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1 O TRABALHADOR DE ENFERMAGEM FRENTE AO ACIDENTE COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE CONTAMINADO COM VÍRUS HIV/AIDS 1 Núbia Alcina Prado 2 Jordânia Gomes Pereira 3 RESUMO Este trabalho apresenta-se através de produção científica onde o trabalhador de enfermagem frente a acidente com material perfuro-cortante contaminado com material biológico pelo HIV, caracteriza a evolução do vírus de forma histórica até os dias atuais. Fatores predisponentes ao acidentes de trabalho assim como procedimentos de orientação ao enfermeiro que esta à frente da equipe e as informações a serem transmitidas. Constatou-se que os fatores predisponentes à ocorrência dos acidentes de trabalho com perfuro-cortantes estão relacionados tanto com as condições do trabalho, como condições individuais pelo fato dos profissionais saberem os métodos de precaução padrão e não executá-los. Conclui-se que além do HIV/AIDS que possa estar presente no material cortante e perfurante pode estar outras patologias associadas como HB e HC que também pode ser transmitidas através de material biológico. É fundamental a adoção das medidas de precaução padrão no trabalho na área da saúde, pois é o meio de segurança desses trabalhadores, sabendo que o número de HIV é crescente. Palavras chave: perfuro-cortante, patologias, HIV. ABSTRACT This work is presented through which the scientific worker of nursing after an accident involving cutting and piercing material contaminated with biological material and features the HIV virus evolution in a historical to the present day. Predisposing factors for occupational accidents as well as procedures for guidance to nurses who are ahead of the team and the information to be transmitted. It was found that the factors predisposing to the occurrence of accidents at work- piercing are related both to the conditions of work, as individual conditions because the professionals know the standard methods of caution and not run them. We conclude that in addition to HIV / AIDS that may be present in the sharp and piercing may be associated with other pathologies such as HB and HC which can also be transmitted through biological materials. It is essential to the adoption of precautionary measures in the standard work in the health field, because it means the security of these workers, knowing that the number of HIV is increasing. Keywords: drill-cutting, disease, HIV. 1 Trabalho de Pós Graduação (Enfermagem do Trabalho) Facimab Faculdade de Ciência Sociais Aplicadas de Marabá, orientador pela Profª. Kelia Nakai 2 Graduada de enfermagem,formada na universidade Salgado de Oliveira-Universo, campos:Goiânia, Ano: 1º/2010- Pós Graduação Enf do trabalho. 3 Graduada de enfermagem,formada na universidade salgado de Oliveira- Universo,campos:Goiânia Ano:1º/2008- Pós Graduação Enf do trabalho.

O TRABALHADOR DE ENFERMAGEM FRENTE AO ACIDENTE COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE CONTAMINADO COM VÍRUS HIV/AIDS

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Este trabalho apresenta-se através de produção científica onde o trabalhador de enfermagemfrente a acidente com material perfuro-cortante contaminado com material biológico pelo HIV,caracteriza a evolução do vírus de forma histórica até os dias atuais. Fatores predisponentesao acidentes de trabalho assim como procedimentos de orientação ao enfermeiro que esta àfrente da equipe e as informações a serem transmitidas.

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O TRABALHADOR DE ENFERMAGEM FRENTE AO ACIDENTE COM

MATERIAL PERFURO-CORTANTE CONTAMINADO COM VÍRUS HIV/AIDS1

Núbia Alcina Prado2

Jordânia Gomes Pereira3

RESUMO

Este trabalho apresenta-se através de produção científica onde o trabalhador de enfermagem

frente a acidente com material perfuro-cortante contaminado com material biológico pelo HIV,

caracteriza a evolução do vírus de forma histórica até os dias atuais. Fatores predisponentes

ao acidentes de trabalho assim como procedimentos de orientação ao enfermeiro que esta à

frente da equipe e as informações a serem transmitidas. Constatou-se que os fatores

predisponentes à ocorrência dos acidentes de trabalho com perfuro-cortantes estão

relacionados tanto com as condições do trabalho, como condições individuais pelo fato dos

profissionais saberem os métodos de precaução padrão e não executá-los. Conclui-se que

além do HIV/AIDS que possa estar presente no material cortante e perfurante pode estar

outras patologias associadas como HB e HC que também pode ser transmitidas através de

material biológico. É fundamental a adoção das medidas de precaução padrão no trabalho na

área da saúde, pois é o meio de segurança desses trabalhadores, sabendo que o número de

HIV é crescente.

