O TEXTO DE JORNAL NAS AULAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOS · -A principal função de um texto jornalístico é informar e também promover o debate sobre temas relevantes para a sociedade

O TEXTO DE JORNAL NAS AULAS DE O TEXTO DE JORNAL NAS AULAS DE PRODUÇÃO DE TEXTOSPRODUÇÃO DE TEXTOS

O JORNAL NA ESCOLAO JORNAL NA ESCOLA

-A utilização de textos de jornal na sala de aula é sempre uma atividade estimulante.A utilização de textos de jornal na sala de aula é sempre uma atividade estimulante.

-Estimulam o debate sobre assuntos relevantes para sociedadeEstimulam o debate sobre assuntos relevantes para sociedade

- contribuem para formação de senso crítico e participativocontribuem para formação de senso crítico e participativo

-Servem de modelo para aspectos cruciais da produção textual: Servem de modelo para aspectos cruciais da produção textual:

-Coerência, coesão, adaptação às normas ortográficas padrão, uso da linguagem formal/ informal, Coerência, coesão, adaptação às normas ortográficas padrão, uso da linguagem formal/ informal, capacidade de síntese, fluência, uso adequado e consciente de figuras de linguagem, desenvolvimento de capacidade de síntese, fluência, uso adequado e consciente de figuras de linguagem, desenvolvimento de tema, intertextualidade, ironia, linguagem gráfica e visual, polifonia, etc.tema, intertextualidade, ironia, linguagem gráfica e visual, polifonia, etc.

-O ponto de partida para um curso de produção textual pode ser uma aula de comunicação comparada.O ponto de partida para um curso de produção textual pode ser uma aula de comunicação comparada.

-O objetivo é realizar atividades de leitura e produção relacionada à organização de um jornal e posterior O objetivo é realizar atividades de leitura e produção relacionada à organização de um jornal e posterior produção de um jornal ou um fanzine.produção de um jornal ou um fanzine.

- Para iniciar a atividade, pode-se trabalhar com um único jornal e suas partes, ou utilizar vários jornais e Para iniciar a atividade, pode-se trabalhar com um único jornal e suas partes, ou utilizar vários jornais e fazer comparações sobre sua constituição. fazer comparações sobre sua constituição.


- Para isso, a princípio deve-se observar os aspectos básicos da constituição gráfica do Para isso, a princípio deve-se observar os aspectos básicos da constituição gráfica do jornal: organização do cabeçalho, das colunas, dos textos, chamadas e manchetes jornal: organização do cabeçalho, das colunas, dos textos, chamadas e manchetes na página, imagens, presença de publicidade, e comparar entre os jornais utilizados. na página, imagens, presença de publicidade, e comparar entre os jornais utilizados.

- Para começar, pode-se utilizar a Primeira Página (PP). É nela que se encontram os Para começar, pode-se utilizar a Primeira Página (PP). É nela que se encontram os elementos básicos da organização dos textos jornalísticos:elementos básicos da organização dos textos jornalísticos:

- O CABEÇALHO é onde se encontram as informações sobre o nome, data, preço, O CABEÇALHO é onde se encontram as informações sobre o nome, data, preço, número, local da publicação, horário de fechamento, site, nome do editor, número, local da publicação, horário de fechamento, site, nome do editor, fundadores, entre outras informações.fundadores, entre outras informações.

- O cabeçalho funciona como uma “marca”, sua função é criar uma identidade, e por O cabeçalho funciona como uma “marca”, sua função é criar uma identidade, e por isso é comum apresentar um logotipo, letras diferenciadas em destaque, cores e isso é comum apresentar um logotipo, letras diferenciadas em destaque, cores e enquadramento que destacam o texto e ajudam a manter uma identificação enquadramento que destacam o texto e ajudam a manter uma identificação ideológica com o próprio “jeito de ser” do jornal. ideológica com o próprio “jeito de ser” do jornal.

