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O Mestre Kuthumi e os Anjos Palestra proferida por Ricardo Maffia Em 5 de abril de 2002 Nós vamos dar prosseguimento a esse ciclo de palestras relacionadas ao Mestre Kuthumi, e nesta de hoje, com o título "O Mestre Kuthumi e os Anjos", nós vamos procurar focalizar o trabalho do Mestre com os Anjos. Teosoficamente falando, aprendemos que o Mestre Kuthumi trabalha na mesma linha do Cristo ou do Bodhisattva Maitreya. Só para lembrarmos, em uma de suas reencarnações o Mestre Kuthumi foi Pitágoras. Já ouvimos falar que Deus geometriza, e quando falamos de devas (equivalem a anjos no cristianismo) nós percebemos uma hierarquia paralela ao da evolução humana. Essa hierarquia é a angélica. Nós temos os arcanjos, imediatamente abaixo os anjos e imediatamente abaixo, os elementais. Todos esses seres trabalham numa linha hierárquica. Pois bem, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria trabalham de mãos dadas com essa corrente paralela à evolução humana. Falamos de Pitágoras e da questão da geometria porque os anjos e os elementais são os que fazem o trabalho da construção dos planos do Sistema Solar. Nós lemos os livros de Teosofia, particularmente o "Fundamentos de Teosofia" [de Jinarajadasa, ed. Pensamento], participamos das aulas que a Rose dá toda às sextas-feiras a respeito de fundamentos de teosofia e nós vamos perceber que no ato da criação do Sistema Solar esses seres são praticamente os engenheiros, os arcanjos, anjos e elementais. Os elementais são, vamos dizer assim, os trabalhadores braçais da construção dos planos de manifestação de consciência, ou seja, o plano etérico, o plano astral, mental, búdico ou intuitivo, o átmico, monádico e divino. Os devas canalizam toda essa energia. Trabalham com a energia. Quais seriam essas energias? Fohat, Prana e Kundalini. Os Arcanjos trabalham com os arquétipos, ou sejam, os modelos divinos. O Logos Solar tem modelos que vão ser dinamizados, energizados, com o objetivo de possibilitar a evolução do plano ou do sistema que Ele tem sob sua responsabilidade. E o Mestre de Sabedoria trata diretamente com a evolução humana, porém essa evolução faz parte de um contexto universal em que tanto os seres humanos como os devas estão de mãos dadas. Quando falamos mais uma vez de Pitágoras, quando falamos em Deus geometriza, são os elementais que tratam de dar forma a todo o reino mineral, o trabalho de essência elemental que a vida do plano mental inferior, do plano astral, do plano etérico e, por conseqüência, do físico. A essência seria, vamos dizer assim, a matéria desses planos. Quando falamos que temos um corpo físico e nesse corpo tem átomos, partículas subatômicas; quando falamos que temos um corpo etérico bioenergético que tem uma vibração peculiar e uma vida vegetativa, o corpo astral também tem. Fazendo um breve parêntese: por que tantas pessoas não conseguem mudar de crenças? De padrões de pensamentos? Não conseguem quebrar o ciclo, de uma forma de viver e de se emocionar? Por que tem pessoas que repetem sempre as mesmas emoções e ficam enclausuradas num grande espaço de suas vidas, atoladas em determinadas emoções, absolutamente ilusórias, que restringem suas próprias evoluções? Por mais que elas tenham consciência elas não conseguem mudar. Claro que tem um aspecto que tem todo um aspecto clínico, que pode ser depressão ou uma série de outras coisas, porém fundamentalmente o corpo astral tem uma vida vegetativa e essa vida vegetativa se "acostuma" num padrão vibratório.

O Mestre Kuthumi e Os Anjos

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Focalizar o trabalho do Mestre Kuthumi com os Anjos - Palestra proferida por Ricardo Maffia

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  • O Mestre Kuthumi e os Anjos

    Palestra proferida por Ricardo Maffia

    Em 5 de abril de 2002

    Ns vamos dar prosseguimento a esse ciclo de palestras relacionadas ao Mestre Kuthumi, e nesta de hoje, com o ttulo "O Mestre

    Kuthumi e os Anjos", ns vamos procurar focalizar o trabalho do Mestre com os Anjos.

    Teosoficamente falando, aprendemos que o Mestre Kuthumi trabalha na mesma linha do Cristo ou do Bodhisattva Maitreya. S

    para lembrarmos, em uma de suas reencarnaes o Mestre Kuthumi foi Pitgoras.