Palavras chave: perfuro-cortante, patologias, HIV.

ABSTRACT

This work is presented through which the scientific worker of nursing after an accident involving

cutting and piercing material contaminated with biological material and features the HIV virus

evolution in a historical to the present day. Predisposing factors for occupational accidents as

well as procedures for guidance to nurses who are ahead of the team and the information to be

transmitted. It was found that the factors predisposing to the occurrence of accidents at work-

piercing are related both to the conditions of work, as individual conditions because the

professionals know the standard methods of caution and not run them. We conclude that in

addition to HIV / AIDS that may be present in the sharp and piercing may be associated with

other pathologies such as HB and HC which can also be transmitted through biological

materials. It is essential to the adoption of precautionary measures in the standard work in the

health field, because it means the security of these workers, knowing that the number of HIV is

increasing.

Keywords: drill-cutting, disease, HIV.

1 Trabalho de Pós Graduação (Enfermagem do Trabalho) – Facimab – Faculdade de Ciência

Sociais Aplicadas de Marabá, orientador pela Profª. Kelia Nakai 2Graduada de enfermagem,formada na universidade Salgado de Oliveira-Universo,

campos:Goiânia, Ano: 1º/2010- Pós Graduação Enf do trabalho. 3Graduada de enfermagem,formada na universidade salgado de Oliveira-

Universo,campos:Goiânia Ano:1º/2008- Pós Graduação Enf do trabalho.

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1. INTRODUÇÃO

A Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) é uma

doença viral de grande distribuição mundial. A AIDS foi identificada pela

primeira vez na França pelo Instituto Pateur refere-se como a mais nova

pandemia da era atual. Esta doença emergente, apresenta-se um dos maiores

problemas de saúde pública, em caráter pandêmico. O infectado por essa

patologia evolui para uma grave disfunção do sistema imunológico à medida

que vai sendo destruídos os linfócitos TCD4, uma das principais células alvo do

vírus.Quando o vírus ultrapassa essa barreira imunológica, o infectado fica

debilitado podendo a chegar até a morte, isso quando o vírus passa ser a

doença conhecida como a AIDS ( Síndrome da Imunodeficiência Humana

Adquirida).

No Brasil, os primeiros casos da doença surgiram também no início

da década de 80 e foram relacionados à contaminação fora do país, em geral

nos indivíduos do sexo masculino e homossexuais, esses dados revelam

recentemente uma mudança dessas características. (Ministério da Saúde,

1994).

Os trabalhadores de enfermagem nesta grande evolução do trabalho

estão também suscetíveis a danos a sua saúde referente à contaminação por

HIV/AIDS através do material perfuro-cortante, pelo manuseio errado e o uso

inadequado dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual). Frente à essa

temática a integridade física dos trabalhadores de enfermagem por material

perfuro-cortante nos locais de trabalho evidencia também um grave problema à

saúde pública. (VIEIRA, et al. 2008). Isso pode ser evitado desde que os

colaboradores de enfermagem recebam uma informação precisa em relação a

importância do uso dos EPI e também sobre a evolução da doença através de

treinamento adotando técnica e métodos práticos e medidas eficazes sobre

higiene e segurança do trabalho no qual podem minimizar os riscos

ocupacionais a esses profissionais.

Para Vieira et al. (2008), a evolução dos riscos ocupacionais

ressalta-se que deveriam criar planos de ação preventiva considerando os

riscos e agravos a saúde dos trabalhadores, que são absolutamente

preveníveis,desde que adotem as precauções padrão. Isso para a enfermagem

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de maneira geral é um grande desafio devido a não aceitação por parte dos

profissionais que estão categoricamente no processo, embora alguns

aderissem às normas de biossegurança para proteção de contaminação com

material perfuro-cortante e material biológico, pois ainda não permeia a prática

diária com intensidade, fato resultante ao sentimento de vulnerabilidade dos

trabalhadores. Outro fator que vem contribuindo atualmente para a escolha

desta temática está na mudança do perfil epidemiológico do HIV/AIDS onde

todos devem se considerar vulneráveis, principalmente aos trabalhadores de

enfermagem, por estarem intimamente ligado as terapêuticas com os pacientes

onde envolve procedimentos com fluidos corpóreos. Contudo, os cuidados que

os profissionais devem ter em relação à contaminação do HIV/AIDS por

material perfuro-cortante é a aderência precisa do uso de equipamento de

proteção individual, adoção de medidas de saúde e segurança independente

do conhecimento do diagnóstico para HIV positivo do cliente sob cuidados.

