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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O MAGISTÉRIO DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: OS DESAFIOS DO PROFESSOR Por: José Mauro de Abreu Orientador: Prof. Ms. Marco A. Larosa Rio de Janeiro 2001

O MAGISTÉRIO DE MATEMÁTICA NO ENSINO … MAURO DE ABREU.pdf · vi METODOLOGIA O ponto de partida para a realização dos estudos foi a delimitação do tema “Magistério da Matemática

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O MAGISTÉRIO DE MATEMÁTICA NO ENSINO

FUNDAMENTAL: OS DESAFIOS DO PROFESSOR

Por:

José Mauro de Abreu

Orientador: Prof. Ms. Marco A. Larosa

Rio de Janeiro

2001

ii

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O MAGISTÉRIO DE MATEMÁTICA NO ENSINO

FUNDAMENTAL: OS DESAFIOS DO PROFESSOR

Monografia apresentada ao Conjunto

Universitário Cândido Mendes como

exigência parcial para a conclusão do

curso de pós-graduação “lato sensu” em

Docência do Ensino Superior.

Por: José Mauro de Abreu.

Rio de Janeiro

2001

iii

AGRADECIMENTOS

À minha família, responsável pelo

apoio fundamental para mais uma

conquista acadêmica.

iv

DEDICATÓRIA

O meu trabalho é dedicado a todos

aqueles que fazem do magistério da

Matemática a oportunidade do aluno

adquirir, nesta ciência exata, as condições

para compreender melhor os números e

cálculos que regem sua vida.

v

RESUMO

A presente monografia tem como finalidade demonstrar a síntese dos

resultados da revisão bibliográfica realizada para o tema “O Magistério de

Matemática no Ensino Fundamental: Os Desafios do Professor”, através do

panorama dos obstáculos no ensino da Matemática enfrentados pelos

professores, sobretudo nas séries finais do Ensino Fundamental; a visão da

Matemática no dia-a-dia do aluno (inclusive com a ênfase na utilização dos

jogos lógicos) e o atual panorama do ensino da Matemática, onde a

metodologia de ensino oral versus escrita se contrapõem entre os próprios

professores como também os fundamentos do ensino da disciplina nos

primeiros anos do Ensino Fundamental, buscando-se a melhor aprendizagem

através de problemas e suas aplicações. Os desafios que são impostos ao

professor de Matemática, muitas vezes surgidos através da rejeição à

disciplina, insucesso nas avaliações e outras manifestações por parte dos

alunos, encontram nos exemplos abordados aqui alternativas viáveis e

aplicáveis para o docente, através da utilização de jogos lógicos como também

na utilização dos problemas com suas aplicações práticas.

vi

METODOLOGIA

O ponto de partida para a realização dos estudos foi a delimitação do tema

“Magistério da Matemática no Ensino Fundamental”, como orientação para a

escolha das bibliografias a serem pesquisadas. A partir da coleta de diversas

informações sobre o tema, referendadas por diversos autores (incluindo-se aí

os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, estipulados

pelo Ministério da Educação em 1997, conforme as exigências da Lei de

Diretrizes e Bases – 9.394/96), realizou-se a leitura e a revisão dos elementos

mais importantes para a dissertação sobre o tema. Neste momento, os estudos

apontaram para a definição final do tema (“O Magistério de Matemática no

Ensino Fundamental: Os Desafios do Professor), exposto através da

monografia apresentada a seguir seguindo as determinações do orientador na

disciplina de Metodologia da Pesquisa. Após a revisão pelo mesmo do

conteúdo apresentado, chegou-se ao trabalho definitivo, neste momento

entregue em cumprimento às exigências para a conclusão do curso.

vii

SUMÁRIO

Pág.

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 08

CAPÍTULO I

OS OBSTÁCULOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA ............................. 10

CAPÍTULO II

A MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA ............................................................ 15

CAPÍTULO III

PRÁTICAS DE ENSINO DA MATEMÁTICA .......................................... 24

CONCLUSÃO ......................................................................................... 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 44

viii

INTRODUÇÃO

Na busca de um consenso em torno de sua importância, há

também um sentimento bastante generalizado da ineficiência do ensino da

Matemática em nossas escolas: pelo que é visto, ela não vem satisfazendo

nem a quem ensina, nem a quem aprende.

Seu ensino é caracterizado pela preocupação de transmitir aos

alunos definições, regras, técnicas, procedimentos e nomenclaturas de maneira

rápida, quase industria, sem que seja realizado um trabalho consistente com as

idéias matemáticas que conduza a classe rumo à aprendizagem com a

compreensão e conexão com a realidade. Isto se faz, infelizmente, sem que o

aluno tenha o prazer de descobrir, na Matemática, os caminhos para chegar à

solução do que lhe é proposto.

Apesar de, por um lado, ela não ser apreciada por um grande

número de alunos, por outro os professores sentem-se frustrados ao término

das avaliações.

Este problema não é privilégio das escolas de nosso país. Sobre

isto, Piaget dizia estar convencido que os “maus alunos” em Matemática são

um produto das “lições” oferecidas e não sendo uma culpa essencialmente da

disciplina. Estudos, análises e pesquisas são realizados exaustivamente em

outros países – em maior escala nos países desenvolvidos ocidentais – sempre

ligados a um trabalho experimental em sala de aula. Dentre essas pesquisas,

identificam-se as relativas a currículos, métodos bem como as referentes aos

processos do pensamento.

Entre a classe do magistério, discute-se muito sobre esta questão

problemas destes gêneros:

ix

- os alunos chegam às séries maiores do Ensino Fundamental

sem o domínio dos conceitos elementares, que deveriam ser

trabalhados, nas séries menores;

- após ficarem quatro anos trabalhando com as quatro

operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação e

divisão) parte dos alunos não conseguem identificar, numa

situação-problema, qual operação é capaz de solucioná-la;

- com relação à resolução de problemas, alguns alunos ficam

tão condicionados à forma do enunciado adotada pelo

professor, bem como a determinadas palavras-chave, que não

conseguem resolver o mesmo problema apresentado de

maneira diferente. Além disto, os “problemas matemáticos”

diferem tanto das situações-problema reais que, aquelas que

são resolvidas pelo aluno no dia-a-dia tornam-se insolúveis na

prática da sala de ala.

Tais problemas não residem na inadequação dos procedimentos

metodológicos. O fato é que o próprio conteúdo a ser desenvolvido nem

sempre é dominado integralmente pelo professor, principalmente em se

tratando de não especialista, ou então, embora dominando razoavelmente o

conteúdo ele não chega a identificar claramente os objetivos que pretende

atingir. Como conseqüência, não saberá compreender “o que” ensinar, “para

que” ensinar e dificilmente saberá “como” ensinar, tendo uma prática de ensino

pouco eficiente.

Neste contexto, problematizou-se através da revisão bibliográfica

quais as origens dos problemas encontrados pelo professor de Matemática,

que lhe dificultam atingir seu principal objetivo: o ensino da disciplina no Ensino

Fundamental (antigo primeiro grau).

x

CAPÍTULO I

OS OBSTÁCULOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA

xi

1.1 DESAFIOS PARA O PROFESSOR

Segundo a professora Iracema Campos Cusati (1997):

“as dificuldades no ensino da Matemática se

originaram nos cursos de formação de professores

desta disciplina, pois está na ausência de ligação

desta com o contexto escolar do aluno”.

