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O Processo Eleitoral e os O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim Alexandre Kruel Jobim 1

O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

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O Processo Eleitoral e os O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Meios de Comunicação. Realidade e PolêmicasRealidade e Polêmicas

Alexandre Kruel JobimAlexandre Kruel Jobim

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Os Meios de Comunicação Social e o Os Meios de Comunicação Social e o Processo Eleitoral.Processo Eleitoral.

- Utilização pelos partidos /candidatos (propaganda gratuita), regulada pelo Estado

- na programação normal (rádio e TV), na mídia impressa (jornal e revista) e na Internet como mecanismo de convencimento, penetração e capilaridade;

- mecanismos para afrontar os adversários políticos (imagem, calúnia, difamação e injúria);

- propaganda institucional e proselitismo da “situação”, propaganda subliminar, propaganda antecipada

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Diferenças Conceituais dos Diferenças Conceituais dos Meios de Comunicação Meios de Comunicação

33

Rádio Televisão Jornal Internet

Comunicação de Massa

Comunicação de Massa

Acesso “Restrito” e não massificado

Livre, mas não massificada

Concessão pública

Concessão pública

Sem autorização estatal

Sem autorização estatal

1 para “n” 1 para “n” 1 para compradores

“n” para ”n”

Gratuito e indeterminado

Gratuito e indeterminado

Pago: assinantes e bancas

Híbrido (sites pagos e gratuitos)

Sem interação. Passivo

Sem interação. Passivo

Sem interação. Passivo

Interatividade .Ativo. Passivo no “spam”

Vedada a propaganda eleitoral.

Vedada a propaganda eleitoral

Propaganda eleitoral permitida

Vedada propaganda paga, bem como a a paga e a gratuita em sites de PJs e da adm. pública

Restrições à cobertura jornalística

Restrições à cobertura jornalística

Restrições apenas no manifesto abuso

Sem restrições à cobertura jornalística

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Conceitos “Meios de Comunicação Conceitos “Meios de Comunicação SocialSocial

Rádio e Televisão (Lei nº 4117/62)

-Emissão livre e gratuita de programação - 1 para “n”- sujeitos indeterminados e não identificáveis

- radiodifusão: sonora (rádio) / sons e imagens (TV)

- concessões públicas

- meios de comunicação social (CF88 art. 220)

-Restrições e obrigações de conteúdo.

-Não admite propaganda eleitoral paga. Restrições de publicidade institucional no período eleitoral

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Conceitos “Meios de Comunicação Conceitos “Meios de Comunicação SocialSocial

Jornal e Revista (Imprensa Escrita)

- meios de comunicação social

- divulgação mediante contraprestação pecuniária (compra do exemplar pelo leitor)

- não necessitam de autorização estatal e não são serviços concedidos, permitidos ou autorizados pela administração pública.

- admite propaganda eleitoral paga com limitações

- sem restrições de conteúdo eleitoral (ressalvados os crimes contra a honra, abusos, direito de resposta e tamanho da propaganda paga) 55

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Conceitos “Meios de Comunicação Conceitos “Meios de Comunicação SocialSocial

Televisão por Assinatura (telecomunicações)

-Emissão não é livre nem gratuita (sinais criptografados)

- 1 para “1” (decoder)- sujeitos determinados (contrato) e identificáveis (contrato)

- Não é meio comunicação social

- Sem restrições de conteúdo

- TV a Cabo, MMDS, DTH (concessões, permissões e autorizações)

- Assimetria Regulatória

 

66

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Conceitos “Meios de Comunicação Conceitos “Meios de Comunicação SocialSocial

Internet

- sem restrição de conteúdos

- permitida a propaganda eleitoral após 5 de julho

- antes de 2010 havia restrições e equiparações ao rádio e à televisão. Após a Lei 12034 não há tal comparação e existem algumas pequenas restrições.

- irresponsabilidade editorial para os provedores da conexão, exceto se comprovado o conhecimento

77

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Liberdade de Expressão e de Informação Liberdade de Expressão e de Informação xx

Restrições (conceitual) Restrições (conceitual)

"(...) Liberdade de expressão. Limites. (...) I – "(...) Liberdade de expressão. Limites. (...) I – As restrições que a As restrições que a

liberdade de imprensa tem no período eleitoral assentam-se em liberdade de imprensa tem no período eleitoral assentam-se em

princípios outros que buscam bem assegurar o processo eleitoral, princípios outros que buscam bem assegurar o processo eleitoral,

com suporte também na Constituiçãocom suporte também na Constituição. . (...)" (...)" NENE: "(...) não se pode : "(...) não se pode

impedir o exercício do direito de crítica à Administração Pública (...) impedir o exercício do direito de crítica à Administração Pública (...)

Contudo, como sedimentado na decisão agravada, esse entendimento não Contudo, como sedimentado na decisão agravada, esse entendimento não

pode desonerar os excessos, os quais, travestidos de crítica construtiva à pode desonerar os excessos, os quais, travestidos de crítica construtiva à

administração, buscam, na verdade, denegrir ou enaltecer a imagem de administração, buscam, na verdade, denegrir ou enaltecer a imagem de

determinado candidato, com evidente prejuízo ao equilíbrio que deve determinado candidato, com evidente prejuízo ao equilíbrio que deve

prevalecer entre os postulantes aos cargos eletivos. (...)“ prevalecer entre os postulantes aos cargos eletivos. (...)“ (TSE Ac. nº 3.012, (TSE Ac. nº 3.012,

de 28.2.2002, rel. Min. Sálvio de Figueiredo.)de 28.2.2002, rel. Min. Sálvio de Figueiredo.)

