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O Movimento Fora Haole e a Xenofobia em Florianópolis Ciências Humanas – Sociologia.
Pedro Augusto Kuhnen*, Prof. Ms. Pedro António dos Santos. Endereço(*): [email protected] de Iniciação à Pesquisa Científica – PUIC Individual.Comunicação Social – Jornalismo. Campus Pedra Branca.
Introdução
O presente trabalho pretendia identificar as raízes do sentimento xenófobo em
Florianópolis, a partir do estudo do movimento Fora Haole. Expressão esta que,
no idioma havaiano, é usada como referência aos estrangeiros. A palavra Haole
foi usada para nomear, pejorativamente, os descendentes dos imigrantes
caucasianos residentes nas ilhas havaianas, e ainda hoje conserva seu teor
depreciativo. Em Florianópolis, podemos ver a expressão gravada em vários
muros e placas da cidade. Durante um ano de observação foram verificadas as
características do movimento Fora Haole, o histórico da xenofobia na cidade, a
fim de descobrir as particularidades e motivações do sentimento atual de
aversão aos imigrantes.
Palavras-chave: Xenofobia, fora haole, migração, identidade, sociologia.
Objetivo Geral
Identificar as motivações do sentimento Xenófobo em Florianópolis, tomando
por base o movimento Fora Haole.
Objetivos específicos
Conhecer as formas de manifestação do movimento Fora Haole, a filosofia e o
que pregam as pessoas que o praticam. Seus ideais e objetivos.
Identificar as camadas ou grupos sociais em que o sentimento de aversão ao
forasteiro é mais presente.
Conhecer o perfil socioeconômico e cultural dos que compartilham dessas
idéias.
Analisar os argumentos defendidos – seus pontos em comum e divergentes –
pelos grupos sociais conflitantes.
Identificar as repercussões das ações do movimento Fora Haole nas pessoas
que não participam dele.
Metodologia
A princípio foi realizada a pesquisa bibliográfica. Autores como Alba Zaluar, Eva
Maria Lakatos, Marina de Andrade Marconi e Arbex Jr. nortearam
conceitualmente o trabalho. Foram extraídas reportagens de jornais locais e
internacionais, como o Diário Catarinense e o New York Times,
respectivamente, sobre o tema, como forma de exemplificar e perceber a sua
repercussão Em seguida, foi feita a pesquisa de campo quantitativa com 71
entrevistados, 28 nativos e 43 não nativos, sobre a xenofobia na capital
catarinense e, especialmente, sobre o movimento Fora Haole.
Apoio Financeiro: Unisul
Resultados
Conclusões
Não encontramos no Fora Haole, em Florianópolis, as características de um
movimento social organizado. Entretanto, há nele muitos elementos das
Galêres, citadas por Alba Zaluar (1997): o movimento não possui líder,
patrimônio comum entre os membros e rituais de iniciação. Existe uma ligação
com o bairro e a região onde está, mas seus adeptos não têm a intenção de
enriquecer através da união, como acontece nas gangues. O movimento Fora
Haole é melhor caracterizado como um sentimento. Oculto a maior parte do
tempo, seus adeptos podem manifestá-lo ao estímulo mais banal. Um olhar
enviesado, o contato com uma manifestação cultural de outra região. Como no
caso de Gotardo dos Santos, de 56 anos, espancado na praia dos Ingleses, em
Florianópolis, por estar pilchado – vestir roupas tradicionais gaúchas.
Bibliografia*LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 1977. 274 p.
ZALUAR, Alba. Integração Perversa. Gangues, galeras e quadrilhas: globalização, juventude e violência. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
*Para a consulta das demais referências bibliográficas consultar PUIC 2097.
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Conhecem oFora Haole
Considera omovimento
positivo
Estãotrabalhando ouestudando na
cidade
Sofreu ouconhece
alguém quesofreu
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Forasteiros0
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Formas de violência
Violência Moral
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Outros
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Motivos das violências relatadas
Acusados de ocuparvagas de trabalho eestudoDificuldades paracompreender asdiferenças culturais
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Conhece o ForaHaole
Considera omovimento
positivo
Considerapositiva a
chegada deforasteiros à
cidade
Presencioualgum tipo dehostilização a
forasteiros
Nativos
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Benefícios citados a partir da chegada dosforasteiros
Econômicos
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Formas de violência
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