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O Projeto Millennium Villages na África:
Um Modelo Inovador para Garantir
Segurança Alimentar na Agricultura
Familiar e de Subsistência na América
Latina
Pedro A Sanchez
Coordenador, The African Millenium Village, Columbia University, USA
World Food Prize Laureate - 2002
Alfredo Scheid Lopes
Professor Emérito, UFLA, Lavras, MG, Brasil
Seminário promovido pelo NECS, UFLA, Lavras
27 de julho de 2016
2007, 2008, 2009
Pior seca dos últimos 60 anos no Nordeste
da África!
13 milhões em situação de emergência!
10 mil crianças morriam de fome todo mês!
14 por hora!
R$42,00 : alimento terapêutico para uma
criança desnutrida por 2 semanas!
US$1,2 bilhão nos próximos 12 meses =
2 novos estádios no Brasil para a Copa de
2014!
Planeta Faminto: O que o Mundo ComeGastos com alimentação, por semana, em famílias
vivendo em diferentes países (US$)
Fonte: http://time.com/8515/hungry-planet-what-the-world-eats/
Chade: A
famíliaAboubakar
($ 1,23)
Egito: A família
Ahmed
($ 68,53)
China: A família
Dong
($ 155,06)
EUA: A família
Revis
($ 341,98)
Noruega: A família
Glad Ostensen
($731,71)
Equador: A família
Ayme
($ 31,55)
Diferentes Desafios...
Diferentes Oportunidades...
A África é imensa. África Subsaariana é rica de recursos
FRANÇAALEMANHA
EUA
ESPANHA
PORTUGAL
ITÁLIA
REINO
UNIDO
JAPÃO
CHINA
ÍNDIA
EUROPA
ORIENTAL
BÉLGICA
CHINA
Parte 2
ÍNDIA
Parte 2
SUÌÇA
Mas cheia de
pessoas pobres
Porque?: Existe um grande motivo biofísico e
um grande motivo econômico
1. A degradação da fertilidade do solo é extrema em
pequenas propriedades na África; o ponto chave não são
variedades melhoradas ou falta de água mas a reposição
de nutrientes ao solo. Isto é conhecido por décadas.
2. A quebra ou inexistência da uma corrente de valores:
Insumos e
FinançasProdução
Processamento e
Armazenamento
Comercialização e
Instituições
Produtividade de cereais 2005 (t/ha)
África Subsaariana 1
América Latina 3
Sul da Ásia 3
China 5
América do Norte, Europa, Japão 10
UM ESTUDO DE CASO NA AGRICULTURA DE
SUBSISTÊNCIA NA ÁFRICA
Fonte: Conway & Toenniessen, 2003, Science, 299, 1187-1188
Pro
du
tivid
ad
e p
ote
nc
ial (t
/ha
)
Estação de crescimento (meses)1 2 3 4
1
2
3
Linha de
sobrevivência
Ervas daninhas
Pragas e doenças
Seca
< 1 t/ha
Sem segurança alimentar
Pro
du
tivid
ad
e n
orm
al
(t/h
a)
1
2
3
1 2 3 4
Ervas daninhasPragas e
doençasSeca
> 2 t/haFertilidade
do solo
Com segurança alimentar
Culturas
adequadasLinha de
sobrevivência
Pro
du
tivid
ad
e p
ote
nc
ial (t
/ha
)
Pro
du
tivid
ad
e n
orm
al
(t/h
a)
Estação de crescimento (meses)
“Fertilizar a terra é zerar
a fome no campo”
Uma Proposta da ANDA
para o Programa Fome Zero
“Não basta dar o peixe,é preciso ensinar a pescar”
Autores
Alfredo Scheid Lopes, Engo Agro, PhD em Fertilidade e Manejo de Solos,
Professor Emérito da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG,
Consultor da Associação Nacional para Difusão de Adubos, São Paulo, SP,
IFA International Award 1995.
Bernardo van Raij, Engo Agro, PhD em Química e Fertilidade do Solo,
Pesquisador Voluntário do Instituto Agronômico de Campinas, Campinas, SP,
Ex-Chefe Geral da Embrapa - Meio Ambiente, Jaguariúna, SP,
Prêmio “Frederico de Menezez Veiga”, da Embrapa, de 1989.
IFA International Award 1999.
