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O QUE IMPORTA É RESULTADO

O QUE IMPORTA É RESULTADO - esextante.com.br · Acompanho os filmes da franquia Homem de Ferro desde o primeiro, quando Stark é sequestrado por terroristas e cria para si uma armadura

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O QUE IMPORTA É RESULTADO

Cristiane Correa

Cristia

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Co

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SONHO GRANDE

Prefácio de Jim Collins

Como Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira revolucionaram o capitalismo brasileiro e conquistaram o mundo

Em 1971, período de euforia da bolsa

brasileira, Jorge Paulo Lemann, um ca-

rioca formado em Harvard, campeão

de tênis e praticante de pesca subma-

rina, decidiu iniciar um novo negócio.

Atraiu alguns sócios e colocou um anún-

cio no jornal: “Compra-se corretora.”

Dias depois, Lemann começava a tocar

o que foi o embrião de sua fortuna e de

mais de duas centenas de pessoas. Seu

nome: Garantia.

No início, ele tinha a seu favor a obsti-

nação pelo trabalho e os exemplos de

negócios que o impressionavam, como

o banco Goldman Sachs e o grupo va-

rejista Walmart. A partir deles, criou o

“modelo Garantia”, baseado em uma fi -

losofi a que unia meritocracia, efi ciên-

cia e a possibilidade de que os melhores

funcionários se tornassem acionistas.

Foi um marco do capitalismo brasilei-

ro, que serviu – e serve – de inspiração

até hoje para diversas empresas. Com

base nesse modelo, Jorge Paulo trans-

formou em sócios dois de seus funcio-

nários – Marcel Telles e Beto Sicupira –

e formou um triunvirato sem paralelos

na economia do país.

Os banqueiros deram sua primeira ta-

cada na economia real em 1982, com

a compra da Lojas Americanas. Menos

de uma década depois, em 1989, foi a

vez da cervejaria Brahma. Chegaram,

literalmente, derrubando paredes. Es-

tabeleceram metas para todos os fun-

cionários, tiraram carros particulares e

secretárias das diretorias, otimizaram a

produção e multiplicaram os lucros.

Depois vieram a maior fusão que o

Bra sil havia visto até então, da Brahma

com a Antarctica, criando a Ambev; a

internacionalização que deu origem à

InBev e, por fi m, a tão sonhada com-

pra da Anheuser-Busch, criando a AB

InBev, a maior cervejaria do mundo.

A cultura forjada pelo trio – conside-

rada efi ciente por seus entusiastas e ex-

cessivamente agressiva por seus críticos

– começava a ganhar o planeta.

Nos últimos anos, ainda se tornaram

donos de outros dois ícones ameri-

canos: a rede mundial de lanchonetes

Burger King, presente em quase 80 paí-

ses, e a marca de alimentos Heinz.

Os bastidores da trajetória desses dis-

cretíssimos empresários são agora reve-

lados por uma jornalista que acompa-

nha sua história há mais de uma década.

C R I STI A N E CO R R EA é jornalista

e palestrante, especializada nas áreas de

Negócios e Gestão. Trabalhou por qua-

se 12 anos na revista Exame, onde foi

editora-executiva. Lá produziu e coor-

denou dezenas de grandes reportagens

com algumas das maiores empresas do

Brasil e do mundo. Sonho grande é seu

primeiro livro.

“Meu amigo – e agora sócio – Jorge Paulo e sua equipe estão entre os melhores

homens de negócios do mundo. Ele é uma pessoa fantástica e sua história deveria

ser uma inspiração para todos os brasileiros, assim como é para mim.”

Warren Buffett

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira

ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o maior império da his-

tória do capitalismo brasileiro e ganharam uma projeção sem precedentes

no cenário mundial.

Nos últimos cinco anos eles compraram nada menos que três marcas ame-

ricanas conhecidas globalmente: Budweiser, Burger King e Heinz. Tudo isso

na mais absoluta discrição, esforçando-se para fi car longe dos holofotes.

A fórmula de gestão que desenvolveram, seguida com fervor por seus

funcionários, se baseia em meritocracia, simplicidade e busca incessante

por redução de custos.

Uma cultura tão efi ciente quanto implacável, em que não há espaço para o

desempenho medíocre. Por outro lado, quem traz resultados excepcionais

tem a chance de se tornar sócio de suas companhias e fazer fortuna.

Sonho grande é o relato detalhado dos bastidores da trajetória desses

empresários desde a fundação do banco Garantia, nos anos 70, até os dias

de hoje.

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Cristiane Correaautora de Sonho Grande

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ABILIO

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ILIO

DETERMINADO, AMBICIOSO, POLÊMICO

A trajetória de Abilio Diniz, o empresário brasileiro mais importante do varejo global

“Abilio tem uma energia admirável. Está aí com 78 anos e correndo atrás, pensando grande. Eu acho isso um espetáculo.”