““Recurso especial. Representação. Programa de rádio. Art. 45, incisos I, II e Recurso especial. Representação. Programa de rádio. Art. 45, incisos I, II e

IV, da Lei n° 9.504/97. (...) 1. IV, da Lei n° 9.504/97. (...) 1. A liberdade de manifestação do A liberdade de manifestação do

pensamento garantida pela Constituição Federal e a liberdade de pensamento garantida pela Constituição Federal e a liberdade de

imprensa são princípios equivalentes, na ordem constitucional, aos imprensa são princípios equivalentes, na ordem constitucional, aos

da lisura e legitimidade dos pleitos e igualdade dos candidatosda lisura e legitimidade dos pleitos e igualdade dos candidatos . .

Precedentes da Corte. Recurso conhecido e improvido.” Precedentes da Corte. Recurso conhecido e improvido.” (TSE Ac. n° 21.298, (TSE Ac. n° 21.298,

de 4.11.2003, rel. Min. Fernando Neves.)de 4.11.2003, rel. Min. Fernando Neves.)

88

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Propaganda Eleitoral em GeralPropaganda Eleitoral em Geral

Conceito de PropagandaConceito de Propaganda::

““(...) Entende-se como ato de propaganda eleitoral (...) Entende-se como ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao aquele que leva ao

conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a

candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se

pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o

beneficiário é o mais apto ao exercício de função públicabeneficiário é o mais apto ao exercício de função pública. Sem tais . Sem tais

características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em

determinadas circunstâncias a configurar abuso de poder econômico, mas determinadas circunstâncias a configurar abuso de poder econômico, mas

não propaganda eleitoral. (...)” não propaganda eleitoral. (...)” (TSE - Ac. n° 16.183, de 17.2.2000, rel. Min. (TSE - Ac. n° 16.183, de 17.2.2000, rel. Min.

Eduardo Alckmin; no mesmo sentido o Ac. n° 15.732, de 15.4.99, do mesmo Eduardo Alckmin; no mesmo sentido o Ac. n° 15.732, de 15.4.99, do mesmo

relator, e o Ac. n° 16.426, de 28.11.2000, rel. Min. Fernando Neves.)relator, e o Ac. n° 16.426, de 28.11.2000, rel. Min. Fernando Neves.) 99

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Propaganda Eleitoral em Geral Propaganda Eleitoral em Geral

 Propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 6

de julho do ano da eleição.

Permitida a propaganda intrapartidária na quinzena anterior à escolha pelo partido com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor.

Não será veiculada a propaganda partidária no segundo semestre do ao de eleição.

Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou recurso de legenda

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Propaganda Antecipada Propaganda Antecipada (extemporânea)(extemporânea)

 Não será considerada propaganda antecipada (art. 36-A, I a IV da Lei 9504):

•PParticipação de pré-candidatos ou filiados em articipação de pré-candidatos ou filiados em entrevistas, entrevistas, encontro ou debates encontro ou debates (rádio, TV e Internet), (rádio, TV e Internet), inclusive com inclusive com exposição de plataformas, sem pedido de votosexposição de plataformas, sem pedido de votos, observado , observado o tratamento isonômico pelas emissoras de rádio e TV.o tratamento isonômico pelas emissoras de rádio e TV.

• encontros, seminários e congressos, em encontros, seminários e congressos, em ambiente ambiente fechadofechado, e as expensas dos partidos, para tratar de , e as expensas dos partidos, para tratar de organização das eleições, planos de governo etc.organização das eleições, planos de governo etc.

•PPrévias partidárias e a sua divulgação (révias partidárias e a sua divulgação (propaganda propaganda intrapartidáriaintrapartidária) )

•DDivulgação de atos parlamentares e debates legislativosivulgação de atos parlamentares e debates legislativos, , desde que não mencionada a candidatura ou pedidos de desde que não mencionada a candidatura ou pedidos de apoio. apoio. Isonomia?Isonomia?

1111

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Propaganda Antecipada (extemporânea)Propaganda Antecipada (extemporânea)