- Uma atividade interessante e estimulante é comparar vários cabeçalhos de jornal e Uma atividade interessante e estimulante é comparar vários cabeçalhos de jornal e analisar com os alunos a importância da identificação e diferenciação de uma marca analisar com os alunos a importância da identificação e diferenciação de uma marca através de elementos como cor, tipo e tamanho da fonte, presença ou não de um através de elementos como cor, tipo e tamanho da fonte, presença ou não de um slogan, formato como fatores qeu contribuem para a identificação do produto.slogan, formato como fatores qeu contribuem para a identificação do produto.

- Após uma análise detalhada do cabeçalho, pode-se orientar uma atividade de Após uma análise detalhada do cabeçalho, pode-se orientar uma atividade de produção de cabeçalhos para jornais.produção de cabeçalhos para jornais.


- Outro aspecto importante é o formato do jornal: tablóide ou standart.Outro aspecto importante é o formato do jornal: tablóide ou standart.

- Um tablóide geralmente tem a metade do formato standart, com número reduzido de Um tablóide geralmente tem a metade do formato standart, com número reduzido de colunas, e consequentemente uma abordagem mais resumida das notícias.colunas, e consequentemente uma abordagem mais resumida das notícias.

- Tanto o tablóide quanto o standart tem seus textos organizados em colunas, para facilitar Tanto o tablóide quanto o standart tem seus textos organizados em colunas, para facilitar a leitura. Geralmente, a capa apresenta um número menor de colunas (cinco ou seis num a leitura. Geralmente, a capa apresenta um número menor de colunas (cinco ou seis num standart) e um número maior nas páginas de matérias (seis ou sete). standart) e um número maior nas páginas de matérias (seis ou sete).

- Os textos são apresentados através de manchetes, notícias, quase sempre acompanhadas Os textos são apresentados através de manchetes, notícias, quase sempre acompanhadas de “chamadas” e “lides”.de “chamadas” e “lides”.

- A MANCHETE é a notícia principal do jornal, sempre em destaque na capa, com letras A MANCHETE é a notícia principal do jornal, sempre em destaque na capa, com letras maiores, acompanhada de uma ilustração forte e representativa.maiores, acompanhada de uma ilustração forte e representativa.

- As demais notícias possuem maior ou menor destaque dependendo de sua importância.As demais notícias possuem maior ou menor destaque dependendo de sua importância.

- As notícias (incluindo a manchete) são textos curtos, sintéticos, diretos e chamativos. Seu As notícias (incluindo a manchete) são textos curtos, sintéticos, diretos e chamativos. Seu objetivo é prender a atenção dos leitores, atrair sua curiosidade para que comprem e objetivo é prender a atenção dos leitores, atrair sua curiosidade para que comprem e leiam o jornal. leiam o jornal.

- Após analisar o que são manchetes, chamadas e notícias, pode-se estimular os alunos a Após analisar o que são manchetes, chamadas e notícias, pode-se estimular os alunos a produzirem manchetes e notícias a partir de textos selecionados – apresentar textos produzirem manchetes e notícias a partir de textos selecionados – apresentar textos curtos e orientar os alunos à produção de novos títulos.curtos e orientar os alunos à produção de novos títulos.


- As manchetes e notícias quase sempre vem acompanhadas de um texto chamado LIDE.As manchetes e notícias quase sempre vem acompanhadas de um texto chamado LIDE.

- A palavra “lide” vem do inglês “lead” , que significa “guia”, “aquilo que vem na frente”. A palavra “lide” vem do inglês “lead” , que significa “guia”, “aquilo que vem na frente”.

- Essa é exatamente a função do lide: ser um texto-guia, um resumo que contenha os principais Essa é exatamente a função do lide: ser um texto-guia, um resumo que contenha os principais elementos do texto e que sirva, também, para aguçar a curiosidade do leitor para ler o texto elementos do texto e que sirva, também, para aguçar a curiosidade do leitor para ler o texto completo, no interior do jornal. completo, no interior do jornal.

