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RAMOS, Paula Regina Batista; CRUZ, Emival Borges. O potencial dos sistemas
agroflorestais: Conceito e Aplicação. Faculdade Católica do Tocantins – FACTO. 2010.
O POTENCIAL DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS: CONCEITO E
APLICAÇÃO Paula Regina Batista Ramos ¹, Emival Borges da Cruz ²
1 FACTO – Cursando Gestão Ambiental, 77.020-598, Palmas – TO, [email protected], 2 FACTO – Cursando Gestão Ambiental, 77.000-000, Palmas– TO, [email protected]
,
RESUMO – O presente estudo teve por objetivo apresentar uma discussão sobre o
potencial e o uso dos Sistemas Agroflorestais – SAFs como alternativa para produção
agrícola familiar, bem como, demonstrar a importância do seu manejo e o entendimento
entre sistema, agricultura, floresta e seus componentes. Visou abordar ainda, as
vantagens existentes da aplicação desse método na recuperação de áreas degradadas
para: estabilização de voçorocas, áreas desmatadas, fertilidade do solo, áreas secas, área
de pastagem entre outras, enfocando a visão socioeconômica e ambiental. Foi realizada
uma pesquisa exploratória, onde foram pesquisados, livros, periódicos e internet. Neste
ultimo foi pesquisado artigos relacionados à área bem como monografia de graduação.
Buscou-se a rentabilidade e a responsabilidade do uso controlado dos recursos,
contribuindo para que os negócios se desenvolvam em bases sustentáveis e retribuir á
natureza pelos recursos naturais usados no nosso ciclo produtivo. A utilização de SAFs
portanto, é uma alternativa viável que utiliza de forma sustentável os recursos naturais.
PALAVRAS-CHAVE: Agrosilvicultura, agricultura familiar e sustentabilidade.
ABSTRACT - This study aimed to present a discussion on the potential and use of
Agroflorestais Systems - SAFs as an alternative for family farming, as well as
demonstrate the importance of their management and understanding among the system,
agriculture, forest and its components. Aimed to address also the existing advantages of
applying this method to the recovery of degraded areas for: stabilization of craters,
deforested areas, soil fertility, dry areas, pasture area and others, focusing on the
socioeconomic and environmental vision. We tried to profitability and accountability of
controlled use of resources, helping businesses to develop in a sustainable return to
nature and natural resources used in our production cycle. The use of SAFs is therefore
a viable alternative that uses a sustainable natural resources.
KEYWORDS: Agroforestry, family farming and sustainability.
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1. INTRODUÇÃO
No inicio do século XVIII, a agricultura moderna começou a produzir em maior
escala, pondo fim na grande escassez de alimentos. Devido à grande demanda deu-se
surgimento da monocultura, onde as indústrias químicas e mecânicas emergentes
intensificaram a produção de insumos agrícolas, passando a agricultura, a depender cada
vez menos dos recursos locais, e cada vez mais dos tratores, colheitadeiras, arados,
agrotóxicos e ração animal produzidos pela indústria, (EHLERS, 1999).
Com o passar dos anos os agricultores desenvolvem mudanças na maneira de
utilização da área para produção. Um dos momentos dessa mudança foi em 1996, a
partir das ideias inovadoras do agricultor/experimentador Ernst Götsch, que deu inicio
ao movimento conhecido como “Mutirão agroflorestal”, com livre participação de todos
os interessados. Onde se reunião para aprender sobre sistemas agroflorestais por meio
da prática e uma concepção ambiental. A agricultura é atividade do setor primário, pela
área que abrange e pelas praticas que utiliza, é tida como uma das atividades humanas
mais impactantes ao meio ambiente. Numa área agrícola, árvores ainda são
consideradas um obstáculo que impedem o progresso de produção. Percebe-se na
paisagem rural, uma nítida separação entre áreas de produção e áreas para preservação.
Por tanto se necessita de uma nova percepção, forma de utilização dos recursos locais e
naturais. Por isso, Sistemas Agroflorestais – SAFs é um modelo de produzir. Uma
alternativa sustentável para aumentar os níveis de produção agrícola, animal e florestal,
sendo sustentando por três fatores e diferenciado por seus componentes. O
entendimento dos fatores sistemas + agricultura + floresta = Sistemas Agroflorestais é
uma visão de interação bastante fundamental para a aplicação do mesmo.
