O que é o Projeto

Pé-de-Pincha?

PATROCÍNIO:

inchinhaANO 2012 N.º 1

PPP

ApresentaçãoEsta cartilha é fruto do trabalho dos

alunos das escolas que acompanham

com entusiasmo o progresso do

projeto Pé-de-pincha,

para a sensibilização dos moradores

das comunidades ribeirinhas e o povo

em geral, com o objetivo de

aumentar o número de quelônios

em nossos rios, igarapés e várzeas e para

que a futura geração também possa

conhecê-los, apreciando e cuidando

dessa maravilha da natureza.

Graças ao patrocínio da Petrobras,

através do Programa Petrobras

Ambiental, poderemos conhecer

um pouco mais destas histórias e ajudar

a conservar, de forma participativa,

os tracajás e outros quelônios

da Amazônia.

Copyright © 2012 – Projeto Pé-de-Pincha/UFAM

Coordenação EditorialPaulo Cesar Machado AndradePaulo Henrique G. OliveiraAldeniza Cardoso de LimaSandra Helena AzevedoAlfredo Belém Pontes

Projeto GráficoGráfica Moderna

DiagramaçãoMarcela Costa de Souza

RevisãoProf. Paulo Andrade

Impressão e Acabamento Gráfica Moderna

Escola

Grupo

Orientador

Diretor

ColaboradoresAlunos da 1 4.ª Série .ª a

Escola Municipal de Ensino FundamentalProf. Neusa Bentes Diogo – Terra Santa ª

Unidos pela preservação

Kellen Cristina Santos Brito

Edilson Barbosa de Vasconcelos

Adilson Siqueira

Anamaria C. Beraldo

Idamara P. Siqueira

Kellen C. S. Brito

Keliane A. Machado

Lessandra M. Barbosa

Maria Imaculada C. Campos

Maria de Nazaré F. C. Filha

Regilane C. Ferreira

Renilda de C. Vasconcelos

Raimundo C. M. de Souza

Soniel Guerreiro Tavares

Francisvan P. Almeida

Rodolfo F. P. dos Santos

Wanderson M. Pinheiro

Lenilson C. dos Santos Filho

ESTORINHA 1

Andrade, Paulo Cesar Machado (Org.) O que é o Projeto Pé-de-Pincha. Paulo Paulo Cesar Machado Andrade, Paulo Henrique G. Oliveira, Aldeniza Cardoso de Lima, Sandra Helena Azevedo e Alfredo Belém Pontes (Organizadores). Manaus: Gráfica Moderna, 2012.

ISBN: 978-85-xxxxx

1. Quelônios 2. Conservação 3. Comunidades

CDU

Vamos entender o que é o

projeto Pé-de-Pincha

Pouca gente sabe o que é PROJETO

PÉ-DE-PINCHA! Isso é um problema,

porque nem todos sabem preservar.

O projeto Pé-de-Pincha, ensina alunos de escolas locais,

professores e ribeirinhos a protegerem os ovos de quelônios,

utilizando, como chocadeiras naturais, áreas protegidas pelas

comunidades nas praias do rio Amazonas, e seus afluentes, para

que estes ovos tenham maiores possibilidades de gerarem filhotes.

E S C O L AR E F E I T Ó R I O R E F E I T Ó R I O

E S C O L AR E F E I T Ó R I O

A TURMA DO PROJETO:A TURMA DO PROJETO:a preservação dos quelônios

Estamos juntos para

melhor explicar os

perigos da natureza, para

os quelônios o que, na

verdade, não é fácil!Por que será?

Se a vida não é fácil.

Vamos saber as razões.

Olá! Somos do Projeto Pé-de-Pincha e gostaríamos de conversar um pouco com vocês.Sou o Carlos, ele é Luiz.

Eu sou Francisco, o presidenteda comunidade. Sejam bem vindos.

Autores: Kellen Brito, Rodolfo Santos,Wanderson Pinheiro e Lenilson Santos Filho

Francisvan Almeida,

Porque os quelônios não usam

armas e nem ameaçam ninguém .

O seu maior inimigo é o homem.

Os quelônios são calmos,

andam devagar. Já os

seus inimigos andam

depressa.

Por que você fala

isso?

Sabe que é isso

mesmo Seo

Carlos.

“ ”

Um dos membros da

comunidade pergunta...

Luiz falou...

Seu Francisco Pergunta...

Porque o homem não

quer apenas matar a sua

fome com a carne e os

ovos dos quelônios.

Por quê?

O homem quer ganhar

dinheiro com a venda

desses produtos.

Como assim

Seo Carlos?“ ”

“ ”Seo Luiz

quando ocorre a

desova?

Graças as medidas

tomadas e o trabalho

realizado, os quelônios já

não estão na lista dos

animais em extinção

A desova ocorre em praias

arenosas na época de maior

seca. Para dificultar o ataque

dos predadores, os tracajás

enterram seus ovos, em

ninhos bem escondidos.

Carlos completa dizendo... Alguém da comunidade

pergunta...Luiz fala...

Os participantes do Projeto Pé-de-Pincha explicam sobre o manejo dos quelônios.

Carlos fala...

Preservar.

Vamos ver como

isso acontece!

E que atitude devemos

tomar para não acabar os

quelônios?

Entre os

humanos, há

caçadores como

os que vimos, e

há pessoas

amigas que se

preocupam em

proteger os

animais que

fazem parte da

fauna brasileira.

Caminhar nasbeiradas a procura dos locais da desova

Luiz fala...

Ter um cuidado especial até a soltura dos

quelônios.

Soltar os filhotes

nos locais de

origem.

Chegando na chocadeira, cavar a

cova e plantar os ovos, identificando

com um piquete com a data

provável para o nascimentos dos

filhotes.

