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PROJETO RIO DOS SINOS É NOSSO... Preservar o meio ambiente é preservar o planeta. Preservar o planeta é preservar a vida”. Um pouco da história do Rio dos Sinos O fato mais importante para o Rio dos Sinos foi a chegada dos imigrantes alemães no Vale do Rio dos Sinos, que recebeu esse nome graças ao rio. Na época da chegada dos imigrantes, o Rio dos Sinos e seus afluentes eram limpos e puros. Mas com a chegada dos primeiros colonizadores e a utilização e exploração dos recursos naturais, as ações sobre o meio ambiente foram intensas. Na virada do século, a construção da estrada de ferro na região trouxe grande impulso econômico. As oficinas artesanais evoluíram para pequenas e médias empresas ligadas ao setor calçadista. São construídas represas. Na década de 60, com a criação da FENAC, deu-se o início das exportações de calçados, a região transformou-se num polo exportador desses produtos para o país exterior. O rápido crescimento econômico atraiu grande massa de migrantes, gerando problemas nas questões de uso e ocupação do solo, e concentração de atividades, com grande potencial poluidor. Na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos foram, progressivamente, desenvolvendo-se atividades geradoras de degradação ambiental, desmatamentos, uso de agrotóxicos, erosão, conduzindo a uma deterioração da qualidade da água do rio. Para melhorar as condições do rio, ações foram iniciadas, envolvendo empresas, movimento ecológico, Prefeituras, Universidades e Centro de Pesquisa, bem como os meios de comunicação locais e regionais. Em 1987, foi criado o Fórum Permanente para Salvar o Rio, denominado “SOS Rio dos Sinos”. Em setembro de 1987, era criado o COMITESINOS, sendo estabelecidas as 10 ações imediatas na luta para preservar o rio.

O RIO DOS SINOS É NOSSO

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Cartilha do Projeto "O Rio dos Sinos é nosso".

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PROJETO RIO DOS SINOS É NOSSO...

“Preservar o meio ambiente é preservar o planeta. Preservar o planeta é preservar a vida”.

Um pouco da história do Rio dos Sinos

O fato mais importante para o Rio dos Sinos foi a chegada dos imigrantes alemães

no Vale do Rio dos Sinos, que recebeu

esse nome graças ao rio.

Na época da chegada dos

imigrantes, o Rio dos Sinos e seus

afluentes eram limpos e puros. Mas

com a chegada dos primeiros

colonizadores e a utilização e

exploração dos recursos naturais, as

ações sobre o meio ambiente foram

intensas.

Na virada do século, a construção da estrada de ferro na região trouxe grande

impulso econômico. As oficinas artesanais evoluíram para pequenas e médias empresas

ligadas ao setor calçadista. São construídas represas.

Na década de 60, com a criação da FENAC, deu-se o início das exportações de

calçados, a região transformou-se num polo exportador desses produtos para o país

exterior. O rápido crescimento econômico atraiu grande massa de migrantes, gerando

problemas nas questões de uso e ocupação do solo, e concentração de atividades, com

grande potencial poluidor.

Na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos foram, progressivamente, desenvolvendo-se

atividades geradoras de degradação ambiental, desmatamentos, uso de agrotóxicos,

erosão, conduzindo a uma deterioração da qualidade da água do rio.

Para melhorar as condições do rio, ações foram iniciadas, envolvendo empresas,

movimento ecológico, Prefeituras, Universidades e Centro de Pesquisa, bem como os

meios de comunicação locais e regionais.

Em 1987, foi criado o Fórum Permanente para Salvar o Rio, denominado “SOS Rio

dos Sinos”. Em setembro de 1987, era criado o COMITESINOS, sendo estabelecidas as 10

ações imediatas na luta para preservar o rio.

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O nome do Rio dos Sinos?

Sem água não é possível à vida. Desde tempos imemoriais, o homem buscou a

proximidade da água a fim de garantir sua sobrevivência. Os vales de rios abrigaram as

maiores civilizações conhecidas. Nossos antepassados não fugiram a esta predestinação

histórica e vieram construir suas vidas à margem do Rio dos Sinos.

Conhecê-lo é conhecer uma bela página de nossa cultura. Neste sentido, a primeira

preocupação, que salta aos olhos, das mentes mais curiosas é a origem da denominação.