Como funciona a idéia de sistemas no SAFs. Sistemas são estruturas que
funcionam de uma ou outra forma. As partes notadas nessas estruturas são componentes
do sistema. A agricultura é um Sistema de produção interessante para os humanos. Os
diversos modos de produzir produtos agrícolas são componentes desse grande sistema
de produção: agricultura. O que é necessário é tornar esses componentes cada vez mais
confiáveis e manter o sistema funcionando bem.
A agricultura é o fator que esta no centro de Sistemas Agroflorestais, produção
dos alimentos, lucros, manejo e regularidade. Fazer agricultura bem feita não é só
produzir bastante. A floresta é essencial para esse sistema é a presença das árvores, que
tem capacidade de capturar nutrientes de camadas mais profundas do solo, reciclando-os
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eficientemente. SAFs proporciona benefícios às esferas social, ambiental e cultural.
Preservando a recuperação de uma área improdutiva, auxiliando na estabilização de
voçorocas, a fertilidade do solo, corredores ecológicos e controle dos recursos naturais.
Desenvolvendo a educação ambiental junto com a sociedade, transformando os
conceitos e ideais, essencial na qualidade dos alimentos tanto para o agricultor quanto
pro consumidor. Por tanto a utilização de SAFs é uma opção viável que concorre para
melhor uso do solo, para reverter os processos de degradação dos recursos produtivos,
para aumentar a disponibilidade de alimentos e de "serviços ambientais" (conservação
dos solos, controle de erosão, redução na contaminação da água e do ar, recuperação de
áreas degradadas, entre outros). Vários autores têm postulado que os SAFs respondem
em parte a problemas de desmatamento e degradação de diferentes ecossistemas
(RIBASKI e MONTOYA, 2000). O objetivo deste trabalho é apontar o potencial de
SAFs que visa compatibilizar o desenvolvimento econômico da população rural com a
conservação do meio ambiente.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O crescente aumento da exploração de áreas verdes leva á busca de soluções
sustentáveis para a continuidade dessa atividade. Várias empresas de caráter público ou
privado estão difundindo trabalhos destinados a esta área de produção Agroflorestal.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao
Ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento, tomou a decisão de transformar a
maioria dos centros localizados na Amazônia em centros de pesquisa em sistemas
agroflorestais.
Na ONG Alta Jequitinhonha - MG, agricultores familiares, em parceria com o
Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica - CAV desenvolvem SAFs pelas
mulheres da região, junto à família rural (RIBEIRO e FREITAS, 2007). Visando uma
estratégia dos agricultores de permanecerem na região onde vivem. Buscando promover
o planejamento para ser ecologicamente eficiente e superar os sistemas agrícolas de
monocultivo.
Atualmente o SAFs é implantado baseado na experiência de prática dos
produtores, técnicos e pesquisadores. Todos buscando interações e conhecimentos para
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melhor manejo da prática, convivendo na dinâmica cíclica das florestas onde a
diversidade biológica.
Esses sistemas são classificados de acordo com a natureza dos seus componentes
que são definidos: Silviagrícolas (Figura 02), constituídos de árvores e arbustos com
cultura agrícola; Silvipastoris (Figura 01), cultivo de árvores ou arbustos com pastagem
e animais e Agrossilvipastoris (Figura 04), cultivo de árvores com culturas agrícolas,
pastagem e animais.
Fonte- Varejão, 2009 Fonte: Silva, 2008
Figura 01 – Sistema Silvipastoril Figura 02 – Sistema Silviagrícolas
O sistema agroflorestais objetiva aperfeiçoar o desenvolvimento rural sustentável,
podendo ser implantado em áreas alteradas por atividades agrícolas mal sucedidas,
contribuindo para a redução do desmatamento de novas áreas de floresta, utilizando
forma mais eficiente o uso dos recursos e a interação positiva dos componentes com à
fauna e flora existente no local. Sendo assim, uma estratégia de fomento aos Sistemas
Agroflorestais no entorno de Unidade de Conservação para formação de corredores
ecológicos (Figura 03) vem oferecer uma nova perspectiva para preservação ambiental.
