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  • SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS E AGRRIAS DE ITAPEVA

    O PROCESSO DE ALFABETIZAO: LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS

    Lourdes Aparecida de Oliveira

    Itapeva So Paulo Brasil 2014

  • SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS E AGRRIAS DE ITAPEVA

    O PROCESSO DE ALFABETIZAO: LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS

    Lourdes Aparecida de Oliveira Profa. Delci Lacerda

    Trabalho apresentado Faculdade de Cincias Sociais e Agrrias de Itapeva como parte das obrigaes para obteno do ttulo de Bacharel em Pedagogia.

    Novembro / 2014 Itapeva - SP

  • AGRADECIMENTOS

    Deus por proporcionar o milagre da existncia e iluminar o meu caminho, dando

    foras para superar todos os obstculos.

    Aos meus pais Aparecido Oliveira (in memoriam) e Celina Oliveira por me mostrarem

    a importncia do respeito ao prximo, por me darem o incentivo e perseverana em

    superar todos os momentos difceis.

    Ao meu esposo Nilto Jos, pela dedicao, pacincia e compreenso a mim

    dedicadas.

    Ao meu filho Ederson Alex que a razo da minha vida.

    minha orientadora Professora Delci Lacerda por no medir esforos durante a

    realizao desse trabalho, pela confiana, amizade, incentivo, compreenso,

    esclarecimentos e grandiosos ensinamentos.

    A FAIT, por me proporcionar grandes conhecimentos.

  • O PROCESSO DE ALFABETIZAO: LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS

    RESUMO- O presente trabalho tem por tema central O processo de alfabetizao. A alfabetizao envolve um conjunto muito complexo de fatores e exige habilidades e competncias necessrias para lidar com estes desafios e requer um conhecimento considervel concernente s teorias e mtodos. A origem do termo alfabetizar deve-se ao ensino do alfabeto e ao primeiro mtodo de ensino, que conhecemos pelo nome de alfabtico. O processo de alfabetizao amplo e complexo e implica no s a capacidade intelectual, mas tambm diferentes fatores de ordem social, emocional, fsico e psicolgico da criana e requer dos educadores interao com todas as reas para que o aluno possa desenvolver suas potencialidades Sendo de suma importncia para que o educador que trabalha nos anos iniciais possa dominar o conceito de alfabetizao e entender como a alfabetizao e letramento acontecem nas atividades em sala de aula com seus educandos na medida em que eles se alfabetizam, uma vez que o resultado da ao de ensinar ou de aprender a ler e escrever leva o aluno ao exerccio das prticas sociais de leitura e escrita, cuja a finalidade da educao. O objetivo do trabalho foi compilar informaes sobre a interveno do professor no processo de alfabetizao nos anos iniciais. Onde alfabetizar dar condies a criana de ser capaz de ler e escrever fazendo o uso correto da lngua escrita significa enfim, orientar a criana para o domnio da tecnologia da escrita. Foi realizado atravs de levantamento bibliogrfico de carter qualitativo. Conclui-se que alfabetizao e letramento so processos distintos, cada especificidade, mas complementares e inseparveis, ambos indispensveis para a aquisio da leitura e da escrita pelos alunos.

    Palavras-chave: alfabetizar, dificuldade de aprendizagem, letramento

  • THE PROCESS OF LITERACY: READING AND WRITING IN THE INITIAL YEARS

    SUMMARY- The present study has as its central theme the literacy process. Literacy involves a very complex set of factors and requires skills and skills required to deal with these challenges and requires considerable knowledge regarding to the theories and methods. The origin of the word alphabetize is teaching the alphabet and "when first teaching method, we know by the name of alphabetical". The literacy process is broad and complex, and involves not only intellectual capacity, but also different social factors, emotional, physical and psychological child requires educators interaction with all areas so that the student can develop their potential Being of paramount importance for the educator who works in the initial years can overpower the concept of literacy and understand how literacy and literacy activities happen in the classroom with their educand. Where literacy is to give the child conditions to be able to read and write by making correct use of written language means anyway, guide the child into the field of technology of writing. Was accomplished through bibliographical survey of qualitative character. It is concluded that literacy and literacy are distinct processes, each specific but complementary and inseparable, both indispensable for the acquisition of reading and writing by students.

    Keywords: literacy, learning disability, literacy

  • SUMRIO

    Pgina

    1 INTRODUO..................................................................................................... 6

    2 REVISO DE LITERATURA................................................................................ 8

    2.1 Breve histrico de alfabetizao.................................................................... 8

    2.1.1 Processo de alfabetizao....................................................................... 10

    2.2 Alfabetizao e letramento............................................................................. 12

    2.3 Perspectiva histrica da leitura e escrita......................................................... 14

    2.4 A leitura e a escrita na alfabetizao.............................................................. 19

    2.5 Dificuldade em ler e escrever......................................................................... 21

    2.6 Distrbio de aprendizagem da leitura e da escrita.......................................... 24

    2.7 O papel do professor junto aos alunos com dificuldade de aprendizagem... 25

    3 MATERIAIS E MTODO....................................................................................... 28

    4 RESULTADO E DISCUSSO............................................................................... 29

    5 CONCLUSO...................................................................................................... 30

    6 REFERNCIAS................................................................................................... 32

  • 6

    1. INTRODUO

    Nas ltimas dcadas, a demanda pela leitura e pelo domnio da escrita em

    nossa sociedade cada vez maior. A leitura exigida para que se possa ter acesso

    a informaes ligadas das mais diferentes formas, seja na escola, no trabalho ou

    para ser inserido na sociedade.

    A alfabetizao abarca um conjunto complicado de fatores e demanda

    capacidades imprescindveis para lidar com estes desafios e solicita um

    conhecimento considervel referente s teorias e mtodos.

    O processo de alfabetizao extenso e difcil e sugere no s a capacidade

    intelectual, mas tambm diversos fatores de ordem social, emocional, fsico e

    psicolgico da criana e requer dos educadores influncia com todas as reas para

    que o aluno possa desenvolver seu potencial (PEREIRA; FERREIRA, s.d).

    Ao longo do tempo o conceito de alfabetizao mudou para responder as necessidades da sociedade, muitos mtodos e processos de alfabetizao foram criados, modificados e adaptados tentando aperfeioar ao mximo o processo de ensino da escrita e leitura. Enquanto necessidade a alfabetizao um ponto indiscutvel, porm, a utilizao do mtodo e da cartilha no processo um tema que gera polmica por parte dos professores alfabetizadores (CESCA, 2004).

    A alfabetizao tem constitui um tema bastante discutido pelos que se

    preocupam com a educao, j que h muitas dcadas se notam as problemas de

    aprendizagem, as inmeras reprovaes e a evaso escolar.

    Ultimamente, vive-se em uma sociedade, em que as crianas chegam

    Unidade Escolar com vrios tipos de conhecimentos em relao cultura letrada

    (ALMEIDA; FARAGO, 2014).