    J ouvimos falar que Deus geometriza, e quando falamos de devas (equivalem a anjos no cristianismo) ns percebemos uma

    hierarquia paralela ao da evoluo humana. Essa hierarquia a anglica. Ns temos os arcanjos, imediatamente abaixo os anjos

    e imediatamente abaixo, os elementais. Todos esses seres trabalham numa linha hierrquica.

    Pois bem, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria trabalham de mos dadas com essa corrente paralela evoluo humana.

    Falamos de Pitgoras e da questo da geometria porque os anjos e os elementais so os que fazem o trabalho da construo dos

    planos do Sistema Solar.

    Ns lemos os livros de Teosofia, particularmente o "Fundamentos de Teosofia" [de Jinarajadasa, ed. Pensamento], participamos

    das aulas que a Rose d toda s sextas-feiras a respeito de fundamentos de teosofia e ns vamos perceber que no ato da criao

    do Sistema Solar esses seres so praticamente os engenheiros, os arcanjos, anjos e elementais.

    Os elementais so, vamos dizer assim, os trabalhadores braais da construo dos planos de manifestao de conscincia, ou

    seja, o plano etrico, o plano astral, mental, bdico ou intuitivo, o tmico, mondico e divino.

    Os devas canalizam toda essa energia. Trabalham com a energia. Quais seriam essas energias? Fohat, Prana e Kundalini.

    Os Arcanjos trabalham com os arqutipos, ou sejam, os modelos divinos. O Logos Solar tem modelos que vo ser dinamizados,

    energizados, com o objetivo de possibilitar a evoluo do plano ou do sistema que Ele tem sob sua responsabilidade.

    E o Mestre de Sabedoria trata diretamente com a evoluo humana, porm essa evoluo faz parte de um contexto universal em

    que tanto os seres humanos como os devas esto de mos dadas.

    Quando falamos mais uma vez de Pitgoras, quando falamos em Deus geometriza, so os elementais que tratam de dar forma a

    todo o reino mineral, o trabalho de essncia elemental que a vida do plano mental inferior, do plano astral, do plano etrico e, por

    conseqncia, do fsico. A essncia seria, vamos dizer assim, a matria desses planos.

    Quando falamos que temos um corpo fsico e nesse corpo tem tomos, partculas subatmicas; quando falamos que temos um

    corpo etrico bioenergtico que tem uma vibrao peculiar e uma vida vegetativa, o corpo astral tambm tem.

    Fazendo um breve parntese: por que tantas pessoas no conseguem mudar de crenas? De padres de pensamentos? No

    conseguem quebrar o ciclo, de uma forma de viver e de se emocionar? Por que tem pessoas que repetem sempre as mesmas

    emoes e ficam enclausuradas num grande espao de suas vidas, atoladas em determinadas emoes, absolutamente ilusrias,

    que restringem suas prprias evolues? Por mais que elas tenham conscincia elas no conseguem mudar. Claro que tem um

    aspecto que tem todo um aspecto clnico, que pode ser depresso ou uma srie de outras coisas, porm fundamentalmente o

    corpo astral tem uma vida vegetativa e essa vida vegetativa se "acostuma" num padro vibratrio.

  • Quando a pessoa no faz essa mudana [e claro que no diretamente a partir do corpo astral que se comea] essa vida

    vegetativa vai ficar vibrando numa determinada freqncia e a pessoa sempre vai agir daquela forma.

    Portanto, recapitulando, os elementais so os responsveis por orientar a vida elemental. Essa vida elemental est em nosso

    corpo astral. Essa vida elemental est presente em nosso corpo mental inferior. Porm, eles ordenam tudo isso.

    Por que eu estou fazendo um vnculo com dos elementais com Pitgoras e com Deus geometriza? Justamente em funo dessa

    ordem que a natureza, depois do caos, procura estabelecer. Da mesma forma que cada um de ns, nossa maneira, procuramos

    estabelecer a ordem em nossas vidas.

    Ainda como uma das encarnaes do Mestre Kuthumi, ns o notamos como So Francisco de Assis, que tinha uma relao direta

    com os animais. Sabemos que alguns animais, na sua corrente evolutiva, podem ir para a rea dos devas ou anjos. So Francisco

    de Assis tinha um amor muito grande pelos animais, ou melhor, no s pelos animais, mas por todo o reino natural, toda a

    natureza.

    Portanto, os devas esto ligados com os animais e com toda a natureza. Por isso que estamos fazendo esse vnculo do Mestre

    Kuthumi com os devas.