““(...) (...) Propaganda eleitoral extemporâneaPropaganda eleitoral extemporânea. Menção, em . Menção, em coluna de coluna de jornaljornal, às qualidades e aptidões para o exercício da função pública de , às qualidades e aptidões para o exercício da função pública de potencial candidato à reeleição configura propaganda extemporânea. (...)” potencial candidato à reeleição configura propaganda extemporânea. (...)” NENE: Propaganda veiculada na coluna linha direta do jornal : Propaganda veiculada na coluna linha direta do jornal Administração Administração MunicipalMunicipal. “No caso em tela, resta inegável a existência de propaganda. . “No caso em tela, resta inegável a existência de propaganda. Afinal, por meio da coluna jornalística, o prefeito pôde fazer uma Afinal, por meio da coluna jornalística, o prefeito pôde fazer uma ampla ampla divulgação de seus feitos políticos e de suas aptidões para divulgação de seus feitos políticos e de suas aptidões para permanecer no cargopermanecer no cargo. Irrepreensível, pois, a decisão do regional, uma vez . Irrepreensível, pois, a decisão do regional, uma vez que tanto o prefeito beneficiado pela propaganda quanto o jornalista que tanto o prefeito beneficiado pela propaganda quanto o jornalista responsável pelo conteúdo informativo do jornal devem ser apenados pelo responsável pelo conteúdo informativo do jornal devem ser apenados pelo ato de propaganda extemporânea”. ato de propaganda extemporânea”. (Ac. nº 21.541, de 26.10.2004, rel. Min. (Ac. nº 21.541, de 26.10.2004, rel. Min. Gilmar Mendes.)Gilmar Mendes.)

""Propaganda eleitoral antecipadaPropaganda eleitoral antecipada. Entrevista em . Entrevista em programa de rádioprograma de rádio. . Prefeito candidato à reeleição. Comentários sobre atividades inerentes à Prefeito candidato à reeleição. Comentários sobre atividades inerentes à Prefeitura. Prefeitura. Ausência de pedidos votos ou de referência a qualidades Ausência de pedidos votos ou de referência a qualidades do administrador que pudessem influenciar o eleitor em seu votodo administrador que pudessem influenciar o eleitor em seu voto . . 1. 1. O prefeito, assim como os chefes do Executivo Estadual e Federal, mesmo O prefeito, assim como os chefes do Executivo Estadual e Federal, mesmo se candidatos à reeleição, não necessitam se desincompatibilizar, devendo se candidatos à reeleição, não necessitam se desincompatibilizar, devendo dar continuidade a seus atos de administração. (...)“ dar continuidade a seus atos de administração. (...)“ (Ac. nº 19.178, de (Ac. nº 19.178, de 19.4.2001, rel. Min. Fernando Neves.)19.4.2001, rel. Min. Fernando Neves.)

1212

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Pesquisas Eleitorais Pesquisas Eleitorais

Resolução Eleições 2010 (23.190)     

• Regras de registro de informações a partir de 1º de janeiro de 2010 (L 9504/97, art. 33, I a VI), bem como para divulgação dos resultados (Resolução art. 10 e seguintes)

• Pesquisas de opinião para conhecimento público

•Penalidades tanto para as entidades de pesquisa quanto para as empresas que a divulgam (Resolução art. 17)

• Sistema informatizado para registro

1313

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Pesquisas Eleitorais Pesquisas Eleitorais

Resolução Eleições 2010 (23.190)       

Enquetes:

Art. 21. Na divulgação dos resultados de enquetes ou sondagens,

deverá ser informado não se tratar de pesquisa eleitoral, descrita no

art. 33 da lei nº 9504/97, mas de mero levantamento de opiniões, sem controle

de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização,

dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.

Parágrafo único. A divulgação de resultados de enquetes ou

sondagens sem o esclarecimento previsto no caput será considerada

divulgação de pesquisa eleitoral sem registro, autorizando a aplicação

das sanções previstas nesta resolução.       

1414

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Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)

•São permitidas, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no no espaço máximo, por edição,de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e um ¼ (um quarto) de página de revista ou tablóide. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009).

•Deverá constar do anúncio, de forma visível, o valor pago pela inserção. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009).

•obs.: •STF. ADIN n. 4352

•PDT v. Congresso Nacional (Rel. Min. Eros Grau)•Argüição de vários dispositivos•Amicus Curiae – ANJ (anúncios nos jornais)•Liminar ainda não apreciada 1515

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Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)

• (cont.)

•Não caracterizará propaganda eleitoral a divulgação de opinião favorável a candidato, partido político ou a coligação pela imprensa escrita, desde que não seja matéria paga, mas os abusos e os excessos, assim como as demais formas de uso indevido de meio de comunicação, serão apurados e punidos nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 64/90. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009).

•É autorizada a reprodução virtual das páginas do jornal impresso na internet, desde que seja feita no sitio do próprio jornal, independentemente de seu conteúdo, devendo ser respeitado integralmente o formato gráfico e o conteúdo editorial da versão impressa, atendido, nesta hipótese, o disposto no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009).

• 1616

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Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)

Matéria jornalística Matéria jornalística : : “Recurso contra expedição de diploma. . . .. Exercício “Recurso contra expedição de diploma. . . .. Exercício

regular. (...) A participação em evento público, no exercício da função regular. (...) A participação em evento público, no exercício da função

administrativa, por si só, não caracteriza ‘inauguração de obra pública'. administrativa, por si só, não caracteriza ‘inauguração de obra pública'.

Ausentes provas incontestes da utilização da máquina administrativa com Ausentes provas incontestes da utilização da máquina administrativa com

finalidade eleitoreira, nega-se provimento ao recurso contra expedição do finalidade eleitoreira, nega-se provimento ao recurso contra expedição do

diploma.” diploma.” NENE: Alegações de que governador e vice-governador de estado : Alegações de que governador e vice-governador de estado

teriam se utilizado de jornal, de grande circulação, para campanha eleitoral. teriam se utilizado de jornal, de grande circulação, para campanha eleitoral.