- Tradicionalmente, um lide deve responder às chamadas “questões básicas” do texto Tradicionalmente, um lide deve responder às chamadas “questões básicas” do texto jornalístico: O QUE? QUEM? QUANDO? COMO? ONDE? POR QUE? jornalístico: O QUE? QUEM? QUANDO? COMO? ONDE? POR QUE?

- A função do lide é descrever de maneira sintética e singular a notícia. Um bom lide provoca no A função do lide é descrever de maneira sintética e singular a notícia. Um bom lide provoca no leitor o desejo de ler a matéria toda – e, consequentemente, comprar o jornal.leitor o desejo de ler a matéria toda – e, consequentemente, comprar o jornal.

- O exercício óbvio, após a leitura e análise dos lides, é produzir lides com os alunos. A produção O exercício óbvio, após a leitura e análise dos lides, é produzir lides com os alunos. A produção pode ser feita sempre com a seleção de textos maiores e então, a partir da identificação das pode ser feita sempre com a seleção de textos maiores e então, a partir da identificação das questões básicas, produzir lides.questões básicas, produzir lides.

- Obviamente, todos os textos selecionados para trabalho em classe devem sempre ser Obviamente, todos os textos selecionados para trabalho em classe devem sempre ser conhecidos do professor – que deve planejar o que deseja com as atividades realizadas.conhecidos do professor – que deve planejar o que deseja com as atividades realizadas.


- O TEXTO JORNALÍSTICO E SUAS FUNÇÕESO TEXTO JORNALÍSTICO E SUAS FUNÇÕES

- A principal função de um texto jornalístico é informar e também promover o debate sobre A principal função de um texto jornalístico é informar e também promover o debate sobre temas relevantes para a sociedade ou para a comunidade a que se dirige.temas relevantes para a sociedade ou para a comunidade a que se dirige.

- Há vários tipos de texto num jornal. Cada qual com características e objetivos específicos. Há vários tipos de texto num jornal. Cada qual com características e objetivos específicos.

- De uma maneira genérica, todo texto jornalístico é em princípio uma MATÉRIA, sempre De uma maneira genérica, todo texto jornalístico é em princípio uma MATÉRIA, sempre que apresente caráter informativo (não é o caso de crônicas, ensaios e poesias, por que apresente caráter informativo (não é o caso de crônicas, ensaios e poesias, por exemplo). exemplo).

- A produção de um texto de jornal obedece a um critério técnico conhecido como A produção de um texto de jornal obedece a um critério técnico conhecido como PIRÂMIDE INVERTIDA.PIRÂMIDE INVERTIDA.

- A base apresenta as informações mais importantes e vem em primeiro lugar, e o ápice, A base apresenta as informações mais importantes e vem em primeiro lugar, e o ápice, com as informações superficiais e periféricas, fica abaixo.com as informações superficiais e periféricas, fica abaixo.

- A razão disso advém justamente do caráter informativo do texto de jornal – a A razão disso advém justamente do caráter informativo do texto de jornal – a objetividade exige que de imediato, sem tresvigersar, se apresentem as informações e objetividade exige que de imediato, sem tresvigersar, se apresentem as informações e pontos principais da matéria.pontos principais da matéria.

- Vejamos a seguir os principais tipos de textos jornalísticos e suas características:Vejamos a seguir os principais tipos de textos jornalísticos e suas características:


- EDITORIALEDITORIAL

- É o texto de apresentação, a “voz” do jornal. Geralmente trata-se de um comentário É o texto de apresentação, a “voz” do jornal. Geralmente trata-se de um comentário crítico que expões a opinião oficial do jornal a respeito dos assuntos tratados em suas crítico que expões a opinião oficial do jornal a respeito dos assuntos tratados em suas matérias. matérias.

- Pode também servir de introdução ou breve comentário sobre os textos apresentados, Pode também servir de introdução ou breve comentário sobre os textos apresentados, bem como indicar, comentar, debater sobre a matéria principal.bem como indicar, comentar, debater sobre a matéria principal.