José Oswaldo Siqueira, Engo Agro, PhD em Ciência do Solo,
Professor Titular de Microbiologia e Bioquímica do Solo da UFLA, Lavras, MG,
Prêmio Moinho Santista de 2000,
Membro da Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio).
Maio, 2003
Professor Jeffrey Sachs
Diretor do Instituto da Terra da Columbia University, EUA
Uma das “100 Pessoas Mais Influentes no Mundo” em 2004 e 2005
Força de Trabalho da ONU Contra a Fome
2002 – 2005
África Subsaariana, 2005
Abaixo do peso: 221
milhões
Crianças abaixo do peso
< 5 anos : 29%
% da agricultura nos
orçamentos de governo
: 3,9%
Relatório: Redução pela
metade: Isso pode ser
feito!
Koraro – Etiópia
Tigray: Matriarcado &
Patriarcado: CristianismoOrtodoxo
Dertu - QuêniaSomali: Pastoral: Patriarcado: IslamismoPoligamia; Casamento cedo
Mwandama - MalawiMang’anja, Ngoni, Loowe & Yao:Agricultura: Matriarcado: Cristianismo
Mbola - TanzâniaNyamwezi, Waha, Sukuma, Nyachusa & Tutsi: Agricultura & Pastoral: Patriarcado: Casamento cedo:
Islamismo & Cristianismo
Mayange - RuandaHutu & Tutsi: Agricultura: Patriarcal: Cristianismo
Sauri - QuêniaLuo: Agroflorestal: Patriarcado: Poligamia; Cristianismo
Tiby - MaliBambara, Maraka, Bozos & Fulani:Agrosilvipastoril: Patriarcado: Islamismo
Potou - SenegalWolof, FulaniAgropastoril & Pesca: Patriarcado: Islamismo
Pampaida - NigériaHausa & Fulani: Agropastoril: Patriarcado: Cristianismo & Islamismo
Ruhiira - UgandaBakiga & Banyakole: Patriarcal: CristianismoAgricultura
Ikaram - NigériaYoruba & Fulani: Patriarcado: Agricultura: Cristianismo & Islamismo
Bonsaaso - GanaAkan: Agricultura: Matriarcado: Agricultura: Cristianismo, Islamismo & Africano
Etnias
Revolução Verde da África no Século 21
Time das “Millennium Villages”: 14 conjuntos
Agricultura, saúde, educação, engenharia
país suporte técnico várias “millennium villages”
Componentes
Agricultura
Nutrição Mercados Meio ambiente
Políticos Políticas
Solos
Sementes
Água
Malawi – A Primeira Revolução Verde na África
Setembro 2005
Subsídios espertos:
75% do preço de 2 sacos de fertilizantes
+ 5 kg de sementes de milho
Presidente Bingo
A comunidade conduz / Com bases científicas
Sauri-Quênia: Fevereiro 2005: Plantio
Fora:5 t/ha
1,2 t/ha
Cada dado representa a média da vila de
~ 1000 propriedades
Média Amplitude
Produtividade do milho com intervenções (t/ha) 4,1 1,4 - 6,2
Produtividade do milho sem intervenções (t/ha) 1,7 0,6 - 2,8
Aumento da produtividade do milho (t/ha) 2,4 0,8 – 3,4
Custo dos insumos para produzir uma tonelada
extra de milho aos preços de abril 2008 (US$)135 49 - 279
Relação valor:custo aos preços de abril de
20084,3 1,3 - 11,0
Sanchez, Denning, Nziguheba, Food Security 1:37-44, 2009
7 Millennium Villages
(Quênia, Uganda, Ruanda, Tanzânia, Malawi, Gana, Nigéria)
16 colheitas 2005 – 2007.
