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O Perfil do Ortodontista do Estado de Minas Gerais *Valéria Nunes Matos;** Luiz FernandoEto
Resumo de Monografia
*Valéria Nunes Matos: Especialista em Ortodontia pela UNIVALE **Luiz Fernando Eto: Especialista e Mestre em Ortodontia pela Puc-Minas,
prof. dos cursos de especialização em Ortodontia da FOU Itaúna e Univale,
orientador do trabalho Resumo:
O Perfil do Profissional de Ortodontia no Estado de Minas Gerais após a pesquisa realizada
em maio de 2005 com 33,3% dos ortodontistas mineiros ficou assim caracterizado: Minas
Gerais comporta 9,8% dos ortodontistas brasileiros, a média de idade do ortodontista
mineiro é 39,69 anos, a maioria deles são casados e do sexo masculino, quase todos são
autônomos, a média de pacientes em tratamento ativo é de mais de 200 pacientes, os
ortodontistas estão com uma carga horária de trabalho de 30 a 40 horas por semana, a
demanda de pacientes do consultório é na maioria de adolescentes com 33,70% e a de
jovens e adultos com 46,38%, os pacientes de origem particular são 80,49%, e são
indicados ao ortodontista pelos próprios pacientes (46,79%), a freqüência de
documentação solicitada pelos profissionais é de 98,80% ao início do tratamento e 80,0%
ao final do tratamento, a técnica ortodôntica mais usada é Edgewise “Straigth Wire” e o slot
mais usado é o 0.022” , a ortopedia é utilizada por 54,80% dos ortodontistas, mais de 80%
dos especialistas fazem um prontuário do paciente, planejamento e contrato de prestação de
serviços, 75,5% usam computador em seus consultórios, quase todos os profissionais usam
os utensílios de biossegurança, 80,10% participam de entidade de classe regional e 45% dos
profissionais responderam que têm perspectivas futuras positivas em relação à
especialidade, 22,6% perspectivas neutras e 28,6% perspectivas negativas em relação à
ortodontia mineira.
Introdução:
A construção do perfil do ortodontista de Minas Gerais baseia-se numa pesquisa de
respostas fornecidas pelo profissional ortodontista através de um questionário, relativo à
situação individual e profissional da especialidade, tipo e demanda de pacientes,
documentações diagnósticas, mecânicas utilizadas (tratamento), contratos e planejamentos,
uso de utensílios de biossegurança e, principalmente, a perspectiva de futuro da profissão.
Revisão de literatura: Os EUA foram os que mais realizaram pesquisas de estatísticas, para saberem o
perfil da Ortodontia em vários aspectos, principalmente nos econômicos.
GOTTLIEB (1980-a) afirmava que a ortodontia era destinada a se tornar um serviço
para adultos também, como já o era para crianças.
GOTTLIEB (1980-b) relatou que o número de ortodontistas norte-americanos em
1980 era de 7500 especialistas e que este número aumentava, em média 230 profissionais
por ano.
GOTTLIEB (1981-a) relatou que apenas 2% dos consultórios eram informatizados,
e que outros 30% usavam uma agência de serviço de computador.
GOTTLIEB e colaboradores (1985-a) afirmaram em seu artigo que a indicação de
pacientes aos consultórios eram 50% de colegas dentistas e 34,6% dos próprios pacientes.
GOTTLIEB e colaboradores (1991) apresentaram um estudo feito em 1990 e o
resultado foi o seguinte: média de idade dos ortodontistas foi de 45 anos, sendo 95,5% do
sexo masculino e feminino apenas 4,5%. A média de pacientes adultos continuava subindo,
25,0%. Pedia-se como documentação para auxílio diagnóstico raio x periapical no pré-
tratamento 22,5% e pós-tratamento 10,5%, bitewings no pré-tratamento 13,6% e pós-
tratamento 5,8%. Já o raio x panorâmico era pedido no pré-tratamento 91,7% dos casos e
77,7% no pós-tratamento, enquanto que a cefalometria lateral era pedida no pré-tratamento
97,8% dos casos e 69,3% no pós-tratamento. Quanto aos traçados cefalométricos, a
cefalometria de Steiner teve o maior índice com 43,3%, seguida de Ricketts com 27,4% e
Tweed com 27,1%. Para realizar os tratamentos ortodônticos os profissionais tinham as
seguintes preferências no uso de determinados aparelhos: aparelhos fixos pré-ajustados
64,7%, edgewise Standard 20,0%, bioprogressiva 7,9% e entre outras a lingual ficou com
1,3%. Quanto aos aparelhos funcionais e AEB: plano de mordida 23,1%, bionator 23,7%,
Kloehn 36,5%, cervical 41,5% e High pull 26,6%. E o índice de profissionais que
realizavam exodontia na clínica ortodôntica era de 87,7%.