- Normalmente, o editorial não é assinado – pode ser escrito pelo editor-chefe ou por Normalmente, o editorial não é assinado – pode ser escrito pelo editor-chefe ou por alguma equipe designada para tal função.alguma equipe designada para tal função.


- NOTÍCIANOTÍCIA

- Texto informativo, escrito em linguagem impessoal, na terceira pessoa.Texto informativo, escrito em linguagem impessoal, na terceira pessoa.

- Deve ser objetivo, diretivo, imparcial e formal, sem apresentar a opinião de quem Deve ser objetivo, diretivo, imparcial e formal, sem apresentar a opinião de quem escreve.escreve.

- Está ligado diretamente com o lide, que geralmente aparece logo no primeiro parágrafo, e Está ligado diretamente com o lide, que geralmente aparece logo no primeiro parágrafo, e segue com o corpo da matéria.segue com o corpo da matéria.

- Na introdução, apresenta as principais informações, e no corpo do texto, os detalhes a Na introdução, apresenta as principais informações, e no corpo do texto, os detalhes a respeito dos fatos, as causas e consequências, as descrições sobre o fato, o impacto dos respeito dos fatos, as causas e consequências, as descrições sobre o fato, o impacto dos acontecimentos para o leitor.acontecimentos para o leitor.

- O corpo da notícia apresenta a argumentação, a interpretação ou análise.O corpo da notícia apresenta a argumentação, a interpretação ou análise.

- Caso seja um texto que tenha um público alvo definido (adolescentes, mulheres, médicos, Caso seja um texto que tenha um público alvo definido (adolescentes, mulheres, médicos, economistas, trabalhadores de uma categoria, notícias policiais), pode ter sua linguagem economistas, trabalhadores de uma categoria, notícias policiais), pode ter sua linguagem adaptada ao jargão específico.adaptada ao jargão específico.


- REPORTAGEMREPORTAGEM

- É uma matéria mais completa e detalhada, que vai atrás de dados, fontes, locais de É uma matéria mais completa e detalhada, que vai atrás de dados, fontes, locais de maneira meticulosa, investigativa e espefíca.maneira meticulosa, investigativa e espefíca.

- Pesquisa detalhes específicos e abundantes e faz relações contextuais e intertextuais – Pesquisa detalhes específicos e abundantes e faz relações contextuais e intertextuais – por exemplo, uma matéria sobre ferrovias pode explorar o processo de implantação, sua por exemplo, uma matéria sobre ferrovias pode explorar o processo de implantação, sua evolução, melhorias, reformas, terminais, estatísticas sobre cargas, horários e locais de evolução, melhorias, reformas, terminais, estatísticas sobre cargas, horários e locais de transporte, impacto social, econômico e ambiental, importância estratégica, política, transporte, impacto social, econômico e ambiental, importância estratégica, política, modernização, aspectos sentimentais e culturais, etc.modernização, aspectos sentimentais e culturais, etc.

- Pode conter depoimentos e opiniões de entrevistados, sempre no corpo do texto. Pode conter depoimentos e opiniões de entrevistados, sempre no corpo do texto.

- Normalmente, a reportagem é um texto de fôlego, que exige atenção à muitas referências Normalmente, a reportagem é um texto de fôlego, que exige atenção à muitas referências e reflexão maior tanto de quem produz quanto de quem lê.e reflexão maior tanto de quem produz quanto de quem lê.


- ARTIGOARTIGO

- É um texto opinativo.É um texto opinativo.

- Seu objetivo é promover o debate e aprofundar opiniões sobre fatos relevantes.Seu objetivo é promover o debate e aprofundar opiniões sobre fatos relevantes.

- Por se tratar de um texto opinativo, vem assinado e expõe os pontos de vista do autor, Por se tratar de um texto opinativo, vem assinado e expõe os pontos de vista do autor, seus comentários e visão de mundo.seus comentários e visão de mundo.

