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O que é precatório?______________________03

Seu precatório vale dinheiro_______________06

Como vender___________________________08

Decisões em Julgamento/Prazos___________10

Ganhe em vida__________________________11

Quem compra precatórios no mercado?_____13

A Sociedade São Paulo de Investimentos____15

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O que é precatório ? Precatório é um ato da Administração Pública com o Judiciário pelo qual se determina ao Governo (União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações) o pagamento de determinada soma para o vencedor de uma disputa judicial. Está prevista na Constituição Federal e tem como base a condenação definitiva em desfavor do Estado (quando não existe mais possibilidade de contestação).

O precatório originalmente teve início na Constituição Federal de 1934, devido à necessidade de se implantar uma lei que determinasse ao Estado o pagamento de suas dívidas aos seus credores. Esta obrigação do Estado em pagar seus débitos resultantes de condenações judiciais já passou por Constituições de diversas épocas, mas em cada uma delas houve um aperfeiçoamento que visava o não comprometimento do interesse coletivo e essas alterações resultaram em diversas anomalias tornando-se cada vez mais confuso o entendimento do pagamento de precatório.

Está determinado no artigo 100 da Constituição que a ordem de pagamento dos precatórios deve estar obrigatoriamente de acordo com a ordem cronológica de registro dos processos, porém, os de natureza alimentícia são considerados preferências, pois visam os direitos da vida de quem os recebe.

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Existem dois tipos de precatório

1) Precatórios Alimentícios- Resultantes de salários, vencimentos,

proventos, pensões (e seus complementos),

benefícios de previdência e indenizações por morte ou invalidez, na maioria das vezes requisitado por funcionários públicos ou

seus herdeiros/sucessores.

2) Precatórios Não-Alimentícios- São

os demais, tais como desapropriações,

atrasos, inadimplência ou descumprimento

de obrigações contratuais por

parte do governo, cobranças indevidas

de impostos, etc.

O valor estabelecido através da inclusão da dívida judicial no orçamento público (precatório) teoricamente deveria ser pago até o fim do ano de inscrição do precatório. Na prática esse processo é muito lento, pois os Governos não têm interesse em pagar todas essas dívidas com empresas e os cidadãos, gerando espera de muitos anos, até mesmo décadas para receber seus pagamentos.

Segundo um levantamento feito pela Corregedoria Nacional de Justiça junto aos tribunais de todo o país, até o primeiro semestre de 2012 os estados e municípios brasileiros acumularam R$ 94,3 bilhões em dívidas de precatórios. O estado de São Paulo, por exemplo, possui o maior saldo devedor, o valor atual corresponde a 70% do total das dívidas do estado. A evolução do saldo da dívida paulista em cinco anos bateu na casa dos 72% - perto da média nacional.

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A falta de pagamento (“calote” ou atraso no pagamento) dos precatórios em nada interfere com a sua credibilidade, existência ou validade. A falta de credibilidade aqui é a dos Governos que não honram com suas dívidas. Os processos judiciais que, após condenação final, deram origem ao precatório são justamente instrumentos de controle do Estado de Direito.

É importante ressaltar que, apesar de muitos acharem que é a mesma coisa, um precatório não é um título público. Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública, e representam uma boa opção de investimento para a sociedade. Logo, se os precatórios devem ser inclusos no orçamento público estes podem ser pagos com os recursos arrecadados através da venda dos títulos públicos emitidos pelos Estados e Municípios.

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seu precatório valedinheiro

Como o Estado costuma agir com inadimplência em relação ao pagamento dos precatórios, estes se tornam um crédito vencido (e não pago) possível de ser usado para compensação tributária, de acordo com a Emenda Constitucional nº. 30/2000 e a recente EC nº 62/2009.

Desde então, grandes instituições financeiras adquirem precatórios a fim de realizarem essa compensação. Os credores que não podem (ou não querem) esperar em razão da demora do pagamento têm essa opção de vender seus precatórios.

A vantagem de quem opta pela venda é:

- Poder solucionar o problema da espera para o recebimento total de seus direitos, pois ao vendê-lo, o beneficiário recebe a quantia negociada à vista.

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E quando falamos em capital para investir, isso significa que o credor vai poder concretizar qualquer outro projeto que ainda não foi possível devido à demora do pagamento por parte do Governo.

Imagine que ao optar pela venda do precatório o beneficiário vai poder trocar de carro, reformar a casa, investir o dinheiro na faculdade dos filhos, ou abrir um negócio.

