1
GT 11 Cem anos da OIT: Conquistas e desafios para os Direitos Humanos O TRABALHO INSALUBRE DE MULHERES GESTANTES E LACTANTES SOB A PERSPECTIVA DAS CONVENÇÕES DA OIT Vitor Barbosa Pinto [email protected] Ynes Silva Fêlix [email protected] OBJETIVOS Objetivou-se analisar o trabalho insalubre de mulheres gestantes e lactantes frente às recentes alterações da Consolidação das Normas Trabalhistas (CLT), verificando, se tais alterações estão em consonância com o sistema jurídico internacional, e se garantem com que direitos humanos e sociais sejam protegidos. Parte-se da análise de Convenções Internacionais, em especial a Convenção nº 3 e 103 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada através do Decreto Federal nº 58.820/1966. CONCLUSÕES Os resultados já encontrados apontam que as mudanças na legislação brasileira são consideradas retrocessos aos direitos sociais trabalhistas, contrariando a convenção n. 103 OIT, nesse sentindo foi decretada Inconstitucionalidade do Art. 394-Ada CLT no Pleno do STF, motivo pelo qual esta pesquisa visa avaliar a extensão da violação das normas internacionais de direitos humanos com relação ao trabalho insalubre de gestantes e lactantes. INTRODUÇÃO A OIT através da Convenção nº 3 consagrou diversos direitos visando a proteção trabalhista das mulheres em gestação e lactação, posteriormente com a promulgação da convenção nº 103, foi reafirmado o amparo e a proteção para maternidade das mulheres trabalhadoras brasileiras. No Brasil, a Lei 13.467/2017, denominada como Reforma Trabalhista, alterou o direito de afastamento obrigatório das mulheres trabalhadoras de locais de trabalho insalubres para salubres durante a gravidez e lactação (CAIRO, 2017). Esse direito passou a ser relativizado, sendo sua aplicação condicionada a parecer médico. Tal condição fez com que uma nova situação jurídica fosse permitida no Brasil, o trabalho de mulheres gestantes em graus médio e mínimo e de lactantes em quaisquer graus de insalubridade, introduzida pelo art. 394-A da CLT. METODOLOGIA Para a referida análise foi utilizada a pesquisa descritiva e exploratória, com coleta de dados em fontes documentais e bibliográficas, em normas trabalhistas nacionais e internacionais, obras e artigos científicos, com base no método dedutivo, partindo-se de teorias gerais para chegar a conclusões particulares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DELGADO, Mauricio Godinho; Delgado, Gabriela Neves. A reforma trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n. 13.467/2017. 2 ed. São Paulo: LTR, 2018. CAIRO Jr., José. Curso de direito do trabalho/ José Cairo Jr. - 13. ed. rev. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2017. Fonte da Imagem: Senado Noticias Figura 1 Gestante em local de trabalho insalubre Fonte da Imagem: DIAP: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar Figura 2 Gestante trabalhando em ambiente insalubre RESULTADOS ESPERADOS Para alcançar tais resultados foi analisado as dificuldades históricas das mulheres no trabalho e os impactos na saúde das gestantes que trabalhem em locais insalubres, com base em obras bibliográficas, levantamento de normas da OIT e tratados internacionais, a fim de realizar uma abordagem jurídica das recentes alterações na legislação brasileira sobre o instituto do trabalho insalubre para as mulheres gestantes ou lactentes e se garantem a proteção da igualdade e direitos humanos e sociais. Espera-se assim chegar aos resultados que proponham a proteção das trabalhadoras gestantes e lactantes que exercem seus trabalhos em locais insalubres dada sua condição especial visualizadas no sistema jurídico doméstico e internacional.