- Geralmente, artigos publicados em jornais são escritos por colaboradores e jornalistas Geralmente, artigos publicados em jornais são escritos por colaboradores e jornalistas contratados.contratados.

- Traduzem a opinião e ideologia do veículo, mas podem também estimular polêmicas e Traduzem a opinião e ideologia do veículo, mas podem também estimular polêmicas e debates.debates.


- CRÔNICACRÔNICA

- A crônica é um tipo de gênero que se situa entre o jornalismo e a literatura.A crônica é um tipo de gênero que se situa entre o jornalismo e a literatura.

- Seu nome remete etimologicamente a CRONOS, o deus do tempo da mitologia grega.Seu nome remete etimologicamente a CRONOS, o deus do tempo da mitologia grega.

- Geralmente é inspirada em acontecimentos prosaicos, cotidianos, imediatos.Geralmente é inspirada em acontecimentos prosaicos, cotidianos, imediatos.

- Apresenta um tom mais leve e subjetivo, por vezes poético, do que o texto noticioso.Apresenta um tom mais leve e subjetivo, por vezes poético, do que o texto noticioso.

- No Brasil, a crônica assumiu um papel de grande importância tanto no jornalismo quanto No Brasil, a crônica assumiu um papel de grande importância tanto no jornalismo quanto na literatura.na literatura.

- Importantes autores elevaram a crônica a um patamar literário no Brasil:Importantes autores elevaram a crônica a um patamar literário no Brasil:

- Millôr Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Lima Barreto, Nelson Millôr Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Lima Barreto, Nelson Rodrigues, Sérgio Porto, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Carlos Heitor Rodrigues, Sérgio Porto, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Carlos Heitor Cony, Machado de Assis são alguns de nossos mais importantes cronistas.Cony, Machado de Assis são alguns de nossos mais importantes cronistas.


- ENTREVISTAENTREVISTA

- É um gênero textual de grande importância para o jornalismo.É um gênero textual de grande importância para o jornalismo.

- Geralmente está associada de maneira direta à uma reportagem ou matéria principal.Geralmente está associada de maneira direta à uma reportagem ou matéria principal.

- A entrevista deve ser preparada com antecedência: o entrevistador deve pesquisar o A entrevista deve ser preparada com antecedência: o entrevistador deve pesquisar o máximo de informações detalhadas a respeito do entrevistado e dos assuntos que serão máximo de informações detalhadas a respeito do entrevistado e dos assuntos que serão abordados.abordados.

- As perguntas devem ser claras e objetivas. O bom entrevistador levanta a bola para ser As perguntas devem ser claras e objetivas. O bom entrevistador levanta a bola para ser batida pelo entrevistado e deixa-o à vontade.batida pelo entrevistado e deixa-o à vontade.

- O roteiro da entrevista, quando feita ao vivo, permite que o entrevistador descubra outros O roteiro da entrevista, quando feita ao vivo, permite que o entrevistador descubra outros caminhos para a conversa de acordo com a evolução da entrevista.caminhos para a conversa de acordo com a evolução da entrevista.

- Um bom entrevistador consegue uma boa entrevista até com um “poste”.Um bom entrevistador consegue uma boa entrevista até com um “poste”.

- No entando, uma entrevista mal-feita ou mal planejada pode acabar com a reputação do No entando, uma entrevista mal-feita ou mal planejada pode acabar com a reputação do entrevistador e do entrevistado, por mais relevante que possa ser o assunto ou notório o entrevistador e do entrevistado, por mais relevante que possa ser o assunto ou notório o personagem.personagem.


- Uma entrevista não começa nem termina com a conversa: há sempre uma edição que Uma entrevista não começa nem termina com a conversa: há sempre uma edição que deve ser realizada com concentração, clareza e objetividade para não distorcer o que foi deve ser realizada com concentração, clareza e objetividade para não distorcer o que foi dito.dito.