    Mas para chegar l, ainda percebemos que atravs de nossos estudos que o Mestre Kuthumi est na mesma linha do Bodhisattva

    Maitreya, o Cristo, e como sabemos que estamos na quinta raa-raiz e a prxima raa-raiz [no a sub-raa] ser a sexta e vai

    mudar toda uma srie de departamentos da Hierarquia, o Mestre Kuthumi ser o prximo Bodhisattva. Portanto, como o Mestre

    Kuthumi o Senhor da compaixo, um Mestre de Sabedoria e o trabalho dele est bem polarizado no despertar de buddhi, ou

    seja, do discernimento de cada um, e do amor que est latente em todo ser humano, amor fraternal, conscincia da presena de

    Deus, ele sendo o prximo Bodhisattva, o Cristo, atravs de seus ensinamentos, antecipa a possibilidade de ns iniciarmos um

    processo redentor em nossas vidas.

    Redentor significa um processo de despertar da conscincia. Na medida em que despertamos a conscincia adquirimos a

    percepo do significado de nossas prprias vidas. Na medida em que adquirimos a percepo do significado de nossas prprias

    vidas, tomamos as rdeas de nossas vidas em nossas mos, podendo torn-las para melhor e tambm inspirar o prximo a uma

    mudana melhor.

    Atravs dessa introduo, eu vou dar um salto com relao ao que em teosofia chamamos de corpo causal.

    O corpo causal o veculo no qual ficam registradas todas as nossas encarnaes. O nosso tomo causal. Por exemplo, ns

    tivemos uma srie de atos em nossas vidas anteriores e tudo isso est registrado em nosso corpo causal. Tudo o que est

    acontecendo no nosso dia a dia, as nossas percepes so registradas em nosso corpo causal.

    Fazendo um rpido "link": cada veculo da manifestao da conscincia [corpo mental, corpo astral e corpo etrico] tem centros

    psquicos ou chakras que esto intimamente relacionados com cada veculo imediatamente abaixo. Esses chakras esto

    relacionados com as nossas glndulas e nossos plexos. O nosso chakra cardaco, a partir de nossa percepo do dia a dia, tudo

    que percebemos e sentimos, principalmente como verdade [por isso que Salomo afirmava que o homem o que pensa em seu

    corao; por mais que ele tente demonstrar outra coisa o homem o que ele pensa em seu corao], e por isso que o karma das

    pessoas muda ou no muda, porque o karma da pessoa est intimamente relacionado com as suas intenes que provm de

    seus coraes, no do que elas falam da boca para a fora.

    Portanto, cada vez que o sangue passa pelo corao, a contra-parte etrica desse sangue passa pelo chakra cardaco etrico,

    que tem um tomo etrico. Esse tomo etrico registrando essa percepo, essa vivncia, emana essa informao para o chakra

    cardaco no corpo astral e, por conseqncia, esse chakra cardaco do corpo astral emana a mesma informao para o chakra

    cardaco do corpo mental e por sua vez para o corpo causal.

    Vamos dizer que vem uma informao da percepo de uma vivncia num determinado momento de nossas vidas, e essa

  • percepo mandada, atravs de uma informao para o corpo causal. S que o nosso corpo causal tem uma srie de registros

    crmicos, ou registros causais, provenientes de outras vidas nossas.

    importante salientar que quando o indivduo atinge a 4a. Iniciao o seu corpo causal praticamente se dissolve e ele tem

    conscincia de todas as suas vidas, no conscincia terica, mas ele vivencia tudo o que ele foi, ele resgata toda essa

    informao.

    Portanto, quando essa informao atinge uma unidade de registro crmico no corpo causal e se porventura essa unidade do

    registro crmico tem um karma positivo ou tem um karma desafiador, imediatamente essa informao tocando aqui [apontando

    para uma figura esboada no quadro] vai haver um "feedback".

    Como o corpo causal se situa no plano mental abstrato, no plano abstrato de nosso prprio ser e do plano abstrato do prprio

    planeta; portanto, quando essa informao atinge essa unidade de registro, h uma reverberao dessa unidade, no plano mental

    abstrato; ou seja essa reao de um karma desafiador ou de um karma positivo, liberada para a prpria personalidade da

    pessoa, para o crebro, bem como tambm liberada para o plano mental abstrato em sua totalidade. A vemos surgir as

    configuraes crmicas na vida das pessoas, tanto positivas, como desafiadoras.

    Quando ns falamos no Mestre Kuthumi e do trabalho como os devas, isso significa o seguinte: quando subimos de padro e nos

    aproximamos do que significa buddhi, que um aspecto superior de nosso prprio ser, o que ocorre conosco? Ns nos

    posicionamos acima desse corpo causal e a iniciamos um processo de redeno.

    Portanto, o Mestre Kuthumi, no trabalho com os devas, o que ele faz? Ele faz esse trabalho atravs dos devas, porque os devas

    so vida e perpetuam as formas pensamento liberadas pela humanidade.