Esta pesquisa, cujo objetivo geral é verificar a importância sobre o

acidente de trabalho com material perfuro-cortante ao profissional de

enfermagem pelo vírus HIV. Objetivo Específico de apresentar um breve

histórico da evolução do HIV/AIDS até os dias atuais, Identificar os acidentes

de trabalho pelo profissional de enfermagem com material biológico

contaminado por HIV, caracterizar os fatores que levam ao acidente de

trabalho e possivelmente a contaminação por HIV, proporcionar orientação aos

trabalhadores como forma preventiva.

O Trabalho será realizado através de revisão de literatura pelo

levantamento de artigos científicos, pesquisados na base de dados como

Scielo, Medline, Google acadêmico, revistas, livros, entre outros. As análises

do material coletado ocorrem de modo que passou por todas as fases da leitura

exploratória, seletivas, analíticas, reflexivas e interpretativas, possibilitando a

formulação de um conceito e de definições a respeito das obras estudadas

para uma posterior síntese dos assuntos. Foram utilizadas as seguintes

palavras-chaves: perfuro-cortante, patologias, HIV, enfermagem, precaução

padrão. Foram consultados 18 artigos científicos dos anos de 1994 a 2009 que

trazem a contribuição de diversos autores.

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2. FALANDO DO HIV/AIDS

A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida), foi

reconhecida em 1981, nos EUA, quando foram identificados em um número

elevado de pacientes adultos do sexo masculino e homossexuais, os primeiros

casos de pneumonia por Pneumocytis Carinii e de Sarcoma.Esses pacientes

apresentavam comprometimento do sistema imune, o que levou a conclusão

de que seria uma nova doença ainda não classificada de etiologia

provavelmente infecciosa e transmissível. (RACHID E SHECHTER, 2000)

O HIV/AIDS inicialmente atingiam os grupos sociais nos EUA onde o

grande contingente de pessoas de identidade homossexual do sexo masculino,

porém em pouco tempo surgiram casos registrados de usuário de drogas

injetáveis, receptores de sangue, heterossexuais de ambos os sexos e crianças

de várias idades. Compondo assim um cenário epidemiológico bastante

complexo. (Ministério da Saúde, 2006)

Em 1983 foi identificado o agente etiológico, denominado HIV,

que a presença de enzimas transcriptase reversa, o que permite à

transcrição do RNA viral em DNA, permitindo assim um maior conhecimento

sobre sua patogenicidade.

Segundo Valentin (2003), a manifestação clínica da doença

apresenta e três estágios: o primeiro caracteriza pela latência do vírus, antes

de sua replicação. Nessa fase o portador ainda se caracteriza como

assintomática, pois não possui nenhum dos sintomas de soro positivo da AIDS.

Apesar de não apresentar os sintomas o portador possui capacidade de

infectar, podendo transmitir o vírus para outras pessoas.

Este mesmo autor afirma que, existem casos de pessoas que

permanecerão como portadores assintomáticos pelo resto da vida, sem

manifestar a doença. (VALENTIN, 2003)

No segundo estágio, o sistema imunológico ainda consegue

combater precariamente algumas infecções, possuindo algum grau de defesa

pelo organismo. Este já se encontra fraco e debilitado, mais ainda não está

sujeito às doenças oportunistas e possui carga viral menos que a quantidade

de células de defesa. Esta fase abrange uma série de distúrbios, condições

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que debilitam, mas não são fatais, o que à distingue da AIDS propriamente dita,

ou seja, o sistema imunológico ainda está atuando contra os patógenos.

(VALENTIN, 2003)

O terceiro estágio da infecção é a AIDS, nesta fase, ocorre o

estabelecimento e desenvolvimento concreto do vírus no organismo humano,

caracterizado pelas doenças oportunistas. (VALENTIN, 2003)

Quando as infecções oportunistas ocorrem ou quando os níveis de

linfócitos TCD4 alcançam determinado nível (abaixo de 200 células/mm3 de

sangue) dizemos que esta pessoa está com síndrome da imunodeficiência

adquirida (AIDS), doença que pode comprometer diferentes órgãos e sistemas

do organismo. (BATISTA; GOMES, 2000)

O processo de transmissão do vírus HIV acontece pelo sêmen e

secreções vaginais, através da relação sexual. O HIV se encontra no sangue e

pode ser transmitido através do compartilhamento de seringas entre usuários

de drogas, hemotransfusão ou por acidente com material perfuro-cortante com

sangue contaminado. Há também possibilidade de transmissão de mãe para

feto durante a gestação, no parto ou durante o aleitamento materno. (RACHID;

ACHECHTER, 2004)

De acordo com Brunner & Suddart (2005), consideram como fator de

risco para a infecção por HIV o uso de drogas intravenosas ou injeções, ter

relações sexuais com indivíduos infectados, pessoas que receberam sangue

com HIV e os filhos de mulheres infectadas pelo vírus, conseqüentemente

acometidos pela doença AIDS.