Além desses benefícios, quem está com dívidas bancárias mas possui um precatório, também tem a possibilidade de:

- Quitar suas dívidas no banco com o valor recebido pelo precatório. Por exemplo: se um precatório for vendido a 20% do valor de mercado e a dívida bancária for exatamente o valor a receber com esses 20%, é possível quitar essa dívida, que, à depender do parcelamento que o banco geralmente propõe, demoraria muito mais tempo.

Portanto, para quem está cansado de esperar pela liquidação dos débitos, mas têm planos e/ou prioridades que não podem esperar, vender seu precatório desde que seja com segurança é uma excelente opção.

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PrecatórioComo vender seu

Quando uma pessoa resolve vender seu automóvel, este deve comunicar de alguma forma o interesse (por exemplo, anunciar em sites de compra e venda, concessionárias e etc.) e o veículo é analisado para que ocorra as negociações para a venda.

No caso da venda de um precatório o processo é semelhante. O interessado em vender deve entrar em contato com empresas especializadas, que possuam know-how, corpo jurídico, local físico e comunicar o interesse pela venda.

Feito isso, a empresa inicia o levantamento do processo e faz uma análise jurídica que verifica todo o fluxo da ação (Fórum, cartório, Juiz, DEPRE). Essa análise, quando bem feita, demora aproximadamente de 30 a 60 dias e deve indicar se existe ou não algum defeito jurídico na constituição do precatório que impeça sua venda, como por exemplo, se o pagamento já foi realizado sem que o beneficiário fique sabendo ou no caso de o credor original já for falecido, e for necessária a inclusão do herdeiro/herdeiros no processo.

Portanto, somente possuir um precatório não é garantia que a venda vá ser realizada, isso depende dos resultados da análise e esta deve ser complexa para evitar prejuízos ou futuros problemas jurídicos. Para isso, a empresa especializada responsável pelo processo de compra e venda deve conter um bom histórico neste tipo de operação, pois somente o conhecimento jurídico de profissionais qualificados pode garantir que processo de venda ocorra de forma segura.

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Uma empresa séria formaliza com o credor um contrato de compra/venda do precatório com todos os detalhes da escritura e todos os itens de formato legal especificados, pois qualquer omissão pode causar o impedimento da venda. O judiciário é muito exigente em relação a operações que envolvam precatórios, e só autoriza quando tem certeza de que a operação foi realizada de forma legal.

A empresa também deve mostrar todos os cálculos e o volume a receber para que o credor saiba o valor atualizado de seu crédito, e realizar o pagamento negociado à vista ao credor originário no ato da transferência da escritura. A venda então ocorre por meio da escritura pública de cessão de direitos creditórios. Uma vez aprovada, a transferência é informada nos autos processuais e validada por decisão judicial. Não arrisque se submeter a um procedimento de venda mal conduzido pois este pode vir a se tornar um prejuízo. Vender um precatório é uma alternativa muito boa desde que seja intermediada por uma empresa que tenha conhecimento suficiente para interpretar as exigências da lei e garantir que a venda seja o melhor negócio para o credor.

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Decisões em Julgamento e Prazos de pagamentos

Em março de 2013 o STF declarou inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional 62/2009 (a qual acrescentou um artigo referente ao regime especial de pagamento de precatórios Federais, Estaduais e Municipais estabelecendo o prazo de até 15 anos para quitação das dívidas).

A expectativa é de que a declaração acelere o ritmo de pagamento dos precatórios. Mas, como no Brasil dificilmente uma decisão do Supremo produz os efeitos esperados em curtos prazos, não se sabe ao certo quais são todas as mudanças que a declaração irá causar, pois a decisão continua em julgamento.

Enquanto isso, os credores, que deveriam ser os maiores beneficiados em decisões, continuam a esperar pelo pagamento de seus precatórios. Em São Paulo, por exemplo, ações julgadas em 1999 estão sendo pagas agora. Esse tempo pode ser maior ou menor, à depender dos critérios de pagamento de cada Estado ou Município.

O fato é que infelizmente, o tempo de espera chega a tanto (às vezes décadas) que é comum que pessoas morram sem que tenham recebido o que lhes são de direito. Logo, mesmo que o credor não receba o valor total do precatório com a venda, esta pelo menos é uma opção que garante receber um valor significativo em vida, possível de realizar alguns planos. Pois o tempo do Governo tem sido uma espera de poucas esperanças, e muito prejuízo.

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Você teve uma situação inesperada, foi lesado de alguma maneira pelo Estado, lutou por seus direitos e conseguiu a sentença de que o Estado deve lhe dinheiro.