    Diante desse pressuposto percebe-se a necessidade que se coloca para a

    escola: a de possibilitar ao aluno uma formao que lhe consinta compreender

    criticamente os fatos sociais e nele interagir. Para isso o aluno necessita apropriar-

    se do conhecimento, dos meios de produo e de exposio desse conhecimento,

    que esto estritamente vinculados linguagem, especialmente no que se refere

  • 7

    leitura e a escrita. Dessa forma objetiva-se o presente trabalho compilar informaes

    sobre a interveno do professor no processo de alfabetizao nos anos iniciais.

    O referido trabalho de fundamental importncia para que o educador

    alfabetizador possa intervir no processo de aprendizagem de seus alunos de

    maneira mais ativa e melhor embasada no que diz respeito ao processo de obteno

    de leitura e da escrita.

  • 8

    2 REVISO DE LITERATURA

    2.1. Breve histrico de alfabetizao

    Segundo Arajo (1996), a histria da alfabetizao pode ser analisada em

    trs perodos: o primeiro abarca a Antiguidade e a Idade Mdia, quando

    preponderou o mtodo da soletrao: o segundo se distinguiu pelas reaes ao

    processo da soletrao e concepo de novos mtodos sintticos e analticos,

    compreende os sculo XVI a XVIII, e que se alargou at a dcada de 60; e o terceiro

    perodo, o contemporneo caracterizado pelo questionamento da necessidade de

    agregar os sinais grficos da escrita aos sons da fala para aprender a ler.

    Na antiguidade foi institudo o alfabeto e o primeiro mtodo de ensino: a

    soletrao, tambm chamado alfabtico ou abc. Conforme Marrou (1969), a

    alfabetizao acontecia por um processo lento e complicado, comeava pela

    aprendizagem de 24 letras do alfabeto e as crianas tinham que decorar os nomes

    das letras, primeiro na ordem, depois em sentido inverso. Apenas depois de decorar

    era exibida a forma grfica. A tarefa seguinte era integrar o valor sonoro respectiva

    representao grfica. As primeiras letras exibidas eram as maisculas, distribudas

    em colunas, depois vinham as minsculas, quando os aprendizes haviam

    memorizado a associao das letras s formas, processos semelhantes eram feito

    com as famlias silbicas. Assim, muitos estudiosos designaram a soletrao como a

    maior tortura do esprito.

    Conforme Arajo (1996), muitos eram os estratagemas empregados na Idade

    Mdia para promover o alcance da leitura pelas crianas. Examinando peas de

    museus, foi possvel descobrir suportes de textos usados na poca, como alfabetos

    de couro, tecido e at mesmo em ouro. Porm, acredita-se que as crianas das

    famlias de baixo poder aquisitivo tambm tinham acesso aprendizagem da leitura

    e da escrita.

    Havia ainda outras estratgias usadas na alfabetizao. Na Itlia era como

    servir bolos e doces com formatos de letras. Aps apresentarem o alimento com

  • 9

    formato de letra, ensinavam o seu nome e as crianas comiam. Eis a origem das

    atuais sopas de letrinhas.

    A partir do sculo XVI, pensadores comearam a manifestar-se contra o

    mtodo da soletrao, em funo da sua dificuldade. Na Alemanha, apresentado

    um mtodo com base no som das letras de palavras conhecidas pelos alunos. Na

    Frana reinventado o mtodo da soletrao: em lugar de ensinar o nome das

    letras ensinava o som, na tentativa de facilitar a soletrao. Em 1719, Vallange apud

    Arajo (1996) cria o denominado mtodo fnico com o material chamado figuras

    simblicas, cujo objetivo era mostrar palavras acentuando o som que queria

    representar. O excesso na pronncia do som das consoantes isoladas levou tal

    mtodo ao ridculo e fracasso. Ter em vista superao das dificuldades do mtodo

    tnico, na Frana foi criado o mtodo silbico: estratgia de juntar consoante e vogal

    constituindo slaba e unir as slabas para compor as palavras.

    No mtodo silbico, ensina-se o nome das vogais, depois de uma consoante,

    e, em seguida, so expostas as famlias por elas compostas. Ao contrrio do fnico,

    no mtodo da silabao, a slaba exibida pronta, sem se esclarecer a articulao

    das consoantes com as vogais. Em seguida, ensinam-se as palavras compostas por

    slabas e outras j aprendidas.

    Segundo Arajo (1996) os mtodos da soletrao, o fnico e o silbico so de

    origem sinttica, pois parte da unidade menor rumo maior, isto , apresentam a

    letra, depois unindo letras se obtm a slaba, unindo as slabas compem-se

    palavras, unindo palavras formam-se sentenas e juntando-se sentenas formam-se

    textos. H um percurso que caminha da menor unidade (letra) para a maior (texto).

    Os mtodos da palavrao, sentenciao ou os textos atuais so de origem

    analtica, pois partem de uma unidade que possui significado, fazem sua anlise

    (segmentao) em unidades menores.

    Neste breve histrico encontra-se tambm a cartilha, brotada da necessidade

    de material para ensinar crianas a ler e escrever. At ento, elas instruiam-se em

    livros que eram trazidos de casa, quando havia algum livro em casa. No sculo XIX,

    aparece o silabrio, a primeira verso do que seria a cartilha. As cartilhas brasileiras

    tiveram procedncia em Portugal.

    A partir de 1930 acendeu espantosamente o nmero de cartilhas publicadas,

    pois isso incidiu a ser um grande negcio. Por volta de 1944, abrolha o Manual do

  • 10

    Professor, cuja funo era orientar o professor quanto ao apropriado uso do

    material. E o mercado das cartilhas continuou a crescer.

    Em pesquisas realizadas nos anos 1960 e 1980, as principais cartilhas

    adotadas no Estado de So Paulo eram: Caminho Suave, Quem sou Eu? e Cartilha

    Sodr (anos 1960); e No Reino da Alegria, Mundo Mgico e Cartilha Pipoca (anos

    1980).

    A cartilha est h muito tempo na escola. Muitos creem que ela tem um

    mtodo competente de alfabetizao, partindo do pressuposto de que se foi eficiente

    para alfabetiz-la servir tambm para outras. Entretanto, as cartilhas exibem fatias

    que permanecem sendo copiadas por professores na sala, discretamente ou no.

    Mesmo o critrio mais severo por parte do Ministrio da Educao para a

    publicao de livros didticos, no evita a uso precrio ou mesmo o uso de recursos

    imprecisos das velhas cartilhas.

    O mtodo global apareceu com o intuito de partir de um contexto e de algo

    mais prximo da realidade da criana. Sabe-se que a letra ou a slaba, isolada de

    um assunto, impedem a percepo, pois so elementos abstratos para a criana.

    Acreditava-se que partindo da realidade da criana o processo de alfabetizao

    auferiria significao deixando de ser to difcil e absorto. Ele parte da lgica de que

    se a criana aprende a falar enunciando palavras inteiras e no pedaos delas,

    tambm aprendero a ler e a escrever facilmente palavras com significado. Insistia-

    se que o professor deveria ficar o maior tempo possvel na fase de explorao global

    das palavras, para s depois fazer a anlise da palavra em slabas.

    Aps a criao do mtodo da palavrao, que partia da unidade - palavra foi

    instituda os mtodos da sentenciao e aqueles que partiam de contos ou do

    conhecimento infantil.

