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1 Sandra Regina da Silva Rodrigues Acadêmica do 10° semestre de Direito da Universidade Camilo Castelo Branco- Campus de Fernandópolis –SP 1 1 Avenida dos Bandeirantes, 1119 – Centro – Ouroeste – SP CEP 15685-000 Tel. 17 3843-1247 Celular: 17 99758-3242

O Polemico Direito de Trabalho Do Adolescente

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O artigo traz uma dificil realidade entre a necessidade que o menor tem de trabalhar em conflito com a lei.

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Sandra Regina da Silva Rodrigues

Acadmica do 10 semestre de Direito da Universidade Camilo Castelo Branco- Campus de Fernandpolis SP[footnoteRef:1] [1: Avenida dos Bandeirantes, 1119 Centro Ouroeste SP CEP 15685-000Tel. 17 3843-1247 Celular: 17 99758-3242]

O POLMICO DIREITO DE TRABALHO AO ADOLESCENTE

RESUMO

No presente texto, o autor analisa as normas constitucionais e infraconstitucionais sobre as diversas modalidades de trabalho permitidas ao adolescente. O tema tem sido discutido em mbito mundial, no intuito de se proteger a integridade fsica e psquica de um ser em desenvolvimento. Os maus-tratos e a explorao de crianas e adolescentes ao longo de nossa histria ocasiona uma preocupao por parte das autoridades mundiais. A sociedade e o poder pblico tentam encontrar solues para a realidade do Brasil em relao necessidade que o adolescente tem de ajudar no sustento familiar. O objetivo deste trabalho demonstrar a vasta legislao a respeito do tema, suas limitaes e eficcia. Foram utilizados mtodos de pesquisa em livros, internet, doutrinas, jurisprudncias e julgados.

Palavras-chave: adolescente, trabalho, profissionalizao, legislao, proteo.

THE RIGHT TO WORK FOR CONTROVERSIAL TEEN

ABSTRACT

In this paper, the author analyzes the constitutional and infra-constitutional norms on several types of work allowed the teenager. The topic has been discussed worldwide in order to protect the physical and psychic integrity of a developing human being. The abuse and exploitation of children and adolescents throughout our history causes a concern by the leading authorities. The society and the public can try to find solutions to the reality of Brazil in relation to the need that the teen has to help support familiar objective of this work is to demonstrate the extensive legislation on the subject, its limitations and effectiveness. Research methods were used in books, internet, doctrines, and jurisprudence and judged.

Keywords: teen, job, professional, law protection.

SUMRIO 1 INTRODUO.......................................................................062 A HISTRIA...........................................................................073 MELHOR INTERESSE DA CRIANA............................... 104 APRENDIZ LEGAL................................................................ 135 CONSIDERAES FINAIS.................................................. 166 REFERNCIAS....................................................................... 17

1. INTRODUO

A criana e o adolescente so sujeitos de direito e obrigaes, a quem o Estado, a Famlia e a Sociedade devem prioritariamente, garantir a cidadania plena.Tem-se como objetivo analisar as possibilidades e os limites para a insero do adolescente no mercado de trabalho, sem prejuzos ao seu desenvolvimento.O primeiro captulo traz toda a histria desde os primrdios bblicos, at a atual legislao vigente. Expe as proibies e os direitos garantidos pela Constituio Federal, pela Consolidao das Leis do Trabalho e pelo Estatuto da Criana e do Adolescente.No segundo captulo faz referencia ao princpio do melhor interesse da criana, a desigualdade social, a necessidade de trabalho do adolescente e as formas protetivos que a norma prev.Trata-se no terceiro captulo do Programa Aprendiz Legal criado pela Fundao Roberto Marinho em 2005, com o intuito de beneficiar jovens dando prioridade aqueles que se encontra em vulnerabilidade social e incentivar as empresas a capacitarem novos talentos.O trabalho precoce pode trazer diversos benefcios ao adolescente: como o aprendizado de uma profisso, dignidade e liberdade, desde que a sua finalidade seja atingida e no ultrapasse os limites impostos.