Fonte- Varejão, 2009
Figura 03 - Corredor Ecológico Figura 04 – Sistema Agrossilvipastoril
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Ao se estar ciente de que trabalhar com a paisagem natural, com agricultura, é
lidar com vida, e ao se compreender os mecanismos ecológicos que ocorrem nos
ecossistemas, observa-se que “a dinâmica da sucessão natural de espécies é sempre
usada, mesmo em estágios mais avançados, como uma força que direciona o sistema e
assegura a saúde e o vigor das plantas”. (GÖTSCH, 1995). A recuperação das matas
ciliares para preservação dos rios, tanto em volume de água, quanto para livrá-los do
assoreamento. Na verdade, deve ser lembrado que a mata ou vegetação ciliar representa
o final do percurso da enxurrada, que começa muito distante dali e que ela sozinha não
resolverá o problema da erosão. A água que inicia sua corrida nos divisores de água das
bacias hidrográficas dos rios ou dos seus afluentes e riachos precisa ser contida logo no
início do seu percurso, fazendo-a se infiltrar no solo e assim evitar o seu escorrimento,
causando erosão superficial, antes de chegar às matas ciliares.
Diversos fatores compõem o sistema solo – água - planta e devem ser discutidos
para que haja uma melhor utilização e conscientização dos recursos. Com a utilização
de SAFs nesse processo ocorrem fatores positivos devido a uma implantação de uma
cobertura diferenciada daquela existente no local. Árvores frutíferas ou madeireiras
regionais como Spondias tuberosa, Schinopsis brasiliensis, Tabebuia impetiginosa entre
outros, no sertão ou outras espécies próprias para regiões mais úmidas como o Mimosa
caesalpiniifolia e o Himenaea SP.
Nas matas ciliares, especialmente nas baixadas, onde os solos, geralmente, são
mais férteis devido à deposição de sedimentos trazidos pelas águas das chuvas das
partes mais altas do terreno, poderão também ser plantadas espécies de valor econômico
para formar uma mata ciliar com dupla aptidão. Estas áreas poderão ainda ser
enriquecidas com gramíneas forrageiras que além de boas fixadoras de solos, servirão
também para alimentação animal, tais como, o capim elefante (Pennisetum purpureum),
capim de planta (Brachiaria mutica), Quicuio da Amazônia (Brachiaria humidicola ),
grama de burro (Cynodon dactylon ), Coast Cross, Tifton, entre outros e assim
recompensar o seu proprietário pela preservação do meio ambiente.
Outras espécies de grande uso nos Sistemas Agroflorestais são o eucalipto
(Eucalyptus sp.), teca (Tectona grandis), mogno (Swietenia macrophylla), seringueira
(Hevea brasiliensis), grevílea (Grevillea robusta), paricá (Schyzolobium amazonicum),
cedro australiano (Toona ciliata), entre outras que tem grande valor comercial e práticas
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culturais já conhecidas. Na Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco – MG,
encontramos um exemplo de pastagem de Brachiaria decumbens arborizada, pelo
Sistema Silvipastoril, com arranjo de plantio das árvores (Eucalipto grandis, Mimosa
artemisiana, Acácia mangium, Acácia augustissima, Leucena Leucocephala) em faixas
de 10 m, espaçadas a cada 30 m. A presença das espécies leguminosas possibilita alta
produção de forragem, mesmo não recebendo adubação nitrogenada (Figura 05).
Figura 05 – Pastagem arborizada com alta produção de forragem e conforto
para aos animais. Embrapa Gado de Leite, Coronel Pacheco - MG.
O ambiente altera essas características por meio de mudanças fisiológicas,
morfológicas e de composição química das forrageiras, o que determina a sua adaptação
às condições ambientais impostas pelo sistema (NELSON e MOSER, 1994).