RUDOLPH e colaboradores (1997), relataram que ocorreu um aumento no
número de casos de adultos não cirúrgicos que são tratados ortodonticamente e 90% dos
cursos usam aparelhos fixos Straight-Wire com slot 0.022 de polegada comparado com os
38% em 1983. Os aparelhos funcionais atualmente são usados em 97% dos cursos
comparados com os 86% em 1983, sendo Frankel e Bionator, os mais usados.
QUEIROZ (1994) precursor na pesquisa que objetiva saber o perfil do
ortodontista brasileiro fez um levantamento em âmbito nacional da atividade clínica
ortodôntica no Brasil entre junho e agosto de 1992. Dos 1597 especialistas convidados a
participar da pesquisa, 250 responderam, correspondendo a um percentual de 15,65%. Na
mediana, ortodontista brasileiro tinha 42 anos de idade, que atuava a 16 anos na profissão,
com uma média de pacientes ativos de 178,23, sendo 30 adultos. O profissional trabalhava
4 dias por semana, atendia 16 pacientes\dia, 35,0% trabalhava 40 horas por semana e, em
sua maioria, possuía algum tipo de sociedade com outro colega (95,12%). O tipo de
documentação inicial solicitada aos pacientes era: modelos iniciais 99,19%, fotografias
intra-orais 87,71%, telerradiografia de perfil 97,58%, raio-x panorâmico 98,31% e raios x
periapicais 75,78%. As técnicas ortodônticas fixas mais usadas eram: edgewise (52,36%)
bioprogressiva (35,62%) e arco contínuo (32,62%). O tipo de slot mais usado era o 0.022
com 66,5%. Quanto ao uso da ortopedia funcional dos maxilares 70,78% faziam uso dos
aparelhos removíveis e o mais usado era o Bionator com 75,0% da preferência. A fonte de
indicação dos pacientes era quase que meio a meio pelos colegas dentistas (44,34%) e pelos
próprios pacientes (42,0%). A freqüência de profissionais que recebiam em seus
consultórios pacientes ortocirúrgicos era de 63,37% e com disfunção de ATM 74,49%,.
Conforme os dados da pesquisa, 90,76% dos pacientes possuíam alguma informação por
escrito relativa ao tratamento, sendo 86,73% esclarecidos quanto ao diagnóstico e
planejamento. Quanto à informatização do consultório, 40,0% dos ortodontistas brasileiros
já possuíam esses serviços em seus consultórios.
Objetivos da pesquisa:
• Traçar o perfil do ortodontista do Estado de Minas Gerais, avaliando atitudes e
comportamentos, através de dados fornecidos.
• Correlacionar as condutas dos profissionais para a promoção de uma ortodontia
em excelência, buscando soluções comuns aos anseios dos profissionais.
• Identificar o grau de satisfação dos ortodontistas em relação à sua profissão.
• Tornar público o perfil dos ortodontistas mineiros.
Amostra:
A unidade de observação constituiu-se de ortodontistas registrados no Conselho Regional
de Odontologia de Minas Gerais até 30 de março de 2005. No total de 722 inscritos, todos
são ativos e recebem regularmente as correspondências da entidade. Foram respondidos
241(duzentos e quarenta e um) questionários, correspondendo a um percentual de 33,3% da
amostra. Para coleta dos dados foi utilizado um questionário aplicado aos ortodontistas do
Estado de Minas Gerais, elaborado pela pesquisadora juntamente com o seu orientador,
com questões objetivas, a fim de atender aos objetivos propostos. O questionário impresso
continha 34 questões, sendo 33 objetivas sobre a
conduta profissional diária do ortodontista e uma (1) aberta para saber o que o ortodontista
mineiro sugere para melhorar sua entidade de classe. Foi enviado O Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido que continha um local picotado para assinatura do
profissional participante da pesquisa. Enviou-se um envelope devidamente selado e
endereçado para devolução do questionário e do Termo de Consentimento livre e
Esclarecido assinado. Todos foram impressos com o timbre da universidade
(UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE), com o objetivo de incentivar a
leitura do conteúdo da carta enviada e ainda estimular a devolução.
