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Tecnologias da Comunicação III Delfim Ramos / Rui Capitão O que é a Produção? Cada minuto de um filme, por exemplo, projectado num écran, representa muitas horas de trabalho para numerosas pessoas em ocupações e operações diferentes e que se traduz numa importante despesa. Um filme é fruto dum trabalho colectivo que não depende só do talento e inspiração dum artista. Assim surge a produção como meio e organismo centralizador encarregado de procurar, agrupar, harmonizar e gerir todos os elementos dispersos. Produzir, um filme, é reunir e combinar os elementos financeiros, intelectuais, artísticos e técnicos que permitirão transformar o material sensível inerte, seja a película virgem, ou outro suporte de registo, num espectáculo público, matéria viva e com um potencial eminentemente variável É portanto, reunir e organizar tudo o que é necessário para a realização de uma ideia, projecto, programa, espectáculo ou filme. A produção divide-se assim em três fases , de maneira a conseguir estabelecer uma ordem de trabalhos que faça evoluir o desenvolvimento e a concretização do evento. São elas: 1 - a pré-produção (preparação) 2 - a produção (rodagem) 3 - e a pós-produção (edição, sonorização) 1) - A fase de pré-produção é das fases mais importantes, senão a mais importante, pois é a partir dela que se entra na fase de rodagem, onde o tempo é o factor que prevalece, e tempo é dinheiro. Um filme bem preparado é meio caminho andado para a rodagem decorrer com mais calma e eficiência. De qualquer modo não nos podemos esquecer que surgem sempre imprevistos que nos obrigam, inevitavelmente, a procurar novas soluções para vencer obstáculos. Deve-se ter sempre em atenção a parte económica prevista. Pré-produção é, então, a preparação de tudo o que seja necessário para pôr em prática e realizar a ideia base, o projecto do guião de forma a termos um filme, para isso torna-se necessário: Rui Capitão e Delfim Ramos

O que é a Produção? · 1 - estabelecer uma previsão despesas provisória (orçamento provisório); 2 - procurar e escolher os locais de rodagem (répèrage); 3 - pesquisar e escolher

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Tecnologias da Comunicação III Delfim Ramos / Rui Capitão

O que é a Produção? Cada minuto de um filme, por exemplo, projectado num écran, representa muitas horas de trabalho para numerosas pessoas em ocupações e operações diferentes e que se traduz numa importante despesa. Um filme é fruto dum trabalho colectivo que não depende só do talento e inspiração dum artista.

Assim surge a produção como meio e organismo centralizador encarregado de procurar, agrupar, harmonizar e gerir todos os elementos dispersos.

Produzir, um filme, é reunir e combinar os elementos financeiros, intelectuais, artísticos e técnicos que permitirão transformar o material sensível inerte, seja a película virgem, ou outro suporte de registo, num espectáculo público, matéria viva e com um potencial eminentemente variável

É portanto, reunir e organizar tudo o que é necessário para a realização de uma ideia, projecto, programa, espectáculo ou filme.

A produção divide-se assim em três fases, de maneira a conseguir estabelecer uma ordem de trabalhos que faça evoluir o desenvolvimento e a concretização do evento. São elas:

1 - a pré-produção (preparação) 2 - a produção (rodagem) 3 - e a pós-produção (edição, sonorização)

1) - A fase de pré-produção é das fases mais importantes, senão a mais importante, pois é a partir dela que se entra na fase de rodagem, onde o tempo é o factor que prevalece, e tempo é dinheiro. Um filme bem preparado é meio caminho andado para a rodagem decorrer com mais calma e eficiência. De qualquer modo não nos podemos esquecer que surgem sempre imprevistos que nos obrigam, inevitavelmente, a procurar novas soluções para vencer obstáculos. Deve-se ter sempre em atenção a parte económica prevista.

Pré-produção é, então, a preparação de tudo o que seja necessário para pôr em prática e realizar a ideia base, o projecto do guião de forma a termos um filme, para isso torna-se necessário:

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1 - estabelecer uma previsão despesas provisória (orçamento provisório); 2 - procurar e escolher os locais de rodagem (répèrage); 3 - pesquisar e escolher os actores/figurantes (casting); 4 - estabelecer, se possível e necessário, acordos de co-produção; 5 – efectuar pedido de apoios, subsídios, financiamento; 6 -resolver problemas relaccionados com a electricidade, transportes,

estadias, autorizações, credenciais, vistos de rodagem, etc; 7 - elaborar o mapa de rodagem; 8 - contratar técnicos, assistentes e actores, combinar salários,

cachets, forfaits, e a forma de pagamento, confirmar datas de filmagem; 9 - estabelecer uma previsão despesas definitiva (Orçamento "definitivo);

10 - estabelecer plano financeiro; 11 - assegurar a compra e o aluguer de material técnico; 12 – efectuar a aprovação das maquetes e projectos de construção de decores; 13 - marcar estúdios, contratar directores artísticos, decoradores, e as datas para as construções a fazer; 14 – fazer pesquisa de adereços; 15 - confecção de guarda-roupa; 16 - fazer seguros de pessoal, equipamento, e outros; 17 - marcar ensaios técnicos e artísticos; Isto entre muitos outros, consoante a complexidade e as necessidades de cada projecto.

2) - A fase de produção inicia-se depois de estar "tudo" preparado e na data planeada antecipadamente. A fase de produção refere-se à rodagem (filmagem em película ou registo em vídeo), tanto de exteriores como de interiores e de tudo o que vai pertencer, compor e constituir a obra final.

Tudo o que foi escrito no papel é agora fixado na película ou vídeo. Tudo o que tinha a forma abstracta duma ideia toma agora a forma concreta duma imagem.