As condições de trabalho do professor são precárias pelo número

excessivo de alunos por sala. Quanto à burocracia escolar, observada nas

escolas e comentadas pelos professores, é excessiva e por vezes destituída de

sentido. A autonomia do professor é cerceada pela administração e pelos

conselhos de classe. Além disso, é preciso atentar para o fato de que muitas

dificuldades são oriundas de fatores históricos e de fatores conjunturais,

enquanto outras são decorrentes de uma preparação inadequada.

Para a professora Maria Isabel da Cunha (1995):

“o saber do professor possui duas grandes direções:

o do domínio do conteúdo do ensino, isto é, de seu

próprio objeto de estudo e, o domínio das ciências

da educação, que lhe permitirão compreender e

realizar o processo pedagógico”.

Continua a dizer em seu livro que a Matemática é considerada

como uma área do conhecimento pronta, acabada, perfeita, pertencente

apenas ao mundo das idéias e cuja estrutura de sistematização serve de

modelo para outras ciências. A conseqüência dessa visão em sala de aula é a

imposição autoritária do conhecimento matemático por um professor que,

supõe-se, domina e o transmite a um aluno passivo, que se deve moldar à

autoridade da “perfeição científica”. Outra conseqüência é a de que o sucesso

xii

em Matemática representa um critério avaliador da inteligência dos alunos, na

medida em que uma ciência tão nobre e perfeita só pode ser acessível a

mentes privilegiadas, os conteúdos matemáticos são abstratos e nem todos

têm condições de possui-los.

A essa visão da Matemática se contrapõe aquela que considera o

conhecimento em constante construção e os indivíduos, no processo de

interação social com o mundo, reelaboram, complementam, complexicam e

sistematizam os seus conhecimentos.

Assim, a sala de aula não é o ponto de encontro de alunos

totalmente ignorantes com o professor totalmente sábio, e sim, um local onde

interagem alunos com conhecimentos sistematizados, e um professor, cuja

competência está em mediar o acesso do aluno a tais conhecimentos.

Além dessa visão do conhecimento, o segundo aspecto, também

crucial, a ser considerado é o desgosto por Matemática, manifestado pela

maioria absoluta dos alunos que procuram o curso de Habilitação ao

Magistério. Em conseqüência do desgosto manifesto e da suposta

incapacidade para Matemática, tem-se um professor que julgará os seus

alunos, na maioria, incapazes de aprendê-la. Os poucos alunos que obtiverem

êxito nessa difícil tarefa serão considerados especialmente inteligentes. Se o

professor, durante a sua formação, não vivenciar a experiência de sentir-se

capaz de entender Matemática e de construir algum conhecimento matemático,

dificilmente aceitará tal capacidade em seus alunos.

Segundo o professor Elon Lima (1995), qualquer criança cuja

capacidade mental lhe permita aprender a ler e escrever, é também capaz de

aprender a Matemática que se ensina no primário (primeiro e segundo ciclos do

Ensino Fundamental). Mas, geralmente, todas as matérias que são ensinadas

no Ensino Fundamental apresentam o mesmo grau de dificuldade e nenhuma

delas exige pendores, habilidades ou talentos especiais para aprendê-la.

Portanto, todo jovem normal é, em princípio, capaz de aprender toda a

xiii

Matemática que deve ser ensinada até o final do Ensino Fundamental (oitava

série). No entanto, não é isto que ocorre no Brasil, ao contrário de outros

países, como o Japão, por exemplo. Isto não significa que os nossos jovens

sejam menos inteligentes. Acontece que os países ricos, onde o povo tem uma

vida mais confortável, são precisamente aqueles em que as pessoas têm

acesso a uma educação de melhor qualidade. Isso significa escolas bem

equipadas e professores competentes. Esse quadro resulta da

conscientização, arraigada na cultura nacional, de que a educação, além de ser

a única porta para o bem-estar, é um direito do cidadão e um dever do Estado.

No caso do Brasil, os baixos salários pagos aos nossos

professores seriam um dos principais responsáveis por este quadro. Mas não

seriam a causa primordial do problema. São antes uma conseqüência de não

ter o nosso povo a exata noção da educação e daí seus representantes

padecerem do mesmo mal.

Agora, focalizando a Matemática, ao contrário das demais

matérias que se referem a objetivos e situação mais concretas, ela trata de

noções e verdades de natureza abstrata.

A Matemática exige precisão, proíbe ambigüidades e por isso

requer mais concentração e cuidado por parte do estudante. A perseverança, a

dedicação e a ordem são qualidades indispensáveis para o estudo da

Matemática. Note-se que não se trata de talentos e não se nasce dotado deles.

Portanto, toda pessoa de inteligência média, sem talentos ou pendores

especiais, pode aprender toda a Matemática do Ensino Fundamental, desde

que esteja disposta a trabalhar e tenha uma orientação adequada.

Portanto, já forma apresentados dois grandes motivos para o mau

resultado no ensino da Matemática: pouca dedicação aos estudos por parte

dos alunos (e da sociedade que os cerca, a começar pela própria família) e

despreparo dos seus professores nas escolas que freqüentam. Além do motivo

primordial: a falta de um reconhecimento nacional de que sem educação não

xiv

há progresso e o conseqüente descaso oficial pelo sistema escolar, há outros

motivos.

Em síntese, os motivos para o pouco êxito no ensino da

Matemática, segundo o professor Elon Lima (1995) são:

- o sentimento de que a educação é o caminho adequado para

o bem-estar, mas não é suficientemente forte no espírito do

nosso povo;

- a Matemática, por ser exata, requer atenção, cuidado e ordem;

- o conhecimento matemático é cumulativo, cada passo precisa

dos anteriores;

- raramente a Matemática é bem ensinada.

O conhecimento matemático é, por natureza, encadeado e

cumulativo (por exemplo, não se pode estudar trigonometria sem conhecer os

fundamentos da álgebra, nem entender esta última se não souber as

operações matemáticas). Esse aspecto de dependência acumulada dos

assuntos matemáticos leva a uma seqüência necessária, que torna difícil

“pegar o bonde andando” e muitas vezes provoca uma síndrome conhecida

como “ansiedade matemática”, que é o medo que algumas pessoas têm da

Matemática.

xv

CAPÍTULO II

A MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA

xvi

2.1 APROXIMANDO MATEMÁTICA E REALIDADE

Segundo a Ciência, a Psicologia, a Matemática e a Educação são

disciplinas diferentes, de lugares diferentes: ciências humanas, ciências exatas

e ciências sociais aplicadas. Pode-se até esquecer que existem ligações entre

estas três disciplinas. Porém, na prática, existem ligações e fenômenos em que

essas disciplinas não estão dissociadas. Quando uma criança resolve um

problema com números na rua, usando seus próprios métodos, mas que são

métodos compartilhados por outras crianças e adultos, está-se diante de um

fenômeno que envolve matemática, devido ao conteúdo do problema:

psicologia, porque a criança certamente raciocinou; e educação, porque quer

se saber como ela aprendeu a resolver problemas desse jeito.

Pode-se separar a Matemática da Psicologia do pensamento

enquanto ciências, mas não se pode separá-las enquanto fenômenos

acontecendo na prática. Quando alguém resolve um problema de Matemática,

está-se diante de uma pessoa que pensa. A Matemática que um sujeito produz

não é independente de seu pensamento, enquanto ele produz, mas pode vir a

ser cristalizada e tornar-se parte de uma ciência, a Matemática ensinada na

escola e aprendida dentro e fora da escola.