Resultados:
Até março de 2005 estavam registrados no CRO-MG 722 ortodontistas, perfazendo 9,81%
do Brasil, que nesta mesma data existiam 6428 especialistas em Ortodontia e Ortopedia
Facial. Queiroz Júnior (1994) relatou que em 1992 existiam 1597 (mil quinhentos e noventa
e sete) ortodontistas registrados no CFO – Conselho Federal de Odontologia. Pissete
(1997) publicou em seu trabalho que em 1995, 2008 (dois mil e oito) especialistas em
ortodontia eram devidamente registrados no CFO.
Quanto ao Perfil Demográfico: todos os profissionais ortodontistas participantes da
pesquisa são residentes e trabalham no Estado de Minas Gerais, sendo 11,63% na grande
BH (incluindo as cidades distantes de Belo Horizonte até 50 Km – Contagem 21km, Nova
Lima 22km, Betim 30km e São Joaquim de Bicas, 39km) e os outros 88,37% em outras
cidades do interior do Estado, perfazendo um total de 74 cidades do Estado que
participaram espontaneamente da pesquisa.
Quanto ao gênero: a partir da análise dos dados apresentados na Figura 1, pode-se
perceber que da grande maioria dos ortodontistas que participou da pesquisa, 71,8% são do
gênero masculino e 28,2 do gênero feminino. Esse dado mostra que as mulheres continuam
em ascensão, quando se refere à participação ativa no mercado de trabalho, comprovando
que as mulheres mineiras já atingiram o nível de 1\3 dos homens nesta especialidade.
Quando se fala em idade média dos profissionais especialistas em ortodontia os resultados
revelam que em Minas Gerais, a idade média dos ortodontistas é de 39 anos, sendo a idade
mínima de 27 anos e a máxima de 82 anos, conforme a tabela abaixo. Quanto ao estado
civil, o número de profissionais casados perfaz um total de 75,9% da amostra, como atesta
a Figura 2.
FIGURA 1 – Distribuição da amostra em relação ao gênero.
Sexo
28,2
71,8
Masculino
Feminino
FIGURA 2 – Distribuição da amostra em relação ao estado civil.
Estado Civil
1,2
75,9
9,5
13,3
SolteiroOutrosCasadoNão responderam
Quanto à titulação: dentre os resultados pôde-se verificar que dentre a maioria dos
entrevistados, 91% tem titulação completa de especialista, porém a todos é concedida a
especialidade, mesmo que não a tenha feito, 24% de Mestre e 4,6% de Doutor, (Figura 3).
O Estado onde mais se obteve o título de pós-graduação é Minas Gerais com 54,8%,
seguido de São Paulo com 29% (Figura 4).
FIGURA 3 - Distribuição da amostra em relação à titulação completa.
Titulação Completa
0102030405060708090
100
TitulaçãoCompleta -Especialista
TitulaçãoCompleta -
Mestre
TitulaçãoCompleta -
Doutor
FIGURA 4 - Distribuição da amostra em relação ao Estado em que se obteve a titulação.
Quanto à profissão: a situação de exercício da especialidade que prevalece é o autônomo,
(96,7%), quem divide com colega, 5,8% e quem só atua na especialidade 83%. (Figuras 5 e
6.). Quanto ao tempo de exercício profissional prevaleceu mais de 10 anos com 40%,
seguida por + de 05 – de 10 com um percentual de 36,9%( Figura 7). Constatou-se que o
ortodontista trabalha em média de 30 a 40 horas por semana, perfazendo 56,4% dos
entrevistados. Figura 8.
Estado da obtenção do título
0102030405060708090
100
MGSPRJOutros EstadosOutros Países
FIGURA 5 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão.
FIGURA 6 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão,
exclusivo em ortodontia.