Ano de
colheita
Milhões de
toneladas
Necessida-
de de
Alimento
Produtivi-
dade do
milho
t/ha
Oficialmente
2005 1,3 - 43% 0,8 Seca
2006 2,4 + 18% 1,5 Ano bom
2007 3,3 + 57% 2,7 Ano bom
2008 2.8 +32% 1,6 Ano bom
2009 3,6 +58% 2,2 Ano bom
2010 2.9 +33% 1,9 Seca
2011 3,3 +56% 2,2 Seca
2012 2,9 +32% 1,7 Ano bom
2013 3,0 +32% 2,1 Ano bom
Média
2006-13
3,2 +40% 2,0
(Δ2,5x)
2007: Custo do subsídio : US$70 milhões, benefício: US$688 milhões
Malawi
Ajuda Humanitária
de Alimentos
Fertilizantes
Sementes Híbridas
US$812/tonUS$135 para produzir
uma tonelada extra de
alimentos (6 X menos) Sanchez, Nature 458: 148 (2009)
A Meta da Revolução Verde na África pode agora
ser quantificada:
1 t/ha 3 t/ha
Vila Sauri constrói uma clínica em 6 semanas
por menos que US$10.000
Março 2005
Mosquiteiros impregnados
com inseticidas de longa
duração
Sauri: Incidência de Malária
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
Incid
ên
cia
de m
alá
ria
Sauri
Fora da Vila Sauri
Sanchez et al, 2007
40%
20%
Banco de Cereais:
dobrando os
preços
Preço por saca de 90 kg:
No portão da fazenda, 05 Ago: US$10
Vendido pelo Banco de Cereais,
06 Abr: US$21
Sauri, Quênia
Conservação da Água - Koraro, Etiópia
Irrigação em pequena escala Tiby, Mali
Coleta da água de chuva dos telhados
(Sauri, Quênia)
Transformação: De Sub-subsistência
para Pequenos Empreendedores
O Paradoxo dos Mercados na África Rural :
“Nós não queremos Coca-Cola,
nós queremos sementes e fertilizantes”
Vendedores
de Insumos
Caminhão da Vila Koraro
Acesso a Estradas (Pampaida, Nigéria)
Melhoria das EscolasPampaida, Nigéria
20062007
Zomba, Malawi, Fev. 2010
Nambandi, Malawi, Fev. 2010
Combinação Efetiva de
Fertilizantes Minerais e
Orgânicos
Árvores com bactérias
fixadoras de N
Plantas de cobertura
Fertilizantes
Trabalhando solos de baixada: Toya, Mali
Equipamento chave: Pequeno trator de 25 cv
Reflorestamento
através da Produção
Privada de Mudas
Conservação do Solo
Banco Móvel - Mwandama, Malawi
Oportunidade Internacional
SoilDoc: Um laboratório portátil de análise de
solos . Usa baterias, água filtrada e mesa de Andróide para
enviar, rapidamente, os resultados para as núvens.
Misturadora de FertilizantesMinjingu, Tanzânia
Seguro agrícolaAlgorítmos Agronômicos
1) Plantio = 2 dias de chuva
2) Germinação = 1 vez cada 2 semanas
3) Estágio vegetativo = cada 3 semanas
4) Florescimento = cada 10 dias
5) Maturação e colheita = não precisa
185.000
seguros
agrícolas
em
Quênia e
Ruanda
em 2012
O Ponto Crucial: Educação de Meninas
“Sem educação de meninas, todos esses esforços não irão resolver o
problema porque meninas bem orientadas (pelo menos no nível primário)
não terão tantos filhos e as taxas de nascimento irão dos atuais 7 filhos
por mulher para a taxa de reposição necessária de cerca de 2 filhos.
“Se isso não ocorrer na África nós não teremos sucesso
para que o mundo possa se alimentar”
Resumo: 10 países da Africa Subsaariana, com diferentes perfis ecológicos e
geográficos. Áreas rurais remotas, consideradas críticas em relação à fome.
Melhor pesquisa científica combinada com experiências locais e as últimas
tecnologias.
Após os primeiros poucos anos: resultados altamente promissores, incluindo:
Aumento na produtividade do milho, de 1,3 para +3 toneladas métricas por
hectare
Melhoria no uso de água filtrada, passando de 21% para 68% dos moradores
Expansão no acesso aos testes de AIDS, passando de 8% para 28% dos
adultos atendidos nos últimos 12 meses
Redução na incidência de malária, de 22% para 5%
Atendimento médico gratuito às famílias, incluindo visitas de Agentes
Comunitários de Saúde
Acesso à educação de adultos com cursos para as mulheres começarem um
novo negócio
Engenheiros de vôo
Comissários de bordo
Um avião melhor
Combustível
Alimentos
Usuários frequentes
Você tem seu cartão de embarque?
Piloto:
Co-piloto:
O Avião Levantou Vôo: Apesar das dificuldades
Pilotos da Revolução Verde da África
Qual a relação dos princípios do
Projeto das “Millennium Village” na
África com a agricultura familiar e de
subsistência na América Latina?