Na comunidade científica, a Matemática é definida como uma

ciência formal. Isto significa que a lógica reconstruída da Matemática é

dedutiva, segundo Kaplan (1969). Demonstrações por indução não são

reconhecidas pela comunidade científica – não porque não possam existir em

outras ciências, mas porque não são aceitas como demonstrações de valor na

Matemática.

Se alguém quisesse provar, por exemplo, que todo número da

forma ABC.ABC (como 435.435, por exemplo) é divisível por 13 tomando

centenas de números desta forma, dividindo-os por 13 e mostrando que não há

resto nestas divisões, nenhum matemático acreditaria nesse exercício como

xvii

uma prova. Ao nível de sua organização como ciência, na Matemática somente

são aceitáveis provas por dedução.

No entanto, a Matemática não é apenas uma ciência: é também

uma forma de atividade humana. Ao nível da atividade humana, a construção

da Matemática não é realizada necessariamente pelas “leis” da lógica. Uma

descoberta em Matemática pode, na verdade, ocorrer por indução, sendo o

processo da prova posterior. A prova teria, para o indivíduo neste caso, não

uma função de criação de novos conhecimentos, mas de demonstração de

algo já descoberto. Para a comunidade científica, no entanto, a prova

mereceria o status de novidade ou descoberta.

A aprendizagem de Matemática na sala de aula é um momento de

interação entre a Matemática organizada pela comunidade científica, ou seja, a

Matemática formal, e a Matemática como atividade humana. Em primeiro lugar,

não devemos esquecer que o professor é uma pessoa, que organiza, ele

próprio, sua atividade matemática. Mesmo que uma pessoa seja

cientificamente treinada, sua atividade não segue necessariamente as formas

dedutivas aprovadas pela comunidade científica.

Em segundo lugar, mas não secundariamente, a Matemática

praticada na sala de aula é uma atividade humana, porque o que interessa

nessa situação é a aprendizagem do aluno. A aprendizagem de um conceito –

quer de Matemática, Física ou Literatura – está relacionada à Psicologia da

aprendizagem em primeiro lugar. A atividade que conduz à aprendizagem é a

atividade de um sujeito humano construindo seu conhecimento. Ainda que a

Matemática formal proíba demonstrações por processos indutivos, a

aprendizagem de conceitos matemáticos pode exigir a observação de eventos

no mundo.

Enquanto atividade humana, a Matemática é uma forma particular

de organizarmos os objetos e eventos no mundo. Podemos estabelecer

relações entre os objetos de nosso conhecimento, contá-los, medi-los, somá-

xviii

los, dividi-los e verificar os resultados das diferentes formas de organização

que escolhemos para nossas atividades.

Por exemplo, se tivermos diante de nós a tarefa de distribuir

iguais quantidades do feijão obtido após uma colheita para trinta famílias, pode-

se contar grão por grão, dividir o número de grãos por trinta e depois contar,

para cada família, o número de grãos que lhe cabe. Mas ao se realizar essa

tarefa, logo se descobrirá que essa solução é absurda, embora fosse uma

solução matematicamente correta.

A organização desta atividade requer um caminho mais eficiente.

Pode-se encher uma lata de feijão para cada família, distribuir várias até que

não se possa mais fazer uma distribuição eqüitativa com latas maiores, e então

mudar para latas menores para a divisão final. Se utilizar a balança, pode-se

pesar as quantidades e proceder de maneira semelhante. A organização da

divisão de uma quantidade em partes iguais é uma atividade de natureza

matemática, envolve conceitos matemáticos.

A contagem dos grãos é um processo perfeitamente correto do

ponto de vista matemático, mas inadequado do ponto de vista da tarefa que se

deseja realizar. A mensuração com latas não é um processo reconhecido na

escola, onde costuma-se lidar com medidas convencionais, mas representa

uma solução inadequada, que supõe os mesmos conceitos de Matemática

usados caso o problema utilizasse líquidos (medida em litros,

consequentemente).

2.2 USANDO JOGOS LÓGICOS EM SALA DE AULA

De acordo com Almeida (1998), o ser humano, em todas as fases

de sua vida, está sempre descobrindo e aprendendo coisas novas, por meio do

contato com seus semelhantes e do domínio sobre o meio em que vive.

xix

O ser humano possui uma grande necessidade de aprender,

descobrir e apropriar-se de variados conhecimentos, desde os mais simples

(levar a colher à boca) até os mais complexos (criar e solucionar problemas), e

é isso que lhe garante a sobrevivência e a integração na sociedade como ser

participativo, crítico e criativo.

A educação lúdica, presente através do estudo dos jogos lógicos

nas séries iniciais do Ensino Fundamental, está distante da concepção ingênua

de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. Ela é uma ação

inerente na criança, no adolescente, no jovem e no adulto e aparece sempre

como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se

redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações

com o pensamento coletivo.

De acordo com Almeida (1988), a característica essencial a um

efetivo educador estimulador é sua capacidade em gerar um clima de fascínio

e sedução em torno de atividades que desafiem o aluno a pensar.

Além disso, sua responsabilidade é ensinar a pensar, estimulando

a construção de esquemas inteligentes e geradores de solução, produzindo e

oferecendo para isso desafios à imaginação e à criação de soluções.

A construção da inteligência é sempre resultante da coordenação

de ações realizadas como sentido de buscar formas e esquemas de adaptação

a problemas gerados pelo meio ambiente. As emoções do jogo geram

necessidades de ordem afetiva e é a afetividade a mola dessas ações. Ela

mobiliza o indivíduo em uma determinada direção com o objetivo de obter o

prazer.

O jogo motiva e por isso é um instrumento muito poderoso na

estimulação da construção de esquemas de raciocínio, através de sua

ativação. O desafio por ele proporcionado mobiliza o indivíduo na busca de

soluções ou de formas de adaptação a situações problemáticas e,

xx

gradativamente, o conduz ao esforço voluntário. A atividade lúdica pode ser,

portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no

desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação

intelectual.

O interesse despertado por qualquer atividade lúdica produz como

resposta o empenho de forças, ação intencional em alguma direção ou

propósito, fato essencial para produzir a construção de esquemas racionais,

gradativamente mais aperfeiçoados.

Acredita-se conforme Antunes (1999), que o papel do educador

deve ser o daquele que gera necessidades de ação em seu aluno, o de quem

consegue conquistar seu empenho na resolução de problemas. E quando o

objetivo do educador é a construção da inteligência lógica, é necessário colocar

o aluno frente a situações que o envolvam emocionalmente na busca ou nas

tentativas de solução de problemas relacionados a grandezas. Mas, sobretudo,

será essencial que a solução possa sempre ser alcançada. As situações

criadas pelos jogos devem permitir ou oferecer a possibilidade de acerto,

sempre que possível, por deslocamento e pela comparação de tamanho, forma

ou quantidade de peças. Com essa finalidade esse material foi construído.

A manipulação pura e simples, feita pela criança pequenina, é

aleatória, não é sujeita ao controle externo, é arbitrária, portanto. Isto pode ser

verificado, por exemplo, ao pedir a uma criança que mostre como ela

movimenta braços e pernas quando engatinha (fazendo isso com a criança em

pé, sem sair do lugar). Dificilmente ela conseguirá reproduzir, acertadamente,

os movimentos que faria para engatinhar, pois eles não são um ato consciente.

