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Ano VIII N.º 20 | 5 de Fevereiro | 2017 O reverso das políticas do "descarte" Li e ouvi nestes dias reações e contrarreações daquilo que se passa no nosso mundo, perto ou aparentemente longe de nós. Numa sociedade «aldeia global» onde o que parece longe está sempre perto. Está perto de nós a política do presidente americano Donald Trump sobre a restrição na entrada dos refugiados provenientes de alguns Países muçulmanos. Alguns! Porque de facto não foram fechadas as portas aos imigrantes da Arábia Saudita, País de origem dos 15 de 19 terroristas do dia 11 de Setembro de 2001. Só Deus sabe os negócios da família Trump neste país! Sobre esta decisão caiu a sentença clara da Igreja americana: «Um fim-de-semana obscuro para os Estados Unidos. Um procedimento contrário aos valores católicos assim como aos valores americanos », disse o Cardeal Blaise Cupich, arcebispo de Chicago. Por cá, começou o debate no Parlamento sobre o direito de uma morte assistida, quer dizer a eutanásia. A Igreja vive com muita apreensão este debate e já se pronunciou em várias ocasiões pedindo uma séria reflexão sobre o tema da vida, da morte e da sacralidade do ser humano no decorrer da sua doença. Existe o medo fundado e real que um debate, meramente ideológico, abra de par em par as portas a leis, como já acontece em outros países, em que se decide a morte assistida, até de um filho com problemas de foro psíquico. O reverso de tudo isto é que nunca, como nestes dias, se ouviu falar tanto de refugiados e da experiência da morte. O Papa Francisco já não está sozinho: há uma onda em todo o mundo de reações ao obscurantismo e populismo de Trump. Conseguirá o povo recolocar no centro da economia e da política o ser humano vítima das violências e constantemente manipulado por um mundo dominado pelo «deus dinheiro»? Volta-se, também, a falar «espiritualmente» da morte e da vida como dom. Entre tantos contributos que enchem a alma sobre estes temas, tocou-me uma passagem de João Paulo Barbosa de Melo, professor universitário de Coimbra: «Temos direito morrer pacificamente, com o mínimo de dor - afirma - Mas teremos o direito de pedir (ou exigir) que acabem com a nossa vida?». Este é um tema que toca o futuro de Portugal. «Que sociedade queremos ser? - pergunta o professor - Uma sociedade que abdica ou uma sociedade que se dedica?». Numa cultura de descarte, do deita fora, os temas éticos e sociais batem à porta e pedem mais debate e participação do povo. E nós como cidadãos e cristãos, podemos ficar indiferentes ou pacíficos perante ideologias de direita ou de esquerda que nos roubam a esperança de construir um mundo diferente? frei Fabrizio

O reverso das políticas do descarte de Fevereiro.pdfsem ela o OCEANO seria menor". Pensamento . Cinema/Cristianismo. Silêncio, o livro de Shusaku Endo que inspirou Scorsese, não

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  • Ano VIII N.º 20 | 5 de Fevereiro | 2017

    O reverso das políticas do "descarte" Li e ouvi nestes dias reações e contrarreações daquilo que se passa no nosso mundo, perto ou aparentemente longe de nós. Numa sociedade «aldeia global» onde o que parece longe está sempre perto.

    Está perto de nós a política do presidente americano Donald Trump sobre a restrição na entrada dos refugiados provenientes de alguns Países muçulmanos. Alguns! Porque de facto não foram fechadas as portas aos imigrantes da Arábia Saudita, País de origem dos 15 de 19 terroristas do dia 11 de Setembro de 2001. Só Deus sabe os negócios da família Trump neste país! Sobre esta decisão caiu a sentença clara da Igreja americana: «Um fim-de-semana obscuro para os Estados Unidos. Um procedimento contrário aos valores católicos assim como aos valores americanos», disse o Cardeal Blaise Cupich, arcebispo de Chicago.

    Por cá, começou o debate no Parlamento sobre o direito de uma morte assistida, quer dizer a eutanásia. A Igreja vive com muita apreensão este debate e já se pronunciou em várias ocasiões pedindo uma séria reflexão sobre o tema da vida, da morte e da sacralidade do ser humano no decorrer da sua doença. Existe o medo fundado e real que um debate, meramente ideológico, abra de par em par as portas a leis, como já acontece em outros países, em que se decide a morte assistida, até de um filho com problemas de foro psíquico.

    O reverso de tudo isto é que nunca, como nestes dias, se ouviu falar tanto de refugiados e da experiência da morte. O Papa Francisco já não está sozinho: há uma onda em todo o mundo de reações ao obscurantismo e

    populismo de Trump. Conseguirá o povo recolocar no centro da economia e da política o ser humano vítima das violências e constantemente manipulado por um mundo dominado pelo «deus dinheiro»?