Nesta busca, encontramos uma série de denominações defendidas por este ou aquele

historiador. Uma delas é a denominação de Cururuaí, encontrada em antigos documentos,

significando Rio dos Ratões do Banhado.

Os indígenas sempre denominam os acidentes geográficos reunindo vários

substantivos próprios, que façam referência às características locais (como na língua

alemã). Neste caso, o nome viria de Cururuá (ratão do banhado) e I(água ou rio). Todavia,

há dúvidas se esta designação refere-se ao atual Rio dos Sinos ou ao Rio Caí, ou ainda

aos próprios banhados da região, uma vez que na época nosso vale não era muito

explorado. Outra denominação é Itapuí, usada em vários livros mais recentes

indistintamente com o nome Sinos. Quanto a este nome, há duas versões quanto ao

significado do termo. A primeira seria Rio das Pedras, delgadas de Itapu (pedra delgada) e

I(água ou rio). Seria, possivelmente, uma referência às rochas areníticas (as lages de

calçada) que abundam na nossa região. Outra tradução seria o rio de som de sino.

Expressão derivada de Ita (pedra, metal), pu (som, barulho) e I(água). Seria uma tradução

literal do nome atual, todavia, ressalte-se que os índios não conheciam o sino. Daí esta

denominação soar estranha. Neste caso, há uma possibilidade do nome derivar do grito

dos ratões do banhado em suas tocas subterrâneas, o qual sugeriria aos indígenas tratar-

se do grito das pedras. Então, Itapuí seria o rio das pedras que gritam.

Já a denominação Sinos aparece em vários documentos e sobre sua origem contam

várias histórias. Uma diz que no rio foram encontrados vários sinos. Outra conta que estes

sinos seriam parte de imensas riquezas lançadas ao rio, pelos Jesuítas fugidos das

missões guaranis, que até hoje tocam para lembrar o crime cometido por portugueses e

espanhóis. Há igualmente a possibilidade de o nome ter derivado da palavra Sinus (Em

latim seio, enseada ou sinuoso) numa referência às muitas curvas do rio, que por ventura

tivessem chamado à atenção dos cartógrafos antigos que ignorassem outras

denominações indígenas. Explicação que é a mais provável.

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Os Caminhos do Rio dos Sinos...

O Rio dos Sinos é um rio brasileiro, do estado do Rio Grande do Sul. Nasce nos

morros do município de Caraá, no litoral norte gaúcho (distante 130 quilômetros de Porto

Alegre) em altitudes superiores a 600 metros e percorre cerca de 190 km, desembocando

no delta do Jacuí, no município de Canoas, numa altitude de apenas 5 metros. O Rio dos

Sinos banha diversas e importantes cidades do Rio Grande do Sul (RS). É um rio muito

importante para o estado, sendo o principal para o Vale do Rio dos Sinos, tendo sido por

ele que os colonizadores alemães desbravaram parte do estado do Rio Grande do Sul.

CURIOSIDADES SOBRE O ECOSSISTEMA DO RIO DOS SINOS

Fauna:

Os Répteis:

CÁGADO CINZA

Nome cientifico: Phrynops hilarii

Características: conhecido popularmente

como cágado-cinza ou cágado-de-barbelas, é uma

espécie de cágado de água doce, pertencente à

família Chelidae.

O cágado-cinza possui uma carapaça oval e achatada, com comprimento máximo de

aproximadamente 40 cm, pesando aproximadamente 5 kg. Pode viver por até 40 anos. A

cabeça é achatada, com focinho pontudo e dois barbelos bicolores. Há uma faixa negra em

cada lado da cabeça, que sai do focinho e passa sobre os olhos, indo até o pescoço.

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A espécie é onívora, alimentando-se de peixes, aves, répteis, pequenos mamíferos e

animais mortos. Habita riachos, lagos e brejos com abundância de vegetação aquática.

No Brasil, é encontrado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina; ocorre também

no Uruguai e nordeste da Argentina.

Geralmente, ocorrem duas posturas de ovos por ano, uma entre fevereiro e maio, e

a outra entre setembro e dezembro. A ninhada consiste de 9 a 14 ovos, podendo alcançar

até 32 ovos, cujo período de incubação é de aproximadamente 150 dias.