    2.1.1 Processo de alfabetizao

    O estudo cientfico da palavra alfabetizao atrai para o entendimento da

    alfabetizao como o processo de aquisio do alfabeto ou de aprender o cdigo da

    lngua escrita, ensinar habilidades de ler e escrever (SOARES, 1985).

    Em funo do processo de alfabetizao indispensvel analisar as

    realidades sociais, econmicas, culturais e polticas que a definem na construo

  • 11

    dos mtodos e materiais didticos para esse processo, assim como a concepo do

    professor alfabetizador.

    Destaca-se neste trabalho o ponto de vista de alguns autores cujas ideias so

    consideradas importantes e esclarecedoras sobre o processo de alfabetizao.

    Soares (1985) avalia que no seria apropriado impor um significado muito

    vasto alfabetizao, pois isso impediria sua especificidade, alm de tornar

    irrealizvel a configurao de habilidades bsicas de leitura e escrita no momento de

    se determinar a competncia em alfabetizar e em definir as condies tcnicas em

    que ela acontece. Afirma ainda que a lngua escrita no se institui numa

    representao da lngua oral porque no existe perfeita correspondncia entre as

    formas de linguagem e a escrita: ns no escrevemos como falamos e no falamos

    como escrevemos.

    Franchi (1985) pondera que no processo de alfabetizao, a funo do

    professor extraordinria na organizao de que as crianas carecem,

    principalmente porque necessrio criar situaes reais para que elas se exercitem

    e desenvolvam a sua formao intelectiva. Assim, destaca-se a acuidade do

    professor em acolher a linguagem da criana como ponto de partida uma reviso e

    introduo das normas cultas da linguagem padro. Tudo isto, acatando as formas

    usadas pela criana, que so o seu referencial bsico e necessitar ser superado

    pela tcnica da apreenso do cdigo escrito.

    A este respeito, semelhante a opinio de Rodrigues (1985), que cita a

    escrita como significativa e contextualizada: social, cultural e politicamente,

    tornando-se possvel a elucidao dos usos e funes da escrita na tentativa de

    abolir a artificialidade dos textos das cartilhas e manuais de alfabetizao, ou seja,

    partir do que natural e prprio do mundo da criana.

    Entre o processo de alfabetizao h uma grande brecha no quadro terico

    que elucida a aprendizagem da leitura e escrita. Sendo necessria uma construo

    terica para compor resultados e analis-los de forma agregada e estruturada nos

    diversos aspectos que abrangem esse processo.

    Diante da produo que a criana prepara o professor precisa deix-la

    escrever livre e espontaneamente, no para que ela invente seu prprio sistema,

    mas para que produza tais escritas baseadas em suas prprias hipteses, as quais

    mesmo no retribuindo forma estudada na escola possam constituir-se num

  • 12

    progresso e num instrumento extraordinrio que transportar s formas preparadas

    de representao grfica do sistema alfabtico.

    Com isso ela alcanar a possibilidade de ser entendida e de entender as

    produes de outras pessoas.

    2.2 Alfabetizao e letramento

    Lagoa (1990) apresenta a concepo que o alfabetizado uma pessoa

    capaz de ler e escrever, com uma compreenso, uma breve e simples exposio de

    fatos relativos vida cotidiana. A presente concepo nos faz perceber que para

    algum ser considerado alfabetizado bastava saber codificar e decodificar sinais

    grficos, com compreenso de pequenos textos como um bilhete, uma lista de

    compras, receita culinria e saber anotar um recado, preencher um cheque,

    concretizar pequenas tarefas que abrangessem a leitura e a escrita.

    Porm, com o passar do tempo tal significao deixou de corresponder ou

    acolher as necessidades da sociedade, e segundo o autor:

    Houve um tempo que era apenas passar os rudimentos da lngua para outra pessoa. Aquele que conhecia esses cdigos era considerado alfabetizado. Hoje podemos dizer que o indivduo que possui o domnio do cdigo e realiza a tarefa de codificar/decodificar considerado como alfabetizado (LAGOA, 1990, p. 34).

    Assim, diante do surgimento de novas situaes e exigncias apareceu uma

    nova concepo de alfabetizao, segundo a qual no basta que o aluno tenha o

    domnio do cdigo, mas necessrio aprender a escrever textos eficientes, o que

    abrange muito mais conhecimentos e habilidades do que unicamente codificar e

    decodificar palavras ou escrever frases. necessrio desenvolver textos

    apropriados a determinadas situaes, pois em funo de mudanas sociais, a

    alfabetizao adquiriu propores mais vastas e passou a ser abarcada como um

    processo de compreenso do sistema de escrita introduzido em outro maior, que

    envolve a aprendizagem da linguagem escrita e de seus usos possveis.

    Entretanto, segundo a autora, tal mudana:

  • 13

    (...) ganha visibilidade depois que minimamente penando e resolvido o problema do analfabetismo e que o desenvolvimento social, cultural, econmico e poltico traz novas, intensas e variadas prticas de leitura e escrita, fazendo emergirem novas necessidades, alm de novas alternativas de lazer. Aflorando o novo fenmeno, foi preciso dar um nome a ele: quando uma nova palavra surge na lngua, que um novo fenmeno surgiu e tem de ser nomeado. Por isso, e para nomear esse novo fenmeno, surgiu a palavra letramento (SOARES, 2002, p. 46).

    Segundo a autora acima descrita, o letramento passou ento a ser

    compreendido como estado ou condio de quem no apenas sabe ler e escrever,

    mas cultiva e exerce as prticas sociais da escrita.

    Deste modo, o letramento, torna-se uma alfabetizao em sentido vasto onde

    o aluno, alm de dominar o cdigo oral e escrito carece dominar outros conceitos

    formais de preparao dos mais diferentes tipos de textos, reconhecer seus usos,

    caractersticas e formas.

    Nesse sentido, afirma autora ainda que:

    As pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a escrever, mas no necessariamente incorporam a prtica da leitura e da escrita, no necessariamente adquirem competncia para usar a leitura e a escrita, para envolver-se com as prticas sociais de escrita: no leem livros, jornais e revistas, no sabem redigir um ofcio, um requerimento ou uma declarao, no sabem preencher um formulrio, sentem dificuldade para escrever um simples telegrama ou carta, no conseguem encontrar informaes num catlogo telefnico, num contrato de trabalho, numa conta de luz, ou numa bula de remdio... (SOARES, 1988, p. 45-46).

    A partir desta citao pode-se assegurar que qualquer pessoa, diante uma

    determinada exigncia social que no consiga atend-la em razo da falta de

    conhecimento sobre a escrita ou de aspectos formais de um algum texto, como um

    documento, um requerimento, um oficio, etc., estar sujeito a ser avaliado um

    analfabeto funcional ou um iletrado.

    Assim, percebe-se a necessidade de permanente de atualizao,

    aperfeioamento, para que enquanto docentes tenha-se condies de acolher s

    cobranas com as quais os nossos alunos se deparam no cotidiano.

  • 14

    Desta forma, a ttica para a aquisio do letramento est na prtica da leitura

    e da escrita. As pessoas que adquirem e cultivam o costume de ler tero mais

    facilidade de se expressar graficamente, pois, medida que leem com frequncia,

    vo ajuntando, assimilando aspectos formais de diferentes tipos de texto, esta

    prtica influenciar na construo de capacidades e competncias que derivaro no

    bom desempenho do futuro escritor.