“(...) Não se pode também tachar de autopromoção ou de campanha “(...) Não se pode também tachar de autopromoção ou de campanha

política o noticiário divulgado pelo semanário política o noticiário divulgado pelo semanário A NotíciaA Notícia. (...) . (...) A imprensa A imprensa

escrita é livre para divulgar fatos jornalísticos sobre a escrita é livre para divulgar fatos jornalísticos sobre a

administração de qualquer governante e emitir opinião sobre tais administração de qualquer governante e emitir opinião sobre tais

fatos, desde que não seja destorcida. Pode até assumir posição de fatos, desde que não seja destorcida. Pode até assumir posição de

preferência por determinado candidato, sem que isto constitua preferência por determinado candidato, sem que isto constitua

ilegalidade (...)ilegalidade (...)” ” (Ac. nº 608, de 25.5.2004, rel. Min. Barros Monteiro.)(Ac. nº 608, de 25.5.2004, rel. Min. Barros Monteiro.)

1717

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Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)

““Eleitoral. Jornal. Eleitoral. Jornal. Artigos e matériasArtigos e matérias. Limites. Multa do art. 43 da Lei n° . Limites. Multa do art. 43 da Lei n°

9.504/97. Não-incidência. 9.504/97. Não-incidência. A publicação, em jornais, de matérias ou A publicação, em jornais, de matérias ou

artigos favoráveis ou desfavoráveis a candidatos ou partidos artigos favoráveis ou desfavoráveis a candidatos ou partidos

políticos não constitui, por si só, propaganda eleitoral ilícita nem políticos não constitui, por si só, propaganda eleitoral ilícita nem

permite a aplicação da multa do art. 43 da Lei n° 9.504/97permite a aplicação da multa do art. 43 da Lei n° 9.504/97 .” .” NE:NE: ““A A

legislação eleitoral não impede que um jornal defenda uma ou legislação eleitoral não impede que um jornal defenda uma ou

outra linha doutrinária, podendo assumir posição em relação aos outra linha doutrinária, podendo assumir posição em relação aos

pleitos eleitorais e seus participantes, sem que tal, por si só, pleitos eleitorais e seus participantes, sem que tal, por si só,

caracterize propaganda eleitoral ilícita ou implique quebra de caracterize propaganda eleitoral ilícita ou implique quebra de

isonomia entre candidatos. Mas, se fosse o caso de uso indevido de isonomia entre candidatos. Mas, se fosse o caso de uso indevido de

meio de comunicação, o representante deveria ter se valido do meio de comunicação, o representante deveria ter se valido do

instrumento adequado, que é a investigação prevista no art. 22 da instrumento adequado, que é a investigação prevista no art. 22 da

LC n° 64/90LC n° 64/90.” .” (Ac. n° 19.173, de 1 °.3.2001, rel. Min. Fernando Neves.) (Ac. n° 19.173, de 1 °.3.2001, rel. Min. Fernando Neves.)

1818

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Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)Propaganda Eleitoral na Imprensa (escrita)

“Investigação judicial. Imprensa escrita. Jornal. Criação. Proximidade.

Eleição. Distribuição gratuita. Notícias. Fotos e matérias.

Favorecimento. Candidato. Uso indevido dos meios de comunicação

social. Tiragem expressiva. Abuso do poder econômico. Lei

Complementar no 64/90. Jornal de tiragem expressiva,

distribuído gratuitamente, que em suas edições enaltece

apenas um candidato, dá-lhe oportunidade para divulgar

suas idéias e, principalmente, para exibir o apoio político

que detém de outras lideranças estaduais e nacionais,

mostra potencial para desequilibrar a disputa eleitoral,

caracterizando uso indevido dos meios de comunicação e

abuso do poder econômico, nos termos do art. 22 da Lei

Complementar no 64/90.” (Ac. no 688, de 15.4.2004, rel. Min.

Fernando Neves.)

1919

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Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

– ““transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística,

imagens de imagens de realização de pesquisarealização de pesquisa ou qualquer outro tipo de ou qualquer outro tipo de

consulta popular de natureza eleitoral consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível em que seja possível

identificar o entrevistadoidentificar o entrevistado ou em que haja manipulação de ou em que haja manipulação de

dados;” (art. 45, I)dados;” (art. 45, I)

– ““usar usar trucagemtrucagem, , montagemmontagem ou outro recurso de áudio ou vídeo ou outro recurso de áudio ou vídeo

que, de qualquer forma, que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem degradem ou ridicularizem

candidatocandidato, partido político ou coligação, bem como veicular , partido político ou coligação, bem como veicular

programa com esse efeito ;” (art .45, II)programa com esse efeito ;” (art .45, II)

Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

2020

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Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoPropaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoProgramação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

– propaganda política ou difundir propaganda política ou difundir opinião favorável ou opinião favorável ou

contráriacontrária a candidato/partido/coligação e a seus a candidato/partido/coligação e a seus

órgãos/representantes (art. 45, III)órgãos/representantes (art. 45, III)