COBRA D’ÁGUA-COMUM

Nome cientifico: Helicops infrataeniatus

Características: é uma serpente do

gênero Helicops, conhecida também

como cobra-d'água. A espécie apresenta

coloração dorsal marrom, com três faixas

dorsais escuras. É encontrada de São Paulo até o Uruguai, e áreas adjacentes

da Argentina.

A coloração ventral dos indivíduos varia com o ambiente em que estes vivem.

Existem três padrões de coloração ventral: o trilineado, que apresenta três linhas negras

sobre um fundo amarelo, o tipo intermediário, este pode iniciar com o trilineado, surgindo

barras transversais isoladas, tais barras vão se amiudando até ficar como o xadrezado, o

padrão que apresenta as linhas pretas interligadas por barras pretas transversais, ficando

meia escama clara alternadamente dos dois lados, e o fundo varia do amarelo ao

vermelho.

É uma espécie "facultativamente vivípara", dando à luz a cerca de 30 filhotes de

cada vez. Alimentam-se principalmente de peixes, anfíbios (adultos e em estado larval)

e crustáceos. Esta espécie não apresenta dentes injetores de veneno.

BOIPEVA-COMUM

Nome científico: Liophis poecilogyrus

Características: coloração verde brilhante,

amarelada ou castanho escuro, manchada de

pigmentos pretos. A parte de cima da cabeça tem

fundo verde manchado de preto nas bordas das

escamas. Pode alcançar até 1m de comprimento.

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Pode colocar de 5 a 11 ovos. Serpente não peçonhenta, ativa durante o dia e a noite.

Abriga-se em tocas no chão de áreas abertas.

É encontrada desde o oeste das Guianas e sudeste da Venezuela, até o sul, por

quase todo o Brasil, Bolívia e Paraguai, até o centro da Argentina. Alimenta-se de anfíbios,

peixes, lagartixas e insetos.

AVES

BIGUÁ

Nome Científico: Phalacrocorax brasilianus

Características: É uma ave de cor preta em

plumagem adulta e marrom-escura em juvenil.

Atinge até 75 cm de comprimento e peso em

torno de 1,3kg; possui pescoço longo, cabeça

pequena, bico cinzento, longo e fino, sendo que

a ponta da maxila termina em forma de gancho.

Alimenta-se de peixes e crustáceos.

Para capturar sua presa, mergulha a partir da

superfície da água e, submerso, persegue-a. Os

pés e o bico possuem função primordial na

perseguição e captura.

Reprodução: Nidifica sobre árvores em matas alagadas, às vezes entre colônias de

garças. Ovos de coloração azul-claros. Incubação em torno de 24 dias.

Vive em lagos, grandes rios e estuários. Devido às fezes serem ácidas, podem

danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de

peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar.

CORUJA-BURAQUEIRA

Nome científico: Speotyto cunicularia

Características: Esse animal é superinteligente,

coruja-buraqueira , também chamada caburé-do-

campo, coruja-do-campo, coruja-mineira,

corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, guedé,

urucuera, urucureia e urucuriá, recebe o nome de

"buraqueira" por viver em buracos cavados no

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solo. Embora seja capaz de cavar seu próprio buraco, prefere os buracos abandonados de

outros animais. É uma coruja terrícola e de hábitos diurnos, embora tenda a evitar o calor

do meio-dia. Ocorre do Canadá à Terra do Fogo, bem como em quase todo o Brasil, com a

exceção da Amazônia. Tais aves chegam a medir até 27 centímetros de comprimento.

Vivem, no mínimo, nove anos em habitat selvagem e dez em cativeiro. Coloca geralmente

de seis a doze ovos. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies,

praias e aeroportos. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos,

serpentes e doninhas. São ótimas caçadoras noturnas, em razão disso possuem olhos bem

grandes e bem atentos, têm uma visão binocular, o que lhes permite virar a cabeça para

poderem enxergar, essa é uma característica própria das corujas, embora elas também

enxerguem na parte do dia, sua percepção é menor.

Na natureza, o macho se aproxima da fêmea, com uma presa nas garras. Se ela

aceitar o presente, dá-se o acasalamento. A fêmea põe de três a cinco ovos por postura.