    2.3 Perspectiva histrica da leitura e escrita

    De acordo com Barbosa (1994) a leitura e escrita foram aparecendo

    historicamente a partir do momento em que o homem aprendeu a transmitir seus

    pensamentos e sentimentos. Da houve a necessidade em informar as ideias sobre

    como labora o sistema de comunicao.

    Esse processo de registro teve comeo de maneira prtica

    ...com a pintura nas cavernas do perodo paleoltico; transformou-se na pictografia (registro de ideias por desenhos copiados da natureza com relativo realismo); aperfeioou-se com a simplificao desses desenhos, transformando-os em ideogramas (sinais simplificados de desenhos, j sem a preocupao de faze-los cpias fiis da natureza) e resultou na criao dos fonogramas (sinais que representam os sons da lngua falada), inveno essa atribuda ao povo semita, que habitava a sia Menor (RIZZO, 2005, p.13).

    A escrita que se tem atualmente, o alfabeto com o qual (re) construmos

    graficamente nosso olhar, com o qual se pode dizer das coisas e dos outros,

    resultante de longos anos de histria da escrita e decorrente de sua necessidade de

    registrar fatos, ideias e pensamentos (RIZZO, 2005, p.13).

    Nota-se na realidade que o desenvolvimento da escrita avanou devido s

    observaes nas mudanas de governo, nos fatores geogrficos, sociais, culturais e

    econmicos, assim sendo os registros histricos se fizeram imprescindveis, para

    garantir s geraes futuras os conhecimentos dos fatos passados.

  • 15

    Ao criar-se cdigo de sinais para fixao do conhecimento, careceu de

    compreenso para domin-lo, isso para que os que almejassem ter ingresso

    informao escrita.

    Em muitas culturas histricas, a linguagem escrita era debelada por uma

    casta de funcionrios ou sacerdotes, o que garantia o poder atravs do controle da

    referente linguagem. Os escribas, sacerdotes do antigo Egito ou Eclesisticos da

    Idade Mdia europeia desfrutavam desse privilgio.

    Na Antiguidade, na Grcia e Roma Antiga, o ensino da leitura e da escrita,

    ...enfatizava de tal forma o domnio do alfabeto (ensino do nome e das formas das letras), a ponto de o processo iniciar-se pela caligrafia e pelo reconhecimento oral do nome de cada sinal (letra). Esse procedimento era bastante repetitivo e demorado e transformava-se, numa fase posterior, na conjugao de dois, depois trs sinais para serem lidos juntos, formando assim novos sons, sem qualquer preocupao de ligao destes a significados (RIZZO,2005, p.1 4).

    A respeito do processo de ensino da leitura e da escrita, Rizzo (2005, p.14),

    comeava com exerccios de domnio de todas as possveis combinaes de letras e

    sons, assim passavam para a etapa posterior, na qual apenas depois de os alunos

    j estarem manobrando bem penas e tintas na caligrafia das letras, estes eram,

    ento, levados a formarem palavras, que, depois, reunidas, formavam frases e,

    finalmente, textos.

    A procedncia do termo alfabetizar, deve-se ao ensino do alfabeto e ao

    primeiro mtodo de ensino, que conhecemos pelo nome de alfabtico ( RIZZO,

    2005, p. l5).

    Como j foi destacado, saber ler e escrever era sinal de status, e apenas as

    classes da elite tinham acesso, o que seguiu at muito recentemente.

    O ensino na Grcia

    ...era sempre individual e cabia aos escravos (pessoas cultas retidas como prisioneiras de guerra) faz-lo. Em Roma, em poca posterior, os filhos dos ricos j iam escola. Os professores eram, geralmente, gregos, na sua maioria, escravos dos romanos. Ensinavam a poucos alunos, em cada classe, que podia ser de meninos ou de meninas, separadamente. As aulas eram sempre na parte da manh ( RIZZO, 2005, p.l5).

  • 16

    Com o passar dos anos, na Antiguidade, o mtodo alfabtico sobreveio a ser

    discutido pelos pedagogos frente s dificuldades dos alunos em pronunciar sons

    resultantes de combinaes de consoantes com vogais, tendo aquelas nomes

    diferentes dos sons que necessitariam evocar (RIZZO, 2005, p. 15).

    Devido a esse fracasso, trocaram por uma simplificao, que era parecido

    em tudo ao primeiro, entretanto no ensinava mais o nome das letras e sim o seu

    relativo som. Assim foi institudo o mtodo fnico ou fontico.

    Por volta do sc. XV foi idealizada a imprensa mvel que veio ao mundo

    europeu romper com os modos antigos, porm designados a poucos. A partir do

    Renascimento a quantidade de indivduos que dominavam a leitura e escrita veio a

    somar. A Reforma Protestante insistiu em que os fiis lessem a Bblia, o que causou

    o aumento do interesse pelo domnio do alfabeto.

    Mais tarde com o iluminismo, novo desenvolvimento da alfabetizao,

    sentindo-se preciso em alfabetizar a sociedade para contar com um povo

    alfabetizado no seu conjunto. No inicio do sc. XIX os estados liberais europeus

    ministraram planejamentos de alfabetizao para escolarizao de crianas

    obrigatoriamente (CENED, 2002).

    No Brasil os portugueses descobriram povos primitivos quando chegaram s

    costas da Bahia no ano de 1.500. Dividiam-se em tribos mediante tradio oral,

    passaram as consecutivas geraes os valores de seus antepassados. Estes povos

    eram muitas tribos indgenas existentes no Brasil acolheram os europeus, em anos

    seguintes foram submetidos catequese crist por diversas ordens religiosas. Os

    Jesutas, com a inteno catequtica, inseriram a primeira escola no Brasil, assim a

    educao jesutica, nos chamados tempos heroicos (primeiros 21 anos - 1549-

    1570), comandados pelo Padre Manuel da Nbrega, era organizada em

    recolhimentos onde eram educados mamelucos, os rfos, os indgenas

    (especialmente os filhos dos caciques) e os filhos dos colonos brancos dos

    povoados.

    A partir de 1556, Anchieta recolheu a lngua falada no Brasil, na regio sul e

    elaborou uma Gramtica da Lngua-Guarani, e as primeiras peas educacionais

    compostas a partir da matriz europeia.

    Quando as tropas napolenicas se aproximaram de Lisboa, a famlia real veio

    para o Brasil, ensinou-se uma nova Educao brasileira no Reinado de D. Joo VI

    com novos e ordenaram novas posturas da antiga e pobre colnia nos aspectos

  • 17

    cultural e industrial. Alguns que j haviam estudado tiveram acesso ao ensino

    superior, e a comunidade permaneceu analfabeta.

    Com a proclamao da Independncia do Brasil, continuou a mesma linha de

    pensamento do tempo de D. Joo VI, implantaram curso de direito em Pernambuco

    e So Paulo. A alfabetizao permaneceu esquecida, nessa poca o acesso

    alfabetizao era restrito aos padres, freiras e aos descendestes das famlias que

    tinham condies financeiras, pagavam o ensino particular, o catolicismo arcava

    com os estudos para aqueles que optavam por ser padre ou freira.

