62
O SISTEMA DE INOVAÇÃO BRASILEIRO E POLÍTICA DE INOVAÇÃO Antônio Márcio Buainain Instituto de Economia da Unicamp Cepal, Santiago, 26 de Setembro de 2014

O SISTEMA DE INOVAÇÃO BRASILEIRO E POLÍTICA DE …archivo.cepal.org/pdfs/SummerSchool/SS2014/Presentacion_Antonio... · BNDES e Finep ampliaram as linhas de crédito à inovação,

  • Upload
    vuanh

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • O SISTEMA DE INOVAO BRASILEIRO E POLTICA DE

    INOVAO Antnio Mrcio Buainain

    Instituto de Economia da Unicamp

    Cepal, Santiago, 26 de Setembro de 2014

  • 2

    Innovacin: qu ha cambiando? Inovao tornou-se mais importante, e aumentou a presso

    por resultados concretos dos gastos de P&D Presso por rapidez no processo de inovao Maior papel das redes e arranjos cooperativos, incluindo

    articulao cincia-indstria Papel central dos recursos humanos e maior mobilidade das

    pessoas entre empresas e pases Mudanas nos arranjos organizacionais Aumento do papel do mercado no financiamento da inovao Maior papel das tecnologias de informao e comunicaes

    no processo de inovao

  • LA CONSTRUCCIN Y EXPANSIN DEL SISTEMA BRASILEO DE CT&I Una obra todava incompleta

  • Sistema Nacional de Inovao

    Incompleto mas nmero elevado de instituies Marco regulatrio complexo (leis e regulao) Quadro institucional herana histrica de grandes

    momentos de reforma: superposio de esquemas institucionais criados ao longo de geraes distintas, com propsitos especficos

    Quatro geraes de instituies 1950s - primeiras instituies de polticas 1970s: renovao dos 70 modelo Estatal e Institutos

    Nacionais 80s criao do MCT 1990s: novos modelos e parceria pblico-privada (abertura 2000s: expanso horizontal e aprofundamento do sistema

    Fonte: Carlos Amrico Pacheco 4

  • 1999 2002

    Criao dos Fundos

    Setoriais

    2004

    Lei da Inovao

    2003 2005

    Poltica Industrial, Tecnolgica e de

    Comrcio Exterior (PITCE)

    Lei do Bem

    2007

    Poltica de Desenvolvimento Produtivo (PDP)

    2011 2012 2008

    PACTI 2007-2010 Plano Brasil Maior (PBM)

    ENCTI

    2013

    Plano Inova Empresa

    EMBRAPII

    Principais polticas de estmulo inovao criadas no Brasil

    Buainain & Corder, 2014

  • Reformas a partir do final dos anos 90 Consolidao do MCT - institutos de pesquisa 1998/2004 Fundos Setoriais (FNDCT), fomento para

    P&D (16 Fundos - 14 relativos setoriais) 2001 Criao do CGEE C&T 2003 Retomada das polticas industriais (PITCE, 2003) 2004 ABDI Agencia Brasileira de Desenvolvimento

    Industrial 2001 2004: Lei de Inovao 2005 Incentivos para a indstria e inovao (Lei do

    Bem) 2007 Poltica Brasileira de Desenvolvimento Produtivo Fortalecimento das agncias BNDES e FINEP 2008 Programa Nacional de Acelerao da C&T 2011 Brasil Maior 2013 Inova Empresa e criao da EMBRAPII

    Fonte: Carlos Amrico Pacheco e Buainain&Corder 6

  • O SISTEMA BRASILEIRO DE INOVAO Pontos fortes e fracos

  • Brasil: pontos fortes

    Sistema universitrio e de ps-graduao robusto Conjunto respeitvel de instituies de pesquisa Grande crescimento da produo cientfica -

    publicaes em revistas internacionais Grande abrangncia das competncias cientficas Bons exemplos de sucesso: Petrobrs, Embraer,

    Embrapa Algumas instituies fortes: BNDES, Capes,

    Fapesp

    Fonte: Carlos Amrico Pacheco 8

  • Brasil: pontos fracos

    Assimetria: performance cientfica razovel, mas insatisfatria em inovao

    Fragmentao e baixa coordenao das atividades Baixo nvel de educao secundria e universitria Debilidade na formao de engenheiros e cientistas C&T&I secundrios no desenvolvimento Polticas de apoio inovao muito recentes e

    insuficientes Apoio incompleto para a inovao nas empresas

    (business innovation)

    Fonte: Carlos Amrico Pacheco 9

  • Assimetria entre CT e pequena interao e cooperao

    Forte crescimento da produo cientfica Crescimento de PHDs 10 mil/ao Pequeno esforo do setor privado