Atua só como especialista
16,2
83,8
Sim
Não
Situação de exercício da especialização
0102030405060708090
100
Autônomo Contratado-funcionário
Divide comcolega
Outros
FIGURA 7 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão,
quanto ao tempo em que exerce a Ortodontia.
FIGURA 8- Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão,
quanto à média de horas trabalhadas pelo ortodontista por semana.
Total de horas trabalhadas por semana com ortodontia
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
10-20 h
+ 20-30h
+ 30-40 h
+ de 40
Não responderam
Tempo de exercício da especialidade
0102030405060708090
100
- de 02 anos+ 02-05 anos+ 05-10 anos+ de 10 anosNão Responderam
Quanto aos clientes: a média de pacientes em tratamento foi de mais de 200,
representando um total de 36,1% e o percentual nas demais alternativas foi semelhante,
média de 19% como mostra a Figura 9. Em relação à média de pacientes atendidos por dia,
a alternativa de 11 a 20 paciente\dia teve um percentual de 37,8%, seguida da média de 21
a 30 paciente\dia que foi de 24,5%, sendo esta, bem próxima da alternativa de apenas 10
pacientes\dia, 21,6%, conforme Figura 10.
FIGURA 9 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão,
quanto à média de pacientes em tratamento.
Média de pacientes em tratamento
0102030405060708090
100
0-50+ 50-100+ 100-150 + 150-200 + de 200
FIGURA 10 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão,
quanto à média de pacientes atendidos por dia.
Seguindo a demanda de pacientes atendidos, verifica-se o seguinte: a de adolescentes de 10
a 17 anos de idade é a que mais ocorre nos consultórios, conforme as respostas do
questionário com 33,75%, e em seguida vem a de jovens de 17 a 30 anos de idade com
27,45%. Embora a melhor idade para se tratar uma maloclusão seja na fase de crescimento
que vai aproximadamente dos 6 aos 14 anos, observa-se que a demanda de crianças nos
consultórios é uma das menores, 19,82%, quase igualando com a de pacientes adultos,
18,98%. (Figura 11). A porcentagem de demanda dos pacientes atendidos, em sua grande
maioria, é de origem particular, atingindo 80,49%; enquanto que os pacientes de convênio
atingem o percentual de 19,51%. (Figura 12). A fonte de indicação dos pacientes no
consultório é, na grande maioria, indicação dos próprios pacientes com um percentual de
46,79%, seguido de indicação de colegas CDs Clínicos 24,26% (Figura 13).
Média de pacientes que são atendidos por dia
0102030405060708090
100
1011-2021-30
+ de 30
FIGURA 11 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão
quanto ao tipo de demanda do consultório.
Percentual de demanda
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Criança ( até 10 anos)
Adolescente ( 10 - 17anos)
Jovem ( 17 - 30 anos)
Adulto ( + de 30 anos)
FIGURA 12 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão
quanto à origem dos pacientes do consultório.
Percentual de clientes
80,49
19,51
Com ConvênioParticular
FIGURA 13 - Distribuição da amostra em relação à situação de exercício da profissão
quanto à fonte de indicação de pacientes ao consultório.
Percentual da fonte de indicação dos clientes ortodônticos
01020304050
60708090
100
CDs clínicos
Especialista
Clientes
Espontânea
A demanda de pacientes com problemas de ATM por ano no consultório é: mais de 15
pacientes\ano 29,5% da amostra, de 6-10 pacientes\ano, 26,6%, de até 5 pacientes\ano
22,4% e de 11-15 pacientes\ano 17,8%( Figura 14). Quanto aos pacientes com necessidade
ortocirúrgica a demanda por ano no consultório é: de 3-5 pacientes\ano 35,7% da amostra,
de 1-2 pacientes\ano 33,6% e mais de 10 pacientes\ano 9,1% (Figura 15 ).
FIGURA 14 - Distribuição da amostra em relação à demanda de pacientes com problemas
de ATM por ano no consultório.
Demanda de clientes com problemas de ATM por ano
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
até 5
6-10
11-15
+ de 15
FIGURA 15 - Distribuição da amostra em relação à demanda de pacientes com necessidade
ortocirúrgica por ano no consultório.