Tempo de incubação: de 32 a 34 dias. Os filhotes têm uma variação grande para começar

a voar, conforme a espécie: de 64 a 86 dias. Em cativeiro a reprodução é difícil.

QUERO-QUERO

Nome científico: Vanellus chilensis

Características: É uma ave da ordem

dos Charadriiformes, pertencendo à família dos

Charadriidae . Muito popular no Brasil, vive em

banhados e pastagens; é visto em estradas,

campos de futebol e próximo a fazendas,

frequentemente longe d'água. Seu nome é uma

onomatopeia de seu canto. A lei estadual Nº

7.418, de 1º de dezembro de 1980, define o quero-quero como ave-símbolo do Rio Grande

do Sul.

Mede 37 centímetros, peso 277 gramas. Possui um esporão pontudo, ósseo, com 1

centímetro de comprimento no encontro das asas, uma faixa preta desde o pescoço ao

peito e ainda umas penas longas (penacho) na região posterior da cabeça, tem um

desenho chamativo de preto, branco e cinzento na plumagem. A íris e as pernas são

avermelhadas. O esporão é exibido a rivais ou inimigos, com um alçar de asa ou durante o

voo. Macho e fêmea são semelhantes. Voz: “tero-tero”. Esse som é emitido dia e noite.

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O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na

lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas.

Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.

Na primavera, a fêmea põe normalmente de três a quatro ovos. Nidificam em uma

cavidade esgravatada no solo; os ovos têm formato de pião ou pêra, forma adequada para

rolarem ao redor de seu próprio eixo e não lateralmente, sendo manchados, confundindo-

se perfeitamente com o solo. Quando os adultos são espantados do ninho finge-se de

feridos a fim de desviar dali o inimigo; o macho torna-se agressivo até mesmo a um

homem. Os filhotes são nidífugos: capazes de abandonar o ninho quase que

imediatamente após o descascamento do ovo.

O quero-quero é uma ave típica da América do Sul, sendo encontrado desde a

Argentina e principalmente no Rio Grande do Sul. Habita as grandes campinas úmidas e os

espraiados dos rios e lagoas.

ANFÍBIOS

PERERECA-DO-BANHADO

Nome científico: Hypsiboas pulchellus

Características: Esta espécie tem uma

característica peculiar em relação à

coloração dorsal - alguns indivíduos podem

ser totalmente verdes e outros podem

variar, desde o castanho claro, com ou

sem manchas, até a cinza. Na parte

interna das coxas possuem pontos bem

escuros. As patas traseiras são bastante compridas. Ocorre principalmente em coleções de

água permanentes, em áreas abertas do Uruguai, Argentina (de Buenos Aires a Misiones)

e Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Quando capturada, é comum exalar um odor

forte, característico das pererecas deste grupo, e uma espécie de “urina”, cuja função

parece ser de espantar eventuais predadores. No Uruguai, a reprodução ocorre o ano todo,

porém nas áreas elevadas do Planalto das Araucárias não ocorre desova nos meses mais

frios. Pode ser encontrada dentro de habitações humanas. Alimenta-se de moscas,

mosquitos, aranhas e coleópteros. Seu canto, bastante variável, lembra o “bater de sinetas”

ou da repetição da silaba “tclic”, várias vezes.

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RÃ-BOIADEIRA

Nome científico: Pseudis minuta

Características: Possui os dedos das patas

posteriores completamente unidos por

membranas e olhos dispostos na região

dorsal da cabeça. Sua coloração dorsal varia

do verde claro ao castanho, podendo

apresentar uma mancha dorsal de cor

amarelada. Ocorre no Uruguai, Argentina e

Brasil (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) .

É uma espécie aquática, comumente encontrada flutuando na superfície da água em

banhados temporários ou permanentes, com vegetação flutuante. Alimenta-se de insetos

aquáticos e suas larvas, crustáceos, girinos jovens ou adultos, de pequeno porte de

anuros. Apresenta um canto forte.

SAPO-CURURU

Nome científico: Rhinella ictérica

Características: Alimenta-se de insetos,

lesmas e pequenos ratos. Os girinos

alimentam-se de matéria em suspensão na

água e na superfície de pedras e plantas

submersas. Um único sapo adulto pode

devorar 10 mil insetos em três meses.