Segundo Fonseca et al. (2000), afirma que a posição que o individuo

ocupa na sociedade é um importante fator que irá contribuir para as suas

condições de saúde, porque irá indicar o nível de escolaridade, acesso à

informação, que interferem diretamente no nível socioeconômico, tendo

impacto no acesso aos serviços de saúde.

Um dos motivos da falta de informação é referente às condições

sociais dos indivíduos portadores do HIV/AIDS. A escolaridade tem sido

bastante utilizada como indicador no nível socioeconômico dos indivíduos. No

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entanto, o que é a educação em saúde tendo como livramento o impacto à

saúde (FONSECA et al., 2002)

A incidência dessa patologia tem sido apontada com um aumento na

tendência da proporção de casos femininos, em direção a regiões mais

distantes dos grandes centros urbanos, da categoria de exposição

heterossexual e aumento de casos entre indivíduos com escolaridade igual ou

menor há oito anos (1º grau e analfabeto), ou seja, vem mudando de

características com o passar os anos.

De acordo com Brunner & Suddart (2005), reafirmam que a

incidência da infecção por HIV esta aumentando em mulheres, sendo que,

muitas estão no grupo etário reprodutivo, sendo mais de 70% hispânicas e

afro-americana. Mais da metade são usuários de drogas intravenosas,

enquanto a outra metade foi através do contato sexual com parceiros HIV

positivo.

Hoje num cenário totalmente diferente essa incidência está se

modificando, em relação ao contagio dessa doença. O ministério da saúde

(MS) realiza campanhas contra o HIV para toda a sociedade de uma maneira

em geral incluindo jovens adultos, idosos, pessoas de identidade

heterossexual, homossexual e bissexual. Outro ponto a ser levantado nesta

questão é que a ciência e tecnologia está avançando para diminuir a infecção

podendo até mesmo chegar a cura total dessa doença.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que em

dez anos mesmo um país como a áfrica do sul, com 10% da população

infectada com o HIV, reduzira o patamar para menos de 1% devido aos

investimentos que os governos estão fazendo para derrubar essa “muralha”

que é o HIV/AIDS.

Todas as pessoas de uma maneira geral estão vulneráveis a

contaminação seja por relação sexual, seja por outras formas de contagio. O

profissional de saúde mais precisamente o de enfermagem que lida com o

paciente/cliente está sujeito a contaminar-se com o vírus na manipulação do

material perfuro-cortante possivelmente contaminado com o vírus, mais isso

pode ser evitado com o uso de EPIs.

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3. DESTACANDO O TRABALHADOR DE ENFERMAGEM FRENTE AO

ACIDENTE POR MATERIAL CONTAMINADO PELO VÍRUS HIV E OUTRAS

PATOLOGIAS ASSOCIADAS.

No início da epidemia entre as pessoas acometidas, havia vários

denominadores comuns: adultos jovens e sadios, homossexuais e usuários de

drogas injetáveis. No entanto, verificou-se pouco tempo depois que a AIDS não

estava restrita a grupos de homossexuais e bissexuais, e surgiram relatos de

identificação em usuários de drogas endovenosa, hemofílicos, parceiros

heterossexuais de pessoas com AIDS, trabalhadores de saúde através da

exposição ocupacional e receptores de sangue e seus derivados através de

transfusão. (VIEIRA et al. 2008). A mesma autora relata que tal fato verifica-se

que o padrão de transmissão da AIDS no Brasil, vem realmente mudando

independentemente de qual for o perfil epidemiológico do país, é preciso ter

cautela, principalmente os trabalhadores de enfermagem e de saúde em geral,

durante a prestação do cuidado, principalmente nos casos em que há

exposição com conteúdo biológico, a fim de reduzir a chance da aquisição do

HIV. (VIEIRA et al. 2008)

Para Padilha et al. (2008), a sensação de vulnerabilidade é

percebida pelos trabalhadores de enfermagem que contraíram o HIV, através

da realização de procedimentos técnicos no paciente soropositivo para o HIV,

visto que ao longo do tempo de serviço e a experiência nas habilidades das

técnicas acabaram por transmitir um sentimento de proteção, dispensando o

uso das precauções padrão.