O SAFs representa importante papel na sustentabilidade dos diferentes
ecossistemas brasileiros, sob aspecto econômico, os SAFs oferecem diversidades de
produtos, gerando várias fontes de renda para o produtor, e nos benefícios para as
condições ambientais, fertilidade do solo, controle de erosão, recuperação de áreas
degradadas, cultivo associados, fornecimento de adubo verde entre outras vantagens.
Vantagens ambientais
Destacam-se aqui algumas vantagens ambientais para quem se habilita a
desenvolver essa nova modalidade de produção sustentável, agregando valores
(RIBASKI, 2000):
- O maior aproveitamento dos recursos naturais: solo, luz, água e nutrientes;
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- Promovem uma distribuição mais uniforme do serviço e da receita gerada
devido a um trabalho continuo;
- Obtenção de diversas colheitas;
- Fornecem maior variedade de produtos;
- Reduzem o risco de perda total da cultura;
- Elimina o uso do fogo;
- Capacidade de recuperação de áreas degradadas;
- Utilizado em áreas de corredores ecológicos por estimular a vida silvestre;
- Melhora fertilidade do solo;
-Potencial para seqüestro de carbono;
-Auxilia na manutenção de ciclos importantes como o da água, do carbono e do
nitrogênio;
- Diminui a demanda de fertilizantes;
- Redução dos riscos de danos físicos.
Entre os benefícios ambientais, destaca-se uma relevante influencia das árvores
no SAFs, que refletem na queda de temperatura imposta pelas sombras, diminuição de
pressão de vapor de água, o que traz conseqüências positivas ao desenvolvimento da
pastagem, favorecendo seu crescimento. O microclima existente debaixo da copa das
árvores que ajuda os animais, mantendo-os confortáveis á sobra, ao contrario da
exposição à insolação direta ou as baixas temperaturas do inverno (BAGGIO, 1992).
A presença das árvores e a importância dos estratos herbáceos e da serapilheira
que são como agentes reguladores das condições térmicas no solo. O principal efeito do
sombreamento é sobre as temperaturas extremas da superfície do solo, as quais
diminuem significativamente. Segundo Bhojvaid e Timmer (1998), existem maiores
teores de umidade nos solos de baixo de coberturas florestais.
Vantagens socioeconômicas
Com relação aos sistemas convencionais de uso do solo, produtividade, o SAFs
apresentam as seguintes vantagens (RIBASKI, 2000):
- A mão-de-obra pode ser melhor distribuída no decorrer do tempo;
- A diversidade de espécies permite a participação de um número maior de
produtos e serviços;
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- A combinação de produtos de mercado e de subsistência permite limitar os
riscos assumidos pelos agricultores familiares;
- Aumenta as chances de fixação do homem no campo;
- O consórcio de espécies de diferentes exigências em luz, água, e nutrientes
possibilita o uso mais eficientes desses recursos;
- Geração de várias fontes de renda para produtor;
- Minimiza os prejuízos com a quebra de alguma safra;
- Maior distribuição de trabalho no campo;
- Proporciona melhoria de qualidade de vida;
- Incentivos financeiros de empresas, ONG para desenvolvimento de projetos,
pesquisa e produção;
- Apoio de informação entre técnicos, pesquisadores e produtores para
conhecimento de melhor aplicação em cada região;
- Rentabilidade a médio e longo prazo.
Existe hoje um interessante muito grande entre os médios e pequenos produtores
de se aplicas SAFs, através das suas diferentes modalidades que representa importante
papel na sustentabilidade dos diferentes ecossistemas brasileiros, permite a
diversificação de produtos florestais e agrícolas na mesma unidade de área, a
rentabilidade a médio e longo prazo e geração de empregos .
Baggio (1992), constatou que quando introduz o componente arbóreo em áreas
de pecuária, o custo de implantação das arvores inicialmente pode reduzir a renda da
propriedade. Entretanto, essa redução pode ser em parte compensada pela receita obtida
pelo ganho de peso do gado, ou pelo aumento da produção de leite beneficiado pelo
sombreamento.
