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TRABALHO DE PORTUGUÊS “O Sapateiro” Neste excerto do Auto da barca do Inferno, o Sapateiro chega a um rio, onde no cais se onde encontra a barca do Diabo, que se dirige ao Inferno. O Sapateiro chega ao cais de avental e carregado de formas. O avental simboliza a capa que escondia o verdadeiro carácter do sapateiro, era um homem falso que se escondia sobre a aparência de um homem honesto. As formas representam os pecados que cometeu. O Diabo ironiza “como vens tão carregado”, simbolizando os pecados dele. O Diabo acusa-o de “excomungado”, uma vez que ele roubou durante trinta anos e ia à missa, fingindo que era cumpridor. O Sapateiro defende-se dizendo que deu muito dinheiro à igreja e ia à missa. Mas o Diabo refere que ele se esquece do que fez em vida, tentava compensar os pecados “comprando” a Igreja. Gil Vicente ao apresentar o Sapateiro, pretende caracterizar a sociedade falsa, onde as pessoas apregoavam uma coisa e faziam outra, roubavam, pecavam e pensavam que ir à igreja compensava tudo.

O sapateiro

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Texto sobre o sapateiro do auto da barca do inferno

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Page 1: O sapateiro

TRABALHO DE PORTUGUÊS

“O Sapateiro”

Neste excerto do Auto da barca do Inferno, o Sapateiro chega a um rio, onde no

cais se onde encontra a barca do Diabo, que se dirige ao Inferno.

O Sapateiro chega ao cais de avental e carregado de formas. O avental

simboliza a capa que escondia o verdadeiro carácter do sapateiro, era um homem falso

que se escondia sobre a aparência de um homem honesto. As formas representam os

pecados que cometeu.

O Diabo ironiza “como vens tão carregado”, simbolizando os pecados dele.

O Diabo acusa-o de “excomungado”, uma vez que ele roubou durante trinta

anos e ia à missa, fingindo que era cumpridor. O Sapateiro defende-se dizendo que

deu muito dinheiro à igreja e ia à missa. Mas o Diabo refere que ele se esquece do que

fez em vida, tentava compensar os pecados “comprando” a Igreja.

Gil Vicente ao apresentar o Sapateiro, pretende caracterizar a sociedade falsa,

onde as pessoas apregoavam uma coisa e faziam outra, roubavam, pecavam e

pensavam que ir à igreja compensava tudo.

Martim Baptista, 9ºC . nº18