Quanto à documentação radiográfica: de acordo com os resultados da pesquisa, a
freqüência de documentação radiográfica solicitada ao paciente no início de tratamento foi
de 98,8%, da documentação intermediária 70,5% e ao final do tratamento 80,01% (figura
16). Quanto ao tipo de documentação, sobrepujou a telerradiografia com 97,1%, seguida da
radiografia panorâmica com 96,3%, dos modelos com 94,6%, das fotografias com 93,4%,
das radiografias periapicais de incisivos com 70,01%, das periapicais de todos os dentes
com 42,7% e finalmente dos slides com 22,8% (Figura 17). Em se tratando das análises
cefalométricas, a mais utilizada pelos ortodontistas mineiros é a USP com 48,1%, a seguir
vem Steiner-Tweed com 32,8%, Ricketts com 27,8%, Profis com 19,5% e finalmente
Sassouni com 14,9% (Figura 18).
Demanda de clientes orto-cirúrgicos por ano no consultório
0 102030405060708090
100
< 1
1-2
3-5 6-10 + de 10
FIGURA 16 - Distribuição da amostra em relação a condutas adotadas pelos ortodontistas
quanto à freqüência de solicitação de documentação radiográfica.
Freqüência de documentação radiográfica solicitada ao paciente
0102030405060708090
100
Iníciotratamento
Intermediários Final dotratamento
Nenhuma
Sim
Não
FIGURA 17 - Distribuição da amostra em relação a condutas adotadas pelos ortodontistas
quanto ao tipo de documentação radiográfica solicitada.
Tipos de documentações que são solicitados aos pacientes
0102030405060708090
100
Tel
erra
diog
rafia
Pan
orâm
ica
Per
iapi
cais
de
inci
sivo
s
Fot
os
Slid
es
Per
iapi
cais
de
todo
s os
dent
es
Mod
elos
Sim
Não
FIGURA 18 - Distribuição da amostra em relação a condutas adotadas pelos ortodontistas
quanto ao tipo de análise radiográfica utilizada para diagnóstico.
Quanto às técnicas ortodônticas e aparelhos usados: ficou definido na pesquisa que a
Técnica ortodôntica Edgewise “Straigth Wire” é a mais realizada pelos especialistas em
Minas Gerais com 73,4%, a Ortopedia também é muito praticada com 54,8%, tem-se um
significativo grupo que realiza a técnica Edgewise Standard com 35,3% e finalmente 13,7%
praticam Ricketts-bioprogressiva (Figura 19). O “slot” dos brackets mais usado em Minas é
o 0.022”com 80,9% e o 0.018” com 16,2% e os 2,9 %não responderam (Figura 20). Já que
o número de ortodontistas mineiros que pratica ortopedia é de 54,8%, os mesmos têm
preferência por alguns tipos de aparelhos: 65,6% usa Bionator, 27,0% o Planas, 22,8% o
Bimler e 10,0% o Frankel (Figura 21). Quanto à extração ortodôntica na clínica ortodôntica
diária, os profissionais declararam, em sua maioria (63,9% da amostra), realizar sempre que
necessário, enquanto que 32,8% evitam, tentam outros recursos primeiro. (Figura 22).
Tipos de análises cefalométricas usadas para diagnósticos
0102030405060708090
100
Rickets USP Sassouni Steiner- Tweed
Profis
FIGURA 19 - Distribuição da amostra em relação à Técnica Ortodôntica executada pelos
ortodontistas mineiros.
FIGURA 20 - Distribuição da amostra em relação ao tipo de slot usado pelos ortodontistas
mineiros.
Tipo de slot usado
0102030405060708090
100
0.018"0.022"
Técnica ortodôntica que executa
0102030405060708090
100
Edgewise
Ortopedia
Edgewise “Straigth Wire”
" Rickets Bioprogressiva
FIGURA 21 - Distribuição da amostra em relação ao tipo de aparelho ortopédico mais
usado pelos ortodontistas mineiros.
FIGURA 22 - Distribuição da amostra em relação à mecânica de extrações por motivos
ortodônticos.
Quanto a extrações ortodônticas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Realiza sempre quenecessário
Evita, tenta outrosrecursos primeiro
Se pratica ortopedia, quais os aparelhos que mais usa?