    Eu vou dar um outro exemplo: uma coisa as pessoas terem formas pensamento a no "atacado" [todo mundo tem], outra coisa

    quando se faz um ritual de cura e gerado uma forma pensamento importantssima, liberada para o plano mental concreto; a

    forma pensamento sendo importantssima e sendo trabalhada com amor, isso que importa, vai servir de veculo, de "feedback",

    de uma resposta dos seres superiores; essa forma pensamento liberada no plano mental concreto e os devas dessa linhagem

    que esto trabalhando na rea da cura e tambm na rea do Mestre Kuthumi, bem como na rea da sabedoria, vo dinamizar

    essa forma pensamento.

    Assim sendo, todas as pessoas no mundo, quer sejam espiritualistas ou no, que estiverem voltada ao trabalho de progresso do

    gnero humano, sero inspiradas por essa forma pensamento.

    Ns vemos um trabalho ligado aos devas, oriundo de um trabalho em grupo, que pode ser aqui na Sociedade Teosfica, pode ser

    em outro grupo espiritualista, bem como podem ser grupos no necessariamente espiritualistas, mas que estejam profundamente

    interessados no bem estar da humanidade.

    Um Mahatma age voltado humanidade como um todo. Ele fica atento no necessariamente para as imperfeies dos seres

    humanos, mas ele fica muito atento para as capacidades e virtudes que cada ser humano esteja expressando naquela atual

    reencarnao, capacidades essas que podem ser aproveitadas para uma melhora do gnero humano.

    O Mestre Kuthumi, como est testa do 2o. Raio [ o Chohan do 2o. Raio], que representa uma dinamizao dos processos de

    sabedoria e de instruo, o que ele faz ?

    Ele e os seus discpulos, no s em termos de vibrao, mas tambm em termos de ao, constantemente inspiram os seres

    humanos para o despertar da sabedoria.

    Essa sabedoria pode ser oriunda de um estmulo das informaes escolares, do conhecimento cientfico, do conhecimento

    acadmico, bem como de um estmulo da sabedoria perene, ou seja, da sabedoria ligada a cada ser humano, porque o que

    importa em nossas vidas, alm das informaes que ns obtemos, que ns recebemos como cultura, so as experincias e a

    bagagem que temos, adquiridas na atual vida e as que trazemos potencialmente, e toda essa relao com o meio em que

  • vivemos.

    O que importa tambm que desenvolvamos essa prpria sabedoria, nos desenvolvamos tambm os nossos prprios

    parmetros, os nossos prprios referenciais.

    Eu me lembro do que o Gurdjieff fala [alis, um livro de que eu sempre falo nas palestras, de ttulo "A vida s real quando eu

    sou"], ou seja, quando o indivduo tem a percepo do "eu sou" que ele comea a viver a senda de uma forma consciente.

    Nem precisa falar de senda; ele percebe que conscientemente criou a vida de uma determinada forma e quando ele tem um

    "insight" da percepo do "eu" e esse "insight" oriundo da luz de buddhi, ele percebe como um ser ["eu sou"] se torna

    extremamente significativo para ele e ele desperta [como Cristo fala: "Desperta tu que dormes!"] - ele estava dormindo e percebe

    que a vida dele foi automtica, independentemente do que ele fez, e que a partir daquele momento ele despertou, adquiriu a

    conscincia de si, comea a desenvolver o que Jung fala do "self".

    Com esse despertar ele percebe o significado da prpria vida e comea a reg-la de forma consciente.

    O Mestre Kuthumi, juntamente com seus discpulos, trabalha nesse despertar, no sentido de gerar constantemente formas

    pensamento para a humanidade, ligadas ao prprio propsito do Logos Solar e Planetrio, e ligadas com o propsito da hierarquia

    planetria e desta forma, o progresso humano acontece.

    Querendo ou no, ele acaba acontecendo pela prpria onda irresistvel de fora do Logos Solar e Planetrio, porm o trabalho do

    Mestre Kuthumi para fazer as almas despertarem para suas prprias realidades, despertarem para o significado de suas

    prprias vidas.

    Uma coisa ns nos dirigirmos em busca da espiritualidade e ficarmos lendo [isso parte da busca e necessrio], outra coisa

    ns termos "insights" verdadeiros. Todo trabalho de aprendizado, uma hora tem que chegar ao "insight", que quando a pessoa

    comea a perceber o significado de sua prpria vida e comea a assumir a responsabilidade por tudo que aconteceu em sua vida

    e medida que ele tem essa conscincia mais profunda com ela prpria ela adquire uma capacidade de resgatar seus talentos

    essenciais, seus talentos de alma e coloc-los em ao.