Algumas das obrigações da equipa de produção durante esta fase:

1 - organizar diariamente os transportes dos técnicos, actores e material; 2 - garantir as refeições das equipas, dentro de um horário estabelecido; 3 - tratar do alojamento do pessoal e armazenamento do equipamento; 4 - garantir telefone, w/c e um espaço para a caracterização/maquilhagem e adereços; 5 – fazer o acompanhamento do decorrer das filmagens/gravações, de

forma a resolver quaisquer problemas que surjam, e em simultâneo acompanhar a construção de décors;

6 - estar atento às condições metereológicas; 7 - estar sempre munido de um fundo de maneio suficiente para

suportar os encargos durante a rodagem; 8 - resolver qualquer situação, de forma a neutralizar e recuperar os

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danos materiais que possam ocorrer;

9 - assegurar antecipadamente a colaboração de serviços de ordem pública - polícia - durante a rodagem em exteriores, ou em locais onde sejam possível a aglomeração de muita gente (espectadores), ou de bombeiros;

10 - elaborar a folha de serviço para o dia seguinte (folha de serviço é a convocação de técnicos, assistentes, actores e figurantes, com o respectivo horário de rodagem);

11 - Preparar o trabalho dos dias seguintes (convocar actores que não tenham participado no dia anterior, confirmar os dias de rodagem, horas e locais, autorizações...);

12 - contactar e confirmar décors, estúdios, figurantes, actores, para os dias seguintes; 13 - controlar o consumo de película/suportes e diversos; 14 - estabelecer o envio de película para revelar; 15 - marcar uma projecção diária das rushes (visionamento do que

se filmou), com a presença do realizador, director de fotografia, director de produção, e outros (depende do critério de cada realizador);

16 - efectuar pagamentos no final de cada semana de filmagens; 17 - fazer um registo diário das despesas; 18 - regularizar as contas, conferir facturas e documentos destinados à

contabilidade do filme/programa; 19 – fazer a análise das verbas pré-destinadas a cada fase de

produção - controlar as despesas em relação à previsão fixada; Entre muitas outras, consoante cada projecto.

3) - A fase de pós-produção é uma fase de montagem/edição, acabamento e finalização da obra pretendida.

Algumas das actividades básicas que se devem estabelecer para a concretização do produto final:

1 - devolver adereços, e outros; 2 - proceder a pagamentos de décors, aluguer de equipamento e outros; 3 - garantir a revelação e tiragem de cópias; 4 - elaborar um mapa de pós-produção e de misturas; 5 - alugar sala de montagem/edição, estúdio de som, e outros; 6 - contratar montador/editor, director de som e outros caso

necessário (ex. técnico de dobragem, tratamento de imagem, efeitos especiais em computador, etc...);

7 - garantir a existência de suportes ou outros consumíveis necessários à mistura de áudio;

8 - para feitura de genérico e créditos finais, fornecer nome de actores, figurantes, técnicos, assistentes, laboratórios, estúdios, produtor, apoios e agradecimentos a entidades, firmas, organizações ou outros que tenham colaborado para a realização do filme ou programa;

9 - controlo de despesas finais. 10 - garantir a sua distribuição e exibição. Entre outros.

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Fase de Pré-Produção – A Preparação A preparação inicia-se a partir da existência de 2 factores essenciais:

a) - Argumento - proposto pelo realizador; - proposto pelo próprio produtor; - proposto por uma entidade produtora; - proposto pelo argumentista.

b)- Capital - garantido pelo Produtor.

Para existência de Capital é necessário procurar financiamento:

É o processo a partir do qual se consegue o dinheiro necessário para as despesas de produção, garantindo as melhores e mais seguras condições para a concretização do projecto.

Cabe à Direcção de Produção a função de procurar financiamento, pois é entendido como o meio técnico e artístico capaz de organizar um projecto, devendo assegurar a sua direcção artística e a sua realização industrial (orçamentar, controlar, gerir e organizar os meios técnicos, humanos e financeiros).

Fontes de Financiamento (diferentes maneiras de financiamento)

a) - Um só Produtor; b) - Associação com outros produtores (co-produção);

c) - Crédito privado (empresas, estúdios, laboratórios e outros); d) - Crédito bancário; e) - Antecipação proveniente dum distribuidor interessado na exploração do filme ou programa; f) - Subsídios oficiais ou particulares (ICAM; fundações; câmaras; entre outros); g) - Lei do Mecenato (pessoa ou entidade que em nome da cultura, dispõe das suas condições monetárias para garantir a realização do projecto); h) – Acordos de pré-vendas com o estrangeiro; i) - Acordos de pré-vendas com Estações de Televisão. (exibição).

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Para o pedido de financiamento é necessário fazer uma previsão de despesas. Existem dois tipos de previsão de despesas:

1) - Previsão de despesas provisória Tal como o próprio nome indica, é uma primeira previsão dos custos orçamentais do filme ou programa. Serve para acompanhar o projecto no pedido de financiamento. Esta previsão é feita com base: -no conhecimento do argumento que possa existir (pode não ser versão definitiva); -nas intenções precisas e determinadas que ambos (Realizador e Produtor) pretendem com a realização do projecto.

2) - Previsão de despesas definitiva ou orçamento Depois do projecto aprovado em função da previsão de despesas provisória e das restantes informações, faz-se a previsão dos custos totais do filme ou programa. Esta previsão, ou orçamento, faz-se com base numa: -planificação cuidada; -plano trabalho elaborado; -aproximação, o mais possível, da verba total; -na duração respectiva de cada uma das fases do trabalho, preparação, rodagem e pós-produção; -nas ideias do Realizador e Produtor quanto à escolha: -de locais, -de actores, -de técnicos, -de meios materiais.

Nota: A previsão de despesas é uma operação cuidada que exige um grande conhecimento de todos os meios técnicos e humanos. Nunca se considera como uma previsão "definitiva" devido aos imprevistos durante a produção de qualquer projecto.

Para a execução de uma previsão de despesas definitiva ou orçamento deve-se ter em conta determinadas rubricas.

Previsão de Despesas Definitiva ou Orçamento a) - Preparação Literária

- Direitos de autor da obra e/ou outros colaboradores; - Adaptação - se for uma obra literária e se se quiser adaptar para um

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guião cinematográfico, por exemplo; - Diálogos - no caso de ter que existir uma pessoa especializada em diálogos para guiões cinematográficos (dialoguista); - Traduções - se houver necessidade de ser traduzido de ou para qualquer outra língua.

b)- Música

- Direitos de autor; - Compositor; - Músicos; - Cantor.

A verba a contabilizar para estas rubricas - alínea a) e b) - resultam de um acordo entre a Sociedade Portuguesa de Autores (tabela mínima afixada) e os próprios autores.

c)- Pessoal Artístico

-Actores -Papéis Principais - forfait: segundo o grau de importância e o tempo de presença em cena. (entende-se por forfait uma verba atribuída pelo trabalho global, como um todo) -Papéis Secundários – verba por sessão (dia). Multiplicar pelas sessões previstas.