Sua reprodução ocorre de agosto a

janeiro, o principal período de desova. As

desovas são realizadas em lagoas temporárias e permanentes. Os ovos são escuros e

ficam protegidos num cordão gelatinoso, com alguns metros de comprimento, junto à

vegetação aquática.

Sapo de grande proporção, o macho mede entre 100 a 130 mm, e a fêmea 110 a

140 mm. Sua defesa é inflar o corpo e também se camuflar.

Tem hábitos florestais, mas consegue sobreviver em áreas desmatadas, campos e

também em áreas habitadas. Ele possui hábitos diurnos.

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MAMÍFEROS

RATÃO-DO-BANHADO

Nome científico: Myocastor coypus

Características: é um grande roedor da família

dos miocastorídeos, encontrado na América do

Sul meridional. Pelagem marrom-avermelhada,

cauda longa e grossa, revestida por escamas e

pelos ralos, vivendo em banhados, lagoas e rios.

Também é conhecido pelos nomes de caxingui,

nutria e ratão-d'água.

Dorme durante o dia. Alimenta-se de capim, raízes e plantas aquáticas e herbáceas,

tubérculos, folhas, grãos, carne e peixe.

O macho cuida dos filhotes no nascimento, protegendo e alimentando até a fêmea

se recuperar.

Encontrado na América do Sul, na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai

e Uruguai. No Brasil, na Região Sul, de São Paulo ao Rio Grande do Sul. Pode ser

encontrado ao longo dos rios Pinheiros e Tietê, na cidade de São Paulo. Os ninhos são

construídos com junco e casca de árvores, em tocas de 1 metro de comprimento.

CAPIVARA

Nome científico: Hydrochoerus hydrochaeris

Características: também chamada de carpincho

e capincho, é o maior roedor do mundo. Alimenta-se de

capins e ervas. Daí, a etimologia de seu nome: "capivara"

procede do termo tupi kapi'wara, que significa "comedor

de capim".

É uma excelente nadadora, tendo inclusive

pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água

e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores.

Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A

capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.

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Um animal adulto chega a ter 1,20 m de comprimento e pesa até 60 kg, em seu

habitat natural. Em cativeiro, chega a 80 kg. Sua pelagem é rala e grosseira, de cor

castanha. Seus dedos, quatro nas patas dianteiras e três nas traseiras, são unidos por

membranas que a tornam uma ágil nadadora. Seus dentes incisivos medem 1 cm de

largura e podem chegar a 7 cm de comprimento, pois apesar de serem frequentemente

desgastados (devido ao hábito das capivaras de roerem troncos e pedras), eles não param

de crescer.

Típica da América do Sul, a capivara é encontrada desde o norte da Argentina até

o Panamá. Vive nos arredores dos rios ou lagos, em pastagens e em florestas úmidas ou

secas. No Brasil é encontrada na região do Pantanal.

A reprodução das capivaras ocorre o ano todo, embora seja maior o número de

gestações nos primeiros meses da estação das chuvas. Geralmente o macho dominante é

o responsável por copular com todas as fêmeas de seu bando. A fêmea chega a ter duas

crias por ano, sendo que em cada cria o número de filhotes varia entre 1 e 8. O período de

gestação varia de 119 a 125 dias.

BUGIU-RUIVO

Nome científico: Alouatta fusca

Características: Bugio, Guariba, Macaco ruivo,

Gritador barbado, estes são apenas alguns nomes

pelo qual o gênero Alouatta é chamado, dependendo

da região onde é encontrado. O mais conhecido é

Bugio, animal de corpo maciço, pesando cerca de 7

Kg, de cabeça e corpo atinge entre 440 a 570 mm,

possui cauda preênsil de 510 a 610 mm, a face é

desnuda e exibe uma barba vasta, por esta

característica é conhecido como macaco barbado.

Este gênero possui oito espécies que se distribuem

desde o México até a Argentina. Vivem cerca de 20 anos.

Uma das características mais marcantes é a vocalização, produzida pelo osso

hióide, (osso ou complexo de ossos situado na base da língua que suporta esta com seu

músculo) que se transforma em caixa de ressonância por onde emite um som muito alto

que pode ser ouvido por até 5 km de distância, porém é ocultado pela barba.

Alimentam-se de folhas (60%) e frutos.