    Volta-se, também, a falar «espiritualmente» da morte e da vida como dom. Entre tantos contributos que enchem a alma sobre estes temas, tocou-me uma passagem de João Paulo Barbosa de Melo, professor universitário de Coimbra: «Temos direito morrer pacificamente, com o mínimo de dor - afirma - Mas teremos o direito de pedir (ou exigir) que acabem com a nossa vida?». Este é um tema que toca o futuro de Portugal. «Que sociedade queremos ser? - pergunta o professor - Uma sociedade que abdica ou uma sociedade que se dedica?».

    Numa cultura de descarte, do deita fora, os temas éticos e sociais batem à porta e pedem mais debate e participação do povo. E nós como cidadãos e cristãos, podemos ficar indiferentes ou pacíficos perante ideologias de direita ou de esquerda que nos roubam a esperança de construir um mundo diferente?

    frei Fabrizio

  • 1ª Leitura (Is 58, 7-10) «A tua luz despontará como a aurora»

    Salmo 111(112) Para o homem recto nascerá uma luz no meio das trevas

    2ª Leitura (1 Cor 2, 1-5) «Anunciei-vos o mistério de Cristo crucificado»

    Evangelho (Mt 5, 13-16)

    «Vós sois a luz do mundo»

    Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se? Não serve para nada, se não para ser lançado fora e pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

    Palavra da Salvação

    Aclamação (Jo 8, 12)

    Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor: quem Me segue terá a luz da vida

    V DOMINGO DO TEMPO COMUM

    Oração

    Pai Nosso que estais nos céus, nós Te damos glória pela luz que entrou no nosso mundo, manifestada no teu Filho Jesus, e pela multidão dos fiéis que caminharam no seguimento da luz, fazendo o bem. Nós Te pedimos por todas as nossas comunidades cristãs: que elas dêem sabor à nossa humanidade e sejam a luz que brilha para o nosso mundo.

    Amén. Adaptado de http://www.dehonianos.org/

    Somos Igreja, sal no mundo, nas mãos de Deus .

    “Sal da terra”. As nossas vidas têm gosto? E que gosto? O gosto da partilha, do acolhimento, da misericórdia, da caridade, como nos convida Isaías? Têm o sabor de Cristo ressuscitado? Se sim, as nossas vidas terão gosto para nós mesmos e para os outros… Tornar-se-ão “Luz diante dos homens”.

    Que assim seja em mais uma semana!

    Adaptado de http://www.dehonianos.org/

  • São Paulo ao Rubro—2017

    No passado dia 28 de Janeiro de 2017, realizou-se a actividade referência dos Caminheiros (grupo de jovens dos 18 aos 22 anos) - São Paulo ao Rubro - do Núcleo Oriental de Lisboa na Freguesia de Marvila. Esta actividade tem como base o serviço ao próximo e, sendo o Lema dos Caminheiros “Servir”, colaborámos em acções de ajuda a algumas instituições da Freguesia, tais como as Irmãs de Calcutá, a Casa das Cores, o Centro Social de São Maximiliano Kolbe e as Irmãs de Jesus. Participaram cerca de 90 jovens acompanhados dos seus animadores responsáveis. O dia terminou com a Celebração Eucarística na Igreja de São Maximiliano Kolbe, jantar no Centro Social com presença dos jovens da Casa das Cores, e a festa final (o denominado Fogo de Conselho). Neste Fogo de Conselho os Caminheiros, que estiveram distribuídos por pequenos grupos de trabalho durante o dia (as “nossas” Tribos), apresentaram pequenas representações sobre as atividades decorridas, com características cómicas e sérias. O Núcleo Oriental de Lisboa, CNE – Escutismo Católico Português, agradece a disponibilidade de todas as entidades que participaram e colaboraram nesta nossa actividade.

    Mª Alexandra Jorge e Paulo Dias

    Saudades... “Olá irmã Sorriso! Nos últimos anos, esta comunidade habituou-se a vê-la percorrer as ruas destes bairros, sempre com um sorriso no rosto. Parece fácil e custa-nos até imaginar a irmã Bogumila sem o seu sorriso resplandecente, até porque disso não temos memória. Este nome nada comum entre nós, vai doravante permanecer em nossos corações com o seu verdadeiro significado:

    A «Amada» Missionária da Caridade! Fica-nos a saudade tão portuguesa, mas o alento de uma frase de Sta. Madre Teresa de Calcutá “ a paz começa com um sorriso”. Januário, Mena & Co.

    "Sei que o meu TRABALHO É UMA GOTA NO OCEANO, mas sem ela o OCEANO seria menor".