-Silhuetas / Figurantes Verba por sessão (dia). Calcular o número provável de sessões.

d) – Pessoal Técnico

Horário de Trabalho

Nove horas diárias (máximo) - estabelecido no Contrato Colectivo de Trabalho do Sindicato da Actividade Cinematográfica

- Realizador (a)

Remunerado de acordo com a verba global ou segundo a tabela sindical através da Sociedade Portuguesa de Autores - S.P.A. (compreende todo o ciclo de um projecto).

- Assistente de Realização

Inicia a sua função 2 a 3 semanas antes das rodagens (depende do

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projecto). Remunerado segundo a tabela sindical (também pode depender da sua importância ou fama).

- Anotador (a) Inicia a sua função 1 a 2 semanas antes das rodagens. Remunerado segundo a tabela sindical.

- Director (a) de Produção Contratado desde o início da fase de preparação, até à conclusão do projecto. Remunerado segundo a tabela sindical ou por forfait, depende do tipo de projecto.

- Assistente de Produção Contratado 1 a 2 semanas antes do início das rodagens e termina após a rodagem. Remunerado segundo tabela sindical.

- Director (a) de Fotografia Contratado na fase de preparação, para participar na répèrage e casting (dependendo do Realizador), para escolha e ensaio de película ou outro suporte, para testar e verificar equipamento de imagem, etc. Só termina as suas funções depois do filme (cópia final) sair do laboratório ou estar concluída a produção do Master. Remunerado segundo tabela sindical ou forfait.

- Assistente de Imagem Contratado 1 semana antes das rodagens. Remunerado segundo tabela sindical.

- Fotógrafo (a) de Cena Salário variável. O salário pode compreender as despesas com materiais de fotografia, revelação e outros, ficando os negativos pertença do Produtor. Contratado pelo período de rodagem.

- Técnico (a) de Som Se for empregado do estúdio de som, o trabalho que aí se fizer inclui o pagamento deste técnico. Se não for, pode ser contratado e remunerado de acordo com a tabela sindical.

- Cenógrafo (a) / Decorador (a) Inicia a sua função na fase de preparação. Remunerado por forfait ou salário variável, previamente acordado.

- Aderecista Inicia a sua função 1 a 2 semanas antes das filmagensodagens e termina 1 a 2 semanas após a rodagem. Remunerado por forfait ou salário variável.

- Caracterizador (a) Contratado pelo período de rodagem. Salário variável. As despesas com os produtos de caracterização podem ser da conta do Produtor ou são incluídos no salário a acordar. - Iluminadores / Maquinistas / EIectricistas Iniciam a sua função 1 semana antes das rodagens e terminam ou após estas ou, às vezes, 1 semana depois. Remunerados por forfait ou salário variável.

- Montador / Editor / Assistente de montagem Contratado para a fase de pós-produção. Remunerado segundo tabela sindical.

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e) Cenografia

- Construção de cenários em Estúdio e/ou Exterior Estabelecer orçamento que inclua os custos dos materiais, salários dos carpinteiros, dos pintores de cena e outros.

f) Mobiliário, Adereços e Guarda-Roupa

- Fazer um inventário exaustivo do que é necessário cena a cena: -Material Adquirido (compra) - calcular valor o mais real possível; -Material Adquirido (empréstimo); -Material Alugado - calcular a verba de aluguer (acrescer 10% sobre o valor real por semana).

1) Veículos de cena - Aluguer. 2) Animais - Aluguer (devem sempre ser acompanhados pelo dono ou tratador). 3) Guarda-roupa - (Vestuário/Acessórios) - Fazer forfait com guarda-roupa ou contratar costureira, depende se o filme é de época ou actual.

Nota: Inventariar tudo o que irá compor as cenas e saber os preços de adereços, móveis, guarda-roupa, etc, necessários para as rodagens é uma tarefa quase impossível de se pormenorizar com exactidão. Mas com uma planificação cuidadosa e organização evitam-se situações que podem prejudicar o desempenho das cenas.

A hipótese de se utilizarem gratuitamente objectos, animais, ou outros, depende das relações que se poderão vir a estabelecer mais tarde, pelo que não deve ser considerado como certo.

No decorrer das rodagens e em troca da colaboração prestada, poderá acordar-se que nos créditos finais e como forma de agradecimento se coloca o nome da firma ou organismo oficial que proporcionou determinada facilidade (sistema de permuta de serviços). Este tipo de colaboração também se pode estender a outras rubricas.

g) Estúdios

- Imagem

-Ocupação para filmagens ou gravações - segundo o preço de tabela praticado pelo estúdio (não esquecer de incluir tempo de construção, rodagem e demolição do décor). -Dollys, Charriots, Gruas - preço de tabela a multiplicar pelo n° de horas de utilização.

- Som -Som referência; -Som directo; Dobragens; Play-back; Gravação de música; Efeitos especiais;

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-Repicagem (passagem do som digital - ex. DAT - a magnético perfurado) (tende a desaparecer com a projecção digital); Misturas; Transcrição fotossonoro. Estabelecer um forfait, de acordo com as exigências do projecto, que inclua a utilização do equipamento e pessoal técnico de estúdio.

- Meios Técnicos -Câmara , tripés, e acessórios; -Projectores, Reflectores, outro equipamento de iluminação; -Grua, Charriot, Dolly; -Geradores, entre outros. -Consumíveis

Fazer uma lista de acordo com as necessidades do Director de Fotografia e Chefe Iluminador. Este material terá de ser alugado ou então fazer-se um forfait. Os consumíveis de iluminação terão de ser comprados. Prever verba para substituição de consumíveis.

h) Exteriores - Deslocações de répèrage

-Viagens de técnicos; Estadias de técnicos; Refeições de técnicos.

- Deslocações para décor -Viagens de técnicos e actores; Estadias de técnicos e actores; Refeições de técnicos e actores.

Calcula-se o custo de cada unidade multiplicado pelo n° dias e de elementos (estadia, refeições). Para as viagens calcular o n° quilómetros, a multiplicar pelo n° de carros e a multiplicar pelo preço do litro da gasolina – é necessário saber o custo de consumo gasolina/quilómetro).

- Veículos ao serviço da produção -Aluguer ao dia ou multiplicar o custo do quilómetro pelo n° de quilómetros que se calcularão fazer.

