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Universidade Estadual Paulista "Júlio De Mesquita Filho“ (Marília) V SEMINÁRIO INTERNACIONAL TEORIA POLÍTICA DO SOCIALISMO “Marx: Crise do Capitalismo e Transição” O TRABALHO E O HOMEM: Do trabalho como complexo fundante do ser social ao trabalho sob o capital. Autores: Stephanie Barros Araújo (UECE) ([email protected]) Expedito Vital Marinho Junior (UECE) ([email protected]) Orientadora: Prof PhD Mª Susana Vasconcelos Jimenez (UFC) ([email protected])

O TRABALHO E O HOMEM - Slides Stephanie e Expedito

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Universidade Estadual Paulista "Júlio De Mesquita Filho“ (Marília)

V SEMINÁRIO INTERNACIONAL TEORIA POLÍTICA DO SOCIALISMO

“Marx: Crise do Capitalismo e Transição”

O TRABALHO E O HOMEM: Do trabalho como complexo fundante do ser social ao

trabalho sob o capital.

Autores: Stephanie Barros Araújo (UECE) ([email protected]) Expedito Vital Marinho Junior (UECE) ([email protected]) Orientadora: Prof PhD Mª Susana Vasconcelos Jimenez (UFC) ([email protected])

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Objetivo Compreender o papel do trabalho

dentro da existência do homem como ser social, e suas devidas implicações face aos desmandos oriundos do sistema do capital.

Metodologia

Pesquisa Bibliográfica de cunho marxista

Levantamento bibliográfico a partir de dos seguintes aspectos :

1 ) Trabalho como categoria fundante do ser social

2 ) O movimento que culminou na evolução humana por meio da categoria trabalho e como esta constrói-se como fundante e essencial ao homem

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Introdução

“O trabalho é o fundamento do ser social porque ao transformar a natureza, cria a base, também material, indispensável ao mundo dos homens. Ele possibilita que, ao transformarem a natureza, os homens também se transformem. E essa articulada transformação da natureza e dos indivíduos permite a constante construção de novas situações históricas, de novas relações sociais, de novos conhecimentos e habilidades, num processo de acumulação constante.” (LESSA e TONET, 2011. p. 26)

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O TRABALHO E SUA REAL GÊNESE: Um breve histórico acerca da categoria fundante do ser social

Para Lukács - O trabalho é a protoforma do agir

humano

Apesar de o trabalho ser fundante de todas as práxis, ao mesmo tempo, nenhuma das práxis fundadas pelo trabalho é redutível a ele.

O momento que separa os homens dos outros animais não será na fabricação dos produtos, mas quando o papel dado à consciência deixar de ser, como apontará Lukács, um mero epifenômeno da reprodução biológica.

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O TRABALHO E SUA REAL GÊNESE: Um breve histórico acerca da categoria fundante do ser social

Divisão do trabalho e seus reflexos nas relações sociais de produção:

- Comunismo Primitivo

- Propriedade Privada

“A propriedade privada é, portanto, o produto, o resultado, a consequência necessária do trabalho exteriorizado, da relação externa do trabalhador com natureza e consigo mesmo.” (MARX, 2009, p. 87).

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O TRABALHO E SUA REAL GÊNESE: Um breve histórico acerca da categoria fundante do ser social

Escravidão X Superioridade do Homem para com o Homem

- Na Antiguidade

- Com o advento da Burguesia

Até o período do Feudalismo, o trabalho do homem estava intimamente ligado a terra. Com a burguesia, começa a existir um deslocamento e uma priorização do meio rural para a cidade, e a indústria ganha um espaço maior que a agricultura.

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TRANSIÇÃO DO SISTEMA DOMÉSTICO DE TRABALHO PARA A INDÚSTRIA CAPITALISTA:

implicações do novo sistema de trabalho na vida do trabalhador.

“Originalmente, o trabalhador vendia sua força de trabalho ao capital por lhe faltarem os meios materiais para produzir uma mercadoria. Agora, sua força individual de trabalho não funciona se não estiver vendida ao capital. Ela só opera dentro de uma conexão que só existe depois da venda, no interior da oficina capitalista. O trabalhador da manufatura, incapacitado, naturalmente, por sua condição, de fazer algo independente, só consegue desenvolver sua atividade produtiva como acessório da oficina do capitalista.” (MARX, 2010, p.415-416)

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TRANSIÇÃO DO SISTEMA DOMÉSTICO DE TRABALHO PARA A INDÚSTRIA CAPITALISTA:

implicações do novo sistema de trabalho na vida do trabalhador.