    Portanto, um dos trabalhos do Mestre Kuthumi justamente esse, atravs de trabalhos do plano mental, constante, ajudado por

    seus discpulos e pelos devas, porque eles energizam as formas pensamento, estimulam o inconsciente coletivo da humanidade

    no sentido de despert-la para sua realidade interior. Esse o trabalho principal.

    Esse trabalho est ligado cura, porque quando ns despertamos o princpio da sabedoria que existe dentro de ns, ns

    clarificamos todo um processo que ocorre conosco, ns comeamos a perceber o sentido de nossas vidas e situao em ns

    nos encontramos, quer no sentido positivo quer no desafiador.

    Nada melhor quando realmente tomamos uma conscincia profunda de alguns ou importantes momentos de nossas vidas,

    iniciamos um processo de cura de nossa prpria alma, do nosso prprio ser.

    Conflitos emocionais, psicolgicos, existenciais, uma srie de questes que restringem e que por uma iluso Alice Bailey chama

    de astralismo -, uma auto-iluso que o indivduo desenvolveu e no se permite avanar, no se permite seguir uma trilha de

    progresso e de realizao pessoal.

    A partir do momento em que h esse "insight", a pessoa percebe que cria a prpria vida, que tem o poder, o que na teosofia

    chamado de Kriyashakti, s que de uma forma nfima, a princpio, o poder de acesso, um poder extremamente construtivo e

    progressista, para ele prprio e para os demais.

    Tem pessoas que na medida em que ganham conscincia suas mentes vibram numa freqncia superior ao normal, por

    conseqncia o corpo astral acompanha a mente, o corpo etrico tambm, o crebro fsico tambm, porque no so apenas o

    corpo etrico, astral e mental que emanam determinadas vibraes para os meios em que eles vivem, o nosso corpo fsico

  • emanam partculas subatmicas que contm informaes com relao a ns mesmos [ns emanamos leptons, por exemplo, que

    so partculas subatmicas]. O ser humano realmente holstico.

    Na medida em que o padro de pensamento da pessoa aumenta, por conseqncia, a vibrao tambm aumenta, o corpo astral

    se expande, o corpo etrico tambm. Isso significa que kundalini, que uma energia que na maioria dos seres humanos est ativa

    de forma nfima, porm extremamente poderosa, pois ela que empurra os seres humanos evoluo, quando h um aumento

    no padro vibratrio mental, energtico e bio-energtico, significa que essa energia comea a atuar de uma forma ainda mais

    intensa, levando a pessoa a ter "insights" sucessivos com relao a ela prpria.

    E uma relao segura disso acontecer cultivar os princpios superiores que se recebe atravs dos ensinamentos teosficos ou

    atravs de qualquer linha espiritualista fidedigna. E se percebe mais do que nunca o seguinte: por mais que ela tenha uma

    expanso de conscincia, mais ela tem a necessidade de se ter os ps no cho. Muitos espiritualistas "decolam", vo para a

    "estratosfera" e perdem o sentido de realidade, sendo que suas necessidades mais bsicas no so resolvidas.

    Quando falamos de cura, cura justamente disso, cura da alma. Quando expressamos o verdadeiro discernimento que a voz do

    silncio, a sabedoria da alma que fala para ns mesmos comearmos a ser curados. A cura que ns falamos representa a sada

    do sono e representa a pessoa assumir justamente o que ela , se amando, se valorizando, levantando a cabea e colocando em

    ao, aos poucos, esses princpios superiores e talentos que ela tem.

    Rupert Sheldrake, um grande cientista ingls, que desenvolveu a teoria dos campos morfogenticos [alis, ele escreveu um livro

    interessante com o ttulo "Quando os ces sabem quando os donos esto chegando"], mostra toda uma ligao atravs desses

    campos morfogenticos, que na realidade para ns o plano etrico que os Mestres j haviam falado disso.

    Ento, os Mestres, por reverberao, atuam da seguinte forma: O Mestre Kuthumi, com seus discpulos, fazem um trabalho

    importante de formas pensamento poderosas em todo plano mental da humanidade e os devas vo sempre energizando e

    reenergizando e cada deva que est ligado a um ritual, a um trabalho de meditao, trs essa fora emanada do grupo e a leva

    humanidade e eles que so os agentes da sincronicidade, fazem a configurao dos acontecimentos significativos em nossas

    vidas.

    Portanto, se ns meditarmos no Mestre Kuthumi, meditarmos nos devas de uma forma clara, construtiva e objetiva, ns estamos

    progredindo, no apenas no sentido abstrato, mas tambm no sentido pessoal.