O mesmo acontece com os jogos sem regras que consistem unicamente na

manipulação de peças. O jogo em grupo é diferente, pois ele obriga a criança a

descentralizar, a sair do seu próprio egocentrismo, a obriga a antecipar a ação

do outro jogador e as suas próprias, como hipóteses, numa jogada mais

complexa.

xxi

O jogo em grupo obriga a criança a considerar os pontos de vista

do outro, a imaginar probabilidades para si e a antecipar resultados (ação

mental, portanto). O jogo estabelece relações de interdependência no espaço e

no tempo. Implica a construção do agir. Implica em lidar com critérios e regras.

O jogo em grupo estimula, de forma acentuada, a construção de esquemas

inteligentes de adaptação.

De acordo com os estudos realizados por Rizzo (1999), os jogos

devem ser realizados diariamente, e o período do dia mais aconselhável é o de

meia hora ou quarenta minutos, ao final das atividades diversificadas, quando o

professor poderá, com relativa autonomia, prestar assistência e companhia ao

grupo de jogadores, enquanto o resto da turma estiver terminando suas tarefas.

A participação direta do adulto é sempre indispensável na proposta de

estimulação, finalidade principal deste material. Aos poucos, outros alunos, já

desobrigados de suas ocupações, poderão se juntar ao grupo, como

assistentes ou como novos jogadores.

O horário reservado à recreação fora de sala também é

adequado, devendo o professor adaptar o material às proporções do espaço,

que é, geralmente, bem maior que o de uma sala de aula. Os jogos de pista de

obstáculos poderão ser feitos com pistas tracejadas, no chão, com giz de cor.

O boliche poderá ser jogado no chão com garrafas maiores, e assim por diante.

Quando a recreação ocorrer em áreas cobertas, será possível oferecer três

jogos diferentes, simultaneamente, do grau de participação que exijam do

adulto, que deverá ficar atento deslocando-se entre as mesas, participando ora

de um, ora de outro grupo.

O principal objetivo dos jogos, segundo Rizzo (1999) é levar a

criança a tomar decisões que envolvam a avaliação de grandezas, ao afirmar

que: “O educador pode obrigá-la a fazer o que não quer”. Isso é um fato. Mas

isso não a fará raciocinar, nem construir raciocínios mais lógicos, se ela ainda

não tiver alcançado esse nível de raciocínio e, portanto, não tiver construído os

esquemas necessários para tal proeza.

xxii

Deve-se repetir o jogo em que a criança revelou dificuldade de

compreensão, ou outros semelhantes, até que ela mude seu ponto de vista em

relação ao valor da regra, que determina quem vence e como vencer. Depende

dela, de como pensa, de como vê as coisas, mudar seus critérios de valor e

adotar outra norma de julgamento.

Acredita-se, ainda, que não se deve oferecer jogos com regras

mais complexas. Este procedimento pode fazer com que se sinta alienada e

esse não é um sentimento positivo e encorajador. Deve-se, sempre, esperar e

ir com calma. Observar como ela raciocina e quantos dados (informações) ela

pode considerar simultaneamente.

A participação do educador, nos jogos, deve ser ativa (e não

como um mero espectador). Da sua ação estimulante depende o crescimento

dela. Hoje, conforme nos ensina Antunes (1999), já não se acredita ser

possível ao indivíduo desenvolver-se intelectualmente no vazio. Sua

potencialidade genética é básica, mas a força do ambiente é inquestionável e

ele precisa ser estimulador.

A construção dos conceitos, pretendida pelos jogos, não poderá

ser atingida com algumas jogadas apenas. É necessário que os jogos sejam

realizados inúmeras vezes cada um, procurando oferecer uma adequada

variedade de abordagens, através de jogos diferentes e, sobretudo, é

indispensável que eles se integrem às atividades curriculares como

experiências rotineiras de classe e não como atividades-prêmio, permitidas,

apenas, quando os alunos se comportem bem ou quando o professor tenha

tempo "sobrando".

Como objetivos, de cada jogo apresentado aos alunos, devem ser

mencionados pelo educador em seus planos de curso somente aqueles mais

diretamente ligados à construção dos esquemas de raciocínio lógico, porém

inúmeros outros poderão ser atingidos, em especial aqueles relacionados à

xxiii

formação moral e social, resultantes da atuação do indivíduo num grupo. A

seguir, os objetivos dos jogos inteligentes descritos por Rizzo (1999):

- Estimular o crescimento da autonomia intelectual da criança

pré-operacional

- Estimular a construção de esquemas de raciocínio operacional

- Auxiliar o educador a identificar os níveis e estágios da

construção do raciocínio de seus alunos.

Fazer com que o aluno compreenda a Matemática como um

instrumento útil para a solução de problemas e situações que fazem parte do

dia-a-dia (cálculo de horários, valores financeiros, medidas de grandeza, com

operações fundamentais etc.) apresenta-se, para o professor, um permanente

desafio a ser conquistado. O capítulo seguinte aborda algumas das práticas de

ensino da disciplina que permitem a aproximação dos alunos com o universo

real, concreto, verdadeiro permitido pela Matemática.

xxiv

CAPÍTULO III

PRÁTICAS DE ENSINO DA MATEMÁTICA

xxv

3.1 MATEMÁTICA ESCRITA VERSUS MATEMÁTICA ORAL

A matemática é hoje tanto uma ciência como uma habilidade

necessária à sobrevivência numa sociedade complexa e industrializada. Para

ganhar a vida, as crianças das camadas mais pobres da população devem,

desde bem cedo, engajar-se nas atividades do setor informal da economia.

Esta participação das crianças ocorre de diversas formas – vendendo doces,

pirulitos, picolés etc. na rua; carregando compras nas feiras e nos mercados

públicos; lavando e vigiando carros em estacionamentos; trabalhando em

jardins ou, na pior das hipóteses, pedindo esmolas. Esta atividade faz com que

a matemática elementar seja uma habilidade necessária à sobrevivência entre

as crianças das classes populares nas cidades grandes. Em suas atividades,

as crianças resolvem inúmeros problemas de aritmética e certamente

aprendem muito nessas situações. No entanto, fracassam na escola, mesmo

na aritmética.

Dienes (1976) realizou um estudo sobre o sucesso em

matemática entre crianças de diferentes classes sociais em seu primeiro ano

de aprendizagem formal de matemática na escola. Para as crianças de classe

média, esse primeiro ano é constituído pela primeira série nas escolas

particulares em Recife e, para as crianças de classes populares, pela segunda

série nas escolas públicas. Os resultados mostraram que 98% das crianças

das escolas particulares foram aprovadas ao final do ano, contra apenas 68%

das crianças das escolas públicas. No entanto, os dados sobre suas

habilidades cognitivas em geral e matemáticas em particular não mostraram

diferenças significativas entre esses dois grupos.

Qualquer observador mais atento das atividades das crianças na

rua pode constatar o seu sucesso ao lidar com problemas aritméticos no

desempenho de funções ligadas ao setor informal da economia. Carraher,

Carraher & Schliemann (1995), preocupados com o problema do fracasso

xxvi

escolar dessas crianças que demonstram um conhecimento matemático na

rua, resolveram investigar, em um estudo controlado, as diferenças entre o

desempenho em problemas aritméticos no trabalho e o desempenho em

problemas semelhantes aos que ocorrem no trabalho mas que são

apresentados de forma semelhante à utilizada na escola.