    P&D pblico 0,6% PIB (equivalente mdia OCDE) P&D privado 0,4% PIB (30% mdia OCDE)

    Pequena cooperao entre atores Isolamento dos setor de C&T Pequena relevncia econmica

    Sistema de inovao incompleto

    10 Fonte: Carlos Amrico Pacheco

  • Base ampla de competncias Base diversificada de competncias modelo cut and

    paste do sistema de pesquisa de ps-graduao do exterior e do sistema paulista-carioca para outros estados

    Competncias diferenciadas nas reas de cincias agrrias e cincias da sade (customerizao do conhecimento)

    Polticas especficas para reas do conhecimento selecionadas engenharia (70s), TI (80s), qumica e cincias da vida (90s)

    Mas...

    11 Fonte: Carlos Amrico Pacheco

  • Base ampla de competncias

    Mas.... Fragilidades crescentes nas reas de engenharia e

    TICs Inexistncia de planejamento qualitativo e

    quantitativo para formao superior, tcnica e tecnolgica

    Baixa atratividade para as carreiras nas empresas e no setor pblico em reas da cincia e da inovao

    12 Fonte: Carlos Amrico Pacheco

  • Gasto em P&D pblico e privado Local de trabalho de Cientistas e Engenheiros Patentes internacionais Escassez de engenheiros e cientistas

    0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

    Japan

    Korea

    USA

    Germany

    Singapura

    Australia

    France

    China

    Canada

    UK

    Spain

    Brazil

    Italy

    Russia

    Portugal

    Mexico

    Public

    Private

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Argentina

    Mexico

    Brazil

    Chile

    Spain

    USA

    Canada

    Researchers

    GovernmentHigh EducationPrivateNon-profit

    0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000

    USA

    Japan

    Germany

    Korea

    Canada

    UK

    France

    Australia

    Italy

    Israel

    China

    Singapura

    Spain

    Russia

    Brazil

    Mexico

    2007

    2000

    1990

    0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

    China

    Singapura

    Spain

    Russia

    Brazil

    Mexico

    0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

    China

    Korea

    Germany

    France

    Mexico

    Japan

    Russia

    Spain

    UK

    Turkey

    Italy

    Australia

    Canada

    South Africa

    USA

    Brazil

    Hungary

    ScienceEngineering

    FON

    TE: B

    rito Cruz

    Indicadores de assimetria

  • BRASIL: INSTRUMENTOS DE APOIO INOVAO

  • Fases da P, D & I e os instrumentos de governamentais de estmulo inovao nas

    empresas

    Pesquisa Fundament

    al

    Pesquisa

    Aplicada Desenvolvimento e escalonamento

    Comercializao do produto e

    criao de mercado

    Mercado

    Financiamento no reembolsvel

    Subveno econmica Crdito

    Fundos de Venture Capital

    Escalonamento Pr-competiivo (Embrapii)

    Incentivos fiscais e tributrios

    Especfico para ICT pblicas ou privadas sem fins lucrativos

    O Brasil conta hoje com um conjunto de instrumentos de apoio inovao

    Buainain & Corder, 2014 15

  • 16

    Brasil: instrumentos para a inovao Horizontais

    Incentivos fiscais (abatimento dos gastos em P&D) Subveno para taxas de juros ou para fixar pesquisadores nas

    empresas Capital de risco Fomento para atividades de P&D universidade-empresa

    Verticais incentivos fiscais para informtica subveno econmica para P&D em setores prioritrios da

    Poltica Industrial (editais) Nova Poltica Industrial PITCE, PDP, Brasil Maior (compras

    governamentais, crdito e consolidao patrimonial)

  • 17

    Instrumentos horizontais e Verticais Horizontais

    Reduzir desvantagens macro (juros, cambio, etc.) Atuar sobre fatores sistmicos de competitividade (RH,

    infraestrutura, etc.) Reduzir o risco da inverso privada em P&D Alterar o quadro institucional para estimular a cooperao

    Verticais Reforar/criar capacitaes tecnolgicas de empresas em

    setores selecionados Reforar/criar diferenciais estruturais de competitividades

    (competncias acadmicas e empresarias) Ampliar o esforo privado em P&D em atividades ou empresas

  • Evoluo do Sistema de financiamento inovao no Brasil

    Sistema de C&T no Brasil cresceu: novos atores (pblicos e privados) e nova institucionalidade em construo

    Maior presso do Sistema de C,T&I sobre os recursos pblicos e sobre as instituies de apoio inovao

    BNDES e Finep ampliaram as linhas de crdito inovao, com recursos do FNDCT (Finep) e do PSI (reembolsvel)