““(...) Entrevista. Emissora de rádio. Art. 45, III, da Lei no 9.504/97. Difusão de (...) Entrevista. Emissora de rádio. Art. 45, III, da Lei no 9.504/97. Difusão de opinião contrária a um candidato e favorável a outro. Responsabilidade. opinião contrária a um candidato e favorável a outro. Responsabilidade. Multa. Precedentes. 1. Multa. Precedentes. 1. É garantido às emissoras de rádio e televisão É garantido às emissoras de rádio e televisão liberdade de expressão e de informação, podendo ser apresentadas liberdade de expressão e de informação, podendo ser apresentadas críticas à atuação de chefe do Poder Executivo, mesmo que críticas à atuação de chefe do Poder Executivo, mesmo que candidato à reeleição, desde que se refiram a ato regular de candidato à reeleição, desde que se refiram a ato regular de governo e não à campanha eleitoralgoverno e não à campanha eleitoral. 2. Nos termos do art. 45, III e § 2o, . 2. Nos termos do art. 45, III e § 2o, da Lei no 9.504/97, a difusão de opinião favorável ou contrária a candidato, da Lei no 9.504/97, a difusão de opinião favorável ou contrária a candidato, partido ou coligação, a seus órgãos ou representantes, sujeita a emissora ao partido ou coligação, a seus órgãos ou representantes, sujeita a emissora ao pagamento de multa, sendo irrelevante se foi realizada pelo entrevistado . . . pagamento de multa, sendo irrelevante se foi realizada pelo entrevistado . . . ““

2121

Page 22: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

““Emissora de televisão. Entrevistas. Todos os candidatos. Emissora de televisão. Entrevistas. Todos os candidatos.

Tratamento privilegiado. Críticas. Adversário. Difusão de opinião Tratamento privilegiado. Críticas. Adversário. Difusão de opinião

contrária. Não caracterização. Art. 45, III, da Lei no 9.504/97. 1. contrária. Não caracterização. Art. 45, III, da Lei no 9.504/97. 1. Se a Se a

emissora abriu espaço para todos os candidatos emissora abriu espaço para todos os candidatos

apresentarem suas propostas e idéias, não há que se falar apresentarem suas propostas e idéias, não há que se falar

em favorecimento ou difusão de opinião contrária vedada em favorecimento ou difusão de opinião contrária vedada

por lepor leii, mesmo que o candidato tenha exaltado suas qualidades e , mesmo que o candidato tenha exaltado suas qualidades e

apontado os defeitos dos adversários e de suas plataformas apontado os defeitos dos adversários e de suas plataformas

políticas.” políticas.” (Ac. no 19.996, de 23.10.2002, rel. Min. Fernando Neves.)(Ac. no 19.996, de 23.10.2002, rel. Min. Fernando Neves.)2222

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Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

“Programa de rádio. Leitura. Matéria publicada em jornal local.

Opinião desfavorável a candidato. Art. 45, III, da Lei n° 9.504/97.

(...) 3. A emissora de rádio assume a responsabilidade pela

divulgação da matéria tida por ofensiva, inclusive nos

casos em que ocorre a leitura de texto publicado em jornal.

(...)” (Ac. n° 19.334, de 24.5.2001, rel. Min. Fernando Neves.)

2323

Page 24: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

– Tratamento privilegiadoTratamento privilegiado candidato/partido/ coligação (art. candidato/partido/ coligação (art.

45, IV) 45, IV)

“Propaganda eleitoral. Emissora de televisão. O tratamento

privilegiado a candidato, durante programação normal, constitui

infração ao art. 45, IV, da Lei no 9.504/97, sujeitando a emissora

ao pagamento de multa. (...)” NE: O entrevistado pediu apoio à

candidatura de seu correligionário ao governo do estado.

(Ac. no 16.023, de 22.2.2000, rel. Min. Eduardo Ribeiro.) 2424

Page 25: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

“Questão de ordem. Instrução sobre propaganda eleitoral. Res.-

TSE n° 20.988. Emissoras de rádio e televisão. Entrevistas e

debates. Pré-candidatos a cargos majoritários. Possibilidade. 1. As

emissoras de rádio e de televisão podem entrevistar pré-

candidatos às eleições majoritárias deste ano, antes de 6

de julho, ou promover debates entre eles, cuidando para

que haja um mesmo tratamento para as pessoas que se

encontram em situações semelhantes. 2. Eventuais abusos e

excessos, inclusive realização de propaganda eleitoral antes do

momento próprio, poderão ser investigados e punidos na forma da

lei.” (Res. n° 21.072, de 23.4.2002, rel. Min. Fernando Neves.) 2525

Page 26: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

Vedações Vedações (a partir de 1º de Julho)(a partir de 1º de Julho)

– veicular ou divulgar veicular ou divulgar filmesfilmes, , novelasnovelas, , minissériesminisséries . . . . . . com com alusão ou críticaalusão ou crítica a candidato ou partido,. . . , a candidato ou partido,. . . , exceto em exceto em programas jornalísticos programas jornalísticos ou debates políticos (art. 45, V)ou debates políticos (art. 45, V)