- A edição serve para, com bom senso, enxugar os coloquialismos, repetições e marcas A edição serve para, com bom senso, enxugar os coloquialismos, repetições e marcas comuns à fala, que não devem ser tratados ao pé da letra, mas tampouco devem ser comuns à fala, que não devem ser tratados ao pé da letra, mas tampouco devem ser excluídos da edição final.excluídos da edição final.

- As informações dúbias ou incompletas devem ser retomadas com o entrevistado durante As informações dúbias ou incompletas devem ser retomadas com o entrevistado durante o processo de edição – o entrevistador, no entando, não pode se tornar um “chato”, e o processo de edição – o entrevistador, no entando, não pode se tornar um “chato”, e dirrimir todas as dúvidas de uma vez só, ou o mais rápido possível, pois ninguém gosta dirrimir todas as dúvidas de uma vez só, ou o mais rápido possível, pois ninguém gosta de ser incomodado a toda hora para falar de detalhes de um assunto já comentado.de ser incomodado a toda hora para falar de detalhes de um assunto já comentado.

- O bom senso é sempre a regra, inclusive na hora de decidir o que será publicado, O bom senso é sempre a regra, inclusive na hora de decidir o que será publicado, destacado e o que vai ser cortado. destacado e o que vai ser cortado.

- Fundamentalmente, o entrevistador deve ter em mente que é sempre responsável pela Fundamentalmente, o entrevistador deve ter em mente que é sempre responsável pela entrevista, por isso, sempre que possível, a conversa deve ser gravada.entrevista, por isso, sempre que possível, a conversa deve ser gravada.

- O texto da entrevista somente é revelado ao entrevistado após sua publicação.O texto da entrevista somente é revelado ao entrevistado após sua publicação.


- CHARGES, QUADRINHOS, ILUSTRAÇÕES E FOTOSCHARGES, QUADRINHOS, ILUSTRAÇÕES E FOTOS

- São considerados TEXTOS.São considerados TEXTOS.

- Genericamente enquadrados naquilo que se entende por “humor” ou “arte”, os textos Genericamente enquadrados naquilo que se entende por “humor” ou “arte”, os textos ilustrativos podem ser irônicos, críticos ou reflexivos. Normalmente são associados a um ilustrativos podem ser irônicos, críticos ou reflexivos. Normalmente são associados a um acontecimento político ou cotidiano.acontecimento político ou cotidiano.

- Para surtir efeito, um texto ilustrativo deve fazer referência a um acontecimento de Para surtir efeito, um texto ilustrativo deve fazer referência a um acontecimento de interesse ou conhecimento do leitor.interesse ou conhecimento do leitor.

- O autor de quadrinhos, charges ou cartuns alterna ou traz uma interpretação a respeito O autor de quadrinhos, charges ou cartuns alterna ou traz uma interpretação a respeito de um acontecimento.de um acontecimento.

- A charge é composta de um desenho e normalmente está publicada próxima a um artigo A charge é composta de um desenho e normalmente está publicada próxima a um artigo ou reportagem a que faz referência. ou reportagem a que faz referência.

- Quadrinhos são histórias com começo, meio e fim, personagens típicos e nem sempre tem Quadrinhos são histórias com começo, meio e fim, personagens típicos e nem sempre tem relação com um acontecimento imediato, mas podem refletir um comportamento social.relação com um acontecimento imediato, mas podem refletir um comportamento social.

- Fotografias e ilustrações são considerados “textos” na medida em que são relacionadaas Fotografias e ilustrações são considerados “textos” na medida em que são relacionadaas às matérias e também porque informam, interpretam, captam um retrato da realidade.às matérias e também porque informam, interpretam, captam um retrato da realidade.


- O fotógrafo e o ilustrador não são passivos: através de sua lente e sua pena existe uma O fotógrafo e o ilustrador não são passivos: através de sua lente e sua pena existe uma interpretação da realidade que deixa explícito um ponto de vista particular, subjetivo, interpretação da realidade que deixa explícito um ponto de vista particular, subjetivo, uma ideologia e suas opções pessoais para interpretação e retrato da realidade.uma ideologia e suas opções pessoais para interpretação e retrato da realidade.