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O período de gestação varia entre 185 a 195 dias, com o nascimento de apenas um

filhote, que pesa 130 grs. ao nascer. A fêmea carrega o filhote até o desmame, que ocorre

por volta de 20 meses, depois deste período, o filhote começa a acompanhar o grupo em

suas viagens à procura de alimento.

Vivem em florestas úmidas de 10 a 20 m de altura, podendo também ser

encontrados no cerrado e na caatinga. Ocorrem no Brasil, nos estados de RS, SC, PR, ES,

RJ, MG e BA, ameaçada de extinção: estados MG e BA.

São animais diurnos e chegam a formar grupos de até 15 indivíduos.

PEIXES

CARÁ

Nome científico: Geophagus brasiliensis

Características: A sua área de distribuição situa-

se principalmente no sul do Brasil, na região de

São Paulo, nos Estados do Leste e Nordeste do

Brasil, ao longo da zona costeira do Estado de

Pernambuco, até ao Rio Grande do Sul e nas

zonas fronteiriças com o Uruguai.

Esta espécie é omnívora.

No macho, a barbatana caudal é

arredondada e as barbatanas dorsais bastante

longas acabando em bico. Podem atingir os 25 a 30 cm no seu habitat natural e ficam pelos

15 a 20 em aquário. As fêmeas são bastante pequenas, muitas vezes têm pouco mais que

metade do tamanho dos machos, com a mesma idade.

São peixes que põem os ovos no substrato. Durante o ritual de acasalamento,

aparentemente brutal, a fêmea deposita cerca de um milhar de ovos. No seu meio natural,

o casal escolhe normalmente um lugar entre duas rochas. A fêmea se ocupa dos ovos, que

eclodem ao fim de 3 ou 4 dias, e o macho defende o território de possíveis predadores.

Depois de nascerem, os alevinos são transportados pelos pais para pequenas

crateras, escavadas na areia para esse feito.

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JUNDIÁ

Nome científico: Rhamdia quelen

Características: é encontrado desde o

centro da Argentina até o sul do México, e

seu cultivo está aumentando no sul do

Brasil. Pode atingir 50cm de comprimento

e 3kg de peso, possui hábito noturno e

habita locais calmos e profundos dos rios.

Os alevinos suportam água do mar a 10%,

até 9,0g/l de sal comum e pH na faixa de 4,0 a 8,5, com melhor crescimento das larvas na

faixa de pH de 8,0 a 8,5. É uma espécie euritérmica. Esse peixe é omnívoro, com

tendência piscívora. A maturidade sexual é atingida no primeiro ano de vida. É uma

espécie ovulípara e, na natureza, os cardumes desovam em locais com água limpa, calma

e de fundo pedregoso. Não apresenta cuidado parental. Possui dois picos reprodutivos por

ano (um no verão e outro na primavera) e desova múltipla.

LAMBARI

Nome científico: Astyanax jacuhiensis

Características: Pertencente à

família Characidae, o lambari é encontrado em

rios, lagoas, córregos e represas do Brasil.

A Characidae é a maior das famílias da

ordem Characiformes. Uma característica

peculiar da Characidae é que a maior parte de

suas espécies, cerca de 86%, são de porte

pequeno e não alcançam um comprimento de

15cm, sendo que deste grupo, 96% habita pequenos corpos d’água.

Onívoro, o lambari se alimenta de flores, frutos, sementes, pequenos

crustáceos, insetos e detritos, um banquete encontrado às margens de seu habitat

natural. O lambari é considerado, graças ao seu cardápio variado, que também inclui a

desova de peixes maiores, o maior predador dos rios.

Apesar de ser considerada uma iguaria saborosa, o lambari também é utilizado

como isca para peixes maiores, que junto com as aves, são seus predadores naturais. Sua

reprodução acontece, geralmente, com a desova em capim alagado ou em várzeas, em

que haja alguma correnteza. A época escolhida para a procriação é a primavera,

Page 13: O RIO DOS SINOS É NOSSO

desovando nas poças d’águas formadas pelas chuvas às margens dos rios. É considerada

uma das espécies com maior poder de multiplicação na natureza. Na maioria das vezes, os

lambaris são encontrados em águas rasas, em busca de algum alimento trazido pela

correnteza, ou, durante as épocas de cheia, em matas inundadas.