    Novidade: Inova Empresa eleva a oferta de recursos, mas ainda com limitaes na modalidade no-reembolsvel

    Buainain & Corder, 2014

  • O financiamento da Inovao no Brasil: principais fontes

    19

    Buainain & Corder, 2014 19

  • Oramento do MCTI cresceu apenas 4% nos ltimos 5 anos

    6,3

    5,1

    6,1 6,1

    8,2 7,8

    7,5 7,7 8,0

    9,1 8,5

    9,0 9,4 9,5

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

    Fonte: Ministrio do Planejamento OBS: LOA em valores constantes de R$ 2013. ndice IGP-DI

    Oramento MCTI no perodo 2001-2014 (R$ bilhes valores constantes de 2013, ndice

    IGP-DI)

    O ritmo de expanso do oramento vem reduzindo ao longo do tempo:

    30% no quinqunio 2001 /2005,

    16% no quinqunio 2006/2010

    O volume de recursos orados para 2014 praticamente igual ao de 2013.

    Buainain & Corder, 2014 20

  • Participao dos recursos para C,T&I no Oramento Geral da Unio est em queda

    2,8%

    2,0%

    2,5%

    2,3%

    2,5%

    2,4%

    2,1%

    2,2%

    2,1%

    2,3%

    1,9%

    1,8%

    2,0%

    2,4

    %

    1,6%

    1,9%

    1,8%

    1,9%

    1,7%

    1,4%

    1,5%

    1,5%

    1,5%

    1,3%

    1,3%

    1,3%

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    MCTI/OGU MCTI (semFNDCT)/OGU

    (**) Despesas do Executivo Federal - exclusive Judicirio, Legislativo, Previdncia e Encargos Especiais FONTE: MCTI e FNDCT, a partir de 2001: Siga Brasil, consulta realizada em 14-02-2014

    Participao do MCTI (rgo ) no Oramento Geral da Unio A par/cipao do MCTI no

    OGU caiu de 2,8% em 2001 para cerca de 2,0% em 2013.

    A queda da par/cipao dos fundos setoriais ainda mais expressiva

    Os Fundos Setoriais foram criados com o obje/vo de aportar recursos adicionais para o MCT, o que deveria se traduzir em elevao da par/cipao do MCT no OGU

    Buainain & Corder, 2014 21

  • 1,8 1,5

    2,3 2,4 2,7

    3,2 3,0

    3,6 3,4

    3,3 3,2 3,0

    3,4 3,4

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

    Evoluo do FNDCT, (R$ Bilhes - valores constantes de 2013,

    ndice IGP-DI)

    FNDCT: muita demanda e oramento comprometido

    Fonte: Siga Brasil

    Oramento do FNDCT em 2014 praticamente o mesmo de 2013 (cerca de R$ 3,4 bilhes)

    PONTOS DE RESSALVA reserva de contingncia de apenas R$

    25,3 milhes perda de recursos do CT-Petro (cerca

    de 40% do FNDCT) a insero do programa Cincia Sem

    Fronteiras no FNDCT (R$ 767 milhes) riscos de contingenciamento

    Buainain & Corder, 2014 22

  • ATUAO DA FINEP

  • Evoluo dos programas de financiamento inovao na FINEP

    1967-70

    75-79 90-99

    2000-02 11-14 03-07 08-10

    Estudos e Projetos Apoio a Usurios de Servios de Consultoria

    Apoio Consultoria Nacional Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico da Empresa Nacional

    AGQualidade

    FNDCT/ FUNDOS SETORIAIS INOVAR F Teconologia F Gesto F Educao F Pr Investimento F Social

    Pr-Inovao Inova Brasil Juro Zero SUBVENO EQUALIZA

    O

    Prime

    PLANO INOVA EMPRESA

    (reembolsvel + no reembolsvel + renda varivel)

    85-89

    80-84

    PADCT

    71-74

    FNDCT

    Legenda: Reembolsvel No Reembolsvel Renda Varivel Buainain & Corder, 2014 24

  • No-reembolsveis: resultados da FINEP

    Foram mais de 7.300 projetos contratados pela Finep, com recursos no-reembolsveis, entre 2002-2013, totalizando R$ 12,7 bilhes.