0102030405060708090
100
Bionator Bimler Frankel Planas
Quanto à legalidade dos serviços prestados: com o aparecimento dos processos judiciais
nos consultórios de ortodontistas (de acordo com Koubik em 1995), tornou-se importante
observar alguns procedimentos preventivos nas condutas quanto à legalização do serviço
prestado pelo profissional - contratado pelo paciente-contratante. Quando foi perguntado se
é preenchido um prontuário do paciente relatando sua história clínica 80,1% dos
entrevistados responderam que sim. Quanto ao planejamento do caso clínico ortodôntico
por escrito a maioria (88%) relatou que o fazem e se o paciente assina algum documento
antes de iniciar o tratamento 83,4% responderam positivo. Quanto a realização do contrato
de prestação de serviços antes do início do tratamento ortodôntico, 73% afirmaram que sim.
Para finalizar o assunto, ao questionar o profissional se o contrato foi avaliado por um
advogado, 40% afirmaram que sim (Veja Figuras 23, 24, 25, 26 e 27 respectivamente).
FIGURA 23 - Distribuição da amostra em relação história clínica do paciente.
É preenchido um prontuário do paciente contendo as informações da história clínica?
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Sim
Não
Às vezes
FIGURA 24 - Distribuição da amostra em relação ao planejamento do paciente.
FIGURA 25 - Distribuição da amostra em relação à assinatura do paciente a algum
documento.
O paciente assina algum documento antes de iniciar o tratamento ortodôntico?
0102030405060708090
100
Sim
Não
Às vezes
É feito um planejamento do caso clínico (ortodôntico) por escrito?
01020304050
60
708090
100
Sim
Não
Às vezes
FIGURA 26 - Distribuição da amostra em relação à assinatura do paciente a um contrato de prestação de serviços.
FIGURA 27 - Distribuição da amostra com relação ao contrato de prestação de serviços, se
é avaliado por um advogado.
Se foi feito contrato de prestação: Ele já foi avaliado por um advogado quanto a sua legitimidade?
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Sim
Não
É feito um contrato de prestação de serviço antes de iniciar o tratamento ortodôntico?
0102030405060708090
100
Sim
Não
Quanto à utilização de computadores e utensílios de biossegurança no consultório: ao
questionar se há utilização de computador no consultório, 75% dos participantes
responderam sim. (figura 28) Em se tratando do uso de utensílios de biossegurança 96,25
usam luvas, 95,8 usam máscara, o uso de óculos foi de 77,6%, o gorro 44%, e jaleco 80%.
(Gráfico e figura 29) A porcentagem dos profissionais que utilizam todos os tipos de
recursos da biossegurança é de 37,76% e, felizmente, todos os profissionais trabalham com
algum tipo de utensílio de biossegurança. (figura 30)
FIGURA 28 - Distribuição da amostra em relação à utilização de computador no
consultório.
Utiliza computador no consultório para controle dos clientes?
0 102030405060708090
100
Sim
Não
FIGURA 29 - Distribuição da amostra em relação à utilização de utensílios de
biossegurança.
FIGURA 30 - Distribuição da amostra em relação à utilização de todos ou nenhum tipo de
utensílios de biossegurança.
Utensílio de biossegurança usado no consultório
0102030405060708090
100
Luvas Máscara Óculos Gorro Avental(jaleco)
Profissionais que usam todos os tipos de utensílios de biossegurança X não usam nenhum utensílio de
biossegurança
0102030405060708090
100
Usa todos os tipos deutensílios debiossegurança
Não usa nenhum tipo deutensílio de biossegurança
Quanto ao grau de atualização, entidades de classe e perspectivas para o futuro da
profissão: tratando-se de atualização, perguntou-se sobre a freqüência dos profissionais a
congressos e a alternativa 1(uma) vez ao ano teve um percentual de 38,6%, mais de 2(duas)
vezes ao ano veio a seguir com 35,3% e 2(duas) vezes ao ano ficou com um percentual de
22,4%. Foi interrogado também quanto ao grau de atualização do profissional, a alternativa
“atualizado” obteve maior índice com 55,2%, seguida do item “muito atualizado” com
41,5% e “desatualizado” 0,4%. (figura 31 e 32). Da amostra dos atualizados a maioria
(43,15%) freqüenta congressos em outros Estados (figura 33). Aos profissionais
questionou-se quais os tipos de congressos que eles freqüentam. Os que freqüentam em
outros Estados obteve o maior percentual, 79,3%, seguindo os regionais com 69,7%, e os
internacionais com 40,2%. (figura 34). Quando perguntado aos ortodontistas a qual
entidade de classe eles pertencem, a resposta foi que 80,1% participam de alguma entidade
regional, 34% participam de uma entidade nacional, 30,3% participam de entidades de
outros Estados e 15,7% participam de entidades internacionais. (figura 35). Ao verificar
qual a porcentagem dos especialistas que não fazem parte de nenhuma entidade de classe,
foi observado 7,1% e destes 35,30% responderam ter perspectivas neutras em relação ao
futuro da profissão, 29,41 negativas e 29,41% têm perspectivas positivas.