    Por exemplo, numa missa, quando feita a eucaristia o padre associa atravs daquele ritual mgico e da egrgora da prpria

    missa estabelece um contato com a egrgora do Cristo, o Bodhisattva. O Bodhisattva faz um trabalho voltado para a humanidade

    e essa egrgora est presente h milnios, oriundas de outros Bodhisattvas. Na hora da missa, quando feita aquela

    consagrao, o ato da eucaristia, existe um deva que est presente naquela ritual, que leva toda aquela fora daquela egrgora,

    daquela forma pensamento que est na igreja, que est sendo gerada pelo ato de eucaristia, egrgora do Cristo. Portanto, o

    retorno que se d ali, em funo dessa ligao entre o sacerdote e a egrgora do Cristo, sempre atravs dos devas.

    Por que as pessoas tm dificuldade de entrar em contato com o Eu Superior? Por que as pessoas tm dificuldade de entrar em

    conta com os Mestres de Sabedoria e serem inspirados por eles?

    Porque existe uma questo bsica que as pessoas acabam passando por cima. Ns temos um Eu Superior; ns temos o nosso eu

    consciente, ns temos o eu inferior, que no tem nada de mal. Esse eu inferior o nosso corpo fsico, nosso corpo astral, nosso

    corpo etrico e a vida vegetativa de nosso ser. Esse eu inferior seria o nosso prprio subconsciente, que o nosso corpo astral.

    nesse eu inferior que est presente a nossa vida atvica, instintiva. Quando o "programamos" com coisas positivas ele vai agir

    reagir dessa forma positiva. Quando colocamos tambm as coisas desafiadoras ele vai tambm responder quilo.

    Para ns estabelecermos um contato com o Eu Superior ns temos que "convencer" o nosso eu inferior a gerar a energia vital

    para esse contato.

  • Em teosofia ns falamos que a unio entre o Eu Superior e o eu consciente chamada de Antahkarana. Para esse Antahkarana

    acontecer tem que ocorrer uma energia de baixo para cima, no de cima para baixo.

    Embora os Mestres estejam conscientes, eles s podem atuar mais diretamente nos seres, a partir do momento que esses seres

    emanam uma energia propcia para que possam dar retorno. Se no houver essa energia emanada para cima no h como vir a

    resposta. No adianta a pessoa s orar mecanicamente. Ela tem que sentir aquilo que ela fala, isso fundamental; ela tem que

    "convencer" o seu subconsciente, ou eu inferior, a fazer uma ligao com o seu Eu Superior e com os Mestres e s atravs desse

    "convencimento" que gerada a energia vital. Essa energia oriunda do nosso eu inferior. A nossa energia fsica vem do nosso

    corpo fsico. A energia vital vem do corpo etrico.

    Em cabala ns chamamos de Tipheret que justamente o eu superior. A parte instintiva, o Nefresh, justamente o corpo etrico,

    que gera a energia vital que ns chamamos de sub-consciente.

    Se ns no mobilizamos, se no acreditamos naquilo que estamos pedindo ou no que estamos nos propondo, nada vai acontecer.

    o que ocorre com a maioria dos seres humanos. Tem muito espiritualista que acredita e outros espiritualistas que sabem.

    diferente. Acreditar uma coisa, vivenciar com f outra coisa. claro que tendo a razo como guia obviamente.

    Portanto, para sermos inspirados por esses seres necessria uma firme determinao de estmulo, de despertar de nossa

    prpria sabedoria, do nosso prprio discernimento. E na medida em que ns nos aproximamos de ns mesmos, estimulando a

    necessidade, descobrirmos o significado de nossas prprias vidas, nos voltarmos para o Mestre Kuthumi, solicitarmos sabedoria e

    discernimento, voltarmos para um deva e fazermos a mesma solicitao, ns vamos ter a resposta incontestavelmente. Ningum

    fica sem resposta. S vai ficar se no fizer uma pergunta bem formulada. Pergunta bem formulada no significa necessariamente

    uma pergunta clara, significa uma pergunta com querer, e para querer difcil, pois a maioria das pessoas apenas quer

    teimosamente, mas o querer "para valer" aquele querer quando a pessoa chega e fala: "a partir desse momento eu vou mudar

    toda a minha vida". A sim, quando a pessoa toma uma deciso dessa, ela comea a ser ela prpria.

    O Mestre Kuthumi em seu trabalho com os devas, leva aos seres humanos o estmulo do discernimento e de que s atravs de

    ns pode haver a cura de nossas almas e de nossa prpria psique, por conseqncia.

    feito um intervalo para a formulao de perguntas.

    Pergunta - O que comanda as glndulas?