    Distribuio do Valor Contratado

    71,10%

    17,50%

    11,40%

    Convnios com ICTs

    Subveno

    Projetos Cooperativos(ICTS e Empresa)

    R$9,04 bilhes

    R$ 1,45 bilhes

    R$2,23 bilhes

    Fonte: Finep Buainain & Corder, 2014 25

  • Volume de recursos para subveno est em declnio

    200 198

    553 578

    930

    514

    847 915

    1.269

    448

    1.310 1.284

    517

    395 432

    523

    183

    64 120 85

    189 151 154

    216

    75 101 92 136

    41

    138 75

    -

    200,0

    400,0

    600,0

    800,0

    1.000,0

    1.200,0

    1.400,0

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    Convnios Subveno Cooperativos

    FINEP - Distribuio dos recursos no reembolsveis Em 2012 a

    subveno recebeu apenas R$ 64 milhes, e R$ 120 milhes em 2013, claramente insuficientes para sustentar o crescimento das operaes de crdito qualificado da Finep

    Fonte: Finep Buainain & Corder, 2014 26

  • Subveno: 989 operaes contratadas

    215

    139

    212 250

    88 48 37

    516,5

    394,5 432,4

    522,6

    182,9

    64,1 120,0

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    NMERO DE PROJETOS VALOR CONTRATADO

    Nmero e valor (em R$ milhes correntes) das operaes de subveno contratadas pela

    Finep, 2007-2013

    TECNOVA: acordo com 21 FAPs, no valor de R$ 1 7 2 m i l h e s , p a r a operaes de subveno descentralizadas

    R $ 2 7 m i l h e s p a r a estruturao das FAPS para operar o TECNOVA

    Foco da subveno nas Micro, Pequenas e Mdias Empresas

    A limitao e instabilidade d o s r e c u r s o s n o permitem Finep integrar os instrumentos de apoio inovao na escala desejvel

    R$ MILHES

    Fonte: Finep Buainain & Corder, 2014 27

  • Crdito: ampliao dos recursos permitiu elevar o valor de projetos aprovados

    574 571 675

    575

    1.679 1.510 1.992

    2.639

    6.270

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    R$ milhes

    Valor total contratado entre 2005-2013 foi de R$ 16,4 bilhes (711 operaes)

    Operaes de crdito da Finep Valor contratado entre 2005-2013, em R$ milhes correntes

    Fonte: Finep

    N de Operaes Contratadas

    49 67 77 77 74 73 104 78 112

    Finep 30 dias: nmero de empresas cadastradas para operar com a Finep quadruplicou nos ltimos trs meses

    Com o Finep 30 dias, foi elevado substancialmente o nmero de projetos aprovados entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014: 72 projetos

    206 empresas submeteram demanda que totalizou R$16,7 bilhes

    Foram 1.596 empresas cadastradas e 206 projetos enviados (R$ 16,7 bi)

    28 Buainain & Corder, 2014

  • Finep: a agenda de financiamento com renda varivel

    Atualmente, a FINEP opera com os seguintes instrumentos: Investimento direto em projetos inovadores e estratgicos: FIP Inova Empresa:

    conta com um capital inicial de R$500 milhes: R$200 milhes para os setores prioritrios e R$ 300 milhes para o setor de Telecomunicaes (Recursos do FUNTTEL)

    Investimento em inovao descentralizada via fundos : 23 chamadas desde 2001

    Corporate Venture : Incio em 2013 - parceria com a Embraer, BNDESPar e Desenvolve SP: R$ 130 milhes

    Ano Valor

    Comprometido em R$ Milhes

    Nmero de Fundos

    Nmero de Empresas Investidas

    2010 341 23 83 2013 853 30 107

    Renda Varivel : Valor, Nmero de Fundos e de Empresas Investidas

    Buainain & Corder, 2014 29

  • ATUAO DO BNDES

  • Evoluo do financiamento inovao no BNDES

    Anos 90

    2004 2008 2009 2012 2013 2010 2011

    CONTEC Capital

    de Risco

    Projeto Coorporativo de Inovao

    CAR IMA

    Fundos de Venture LINHA BNDES INOVAO

    Criatec II INOVA PETRO

    FUNTEC No

    Reembolsvel Profarma

    Taxas de Juros Equalizadas

    Linha Inovao PDI Projetos de P&D Planos de Negcio

    Linha de Inovao Produo

    Plantas Produtivas Taxas de juros e custos favorveis em ambas as linhas

    Linha Inovao Tecnolgica

    Linha Capital Inovador Criao da rea de

    Capital Empreendedor CCTEC (Comit

    Consultivo Funtec) Gerncia de Inovao

    na rea de Planejamento

    PSI CARTO BNDES Foco em PD&I FUNTEC Foco em reas Prioritrias

    PAISS COIN

    Prodesign Profarma Biotec Procult Parceria no INOVA EMPRESA

    2007 2006

    CRIATEC

    1999 PROSOFT

    Buainain & Corder, 2014 31

  • A atuao do BNDES no apoio inovao

    Funding para o financiamento de longo prazo e a modernizao em geral

    Inovaes de produto, processo e organizacional Projetos green field: construo da economia do futuro Planejamento Corporativo 2009-2014E : Inovao como

    prioridade Estratgia aderente a poltica industrial: PITCE (2004-07);

