; J∗ij = Jij ; Jij = Jji; K
∗ij = Kij ; Kij = Kji
Assim E0 fica
E0 = 2
N/2∑
a=1
haa +
N/2∑
a=1
N/2∑
b=1
2Jab −Kab
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 24 / 25
Integral de Troca (Exchange)
Integral de troca: tem origem na correlação de troca (correlação de spin) na descrição de umúnico determinante de Slater. Para ilustrar, vamos considererar os determinantes|Ψ↓↓〉 = |ψ1ψ2〉 e |Ψ↑↓〉 = |ψ1ψ2〉 que fornecem energias E(↓↓) e E(↑↓) (E(↓↓) < E(↑↓))respectivamente dadas por
E(↓↓) = [ψ1|h|ψ1] + [ψ2|h|ψ2] + [ψ1ψ1|ψ2ψ2] − [ψ1ψ2|ψ2ψ1] =
= (1|h|1) + (2|h|2) + (11|22) − (12|21)
ou
E(↓↓) = h11 + h22 + J12 −K12
E(↑↓) = [ψ1|h|ψ1] + [ψ2|h|ψ2] + [ψ1ψ1|ψ2ψ2] − [ψ1ψ2|ψ2ψ1] =
= (1|h|1) + (2|h|2) + (11|22)
ou
E(↑↓) = h11 + h22 + J12
M. H. F. Bettega (UFPR) CF740 25 / 25