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Edivania doNascimento Pereira, Maria José LimaTeles, Mauriceia de Melo Silva Santana & Ednilza Maranhão dos Santos, O Sapo Paulo Ilustração : Crianças do Carrasco e do Negreiro, Serrita/PE

O sapo paulo

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Estória infantil sobre a vida do sapo Paulo. Um Sapo que vivia na Caatinga e se depara com uma criança querendo mata-la. No final fazem uma bela amizade. Estória produzida por alunos de graduação e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco, do Curso de Ciências Biologias. Esta obra faz parte do Projeto Anfíbios e Répteis do Bioma Caatinga - Indicadores de Conservação para o Sertão Central de Pernambuco.

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Page 1: O sapo paulo

Edivania doNascimento Pereira, Maria José LimaTeles, Mauriceia de Melo Silva Santana & Ednilza Maranhão dos Santos,

O Sapo Paulo

Ilustração : Crianças do Carrasco e do Negreiro, Serrita/PE

Page 2: O sapo paulo

Texto: Edivania do Nascimento Pereira, Maria Jose Lima Teles, Mauriceia de Melo Silva Santana e Ednilza Maranhão dos Santos Desenhos das crianças do Carrasco e Negreiros, Serrita/PE : Alessandra, Maria Gilvanete e Rita de Cássia

N246c Nascimento, George Carlos As caatingas – conhecer para preservar

(Poesias) /

George Carlos Nascimento; organizadora Ednilza

Maranhão dos Santos. – Recife: EDUFRPE, 2012.

33 p. : il.

1. Poesia brasileira I. Santos, Ednilza

Maranhão dos, organizadora II. Título

CDD B869.1

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Era uma vez um sapo, o nome dele era Paulo que vivia lá pras bandas de Negreiros. Sim vocês não sabem? Negreiros é um local que tem umas das caatingas mais lindas que existe na região de Salgueiro.

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O sapo Paulo era grande, vistoso e colorido, adorava quando

chovia e gostava de ficar nos açudes e riachos. Vocês não

sabem, mas lá nesses açudes é bem gostoso ficar, primeiro tem

água de montão e dar para dar uns mergulhos e depois tem os

amigos para se ver e conversar. Além disso, tem um bocado de insetos a comida preferida de

Paulo.

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Fazia tempo que não chove em Negreiros e as águas dos açudes baixaram, os riachos secaram e Paulo precisava muito de água. Então conversou com alguns amigos sapinhos... disseram que tem um local que ele pode encontrar água, é uma comunidade chamada Carrasco. Nesse lugar tem casas e nessas casas tem água, então Paulo resolveu ir até lá. Pulou, pulou e pulou e chegou até a comunidade do Carrasco.

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Ao chegar no carrasco ele encontrou um local onde era bastante úmido ficava sempre molhado. Ele não entendeu muito mas ouviu as pessoas chamarem esse lugar de banheiro, ele adorou esse local porque tinha muita água e decidiu ficar lá. Enquanto descansava naquele lugar úmido...

Quando de repente, entra um menino, dentro do banheiro, que pareceu ser bem legal e Paulo muito

curioso se aproximou do garoto. Quando o menino viu Paulo sai correndo gritando , um sapo, um sapo, um sapo no banheiro e voltou com algo branco na mão para jogar

nele. Paulo ficou muito assustado pois disseram a ele que tivesse cuidado pois existe um pozinho branco que eles

chamam de sal, que quando bate no corpo queima que nem brasa.

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Quando Paulo viu o menino com o pozinho branco, chamado sal, na mão ele ficou desesperado e disse:

“ Por favor não jogue isso em mim”. O menino muito assustado então disse: “ Meu Deus um sapo falante, você fala? “

O sapo respondeu: “Falo. Amigo, não jogue esse sal em mim! Se você jogar eu vou

ficar doente, pois eu respiro pela pele, ela é muito sensível e posso acabar morrendo.

O menino respondeu:

“O que você está fazendo aqui no meu banheiro, como você se chama?”

Page 8: O sapo paulo

Paulo respondeu: “Meu nome é Paulo o sapo cururu, vim para seu

banheiro a procura de água, apenas isso. Vivo lá no açude negreiros mas ele secou porque não chove e eu preciso de água para sobreviver ,

então me disseram que aqui tem água, aí vim para cá, não vou fazer nenhum mal a você. Não se

preocupe eu sou muito inofensivo e preciso apenas de um ambiente úmido. Não me mate!”

Garoto respondeu:

“Desculpe Paulo, é que me disseram que seu leite mata e que devo jogar

sal em você para você ir embora, isso é verdade?

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Paulo disse: “Não, não é verdade esse leite que falaram é uma substância que tenho no meu corpo que serve para proteger a minha pele, e não vai fazer nenhum mal a você. Mas se você jogar esse sal em mim eu posso acabar morrendo”. O menino disse: “Ahhhh entendi!!! Não se preocupe Paulo não vou jogar esse sal em você, desculpe ter lhe assustado e pode ficar aí quietinho na água do meu banheiro, não vou te machucar”. Paulo disse: “Muito obrigado amiguinho vou apenas me refrescar um pouco aqui e já, já irei embora em busca de alimento e outro local com água.” E pensou: “É conversando que a gente se entende!”

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O nome do sapo Paulo é uma homenagem a um dos gestores da Flona Negreiros, o Engenheiro Florestal Paulo Roberto Corrêa de Sousa Júnior. O Sapo cururu é um sapo encontrado nas Caatingas, ele também ocorre em outros biomas, é bem distribuídos em todo o Nordeste do Brasil. São considerados biocontroladores de insetos uma vez que é seu alimento preferido, seu nome científico é Rhinella jimi.

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Essa Obra é parte de um trabalho de troca de saberes entre as crianças do Carrasco e Negreiros, povoado vizinho a Floresta Nacional (FLONA) de Negreiros, e alunas do curso de licenciatura e bacharelado da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Esse produto faz parte de um projeto “Anfíbios e répteis do bioma Caatinga – Indicadores de Conservação para o sertão de Pernambuco, coordenado pela Professora Ednilza Maranhão dos Santos e contou com apoio da FACEPE e do CNPQ.

Agradecemos ao Sr. Chicó ,Dona Margarida, sua família e todas as crianças do Carrasco e do Negreiros, Serrita/PE.