Maranhão
1211 kg/ha
Norte
Centro-Oeste
Nordeste
Sudeste
Sul
Regiões:
Piauí
638 kg/haCeará
686 kg/ha
Rio Grande do Norte
447 kg/haParaíba
483 kg/haPernambuco
983 kg/ha
Alagoas
604 kg/ha
Sergipe
1293 kg/ha
Bahia
2614 kg/ha
Norte
569 mil ha
2,0 t/ha
Centro-Oeste
746 mil ha
5,5 t/ha
Nordeste
2,4 milhões ha
1,1 t/ha
Sudeste
2,1 milhões ha
5,5 t/ha
Sul
3,4 mi-
lhões ha
5,4 t/ha
MILHO – BRASIL - 2007
ÁREA PLANTADA E PRODUTIVIDADE (t/ha)
Fonte: Céleres, 2008.
Menos Bahia
793 kg/ha
Uso de tecnologias agrícolas e energia elétrica.
Brasil, Censo Agricola 1995/96. Fonte: IBGE, 2003.
Região Número Propriedades com declaração de uso de
X 1.000 AT CF CP CS I EE
------------------% sobre o número na região-------------------
Norte 443,6 6,6 9,5 44,2 0,8 0,7 10,7
Nordeste 2.309,0 4,1 18,2 50,5 6,5 4,9 20,0
Sudeste 840,9 30,6 64,5 83,2 30,1 12,4 61,9
Sul 1.002,4 48,6 76,4 92,2 45,5 5,4 73,7
Centro Oeste 242,2 32,9 36,8 91,6 19,4 4,4 51,9
Total 4.848,1 19,6 38,4 66,3 18,8 5,9 39,1
AT = Assistência técnica; CF = Calcário e fertilizantes; CP = Controle de pestes;
CS = Conservação do solo; I = Irrigação EE = Energia elétrica
68% < 10 ha
Brasil: Censo Agrícola de 2006 Uso de calcário e fertilizantes nitrogenados pelos agricultores
Fonte: IBGE, 2006 - www.ibge.gov.br
3,2%
6,5%
2,7%
9,4%
8,1%
8,4%
39,4%
62,3%
31,0%
41,0%
84,1 % dos agricultores não usam calcário
74,4% não usam fertilizante nitrogenado mineral
78% dos agricultores (54% das terrras) não receberam
qualquer assistência técnica agronômica. A média do
grupo assistido foi de 228 ha, enquanto a não atendida
foi de 42 ha (pequenas propriedades).
Fonte: http://www.ifad.org/events/agriculture/sessions/3/berdegue.htm
O que acontece na América
Latina?
De cerca de 14 milhões de famílias de
agricultores em 12 países da América Latina,
60% são agricultores de subsistência
(10 milhões), 28% são agricultores familiares em
transição (4 milhões), e 12% são agricultores
familiares consolidados (1 milhão).
ECO – 92
Rio de Janeiro, Brazil
Lima-Paris Action Agenda on Agriculture
unfccc.int/files/meetings/paris_nov_2015/application/pdf/par
is_agreement_english_.pdf
Initiatives presented under the
Agriculture Focus:
• The 4/1000 initiative
• The “Life Beef Carbon”
initiative
• The “Adaptation for
Smallholder Agriculture
Programme” ASAP
• The Promotion of agro-ecology
transition in West Africa
• The Blue Growth Initiative
• The “Global Initiative on Food
Loss and Waste Reduction –
SAVE FOOD”
newsroom.unfccc.int/lpaa/agriculture/press-release-lpaa-
focus-agriculture-at-cop21/#downloads
AÇÕES:
A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
A FORÇA DO AGRONEGÓCIO
A CONSCIENTIZAÇÃO POPULAR
A DECISÃO POLÍTICA
Mitos:
1) O agronegócio só privilegia os grandes produtores
rurais e as culturas de exportação.
(2) A agricultura é uma grande vilã ambiental,
contribuindo para o desmatamento desenfreado da
região amazônica.
(3) Os benefícios sociais do modelo agrícola brasileiro
foram ínfimos.
Mito:
O agronegócio só privilegia os grandes
produtores rurais e as culturas de exportação.