Arranjos institucionais e comportamentais presentes no capitalismo, segundo E.K Hunt

1. A produção de mercadoria

orientada exclusivamente para o mercado.

2. A propriedade privada dos meios de produção.

3. O trabalhador, tem sua razão de existência voltada para a venda de sua força de trabalho para o mercado.

4. Homem como um individuo individualista, aquisitivo e maximizador.

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TRANSIÇÃO DO SISTEMA DOMÉSTICO DE TRABALHO PARA A INDÚSTRIA CAPITALISTA:

implicações do novo sistema de trabalho na vida do trabalhador.

Conceituação - Trabalho Associado

Domínio livre, consciente e coletivo principalmente, dos produtores sobre o processo de produção e distribuição do que era produzido.

- Trabalho Estranhado ou Alienado

A apropriação do objeto tanto aparece como estranhamento (entfremdung) que, quanto mais objetos o trabalhador produz, tanto menos pode possuir e tanto mais fica sob o domínio do seu produto, do capital.

(MARX, 2009, p.81)

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CATEGORIA TRABALHO E SUA FUNÇÃO SOB A ÉGIDE DO CAPITALISMO

Conceituação:

- Trabalho Abstrato De um lado, todo trabalho é dispêndio de força de trabalho humana, no sentido fisiológico, e é nessa qualidade, de trabalho humano igual, ou abstrato, que ele constitui o valor das mercadorias. Por outro lado, todo trabalho é dispêndio de força humana de uma determinada forma e com um objetivo definido e é nessa qualidade de trabalho útil e concreto que produz valores de uso.”

(MARX apud BOTTOMBORE, 2001, p.383)

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CATEGORIA TRABALHO E SUA FUNÇÃO SOB A ÉGIDE DO CAPITALISMO

- Trabalho Vivo O trabalhador, tem como tendência se apoderar das forças causais, arrancá-las de sua inércia, transformando-as em valores-de-uso que serão reais e efetivos.

- Trabalho Explorado Aqueles que o produzem, nunca terão em sua maioria, a oportunidade de usufruir do produto de seu trabalho.

- Trabalho Domestico De acordo com Bottomore (2001. p,384), o ‘lar equivaleria a uma fabrica capitalista, exceto pelo detalhe de que as donas-de-casa não são assalariadas ‘

Antes vendia o trabalhador sua força de trabalho, da qual dispunha formalmente como pessoa livre. Agora, vende mulher e filhos. Torna-se traficante de escravos.

(Marx, 2010,p.453)

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Considerações Finais

O modelo de sociedade burguesa moderna, apesar de ter nascido dos destroços de uma sociedade feudal,não extinguiu ou modificou essencialmente os antagonismos de classes, muito pelo contrário, estabeleceu novas classes, novas condições de opressão, com isso, construiu novas formas de luta dos oprimidos em favor de uma condição de vida melhor.

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Referencias Bibliográficas

PONCE, Anibal. Educação e Luta de Classes. 23° edição. São Paulo: Editora Cortez, 2010

LESSA, Sérgio; TONET, Ivo. Introdução a filosofia de Marx, 2° edição. São Paulo: Expressão Popular,2011.

MARX, Karl. Manuscritos Econômicos Filosóficos. 3°reimpressão. São Paulo: Boitempo,2009.

_________, O Capital: Crítica da Economia Política: Livro I. Tradução de Reginaldo Sant’Anna, 27° edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2010.

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BOTTOMORE, Tom; HARRIS Laurence; KIERNAN,V.G; MILIBANS, Ralph; Tradução: Waltensir Dutra; Dicionário do Pensamento Marxista. Organizador da edição brasileira, revisão técnica e pesquisa bibliográfica suplementar: Antônio Moreira Guimarães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2001

HUNT, E.K; SHERMAN, Howard J . História do Pensamento Economico: uma perspectiva crítica; tradução: José Ricardo Brandão Azevedo e Maria José Cyhlar Monteiro. 2° edição. Rio de Janeiro: Elsevier,2005, 7° reimpressão.

MÉSZÁROS, I. Para Além do Capital: rumo a uma

teoria de transição; tradução: Paulo Cezar Castanheira, Sergio Lessa. 1 ed revista. São Paulo: Boitempo, 2011.

Referencias Bibliográficas