    Pensamento Cinema/Cristianismo Silêncio, o livro de Shusaku Endo que inspirou Scorsese, não é um romance histórico sobre a descristianização do Japão em 1640, mas uma alegoria sobre a recristianização das sociedades modernas. Rui Ramos

    http://observador.pt/seccao/sociedade/religiao/cristianismo/http://observador.pt/opiniao/silencio-a-salvacao-pela-duvida/http://observador.pt/opiniao/silencio-a-salvacao-pela-duvida/http://observador.pt/opiniao/silencio-a-salvacao-pela-duvida/http://observador.pt/opiniao/silencio-a-salvacao-pela-duvida/http://observador.pt/opiniao/silencio-a-salvacao-pela-duvida/

  • 6 Fevereiro Seg | Reunião dos frades em Lisboa Haverá missa às 07.45 em Sta. Clara.

    11 Fevereiro Sáb | Dia Mundial do Doente

    12 Fevereiro Dom | 6º Domingo do Tempo Comum Almoço comunitário com tarde de fados, organizado pelo Centro Social Cultural Santa Beatriz, às 13h no salão de Sta. Beatriz Inscrições até dia 9 de Fev no Cartório e no Centro Social.

    13 de Fevereiro: Seg | Oração do Terço, Eu Acredito, na Igreja de Sta. Beatriz, às 21horas.

    14 Fevereiro Ter | Formação vicarial de Leitores, às 21h30 na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes (Parque das Nações)

    17 Fevereiro Sexta | Noite de Fados (com jantar), às 19h45 No salão de Festas da Igreja de Sta Beatriz Organizada pela Associação de Moradores do B-º das Amendoeiras em parceria com a Comissão de Festas de Sta Beatriz Inscrições na AMBA e no Cartório Paroquial

    REFUGIADOS E TRÁFICO DE PESSOAS NAS ORAÇÕES DO PAPA

    Neste mês de fevereiro, o Papa Francisco desafia a zelar e acolher os mais pobres e marginalizados, os que estão nas periferias da sociedade e que são muitas vezes esquecidos. A intenção proposta para este mês, pela Rede Mundial de Oração do Papa, recorda que “a comunidade cristã é o primeiro lugar de acolhimento”, destaca a urgência de “não desviar o olhar” e a importância de “acolher ou colaborar com instituições que acolhem refugiados ou trabalham com os marginalizados da sociedade”, a fim de que todos possam “encontrar acolhimento e conforto no meio da comunidade”. No seu vídeo, Francisco critica

    uma sociedade tida como evoluída, em que nas cidades se “constroem torres, centros comerciais, se fazem negócios imobiliários” mas deixam ao abandono inúmeras pessoas “nas margens, nas periferias” No dia 8 de fevereiro, a Rede Mundial de Oração do Papa e o Movimento Eucarístico Juvenil vão unir esforços com as várias Igrejas cristãs, organizações não-governamentais de desenvolvimento e crentes de todas as religiões para “denunciar e rezar pela erradicação do tráfico de seres humanos”. “Devemos unir esforços no sentido de libertar as vítimas e de deter este crime cada vez mais agressivo, que ameaça não só as pessoas como também os valores fundamentais da sociedade, além da segurança e da justiça internacionais, da economia, do tecido familiar e da própria vida social”, afirmou Francisco. Adaptado de www.agencia.ecclesia.pt

    XXV DIA MUNDIAL DO DOENTE - “O TODO-PODEROSO FEZ EM MIM MARAVILHAS”

    O Dia Mundial do Doente, que se celebra a 11 de fevereiro, está profundamente ligado a Nossa Senhora e este ano o Papa Francisco escolheu o novo Santuário de Lourdes para as comemorações oficiais. Numa sociedade em que se foge do sofrimento, com inúmeras terapias do alívio da dor, numa sociedade em que se despreza a vida de muitos que estão à margem do caminho, numa sociedade em que se debate o problema da eutanásia como solução para o sofrimento no fim da vida, é urgente recorrermos a Nossa Senhora. Mostrar a todos os que sofrem, invocando-a como Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora dos Aflitos, Nossa Senhora das Dores e tantas outras invocações. Maria está sempre perto daqueles que estão doentes. Para assinalar esta data e, associando-nos às orações em Lourdes, será celebrada uma Eucaristia Dominical Comemorativa do Dia Mundial do Doente, no dia 12 de fevereiro, às 10h30, na Igreja da Portela, presidida por D. Manuel Linda, Bispo que acompanha a Pastoral da Saúde e Coordenador Diocesano na mesma área.

    Vídeo do Papa

    https://youtu.be/NGVEfHIjXyU