    Segundo o autor:

    O Decreto Imperial de 15 de outubro de 1827foi a primeira lei de instruo elementar, no Brasil, durante o Imprio e nica at 1946. Por esses dados j se pode ter uma ideia do descaso com que foi tratada a educao elementar. A tradio das camadas privilegiadas de tratar a instruo elementar como tarefa da famlia, por meio de preceptores, dispensava a reivindicao de escolas. Quando o faziam era apenas para confirmar o discurso demaggico que permeou todas as aes da elite ante as necessidades da populao (ZOTTI, 2004. p.39).

    O segundo imperador do Brasil. D. Pedro II, no implantou sequer um curso

    superior e no se atentou com a questo do analfabetismo, ainda porque toda a

    produo agrcola era aguentada pela mo-de-obra escrava.

    Ainda no decorrer do Segundo Imprio comearam a aparecer, por todo o

    Brasil, escolas originadas pelos trabalhos de pregao de missionrios evanglicos

    presbiterianos vindos dos Estados Unidos da Amrica. Os presbiterianos fundaram

    escola fundamental que limitava apenas aos protestantes e maons circunstncia

    que a comunidade permanecia sem estudar.

    Durante a Repblica velha, copiaram-se a constituio dos Estados Unidos,

    deram sequncias ao ensino particular e proibiram o ensino pblico. No Estado

    Novo impediram o processo educativo pelos estrangeiros existentes no Brasil, em

    virtude imigrao europeia e asiticas, que comearam a ignorar a Lngua

    Portuguesa. Foi barrada pelo o governo que ignorou tambm o Ensino pblico e

    bsico.

    Durante Repblica, o perodo da Primeira Repblica, produziu uma farta legislao sobre o ensino superior em todo o pas e os ensinos

  • 18

    secundrios e primrio que se tornaram inoperantes com a Constituio de 1891 e a vitria do federalismo, que deferiu aos estados a atribuio do ensino primrio, dando-lhes o direito de organizar os seus sistemas escolares, sem fixar as diretrizes de uma poltica de educao nacional (ZOTTI, 2004. p.68).

    Na dcada de 70 comeou aes do movimento brasileiro de alfabetizao

    (MOBRAL), que atingiu 30 milhes de jovens e adultos nos 3.953 municpios em que

    adentrou. Extinto em 25.11.1985 deu origem a Fundao Educar.

    O MOBRAL, no Brasil, emergiu enquanto luta pela educao popular e assim como:

    ...nos pases dependentes, pode ser analisada sob dois ngulos: a) poltica externa, b) poltica interna. No Brasil o primeiro nos conduz ao MOBRAL que tem como objetivo a adaptao, a preparao da mo-de- obra para o mercado de trabalho. Para isso o indivduo deve ser alfabetizado a fim de receber duma forma mais fcil as informaes e o treinamento que lhe permitiro desenvolver o trabalho que lhe est reservado no desenvolvimento do pas, ou seja: o indivduo condicionado e instrumentalizado (BARBOSA, 1984, p. 22)

    Tambm no inicio dos anos 80, com o objetivo fundamental de gerar a

    participao comunitria, entraram em ao o Programa Nacional de Aes Scio -

    Educativo para o Meio Rural (PRONASEC) e o Programa de Aes Scio- Educativo

    e Cultural (PRODASEC), centrado nas zonas urbanizadas.

    No entanto, essas iniciativas no resolveram o problema de ampliar

    efetivamente a alfabetizao. No Brasil hoje, os atuais governantes brasileiros tm

    despendido grandes esforos para afastar o analfabetismo e para proporcionar

    educao em todos os nveis sociedade.

    Atualmente a principal motivao, de vrios autores que pesquisam sobre o

    processo de construo da escrita, na perspectiva da teoria desenvolvida por Emlia

    Ferreiro, deve-se ao fato dessa abordagem enfocar a origem e a evoluo das

    funes a psicognese da escrita da criana em relao alfabetizao.

    Para a autora:

    O desenvolvimento da alfabetizao ocorre, sem dvida, em um ambiente social. Mas as prticas sociais, assim como as informaes sociais, no so recebidas passivamente pelas crianas. Quando

  • 19

    tentam compreender, elas necessariamente transformam o contedo recebido. Alm do mais, a fim de registrarem a informao, elas a transformam. Este o significado profundo da noo de assimilao que Piaget coloca no mago de sua teoria (FERREIRO, 1999, p. 24).

    Em decorrncia das concluses obtidas por Ferreiro, as estudiosas nessa

    abordagem sentem a preciso de uma reestruturao nos conceitos, nas prticas e

    nas posturas didticas, repensando a funo do professor alfabetizador e,

    principalmente, analisando a criana como o sujeito que est se desenvolvendo num

    ambiente social cuja alfabetizao se realiza num processo de construo de

    conhecimento referente ao sistema alfabtico da escrita.

    Neste sentido, a criana no est sendo alfabetizada por algum, mas sim

    est alfabetizando-se ao interagir com o meio e com as pessoas que a rodeiam.

    2.4 A leitura e a escrita na alfabetizao

    No processo de alfabetizao, num certo momento a criana d um grande

    salto, que muitas vezes chamado como estalo da alfabetizao.

    Supe-se que este estalo acontece quando o aprendiz compreende que no

    sistema alfabtico, os segmentos grficos concebem segmentos de som.

    No incio tudo muito simples, mas com o passar do tempo o alfabetizando

    compreende que as coisas so um pouco mais complicadas do que parecem. Ento

    imperioso, cada vez mais, desafiar esta criana, para que possa fazer novos

    descobrimentos sobre a leitura e escrita.

    O educando precisa achar que nem sempre o casamento do som e das letras

    monogmico, como o modelo ideal do sistema alfabtico, que cada letra

    corresponde a um som e cada som corresponde somente a uma letra, tendo uma

    correspondncia biunvoca entre sons da fala e letras do alfabeto.

    No portugus acontecem poucos casos de correspondncia biunvoca.

  • 20

    O som da vogal i um bom exemplo para perceber este caso. Se a vogal i

    est em posio de slaba acentuada, ela ser representada pela letra i, como nas

    palavras vida e saci. Mas se a vogal i estiver numa slaba tona final, corresponde a

    letra e, como no caso de vale e morte.

    Existe tambm um caso onde ocorre ditongao de todas as vogais tnicas

    localizadas na ltima slaba quando uma consoante vem depois, como na pronuncia

    da palavra rapaz (rapaiz), de ps (peis) e de luz (luis).

    importante que o alfabetizador esteja apto a explicar esta relao de letras

    e som. Um outro tipo de relao, mais difcil, que ocorre entre letras e sons a

    concorrncia entre duas letras, que podem representar o mesmo som, no mesmo

    lugar. Sendo o caso das letras s e z, que nas palavras mesa e reza, ocupam o

    mesmo espao, ficando entre duas vogais. Entre outras, com c, e ss; ch e x; g e j.

