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RADIAÇÃO: O que é isso?

O que é isso? - Consórcio Santa Quitéria · sempre associado a outros elementos, como o fosfato, por ... A radiação também pode ser criada pelo homem. ... emitida por esse urânio

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RADIAÇÃO: O que é isso?

Urânio de Santa Quitéria – se encontra na Fazenda Itataia há bilhões de anos. Atualmente 97 minas de urânio estão em atividade em 20 países, dentre os quais: Austrália, Canadá, Cazaquistão, Rússia, África do Sul, Namíbia, Estados Unidos, Finlândia, Índia e China.

Radiação – é uma energia invisível que atravessa o ar e as paredes. O sol é a principal fonte de radiação, que também vem do espaço

cósmico e está em toda parte: na terra, na água, no ar e até em nosso corpo, já que ossos e tecidos

contêm carbono 14 e potássio, que são elementos radioativos. A radiação é um fenômeno natural.

Urânio – é um metal, denso e flexível, que se encontra em abundância na crosta terrestre sempre associado a outros elementos, como o fosfato, por exemplo. O urânio tem a propriedade de emitir radiação, e é esta propriedade que faz com que ele seja capaz de gerar energia elétrica.

É urânio natural que vai sair da mina de Itataia – depois de retiradas do solo, as rochas que contêm

fosfato e urânio passam por um processo industrial para separar os dois elementos. Em seguida o urânio é concentrado, resultando numa pasta amarela

chamada yellowcake. Continua sendo urânio natural, muito próximo do que existe na natureza. Este

produto sai de Santa Quitéria, é processado, enriquecido e em seguida utilizado na fabricação do combustível que gera energia nas usinas nucleares.

A radiação também pode ser criada pelo homem. A radiação artificial mais conhecida é o Raio X, que utilizamos há muito tempo. Outras aplicações da radiação são utilizadas para diagnosticar doenças (como as tomografias), para tratamentos médicos, para combater pragas na agricultura, para conservar alimentos e até para esterilizar produtos, como fraldas e garrafas de refrigerantes.

A quantidade de radiação que recebemos pode ser mensurada utilizando-se a medida chamada Sievert (sívert). A dose média de radiação natural que recebemos por ano é de 2,4 mSv (milésimos de Sievert). Calcula-se que 48% do total de radiação que recebemos hoje em dia vem de exames e tratamentos médicos.

Como o sol é a maior fonte de radiação, quando ficamos muito tempo expostos a ele, ou mais próximos dele (em viagens de avião, por exemplo) recebemos doses maiores de radiação.

Veja nesta tabela as doses de radiação (em mSv)que recebemos de algumas fontes

Raio X de dente 1,6 mSv

Mamografia 3 mSv

Tomografia computadorizada

do tórax

de 6 a

18 mSv

Fumar 30 cigarros por dia

durante 1 ano

de 13 a

60 mSv

Trabalhador em mina de urânio

de Caetité/BA durante 1 ano0.46 mSv

De acordo com todas as análises feitas em 12 anos de atividades da mina de Caetité, a dose de radiação que os trabalhadores recebem anualmente é bem menor que a de um Raio X de dente.

Os trabalhadores são treinados e seguem regras especiais de segurança no trabalho; eles são examinados regularmente, assegurando-se assim a saúde de todos.

Programas de proteção radiológica e ambiental são desenvolvidos o tempo todo para preservar a saúde dos trabalhadores e dos moradores do entorno da mina.

As águas de açudes, rios e poços, o ar, a poeira e os produtos da agricultura e da pecuária são analisados constantemente.

Para garantir a preservação do meio ambiente e a saúde da população e dos trabalhadores, as atividades de mineração e beneficiamento de urânio são fiscalizadas por órgãos municipais, estaduais e federais. Dentre eles a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).

Radiação e Saúde Entrevista com o médico Nelson Valverde, especialista em Saúde Ocupacional e Radiopatologia, perito da Organização Mundial de Saúde (OMS), colaborador da Agência Internacional de Energia Atômica (ONU) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O urânio em estado natural pode provocar câncer?Não. Ele é um elemento natural da face da Terra, portanto a energia emitida por esse urânio é um fato normal em nossas vidas. Muitas pesquisas sobre este assunto já foram feitas no mundo inteiro: na região de Ramsar, no Irã, onde a radiação natural é até 50 vezes maior que a existente na maioria dos lugares, foram feitos estudos sobre a saúde da população para saber se lá havia uma maior incidência de câncer ou alterações genéticas. O resultado da pesquisa demonstrou que mesmo vivendo numa região com radiação muito alta, o número de casos de câncer era semelhante ao de outros lugares sem tanta radiação.

Em algum lugar do mundo onde se faz mineração e beneficiamento de urânio houve aumento de casos de câncer?Também para estudar esta possibilidade muitas pesquisas foram feitas. No Canadá, os cientistas pesquisaram os moradores de uma localidade chamada Uravan, que viveram bem próximos a uma mina de urânio durante 48 anos. Não foi constatado aumento de casos de câncer nessas pessoas. Os chineses estudaram durante cinco anos, 75 mil pessoas que vivem em áreas próximas a uma mineração de urânio, comparando a saúde delas com a de moradores de outras áreas e chegaram à conclusão que não havia nenhuma diferença entre os dois grupos. Ou seja, quem morava perto de uma mineração de urânio não teve mais câncer nem maior número de abortos. Este estudo foi publicado numa das mais conceituadas revistas científicas – a Nature – e afastou em todo o mundo o temor de que a atividade de mineração e beneficiamento de urânio signifique um perigo para a população.

Se uma pessoa mora perto de reservas de urânio, isto quer dizer que ela vive sob o risco de contaminação?Não, porque nessas reservas o que existe é urânio natural e o concentrado de urânio, o yellowcake também é urânio natural. O fato de morar perto de uma reserva ou de uma mina que está sendo explorada não significa nenhum perigo para a vida das pessoas.

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Consórcio Santa Quitéria /Área de Sustentabilidade