““Propaganda eleitoral. Art. 45, III e V, da Lei no 9.504/97. Comentário em Propaganda eleitoral. Art. 45, III e V, da Lei no 9.504/97. Comentário em programa jornalístico. 1. programa jornalístico. 1. Não malfere a disciplina da Lei no 9.504/97 a Não malfere a disciplina da Lei no 9.504/97 a opinião de comentarista político feito em programa jornalístico em opinião de comentarista político feito em programa jornalístico em torno de notícia verídica alcançando determinado candidato, torno de notícia verídica alcançando determinado candidato, partido ou coligaçãopartido ou coligação. 2. A liberdade de imprensa é essencial ao Estado . 2. A liberdade de imprensa é essencial ao Estado democrático e a manifestação dos jornalistas sobre determinados fatos, democrático e a manifestação dos jornalistas sobre determinados fatos, comentando as notícias do dia, embora subordinada à liberdade de comentando as notícias do dia, embora subordinada à liberdade de expressão e a comunicação ao princípio da reserva legal qualificada, não expressão e a comunicação ao princípio da reserva legal qualificada, não pode ser confundida com o disposto no art. 45, III, da Lei no 9.504/97. (...)” pode ser confundida com o disposto no art. 45, III, da Lei no 9.504/97. (...)” (Ac. de 29.8.2006 no AgRgRp no 1.000, rel. Min. Carlos Alberto Menezes (Ac. de 29.8.2006 no AgRgRp no 1.000, rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito.)Direito.)

2626

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Propaganda Eleitoral no Rádio e Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoTelevisão

Programação Normal das Emissoras Programação Normal das Emissoras

VedaçõesVedações

– divulgar divulgar nome de programa que se refira a candidatonome de programa que se refira a candidato . . . .

. “ (a partir de 1º de julho). “ (a partir de 1º de julho)

– programa programa apresentado por candidatoapresentado por candidato escolhido em escolhido em

convenção (convenção (a partir da data da convenção - Lei 11.300/06). a partir da data da convenção - Lei 11.300/06). 9.504/97 original = 1º agosto9.504/97 original = 1º agosto

MultaMulta: 20mil a 100mil UFIRs, duplicada em caso de reincidência: 20mil a 100mil UFIRs, duplicada em caso de reincidência

2727

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Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoPropaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoProgramação dos Partidos Políticos Programação dos Partidos Políticos

– 45 dias anteriores à antevéspera da Eleição;45 dias anteriores à antevéspera da Eleição;

– LIBRAS ou legenda (não se confunde com LIBRAS ou legenda (não se confunde com closed closed captioncaption))

– Será punida na forma da Lei a emissora que não tiver Será punida na forma da Lei a emissora que não tiver autorização do poder competente (clandestinas)autorização do poder competente (clandestinas);;

– Crime segundo o art. 70 da Lei nº 4.117, de 1962Crime segundo o art. 70 da Lei nº 4.117, de 1962

– Quem deve transmitir: Quem deve transmitir: Rádios (incluindo as rádios comunitárias), Rádios (incluindo as rádios comunitárias), TV (VHF e UHF) TV (VHF e UHF) TV Paga (canais do Senado Federal, Câmara dos Deputados, TV Paga (canais do Senado Federal, Câmara dos Deputados,

assembléias estaduais, câmaras legislativas)assembléias estaduais, câmaras legislativas)2828

Page 29: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoPropaganda Eleitoral no Rádio e TelevisãoProgramação dos Partidos Políticos Programação dos Partidos Políticos

– O TSE e os TREs distribuirão os horários O TSE e os TREs distribuirão os horários observados os critérios legaisobservados os critérios legais

– Organização do Plano de Mídia com participação Organização do Plano de Mídia com participação dos partidos e as emissorasdos partidos e as emissoras

– Responsabilidade dos partidos, vedada a edição Responsabilidade dos partidos, vedada a edição pelas emissoras geradoras e retransmissoraspelas emissoras geradoras e retransmissoras

– etcetc

2929

Page 30: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral na InternetPropaganda Eleitoral na Internet

– PPermitida a propaganda a partir de 5 de julhoermitida a propaganda a partir de 5 de julho

– Permitido:Permitido: SSite do candidato, do partido ou da coligaçãoite do candidato, do partido ou da coligação MMensagem eletrônica (com sistema de descadastramento em 48hs)ensagem eletrônica (com sistema de descadastramento em 48hs) BBlogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja logs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja

gerado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural;gerado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural;

– VedadoVedado:: Qualquer propaganda pagaQualquer propaganda paga Ainda Ainda gratuitagratuita, em sites de pessoas jurídicas, com ou sem fins , em sites de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativoslucrativos, bem como nos sites , bem como nos sites

oficiais ou hospedados por entes da administração pública direta ou indireta da União, dos oficiais ou hospedados por entes da administração pública direta ou indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios.estados, do DF e dos municípios.

3030

Page 31: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral na InternetPropaganda Eleitoral na Internet

– Existência do direito de respostaExistência do direito de resposta

– PProibida a venda de cadastros eletrônicosroibida a venda de cadastros eletrônicos

– OO provedor de conteúdo somente será responsável pela divulgação de provedor de conteúdo somente será responsável pela divulgação de propaganda se comprovado o prévio conhecimentopropaganda se comprovado o prévio conhecimento

– AAntes da LEI 12034/2009 era equiparada ao rádio e à televisão para efeito das ntes da LEI 12034/2009 era equiparada ao rádio e à televisão para efeito das restrições e vedações.restrições e vedações.