- Transporte de material -Aluguer de carrinha com motorista - multiplicar o preço de tabela à hora, pelas horas de utilização (prever tempo para carregamento e descarregamento de material). -Aluguer carrinha ao dia.

i) - Material Sensível ou outros Suportes -Negativo de imagem; -Negativo de som (tende a desparecer com a projecção digital); Positivo; -Positivo para cópia síncrona; - Magnético perfurado; Custo da tabela (preço por metro) multiplicado pelo n° de metros que se pretendem consumir.

j) – Laboratório

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-Revelação do negativo de imagem; -Revelação do negativo de som (tende a desaparecer com a projecção digital); -Positivação de imagem; -Genérico; -Tiragem da cópia síncrona; -Diversos; Custo de tabela multiplicado pelos metros filmados, a copiar, ou a positivar, consoante o que se trate. -Montagem do negativo; Preço de tabela multiplicado pelo n° de planos e pelo tempo de classificação. -Projecção. Preço de tabela multiplicado pelo tempo de utilização (1a é gratuita).

l) - Seguros - Pessoal

Cobre os riscos de acidentes de trabalho dos técnicos, assistentes e actores durante as rodagens (considerado obrigatório).

- Material Cobre o incêndio ou estragos de equipamento de imagem, som, e outros.

- Adereços, móveis, vestuário Cobre o incêndio ou estragos dos respectivos materiais. Só é feito quando as exigências do projecto, a este nível, são de elevado valor.

- Negativo / Suporte Cobre os riscos de incêndio, roubo ou acidente de negativo virgem, impressionado e montado; cobre ainda riscos de transporte, manipulação e revelação deficiente em laboratório. O custo deste seguro é de valor crescente de semana a semana, até ao final do projecto - tiragem da 1a cópia ou do Master.

- Produção Garante o reembolso de despesas ocasionadas pela paragem ou pela repetição de cenas, resultantes de doença ou morte de um dos elementos essenciais (actores principais ou realizador). Garante também as interrupções causadas por incêndio ou inundação do décor.

O custo deste seguro é calculado segundo o tempo de rodagem, o n° de pessoas indicadas como elementos intervenientes da equipa e o total da previsão de despesas.

- Viagens aéreas

- Cobre os riscos de acidentes em viagens aéreas

- Responsabilidade civil Cobre os riscos pessoais, de acidentes corporais e danos materiais causados a terceiros.

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m) Impostos

- Imposto de transacção

Percentagem sobre as matérias primas, trabalhos de laboratório e outros serviços (exemplo IVA);

- Imposto das contribuições Percentagem a descontar para a caixa de previdência, ou segurança social.

n) - Encargos diversos ou despesas de produção

- Aluguer sala produção/escritório

Custo do aluguer, quando o produtor não tem instalações próprias.

- Expediente (Electricidade/água/outros) e telefones Calcular verba.

- Gratificações e licenças Calcular verba.

- Fotografias lançamento (imprensa, publicidade e cartazes) Calcular verba.

- Outros Calcular verba.

o) - Imprevistos Acrescentar ao total do orçamento uma percentagem de 10% para compensar as possíveis falhas das rubricas com menor margem de erro.

NOTA : Todos os custos estão ligados ao factor tempo, assim a duração do trabalho é o que mais determina o custo do projecto.

Este tipo de rubricas para definir o orçamento de um projecto, não é um modelo único nem definido. Todas estas rubricas podem existir ou não. Existem vários modelos de orçamentação, depende apenas das características e necessidades do projecto.

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Plano Financeiro e Plano Económico

Para aplicar o capital conseguido através de um financiamento é

necessário fazer um: - Plano Financeiro -

O financiamento tem por objecto a procura de recursos financeiros necessários à realização do projecto e a respectiva distribuição da verba total na previsão de despesas, ou orçamento, pelas datas a que correspondem cada fase de produção do projecto, de modo a satisfazer o pagamento dos encargos, respectivos.

Para se organizar a distribuição da verba, deve-se ter em conta que: -uma grande parte dos gastos fazem-se durante o período de rodagem, sendo estes de natureza imediata; -há outros gastos que dependem do que é acordado com os fornecedores, entidades e representantes, sendo distribuídos pelo decurso de todo o processo de produção.

Ao produtor que se compromete a "criar" um filme apresenta-se-lhe também, para além do problema financeiro, o problema económico.

- Plano Económico -

O problema económico tem por objecto a recuperação das importâncias investidas.

O eixo do plano económico é a "garantia mínima", ou seja, a verba que o distribuidor garante ao produtor como mínimo de reembolso pela distribuição do filme, no mercado nacional / internacional. Esta "garantia mínima" depende da existência de uma série de condições, à priori, tais como: -guião (género), -indicação de quem vai realizar, -indicação dos actores principais, -época de lançamento do filme, -outros.

Não se pode falar de uma garantia até que todos os elementos anteriormente citados sejam conhecidos.

Indicações do Plano de Trabalho - Indicação da duração de cada fase por datas

Delimitam-se, em cada fase e por ordem diária (semanas/dias), as actividades a

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executar em cada sector. Exemplo: Fase/n° semanas ou dias

- Indicação dos sectores que fazem parte da equipa técnica Exemplo: produção, realização, imagem; som, etc.

- Indicação das actividades e trabalhos Planificar, por semanas ou dias e pelos respectivos sectores, os trabalhos a executar de modo a concretizar o projecto.

Exemplo: constituição da equipa técnica; Visita aos décors; Pedido de apoios; Lista adereços; pesquisa adereços; casting, ensaios; reuniões, entre outros. Todas estas actividades são distribuidas pelos respectivos sectores.

Não existe um método rigoroso para a sua execução. A organização deste depende sempre do género de projecto, das suas necessidades e do próprio método de quem o executa, de qualquer forma convém elaborar um Planing (mapa-calendário) de todas as actividades.

Execução do Plano de trabalho

O plano de trabalho é feito pelo Director de Produção em colaboração com o Assistente de Realização e Realizador.

Depois de ter o plano financeiro estabelecido, podem, então, iniciar-se trabalhos mais práticos, tais como:

Répèrage É a procura e selecção de locais para as filmagens ou gravações. Esta procura de locais é feita pelo Assistente de Realização ou por um elemento da produção, segundo indicações dadas pelo Director de Produção. A selecção e escolha é feita com a participação de outros elementos e em função de uma nova visita aos locais (ver escolha de locais).