Eles puderam assim constatar que, embora os problemas

aritméticos em seu estudo envolvessem os mesmos números e as mesmas

operações, o índice de sucesso das crianças na rua, ao resolverem problemas

enquanto trabalhavam, era igual a 98%, enquanto que, nos exercícios de

computação do tipo escolar, este índice caía para 37%.

Qual a diferença entre a matemática de sobrevivência e a

matemática da escola? As diferenças entre uma situação de venda em uma

feira e uma situação escolar são tantas que é difícil saber o que leva as

crianças a se saírem muito bem nos problemas na vida e a demonstrarem

tantas dificuldades ao resolverem problemas na escola. Por exemplo, a relação

entre o examinador e a criança nas duas situações é diferente.

No estudo de Kaleff (1997) o examinador desempenhava o papel

de um freguês que fazia compras na feira, não havendo, por isso, qualquer

razão para que o sujeito se sentisse ansioso ou inibido durante o “teste” , como

poderia acontecer na situação de tipo escolar.

Além disso, é possível que a motivação não seja a mesma na

situação de venda na rua e na escola. Na venda, um erro a favor do freguês

implica perda de dinheiro e um erro contra pode resultar na perda do freguês.

Na escola, as conseqüências do erro certamente não são as mesmas, o que

torna difícil avaliar se o tipo e o nível de motivação nas duas situações podem

ser comparados.

No entanto, é possível que a explicação para essa grande

diferença entre a eficiência das crianças na escola e na venda não resulte de

xxvii

diferenças nem na motivação nem no relacionamento com o examinador, mas

de diferenças nas estratégias cognitivas escolhidas para a resolução dos

problemas.

Macedo, Petly & Passos (2000) propuseram uma distinção entre

duas abordagens distintas na solução de problemas de aritmética: uma delas é

denominada “manipulação de quantidades” e a outra, “manipulação de

símbolos”.

Crowley (1995) sugeriu uma distinção entre a “leitura literal” do

problema e sua “interpretação de modo flexível”. Ele trata os procedimentos

informais como idiossincráticos, afastando a possibilidade de que eles possam

refletir a compreensão básica de alguns aspectos do número e das operações

por parte do sujeito. Entretanto, descrições mais detalhadas sobre os

procedimentos formais e informais de resolução de problemas aritméticos são

necessárias para que as implicações destas descobertas para o ensino de

matemática tornem-se mais claras.

3.2 FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA NOS PRIMEIROS ANOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Citou-se anteriormente a dificuldade que os alunos apresentam

nas séries finais do Ensino Fundamental, tendo em vista o déficit no

aprendizado de Matemática nos primeiros anos do curso, tendo em vista se

tratar dos conhecimentos elementares e imprescindíveis por toda a carreira

estudantil básica do aluno (Ensino Fundamental e Médio). Observando o que

preceituam os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997) para os quatro

primeiros anos do Ensino Fundamental, nota-se que muitos destes conceitos

são de extrema importância para o aprendizado e desenvolvimento de

conteúdos mais complexos, pertencentes às séries subseqüentes.

xxviii

Para a ilustração destas diretrizes para a educação Matemática –

ressaltando-se aqui que as mesmas não são cumpridas em boa parte das

escolas, quer pela deficiência de infra-estrutura, magistério ou receptividade do

aluno – optou-se pela transcrição dos elementos contidos nestes PCN’s, como

forma de demonstrar a importância do bom aprendizado dos conceitos

elementares da Matemática:

3.2.1 OBJETIVOS DA 1ª SÉRIE

- Identificar onde os números são utilizados;

- Reconhecer a utilidade dos números;

- Reconhecer regularidades no nosso Sistema Numérico

Decimal;

- Conhecer histórias relativas à evolução da Matemática;

- Observar e conhecer os sistemas de numeração egípcio,

romano e maia e compará-los com o nosso SND;

- Identificar linhas retas e curvas em objetos e figuras;

- Reconhecer o calendário como um instrumento para medir

o tempo;

- Distinguir números pares e ímpares;

- Entender diferentes procedimentos usados para resolver

um mesmo problema;

- Identificar objetos sob diferentes pontos de vista;

- Reconhecer sua própria localização no espaço;

- Reconhecer unidades, dezenas e centenas em um número;

- Conhecer o valor posicional dos algarismos nos números;

- Identificar formas geométricas planas;

- Reconhecer as propriedades da adição sem o uso de

qualquer nomenclatura;

- Reconhecer regularidades da adição e subtração,

envolvendo o zero, o um e o dez;

- Reconhecer formas geométricas planas;

xxix

- Identificar instrumentos para medir o tempo;

- Ler e interpretar horas e minutos;

- Conhecer a fita métrica como um instrumento de medida;

- Reconhecer dobros e metades;

- Comparar cédulas e moedas brasileiras;

- Comparar diferentes quantidades;

- Refletir sobre as hipóteses relativas a grandeza dos

números;

- Identificar diferentes seqüências numéricas;

- Conhecer a régua como um novo instrumento de medida;

- Resolver um mesmo problema de formas diferentes;

- Reconhecer a conta armada como um procedimento

convencional;

- Reconhecer caminhos em mapas e plantas baixas;

- Conhecer medidas de massa e capacidade;

- Refletir sobre as regularidades numéricas do nosso SND.

O primeiro ano do Ensino Fundamental é responsável pela

preparação, no aluno, da operação de diversos conceitos fundamentais não

somente para o seu aprendizado em Matemática como também para sua vida:

o Sistema Numérico Decimal, a contagem do tempo, o sistema monetário

brasileiro, os elementos introdutórios à geometria entre outros. É, sem dúvida,

um ano de muita responsabilidade para o professor, tendo em vista que as

deficiências aí adquiridas podem causar transtornos para o aluno em todo o

seu desenvolvimento educacional

3.2.2 OBJETIVOS DA 2ª SÉRIE

- Refletir sobre a utilização da Matemática no nosso dia-a-

dia;

- Saber arredondar números para as dezenas mais próximas;

- Identificar características de diferentes formas geométricas;

xxx

- Conhecer o ábaco, como instrumento de contagem e

cálculo;

- Reconhecer nos números as ordenas das unidades,

dezenas e centenas;

- Conhecer o funcionamento do calendário anual como um

marcador de tempo;

- Reconhecer a utilização dos números ordinais;

- Identificar retas horizontais, verticais e inclinadas;

- Nomear formas geométricas planas;

- Conhecer características de figuras geométricas planas

denominadas polígonos;

- Distinguir entre polígonos quadriláteros e não-quadriláteros;

- Entender diferentes procedimentos para a resolução de um

mesmo problema;

- Conhecer o funcionamento do algoritmo da adição e da

subtração;

- Entender as idéias das operações no campo aditivo;

- Refletir sobre a regularidade numérica do nosso SND;

- Conhecer o significado de dúzia e meia dúzia;

- Refletir sobre procedimentos úteis para a resolução de

problemas;

- Entender a composição e decomposição dos números;

- Reconhecer o valor posicional dos algarismos nos números;

- Reconhecer a função do zero na escrita dos números;

- Identificar antecessor e sucessor de um determinado

número;

- Relacionar metro e centímetro e conhecer as notações

dessas medidas;

- Identificar diferentes unidades de medidas e para que

servem;

- Reconhecer linhas retas e não-retas, paralelas e não-

paralelas;

xxxi

- Entender o algoritmo da adição com transporte das dezenas

e centenas e o da subtração com empréstimo;

- Refletir sobre o funcionamento do algoritmo da adição com

várias parcelas;

- Identificar números pares e ímpares;

- Refletir sobre a soma e subtração de números pares e

ímpares;

- Entender a escrita e a forma como falamos as horas;

- Entender a grafia dos valores em dinheiro;

- Conhecer algarismos romanos e o modo como eles

funcionam;

- Conhecer um pouco da história da evolução da Matemática;

- Relacionar determinados nomes a determinados períodos

de tempo (semestre, quinzena etc.).

