56
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Emiliza Rodrigues de Sá Molina João Rufino da Silva Junior Luis Henrique Manganotti O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS PRATICANTES DE NATAÇÃO LINS-SP 2010

O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Emiliza Rodrigues de Sá Molina

João Rufino da Silva Junior

Luis Henrique Manganotti

O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA

DE INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO MOTOR DE

CRIANÇAS PRATICANTES DE NATAÇÃO

LINS-SP

2010

Page 2: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

EMILIZA RODRIGUES DE SÁ MOLINA

JOÃO RUFINO DA SILVA JUNIOR

LUIS HENRIQUE MANGANOTTI

O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE INFLUÊNCIA NO

DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS PRATICANTES DE NATAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação da Profa Giseli de Barros Silva e orientação técnica da Profa Esp. Ana Beatriz Lima.

LINS-SP

2010

Page 3: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

EMILIZA RODRGUES DE SÁ MOLINA

JOÃO RUFINO DA SILVA

LUIS HENRIQE MANGANOTTI

O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE INFLUÊNCIA NO

DESEMPENHO MOTOR DE CRIANÇAS PRATICANTES DE NATAÇÃO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharelado em Educação física

Aprovada em: ___/___/2010

Banca examinadora:

Prof(a) Orientador(a): Giseli de Barros Silva

Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício

Assinatura:__________________________

1o Prof(a) _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________________

2o Prof(a) _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: __________________________

Page 4: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

Dedico este trabalho:

À minha família por sempre me orientar e por acreditar na minha capacidade de crescer dentro de minha escolha acadêmica.

Luis Henrique À minha Tia Solange e meu Tio Benê, por me apoiarem em todos os momentos difíceis que passei nessa pequena fase da minha vida! Obrigado por vocês existirem!!

Luis Henrique

Aos meus amigos: Milóka, agradeço por poder fazer parte desse trabalho junto com você. Sei que as dificuldades foram muitas durante esses 4 anos, mas agradeço por ter estado ao seu lado em todas elas! Obrigado... Pela amizade de todos os dias. E pelos momentos que me deixou chorar e sorrir com você! Desejo a você todo sucesso do mundo e a felicidade que você merece! Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre!

Luis Henrique Rufino, também parceiro de monografia e de muitas horas. Obrigado pela sua amizade. Amigo que pretendo levar comigo para sempre! Acredite naquilo que você escolher, meu amigo, e seja o melhor!

Luis Henrique À sala toda do 4º ano de Educação física bacharelado 2010, momentos que serão guardados no coração de cada um!

Luis Henrique

Às pessoas que confiaram em mim e que me deram as primeiras oportunidades: Lauro, Gi, Jefinho, Cláudia! Muito Obrigado a todos vocês!

Luis Henrique

Ao meu PAI, que deve estar me olhando de algum lugar! Orgulhoso, sabendo o quanto foi difícil chegar aqui! MÃE, obrigado pela devoção durante todos esses anos!

Luis Henrique

Page 5: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

Aos meus pais, que sempre me apoiaram ao longo dessa jornada, além de terem sido os principais responsáveis por me influenciar, indiretamente, a escolher a Educação Física que, por sinal, foi uma ótima escolha!!

Obrigado por tudo...Amo vocês!! Emiliza

A minha irmã, que apesar de tudo, é MUITO especial em minha vida... Te amo Polaitiana!!

Emiliza

Aos meus quatro avós, que são simplesmente essenciais em minha vida.. Amo vocês!!

Emiliza

Ao meu namorado Fernando, que apesar de distante, esteve ao meu lado durante esses quatro anos. Nos momentos bons e nos ruins, sempre me apoiando e me ajudando...

TE AMO MUITO MEU AMOR!! Emiliza

Ao Luis Henrique, que é um grande amigo, praticamente um irmão...Obrigado por você estar ao meu lado sempre...

Te adoro!! Emiliza

Ao Rufino, que desde o início foi muito companheiro e muito amigo... Eu o considero muito Rufiste....