    PDP (2008-10) e PLANO BRASIL MAIOR (2011-14) Atrao de Centros de P&D Participao no Inova Empresa (cerca de 50% dos recursos)

    Buainain & Corder, 2014 32

  • Total das operaes somam R$ 10,3 bilhes em 8 anos

    VALOR DOS DESEMBOLSOS NAS OPERAES CONTRATADAS, 2006-2013, EM

    R$ MILHES CORRENTES

    Fonte: BNDES

    OBS: INCLUI PARTE DAS OPERAES INDIRETAS E OPERAES DE RENDA VARIVEL VOLTADAS AO DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO E INOVAO NO INCLUI O REPASSE PARA A FINEP, NO VALOR DE R$ 4,06 BILHES

    R$ 128 R$ 322

    R$ 863 R$ 563

    R$ 1.374 R$ 1.635

    R$ 2.236

    R$ 3.220

    2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    BNDES

    N de Operaes Contratadas

    25 58 58 56 62 103 177 176

    N. Total de operaes no perodo: 715 (exclui carto BNDES(

    Buainain & Corder, 2014 33

  • Nmero e valor das operaes de crdito cresce depois de 2006

    Programas e Linhas PROGRAMAS e LINHAS: Valor total contratado R$ 13,7 bilhes Recursos totais do PSI R$ 7,6 bilhes Nmero de operaes de crdito (Linhas e Programas) no perodo 2006 - 2013 : 579

    EVOLUO DO VALOR DAS OPERAES DE CRDITO CONTRATADAS NOS PROGRAMAS E

    LINHAS, 1999-2013

    5 17 8 17 6 15 124 93 574 623

    890

    1.432 1.599

    3.951 4.398

    0

    500

    1.000

    1.500

    2.000

    2.500

    3.000

    3.500

    4.000

    4.500

    5.000

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    Mill

    ions

    N de Operaes Contratadas

    7 24 12 8 3 7 9 12 38 36 40 45 68 129 139

    Fonte: BNDES Buainain & Corder, 2014 34

  • Evoluo do nmero de operaes do Carto BNDES para inovao

    NMERO DE OPERAES E VALOR DOS DESEMBOLSOS NO CARTO BNDES PARA INOVAO, 2006-2013,

    84

    180

    333

    453

    526

    2009 2010 2011 2012 2013

    Nmero de Operaes

    Nmero total de operaes, no perodo: 1.576

    R$ 783

    R$ 2.574

    R$ 4.090

    R$ 5.299 R$ 5.838

    2009 2010 2011 2012 2013

    Valor (R$ mil correntes)

    Valor total das operaes, no perodo: R$ 18,5 mi

    Fonte: BNDES 35 Buainain & Corder, 2014

  • Renda varivel: perfil dos Investidores da carteira BNDES

    Participao do BNDES no risco e contedo inovativo: 59% em Seed Capital 42% em Venture e 21% em Private Equity

    2%

    77%

    14%

    7%

    Seed Capital

    35%

    47%

    2%

    2% 10%

    4%

    Venture Capital

    Fundos de Penso Bancos de Desenvolvimento Instituies Financeiras

    Estratgicos Agncias de Fomentos Outros

    BNDES - Participao direta e em fundos: Criatec 1

    Patrimnio comprometido: R$ 100 milhes (80% BNDESPar) Investimento em empresas com faturamento lquido de at R$ 6 mi, sendo at R$ 1,5 mi por empresa

    Criatec 2 Patrimnio comprometido: R$ 186 milhes (60% BNDESPar) Investimento em empresas com faturamento lquido de at R$ 10 mi, sendo at R$ 2,5 mi por empresas

    So 10 fundos para inovao com 97 empresas investidas e aporte de 25% do patrimnio alocado

    Fonte: BNDES 36

  • No-reembolsvel: FUNTEC

    NMERO E VALOR DAS OPERAES COM RECURSOS NO REEMBOLSVEIS, 2008-AGOSTO

    2013, (EM R$ MILHES CORRENTES)

    Destinao de um percentual dos lucros para apoio no reembolsvel a projetos de PD&I apresentados por instituies tecnolgicas em parceria com empresas.