- Identificar fotos e figuras sob diferentes pontos de vista;

- Observar algumas propriedades da multiplicação (6 x 3 = 3

x 6);

- Conhecer os sinais matemáticos de maior, menor e

diferente;

- Saber ler horas e minutos em relógios;

- Conhecer as idéias da multiplicação;

- Identificar a presença de formas planas na composição de

sólidos geométricos;

- Conhecer características que diferenciam polígonos de

poliedros;

- Entender as regras dos jogos;

- Identificar simetrias em figuras, objetos, letras e números;

- Entender dobros e metades, triplos e terços, quádruplos e

quartos;

- Conhecer a idéia de fração a partir de divisões que resultem

em números menores que o inteiro;

- Entender a multiplicação e utilizá-la para resolver

problemas;

xxxii

- Conhecer a forma convencional de escrever as tabuadas do

1 ao 9;

- Entender diferentes procedimentos para resolver

multiplicações;

- Entender o algoritmo convencional da multiplicação e usá-lo

como mais uma forma de resolver multiplicações;

- Conhecer as medidas de capacidade, l e ml, e suas

equivalências;

- Relacionar as unidades de medidas ao que elas medem.

A operacionalização dos algoritmos essenciais da Matemática

(adição, subtração, multiplicação e divisão), a expansão dos conhecimentos em

geometria bem como no Sistema Numérico Decimal são as características

mais importantes nesta série, fechando assim o primeiro ciclo do Ensino

Fundamental com os elementos básicos de Aritmética e Geometria, que serão

expandidos nas séries seguintes.

3.2.3 OBJETIVOS DA 3ª SÉRIE

- Reconhecer números de maior grandeza;

- Desenvolver noções espaciais;

- Reconhecer deslocamentos no espaço;

- Identificar polígonos;

- Identificar as ordens que compõem os números;

- Entender o funcionamento dos algoritmos da adição e

subtração;

- Entender as operações inversas e a prova real;

- Conhecer as notações convencionais de horas;

- Conhecer um pouco da história do dinheiro;

- Reconhecer a necessidade de padronização das diferentes

medidas;

- Reconhecer a ordem em que os números se dividem;

xxxiii

- Entender diferentes algoritmos usados para resolver

multiplicações;

- Entender o funcionamento dos algoritmos de multiplicação

por 1 e 2 algarismos;

- Reconhecer as operações matemáticas como ação para

transformar;

- Relacionar a equivalência da soma sucessiva com a

multiplicação;

- Conhecer novos termos utilizados em nosso sistema

monetário;

- Reconhecer simetria em figuras;

- Entender o funcionamento das tabuadas;

- Conhecer diferentes algoritmos para resolver divisões;

- Relacionar cm, m e km;

- Refletir sobre o significado da vírgula nos números

decimais;

- Conhecer frações;

- Entender diferentes procedimentos para resolver problemas

relativos a frações;

- Entender a notação convencional relativa a frações;

- Conhecer dicas que ajudam na resolução dos problemas;

- Entender o que são números naturais;

- Entender diferentes sistemas de numeração: decimal,

romano e egípcio;

- Entender o funcionamento das expressões numéricas;

- Identificar formas planas na composição dos sólidos

geométricos;

- Conhecer diferentes algoritmos da divisão por 1 e 2

algarismos;

- Relacionar valores em dinheiro com frações;

- Conhecer múltiplos de um número;

- Relacionar pesos em g, kg, ton e mg;

xxxiv

- Identificar a equivalência entre medidas expressas em l e

ml;

- Relacionar a cada uma das idéias das 4 operações,

problemas e operações;

- Conhecer o funcionamento do jogo de xadrez.

Importantes conceitos relativos à mensuração das medidas de

comprimento, massa e dos líquidos com também a operacionalização de

frações (compreendendo as formas de expressão de números não-inteiros)

permitem que o aluno comece a adquirir independência na realização das

atividades envolvendo os conteúdos adquiridos até este momento.

3.2.4 OBJETIVOS DA 4ª SÉRIE

- Analisar as diferentes funções que os números assumem;

- Conhecer a história dos algarismos indo-arábicos;

- Entender as idéias das quatro operações fundamentais;

- Saber usar as quatro operações fundamentais para resolver

problemas;

- Conhecer os termos usados para as quatro operações

fundamentais;

- Identificar as frações equivalentes;

- Entender o funcionamento de diferentes algoritmos usados

para resolver multiplicações e divisões;

- Conhecer a história da evolução dos relógios;

- Identificar representações mostradas em mapas;

- Analisar o significado de paralelas e perpendiculares;

- Identificar nos números fracionários o que representam o

numerador e o denominador;

- Comparar e relacionar frações;

- Analisar diferentes procedimentos de cálculo;

- Identificar números palíndromos;

xxxv

- Conhecer perímetro e área;

- Identificar múltiplos e divisores do metro;

- Identificar expressões numéricas;

- Identificar e reconhecer números e frações decimais;

- Classificar os números de acordo com a ordem numérica;

- Compor números decimais;

- Interpretar problemas fracionários;

- Explicar diferentes procedimentos de cálculos;

- Aplicar equivalência entre medidas;

- Identificar medidas equivalentes;

- Distinguir polígonos de outras formas geométricas;

- Identificar ângulos, vértices e lados de um polígono;

- Reconhecer décimos, centésimos e milésimos;

- Comparar medidas de massa;

- Identificar uma Nota Fiscal;

- Reconhecer símbolos de diferentes medidas;

- Identificar múltiplos e submúltiplos do grama;

- Comparar e transformar medidas de comprimento e massa;

- Compreender equivalências entre diferentes unidades de

medida;

- Conhecer a forma correta da grafia de medidas envolvendo

diferentes unidades de medida;

- Conhecer alguns ângulos e seus nomes;

- Diferenciar área e perímetro;

- Conhecer uma planta baixa e algumas de suas convenções;

- Conhecer mapas e escalas;

- Reconhecer padrões numéricos e geométricos e suas

regularidades;

- Reconhecer padrões;

- Conhecer o significado e o símbolo que indica uma

porcentagem;

- Conhecer diferentes procedimentos para o cálculo de

porcentagens;

xxxvi

- Conhecer algumas noções de estatística e probabilidade;

- Compreender o que é média aritmética;

- Conhecer as informações contidas em contas de luz e

telefônicas;

- Conhecer novas unidades de medida (kWh, l, ml, cal, pulsos,

graus centígrados);

- Conhecer diferentes portadores de uso social real dos

números;

- Conhecer os nomes dos componentes do sólidos geométricos;

- Compreender o significado de diagonal.

