4
8/19/2019 O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-pesquisa-em-direito-babs-dan-luiz 1/4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO MESTRADO EM DIREITO BÁRBARA GABRIELE SANTOS FROTA DANIEL GUEDES DE ARAUJO LUIZ FILIPE DE ARAUJO RIBEIRO ATIVIDADE “O QUE É A PESQUISA EM DIREITO” NATAL-RN !"#

O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

8/19/2019 O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-pesquisa-em-direito-babs-dan-luiz 1/4

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOMESTRADO EM DIREITO

BÁRBARA GABRIELE SANTOS FROTADANIEL GUEDES DE ARAUJO

LUIZ FILIPE DE ARAUJO RIBEIRO

ATIVIDADE “O QUE É A PESQUISA EM DIREITO”

NATAL-RN

!"#

Page 2: O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

8/19/2019 O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-pesquisa-em-direito-babs-dan-luiz 2/4

O que é pesquisa em direito? - Capítulo 1

Nesse texto, o autor, Theodomiro Dias Neto, diz que é da área penal e examina a

questão do que é pesquisa em direito com o viés da disciplina que trabalha, motivo pelo

qual ele confirma a autoridade da doutrina. Ele então constata o isolamento do direitopenal em relação a outras disciplinas, e o ênfase que é dado a atuação no tribunal em

detrimento de outras atividades. Ele então prope que uma área de pesquisa interessante

na área dele seria descobrir como se dá o processo decis!rio na área penal, como uma

forma de conhecer os efeitos das leis sobre os problemas de natureza penal. Ele sublinha

ainda a import"ncia do estudo da do#mática penal, sendo que para ele esta do#mática

seria uma tecnolo#ia para a asse#urar a capacidade decis!ria do direito enquanto

con$unto de re#ras #eneralizáveis.%á o outro debatente, Cássio Scarpinella Bueno, credita a pesquisa como um

complemento no processo, e que relata haver mais de uma corrente filos!fica que diz o

que o direito se limita a ser uma experiência $udiciária, res#atando a ideia que o autor 

anterior traz. Ele então traz como a pesquisa em direito é deficiente, dando um exemplo

de sala de aula no qual em uma prova com consulta os alunos não sabiam procurar no

c!di#o por desconhecer o &ndice. Ele então define o que seria pesquisa em direito civil,

para ele seria identificar o que seria a lei vi#ente e que este$a no c!di#o ou não, e que

esse é movimento muito importante posto que ainda há uma falta de atualização do

c!di#o. Ele traz ainda que há correntes dentro do direito que se recusam a olhar aquilo

que é novo, motivo pelo qual haveria somente uma aceitação e um estudo ou uma recusa

com base na ale#ação de inconstitucionalidade. E ainda coloca que faltaria nessas novas

leis uma pesquisa emp&rica por trás destas, mencionando especificamente pesquisas de

ver qual a $urisprudência do '( )rau. Ele então passa a falar do consultor, o qual atribui o

papel de saber qual o papel da $urisprudência e critica o sincretismo metodol!#ico com os

 $ul#ados que viram $urisprudência. Ele então adentra em *elsen, trazendo o pensamento

deste de que a norma do direito pode ser qualquer coisa, até aquilo que se conse#ue

colocar na moldura. Ele reclama que se le *elsen, mas não se aplica. E então ele coloca

a pesquisa como aquilo que dá conta disso, pois coloca o desconexo e o contextualiza,

motivo pelo qual a pesquisa deve ser tudo aquilo que é +til para embasar concluses. Ele

coloca ainda que é preciso se definir os tipos de escola para estarmos mais tranquilos

para pesquisa de campo. Ele conclui que se deve buscar elementos distantes do direito

para alimentar com maior se#urança como um pro$eto amplo de mudança na

interpretação e na sistematização do caos $ur&dico.

Page 3: O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

8/19/2019 O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-pesquisa-em-direito-babs-dan-luiz 3/4

or fim, a professora Paula or!iori, separa o estudo da pesquisa, sendo que um

não é poss&vel sem o outro. -as que pode acontecer a pesquisa independente, porque

al#uém pode fazer a pesquisa por você, motivo que ela associa como positivo incentivar a

pesquisa para os alunos. Ela também recomenda os manuais como benéficos para um

primeiro contato. ambém relata que não há academia sem prática e passa então para aquestão da pesquisa para consultoria, que ela acredita que seria al#o que deveria se

investir por fora, em especial a isenta, aquela que diz as vezes aquilo que o cliente não

#ostaria de ouvir. Ele então coloca que o parecer deve ser Pro Veritate, em que se precisa

estudar muito para se ver se o posicionamento é poss&vel e consistente para poder 

embasar al#uma posição do advo#ado. E por fim trás, ela coloca que a análise

 $urisprudencial está asse#urada a se#urança $ur&dica, motivo pelo qual precisa ser feita

também.