FLORA

ARAÇÁ

Nome cientifico: Psidium cattleianum

Descrição: árvore perenifólia, de até 10m de

altura. A casca solta-se em placas deixando o

tronco com aspecto malhado de cores bege ao

castanho claro. Folhas simples, opostas, de

margem lista a até 10cm de comprimento.

Frutoso tipo baga, globosos de cor amarela ou

vermelha, de até 3cm de diâmetro.

Floração: setembro-janeiro

Frutificação: fevereiro – março

Distribuição: no Rio Grande do Sul, ocorre na Floresta Atlântica e ocasionalmente na

Floresta da Encosta Meridional da Serra Geral.

Usos: seus frutos são consumidos por aves e diversos mamíferos e podem ser utilizados

para a fabricação de doces e geleias. Sua madeira é muito pesada e a casca rica em

tanino.

Características: Espécies como o Araçá vermelho (Psidium cattleyanum Sabine),

apresentam ainda, grande potencial para exploração econômica, por conta das

características dos seus frutos. Os frutos são bem aceitos para consumo "in natura" ou

então, industrializados, na forma de doces em pasta, cristalizados ou geleias. Tudo isso

pelo teor de vitamina C, proporcionalmente quatro vezes maior que os frutos cítricos. Outra

forma de aproveitamento desses frutos é a elaboração de sucos.

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CRAVO DO MATO

Nome científico: Tillandsia tenuifolia L.

Descrição: A planta de 19 cm de altura, tem

folhas rígidas de 3,14cm de comprimento, as

mais externas, menores, não formando

tanques, sua bainha é reduzida entre 0,8 e

1,1cm

Características: Esta planta costuma florir

de agosto a dezembro, com o pico de

floração em setembro e outubro.

Costuma ser encontrada na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. Esta

planta é bem distribuída na América Central, na Argentina e Brasil. Ela é encontrada em

quase todas as regiões do Brasil.

BARBA-DE-PAU

Nome científico: Tilandsia usneoides (L.) L.

Descrição: Erva epífita, geralmente sem

raízes, pendentes nas árvores. Caules e

folhas muito finos e cobertos por uma densa

camada de escamas de cor cinza. Apesar de

ser uma espécie que vive sobre outras

árvores (epífita), esta planta não é uma

parasita e não provoca prejuízo ás árvores.

Floração: variável

Frutificação: Variável

Distribuição: No Rio Grande do Sul ocorre

em todas as formações florestais.

Usos: Algumas aves a utilizam para construir ninhos. No passado já foi utilizada para

enchimento de colchões e travesseiros.

BROMÉLIA

Nome científico: Vriesea gigantea Lem

Descrição: erva epífita, de até 3m de altura. Folhas acinzentadas, em número de 30 a 40,

dispostas em roseta. Forma uma cisterna que pode acumular até 4 litros de água. Sua

inflorescência pode ter até 2,5m, composta por diversas flores amareladas.

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Floração: janeiro-abril

Frutificação: dezembro-julho

Distribuição: no estado esta espécie ocorre principalmente na Floresta Atlântica.

Usos: utilizada como ornamental.

Características: A família das Bromeliáceas abriga mais de 3000 espécies e milhares de

híbridos. Com uma única exceção, todas são nativas das Américas, sendo que o abacaxi é

a mais popular delas. Só no Brasil, existem mais de 1500 espécies. As bromélias não são

parasitas como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epífitas

(simplesmente apoiando-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilação),

terrestres ou ripícolas (espécies que crescem sobre as pedras) e compõem uma das mais

adaptáveis famílias de plantas do mundo, pois apresentam uma impressionante resistência

para sobreviver e apresentar infinitas e curiosas variedades de formas e combinações de

cores.

As bromélias florescem somente uma vez durante seu tempo de vida. Após a

floração, a planta geralmente desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que

irá morrer. As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades - de

meses a dezenas de anos, dependendo da espécie e condições do ambiente, respeitando

sempre uma determinada época do ano. Muitas vezes, uma planta não floresce em razão

da falta de luminosidade ou outro fator ambiental como, por exemplo, a temperatura. Por

outro lado, uma brusca mudança do ambiente pode provocar a floração numa planta

adulta. A planta sente-se ameaçada e o instinto de preservação da espécie desencadeia a

floração com a finalidade de gerar sementes e brotos laterais: tudo isso para assegurar a

sua preservação.