– Jorge Paulo Lemann

Em 1948, o imigrante Valentim dos Santos Diniz inaugurou uma discreta doceria em São Paulo chamada Pão de Açúcar. Menos de uma década depois, acompanhado de seu primogênito, Abilio, “seu Santos”, como o patriarca era conhecido, abriu o primeiro supermercado da família. Era o passo inicial para a construção de uma companhia que se tornaria a maior varejista do Brasil, com um faturamento anual de 64,4 bilhões de reais em 2013.

Foi graças à ambição de Abilio Diniz que o pequeno negócio familiar se transformou numa potência. Baixinho, gordinho e impo-pular na infância, Abilio aprendeu na ado-lescência a conquistar seu espaço – nem que para isso precisasse abrir caminho à força. Levou essa mesma determinação para o mundo dos negócios e jamais se deixou abater pelas dificuldades, que foram muitas.

Nos anos 1990 pilotou uma das mais es-petaculares viradas empresariais vistas no país. O Pão de Açúcar estava à época dilace-rado por uma disputa familiar envolvendo Abilio e seus irmãos. Por causa dela, a com-panhia ficou à beira da falência. O empre-sário conseguiu tomar o controle do Pão de Açúcar e, graças a muito trabalho e discipli-na, colocá-lo de volta na rota de crescimen-to. Uma das frases que mais repetia pelos corredores da varejista era “corte, concen-tre, simplifique”.

Nos últimos anos à frente do Pão de Açúcar liderou a aquisição de colossos do mercado

“No panteão dos super-heróis, um de meus favoritos é Tony Stark. Ele

não tem superpoderes presenteados pela natureza ou pelo acaso;

constrói a si mesmo. Acompanho os filmes da franquia Homem de

Ferro desde o primeiro, quando Stark é sequestrado por terroristas e cria para

si uma armadura que o fortalece nas disputas com oponentes. E vibro com a

maneira como, a cada nova produção, ele vai se recriando sob ataque.

No panteão dos empresários brasileiros, o mais parecido com Stark é Abilio

Diniz. Reconstruindo-se em todas as adversidades, sejam pessoais, familiares,

de negócios ou macroeconômicas, ele sempre volta mais forte e melhor do

que antes.

Você lerá sobre isso nestas páginas. Brigas (com parentes ou com sócios) e crises

(do país, do setor ou de seu negócio em particular) só o levaram a tornar sua

empresa cada vez mais competitiva e estrategicamente diferenciada. Ele fez isso

com o Grupo Pão de Açúcar, com a BRF e, agora, está fazendo com o Carrefour.

Isso não significa que Abilio seja infalível, como, aliás, o Homem de Ferro

também não é. E eu gosto particularmente desse seu caráter de humanidade.

A história desse grande, e polêmico, empresário brasileiro nunca foi bem con-

tada. Agora será, e o poder disso é tão imprevisível quanto o poder do Homem

de Ferro em permanente reconstrução.”

José Salibi NetoCofundador da HSM

nacional, como Casas Bahia e Ponto Frio, consolidando o grupo como o número um do setor no Brasil. Em 2013, após uma lon-ga e ruidosa disputa com seu sócio francês Casino, em que não faltaram nem mesmo acusações de espionagem de ambos os la-dos, Abilio deixou a companhia que durante anos moldara à sua imagem e semelhança.

Mercurial, decidido, arrojado, polêmico, arro-gante. São muitos os adjetivos que podem descrever Abilio Diniz. Mas talvez nenhum seja tão apropriado como resiliente. Ao longo da vida ele enfrentou um sequestro, uma cruel briga familiar, inúmeras crises econômicas e, finalmente, uma queda de braço que acabaria por afastá-lo do negócio ao qual dedicara mais de cinco décadas de sua vida. Pois hoje, em vez de diminuir o rit-mo, o empresário acelera em outra direção. Tornou-se recentemente um dos maiores in-vestidores do Carrefour no Brasil e na França – e ainda um acionista relevante na BRF, a gigante de alimentos nascida da fusão entre Sadia e Perdigão.

Este livro é o retrato apurado de um homem movido por suas paixões – ainda que elas lhe criem inimigos ao longo do caminho.

C R ISTIAN E COR R EA é jornalista e pales-trante, especializada nas áreas de Negócios e Gestão. É autora de Sonho Grande, best-seller sobre a trajetória dos empresários Jorge Pau-lo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que já vendeu mais de 300 mil cópias no Brasil. O livro foi lançado também nos Estados Unidos e na Coreia. Antes de se dedicar à carreira de escritora, trabalhou por quase 12 anos na re-vista Exame, onde foi editora-executiva.