1 - Afazeres

a) - Antes da Répèrage

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- Fazer um levantamento dos décors pretendidos, segundo o argumento / guião;

- Organizar percurso e distâncias entre locais, para se poder fazer um cálculo da duração da répèrage;

-Fornecer-se de mapas e equipamento técnico/produção (rolos fotográficos, câmara fotográfica/vídeo; cassetes vídeo, dossier, capas, etc.);

- Fazer orçamento de répèrage (pessoal a contratar - remuneração; despesas de produção - exteriores - estadia, refeições, aluguer veículo, combustível, material técnico/produção);

- Entre outros.

b) - Durante a Répèrage - Fotografar locais e/ou fazer croquis (devem tirar-se fotografias de

todos os pontos de vista possíveis, com várias grandezas e enquadramentos, de modo a dar uma ideia global de todo o espaço, a qualquer pessoa que não o conheça);

- Saber informações gerais e respectivas a cada sector; - Dar indicações técnicas referentes a cada sector das condições dos

locais para os décors pretendidos (relatório de répèrage).

2 - Escolha de locais

a) - Depois da pesquisa e da existência de vários locais, procede-se a uma selecção dos melhores, mais bem parecidos, e com as melhores condições para os décors pretendidos. Esta selecção é feita, através de fotografias e informações, pelo Realizador e pelos responsáveis de cada sector.

b) - Depois de se ter, então, seleccionado procede-se à escolha. Escolha esta que implica uma segunda visita aos locais. É feita pelo Director de Produção acompanhado do Realizador e outros técnicos (tais como Director de Fotografia, Director de Som, Assistente de Realização, etc). Cada um dos técnicos analisa o espaço em função das dificuldades que este apresentará, ou não, para o seu sector, tomando as respectivas notas.

3 - A escolha de locais faz-se em função dos:

-Problemas do sector de Produção

-Custo da estadia, custo das refeições, distâncias e acessos de transportes, problemas de electricidade, telefone próximo, movimentação de pessoas e veículos; condições para filmar / gravar (instalações para sala de maquilhagem, armazenamento de material, W.C., etc). Deve-se, desde logo, estabelecer os primeiros contactos com entidades oficiais e particulares de quem dependerão autorizações e possíveis colaborações, caso não seja possível trazer pelo menos o contacto.

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-Problemas do sector de Realização

Espaço físico do respectivo local; existência de elementos perturbadores para a realização idealizada do realizador, quanto ao projecto; movimentação dos personagens no espaço; possibilidade de transformação ou modificação do espaço; etc.

-Problemas do sector de Imagem

-Existência de iluminação natural e artificial (possibilidade de fonte de energia potente capaz de assegurar as condições exigidas); espaço suficiente para a colocação de todo o equipamento necessário; etc.

-Problemas do sector de Som

Condições sonoras ideais ou não; existência de ruídos que provoquem o bom andamento do trabalho; etc.

4 - Documentos necessários para a répèrage

a) - Credencial Documento que se executa antes de fazer a répèrage e que deve,

sempre, acompanhar os técnicos que a estão a fazer. Serve para identificar o trabalho, a duração do mesmo e a tarefa que executa a respectiva equipa.

b)- Relatório de Répèrage Documento que se executa ao longo da répèrage, mas que é

organizado após esta. Nele inscrevem-se todas as notas necessárias à realização do projecto referente aos décors (problemas dos sectores - informações técnicas), respectivas fotografias e plantas dos locais. É feito um relatório por cada local visitado. Deve conter ainda : -Morada do Local e telefone; -Nome e telefone da pessoa responsável ou entidade contactada; -Utilização do local, frequência de pessoas/outros, ambiente; -Horas a que foi visitado e estação do ano; -Acessos ao local.

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Levantamentos

Feito com base no argumento/guião, o director de produção ou, em caso de já estar contratado, o assistente de realização faz um levantamento geral.

O Levantamento Geral serve para prever as necessidades, indispensáveis, técnicas e astísticas para a concretização do projecto.

Essas necessidades são: o n° cenas, décors, personagens, figurantes e silhuetas, decoração, guarda-roupa, efeitos visuais e sonoros, equipamento especial, entre outras, e todas as dificuldades ou previsões de tudo aquilo que possa estar implícito no argumento/guião. (Ver folhas-tipo de levantamento)

Depois do levantamento geral e através deste, faz-se um outro tipo de levantamento, os Levantamentos por Sector, tais como levantamentos de décores, levantamento de adereços, levantamento de personagens, e outros, consoante as necessidades do argumento/guião.

Estes levantamentos por sector servem para entregar ao responsável do respectivo sector, para este procurar ou pesquisar o que necessita para a altura da rodagem - com que características, em que dia, e local.

Todos estes levantamentos, por sua vez, vão ser feitos em função de um levantamento mais exaustivo que organiza e prevê ao pormenor todas as necessidades do filme / programa - a este chama-se Dépouillement.

Depouillement – Levantamento cena a cena de tudo o que é necessário para a rodagem (nº de Cena, Décor, Actores, Figurantes e Silhuetas, tipo de Luz, Técnicos, Guarda-Roupa, Efeitos Físicos ou Especias, Animais, Outros) que permite a elaboração do Mapa de Rodagem. Ao efectuarmos o levantamento ficamos com um conjunto de fichas, cada uma relativa a uma cena do filme ou programa, e organizadas por ordem decrescente de custos, que nos permitem fazer o Mapa de Rodagem.

Mapa de Rodagem Tendo sido previamente inventariados os décors, adereços, vestuário, e todas as outras necessidades, o Assistente de Realização em colaboração com o Director de Produção elabora o Mapa de Rodagem. Ao Mapa de Rodagem pode também ser-lhe atribuído o nome de plano ou mapa de trabalho, e há mesmo quem confunda uma coisa com outra. Vamos considerar como certo, para não criar confusões, apenas o nome de Mapa de Rodagem.

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O Mapa de Rodagem é um mapa organizativo das filmagens ou gravações. Nele inscrevem-se a ordem pela qual vão ser rodadas as cenas dos diferentes décors, tendo presente quanto possível, as melhores soluções de continuidade para as filmagens / gravações. Isto permite uma organização racional e a gestão do trabalho, e uma visão da evolução da rodagem, na medida em que diariamente se vão eliminando os números das cenas e dos planos filmados.