Te adoro!! Emiliza

E a todos os professores que participaram da minha vida acadêmica, em especial a Gi que ajudou a desenvolver esse trabalho!!

OBRIGADA A TODOS!!!! Emiliza

Page 6: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

À meus Pais: Sem essas duas pessoas na minha vida, eu não conseguiria realizar nem metade de alguns objetivos que conquistei, pois sei que posso contar com eles em qualquer situação. Devo a vocês minha vida, obrigado por SEMPRE estarem perto de mim, me trazendo segurança, tranquilidade e muito amor. Agradeço a Deus por ter me dado Pais tão atenciosos! Amo para sempre vocês. Obrigado.

João Rufino Às minhas irmãs: Um dos sentimentos mais maravilhosos que existe é o da amizade em casa tenho duas amigas que jamais trocarei por qualquer outra coisa. Uma amizade diferente, forte, verdadeira, que deseja sempre o melhor, e sei que em qualquer momento de minha vida, seja ele bom ou ruim, vou poder contar com o amor e a amizade de minhas IRMÃS. Amo muito vocês!

João Rufino À minha namorada Manu: Não apenas minha namorada, mas uma amiga para qualquer parada, seja para uma boa conversa, ou um desabafo, sobre algum assunto de minha vida, ou sobre minha vida profissional, sempre ela está lá a todo ouvido para mim. É totalmente especial na minha vida, e como ajudou pra que eu crescesse socialmente e, principalmente, profissionalmente! Obrigado. Te amo para todo o sempre!

João Rufino Aos meus amigos: Cito aqui grandes pessoas que passaram na minha vida durante esses quatro anos de faculdade, de trabalho, de dedicação a essa profissão que tanto amo, agradeço aos professores: Carlos Amadeu, Guilherme Giorgi e Afonso Cracco, por ter me proporcionado tantos bons momentos e tantas experiências vividas. Como vocês vão fazer falta em minha vida! Parceiros de trabalho, AMO VOCÊS!

João Rufino À Emiliza e ao Luis Henrique: Não só meus parceiros de monografia, também grandes amigos de faculdade, que levarei no meu coração pro resto de minha vida. Passamos juntos por momentos de alegria, de tristeza, de irritação pela monografia que parecia atrasada, mas enfim, se eu pudesse escolher grandes amigos que tive durante minha faculdade, aqueles amigos do coração, com certeza vocês dois seriam escolhidos, AMO VOCÊS! E boa sorte, Professores!

João Rufino Ao Futsal Feminino Colégio Salesiano de Lins: Se hoje sou um profissional que é apaixonado pelo que faz, isso é graças a essa equipe, a todas as meninas que passaram por lá e trouxeram a mim experiência, conquistas, amizades, tantas coisas boas. Espero, sinceramente, que todo esse projeto que começamos em 2007 não se acabe. A todas as meninas, a toda comissão técnica, a todos aqueles que nos ajudaram nesses 4 anos de Futsal, muito OBRIGADO!

João Rufino

Page 7: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

AGRADECIMENTOS

A Deus:

Aquele que olha por nós e nos abençoa em todos os momentos de nossas vida, e nos mostra

sempre o caminho correto a seguir. Obrigado, Senhor, por sempre estar ao nosso lado, proporcionando

grandes momentos de alegrias e realizações como essa.

Emiliza, João Rufino e Luis Henrique

À Professora Giseli:

Além de professora e orientadora, uma grande amiga, no qual esteve presente sempre,

disposta a nos orientar da melhor forma. Agradecemos por todas as informações e aprendizado e,

claro, por sua paciência. Nunca nos esqueceremos dessa grande amizade que criamos ao longo desses

quatro anos.

Emiliza, João Rufino e Luis Henrique

Aos Professores da faculdade:

Todos que passaram em nossas vidas ao longo desses quatro anos. Nosso humilde

agradecimento, por tanto conhecimento, aprendizado, vínculos de amizades e momentos inesquecíveis.

Devemos a vocês nosso futuro em nossa profissão. Muito obrigado.