    Por isso importante seguir as etapas naturais do aprendiz. Deixa-lo explorar

    bastante a hiptese da monogamia, para comear fornecer-lhe material que entre

    em contradio com sua hiptese j construda. Depois, aos poucos, devem-se

    introduzir letras para que comece a construir novas hipteses.

    Quando uma criana no consegue passar de uma hiptese para outra, ela

    comea a cometer falhas na leitura e escrita. A leitura fica lenta, com soletrao a

    casa slaba, e a escrita com repetio de letras, omisso de letras, trocas na ordem

    de letras, falhas decorrentes da insegurana entre os formatos das letras entre

    outros.

    A partir do momento que o aprendente no comete mais erros como nas

    escritas das palavras patu (pato); devi (deve); tonbo (tombo); treis (trs), a transio

    entre a primeira e a segunda etapa est completa.

    Mas a prxima etapa durar por toda a vida do indivduo, pois haver sempre

    um momento de insegurana sobre a ortografia correta de algumas palavras, em

    que duas ou mais letras possam causar o mesmo som em uma mesma posio

    numa palavra como as letras s;z;c;x;h; j;g, etc.

    Quando necessrio, tambm interessante contar a criana um pouco sobre

    a histria de nossa lngua, que vem do latim o que influencia muito at hoje, para

    que entendam por que tantas letras podem causar um mesmo som.

    O professor deve estar prevenido tambm com o linguajar, uma das causas

    que podem ocasionar alguns problemas na aprendizagem, pois a criana a principio

  • 21

    escreve da mesma maneira que fala, mas sempre tendo o cuidado para nunca

    desrespeitar a modo pela qual falam.

    Com um bom trabalho nessa etapa, as crianas no tero problemas ao

    saber que letras so imperiosas para representar determinados sons e onde pode

    ocorrer a concorrncia entre as letras.

    Um outro passo em que o professor deve trabalhar bastante a etapa dos

    suflixos, fazendo com que o alfabetizando compreenda a regularidade da morfologia.

    Se o indivduo conseguir entender que apesar da letra s provocar o mesmo som que

    a letra z na palavra riqueza ela no poder ser escrita de outra forma, pois riqueza

    corresponde ao nome de uma qualidade, que proveniente de um adjetivo que mais

    o pedacinho eza, alterar-se em substantivo, sempre que ele for escrever qualquer

    palavra que se adapte nessa regra no encontrar dificuldades para escrev-la.

    Com o estudo dos sufixos a criana poder distingui-los nas palavras facilitando-a

    na escrita.

    Distinto exemplo da relevncia do trabalho com sufixo so as palavras que

    terminam com agem, se a criana compreender que toda palavra acabada com este

    pedacinho escreve-se com g e no com j, guardar na sua memria e prestar mais

    ateno em outras coisas.

    Existe tambm, o caso dos prefixos que auxilia a fixar a grafia correta das

    palavras, como por exemplo, o prefixo ex- de expulsar e excomungar.

    Enfim, depois de diverso descobrimento o educando conter mais segurana

    em eleger a letra correta para simular um determinado som.

    2.5. Dificuldades em ler e escrever

    O campo da educao nem sempre rodeada apenas por sucessos e

    aprovaes. Muitas vezes, no transcorrer do ensino, se encontra com problemas

    que deixam os alunos paralisados ante do processo de aprendizagem, assim so

    considerados pela prpria famlia, professores e colegas. importante que todos os

    envolvidos no processo educativo estejam precavidos a essas dificuldades, notando

    se so momentneas ou se prosseguem h algum tempo (BARROS, s.d).

  • 22

    As dificuldades podem ocorrer de fatores orgnicos ou mesmo emocionais e

    importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo

    educativo, compreendendo se esto agregadas preguia, cansao, sono, tristeza,

    agitao, desordem, dentre outros, analisados fatores que tambm desmotivam o

    aprendizado (ANTUNES, 2008).

    A ocorrncia de existirem crianas que no conseguem obter sucesso na

    aprendizagem escolar sempre chateou estudiosos das vrias reas do saber. Muitos

    deles, segundo Campos (1997) ponderando os problemas de aprendizagem

    chegaram a diversos termos e definies, sem, contudo, estabelecerem um conceito

    sobre eles.

    Para a referida autora, dificuldade de aprendizagem faz referncia a alguma

    desordem na aprendizagem geral da criana, derivado de fatores reversveis onde

    normalmente no possui causas orgnicas.

    J para Jacob, Loureiro (1996) e Weiss (1997) a dificuldade de aprender

    pode, contudo, estar pautada a determinantes sociais, da escola e do prprio aluno.

    Pelegrini e Golfeto (1998) revelam em seus estudos apreenso com as

    dificuldades de aprendizagem das crianas e salientam que, dentro da estrutura

    escolar, as crianas de acordo com a sua idade e com seu nvel de desenvolvimento

    intelectual podem exibir diversas realizaes, mas que nem sempre obtm sucesso

    nesta empreitada.

    Discorrendo na aprendizagem direcionada a leitura e a escrita, muito se fala

    quando estas no ocorrem com naturalidade. Entretanto alguns professores ainda

    tem a viso de que o aluno no aprende por falta de vontade prpria, ou mesmo por

    abnegao escola.

    Em meio a tantas provocaes, a escola ainda precisa se responsabilizar

    dentre a deteco de tais dificuldades a qual o aluno exibe, e perceber quais suas

    origens e a melhor interveno que o leve a aprendizagem, acatando seus limites e

    especificidades.

    Referindo-se a tipos de dificuldades, podem-se citar vrias, pois nas salas de

    aulas depara-se com alunos com distintas capacidades de conhecimentos, de

    cultura e de condies de aprendizagem. Alunos que expem algum transtorno de

    aprendizagem precisam de atividades diversificadas e mais tempo para construir seu

    conhecimento.

  • 23

    Quando compreendida a presena de um dficit no desenvolvimento do

    reconhecimento e compreenso dos textos escritos, visto que esta desordem no

    por causa de deficincia intelectual, e nem a inadequada escolarizao, ou ento a

    problemas neurolgicos, visuais ou auditivos, ento se pode designar este

    transtorno como dislexia ou transtorno do desenvolvimento da leitura (STANOVICH,

    1992).

    A palavra dislexia de acordo com a ABD, Associao Brasileira de

    Dislexia vem do latim: dis, de distrbio, e do grego lexia, significa linguagem. Ou

    seja, dislexia uma disfuno neurolgica que mostra-se como consequncia a

    dificuldades na leitura e escrita sendo de carter hereditrio.

    Identificada pela primeira vez por Berklan em 1881, o termo dislexia foi

    determinado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista de Stuttgart, Alemanha.

    Ele usou o termo para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no

    aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades

    intelectuais normais em todos os outros aspectos.

    A dislexia um tema muito elucidado na educao, pois intervm diretamente

    no aprendizado e conhecimento por parte do aluno. Cada vez mais os professores,

    estudantes e especialistas da rea da educao focam seus estudos neste

    obstculo a fim de achar respostas e solues para uma transformao no quadro

    educacional, onde, anseiam que professores e alunos em conjunto trabalhem para

    melhorar o resultado alcanado atravs de seus projetos pedaggicos em vista de

    que o aluno seja favorecido e aprenda, assim como os outros, de modo satisfatrio e

    necessrio vida dele.