- Estimular a produção de fotografias (através de utilização de recursos como celulares, Estimular a produção de fotografias (através de utilização de recursos como celulares, câmeras digitais ou analógicas, webcams) e ilustrações é uma maneira de articular as câmeras digitais ou analógicas, webcams) e ilustrações é uma maneira de articular as relações entre leitura de textos, interpretação e adequação à temas.relações entre leitura de textos, interpretação e adequação à temas.

- Estudar, analisar e aprender com os mais experientes, os artistas consagrados e os Estudar, analisar e aprender com os mais experientes, os artistas consagrados e os mestres e sobretudo PRODUZIR é fundamental. mestres e sobretudo PRODUZIR é fundamental.

- Vale a pena incluir no planejamento das aulas a presença de artistas/ fotógrafos/ Vale a pena incluir no planejamento das aulas a presença de artistas/ fotógrafos/ cartunistas brasileiros como ANGELI (OVERAL), LAERTE (PIRATAS DO TIETÊ), GLAUCO cartunistas brasileiros como ANGELI (OVERAL), LAERTE (PIRATAS DO TIETÊ), GLAUCO (GERALDÃO E GERALDINHO), ADÃO (ALINE), BENETT(PUNKADINHA), HENFIL (GERALDÃO E GERALDINHO), ADÃO (ALINE), BENETT(PUNKADINHA), HENFIL (FRADINHOS), e também estrangeiros, como DIK BROWNE (HAGAR), CHARLES SCHULZ (FRADINHOS), e também estrangeiros, como DIK BROWNE (HAGAR), CHARLES SCHULZ (PEANUTS), QUINO (MAFALDA), ROBERT CRUMB(FRITZ THE CAT), JIM DAVIS (PEANUTS), QUINO (MAFALDA), ROBERT CRUMB(FRITZ THE CAT), JIM DAVIS (GARFIELD), MAITENA.(GARFIELD), MAITENA.

- Fotógrafos como SEBASTIÃO SALGADO, ROBERT CAPA, WALTER FIRMO, MADAME Fotógrafos como SEBASTIÃO SALGADO, ROBERT CAPA, WALTER FIRMO, MADAME YVONDE são referências básicas em qualquer aula de linguagem.YVONDE são referências básicas em qualquer aula de linguagem.


- BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

BELLONI, M. L. O que é mídia-educação. Campinas, Autores Associados, 2001.BELLONI, M. L. O que é mídia-educação. Campinas, Autores Associados, 2001.

CITELLI, A. Comunicação e educação – a linguagem em movimento. São Paulo: senac, 1999.CITELLI, A. Comunicação e educação – a linguagem em movimento. São Paulo: senac, 1999.

FARIA, M. A. O jornal na sala de aula – a organização de um jornal, leitura crítica, redação FARIA, M. A. O jornal na sala de aula – a organização de um jornal, leitura crítica, redação escolar e a linguagem da imprensa. São Paulo: Contexto, 2000.escolar e a linguagem da imprensa. São Paulo: Contexto, 2000.

FARIA, M. A.; ZANCHETTA Jr., J. Para ler e fazer o jornal na sala de aula. São Paulo: FARIA, M. A.; ZANCHETTA Jr., J. Para ler e fazer o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2006.Contexto, 2006.

HARRYS, C.; HARRYS, R. Faça seu próprio jornal. Campinas: Papirus, 2003.HARRYS, C.; HARRYS, R. Faça seu próprio jornal. Campinas: Papirus, 2003.

MAGALHÃES, H. O que é fanzine? Série primeiros passos. São Paulo: Brasiliense, 1993.MAGALHÃES, H. O que é fanzine? Série primeiros passos. São Paulo: Brasiliense, 1993.

[email protected]@gmail.com

ensinoportugues.blogspot.comensinoportugues.blogspot.com

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