O trabalhador de enfermagem a não reconhecer sua vulnerabilidade

frente à infecção, predispõe-se a exposição de patógenos, ou seja, passa a

usar EPIs somente na prestação de assistência ao indivíduo, cujo diagnóstico

para HIV positivo é conhecido. O profissional de enfermagem em especial, por

sua vez, deve-se adotar medida de prevenção ao prestar cuidados a todos os

pacientes/clientes contaminado pelo HIV, face ao elevado percentual de

pessoas infectadas, que desconhece o seu estado de soropositividade.

Outro ponto a ser levantado nessa temática é também em relação às

horas que o profissional de enfermagem permanece no trabalho em instituições

de saúde onde que se caracteriza ao cuidado às 24 horas do dia e a

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continuidade da assistência prestada. Nesse contexto do trabalho esses

profissionais utilizam instrumentos de trabalho como: agulhas, lâminas, bisturi,

tesouras, pinças, materiais pontiagudos e cortantes. Prestam assistência

muitas vezes a pacientes agressivo, agitado, ansioso ou em estado critico,

onde encontram dificuldade de realizar os procedimentos com segurança.

Às vezes com esse trabalho agitado desses profissionais e pela

confiança por terem muito tempo de serviço e experiência deixam de se

proteger não fazendo corretamente o uso de materiais que possam resguardar

de perfuração com os matérias cortantes e exposição a fluidos corpóreos que

possam estar contaminados com o HIV até mesmo com outras doenças.

(SARQUIS et al. 2002)

Os riscos ocupacionais são agentes existentes no ambiente de

trabalho, capazes de causar doenças, no qual o risco pressupõe elementos

isolados entre si da dinâmica global do processo do trabalho. Para

entendermos o processo saúde-doença subordinado ao trabalho, faz-se

necessário construir outra análise que consiste na carga de trabalho.

De acordo com Felli (2002), diz que, a carga de trabalho é conhecida

pelos elementos e processo de trabalho, que interatuam entre si e como o

corpo de trabalhador gerando os processos de adaptação que se traduz em

desgaste.

As cargas de trabalho se dividem em físicas, químicas, biológicas e

mecânicas que podem levar o trabalhador de enfermagem contaminação por

material perfuro-cortantes que estejam infectados com material biológico.

Assim, a exposição dos trabalhadores de enfermagem a cargos

físicas são exemplificados pelos ruídos interno e externo ao ambiente de

trabalho, temperaturas externa do ambiente, radiações ionizantes e não

ionizantes e pelos efeitos da eletricidade.

Já as cargas químicas abrangem as substâncias que estão

presentes no processo de trabalho de enfermagem, como as utilizadas no

processo de esterilização e desinfecção de materiais, em anestesia e

tratamentos com medicamento dos pacientes.

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As biológicas estão incluídas os microorganismos patogênicos, que

podem causar danos a saúde dos trabalhadores, provenientes de contato com

pacientes portadores de doenças infecciosas, infecto-contagiosas, parasitária e

da manipulação de materiais contaminados. E as de cargos mecânicas, podem

ser desencadeados pela ruptura instantânea do corpo em forma de ferida;

fraturas; ferimentos cortantes, perfurantes entre outros. A exposição a cargos

mecânicas caracterizam o acidente de trabalho. (SARQUES et al. 2002)

Pode-se dizer que o mecanismo da atividades que o profissional de

enfermagem desenvolve no seu dia-a-dia pode levar a cargos excessivos,

ocasionando assim um desgaste laboral, podendo a partir daí está vulnerável

à acidentes com material perfuro-cortante e também levando ao esquecimento

do uso dos artefatos que protegem sua integridade física tornando essa classe

de trabalho vulnerável à doença ocupacional.

Outro agravante que pode ocorrer nesse processo de contaminação

ao profissional de enfermagem são as outras doenças que podem estar

presentes como hepatite B e C.

Segundo Marziale et al. (2002), afirma que, quando ocorre o

acidente com material contaminado pode acarretar doenças como hepatite B

(transmitida pelo vírus HBV), Hepatite C ( transmitida pelo vírus HCV), isso

sem contar com o risco de contrair o HIV/AIDS. Além dessa exposição e

possibilidade de adquirir essas patologias, a autora ainda afirma que o acidente

pode causar repercussões psicossociais, levando mudança nas relações

sociais, familiares, e principalmente no trabalho. Outra reação psicossomática

pós-profilático, utilizada devido à exposição ocupacional e ao impacto

emocional, também são aspectos preocupantes.