    Orador - Ns temos o chakra coronrio, que est ligado com a pituitria; ns temos o frontal com a pineal; ns temos o chakra

    larngeo com a tireide; ns temos o chakra cardaco que est relacionado com o timo; ns temos o chakra do plexo solar que

    est relacionado com o prprio plexo solar, que um feixe de nervos que se encontra entre a coluna vertebral e o nosso

    estmago; ns temos o chakra esplnico relacionado com o nosso bao, que uma chakra que est s no corpo etrico e no no

    corpo astral [os chakras do corpo astral esto justapostos na mesma posio da coluna vertebral, o chakra do corpo etrico existe

    apenas o esplnico, que tem um trabalho mais direcionado ao bao]; ns temos o chakra bsico, que est relacionado com a base

    de nossa coluna vertebral, est associado com kundalini.

    Quando ns fazemos esse trabalho, o corpo causal emana uma informao e criado um destino na vida das pessoas. Um

    Mestre de Sabedoria, embora ele pode ter um Ashrama [o Ashrama do Mestre Kuthumi, por exemplo sobre a Caxemira] e na

    realidade a conscincia de um Mahatma est no plano bdico, portanto, eles so causadores de novos karmas, porm eles

    podem, pela humanidade, serem agentes coletivos de transformao do prprio karma.

    Ns temos arcanjos extremamente importantes. Os arcanjos que so da hierarquia solar e esto ligados ao trabalho da hierarquia

    planetria so - Metatron; Ratziel;- Zaphkel;- Zadkiel;- Kamael;- Raphael;- Mikhael;- Hanniel;- Gabriel;- Hariel;- Sandalfon.

    O trabalho do Mestre Kuthumi est ligado com um arcanjo Raphael, que est relacionado cura. Se ns pegarmos a cabala, ns

    vamos ver que ele o regente de Tipheret, que justamente o processo de unificao da conscincia, ou seja, quando o indivduo

  • comea a se perceber como ser, quando entra para o processo de individuao, a verdadeira iniciao.

    As fraternidades iniciticas srias outorgam a iniciao, no sentido de estimular a pessoa a ficar receptiva, mas o trabalho todo

    da pessoa. A quando a pessoa comea a se aproximar desses princpios superiores lhe outorgada a verdadeira iniciao na

    Grande Fraternidade Universal.

    Ento, se de um lado est o Mahatma Kuthumi e de outro lado o arcanjo Raphael, de outro lado est a me Maria, a me do

    mundo. Portanto, o arcanjo Raphael est intimamente relacionado, juntamente com o Mestre Kuthumi, no sentido de estimular as

    pessoas ao crescimento interior.

    O arcanjo Raphael, por sua vez, est ligado com os devas da cura e da sabedoria. Esses seres geram uma fora extraordinria e

    essa fora de esclarecimento permeia e atua em todos os seres.

    Mas, vamos ver o arcanjo Mikael, ou Miguel, que est em num trabalho intimamente relacionado com o Mestre Morya, que o

    Choan que est voltado ao poder e ao. Porm, Miguel est ligado tambm defesa e proteo.

    Ento, ns temos o Mestre Morya, o arcanjo Miguel e os devas da ao e da cura, porque na medida em que se faz um trabalho

    de despertar do discernimento, que o trabalho bsico do Mestre Kuthumi, faz-se despertar a sabedoria. Na medida em que a

    pessoa ganha a percepo da sabedoria ela ganha o significado da vida. E quando ns comeamos a perceber o significado de

    nossas prprias vidas, ns somos armados de uma tal vontade de convico que nada a partir daquele momento pode nos deter.

    Assim sendo, estimulado um outro trabalho do arcanjo Miguel, que para ser abordado em uma outra palestra, que o trabalho

    de proteo.

    Em cabala, Mikael est relacionado com uma sephira chamada de Hod, a sephira da nossa mente. Ou seja, na medida em que

    ns somos inspirados pelo trabalho do Mestre Kuthumi, ns nos desenvolvemos o discernimento, a sabedoria, que na teosofia ns

    chamamos de "luz de buddhi", a nossa mente comea a ficar harmonizada, ficamos mais positivos e temos a ajuda, se pedirmos,

    dos devas da cura e dos devas da sabedoria.

    O trabalho do Mestre Kuthumi, juntamente com o Arcanjo Rafael, um trabalho de esclarecimento e, por conseqncia, atravs

    do trabalho dos dois, uma legio de devas trabalha para levar essa fora para a humanidade unida aos elementais, at atingir os

    elementais de nosso prprio ser, porque ns temos tambm os quatro elementos dentro de cada um de ns. E assim, num

    patamar abaixo, eles fazem parte de uma engrenagem do prprio trabalho do Bodhisattva, o Cristo.