    Segundo informaes (Revista Comunicar-ano XIII - n. 52-janeiro/maro

    2012), a dislexia abrange quase 4% da populao brasileira, ou seja, um nmero

    elevado e inquietante ante do problema em diagnostic-la ou de preveni-la.

    A terminologia para essa dificuldade em aprendizagem, a dislexia s virou um

    ttulo nesta dcada onde muito se discorreu sobre o tema e quando muitos autores

    se dedicaram averiguao da mesma.

    O diagnstico da dislexia deve ser realizado com muito cuidado e pais e

    professores precisam se aprofundar em conhecimento sobre o tema e avaliar

    tambm o processo da alfabetizao para que no avaliem suas crianas

    erroneamente quando o processo de alfabetizao ainda est ocorrendo.

  • 24

    A criana com dislexia difere das outras da mesma idade em vrias maneiras. Estas diferenas no so evidentes em todas as crianas com dislexia, e elas ocorrem em diversas combinaes, assim como no nvel de dificuldades varia muito. Por isto muito importante que os educadores tenham informaes dos sintomas da dislexia. (FILHO TAVARES, 2000, p. 256).

    2.6 Distrbios de aprendizagem da leitura e da escrita

    As origens dos distrbios de aprendizagem na rea da leitura e da escrita

    podem ser orgnicas abrangendo cardiopatias, encelopatias, deficincias sensoriais,

    motoras e intelectuais, disfuno cerebral e outras enfermidades duradouras;

    psicolgicas vinculadas a desajustes emocionais, ansiedade, insegurana e alta-

    estima baixa; pedaggicas relacionadas aos mtodos imprprios de ensino, ao mau

    desenvolvimento dos pr-requisitos indispensveis para o processo de

    aprendizagem, mtodo do professor, o atendimento nas classes entre outros fatores

    influentes ao ensino e aprendizagem; socioculturais que diz respeito a falta de

    estimulao, a desnutrio, a privao cultural do meio; ou dislexia que um

    distrbio de leitura, que representada por um dficit na competncia de simbolizar

    e comumente s percebida na primeira e segunda srie do ensino fundamental.

    O atraso na obteno das primeiras palavras; fala inadequada; dificuldades

    de aprendizagem e de reteno das palavras; inverso, rotao na escrita, omisses

    e substituies na leitura; repetio de erros grficos; problemas de lateralidade e

    dominncia cerebral; dificuldades de descobrir palavras para se expressar e escrita

    ilegvel e incompreensiva so as determinantes mais relevantes para as dificuldades

    especiais de linguagem.

    Podem-se localizar umas das caractersticas citadas acima em crianas que

    exibem distrbios de leitura, sendo importante destacar que tais caractersticas no

    se exibem numa nica criana.

    O aluno que apresenta dificuldades na leitura oral exibe dificuldades na

    percepo visual ou auditiva, canais indispensveis para perceber informaes que

    sero processadas em seu crebro, quando h uma distoro em um desses canais

    a criana exibir distrbio na leitura.

  • 25

    Nas dificuldades da descriminao visual auditiva descobre-se os problemas

    de discriminar os sons, principalmente os sons semelhantes. Por isso as dificuldades

    mais comuns so as trocas de consoantes f/v; p/p; ch/j; t/d; s/z;c/g e de vogal oral

    por nasal na/a; em/e; in/i; on/o; um/u, pontuao imprpria ou ausente; incapacidade

    para ouvir sons iniciais ou finais das palavras entre outras dificuldades.

    As dificuldades na abrangncia da leitura so causadas pela velocidade da

    leitura, quando o indivduo faz a leitura silabada no consegue reter o texto evitando

    uma boa compreenso, por ter uma falha em seu vocabulrio, incapacidade de tirar

    concluses.

    No obstante no se pode deixar de mencionar a dislexia que uma das

    causas dos distrbios de leitura e se apresenta em crianas com dificuldades em

    identificao de smbolos grficos; letras e nmeros; no comeo da alfabetizao e

    que induz a um fracasso nas reas que defendem a leitura e a escrita.

    2.7 O papel do professor junto aos alunos com dificuldade de aprendizagem

    Sabe-se da acuidade do papel do professor na aprendizagem das crianas,

    pois por meio dele que ocorre a mediao, ou seja, o professor proporcionar um

    momento onde suas relaes determinaro resultados significativos para a

    aprendizagem, permitindo o ensino mais benfico, estimulante e por que no, de

    fcil compreenso.

    Para que este processo ocorra, imperioso o olhar vigilante do professor a

    todos os alunos, pois por meio de seus gestos, sua fala, as construes coletivas do

    conhecimento, considerando que a interao que ele proporciona induzir a

    perceber o processo de aprendizagem do aluno ou as dificuldades originadas por

    ele. O professor deve ser um amigo, algum que est na sala de aula por inteiro,

    entendendo as relaes e nelas interferindo quando necessrio. Para isso, o

    professor deve ter conhecimento dos contedos a serem trabalhados com os alunos,

    devendo com seriedade e responsabilidade palavra Educador, por fim, que

    trabalhe com profissionalismo.

  • 26

    Segundo Vygotsky (1991), o educador precisa atuar na zona de

    desenvolvimento proximal (ZDP), levando a criana do nvel de conhecimento real

    ao nvel de conhecimento potencial

    ZDP a distncia entre o nvel de desenvolvimento real, que se costuma determinar atravs da soluo independente de problemas, e o nvel de desenvolvimento potencial, determinado atravs da soluo de problemas sob a orientao de um adulto ou em colaborao com companheiros mais capazes. (OLIVEIRA, 1993, p.60).

    A partir desse pensamento pergunta-se se os professores tm cincia da

    importncia da sua funo, se eles compreendem a encargo que tm em mos.

    A escola, assim como o professor, coopera no processo de construo do

    papel do professor quando estabelece o Projeto Poltico Pedaggico. Este

    documento no deve ser somente um acumulado de folhas escritas, ele deve ser a

    linha chefe da construo do conhecimento e expor as funes de cada profissional

    na escola, o que a escola almeja. Isto porque o professor no apenas um mero

    transmissor de informaes, mas sim um coparticipante imprescindvel neste

    processo de ensino-aprendizagem.

    A escola deve olhar o aluno como um mortal em desenvolvimento que precisa

    de ateno, carinho, responsabilidade, deve ter finalidades claras que levem o aluno

    a um processo de aprendizagem privilegiado. Seguindo esta linha, tem-se o

    pensamento de Piaget com relao escola e professor, que diz: ... o adulto deve,

    pois, ser um colaborador, e no um mestre, do duplo ponto de vista moral e racional

    , "que s concebemos uma disciplina autnoma e interior em uma sala de aula na

    medida em que o trabalho admita a maior parte de iniciativa e de atividade

    espontnea por parte da criana (CARVALHO, 2001 apud ANTUNES, JUNGBLUT,

    2008).