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VICENTE FALCONI

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Cristiane Correaautora de Sonho Grande

Cristia

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Prefácio de Marcel Telles,

sócio da 3G Capital

O QUE IMPORTA É RESULTADO

O professor de Engenharia que

revolucionou o modelo de gestão no Brasil

“Falconi deu uma contribuição espe-

tacular para o sucesso da nossa em-

presa. Esteve conosco desde o come-

cinho da Brahma: a gente precisava

matar um leão por dia. Talvez porque

a companhia crescesse tão rápido e as

pessoas mudassem tanto de lugar, não

havia processos que assegurassem as

boas práticas.

Nós éramos muito duros em termos de

estabelecer metas agressivas e de criar

incentivos como remuneração variá-

vel e participação acionária para quem

atingisse as metas. Mas o Falconi nos

deu o desdobramento das metas, que é

a coisa mais importante. Não adianta

ter metas para o topo da companhia se

elas não descerem até o chão de fábrica.

Esse é o poder de, todo ano, descobrir

o que você pode e precisa fazer melhor

– e depois desdobrar isso para toda a

empresa. Aí se torna algo imbatível,

uma máquina.”

Marcel Telles, sócio da 3G Capital

“Falconi nos ajudou a desenvolver uma

nova cultura, com maior sentido de

propriedade, menos hierarquia, mais

responsabilidade. No fim, todo mundo

correu atrás de uma meta que parecia

inalcançável, mas acabou não sendo.”

Pedro Moreira Salles, ex-presidente do

Unibanco e presidente do conselho

de administração do Itaú Unibanco

“O Mestre ensinou que 70% do resultado é liderança. Porque, para as outras coisas – conhecimento, método –, você pode ter, no seu time, gente que preen-cha a lacuna, mas, se não tem liderança, não dá. O líder é aquele que faz o time confiar na própria capacidade, aquele que inspira as pessoas, dá feedback quando precisa, é duro, mas justo. Ele desenvolve as pessoas e faz elas acredi-tarem que podem muito mais do que podem.” – Carlos Brito, CEO da AB InBev

Na década de 1980, Vicente Falconi, então professor de Engenharia da

UFMG, começou a cruzar o Brasil para apresentar a empresários con-

ceitos inspirados na eficiência das companhias japonesas e que eram

praticamente desconhecidos no país.

O Professor levaria a combinação poderosa de disciplina e foco financeiro para em-

presas como Gerdau, Sadia (depois BRF), Unibanco e dezenas de outras no Brasil

e no exterior. Foi graças à sua atuação que gigantes globais como a cervejaria AB

InBev aprenderam, por exemplo, a estabelecer – e cobrar – metas para todos os seus

milhares de funcionários.

Na esfera pública, nenhum outro consultor brasileiro se tornaria tão influente. Nos

últimos 20 anos, Falconi se envolveu em projetos em diversos municípios e estados

do país. Ele foi um dos artífices do maior programa federal para redução de consu-

mo de energia elétrica, em 2001, quando o país viveu o risco de um “apagão” – as

metas de consumo estabelecidas para clientes comerciais, industriais e residenciais

foram ditadas por ele.

Este livro relata em detalhes o pensamento e a trajetória de Falconi, revelando os

princípios de liderança e gestão que podem transformar organizações grandes ou

pequenas, públicas ou privadas. A obra conta ainda os bastidores da consultoria

criada por ele – onde, algumas vezes, disputas de poder colocaram em xeque as

lições ensinadas pelo Professor.

“Fiquei muito impressionado, porque

sempre gostei do tema gestão, mas nun-

ca havia tido a oportunidade de me

aproximar de conceitos práticos. E era

exatamente isso que o Falconi trazia.”

Pedro Parente, ex-ministro

da Casa Civil e presidente da Petrobras

“O Falconi falava assim: ‘O mundo é

que nem um ônibus. De um lado senta

quem bate meta e do outro quem não

bate. Você tem que entrar no ônibus e

escolher: de que lado vai se sentar?’ Ele

falou isso em 1999 e eu uso até hoje.”

Bernardo Hees, CEO da Kraft Heinz

CRISTIANE CORREA é jornalista e

palestrante, especializada nas áreas de

Negócios e Gestão. É autora de Sonho

grande, best-seller sobre a trajetória

dos empresários Jorge Paulo Lemann,

Marcel Telles e Beto Sicupira. O livro

foi lançado também nos Estados Uni-

dos, na Coreia, em Taiwan, na China,

no Vietnã e em Portugal. Escreveu ain-

da Abilio, sobre o empresário Abilio

Diniz. Juntas, as duas obras já vende-

ram mais de 500 mil exemplares.

© G

ermano Lüders

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