Indicações do Mapa de Rodagem : - Identificação do filme, da produção e respectiva realização; - Data em que o mapa de rodagem é feito; - Dia de rodagem (se é 1o, 2° ou 3o e por aí adiante); - Dia da semana/mês;

Constituição das Equipas

Equipa Técnica

Sectores básicos de uma equipa técnica.

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1 - Equipa de Realização. 2 - Equipa de Produção. 3 - Equipa de Imagem. 4 - Equipa de Som. 5 - Equipa de Decoração. 6 - Equipa de Guarda-roupa.

7 - Equipa de Caracterização. 8 - Equipa de Montagem / Edição.

1 - Equipa de Realização - Constituição e algumas funções:

Realizador

1 – Dirige o projecto da criação artística do filme ou programa; 2 – É o responsável pela qualidade técnica e artística; 3 - Supervisiona o trabalho de adaptação da realidade, em termos de espaço e tempo fílmico; 4 - Colabora com o argumentista / guionista; com o director de fotografia ajudando a dar expressão ao projecto em termos fotográficos e com o director de produção na preparação do plano de trabalho; 5 - Supervisiona e orienta o cenógrafo-decorador na idealização dos cenários; 6 – É o responsável pela escolha de actores; 7 - No plateau, materializa técnica e artisticamente o projecto; 8 - Cria, em conjunto, com o caracterizador, a expressão facial e corporal dos aristas; 9 - Deve possuir um conhecimento de toda a técnica e arte da realização; 10 - Deve saber explicar aos técnicos e actores as suas directivas; 11 - Dirige a equipa artística definindo indicações essenciais para o bom desempenho dos actores (direcção de actores).

1° Assist. de realização

1 – É o elemento de ligação entre o realizador e a produção; 2 - Colaborador directo e imediato do realizador; 3 - Estabelece contacto mútuo entre o realizador e todos os elementos da equipa técnica e artística; 4 - Na preparação, colabora com o realizador e o director de produção na pormenorização técnica e artística, e na elaboração do plano e calendário definitivo dos trabalhos (plano de trabalho e folha de serviço); 5 - Transmite e faz executar todas as ordens do realizador; 6 - Durante as filmagens / gravações, zela pelo prosseguimento de todos os objectivos técnicos definidos pelo realizador, auxiliando e verificando todos os preparativos dos ensaios; 7 - Deve verificar, antecipadamente, dia a dia e local por local, se todos os elementos técnicos e artísticos previstos estão disponíveis para utilização,

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reparando as deficiências que encontrar; Nota: pode haver mais do que um assistente de realização.

2° Assist. de realização

1 - As tarefas deste assistente dependem das necessidades do realizador sob ordens do 1o assistente de realização; 2 - Quando existe esta função é a ele, normalmente que cabe a tarefa de bater a claquete, informar a equipa do final das takes e ajudar, sempre que solicitado, no processo das filmagens / gravações.

Anotador(a)

1 - Responsável pela continuidade e coerência do material filmado / gravado;

2 -Deve fazer um registo completo das particularidades técnicas e artísticas de cada take realizada, de modo a poder esclarecer o realizador ou o assistente em qualquer ocasião (folha de anotação - n° plano; vez do plano ou take; câmara utilizada; objectiva; filtros; efeitos ; focos; diafragma; observações de carácter técnico em relação à acção dos personagens - raccord; movimentos no plano, etc ); 3- Regista e fornece as informações de carácter económico-administrativo, isto é, metragem de película gasta, carregada, n° bobines, horas de início e final da rodagem do plano, dia de rodagem, décor; 4- É responsável pelo controlo da película.

2 - Equipa de Produção - Constituição e algumas funções:

Produtor

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1 - Financia o projecto. 2 - É o responsável pelo cumprimento de todas as tarefas; 3 - Orçamenta o filme;

Co-Produtor

1 - Pode ser apenas uma questão financeira, portanto reverte apenas com dinheiro; 2 - Ou então, e isto depende do tipo de produção (do peso do projecto e da empresa), tem o mesmo estatuto que o produtor, em que há apenas uma distribuição de tarefas segundo as necessidades da produção, tais como o eleger de um produtor delegado e supervisionar o cumprimento de tarefas, entre as quais eleger o:

Director de Produção, que:

1 - Organiza os trabalhos conducentes à produção do projecto; 2 –É o responsável pelo ponto de vista económico-administrativo 3 – Pode existir um director de produção ou produtor executivo a quem cabe a função de se responsabilizar pelo cumprimento das tarefas; de gerir as verbas destinadas a cada fase de produção e de representar o produtor do ponto de vista económico e financeiro;

4 – É responsável por toda a equipa perante o produtor; 5 - Colabora com o realizador, e acompanha o projecto na sua globalidade, do principio ao fim, atendendo às eventuais mudanças que possam existir no plano de trabalho; 6 - Determina o horário de trabalho em conjunto com o Chefe de Produção; 7 - Elabora o plano de trabalho e é o responsável pelo seu cumprimento; 8 - Regula as verbas disponíveis para a produção, de forma a que o projecto se conclua dentro dos limites económicos pré-estabelecidos; 9 - Deve desenvolver uma acção articulada com os colaboradores do sector através de uma repartição de tarefas definidas; 10 - Delega funções para alguns elementos da equipa. 11 - Trata dos devidos pedidos de autorizações, colaborações, apoios, para a rodagem.

Chefe de Produção

1 - Colaborador directo, ou em caso de ausência, substituto do Director de Produção; 2 - Pesquisa para a obtenção de colaborações, apoios, serviços, licenças e

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autorizações;

3 - Promove a resolução de compromissos e obrigações, e de um modo geral, assegura o bom andamento dos trabalhos no plateau; 4 - Deve estar sempre presente no plateau.

1° Assist. de Produção

1 - Colaborador do Chefe de Produção e em caso de ausência, seu substituto; 2 - Auxilia-o na obtenção de colaborações, serviços, entre outros, e na satisfação de obrigações e compromissos contraídos; 3 - Deve ser um elemento qualificado de modo a que sendo encarregado de qualquer assunto, o execute sem falhas; 4 - Ocupa-se do trabalho de plateau no próprio dia de rodagem; 5 - Responsável pelo recrutamento e controlo de figurantes; 6 - Responsável pela reunião de adereços de acção; Nota: pode haver mais que um assistente de produção. Sempre que assim seja, um deles é designado pelo Chefe de Produção como primeiro assistente, sendo os outros segundos.