Emiliza, João Rufino e Luis Henrique

Aos Amigos de classe

Passarão dias, semanas, anos e décadas, podem ter certeza que nunca nos esqueceremos de

vocês. Nossos grandes amigos que lutaram, batalharam e se esforçaram juntamente conosco. Nosso

muito obrigado por terem se tornado amigos fiéis e nos ajudado nessa grande conquista.

Emiliza, João Rufino e Luis Henrique

Às Crianças

Graças a elas, foi possível realizar esta pesquisa. Foram 2 meses de dedicação e, por isso,

agradecemos a cada uma delas..

O NOSSO MUITO OBRIGADO!!

Emiliza, João Rufino e Luis Henrique

Page 8: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

RESUMO

Nos últimos anos, o treinamento funcional vem sendo uma opção muito utilizada na melhora da performance dos atletas, além de beneficiá-los nas capacidades utilizadas no cotidiano. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo analisar a influência do treinamento funcional na composição corporal e nas capacidades motoras aplicado em praticantes de natação. Para a pesquisa foram selecionados (11) onze sujeitos com idade 11,54 ± 1,57, de ambos os gêneros, os quais foram divididos em (2) dois grupos, sendo (6) seis do grupo feminino e (5) cinco do grupo masculino. Sendo assim, foram avaliadas e comparadas as variáveis de peso, estatura, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura. Além disso foi avaliado também o desempenho motor como flexibilidade (FLEX), abdominal (ABD), teste na barra fixa modificada (BF) e um teste para medir o tempo utilizado em uma piscina de 20 metros (TP), na situação pré e pós treinamento. O treinamento funcional teve duração de (2) dois meses, (2) duas vezes na semana com duração de quarenta (40) minutos cada sessão e, ambos os grupos praticaram natação (2) duas vezes na semana durante esse período. Para análise dos dados, foi utilizada a média e o desvio padrão e, para a comparação dos dados foi ultilizada a análise de variância (ANOVA two-wey) seguido do teste post hoc de tuckey, com nível significante p ≤ 0,05. Após a análise, foram obtidos os seguintes resultados para o grupo feminino na situação pré e pós, respectivamente: peso (45,6 ± 9,98; 45,6 ± 9,76), estatura (150,8 ± 7,70; 151,8 ±7,38), IMC (19,95 ± 3,26; 19,7 ± 2,94), % GORD (23,42 ± 5,22; 21,5 ± 5,05), flexibilidade (29,6 ± 6,37; 30,5 ± 7,47), força abdominal (33 ± 7,12; 41,1 ± 9,49), barra fixa (3,6 ± 3,38; 6,3 ± 2,06) e tempo de piscina (20,1 ± 1,80; 18,58 ± 1,06). Para o grupo masculino foram obtidos os seguintes resultados na situação pré e pós, respectivamente: peso (51,9 ± 5,28; 52,2 ± 4,51), estatura (156,6 ± 9,01; 157,4 ±8,96), IMC (21,1 ± 2,18; 21,1 ± 1,93), % GORD (27,5 ± 11,11; 27,4 ± 12), flexibilidade (28,4 ± 6,58; 30 ± 5,24), força abdominal (18,8 ± 10,87; 28,8 ± 13,3), barra fixa (4,8 ± 5,84; 5,66 ± 6,94) e tempo de piscina (20,7 ± 3,46; 19 ± 3,98). Em relação às características dos sujeitos, houve uma diferença estatisticamente significante no %GORD para o grupo feminino após o treinamento. Já em relação ao desempenho motor, é importante observar uma melhora significativa em todas as variáveis, embora seja possível perceber que houve diferença estatisticamente significante nas variáveis de força abdominal, barra e no tempo de piscina, após o treinamento funcional. O grupo masculino também mostrou diferença estatisticamente significante na flexibilidade e barra, comprovando a eficácia do treinamento funcional na melhora do desempenho motor.

Page 9: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

Palavras-chave: Treinamento funcional. Desempenho motor. Natação.