    Foco nas reas de Energia, Meio Ambiente, Eletrnica, Novos Materiais, Qumica, Veculos Eltricos

    Foram 154 operaes, totalizando R$396 milhes

    1 7 13 11

    22 26 38 36

    2,8

    20,6

    60,6

    23,5

    40,3 40,8

    99,6

    81,4

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 at ago/2013

    N de Operaes Desembolsos - R$ mi

    Fonte: BNDES 37 Buainain & Corder, 2014

  • CAPITAL DE RISCO E FINANCIAMENTO DA INOVAO

    38

  • O mercado de Venture Capital A participao financeira do setor pblico pequena, mas sua atuao de grande relevncia para a promoo desta indstria, com destaque para a fase semente

    Importante contribuio da Finep (Inovar) e o BNDES (Criatec): 21 fundos em 2004, 26 em 2008 e 34 em 2009

    Nmero de empresas investidas pelo BNDES (Criatec) e Finep (Programa Inovar), at 2008, foi de 481 (Fonte: The Second Brazilian Census, 2012)

    O CRIATEC 1 era um FMIE, mas o CRIATEC 2 foi constitudo como Fundo de Investimento em Participao (FIP). Os FIP saltaram de 11 para 70 fundos entre 2004 e 2009 O mercado brasileiro de investidores anjos modesto, mas est em expanso e tem potencial para atrair volumes significativos de capital Em 2013 o Governo federal lanou o Programa Start Up Brasil, voltado para investimentos em empresas de base tecnolgica do setor de TI, com a previso de aporte de R$ 40 milhes

    Buainain & Corder, 2014 39

  • Venture capital, private equity e capital semente

    H um potencial de crescimento para o mercado de VC/PE, com destaque para os investimentos em empresas de base tecnolgica e em empresas inovadoras, que so as que tm maiores dificuldades para captar recursos neste mercado Para tanto, faz-se necessrio superar alguns dos principais obstculos identificados. Destacam-se os de natureza legal e institucional e que afetam diretamente este mercado:

    Custo de registro e de manuteno de um veculo de investimento

    Qualidade da contabilidade A segurana do acionista minoritrio Obstculo de natureza fiscal: elevado nvel dos impostos (o

    percentual de tributao para uma corporao de 34% dos seus ganhos antes dos impostos)

    40 Buainain & Corder, 2014

  • Venture capital, private equity e capital semente

    Fonte: Anjos do Brasil

    41

  • INCENTIVOS FISCAIS

  • Incentivos fiscais: evoluo da renncia fiscal

    Valor da Renncia fiscal Lei de Informtica (8.248/91 e 10.176/01), entre 1993-2013: R$ 35,4 bilhes, aproximadamente

    Valor da Renncia fiscal (Lei n. 8.661/93 e 9.532/97), entre 1993 e 2009, R$ 379 milhes

    Valor da Renncia fiscal Lei do Bem (11.196/05), entre 2006 e 2013, R$ 11,9 bilhes

    Nmero de empresas que utilizaram os benefcios da Lei do Bem: 291 (2007); 441 (2008); 542 (2009) e 693 (2010) (Fonte: Relatrios MCTI)

    43

    43

  • MEDIDAS RECENTES O Plano Inova Empresa

    44

  • O Plano Inova Empresa: lanado em abril de 2013, prev:

    45

    Aporte de R$ 32,9 bilhes (Governo Federal em parceria com outras instituies (ministrios e agncias reguladoras)

    R$ 23,5 bilhes para 7 reas estratgicas definidas pela poltica industrial

    R$ 5 bilhes destinados s aes transversais R$4,4 bilhes cabero aos parceiros (ministrios e agncias

    reguladoras)

    Distribuio prevista dos recursos do governo, por instrumento:

    Crdito (mais de 73%) Subveno (apenas 4,2%) No-reembolsveis (14,7%) Participao acionria ou aportes de renda varivel (7,7%)

    45

  • O Plano Inova Empresa: alocao dos recursos, segundo a instituio e o instrumento

    46

    Fonte: Elaborao prpria, com base no Documento Oficial de lanamento o Plano Inova Empresa

    46

  • O Plano Inova Empresa (situao em Dez. 2013)

    At o momento, foram efetuadas 10 chamadas pblicas (editais) no mbito do Plano Inova Empresa. Algumas aes j estavam em andamento e com editais lanados desde 2011, caso do PAISS, do Inova Petro.

    Os lanamentos perfazem um total comprometido de aproximadamente R$ 11,1 bilhes

    At o momento apenas 0,8% foram contratados (cerca de R$ 264 milhes)

    H, ainda, outras aes em andamento (cerca de R$ 99 mi): Tecnova (subveno para MPEs, por meio das FAPs

    (lanado em 21/09/2012), com R$ 19 milhes Tecnologia Assistiva (subveno, lanado em 29/11/2012

    e projetos cooperativos, lanado em 29/12/2011, ambas no valor de R$ 20 mi)

    O Startup Brasil (primeiro edital lanado em abril de 2013), com cerca de R$ 40 mi.