2° Assist. de Produção

1 - Os segundos assistentes dependem do Chefe de Produção através do 1o assistente; 2 - Têm a seu cargo a parte de atribuições que aqueles lhes designarem.

Secretária de Produção

1 - Prepara os contratos técnicos e artísticos; 2 - Organiza ficheiros e arquivos (documentos técnicos); 3 - Tem a seu cargo o expediente geral e a realização de impressos para a produção; 4 - Faz a pré-contabilidade do produtor, registando e ordenando os documentos de despesas e facturas; 5 - Procede ao pagamento de salários e contas a fornecedores, depois de verificadas e aprovadas pelo Director de Produção. Nota: Pode haver mais que uma secretária.

Contabilista

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1 - Faz a contabilidade referente ao projecto na sua globalidade, do principio ao fim.

Chefe de Catring

1 - Responsável pelas refeições da equipa técnica e artística, durante a rodagem.

Assistente de Catring

1 - Colabora com o Chefe de Catring; 2 - Assistente directo, dispõe as refeições e serve a equipa.

3 - Equipa de Imagem - Constituição e algumas funções:

Director de Fotografia

1 - Responsável máximo pela luminosidade geral e pontual , pelo ambiente fotográfico do filme, e pela técnica e qualidade da imagem obtida; 2 - Dirige a iluminação e os efeitos fotográficos conforme estabelecido, previamente, com o realizador; 3 - Visita todos os décors de forma a fazer um levantamento de todos os problemas que estes possa criar ao nível da iluminação, bem como da lista de equipamento que será necessário para as filmagens / gravações; 4 - Elabora a lista de equipamento de iluminação e maquinaria necessários para a rodagem; 5 - Faz a leitura das intensidades luminosas e a verificação e correcção das temperaturas de cor existentes no décor; 6 - Supervisiona o trabalho de câmara; 7 - Orienta o trabalho do Cenógrafo-Decorador e do Caracterizador em todos os aspectos relacionados com a qualidade da imagem; 8 - Deve ter o conhecimento necessário para utilizar e tirar o melhor proveito das objectivas, filtros e equipamento de Iluminação; 9 - Dirige a equipa de iluminação, Electricistas e Maquinistas durante a rodagem; 10 - Mantém um contacto frequente com o laboratório de forma a estar sempre informado dos resultados da imagem da película e para dar eventuais informações extras; 11 - Supervisiona a étalonage (equilibrar a imagem quanto à sua luminosidade e cor, de modo a ela ser coerente do início ao fim. Pode ser feito plano a plano, ou apenas à globalidade do filme / programa);

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12 - Verifica a qualidade da primeira cópia / master.

Operador de Câmara

1 - Deve ter um apurado sentido estético e sensibilidade em relação às linhas de força e equilíbrio do enquadramento, ao movimento dos personagens no interior do plano, bem como bastante destreza nos movimentos de câmara; 2 - Opera a câmara segundo indicações precisas do Realizador e/ou Director de Fotografia; 3 - Deve estar atento e evitar o aparecimento de elementos estranhos dentro de campo (microfones, perches, calhas, cabos, etc); 4 -É responsável pelos enquadramentos da imagem e pelos movimentos de câmara.

1º Assistente de Imagem

1 - Responsável pelo carregamento, regulação e bom funcionamento da câmara e dos seus acessórios; 2 - Responsável pelo transporte de todo o equipamento que diga respeito à câmara, para o local certo, à hora certa; 3 - Responsável pela montagem da câmara no local, da colocação de filtros, realização dos focos e diafragmas; 4 - Liga e desliga a câmara durante a rodagem, segundo ordens do Realizador; 5 - Controla a mudança e carregamento das baterias; 6 - Responsável pela película e mudança de magazins, assegurando sempre a existência de outro carregado com película virgem ou suportes virgens; 7 - Informa o Anotador da metragem carregada e gasta em cada plano, as objectivas utilizadas, o foco, os diafragmas, etc; 8 - Informa a produção do consumo diário de película ou consumo de outros suportes relacionados com a imagem.

2º Assistente de Imagem

1 - Ajuda o 1o Assistente na verificação, acondicionamento e transporte de todo o equipamento referente à câmara; 2 - Coloca e nivela, sempre que necessário, o tripé no local pedido; 3 - Responsável pelo carregamento, descarregamento, acondicionamento, transporte e despacho da película ou outro suporte e de outras tarefas acessórias conforme ordens do Director de Fotografia ou Operador de Câmara;

4 - Depois de descarregar o magazin deve colocar a película numa lata selada correctamente e com a devida identificação, para poder seguir para laboratório;

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5 - Caso não haja 2o Assistente de Realização, pode também ser tarefa deste a identificação do plano que se vai rodar, com o batimento da claquete.

Fotógrafo de Cena

1 - Executa todas as fotografias necessárias à publicidade e promoção do filme e ao serviço interno da produção, desde fotografias da equipa, a fotografias de cena; 2 - Único responsável pela qualidade das fotografias. 3 - Deve tirar as fotografias de cena durante os ensaios dos planos, de modo a não perturbar as filmagens / gravações, nem a maçar os actores.

Chefe Maquinista

1 - Encarregado da montagem, desmontagem, manejo e conservação de toda a maquinaria utilizada em cena ou apenas para efeitos de cena (dollys, gruas, charriots, etc); 2 - Responsável pelo trabalho dos outros maquinistas; 3 - Deve supervisionar as deslocações do equipamento respeitante ao seu trabalho; 4 - Deve atender às instruções do Chefe Electricista-Iluminador quanto à parte de electricidade, e às instruções de outros técnicos se isso estiver relacionado com a execução do seu trabalho (Operador de Câmara, Director de Fotografia, Técnico de Efeitos, etc.).

Maquinista

1 - Colaborador do Chefe Maquinista; 2 - Deve executar de uma forma rápida e eficaz as indicações dadas; 3 - Instala e desloca a câmara sobre o charriot, dolly ou grua; 4 - Executa a construção e montagem de andaimes e torres praticáveis.

Chefe Electricista

1 - Deve verificar as condições de bom funcionamento de todo o

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equipamento de iluminação destacado para a rodagem; 2 - Deve assegurar a existência de equipamento extra de modo a resolver falhas que possam existir (lâmpadas, cabos, extensões, fichas, etc); 3 - Deve verificar e certificar-se da potência da corrente local (décor) e da potência do camião gerador, se existir, de modo a precaver situações desagradáveis; 4 - Orienta e supervisiona o trabalho da equipa de electricistas; 5 - Organiza a colocação de cabos, projectores e acessórios de iluminação.