De acordo com Ferreira et. al (2004), explica que após a exposição

ocupacional com presença de sangue, ou fluidos corpóreos, uma criteriosa

avaliação deve ser feita quanto ao risco de transmissão do vírus HIV, em

função do tipo de acidente acorrido e em relação a toxidade das medicações

utilizadas na quimioprofilaxia. O acompanhamento sorológico anti-HIV deverá

ser realizado no momento do acidente, sendo após 6 a 12 semanas e pelo

menos 6 meses depois.

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A soro conversão é alta para exposição envolvendo ferimentos

profundos, sangue visível sobre o objeto que causou o ferimento, agulha que

havia estado na veia ou artéria, do paciente fonte ou morte por AIDS de

paciente fonte. (FERREIRA et al., 2004)

Para Marziale (2002), a quimioprofilaxia para HB, uma das principais

medidas de prevenção é a vacinação pré-exposição indicada a todos os

profissionais da área de saúde. A vacina segue em 3 doses, administrado em 0

(zero) a 6 (seis) meses. Quando da ocorrência de exposição ocupacional,

maior eficácia na profilaxia é obtida com o uso precoce de Gomaglobulina

Hiperimune (HBIG), dentro do periodo de 24 a 48 horas após acidente.

Quando à hepatite C, não existe nenhuma medida especifica para

redução do risco de transmissão pós-exposição à HCV. Nenhuma

imunoprofilaxia tem provocado ser efetiva para a pré e pós-exposição ao

referido vírus, como prevenção a essa patologia.

Ferreira et al. (2004), evidencia que o risco de infecção por HCV

entre trabalhadores de enfermagem, que tem a exposição ocupacional a

sangue HCV positivo e baixo devido a soro conversão.

O ponto relevante, vem ao encontro dos crescentes casos da

aquisição ocupacional ao HIV e as doenças associadas ao material biológico

contaminado e aos perfuro-cortantes entre os trabalhadores de enfermagem,

está relacionado ao estudos cada vez mais aprofundados acerca das terapias

com anti-retrovirais, o que favorece o aumento da sobrevida do individuo

soropositivo para HIV/AIDS e por maior conseqüência há uma maior exposição

destes trabalhadores da saúde mais expressadamente a enfermagem. (VIEIRA

et al., 2008)

Segundo Vieira et al. (2008), completa que em relação a tecnologia

com anti-retrovirais há um aumento da expectativa devido da pessoa

soropositiva para HIV e como conseqüência estudo são levantados sobre a

exposição do HIV de maneira ocupacional. Visto que o profissional de

enfermagem no âmbito geral passa a prestar, mais cuidados aos indivíduos

soropositivo para HIV, o que de maneira geral proporciona uma maior

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probabilidade da ocorrência de acidentes ocupacionais com material perfuro-

cortante contaminado.

Por fim, com base nesse contexto expresso, percebe-se que a

transmissão ao HIV/AIDS não escolhe em quem irá ocorrer e muito menos

quando, ou seja, todos estão sujeitos a aquisição desta doença.

A idéia de considerar incurável, ou seja de que o HIV e outras

doenças associadas ocorrem somente em bissexuais e usuários de drogas

injetáveis e profissionais do sexo, deve ser abandonado, visto que hoje outros

profissionais de saúde, em especial os trabalhadores de enfermagem, por mais

que obtenha uma carga de trabalho grande é que esta exposto a riscos

ocupacionais.

Pois o aumento da sobrevida das pessoas soro positiva para HIV,

cresce também a exposição, é possível aquisição do HIV entre trabalhadores

de enfermagem, através de acidentes com material perfuro-cortante, sendo

muito destes ocorrência dos seu comportamento de risco, ao não adotarem as

precauções padrão.