O Agronegócio do Brasil - 2011
37% das exportações brasileiras (US$ 94,96 bilhões)35% dos empregos: 12% da população
economicamente ativa)
Antes da Porteira Dentro da Porteira Depois da Porteira
Fonte: CEPEA/USP, 2013; CNA, 2013; MDIC, 2013.
R$ 917,65 bilhões
(22,15% do PIB do Brasil = R$ 4,14 trilhões)
R$ 108,34 bilhões12%
R$ 283,26 bilhões31%
R$ 526,03 bilhões57%
Agronegócio Brasileiro – Produção e Exportações
Ranking em 2009
1451º3º
401º2º
1141º2º
1441º2º
741º2º
821º1º
1341º1º
1131º1º
Número demercados
ExportaçãoProdução
Carne de aves
Álcool
Fumo
Carne bovina
Soja
Suco laranja
Café
Açúcar
Produtos
724º4ºCarne suínos 1,0
344º3ºMilho 0,5
3,2
1,6
1,8
3,9
9,3
1,5
3,4
6,2
Total Exportação,
bilhões US$
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Álcool
Açúcar
Algodão em plumas
Milho
Soja em grãos
Carne de aves
Carne bovina
Café
Consumo Interno e Exportações - 2008
Consumo Interno Exportações
Fontes: CONAB, IBGE, MAPA,
AGRICULTURA FAMILIAR30,5% da área cultivada, 38% do valor da exportação e
77% das pessoas que trabalham na agricultura
4,4 milhões de propriedades 809 mil (não familiar)
Fonte: IBGE. CNA, 2006.
Mandioca: 84%
Feijão: 67%
Leite: 52%
Milho: 49%
Soja: 32%
Arroz: 31%
Aves e ovos: 40%
Suínos: 59%
Fumo: 97%;
Cana: 25%
E A AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA?
UM ESTUDO DE CASO NA AGRICULTURA DE
SUBSISTÊNCIA NA ÁFRICA
Fonte: Conway & Toenniessen, 2003, Science, 299, 1187-1188
Pro
du
tivid
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)
Estação de crescimento (meses)1 2 3 4
1
2
3
Linha de
sobrevivência
Ervas daninhas
Pragas e doenças
Seca
< 1 t/ha
Sem segurança alimentar
Pro
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a)
1
2
3
1 2 3 4
Ervas daninhasPragas e
doençasSeca
> 2 t/haFertilidade
do solo
Com segurança alimentar
Culturas
adequadasLinha de
sobrevivência
Pro
du
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)
Pro
du
tivid
ad
e n
orm
al
(t/h
a)
Estação de crescimento (meses)
Mito:A agricultura é uma grande vilã ambiental,
contribuindo para o desmatamento desenfreado
da região amazônica.
Terras poupadas no BrasilProdutividade das 16 principais culturas e área
poupada, 1970/71 to 2013/14
1,4
4,5
0
1
2
3
4
5
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
t/haMilhões ha
36
71
(2X)
181
Terra poupada
Terra plantada
110
milhões
ha
Anos
Produção Produtividade
(milhões t) (t/ha)
1970/71 - 52 1,4
2013/14 - 312 (6X) 4,5 (3,2X)
Fonte: ANDA/IBGE/CONAB – Fev. 2015
A Lei dos Incrementos Decrescentes na AgriculturaP. E. McNall. 1933. J. Ag. Research 47(3):167-178
“a primeira aplicação (ou a primeira unidade disponível para o crescimento das plantas) de um simples elemento fertilizante ou fator de
produção causa um maior crescimento relativo do que qualquersubsequente aplicação de semelhante unidade”
Assim, estimular os pequenos produtores para usar fertilizantes é um fator chave para assegurar maiores retornos e uso eficiente de
fertilizantes na região Nordeste e Norte do Brasil .
Lei dos Incrementos Decrescentes
PME
Custos fixos
PM
Unidades Investidas com a Tecnologia
Produtividade ou
Renda Bruta
1 2 3 4 5 6
Maior Receita
Líquida =
Maior Lucro
Além disso…“Pequenos produtores, principalmente os
agricultores de subsistência, estão entre os melhores possíveis
clientes para finaciamento climático. Tais investimentos podem
aumentar a produtividade agrícola e ao mesmo tempo manter e
restaurar uma base resiliente de recursos naturais, reduzindo a
“footprint” do carbono agrícola”. http://newsroom.unfccc.int/lpaa/agriculture/small-farms-big-impacts-adaptation-for-smallholder-
agriculture-programme/
Source: FEBRAPDP (2013)
0
5
10
15
20
25
30
3531,8 milhões em
2011-12
12,8 milhões ha
2011-12
Brasil : 1 milhão ha em1990-91
Cerrados: 1 milhão ha em 1994-95
Tecnologia: Plantio Direto na Fazenda
Filadelfia - MT Milhões ha
Mito:
Os benefícios sociais do modelo
agrícola brasileiro foram ínfimos.