2. A HISTRIA

O trabalho do menor adolescente tem uma histria muito antiga, que se inicia na Bblia como castigo a Ado e Eva. Depois, viveu-se o tempo da escravido, onde os escravos eram considerados apenas uma coisa. Vieram os tempos dos senhores feudais, onde os servos tinham de entregar parte da produo rural em troca de proteo e do uso da terra.Houve um perodo da histria em que existiam corporaes de ofcio que eram compostas de trs personagens: os mestres, os companheiros e os aprendizes.Os aprendizes eram crianas entre 12 ou 14 anos que ficavam sob a responsabilidade do mestre, que poderia at mesmo impor-lhes castigos corporais, trabalhavam at 18 horas continuas no vero.Com a Revoluo Francesa em 1789 as corporaes de ofcio foram suprimidas, pois eram consideradas incompatveis com o ideal do homem. A Revoluo Industrial acabou transformando o trabalho em emprego, onde os trabalhadores de maneira geral passaram a trabalhar por salrios, iniciava-se uma nova fase na vida dos trabalhadores.No Brasil houve um longo caminho percorrido que se iniciou com a Constituio de 1824 que tratou de abolir as corporaes de ofcio, em 1871 foi promulgada a Lei do Ventre Livre, onde os filhos dos escravos nasciam livres, em 1888 foi assinada pela Princesa Isabel a Lei 3353 chamada de Lei urea, que abolia a escravatura, era o fim de um pesadelo desumano que se estendeu por um longo perodo.O Ministrio do Trabalho foi criado em 1930 com a finalidade de expedir decretos regulamentando o trabalho das mulheres, o salrio mnimo e as profisses.A Constituio de 1934 foi a primeira a regulamentar o trabalho do menor, tratando em seu artigo 121 pargrafo 1 inciso d: a proibio do trabalho para menores de 14 anos, a proibio do trabalho noturno aos menores de 16 anos e a proibio do trabalho insalubre aos menores de 18 anos e as mulheres, neste momento, dava-se inicio a uma nova fase da histria, desconsiderando as atrocidades ocorridas no passado. Em 1943 foi decretado a Lei 5452 com o objetivo de reunir as leis esparsas existentes, unindo-as na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), que permanece em vigor at os dias de hoje.A Declarao Universal dos Direitos da Criana foi adotada pela Assembleia das Naes Unidas de 20 de Novembro de 1959 e ratificada pelo Brasil atravs do art. 84, inciso XXI da Constituio Federal, assim declara:A criana gozar de proteo social e ser-lhe-o proporcionadas oportunidades e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condies de liberdade e dignidade.Na instituio das leis visando este objetivo levar-se-o em conta, sobretudo os melhores interesses da criana.

Neste ponto se evidencia o princpio do melhor interesse da criana onde se vislumbra a proteo da imaturidade fsica e mental da criana se objetivando uma vida digna, saudvel e de desenvolvimento.A Constituio Federal de 1988 em seu artigo 7 vem a ser uma verdadeira CLT, pela abrangncia que trata dos direitos trabalhistas. No inciso XXXIII, estabelece a idade mnima de 16 anos para o trabalho, salvo na condio de menor aprendiz a partir de 14 anos, probe o trabalho noturno, insalubre e penoso.O Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) criado em 13 de Julho de 1990, regulamenta todo o sistema de proteo a criana e ao adolescente, resguardando a integridade fsica e psquica de um ser em desenvolvimento.O artigo 5 do ECA elucida de forma harmoniosa o princpio do melhor interesse da criana , assim dispe:Nenhuma criana ou adolescente ser objeto de qualquer forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso, punindo na forma da lei qualquer atentado, por ao ou omisso, aos seus direitos fundamentais. Em 19 de Dezembro de 2000 foi criada a Lei do Menor Aprendiz, regulamentando o Decreto 5.452 (CLT), onde as empresas comerciais e industriais se comprometem a assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formao tcnico-profissional metdica, compatvel com o seu desenvolvimento fsico, moral e psicolgico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligncia, as tarefas necessrias a essa formao.

3. MELHOR INTERESSE DA CRIANA

O mundo atual invadido pela publicidade consumista, que assombram os pais, difcil no ficar atordoado com tantas novidades que surgem a cada dia. Infelizmente esta no uma realidade que abrange a todas as classes sociais principalmente do nosso pas. So milhares de pais desempregados, que mal conseguem trazer o alimento para o sustento de sua famlia. O artigo 227 da Constituio Federal, assim preceitua: dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. O Estatuto da Criana e do Adolescente vem afirmar a responsabilidade dos pais, em suprir as necessidades bsicas e dirias de seus filhos, mas como definir o que realmente se enquadra no melhor interesse da criana.Sergio Pinto Martins traz um conceito persuasivo a respeito:A nova norma constitucional, ao estabelecer o limite de 16 anos, ignora a realidade do Brasil, pois os menores precisam trabalhar para sustentar sua famlia. melhor, muitas vezes, o menor estar trabalhando do que ficar nas ruas, furtando ou ingerindo entorpecentes. Traz, entretanto, uma vantagem, no sentido de entender que o menor deve ficar estudando (2008.p 597).