4. FATORES OCUPACIONAIS ASSOCIADOS AO ACIDENTE DE

TRABALHO ACOMETIDO PELO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM, COM

MATERIAL CONTAMINADO PERFURO-CORTANTE PELO HIV/AIDS

Os riscos nos serviços de saúde existem em virtudes das inúmeras

áreas de insalubridade com graduação, sendo influenciada a partir da

complexibilidade do tipo de atendimento prestado, assim como, da função do

trabalhador de enfermagem. O destaque, a ser enfatizado são os riscos

biológicos pela exposição HIV/AIDS pois é crescente o número de acidentes de

trabalho por material perfuro-cortante contaminado pelo HIV, entre os

trabalhadores de enfermagem. (VIEIRA et al. 2008)

O processo saúde-doença também é um fator que representa pelo

equilíbrio e desequilíbrio orgânico e/ou comportamental do individuo não

sendo, portanto uma questão unicamente pessoal mais bio-psico-socio-cultural.

(RODRIGUES et al., 2009)

A epidemiologia social tem o dever de investigar o processo saúde-

doença como produto resultante dos diferentes modos de vida da pessoa em

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sociedade, logo podemos atribuir, investigações relativas à saúde do

trabalhador. O trabalhador de enfermagem em sua pratica está exposto a

diversos riscos ocupacionais, que se torna de suam importância a atenção, em

relação a possibilidade de ocorrência de agravo à saúde, no intuito de evitar

fatores que predispunham o trabalhador ao fato de serem acometidos por

esses riscos. (RODRIGUES et al., 2009)

Para Vieira (2008), os acidentes ocupacionais ocasionados por

materiais perfuro-cortante contaminado, entre os trabalhadores de enfermagem

sai freqüentes devido ao elevado nível de manipulação com agulhas, e tais

riscos representam prejuízos tanto para os trabalhadores quanto para a

instituição que atuam.

Neste sentido acredita-se que tal fato leve a considerar que os

trabalhadores necessitam voltar maior atenção ao problema, direcionar

medidas para notificação de acidentes, melhorar o encaminhamento dos

trabalhadores acidentados e principalmente adotar medidas preventivas para

redução dos números dos acidentes, com material perfuro-cortante

contaminado com HIV. (VIEIRA et al. 2008)

A mesma autora expõe que devido à exposição ocupacional ao HIV,

ser o foco do estudo, a cultura e crenças possa ser apontado como aquele que

levam o crescimento de acidentes com perfuro-cortante por material

contaminado entre os trabalhadores de enfermagem. Como exemplo disto,

podemos citar alguns comportamentos estabelecidos no decorrer do cuidado

do individuo soropositivo para HIV, tais como reencapar as agulhas

contaminadas, também pelo fato de considerar-se experiente pata execução

das técnicas de enfermagem sem o uso de EPIs, quando em contato com

sangue e/ou outros fluidos corpóreos. (VIEIRA et al. 2008)

A proposta de educação em saúde sustentada na idéia de risco de

determinadas prática ocupacionais desprotegidos apresentam-se insuficientes

para o controle dos acidentes com perfuro-cortante. É preciso que além do

fornecimento dos EPIs e das informações quando do seu uso, seja dedicada

uma atenção particularizada, voltada para cada trabalhador de enfermagem,

enfatizando a importância da adesão de medidas de segurança. Um dos

principais fatores que podem influenciar a ocorrência de acidentes com material

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perfuro-cortante, está na não adesão as precauções pelo trabalhadores de

enfermagem durante o cuidado prestado. E o condicionamento para esta não

adesão está relacionado tanto aos fatores institucionais (relacionado ao

trabalho) com os indivíduos (relacionado ao trabalhador).

Para Padilha (2008), baseado nos condicionamentos que interferem

para não adesão das precauções padrão, há de salientar que as causas dos

acidentes não devem ser meramente apontadas aos trabalhadores de

enfermagem. Mas ao processo de trabalho, ou seja, é preciso considerar a

correria/agitação do serviço; falta de recipiente adequado para desprezo de

objetos perfuro-cortante contaminado, falta de inadequação dos EPI’s, agitação

do próprio paciente, sobrecarga de trabalho, por isso que a educação e

orientação, treinamento são importante para eliminar fatores que levam aos

acidentes ocupacionais.

5. ORIENTAÇÕES AO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM

RELAÇÃO À CONTAMINAÇÃO COM MATERIAL PERFURO-CORTANTE

CONTAMINADO COM HIV E OUTRAS DOENÇAS ASSOCIADAS.