“Involução” dos Preços Reais da Cesta de Produtos
da Agropecuária
(Janeiro 1975 – Janeiro 2011)1,2
1
0,8
0,6
0
0,2
0,4
Jan.
75
Jan.
79
Jan.
83
Jan.
87
Jan.
91
Jan.
95
Jan.
99
Jan.
03
Jan.
07
Jan.
11
Adaptado de MBAgro, 2011
Dezembro 1974 = 1
Serviços de Comunicação 661% Leite e Derivados 181%
Combustíveis 634% Aves e Ovos 170%
Aluguéis 477% Carnes 155%
Transporte Público 442% Hortaliças e Verduras 150%
Energia Elétrica 393% Cereais e Leguminosas 124%
Planos de Saúde 321% Frutas -34%
Inflação - Variação desde o Plano Real
Fonte: IBGE; Elaboração: CNA, 2007.
A participação do item “Alimentação no Domicílio” no IPCA é de cerca de 15 %
IPCA (janeiro 1994 - agosto 2007) = 212%
Produtos e Serviços Alimentos
Transferências interna e externa de
renda do agronegócio brasileiro.
Adriana Ferreira Silva
Tese de Doutorado da ESALQ, USP, 2010
837 bilhões de reais foram transferidos pelo
agronegócio à sociedade
como um todo nos últimos 15 anos
ou seja o produto cresceu
com preços reais decrescentes.
Produção nos CerradosProdução Agrícola e de Carne
Fonte: Roberto Teixeira Alves, Embrapa-Cerrados, 2006
Algodão: 89%
Sorgo: 69%
Carne bovina 55%
Soja: 53%
Café: 48%
Arroz: 37%
Milho: 30%
Feijão: 25%
Cana de açúcar: 13%
5,6 milhões de toneladas em 1970
4 milhões de toneladas em 2003
Taxa de crescimento de 6,4% ao ano no período de 1970-2003
“No passado, considerada marginal para
a produção agrícola, a região dos
Cerrados é hoje responsável por 70 % da
produção brasileira.” http://www.globalharvestinitiative.org/index.php/2011-gap-report/
Potencial para:
252 milhões de t de
culturas anuais
90 milhões de t de
culuras perenes
12 milhões de t de carne Fonte: Macedo,1995
“A Região dos Cerrados no Brasil é um exemplo que,
com uso adequado dos recursos e manejo dos solos,
nós podemos garantir a produção agrícola necessária
para ajudar a garantir a seguranaça alimentar tanto a
nível nacional como a nível global”.
Nosso próximo desafio:
Melhorar a Sustentabilidade da Produção e a
Qualidade dos Alimentos.
Mais de 700 páginas de informações pertinentes ao tema, incluindo:
Glossário de 324 palavras, 124 fotos coloridas, 41 fichas sobre temas relevantes,
28 painéis de cálculos para situações específicas, 486 perguntas de revisão,
145 referências bibliográficas 133 gráficos, 201 tabelas e 2 fertigramas.
LucianoPavarotti
JoséCarreras
PlácidoDomingo
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura
uma fração de segundo, mas com
tamanha intensidade, que se
petrifica, e nenhuma força jamais
o resgata.
Carlos Drummond de Andrade
Sonhem! Sonhem alto!
Sonhem com um mundo com menos corrupção,
menos violência, menos terrorismo, mais igualdade social,
mais harmonia e mais cidadania.
Acreditem que o trabalho honesto pode fazer a
diferença nesse sentido.
Mas lembrem-se:
O que torna um sonho irrealizável não é o sonho em si
mas sim a inércia de quem sonha!
Não sejam inertes!!!
“Quanto mais alimentos tirarmos da terra
menos terra iremos tirar da natureza”.AEASP
MUITO OBRIGADO !!!E-mail: [email protected]
Site: alfredao.com.br