Porém isso quase nunca é pago a tempo de poder ser desfrutado. Decepcionante não?

Pior que isso é saber que não existe sequer uma garantia de prazo de pagamento por parte da grande maioria dos Estados brasileiros. Ou seja, fica a critério de cada Estado quando o valor devido será pago.

E ainda que o valor seja depositado pelo Estado, há o risco de o repasse ao credor não sair rapidamente.

Mais uma vez ficando a critério de um outro órgão o repasse do valor já depositado pelo Estado.

A grande maioria dos credores são famílias de classe média ou média baixa e que precisa desse dinheiro rápido.

Logo, recebê-lo em curto prazo faz muita diferença na renda familiar.

Ganhe em Vida!

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Com a venda do precatório é possível usar o dinheiro para investir na educação dos seus filhos, por exemplo, pagar a faculdade, mandá-los para um intercâmbio. Oportunidade incrível para garantir o futuro deles.

Já se imaginou realizando aquele sonho de ter o primeiro carro, não depender mais do transporte público, ou mesmo de trocar o seu carro atual por um melhor com direção hidráulica, ar condicionado?

É possível realizar tudo isso e muito mais. Empresas especializadas negociam esses precatórios e, após uma análise jurídica criteriosa, oferecem um valor para compra dos precatórios a vista e com deságio.

É a chance de acabar com a espera da quitação por parte do governo, e contar com um capital suficiente para tornar realidade aquele sonho que sempre esteve contigo. Pense nisso!

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Mas aí você pensa, “poxa eu tenho um recebível e vou vendê-lo com deságio?” Na maioria das vezes você acha que está perdendo dinheiro, mas aí é que você se engana. É muito melhor receber um valor justo a vista do que esperar por tempo indeterminado e, na grande maioria dos casos, não receber a tempo de desfrutar dos privilégios que esse dinheiro pode lhe proporcionar.

Vamos imaginar a seguinte situação: A média de idade de um credor atualmente gira em torno dos 48 anos e meio. O prazo estimado médio para recebimento de um precatório no Estado de São Paulo é de 15 anos. Ou seja, o credor irá receber o valor do seu precatório provavelmente ao redor dos 65 anos de idade.

Se a expectativa de vida do brasileiro hoje está em 74 anos de idade, significa que, se tudo correr bem, o credor terá aproximadamente nove anos para usufruir o valor recebido do seu precatório. Isso se chegar a receber, pois existem inúmeros casos de contestações de cálculos nos processos e outros percalços que atrasam ainda mais o pagamento. Ou seja, as chances de você não receber em vida o seu dinheiro são muito grandes.

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Quem compra precatórios no mercado?O mercado de precatórios surgiu devido à inadimplência do Estado. Se os credores recebessem nos prazos justos o que lhe foi determinado estes não precisariam negociar o que lhes são de direito. Contudo, a lei permite que os precatórios sejam utilizados como pagamento de tributos, para oferecimento de garantias judiciais, e outras possibilidades. Esse é um tipo de operação que beneficia tanto quem vende como quem compra os precatórios. Entre essas operações com precatórios a mais comum é a compensação tributária. Conforme permitido na lei, as empresas interessadas em amenizar suas cargas tributárias adquirem precatórios e os utiliza como pagamento desses tributos. Muitas empresas também já utilizam os precatórios como forma de garantia de dívidas fiscais. Como o valor do precatório é atualizado e acrescido de juros conforme passa o tempo essa é uma forma de assegurar o juízo e discutir o processo em que figura como executado.

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[email protected]+55 11 3063-2759

A Sociedade São Paulo de Investimentos atua há mais de dez anos no mercado de compra/venda de precatórios e é referência no assunto, pois conta com uma equipe formada por profissionais que aliam experiência prática com excelência acadêmica, e possuem alto nível de conhecimento jurídico, financeiro e econômico, capazes de auxiliar os clientes da melhor forma possível em decisões que exijam conhecimento e segurança.

Pedro Corino - Fundador da SSPI, advogado graduado, mestre e doutorando em Direito das Relações Econômicas Internacionais pela PUC/SP. Desde 2000 no Demarest & Almeida e posteriormente em outros escritórios e empresas, trabalhou com M&A; valuation de empresas; ativos e demandas judiciais; direito empresarial; contratos; negociação; arbitragem e mediação internacionais; estruturação de operações financeiras, entre outras funções. Membro efetivo da Comissão de Direito Internacional da OAB/SP há mais de 10 anos.

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