A vulnerabilidade do profissional de saúde a exposição a vários

agentes biológicos predispõe riscos de infecção a patôgenos. A maioria da

contaminação esta relacionada a acidentes com perfuro-cortante e fluido

orgânicos, destaque para o sangue. Os agentes infecciosos mais relevantes na

aquisição de infecções por via sanguínea são o vírus da Hepatite B (HBV),

Hepatite C (HCV) e o vírus da imunodeficiência humana (HIV). (SOUSA et al.,

2008)

Um dos desafios da enfermagem consiste em consolidar a

prevenção, também no ambiente de trabalho desenvolvendo ações educativas

que minimizem a exposição a riscos de acidentes, atuando como profissionais

comprometidos com a melhoria da saúde e o direito ao trabalho com dignidade

e segurança por todos o que implica e um envolvimento diferenciado com

relação ao processo de trabalho em saúde pois envolve relacionamento

humano no trabalho.

A partir desse pressuposto, a integração da educação em saúde e

orientações aos profissionais de saúde que estão diretamente ligados ao

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processo de trabalho e que desenvolve no dia-a-dia uma dinâmica constante

faz-se necessário exemplificar orientações em relação aos cuidados que deve

ser tomado na manipulação de materiais contaminados com fluidos corpóreos

e também o manejo com paciente que seja soropositivo confirmado:

Em primeiro momento realizar a precaução padrão como exemplo realizar

bem a lavagem das mãos nas técnicas corretamente.

Utilizar os EPI’s, como luvas, avental, óculos;

Realizar procedimentos devidamente paramentado e sempre com luva na

hora de inserção de cateter venoso, a administração de medicamentos

intravenosos;

Destacar de modo correto o material perfuro-cortante no descartex;

Não reencapar de forma alguma as agulhas;

Utilizar roupas adequadas e sapatos fechados para evitar que o material

biológico entre em contato com a pele do profissional;

Trabalhar com profissionais soropositivos e questionar em relação ao uso

de preservativo nas relações sexuais;

Dar apoio psicológico aos portadores e HIV/AIDS;

Notificar os acidentes acometidos nas unidades hospitalares,

ambulatoriais, por material perfuro-cortante contaminado;

Para os enfermeiros que estão à frente do serviço trabalha com educação

continuada sobre o tema abordado aos profissionais da equipe;

Manter-se atualizado sobro o tema acidente de trabalho por material

contaminado com o vírus HIV/AIDS.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O vírus da imunodeficiência humana HIV e a síndrome da imunodeficiência

humana adquirida se destacam nos anos 80 nos EUA, onde a essas patologias

eram referenciadas aos homossexuais do sexo masculino. Como evolução,

essa identidade foi diferenciada incluindo na era atual a heterossexuais e

profissionais do sexo, crianças e até mesmo o vírus congênito de mães que

não fazem o tratamento.

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A busca de material de referência bibliográfica, considera que essa doença e

as relacionadas como HBV e HCV, é a contaminação de profissionais de

enfermagem com material biológico se tornando um problema de saúde pública

e também causa trabalhista.

A produção cientifica tem como relevância na adoção de medida de

biossegurança durante a prática do cuidado executada pela enfermagem, visto

serem os profissionais que passam a maior parte do tempo com pacientes.

Além disso, são os responsáveis pela execução de procedimentos, os quais

incluem contato com material biológico, exemplo do sangue, apesar do

conhecimento por parte de alguns profissionais da enfermagem quanto à

importância da utilização dos métodos de prevenção no momento de cuidar do

outro, a adoção desse equipamento não ocorre regularmente, e como

conseqüência amplia o número de acidentes de trabalho.

Destaca-se ainda que a equipe de enfermagem precise ser orientada, tendo

como meta a sua proteção pessoal, durante o cuidado com o outro. Este

orientar significa extrapolar a informação e intervir com diferentes estratégias,

visto que os trabalhadores da enfermagem já conhecem alguma das medidas

de biossegurança, porém não se empregam temática constantemente.

No entanto, acredita-se que a prática dos trabalhadores de enfermagem no

cuidado da pessoa soropositiva para HIV/AIDS precisa continuar com enfoque

humanístico, que visam o trabalho de orientação aos trabalhadores na hora de

prestar o cuidado.

Finalizando, à adoção da medida de EPI’s no trabalho em saúde é condição

fundamental para a segurança dos trabalhadores, seja qual for à área se

atuação, pois é crescente o número de casos de HIV/AIDS, como, de outras

doenças infecto-contagiosas. Ademais, o trabalho de enfermagem no âmbito

do cuidado ao individuo soropositivo para o HIV não deve aumentar as

medidas de biossegurança por saber tal diagnóstico. O importante é praticá-la

de maneira sistemática e adequada, com competência técnica e de forma

universal, visando a uma assistência ética, humana, com respeito a todo os

cidadãos, indiferente do diagnóstico.

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