Electricista

1 - Colaborador do Chefe Electricista; 2 - Ajuda o chefe na verificação do equipamento, transporte, montagem e desmontagem no local de rodagem.

Chefe Iluminador

1 - Colabora com o Director de Fotografia;

2 - Tem a seu cargo a responsabilidade da montagem, desmontagem, manuseamento e conservação de todo o equipamento destinado à iluminação de interiores e exteriores; 3 - Deve auxiliar, em conjunto com os electricistas e os maquinistas, sempre que estes necessitem de manusear equipamento eléctrico ou de iluminação.

Iluminador

1 - Colaborador do Chefe Iluminador; 2 - Executa as funções menos especializadas, sob indicações do chefe, como montagem do equipamento de iluminação, colocação de filtros, a manuseamento e acondicionamento do referido equipamento.

Técnico de Efeitos Especiais

1 - Especialista na preparação e obtenção de efeitos visuais durante a rodagem dos planos, quer por meio de artifícios estudados ou outros processos (fogos, explosões, tiros, chuva, neve, etc)

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4 - Equipa de Som - Constituição e algumas funções:

Director de Som

1 - Responsável pela qualidade técnica de toda a estrutura sonora (banda sonora) do filme / programa até à sua conclusão. 2 - Dirige a escolha, uso, colocação e movimento de todo o equipamento relaccionado com a captação do som; 3 - Orienta as condições técnicas das gravações; 4 - Deve informar o cenógrafo-decorador quanto às condições acústicas dos décors; 5 - Deve acompanhar o trabalho de montagem / edição (parte relativa à banda sonora);

Operador de Som (Microfonista)

1 - Colaborador directo do Director de Som; 2 - Encarregado da montagem, manuseamento, e regulação dos sistemas de registo do som, conforme indicações do Director de Som. 3 - Instala os aparelhos necessários para a reprodução de sons (ex. Play-back).

Assistente de Som

1 - Colaborador do Operador de Som; 2 - Responsável pelo equipamento necessário para a gravação e reprodução de sons; 3 – Caso também seja necessário, fixa e movimenta os microfones de acordo com as indicações dadas pelo Operador de Som ou Director de Som; 4 - Coloca as bandas ou outros suportes nos gravadores e leitores de som; 5 - Armazena e identifica todo o material gravado.

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Técnico de Efeitos Sonoros

1 - Especialista da criação e obtenção de efeitos sonoros especiais; 2 - Deve atender às indicações do Realizador e do Director de Som.

5 - Equipa de Decoração - Constituição e algumas funções:

Cenógrafo-Decorador

1 - Estuda com o Realizador as cenas do filme / programa para estabelecer, conforme as suas indicações, os esboços e modelos dos cenários a construir e os projectos de adaptação de cenários naturais a filmar / gravar; 2 - Estabelece a decoração dos cenários, ainda em colaboração com o Realizador; 3 - Deve consultar o Director de Fotografia quanto a cores e tonalidades, e o Director de Som quanto à acústica do espaço; 4 - Dirige a construção e a decoração dos cenários.

Aderecista

1 - Compete-lhe procurar, em conjunto com um elemento da produção, os adereços decorativos; 2 - Responsável pela conservação dos adereços; 3 - Deve proceder à devolução dos mesmos, com a autorização da produção.

Chefe Estúdio (Chefe de Plateau)

1 - Responsável pela segurança, controlo, manutenção e bom funcionamento do estúdio; 2 - Assegura todas as tarefas de apoio necessárias ao cumprimento do plano de produção.

Carpinteiro de Cena

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1 - Encarregado das contruções e adaptações, quer para efeitos de cena, quer para instalação, funcionamento, ou segurança do equipamento e da equipa.

6 - Equipa de Guarda-Roupa - Constituição e algumas funções:

Figurinista

1 - Estuda e planeia, de acordo com o Realizador e o Cenógrafo-Decorador, toda a composição plástica dos personagens; 2 - Desenha o vestuário dos personagens e os respectivos acessórios; 3 - Dirige a sua confecção; 4 - Assegura a manutenção do vestuário dos personagens e eventuais arranjos que possam surgir durante a rodagem.

Costureira

1 - Confecciona, segundo ordens do Figurinista, o guarda-roupa dos personagens

Guarda-Roupa

1 - Responsável pela conservação do guarda-roupa;

2 - Responsável pela mudança de guarda-roupa de cada personagem de cena para cena.

7 - Equipa de Caracterização - Constituição e algumas funções:

Caracterizador (a)

1 - Responsável pela caracterização (envelhecimento, cicatrizes, etc) de todos os actores e figurantes, conforme indicações pré-estabelecidas pelo Realizador e Director de Fotografia.

Cabeleireiro (a)

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1 - Responsável pela confecção de todas as cabeleiras e outros postiços, bem como por penteados de época ou modernos, atendendo a indicações pré-estabelecidas com o Caracterizador (a); 2 - Deve assegurar, até ao final das rodagens, a boa conservação e adaptação de todas as cabeleiras e a manutenção de todos os penteados.

Maquilhador (a)

1 - Responsável pela maquilhagem de todos os actores e figurantes; 2 - Deve manter, até ao fim das rodagens, uma coerência visual na maquilhagem; 3 - Deve evitar, e estar atento, ao aparecimento de brilhos, suor, etc.

8 - Equipa de Montagem / Edição - Constituição e algumas funções:

Montador / Editor

1 - Coordena os elementos visuais e sonoros de modo a constituir e concretizar, finalmente, e de acordo com o argumento/guião/ planificação, a ideia base do Realizador, ou seja o filme ou programa; 2 - Responsável pelo trabalho executado pelos seus colaboradores;

Assistente de Montagem

1 - Auxilia o montador em todas as fases de montagem. NOTAS FINAIS: recomenda-se aos alunos que concebem os projectos (guiões), para recorrerem à imaginação e à criatividade na “mise-en-scéne” de forma a ultrapassarem-se problemas de produção. O professor da disciplina tem uma função de orientação no desenvolvimento dos projectos, cabendo aos alunos todo o trabalho de pré-produção, produção e pós-produção dos projectos.

Rui Capitã

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