    Este pensamento s robustece a importncia do papel do professor, um

    profissional atento ao seu grupo, as suas aprendizagens e suas dificuldades. Um

    profissional que mediante uma dificuldade preocupa-se em trazer solues, em se

    capacitar para interferir da melhor maneira plausvel. Por outro lado, este profissional

    deve instigar a autonomia do aluno, para que tenha habilidade de empregar os

    conhecimentos escolares tendendo assimilar conhecimentos e procedimentos, bem

  • 27

    como ampliar a percepo e a escolha da melhor maneira de resolver e solucionar

    seus problemas ou a execuo de novas tarefas.

    Se na prtica isso realmente ocorre, o professor estar preparado para ajudar

    o aluno a resolver as dificuldades que surgem no processo da aprendizagem.

    Assim, Luckesi (2000) assegura que distinguindo a origem e constituio de

    um erro, pode-se super-lo, com benefcios expressivos para o crescimento.

    Quando este procedimento de reorientao ocorre entre o professor e o aluno

    provvel compreender tomando como base um padro cognitivo ou prtico, um

    ponto de partida para compreenso do erro, identificando-o e induzindo o aluno a

    super-lo.

    Luckesi (2000) assegura ainda que o erro a amostra de um conhecimento

    no aprendido, mas que precisa de ateno para que possa acontecer o avano na

    aprendizagem do aluno e se o professor abarca este desvio, possibilitar a sua

    correo e automaticamente uma boa aprendizagem.

    Por fim, entende-se que o professor no deve apontar ou punir o aluno por

    no ter compreendido o contedo trabalhado, mas deve saber orient-lo da melhor

    forma possvel.

  • 28

    3 MATERIAIS E MTODOS

    Para realizar esta pesquisa de concluso de curso foi realizada uma reviso

    bibliogrfica, cuja busca de informaes utilizou as palavras-chave relacionadas ao

    tema proposto, sendo realizada entre os meses de janeiro de 2014 a novembro de

    2014.

    Buscamos por meio do levantamento bibliogrfico um conhecimento

    aprofundado em relao ao tema, realizando a pesquisa cientfica por intermdio de

    peridicos, livros, artigos teses e dissertaes e acervos da biblioteca das

    Faculdades Integradas de Itapeva/SP.

    Deste modo a pesquisa fundamentou-se na realidade do profissional e no

    enfrentamento as questes que cercam a profisso, permitindo analisar, avaliar e

    refletir sobre as questes ligadas a suas funes, ampliando seus conhecimentos e

    desenvolvimento profissional.

  • 29

    4 RESULTADO E DISCUSSO

    Para Santos (s.d) a leitura e escrita no so padres natos do comportamento

    humano, isto , no nascem prontamente no indivduo, necessitam ser construdos.

    Esta construo sucede em cerca de 80% no mundo da escola, embora de o hbito

    da leitura principiar desde o momento em que a criana principia a balbuciar nas

    suas primeiras palavras.

    Abud (1987) observa que a leitura a embasamento para aquisio de uma

    cultura geral; ela , por conseguinte, o fundamento da aprendizagem escolar; a

    escrita; depois da fala um dos fundamentais instrumentos do processo de

    comunicao e expresso, utilizando-se da linguagem escrita o homem pode

    compartilhar suas ideias a algum ou simplesmente externar seus anseios e seus

    pensamentos.

    J Smolka (2003) e Soares (1999) percebem que, o ensino da lngua deve ser

    institudo em prtica discursiva, em torno de textos orais, escrito, em diversos tipos

    de gneros, e que tambm subordinado das condies de produo de quem fala

    ou escreve, para quem fala ou escreve, quando e onde fala e escreve.

    Santos (s.d) enfatiza que aprender a ler e escrever so processos

    cumulativos e duram por toda a vida. So partes complementares e imprescindveis

    para o processo de desenvolvimento do individuo na sociedade, ficando a escola um

    dos espaos nos quais as crianas se encontram com a leitura sistematizada

    atravs dos livros e de outros meios.

    Conforme Soares (1999, p. 3), o conceito de letramento no concebe a lngua

    como processo de comunicao ou instrumento de entendimento, mas a analisa

    como um processo de influncia mtua em que o interlocutor vai estabelecendo

    sentido e definio ao longo de suas trocas lingusticas, formando significados,

    segundo a relao que mantm com a lngua, com o tema sobre o qual fala ou

    escreve.

    Para Santos (s.d) est mais do que evidenciado de que o sucesso escolar

    depende muito da capacidade de ler e escrever que o educando contrai ao longo

    dos 5 primeiros anos da Educao Bsica, ou seja, da alfabetizao (1 ano) ao 5

    ano. nesta fase que o binmio leitura e escrita deve ser cogitada de forma rica e

  • 30

    diferenciada, proporcionando ao educando vrios tipos de leituras que sejam de

    acordo com sua faixa etria, interesse individual e coletivo.

  • 31

    5 CONCLUSO

    Percebe-se que h vrias metodologias para ensinar escrever. Alfabetizar

    oferecer condies a criana de ser capaz de ler e escrever fazendo o uso

    adequado da lngua escrita significa por fim, orientar a criana para o domnio do

    processo da escrita.

    Atualmente a educao est peregrinando para alfabetizar letrando. No

    processo de alfabetizar e letrar indispensvel que os educadores contenham

    claros tais conceitos, pois alfabetizao um processo especifico e imprescindvel

    de apropriao do sistema da escrita, a aquisio dos princpios alfabtico e

    ortogrfico que permite ao educando ler e escrever com autonomia e letramento, o

    processo de incluso e participao na cultura escrita, processo este que tem inicio

    quando a criana principia a conviver com as diferentes manifestaes da escrita na

    sociedade e se propaga por toda a vida, com a crescente possibilidade de

    participao nas prticas sociais que abrangem a lngua escrita.

    Ferreiro (2003) esclarece que o conceito de alfabetizao altera de acordo

    com as pocas, as culturas, a vinda das tecnologias e demais inovaes, tornando-

    se por isso, indispensvel que o professor esteja aberto s mudanas que

    acontecem em seu tempo. O acompanhamento das mudanas exige do

    alfabetizador novas formas de tornar dinmico e prazeroso o processo de

    alfabetizao.

    Este trabalho analisa que alfabetizao e letramento so processos distintos,

    cada especificidade, mas complementares e inseparveis, ambos indispensveis

    para a aquisio da leitura e da escrita pelos educandos. Neste sentido no se trata

    de sugerir entre alfabetizar ou letrar, trata-se de harmonizar esses dois processos

    certificando aos alunos a apropriao do sistema alfabtico ortogrfico e condies

    possibilitadoras do uso da lngua nas prticas sociais de leitura e escrita, percebe-se

    que a ao pedaggica mais apropriada e produtiva aquela que considera, de

    maneira pronunciada e simultnea, a alfabetizao e o letramento.

    preciso alterar o aprender, e isto demanda tempo, que no sucede de uma

    hora pra outra, porque demandam foras de muitos segmentos, segmentos estes

    que na maioria ultrapassam o ambiente escolar. Como o social, econmico,

  • 32

    tecnolgico, poltico e muitos marcham alheios aos objetivos da educao. O desafio

    da escola atual est em sua contribuio redefinio dos saberes e dos valores

    suscetveis a participar dos processos de construo de novos cenrios, num mundo

    ao mesmo tempo pleno e intercultural.

  • 33

    6 REFERNCIAS

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