    47

    47

  • Plano Inova Empresa: Oferta e Demanda Em R$ milhes

    Seleo encerrada Seleo em andamento Seleo ainda no iniciada

    Fonte: Elaborado com base em informaes pblicas disponibilizadas no site da Finep e BNDES

    Edital Recurso disponvel (todas as modalidades) Demanda final Oferta demanda

    Inova Energia 3000 3400 -400 Inova Aerodefesa 2900 8600 -5700 PAISS 1000 2000 -1000 Inova Sade/Biofrmacos 1300 2400 -1100 Inova Sade/Equipamentos Mdicos 600 544 56 Tecnova 190 190 - Parques Tecnolgicos 110 110 - TI Maior 60 79,6 -19,6 Nanotecnologia 30 26,8 3,2 Construo sustent. e Sanea. Ambiental 30 16,7 13,3 Biotecnologia 24 7,9 16,1 Tecnologia Assistiva 20 3,9 16,1 Inova Sade/Equip. Mdicos/Cooperativo 15 11,3 3,7 Subtotal Editais Encerrados R$ 9,2 bilhes R$ 17,4 bilhes (-) R$ 8,1 bilhes Inova Petro I e II 3000 353 (edital I) - Inova Sustentabilidade 2000 - - Inova Telecom 1500 - - PAISS 2 1480 - - Embrapii 1000 - - Inova Mobilidade ? - - Inova Educao ? - -

    Total R$ 18,2bilhes R$ 17,8 bilhes R$ 0,4 bilhes

    48

  • O Plano Inova Empresa: valores comprometidos nos editais

    49

    Fonte: Elaborao Prpria

    em R$ milhes

    (*) Sebrae, ANP, ANA, ANEEL, ANA, Anatel, Ministrio da Sade

    49

  • PRINCIPAIS CONCLUSES

  • A Experincia Brasileira Conflito entre atores: demandas, percepes,

    vises e temporalidades distintas (i) acadmicas fora do conhecimento (ii) setor privado - inovao (iii) setoriales - urgncia;

    Inovao: empresa e incremental exigncia do mercado condies macro e micro

    Novidades no Brasil maior interese privado e das universidades em

    parcerias

    Fonte: Carlos Amrico Pacheco 51

  • A evoluo dos gastos em P&D no Brasil A despeito dos incentivos e financiamentos por meio da PCTI e

    das obrigaes s concessionrias, os gastos em P&D no Brasil continuam tmidos e no se registram mudanas significativas Gastos privados passaram de 0,4% do PIB para 0,6%; Os dispndios pblicos esto praticamente estagnados em 0,6% do

    PIB Os gastos totais passaram, em funo dos investimentos privados, de

    1,0% do PIB para cerca de 1,2%. Importante esforo em torno da inovao, o Sistema de C&T no Brasil cresceu, novos atores, pblicos e privados, foram incorporados e uma nova institucionalidade em construo Maior presso sobre os recursos pblicos e sobre as instituies responsveis pelo apoio e estmulo inovao, que vm se modernizando

    52

  • Disponibilidade de recursos

    Fontes adequadas (no so to onerosas e tm potencial de crescimento), mas tm sido comprometidas

    Concentrao dos recursos em poucas fontes de arrecadao: petrleo, CIDE, Energia Eltrica

    Recomposio dos recursos do SNI Contingenciamento, substituio dos recursos

    oramentrios e instabilidade Sustentabilidade ameaada (realocao do CT Petro a

    partir de 2016 ou 2020) Disputa pelos recursos no Fundo Social

    53

  • Governana O Brasil conta hoje com uma institucionalidade complexa e instrumentos setoriais adequados para

    apoiar o processo de inovao. Os gargalos so mais relacionados sustentabilidade, escala e operao dos instrumentos do que a lacunas e ou falhas srias de concepo

    Diretrizes deixaram de orientar a alocao dos recursos. Aparentemente nenhum dos fundos tm estudos setoriais para orientar as decises dos comits gestores e nem planos de investimentos efetivos

    Esvaziamento dos comits gestores dos fundos setoriais O centro de deciso das aes dos fundos passou a ser o MCTI Cresceu a participao das encomendas como forma de acesso ao financiamento dos projetos O nmero de projetos cresceu muito (devido principalmente fragmentao); embora a Finep

    tenha renovado o quadro de tcnicos, melhorado os sistemas gerenciais, o grande nmero de projetos pressiona a Finep, absorve tempo exagerado do quadro tcnico e reduz a capacidade para atuar de forma mais ativa na formatao de projetos estratgicos, na montagem de iniciativas envolvendo empresas etc.