O Governo Federal criou programas sociais como uma alternativa de garantir que os adolescentes permaneam na escola e suplemente a renda familiar, como exemplo: o Programa Bolsa Famlia (PBF) e o Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI).A lei prev vrias formas de trabalho do menor, como expe Nascimento:No se desconhece que o menor, numa empresa, pode ser exposto explorao econmica do seu trabalho, o que deve ser combatido, mas certo , tambm, que o ordenamento jurdico vigente prev vrias formas de trabalho do menor, todas lcitas, visto que autorizadas pela lei, algumas mesmo sem a configurao da relao de emprego. O gnero trabalho do menor comporta mais de uma modalidade. Primeira, o menor empregado, regido pela Constituio Federal e pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT, art. 3). Segunda, o menor aprendiz empregado, tambm disciplinado pela CLT (art. 428). Terceira, o menor aprendiz no empregado, a que se refere tambm a CLT (art.431). H outras modalidades: o adolescente assistido, o trabalho socioeducativo (ECA, art. 67) e o trabalho familiar (CLT, art.402). (2009, p.714)

O trabalho do adolescente vem sempre com a lembrana de uma histria conturbada de servido, que precisa ser apagada. No que isso tenha desaparecido por completo nos tempos atuais, muitas crianas e adolescentes ainda so explorados e vivem de forma desumana, at mesmo por seus prprios pais. O Principio do Melhor Interesse da Criana, abrange o trabalho do adolescente, de forma orientada e fiscalizada.Como dizia Benjamin Franklin (1706 1790), o trabalho dignifica o homem. Essa frase, to intensa e marcante, evidencia o quo relevante o fato de trabalharmos e o quanto esse importante no somente para ns, sujeitos, mas para a sociedade. Com o trabalho, o ser humano toma conscincia de si e de seu valor.Sendo assim, a proteo, que o mandamento nuclear do sistema do trabalho do menor na CLT, pelo argumentum a simili (argumentao por semelhana), deve ser estendida para as outras modalidades de trabalho do menor previstas na mesma CLT, utilizando, para isso, o instrumento protetivo ja existente: a autorizao judicial do trabalho.O Estatuto da Criana e do Adolescente taxativo ao dispor em seu artigo 148, inciso VII:A Justia da Infncia e da Juventude competente para:VII- conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabveis.

A lei fala em casos em que direitos do adolescente no esto sendo observados; especificamente, o caso do adolescente que quer e necessita trabalhar, mas encontra dificuldade para alcanar esse direito.Nestes termos, o meio legal previsto na Consolidao das Leis do Trabalho e no Estatuto da Criana e do Adolescente, para garantir o direito constitucional dos adolescentes ao trabalho remunerado, afastando as resistncias infundadas de empresrios, inspirando neles a segurana, e, ao mesmo tempo, proteger os menores, enquanto trabalhadores a autorizao judicial.