3131

Page 32: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Propaganda Eleitoral na InternetPropaganda Eleitoral na Internet

Algumas Dúvidas para 2010Algumas Dúvidas para 2010

Reprodução de blogs de pessoas físicas em sites dos jornais ou de outras Reprodução de blogs de pessoas físicas em sites dos jornais ou de outras

pessoas jurídicas.pessoas jurídicas.

Participação com propaganda gerada por comentários em blogs de pessoas Participação com propaganda gerada por comentários em blogs de pessoas

físicas hospedados em sites de pessoas jurídicas, inclusive a imprensa escrita,físicas hospedados em sites de pessoas jurídicas, inclusive a imprensa escrita,

Noticias de jornais em sites de grupos de rádio e televisão (portais)Noticias de jornais em sites de grupos de rádio e televisão (portais)

““Propaganda” em sites de pessoa jurídica como reprodução de sites de pessoas Propaganda” em sites de pessoa jurídica como reprodução de sites de pessoas

físicas.físicas.

3232

Page 33: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

DEBATES DEBATES –– Rádio e Televisão Rádio e Televisão

Programação Normal das EmissorasProgramação Normal das Emissoras

– regras estabelecidas em regras estabelecidas em acordoacordo entre todos os partidos e a entre todos os partidos e a

pessoa jurídica interessada no evento (ex.:emissora), com pessoa jurídica interessada no evento (ex.:emissora), com

ciência da Justiça Eleitoral;ciência da Justiça Eleitoral;

– Regras de acordo de 2/3 dos candidatos aptos (registro Regras de acordo de 2/3 dos candidatos aptos (registro

requerido) ou Regras do art. 46, I, a e b, II e III da Lei 9504/97. requerido) ou Regras do art. 46, I, a e b, II e III da Lei 9504/97. – Majoritárias Majoritárias : em conjunto com todos os candidatos ou em : em conjunto com todos os candidatos ou em

grupos de no mínimo de 3 candidatosgrupos de no mínimo de 3 candidatos

– ProporcionaisProporcionais

nº equivalente de candidatos de todos os partidos a um nº equivalente de candidatos de todos os partidos a um

mesmo cargo, podendo desdobrar-se em mais de um dia; mesmo cargo, podendo desdobrar-se em mais de um dia;

(vedada a (vedada a presença de um mesmo candidatopresença de um mesmo candidato em mais de em mais de

um debate da mesma emissora)um debate da mesma emissora)

3333

Page 34: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

DEBATES DEBATES –– Rádio e Televisão Rádio e Televisão

Programação previamente estabelecida e divulgada ;Programação previamente estabelecida e divulgada ;

Debate sem a presença de candidato (convite 72h de Debate sem a presença de candidato (convite 72h de antecedência) e possibilidade de transformar de Debate em antecedência) e possibilidade de transformar de Debate em EntrevistaEntrevista;

Pré-candidatos podem participar de entrevistas, debates e Pré-candidatos podem participar de entrevistas, debates e encontros antes de 6 de julho, desde que não exponham proposta encontros antes de 6 de julho, desde que não exponham proposta de campanhade campanha

O debate não poderá ultrapassar a meia noite do dia 30 de O debate não poderá ultrapassar a meia noite do dia 30 de setembro de 2010 (1setembro de 2010 (1ºº Turno) e 29 de outubro de 2010. Turno) e 29 de outubro de 2010.

– DescumprimentoDescumprimento = = suspensão, por 24hsuspensão, por 24h, da programação e à , da programação e à transmissão a 15 min da informação de que se encontra fora do ar por transmissão a 15 min da informação de que se encontra fora do ar por ter desobedecido à lei eleitoral. Reiteração de conduta = suspensão ter desobedecido à lei eleitoral. Reiteração de conduta = suspensão duplicada. duplicada. 3434

Page 35: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Ressarcimento Fiscal da Propaganda Ressarcimento Fiscal da Propaganda “Gratuita”no Rádio e na TV“Gratuita”no Rádio e na TV

As emissoras de rádio e TV terão direito a compensação As emissoras de rádio e TV terão direito a compensação fiscal ela cedência do horário gratuito (Lei 9504/97, art. 99)fiscal ela cedência do horário gratuito (Lei 9504/97, art. 99)

Decretos 2814/98, 3786/2001 e 5331/2005 (fórmula de Decretos 2814/98, 3786/2001 e 5331/2005 (fórmula de cálculo)cálculo)

– Exclusão do lucro líquido, para efeito de determinação do lucro Exclusão do lucro líquido, para efeito de determinação do lucro real, o valor de 8/10 do resultado da multiplicação do preço do real, o valor de 8/10 do resultado da multiplicação do preço do espaço comercializável pelo tempo que seria efetivamente espaço comercializável pelo tempo que seria efetivamente utilizado pela emissora. utilizado pela emissora.

BBlocos 25% de 8/10locos 25% de 8/10 Inserções 100% de 8/10 Inserções 100% de 8/10

– Optantes do SOptantes do Siimples não podiam compensar. Viabilidade mples não podiam compensar. Viabilidade pela alteração da Lei 12.034/09 (9504/97, art. 99, II)pela alteração da Lei 12.034/09 (9504/97, art. 99, II)

– GGratuita para quem ?ratuita para quem ?