    Um desafio recuperar a capacidade de definir estratgias e melhorar os processos decisrios. A orientao tcnica tem que se sobrepor orientao poltica. A diversidade de interesses no mbito dos comits gestores parece ser um limitante para a racionalidade. A fundamentao em estudos e em consultorias isentas deve ser prioritria no processo de tomada de deciso para a alocao dos recursos.

    54

  • Alocao dos recursos O FNDCT e FS so hoje a principal fonte de

    financiamento do SNI e os recursos do FNDCT tm desempenhado um papel importante na montagem deste sistema

    No suficiente para financiar todo o sistema, de projetos estruturantes qualificao de mo de obra. gerao de conhecimento e inovao

    Pulverizao e disperso no uso dos recursos como estratgia de legitimao

    Baixa participao direta das empresas associada problemas de incentivos, estruturais e informao

    Montante reduzido de recursos para projetos cooperativos e limitada contrapartida financeira nos projetos

    O sistema de C&T se beneficiou, mas a inovao.... 55

  • Operacionalizao, crdito e impactos

    Operacionalizao Dificuldades associadas instabilidade das fontes, planejamento,

    legislao e informao

    Crdito Montante reduzido de recursos para as operaes de crdito, que

    alcanam fundamentalmente as grandes e mdias empresas Insustentabilidade das fontes de financiamento

    Pouco se sabe sobre os impactos da poltica. Em termos de gastos em P&D parecem pequenos, mas preciso saber os impactos para as empresas...

    56

  • Principais concluses O BNDES e a Finep ampliaram as linhas de crdito para inovao, utilizando como fonte o FAT, o PSI (reembolsvel) e o FNDCT (Finep). O Inova Empresa aponta para um aumento na oferta de recursos, com indefinies na execuo e aparente dificuldade nas linhas de recursos no reembolsveis Os benefcios fiscais para incentivar PD&I tambm cresceram, mas menos de mil empresas se beneficiam da Lei do Bem, na linha de incentivos P&D Em suma, a oferta de recursos cresceu, mas no o suficiente para atender a demanda. A perda do CT Petro agrava este quadro estrutural difcil

    57

  • Principais Limitaes da Estrutura de Financiamento Atual

    Restrio de recursos para a subveno reduz apoio a inovaes radicais I ncertezas associadas ao crdito com base em recursos transitrias (PSI) Dificuldade para envolver as pequenas empresas nos mecanismos de incentivos e financiamento inovao Embrapii no tem garantias, nem horizonte razovel, de financiamento, e os grandes laboratrios e projetos sofrem com as oscilaes e incertezas

    58

    58

  • Os desafios para a continuidade do financiamento a CT&I

    Insuficincia de recursos para financiar a ampliao do SNI e a implantao de infraestrutura tecnolgica estratgica, a cargo principalmente do MCTI, pode aumentar o gap entre o Brasil e os pases lderes em inovao, e nos distanciar da nova economia necessrio reavaliar o financiamento da inovao, assegurando fontes estveis e compatveis com a expanso da demanda e a natureza dos investimentos, tanto no que se refere ao risco com ao prazo O gap de financiamento para a inovao precisa ser equacionado se de fato quisermos levar adiante e transformar em realidade a atual agenda de desenvolvimento baseada na inovao

    59

    59

  • Questes Propostas Articulao e relao com Ministrios e Agncias

    Setoriais Compartilhar decises Qualidade da representao externa Projetos estratgicos Riscos: atender demandas setoriais ou acadmicas reprimidas

    Relao com poltica econmica e com poltica industrial Aspecto central para dar sentido estratgico para poltica:

    competitividade Capacidade de implementao

    Instrumentos simples (todas as etapas, mas sem diversificao excessiva)

    Seleo de projetos estruturantes

    60

  • Bibliografia Lemos, et. Al. (2009). Fundos setoriais e sistema nacional de

    inovao: uma avaliao exploratria. Projeto Metodologia de avaliao dos resultados de conjuntos de projetos apoiados por fundos de cincia, tecnologia e inovao (CTt&I), Convnio MCT-Finep/UFMG/Ipea.

    Pacheco, C. (2008). O Sistema Brasileiro de Inovao. Seminrio Pedro Jos Amaya, Bogot

    Pacheco, C. (2008). Polticas Gerais e Polticas Setoriais de Apoio Inovao. Seminrio Pedro Jos Amaya, Bogot

    Buainain, Pacheco e Egler. Building up a National Inovation System in a Continental Country (2002). Seminrio Towards a new arab innitiative in Science and Technology. Damascus, Unesco

    Buainain & Corder (2014). Vrios documentos

    61

  • OBRIGADO Antnio Mrcio Buainain [email protected]