    Portanto, eu devo muito ao Mestre Kuthumi o que eu sei, porque foi graas Sociedade Teosfica que eu adquiri uma dose para

    mim significativa de conhecimento. Ento, eu tenho que agradecer e respeitar esse Mahatma por todo o trabalho que ele faz para

    a humanidade e me beneficiou; no s ele como tambm o Mestre Morya que so os dois patronos da Sociedade Teosfica.

    Portanto, eu queria encerrar agora e abrir para colocaes e questionamentos.

    Pergunta - Voc poderia falar alguma coisa sobre Melquisedeque?

    Orador - Melquisedeque, no antigo testamento, o Rei de Salem [da paz]. Ele outorga a Abrao a Ordem de Melquisedeque.

    Teosoficamente, ns associamos Melquisedeque com o Rei do Mundo, ou Sanat Kumara, que o regente da Hierarquia

    Planetria. A Hierarquia Planetria foi fundada h 18 milhes de anos, na terceira sub-raa da terceira raa-raiz, ou seja, a raa

    lemuriana e ela foi organizada no mar interno a sia Central, que seria o Mar de Gobi, na Ilha Branca, que hoje o deserto de

    Gobi, na Monglia. Foi Sanat Kumara quem organizou toda a Hierarquia Planetria, sendo o Chefe da Hierarquia, o Rei do

    Mundo, ou Melquisedeque. Cada ponto do planeta Ele chamado de um nome diferente.

    Finalizando a palestra:

    O que eu queria dizer o seguinte. Quando ns falamos que o homem aquilo que ele pensa em seu corao, significa que o

  • que vem de nosso corao o que real. Isso uma verdade. A gente pode pensar em muitas coisas, mas as nossas intenes

    mais sagradas esto em nosso corao.

    Ns temos que desprezar a razo? De forma alguma. No d para concebermos uma evoluo com o corao de um lado e a

    razo do outro. Os dois tm que estar de mos dadas.

    a mesma coisa que falarmos, que um paradoxo, f tem que ter a razo? No concebemos f sem razo. um pouco

    paradoxal, mas d para meditarmos a respeito.

    Portanto, a razo nos mostra, por exemplo, todo o resultado de uma experincia que ns recebemos e da nossa prpria

    experincia. O corao o que nos d o sentido para adquirirmos outras tantas experincias de crescermos.

    Qualquer trabalho de visualizao, qualquer ato de nossa vida que seja vital, se no tiver a fora do corao no vai para frente,

    no tem resultado algum.

    Atravs do corao ns conquistamos o poder real e no mera filosofia. Poder para servir, porque a partir do momento que ns

    geramos toda essa conexo, esse poder que existe dentro de ns, ns queremos compartilhar.

    Tudo que ns fizermos que queiramos que fique, pode parecer potico, fundamental que sem corao nada vai dar certo.

    Quando Cristo afirmou F, Esperana e Caridade, essas trs colunas, Sabedoria, Fora e Beleza e perguntaram para Ele qual das

    trs a maior, a caridade, e se formos definir o que caridade vamos incorrer em erro. algo to espontneo que mesmo que

    contraria toda a nossa razo vai nos fazermos felizes. Caridade est ligada com fraternidade, est ligada com corao e a

    caridade por ns mesmos essencial, porque significa ns nos amarmos, nos valorizarmos - isso no uma questo de ego

    psicolgico - questo de uma necessidade existencial, auto respeito mais do que nunca.

    Ao percebermos a imensido que existe dentro de ns, ns percebemos o significado da nossa vida e, por conseqncia, os

    nossos atos e as metas sero energizadas pelos ideais oriundos de nossos coraes.

    Ento, o ser humano o que ele pensa em seu corao!

    Ns pegamos uma pedra bruta para esculpirmos uma esttua com o mao e o cinzel. O mao representa a vontade e o cinzel

    representa a inteligncia. A pedra bruta a obra em que ns vamos trabalhar, ou seja, ele representa cada um de ns.

    Se o artfice pega o mao e comea a bater para valer a pedra ir se quebrar. Se ele bate muito fraco no ocorre nada.

    Se ns pegarmos o espiritualismo e sairmos radicalmente em cima da gente, ns vamos rachar essa pedra. Mas tambm se no

    tomarmos uma deciso e trabalharmos com maestria com ns mesmos e para com o prximo, iremos ter problemas.

    Espiritualidade, antes de tudo, uma arte real no sentido de ns construirmos, nos moldarmos, desbastarmos a nossa pedra

    bruta, para que um dia essa pedra se torne uma pedra polida, que a prpria manifestao do Eu Superior.

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