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ana-teresa
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DIZER “NÃO” TAMBÉM É AMOR…
No outro dia, estava eu no supermercado, quando vi uma “cena”… “ Uma criança com cerca de 8 anos, estava sentada no chão, e gritava com a mãe
porque queria comprar um carro….esta chorava, gritava, batia com força com as mãos no chão….apertava com força o brinquedo, como se este fosse a “coisa”mais importante do mundo…
A mãe, calmamente olhou para ele e disse: - Não! Tu não precisas desse carro, tens outros iguais em casa.
A criança agarrou no carro e tentou passar com ele pela caixa… A mãe voltou a dizer: - Não! Ele olhou para ela e disse: - Tu és má! Ela respondeu-lhe: Não faz mal! Mas eu, gosto de ti! Quando paguei as minhas compras, dirigi-me á senhora, e disse-lhe: -Parabéns! Foi uma grande Mãe! Ela olhou-me sorrindo e disse: - Sabe, eu tenho de lhe fazer ver que existem
limites, que ninguém pode ter tudo…pois só assim, é que ele quando for mais velho pode dar valor ás coisas mais importantes…”
Esta, senhora estava a trabalhar para “construir “ um filho equilibrado. È obvio que, para dar a uma criança uma educação saudável, precisamos de
estabelecer objectivos orientadores conjuntamente com os cuidados afectivos. A afectividade, ajuda a criança a querer imitar e agradar às figuras com
autoridade que amam e admiram (eles não o fazem, por medo mas sim por respeito). As regras e os limites ajudam-nas a apreenderem a controlar-se quando as tentações são fortes.
As regras, coerentes são como as marcas de uma estrada, que nos permitem saber: onde é o lado direito e esquerdo da via…; onde é o passeio…; onde podemos virar… e na estrada da vida, cada vez mais essas regras são necessárias.
Quando as crianças tomam como seus um conjunto de valores, sabem pelo que lutar e conseguem seguir esse caminho ao mesmo tempo que ajuízam o seu próprio progresso e a sua auto-estima e auto-consciência reforçam-se mutuamente.
A moral desenvolve-se a partir da tentativa de quer ser como o adulto admirado. Quando a disciplina é definida como uma aprendizagem e é reforçada com muita
empatia e carinho, as crianças sentem-se bem por seguir as regras. È necessário dizer alguns “porquês”, mas não muitos, porque senão eles perdem
o significado. O “não “ é “não”. Por exemplo, se eu ensino a “não mentir”, eu como adulto também não o posso
fazer, senão perco toda a autoridade e respeito. Desta forma coerente e organizada, eu como “mãe” estou a tentar “criar” um
adulto calmo e organizado, com capacidade de resolver problemas e de criar planos de acção para que as mais variadas tarefas possam ser cumpridas.
È fácil? Não! Mas, Amar também não o é… Por isso, dizer “Não” também é Amor…
Enfermeira Sara Marques Centro de Desenvolvimento Óscar Brito