Ao encontrar

as covas,

ameaçadas,

cavar e tirar

com cuidado

os ovos do

local para

transportar

para um lugar

seguro.

Fim

et mas ps oa sP

1. Vamos PINTAR e preencher as palavras cruzadas:

T

P

B

N

5/praia – 7/tracajá; ninhada – 8/berçário

2. Vamos colorir e ajudar os filhotes a sair dos ovos e seguirem

o caminho mais seguro para sobreviver:

et mas ps oa sP

Quelönios são os répteis que possuem uma carapaça (casco) para proteger

o seu corpo. Vivem na Terra há mais de 265 milhões de anos. Os mais conhecidos

são as tartarugas ́ (vivem na água) e os jabutis (vivem em terra). O Tracajá (figura

1) é uma espécie de quelônio que vive nos rios da Amazônia. Quando sai para

fazer seu ninho nas praias, eles deixam pegadas na areia parecidas com as

marcas de tampinhas de garrafas, que no Norte chamamos de pincha. Então “Pé-

de-pincha” é o apelido do tracajá. Em 2001, o prof. Henrique Pereira criou a 1ª.

Logomarca do Pé-de-pincha (figura 2) onde vemos os filhotes de tracajás que

deixam suas pegadas tipo pincha, sendo soltos nos rios , de volta para natureza,

com a ajuda do homem, que o conserva através do manejo participativo das

comunidades.

VAMOS APRENDER COM O PINCHINHA:O que são quelônios? O que é Pé-de-Pincha?

Figura 1. Tracajá (Podocnemis unifilis) – Fêmeae filhote.

Figura 2. Primeira logomarca do Projeto Pe-de-Pincha.

No Lago Piraruacá, em Terra Santa no Pará, os comunitários enfrentavam

muitos problemas com os grandes barcos de pesca que vinham de outros lugares e

arrastavam suas grandes redes no lago, levando tudo que pegavam: peixes, tracajás e

pitiús. Isto estava acabando com os peixes e quelônios do lago. O sr. Manoelino Bentes

(Mocinho Lobo) e o sr. Raimundo Machado resolveram lutar pela conservação do lago

mas, logo viram que sozinhos seria muito difícil. Buscaram ajuda da Universidade

Federal do Amazonas. Eles se reuniram no Xiacá, em janeiro de 1999, e decidiram

propor a idéia de um manejo participativo dos lagos e dos quelônios. Então, em 21 de

maio de 1999, foi realizado um seminário com 255 comunitários ribeirinhos,

fazendeiros, pescadores e professores, onde se planejou e criou o projeto. O grupo

pioneiro era formado pelos professores Paulo Andrade, Aldeniza Lima, Rosilene

Gomes e Rosinaldo Machado (UFPA); pelos agrônomos José Ribamar Pinto, Ieda

B.Rivera e João Alfredo Duarte; pelos acadêmicos Mário Ney Nascimento, Paulo

Henrique Oliveira, Pedro Macedo, Francivane Fernandes, Sônia Canto , Clodoaldo

Vidal , Ana Menezes , Shelzea Costa, Roberto Maeda e Francisco Clóvis (foto). No

início, tivemos o apoio do Poder Municipal (Carlos Bentes, Isabel Guerreiro e Ieda), da

Igreja (Padre José Paulo), de ambientalistas locais (Rubrelande, Raimundo Bentes

“Capão”, Rdo.Conceição), empresários (Stones Machado, Amilcar Bentes) e dos

professores das escolas do município. Veja no próximo número como surgiram os

agentes ambientais voluntários!

VAMOS APRENDER COM O PINCHINHA:

Como nasceu o Projeto Pé-de-Pincha?

Figura 3. Manuelino Bentes e Raimundo Machado. Figura 4. Os pioneiros.

Deixe-me Viver!

EM:

Escola

Grupo

Professora Orientadora

Colaboradores

Ensino Fundamental

São Sebastião

Lutando pela vida

Arisa Cavalcante Farias

Malba Ney Cavalcante da Silva (prof.ª)

Alef Jorge Cavalcante Canuto (aluno)

Brenderson Guerreiro Maciel (aluno)

Josinaldo Pantoja Cunha (aluno)

Railton Maciel (aluno)

Rubenilton da Rocha Fonseca (aluno)

Vanderlei Ferreira Saturnino (aluno)

4.a sériel

ESTORINHA 2

inchinhaPPP

O t ra ca j á em: A LU T A PE L A SOBR E V I V Ê NC IA

Certo dia, seo Juvenal, conversava com um amigo...“ ”

Como está tão

difícil hoje

encontrar

um tracajá!

Ah! Este ano eu nem provei ovo! Não consegui tirar nenhuma ninhada.

“

”

Saíram os dois a

procura dos tracajás...

“O tracajá foi em busca de outro local”.

Estão sempre me

perseguindo.

Que eu faço para botar?

Fica tão difícil de botarmeus ovos.

Já estão atrás de mim.

Parece que está deserto...

“Os dias se passaram e a cova

permanecia intacta”...

Ufa! Agora eu vou conseguir botarmeus ovos.

Consegui!!

“... após 45 dias a cova se abriu e ostracajazinhos começaram a sair”.

“Na água a luta continua...”

“Quando os jacarés e

os aruanãs se

aproximavam, eles

tentam se esconder...

“... pois são presas

fáceis para eles. Alguns

conseguem se esconder,

outros não”.

Consegui escapar dos

urubus e gaviões.

Fim!!!

“... com isso são poucos que conseguem chegar a fase adulta”.

“Após cinco anos um dos sobreviventes volta a praia para botar seus ovos”.

REALIZAÇÃO: PATROCÍNIO:

APOIO:

UFAM