FIGURA 31 - Distribuição da amostra em relação à freqüência a congressos.
Freqüência a congressos
0102030405060708090
100
01 vez / ano02 vezes / ano + de 02 vezes / ano
FIGURA 32 - Distribuição da amostra em relação ao grau de atualização dos profissionais ortodontistas.
FIGURA 33 - Distribuição da amostra em relação ao grau de atualização dos profissionais ortodontistas e sua freqüência a congressos.
Grau de atualização
0102030405060708090
100
Muito atualizadoAtualizadoDesatualizado
Profissionais(%) que participam de congresso X Grau de atualização
0102030405060708090
100
Muitoatualizado
Atualizado Desatualizado
Tipos de congressos -Regionais
Tipos de congressos -Outros Estados
Tipos de congressos -Internacionais
FIGURA 34 - Distribuição da amostra em relação ao tipo de congressos que participam.
De acordo com as respostas dos entrevistados, 45% dos profissionais responderam que têm
perspectivas futuras positivas em relação à especialidade, 22,6% perspectivas neutras e
28,6% perspectivas negativas em relação à ortodontia mineira. (figura 35).
FIGURA 35 - Distribuição da amostra em relação a perspectivas para o futuro da especialidade.
Perspectivas para o futuro da especialidade
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Positivas
Neutras
Negativas
Tipos de congressos (atualização)
0102030405060708090
100
RegionalOutros Estados Internacionais
SimNão Não responderam
Ao se questionar os especialistas sobre o que eles sugerem para que sua entidade de classe
regional melhore, as sugestões mais solicitadas foram as mencionadas a seguir:
• Criar um selo de qualidade, como fizeram os cirurgiões plásticos;
• Realizar campanhas de valorização da especialidade e do profissional, bem como
conscientizar e esclarecer a população;
• Fiscalizar o exercício da profissão;
• Incentivar uma maior participação dos ortodontistas nas entidades de classe,
fortalecendo-as e transformando-as em voz ativa na sociedade;
• Acabar com alguns cursos de especialização, através de fiscalização pelo CFO e
MEC.
Essas foram as sugestões que apareceram em maior freqüência. Sendo assim, fica o apelo
aos componentes da diretoria da AMEO (Associação Mineira dos Especialistas em
Ortodontia) que procurem responder aos anseios da comunidade ortodontista.
Conclusão
Este estudo permitiu levantar alguns pontos conclusivos sobre o perfil do profissional de
Ortodontia do Estado de Minas Gerais, em relação à sua formação e a seu papel na
sociedade. A riqueza dos dados obtidos, a variedade de análises que eles permitem e as
diversas conclusões que deles se pode tirar, justificam e recomendam uma melhor
apreciação sobre o assunto.
Importa também que o ortodontista desenvolva a melhor interação possível com o seu
paciente ou responsável. Cuidar bem da documentação clínica, que deve ser detalhada e
bem elaborada.
O ortodontista deve agir com honestidade profissional com seu paciente e colegas,
conhecendo e aceitando limitações, bem como estabelecendo relações jurídicas com seu
paciente.
É importante o profissional pertencer a associações de classe, questionando sobre aspectos
relevantes da profissão como aqueles que combatem os cursos que visam primordialmente
a interesses mercantilistas, como também alertar a população sobre a importância do
tratamento ortodôntico e quais os profissionais realmente capacitados para exercer a
profissão.
Com base nos estudos e após a realização da pesquisa de campo, foi possível detectar o
Perfil do Profissional de Ortodontia no Estado de Minas Gerais.
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