O TRABALHO INSALUBRE DE MULHERES GESTANTES E LACTANTES … · 2019. 11. 25. · gestantes e lactantes. INTRODUÇÃO A OIT através da Convenção nº 3 consagrou diversos direitos

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • GT 11 – Cem anos da OIT: Conquistas e desafios para os Direitos Humanos

    O TRABALHO INSALUBRE DE MULHERES GESTANTES E

    LACTANTES SOB A PERSPECTIVA DAS CONVENÇÕES DA OIT

    Vitor Barbosa Pinto – [email protected]

    Ynes Silva Fêlix – [email protected]

    OBJETIVOS

    Objetivou-se analisar o trabalho insalubre de mulheres gestantes e

    lactantes frente às recentes alterações da Consolidação das Normas

    Trabalhistas (CLT), verificando, se tais alterações estão em consonância

    com o sistema jurídico internacional, e se garantem com que direitos

    humanos e sociais sejam protegidos. Parte-se da análise de Convenções

    Internacionais, em especial a Convenção nº 3 e 103 da Organização

    Internacional do Trabalho (OIT), aprovada pelo Congresso Nacional e

    promulgada através do Decreto Federal nº 58.820/1966.

    CONCLUSÕES

    Os resultados já encontrados apontam que as mudanças na legislação

    brasileira são consideradas retrocessos aos direitos sociais trabalhistas,

    contrariando a convenção n. 103 OIT, nesse sentindo foi decretada

    Inconstitucionalidade do Art. 394-A da CLT no Pleno do STF, motivo pelo

    qual esta pesquisa visa avaliar a extensão da violação das normas

    internacionais de direitos humanos com relação ao trabalho insalubre de

    gestantes e lactantes.

    INTRODUÇÃO

    A OIT através da Convenção nº 3 consagrou diversos direitos visando a

    proteção trabalhista das mulheres em gestação e lactação, posteriormente

    com a promulgação da convenção nº 103, foi reafirmado o amparo e a

    proteção para maternidade das mulheres trabalhadoras brasileiras. No

    Brasil, a Lei 13.467/2017, denominada como Reforma Trabalhista, alterou

    o direito de afastamento obrigatório das mulheres trabalhadoras de locais

    de trabalho insalubres para salubres durante a gravidez e lactação

    (CAIRO, 2017). Esse direito passou a ser relativizado, sendo sua

    aplicação condicionada a parecer médico. Tal condição fez com que uma

    nova situação jurídica fosse permitida no Brasil, o trabalho de mulheres

    gestantes em graus médio e mínimo e de lactantes em quaisquer graus de

    insalubridade, introduzida pelo art. 394-A da CLT.

    METODOLOGIAPara a referida análise foi utilizada a pesquisa descritiva e exploratória,

    com coleta de dados em fontes documentais e bibliográficas, em normas

    trabalhistas nacionais e internacionais, obras e artigos científicos, com

    base no método dedutivo, partindo-se de teorias gerais para chegar a

    conclusões particulares.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    DELGADO, Mauricio Godinho; Delgado, Gabriela Neves. A reforma

    trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n. 13.467/2017. 2 ed. São

    Paulo: LTR, 2018.

    CAIRO Jr., José. Curso de direito do trabalho/ José Cairo Jr. - 13. ed.

    rev. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2017.

    Fonte da Imagem: Senado Noticias

    Figura 1 – Gestante em local de trabalho insalubre

    Fonte da Imagem: DIAP: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar

    Figura 2 – Gestante trabalhando em ambiente insalubre

    RESULTADOS ESPERADOS

    Para alcançar tais resultados foi analisado as dificuldades históricas das

    mulheres no trabalho e os impactos na saúde das gestantes que trabalhem

    em locais insalubres, com base em obras bibliográficas, levantamento de

    normas da OIT e tratados internacionais, a fim de realizar uma abordagem

    jurídica das recentes alterações na legislação brasileira sobre o instituto do

    trabalho insalubre para as mulheres gestantes ou lactentes e se garantem a

    proteção da igualdade e direitos humanos e sociais. Espera-se assim

    chegar aos resultados que proponham a proteção das trabalhadoras

    gestantes e lactantes que exercem seus trabalhos em locais insalubres dada

    sua condição especial visualizadas no sistema jurídico doméstico e

    internacional.