Vantagens na recuperação de áreas degradadas
O uso do SAFs na recuperação de áreas degradadas tem se intensificado não
apenas na idéia de restauração ecológica, mas visam uma abordagem holística,
envolvendo os aspectos sociais, econômico e ambiental. O potencial do SAFs para
recuperação, conservação, e aumento da fertilidade do solo esta baseado na acumulação
de dados técnico-ceintífico que mostram que as árvores e outros tipos de vegetação
quando associados com outros componentes, cultivos agrícolas ou pastagens, exercem
influencia positiva sobre a base do recurso da qual o sistema depende. A seguir são
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apresentadas algumas formas de degradação do solo e as vantagens do uso SAFs na
recuperação de áreas degradadas (RIBASKI, 2000):
- Áreas desmatadas
Podem ser melhorados com o sistema taungya; cultivos seqüenciais; pousio
melhorado; árvores multiestrato; espécies de uso múltiplo.
- Áreas erodidas
Podem ser recuperadas pela utilização de barreiras vivas; formação de terraços
para uso agrícola; estabilização de voçoroca; árvores em contorno; árvores sobre curva
de nível.
- Áreas secas (árida)
Utiliza-se como barreiras vivas; quebra-ventos; cerca vivas; árvores em torno de
cultivos e pastagens.
- Áreas de baixa fertilidade e mal drenadas
Podem ser recuperados com cultivo em renques; cultivos em faixas; folhagem
florestal como fonte de adubo; árvores em torno.
- Áreas de encostas
Utilização de praticas agroflorestais como fileira de árvores sobre terraços;
cultivo em fixas; barreiras vivas.
- Áreas de pastagens
Utiliza-se arborização de pastagens e bancos forrageiros.
Dessa maneira, as praticas agroflorestais podem ser aplicadas de diversas formas
na recuperação de solos degradados. Ressaltando que a chave para alcançar um
resultado satisfatório depende do manejo eficiente e estudos rigorosos.
3. METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa exploratória, onde foram pesquisados, livros,
periódicos e internet. Neste ultimo foi analisado artigos relacionados à área bem como
monografia de graduação.
Segundo Santos (2002), a pesquisa exploratória é tipicamente a primeira
aproximação de um tema e visa criar familiaridade em relação a um fato ou fenômeno.
A pesquisa exploratória é quase sempre feita através levantamentos
bibliográficos, entrevistas com profissionais que estudam e atuam na área.
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O Autor aponta ainda que as pesquisas exploratórias têm como principal
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a
formulação de problemas. A pesquisa é um procedimento formal, com método de
pensamento reflexivo, que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho
para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de áreas com vegetação florestal para agricultura ou pecuária tem
resultado quase sempre de impactos negativos. Ainda há muito a se conhecer sobre a
agrofloresta, mas sem dúvida sua lógica é extremamente coerente com os princípios
básicos para a vida humana em harmonia com a natureza e a sustentabilidade. Os
sistemas agroflorestais utilizados como estratégia de restauração têm o desafio de
facilitar a adoção de práticas restauradoras de ecossistemas e de possibilitar sistemas de
produção ecologicamente equilibrados, que contribuam para a recuperação de forma
global Portanto a utilização de SAFs é uma alternativa viável que ocorre para melhor
uso do solo, revertertendo os processos de degradação dos recursos naturais e
produtivos. Estes fatores são necessários para assegurar a sustentabilidade dos Sistemas
Agroflorestais, a equidade socioeconômica e a proteção ambiental.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAGGIO, A. J. Alternativas agroflorestais para recuperação de solos degradados na
região Sul do País. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS, 1992, Curitiba. Anais. Colombo: Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, 1992. v.1. p. 126-131.
BHOJVAID, P.P.; TIMMER, V.R. Soil dynamics in age sequence of Prosopis juliflora
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n.2-3, p.181-193, 1998.
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agroecologia.org.b>. Acesso em: 02 de junho de 2010, 12:34:55
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para a sustentabilidade. Disponível em: http://beneficiosdafloresta.blogspot.com .
Acesso em: 26 de junho de 2010, 18:05:22.
VAREJÃO, P. (2009). Incaper estimula a implantação de sistemas agroflorestais no
Norte do Estado. Disponível em: http://www.es.gov.br/site/noticias. Acesso em: 26 de
junho de 2010, 20:23:44