O quarto ano do Ensino Fundamental (que em outras épocas

encerrava o chamado “curso primário”) encerra o ciclo básico dos

conhecimentos de Matemática (Aritmética e Geometria) necessários para o

aluno desenvolver-se nos dois ciclos finais do curso. O conjunto de conteúdos

enumerado anteriormente, sendo integralizado pelos professores ao longo dos

quatro anos, permitirá ao aluno a base necessária para que ele possa

compreender a disciplina em seus estágios mais complexos (anos finais do

Ensino Fundamental e Ensino Médio).

Observa-se, no entanto, que a grande parte das escolas

(incluindo-se as particulares, tidas como as mais “preparadas” para a formação

básica educacional do aluno) não é capaz de integralizar todos estes

conteúdos ao longo de quatro anos, uma vez que a grade horária no Ensino

Fundamental, principalmente os primeiros anos, é bastante reduzida e os cerca

de 200 dias letivos exigidos pelo Ministério da Educação esvaem-se devido a

festividades, comemorações, recessos, eventos cívicos e atividades nas quais

as direções procuram reduzir ao máximo a atuação do professor – na

tradicional “picuinha” por uma política salarial mais adequada – fazendo com

que os alunos passem quatro anos obtendo subconteúdos, ficando

despreparados para todo o resto de sua vida educacional. Os anos finais do

Ensino Fundamental reservam, para o aluno, complexidades no ensino da

xxxvii

Matemática que representarão obstáculos intransponíveis devido a sua

deficiência no aprendizado dos conceitos elementares.

Como um exemplo latente desta triste realidade está na

dificuldade dos alunos de oitava série, por exemplo, em operacionalizarem

cálculos de divisão e multiplicação com números a partir de dois algarismos.

Vícios, como o da calculadora, tornam os alunos dependentes de um artifício

que os faça cumprir as “lições” de forma mais simples.

3.3 ENSINANDO MATEMÁTICA ATRAVÉS DE PROBLEMAS E

SUAS APLICAÇÕES

O cerne do pensamento cotidiano do homem é constituído de

situações-problema com as quais ele se defronta, seja ao atravessar uma rua

de tráfego intenso, seja na ida ao supermercado para fazer compras diversas,

seja na realização de uma atividade dentro de um espaço de tempo

determinado. Assim, o ser humano está sempre resolvendo problemas nas

mais diversas situações e é por sentir-se problematizado e desafiado a todo

instante que produz conhecimento.

Grande parte dos professores de Matemática considera a

resolução de problemas como a principal razão de ensino e de aprender

Matemática, por se tratar de um processo que oportuniza aplicação de

conhecimentos já adquiridos a novas situações e que valoriza o exercício de

variados procedimentos e estratégias de pensamento. De acordo com esta

posição, considera-se como objetivo geral e básico do ensino de Matemática o

desenvolvimento da habilidade e do hábito de pensar, e a resolução de

problemas ganha importância e lugar de destaque neste contexto.

Na trajetória de construção do conhecimento matemático, o

“pensar” está sempre presente para resolver os desafios para encontrar

xxxviii

soluções para as questões colocadas, para operar, enfim, na produção de

respostas às múltiplas situações matemáticas provenientes do meio em que

vive ou apresentadas pelo professor.

Caso o professor pretenda desenvolver em seus alunos a

capacidade de pensar, é necessário colocá-los em um contexto em que os

impulsos motivadores sejam adequados ao seu nível de maturidade e de

compreensão. Certas atividades são mais elementares e naturais do que

outras, tais como:

- descobrir é mais fácil que generalizar e demonstrar;

- resolver problemas é mais natural que construir estruturas

conceituais;

- em geral, o concreto precede o abstrato;

- a percepção e a ação vêm antes das palavras e dos conceitos;

- os conceitos antecedem os símbolos.

Em todos estes níveis, o problema deve estar presente, pois a

situação desafiadora que o caracteriza impulsiona, faz progredir e o

pensamento usado na busca de alternativas estabelece conexões entre

esquemas, substituindo formas superadas por outras.

A ênfase colocada na importância dos fundamentos tornou árida a

Matemática elementar, porque tais fundamentos, sempre apresentados no

início das exposições, por sua própria natureza, são de difícil compreensão.

Assim, o enfoque estruturalista foi contraproducente para grande parte da

população que freqüentava a escola elementar, embora tivesse podido formar,

em vários países, uma massa crítica de matemáticos, físicos, engenheiros,

analistas etc.

Embora condenasse o ensino tradicional pela irracionalidade de

cálculos e pela imposição de regras, o modelo estruturalista bourbakiano (no

Brasil conhecido como Movimento da Matemática Moderna) falhou totalmente

xxxix

ao ser estendido sem cuidadosa pesquisa bem como em avaliar sua

aplicabilidade pedagógica e sem a capacitação necessária dos professores

para aprofundamentos dos conhecimentos e das habilidades para ministrá-los.

Sob essa perspectiva, a Matemática deve ser percebida como a ciência que:

- oferece instrumentos para a compreensão de fenômenos

físicos, geográficos, biológicos etc.

- possibilita o avanço da tecnologia em várias frentes;

- dá suporte para outras ciências;

- fornece a estas uma linguagem própria, clara e precisa;

- ajuda a entender o meio ambiente e a sociedade;

- explica fatos, relações financeiras e econômicas.

Um professor que desenvolve suas aulas sob um enfoque

interdisciplinar, muitas vezes trabalha de acordo com os pressupostos desta

tendência.

Fazendo o ensino da Matemática pelas suas aplicações é

possível inserir a escola na vida e o aluno no mundo real. Assim sendo, seu

crescimento e autonomia estarão garantidos mediante a preservação do seu

direito a fazer perguntas, cometer erros, pensar por si mesmo, fazer e refazer

caminhos, escolher seu próprio método de trabalho e usar a Matemática para

entender seu mundo e viver nele com satisfação.

A pedagogia dos projetos na Matemática visa obter um novo

significado do espaço escolar aberto ao real, pleno de interações e

multidirecional.

Aprender deixa de ser memorizar e repetir para significar

aquisição de habilidade e conhecimentos integrados ao contexto em que serão

utilizados, em uma interação total dos aspectos cognitivos, emocionais e

sociais presentes.

xl

Cinco aspectos são essenciais no trabalho com projetos em

Matemática:

1 É uma atividade intencional, com objetivos que garantem sua unidade

e sua significação.

2 Caracteriza-se por permitir ao aluno autonomia com responsabilidade.

3 Apóia-se em necessidades relevantes ou em problemas reais e

autênticos que precisam ser atendidos.

4 Envolve complexidade, pois o objetivo central deve ser fonte geradora

de questionamentos.

5

Estende-se ao longo do período, podendo ser prolongado, percorrendo

várias fases: formulação do problema, planejamento, execução,

avaliação e divulgação dos trabalhos.

A ênfase deve mudar da retenção de conhecimentos para o

desenvolvimento do conhecedor; do conteúdo e da quantidade de

conhecimentos para uma metodologia que favoreça a capacidade de

matematizar situações reais.

O que se recomenda não é a organização de projetos

Matemáticos em prejuízo das diretrizes curriculares e sim uma prática

pedagógica apoiada em uma perspectiva global, mostrando a Matemática

como instrumento de uso para solução de problemas no dia-a-dia e não como

um “bicho de sete cabeças”, um “monstro aterrorizante” como os alunos de

Ensino Fundamental, em grande parte, habitualmente vêem a disciplina.