4. APRENDIZ LEGAL

O Aprendiz Legal um programa tcnico-profissional que prev a execuo de atividades tericas e prticas, sob a orientao de entidade qualificada em formao profissional, com especificao do pblico-alvo, dos contedos programticos a serem ministrados, perodo de durao, carga horria terica e prtica, mecanismos de acompanhamento, avaliao e certificao do aprendizado (Portaria MTE n 615, de 13 dezembro de 2007).A Fundao Roberto Marinho criou o Aprendiz Legal, em parceria com a Petrobras, em 2005. Inicialmente, a proposta era elaborar o Mdulo Bsico, o ambiente virtual e capacitar 100 organizaes sociais para implementar o projeto.O Aprendiz Legal baseia-se na Lei 10.097/2000 (Lei da Aprendizagem) e em sua regulamentao, o Decreto n 5598/2005, e nas demais portarias que continuam sendo publicadas para a implementao dos programas de aprendizagem. A Lei N 10.097/2000, ampliada pelo Decreto Federal n 5.598/2005, determina que empresas de mdio e grande porte contratem um nmero de aprendizes equivalente a um mnimo de 5% e um mximo de 15% do seu quadro de funcionrios cujas funes demandem formao profissional. No mbito da Lei da Aprendizagem, aprendiz o jovem que assina contrato especial de trabalho que o leva a atuar na empresa e numa instituio formadora concomitantemente. Ele tem a oportunidade de aplicar os conhecimentos que est aprendendo na instituio, no dia a dia da empresa. Para ser beneficiado pela Lei o jovem deve cursar a escola regular (ensino fundamental ou mdio) e estar matriculado e frequentando instituio de ensino tcnico-profissional conveniada com a empresa.Segundo definio do Estatuto da Criana e do Adolescente (art. 62), a aprendizagem a formao tcnico-profissional ministrada ao adolescente ou jovem segundo as diretrizes e bases da legislao de educao em vigor, implementada por meio de um contrato de aprendizagem.O Cadastro Nacional de Aprendizagem destina-se inscrio das entidades qualificadas em formao tcnico-profissional metdica, relacionadas no art. 8 do Decreto no 5.598, de 1 de maio de 2005, e busca promover a qualidade tcnico-profissional dos programas e cursos de aprendizagem, em particular a sua qualidade pedaggica e efetividade social.Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo menos 7 (sete) empregados, so obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei (art. 429 da CLT). facultativa a contratao de aprendizes pelas microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP), inclusive as que fazem parte do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies, denominado SIMPLES (art. 11 da Lei n 9.841/97), bem como pelas Entidades sem Fins Lucrativos (ESFL) que tenham por objetivo a educao profissional (art. 14, I e II, do Decreto n 5.598/05). Pelas normas do programa, os jovens so remunerados e tm direito a frias, FGTS e vale-transporte. Os perodos dos contratos podem ser de at 24 meses. As empresas esto sujeitas ao recolhimento de alquota de 2% sobre os valores de remunerao de cada jovem, inclusive sobre gratificaes, para crdito na conta vinculada ao FGTS. O recolhimento da contribuio ao INSS obrigatrio, sendo o aprendiz segurado-empregado. Ao ingressar no programa Aprendiz Legal, a empresa assume o papel de agente transformador, fomentando a formao de jovens autnomos, recebe o selo Nossa Empresa apoia a Aprendizagem, o selo reconhece a prtica de Responsabilidade Social Corporativa pelas empresas que esto no programa. A proposta do Selo estabelecer uma chancela, uma marca que valoriza a iniciativa das empresas que participam da rede social do Aprendiz Legal e acreditam na causa da aprendizagem como provedora de oportunidade de melhoria da qualidade de vida dos jovens brasileiros. O Selo poder e dever ser usado em materiais de comunicao para associar a marca da empresa com prticas sustentveis e fortalecer a prpria imagem do Selo no mercado.

CONSIDERAES FINAIS

A pesquisa demonstra uma histria de trabalho penoso, considerado como castigo, algo ruim, que transformava os indivduos em coisas, sem personalidade e dignidade. A legislao inserida no decorrer dos tempos passou a priorizar a proteo do trabalho do adolescente, na tentativa de se coibir a explorao, os exageros e erradicar o trabalho escravo infantil.Buscou-se na Carta Magna, o elemento primordial do princpio do melhor interesse da criana e do adolescente, a fim de lhe facultar o desenvolvimento fsico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condies de liberdade e dignidade, contando com o apoio de rgos como o Conselho Tutelar e os Juizados da Infncia e da Juventude.As iniciativas como da Fundao Roberto Marinho que criou o Programa Aprendiz Legal, totalmente embasado na legislao faz-nos acreditar que possvel formar e capacitar jovens, formando pessoas melhores, com dignidade e responsabilidade.No se pode pensar no pleno desenvolvimento social e econmico de um pas sem investir na Juventude. Quando h um equilbrio entre desejo, habilidades e conhecimento, o trabalho se transforma em algo extraordinrio. Quando h satisfao no que fazemos, nos entregamos com paixo.

REFERNCIAS:

BRASIL, Vade Mecum Consolidao das Leis do Trabalho. So Paulo: Saraiva. 2013.BRASIL, Vade Mecum Constituio Federal. So Paulo: Saraiva. 2013.BRASIL, Vade Mecum Estatuto da Criana e do Adolescente. So Paulo: Saraiva. 2013.MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 24 ed. So Paulo: Atlas, 2008.PEREIRA, Tania da Silva. O Melhor Interesse da Criana: um debate interdisciplinar. So Paulo: Editora.com, 2000.

APRENDIZ LEGAL.Disponvel: http://www.aprendizlegal.org.br/main.asp?Team={D716AC8E-CBBA-4DE5-A66F-E66C23467D7F}PROGRAMA BOLSA FAMILIA.Disponvel:VIDA E PSICOLOGIA.Disponvel: http://vidaepsicologia.wordpress.com/2013/01/22/o-trabalho-dignifica-o-homem/

PELARIN, Excelentssimo Doutor Juiz Evandro. Juiz da Vara da Infncia e da Juventude da Comarca de Fernandpolis-SP. Relatrio conclusivo do Inqurito Policial 75/2009.