3535

Page 36: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Desvirtuamento da Propaganda Desvirtuamento da Propaganda Partidária Partidária

Lei 9096/95 (Lei dos Partidos)Lei 9096/95 (Lei dos Partidos) Do Acesso Gratuito ao Rádio e à TelevisãoDo Acesso Gratuito ao Rádio e à Televisão

Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, Art. 45. A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao vivo, efetuada mediante transmissão por rádio e televisão será realizada efetuada mediante transmissão por rádio e televisão será realizada entre as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para, entre as dezenove horas e trinta minutos e as vinte e duas horas para, com exclusividadecom exclusividade::

I - difundir os I - difundir os programas partidáriosprogramas partidários;;

II - transmitir II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidárioprograma partidário, dos , dos eventos eventos com este relacionados e das com este relacionados e das

atividades congressuais atividades congressuais do partido;do partido;

III - III - divulgar a posição do partido em relação a temas político-divulgar a posição do partido em relação a temas político-

comunitárioscomunitários..

IV - IV - promover e difundir a participação política femininapromover e difundir a participação política feminina, dedicando , dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento). direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento). (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)

3636

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Desvirtuamento da Propaganda Desvirtuamento da Propaganda Partidária Partidária

Lei 9096/95 (Lei dos Partidos)Lei 9096/95 (Lei dos Partidos) 1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:1º Fica vedada, nos programas de que trata este Título:

                . . . . . .

                II - II - a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos;defesa de interesses pessoais ou de outros partidos;

                . . . . . . (§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, julgando procedente representação de partido, (§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, julgando procedente representação de partido, cassará o direito de transmissão a que faria jus, cassará o direito de transmissão a que faria jus, no semestre seguinteno semestre seguinte, do partido , do partido que contrariar o disposto neste artigo.que contrariar o disposto neste artigo.

                § 3º A propaganda partidária, no rádio e na televisão, fica restrita aos horários § 3º A propaganda partidária, no rádio e na televisão, fica restrita aos horários gratuitos disciplinados nesta Lei, com proibição de propaganda paga. ) gratuitos disciplinados nesta Lei, com proibição de propaganda paga. ) dispositivos dispositivos alteradosalterados

    

§ 2§ 2oo  O partido que contrariar o disposto neste artigo será punido: (  O partido que contrariar o disposto neste artigo será punido: (Lei nº 12.034, de 2009)

            I - quando a infração ocorrer nas transmissões em bloco, com a I - quando a infração ocorrer nas transmissões em bloco, com a cassação do direito de transmissão cassação do direito de transmissão no semestre seguinteno semestre seguinte; ;

                II - quando a infração ocorrer nas transmissões em inserções, com a II - quando a infração ocorrer nas transmissões em inserções, com a cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, no no semestre seguintesemestre seguinte. . 

. . . . . .

3737

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Reflexões sobre o Sistema Reflexões sobre o Sistema da Propaganda da Propaganda no Rádio e na TVno Rádio e na TV

– O tempo de propaganda gratuita na televisão tem O tempo de propaganda gratuita na televisão tem sido o maior fator para coligações partidárias ? sido o maior fator para coligações partidárias ?

– Coincidência ideológica dos partidos em segundo Coincidência ideológica dos partidos em segundo plano?plano?

– O sistema não está gerando uma violação ao O sistema não está gerando uma violação ao princípio de igualdade de candidaturas se princípio de igualdade de candidaturas se considerarmos a diferença brutal entre os partidos considerarmos a diferença brutal entre os partidos no tempo de exposição na propaganda gratuita ?no tempo de exposição na propaganda gratuita ?

– Como um partido poderá crescer e se tornar Como um partido poderá crescer e se tornar médio/grande se o sistema não dá oportunidade de médio/grande se o sistema não dá oportunidade de exposição?exposição?

3838

Page 39: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

Reflexões sobre o Sistema Reflexões sobre o Sistema da Propaganda da Propaganda no Rádio e na TVno Rádio e na TV

– Por outro lado, também temos alguns Por outro lado, também temos alguns “oportunismos” dos pequenos partidos. Como “oportunismos” dos pequenos partidos. Como compatibilizar.compatibilizar.

– O defeito está no sistema de distribuição do tempo ?O defeito está no sistema de distribuição do tempo ?

– O sistema falha em vedar a propaganda paga nos O sistema falha em vedar a propaganda paga nos meios de comunicação como forma de compensar o meios de comunicação como forma de compensar o pouco tempo de exposição na propaganda gratuita?pouco tempo de exposição na propaganda gratuita?

– Deveria ser proibida a propaganda paga (como hoje), com Deveria ser proibida a propaganda paga (como hoje), com a existência somente da gratuita, ou deveria haver um a existência somente da gratuita, ou deveria haver um sistema diferente, ainda que misto ?sistema diferente, ainda que misto ?

3939

Page 40: O Processo Eleitoral e os Meios de Comunicação. Realidade e Polêmicas Alexandre Kruel Jobim 1

fimfim

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