Grande parte dos professores de Matemática considera a

resolução de problemas como a principal razão de ensino e de aprender

Matemática, por se tratar de um processo que oportuniza a aplicação de

conhecimentos já adquiridos a novas situações e que valoriza o exercício de

variados procedimentos e estratégias de pensamento.

xli

De acordo com esta posição, considera-se como o objetivo geral

e básico do ensino de Matemática o desenvolvimento da habilidade e do hábito

de pensar, e a resolução de problemas ganha importância e lugar de destaque

neste contexto. Propõe-se aqui o ensino de Matemática para a vida, mostrando

ao aluno que ela é uma poderosa ferramenta para a solução dos mais variados

problemas. Dela se servem diversas outras ciências e campos do

conhecimento para mensurarem as suas informações (Física, Química,

Engenharia, Biologia, Contabilidade, Economia, Estatística etc.). Integrar a

Matemática ao cotidiano do aluno não é uma necessidade. É uma questão de

vontade, de vocação do professor em seu poder de transformação através do

conhecimento.

xlii

CONCLUSÃO

O ensino tradicional baseando-se na fala do professor, no quadro

negro e nos exercícios de um livro não se sustenta mais. A proposta atual para

o professor de Matemática é bem diferente, vai além dos conteúdos e das

técnicas, porque defende a construção do conhecimento, a autonomia e a

formação do cidadão.

Deve ser este ensino centrado no diálogo, na troca de idéias, no

livro como um todo (teoria e exercícios) além de esclarecer, para o aluno, a

presença e utilidade da Matemática no dia-a-dia. Somente assim pode-se

acreditar em uma mudança de forma consistente, atualizada e na busca de

soluções.

A construção da inteligência é sempre resultante da coordenação

de ações realizadas como sentido de buscar formas e esquemas de adaptação

a problemas gerados pelo meio ambiente. As emoções do jogo, por exemplo,

geram necessidades de ordem afetiva e é a afetividade a mola dessas ações.

Ela mobiliza o indivíduo em uma determinada direção com o objetivo de obter o

prazer. A ação humana é sempre fruto de uma motivação que organiza as

forças do indivíduo em direção a um determinado fim. Com a Matemática

pretende-se o mesmo, ao mostrá-la em conjunto com a realidade.

Para que ocorra uma transformação no magistério da Matemática

nas primeiras séries do Ensino Fundamental, o professor precisa despojar-se

de seus preconceitos, questionar valores, apropriar-se dos conhecimentos

científicos e pedagógicos, sabendo articulá-los e estruturá-los. Somente assim

ele atingirá a competência indispensável a uma ação pedagógica realmente

relevante e significativa.

As ações da criança são formas de exploração do meio ambiente;

aos poucos vão se integrando em esquemas psíquicos ou modelos elaborados

xliii

por ela que correspondem a padrões de comportamentos ou ações

organizadas. Consistem num modo de contratar a realidade, explorá-la e

conhecê-la. Quando a criança se vê diante de um problema, ela se põe a

observá-lo, ativando esquemas de pensamento já estruturados que possibilitam

a exploração do objetivo e a percepção dos operadores lógicos que lhe são

inerentes.

Uma das primeiras tarefas do professor é criar, para seus alunos,

um ambiente estimulador que ative os esquemas de pensamento dos alunos.

Como observador do comportamento e das reações dos alunos, ele deve ser

capaz de perceber o nível de pensamento operatório-matemático predominante

nas ações por elas realizadas.

Por isso, é importante que o profissional do magistério de

Matemática se conscientize que os modelos tradicionais de ensino devem ser

substituídos por métodos e técnicas pedagógicas que façam do elo aluno-

Matemática-vida um processo de descoberta e aprendizagem contínua,

crescente e sobretudo agradável, mostrando para o aprendiz que o domínio

dos conceitos fundamentais, à medida em que novos conhecimentos vão

sendo absorvidos, o fará transpor as barreiras – antes vistas como desafios

difíceis e desestimuladores – e solucionar com mais destreza tudo aquilo que

lhe é proposto ou questionado.

xliv

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Universidade Santa Úrsula/GEPEM, 1995.

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CUNHA, M. I. da. O bom professor e sua prática. 5. ed. Campinas: Papirus,

1995. (Coleção Magistério – Formação e Trabalho Pedagógico).

CUSATI, I. C. Repensando a formação de professores de matemática. Revista

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DIENES, Z. T. Lógica e jogos lógicos. 3. ed. São Paulo: Editora Pedagógica

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DUARTE, N. O ensino de matemática na educação de adultos. São Paulo:

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IMENES, L. M. Os números na história da civilização. São Paulo: Scipione,

1991.

KALEFF, A. M. et al. Quebra-cabeças geométricos e formas planas. 2. ed.

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xlv

KAPLAN, A. A conduta na pesquisa. São Paulo: Universidade de São Paulo,

1969.

LIMA, E. L. Sobre o ensino da matemática. Revista do Professor de

Matemática, nº 28, Maio/Agosto 1995.

MACEDO, L. de, PETLY, A. L. S., PASSOS, N. C. Aprender com situações-

problema. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PIAGET, J. Para onde vai a educação? 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio

Editora, 1975.

PILETTI, C. Didática especial. São Paulo: Ática, 1985.

xlvi

ANEXOS

xlvii

ÍNDICE

Pág.

RESUMO ................................................................................................ v

METODOLOGIA ..................................................................................... vi

SUMÁRIO ............................................................................................... viii

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 08

CAPÍTULO I

OS OBSTÁCULOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA ............................. 10

1.1 DESAFIOS PARA O PROFESSOR .................................................. 11

CAPÍTULO II

A MATEMÁTICA NO DIA-A-DIA ............................................................ 15

2.1 APROXIMANDO MATEMÁTICA DA REALIDADE ............................ 16

2.2 USANDO JOGOS LÓGICOS NA SALA DE AULA ............................ 18

CAPÍTULO III

PRÁTICAS DE ENSINO DA MATEMÁTICA .......................................... 24

3.1 MATEMÁTICA ESCRITA VERSUS MATEMÁTICA ORAL ............... 25

3.2 FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA NOS PRIMEIROS

ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ............................................... 27

3.2.1 OBJETIVOS DA 1ª SÉRIE ................................................ 28

3.2.2 OBJETIVOS DA 2ª SÉRIE ................................................ 29

3.2.3 OBJETIVOS DA 3ª SÉRIE ................................................ 32

3.2.4 OBJETIVOS DA 4ª SÉRIE ................................................ 34

3.3. ENSINANDO MATEMÁTICA ATRAVÉS DE PROBLEMAS

E SUAS APLICAÇÕES .................................................................... 37

CONCLUSÃO ......................................................................................... 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 44

ANEXOS ................................................................................................. 46

ÍNDICE .................................................................................................... 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 48

xlviii

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO DE PESQUISAS SÓCIO-PEDAGÓGICAS

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

TÍTULO DA MONOGRAFIA:

O MAGISTÉRIO DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: OS

DESAFIOS DO PROFESSOR

DATA DE ENTREGA: 18 DE AGOSTO DE 2001.

AVALIADO POR: ____________________________ GRAU: ______________.

Rio de Janeiro, _____ de _________________ de 2001.

____________________________________________

Coordenador do Curso