Rio dos Sinos, meio ambiente e vida: responsabilidade de todos.

O Rio dos Sinos tem importância vital para a região do Vale dos Sinos, pois a

garantia da vida da população depende em grande parte desse rio. Mesmo assim, pode-se

referir que, neste tempo, a região, sua população e o rio vivem um tempo de importante

drama, e catástrofe ambiental e social.

Page 16: O RIO DOS SINOS É NOSSO

No Vale dos Sinos, os problemas ambientais vêm de uma longa data e agravam-se

cada vez mais pela omissão, ou atuação tardia da gestão pública. São problemas que se

acabam em função da urbanização excessiva, da modificação na matriz de produção

agrícola (uso indiscriminado de agrotóxicos), falta de tratamento de esgoto e ainda pela

poluição por resíduos industriais, que afetam além da qualidade, a quantidade das águas

do Rio dos Sinos.

Page 17: O RIO DOS SINOS É NOSSO

Poluição do rio: histórias que se repetem

Em outubro de 2006 foi

registrada a maior mortandade da história

do Rio dos Sinos: 86 toneladas de peixes

mortos. A empresa Utresa, de Estância

Velha, foi uma das principais

responsabilizadas.

Em novembro de 2010, dez mil

peixes foram mortos. A Delegacia

Especializada do Meio Ambiente (Dema)

do DEIC (Departamento Estadual de

Investigações Criminais) se uniu às fiscalizações. Duas empresas em Novo Hamburgo

foram interditadas. O Ministério Público do Rio Grande do Sul propôs medidas no

documento Pacto pelo Rio dos Sinos, chamando os municípios a fazer sua parte.

No ano de 2011, no mês de novembro, a quantidade de peixes mortos foi menor e não

chegou a ser divulgada.

Em abril de 2012, centenas de peixes apareceram mortos no Rio dos Sinos. O Pró-

Sinos e o Instituto Martim Pescador monitoraram o rio e não falaram em números. Porém,

pescadores mostraram-se preocupados. Como se trata de uma região metal-mecânica e

coureiro-calçadistas, tudo indica que a origem deste efluente esteja em uma destas áreas,

o que se espera apurar após a análise da água colhida em diversos pontos do rio.

Em dezembro de 2011, O Ministério Público deu vistas a um relatório sobre as

causas da mortandade dos peixes no Rio dos Sinos, e os impactos sociais causados pelo

lançamento de esgotos e efluentes industriais. Os dados foram avaliados a partir das

amostras de pontos no Rio dos Sinos.

Em conclusão, o relatório aponta para um quadro de gravidade que tende a se

agonizar nos períodos de estiagem ou seca prolongada. E as causas identificam a poluição

industrial e doméstica como fontes poluidoras. Conclui que os esgotos não tratados dos

Page 18: O RIO DOS SINOS É NOSSO

municípios caracterizam-se como um dos principais problemas, associados ao saneamento

ambiental da bacia hidrográfica.

NOSSO RIO ESTÁ MORRENDO!

Um rio que nasce tão perfeito e limpo está morrendo de quase tudo, mas

principalmente pelo descaso e pelo desrespeito a essa importante fonte de vida.

É doloroso assistir à agonia do nosso rio! Suas águas escuras, poluídas com esgoto,

dejetos e rejeitos industriais. Sofre com a mineração, o desmatamento de suas margens, a

pesca predatória, e para complicar a situação, a sua nascente está sendo ameaçada pela

poluição, assim como o decorrer de seu sinuoso trajeto.

De nada adianta aumentar nosso patrimônio, expandir as empresas, criar mais

indústria, diversificar nosso mercado, criando novas oportunidades de emprego, se não

tivermos água para dar suporte a tudo isso.

Tudo será em vão, se nossa principal fonte for exterminada.

Page 19: O RIO DOS SINOS É NOSSO

Referências bibliográficas

Almanaque Rio dos Sinos/ Colaboradores: Castor Becker Júnior, Programa de Pós-

graduação em Biologia – Unisinos, Instituto Martin Pescador, Ilustradores: Gil Jesus da

Silva, Gilmar Luiz Tatsch –1. Ed – Novo Hamburgo: Grupo Editorial Sinos, 2011.

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