O que é pesquisa em direito? - Capítulo "

/ cap&tulo 0 inicia com a opinião de Theodomiro Dias Neto, professor da Escola

de 1ireito de 2ão aulo da 3undação )et+lio 4ar#as. Ele busca explicar como a pesquisa

pode contribuir para que o Direito Penal possa conse#uir alcançar o seu ob$etivo de

solucionar os conflitos de maneira mais $usta e eficaz.

/ autor reconhece a existência de um certo atraso do 1ireito em relação 5

pesquisa, se comparada 5 outros ramos das ciências humanas. 6lém disso, ele observa a

existência de um isolamento do 1ireito em relação 5s demais disciplinas das ciências

humanas. E ainda su#ere a pesquisa acerca do processo le#islativo. rope os se#uintes

questionamentos7 89omo tem se dado o processo decis!rio le#islativo na área penal:

9omo nascem as leis penais: ;uais são os seus tr"mites dentro do 9on#resso Nacional:

;uais são os autores que intervém no processo le#islativo: < =p. '>?@.

/ texto afirma que existe um 8caos le#islativo<A que o 1ireito enal brasileiro possui

um caráter 8altamente simb!lico<A que 8o sistema penal não tem sido avaliado no plano da

eficácia< e que 8insiste na demanda repressiva<. Nesse sentido, defende a necessidade

de conhecer os efeitos das leis penais sobre os problemasA a import"ncia do estudo

interdisciplinar, sem descuidar da do#mática penal =p. '>?B'>>@.

Na sequência, Cássio Scarpinella Bueno, professor da 3aculdade de 1ireito da

C9D2, trata da pesquisa em Direito Processual. 2e#undo ele, o processo possui a

peculiaridade de se confundir com prática $udiciária ou 8o que o $uiz diz<. 9ritica a ideia

Page 4: O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

8/19/2019 O Que é Pesquisa Em Direito. Babs-Dan-Luiz

http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-pesquisa-em-direito-babs-dan-luiz 4/4

amplamente arrai#ada de inteireza do 1ireito, representada pelo c!di#o. or isso,

defende que o 1ireito não se resume ao c!di#o =p. 'F@. 2e#undo ele, a pesquisa em

1ireito rocessual continua sendo 8identificar a lei vi#ente este$a dentro ou fora do c!di#o,

o que $á é um #rande desafio<. 6ssevera que o $urista possui duas opçes7 aceitar a lei e

realizar um estudo sobre ela ou a recusa $uridicamente ale#ando que a mesma éinconstitucional e, por isso, não deve permanecer no ordenamento $ur&dico =p. 'G@. 9om

efeito, critica a falta ou escassez de pesquisa emp&rica antes da edição de novas leis.

ara ele, falta a pesquisa de dados que, 8muitas vezes, alavancarão oportunas mas

pontuais mudanças no 9!di#o de rocesso 9ivil<. /utro problema apontado é o 8absoluto

sincretismo metodol!#ico<, pois 8não há na doutrina ou na $urisprudência o menor pudor 

em ar#umentos, principalmente no parcial trabalho de advo#ado< =p. 'H@.

or sua vez, Paula or!ioni, professora da 3aculdade de 1ireito da C2, aborda apesquisa $ur&dica no "mbito do Direito Comercial. Inicialmente, ela procurar separar o

estudo da pesquisa. Ela revela que tem sido +til estimular os alunos a se lançar na

pesquisa, ao invés de apenas ficar a#uardando que o professor lhe conte como é a

realidade.

Ela faz oposição 5s severas cr&ticas que são realizadas em relação aos manuais.

Ela afirma que apesar de estarem desatualizados, tratamDse de manuais de qualidade.

Jecomenda que a utilização destes manuais K #eralmente mais de um D se$a

complementada com uma biblio#rafia extra. 6ponta que a pesquisa acadêmica 8não é K e

nem pode ser K dissociada da prática< =p. 'L@. %á a pesquisa para fins profissionais

possui peculiaridades quando é feita para7 açes $udiciais, consultas e pareceres. No

primeiro caso, os advo#ados acabam transformandoDse em 8buscadores de citaçes< =p.

'L@. No se#undo caso, é necessariamente mais 8honesta<, uma vez que o a#ente

econMmico está questionando ao 8pesquisador< se pode ou como pode diminuir seu risco.

=p. 'LB'LF@. or fim, quanto ao parecer, diz que o mesmo deve ser 8consistente para

embasar a ar#umentação do advo#ado, e isto s! se conse#ue com uma pesquisa

profunda< =p. 'LF@.

Encerrando sua exposição, destaca a import"ncia da análise $urisprudencial, não

somente em razão da busca da se#urança e previsibilidade, mas também como um

8movimento de evolução< =p. 'LGB'L@.