Page 10: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

ABSTRACT

In recent years functional training has been a training option widely used in improving the performance of athletes, as well as benefit them in the skills used in everyday life. Thus, the present study aims to examine the influence of functional training on body composition and motor skills applied in the swimmers. For this research we selected 11 subjects aged 11.54 ± 1.57, for both genders were divided into two (2) groups, (6) six females and five (5) of the male group. Thus, we evaluated and compared the variables of weight, height, BMI and% fat and motor performance and flexibility (FLEX), abdominal (ABD), test the modified push-ups (BF) and a test to measure the time spent in a 20 meter pool (TP) in the pre and post training. Functional training lasted two (2) months, (2) twice a week lasting 40 minutes each session, and both groups practiced swimming (2) twice a week during this period. For data analysis we used mean and standard deviation, and comparing the data was ultilizando the analysis of variance (ANOVA two-wey) followed by Tukey's post hoc test with significant level p ≤ 0.05. After this analysis, we obtained the following results for the female group in the pre and post respectively, weight (45.6 ± 9.98, 45.6 ± 9.76), height (150.8 ± 7.70, 151 , 8 ± 7.38), BMI (19.95 ± 3.26, 19.7 ± 2.94),% FAT (23.42 ± 5.22, 21.5 ± 5.05), flexibility (29 , 6 ± 6.37, 30.5 ± 7.47), abdominal strength (33 ± 7.12, 41.1 ± 9.49), flat bar (3.6 ± 3.38 and 6.3 ± 2 , 06), length of pool (20.1 ± 1.80, 18.58 ± 1.06). For the male group the following results were obtained in the pre and post respectively, weight (51.9 ± 5.28, 52.2 ± 4.51), height (156.6 ± 9.01, 157.4 ± 8,96), BMI (21.1 ± 2.18, 21.1 ± 1.93),% FAT (27.5 ± 11.11, 27.4 ± 12), flexibility (28.4 ± 6.58 , 30 ± 5.24), abdominal strength (18.8 ± 10.87, 28.8 ± 13.3), flat bar (4.8 ± 5.84, 5.66 ± 6.94), time of pool (20.7 ± 3.46; 19 ± 3.98). With this analysis compared the characteristics of the subjects there was a statistically significant difference in% FAT in the female group after training. In relation to motor performance, it is important to note a significant improvement in all variables. Although it is possible to see that there was a statistically significant difference after training on abdominal strength variables, bar and pool time. The male group also showed statistically significant differences in flexibility and bar, proving the effectiveness of functional training in improving motor performance. Key words: functional coaching, motor performance, swimming.

Page 11: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Corda ........................................................................................ 25

Figura 2 Elástico ..................................................................................... 26

Figura 3 Prancha de Instabilidade .......................................................... 26

Figura 4 Bolsa Bosu................................................................................ 27

Figura 5 Bola de 65cm, 45cm e mini bola de basquete .......................... 27

Figura 6 Halteres .................................................................................... 28

Figura 7 Cama Elástica........................................................................... 28

Figura 8 Caneleiras................................................................................. 29

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Fórmulas da Composição Corporal para crianças (GUEDES E

GUEDES, 2003) .......................................................................................... 31

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Comparação das características dos sujeitos no pré e pós

treinamento, grupo feminino (GF) e grupo masculino (GM)...................... 34

Tabela 2 Comparação das capacidades físicas dos sujeitos no pré

e no pós treinamento, grupo feminino (GF) e grupo masculino (GM) ....... 35

Page 12: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

LISTA DE SIGLAS

% G: Percentual de Gordura

GF: Grupo Feminino

GM: Grupo Masculino

IMC: Índice de Massa Corporal

SNC: Sistema Nervoso Central

SNP: Sistema Nervoso Periférico

Page 13: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................... 14

1 CONCEITOS PRELIMINARES................................................. 15

1.1 Treinamento Funcional ............................................................. 16

1.1.1 Controle neuromuscular e sistema sensório, propriocepção e

sistema sensório-motor no treinamento funcional..................... 17

1.1.2 Características do treinamento funcional.................................. 18

1.1.3 Treinamento funcional par crianças.......................................... 18

1.2 Natação .................................................................................... 20

1.2.1 Nado Craw................................................................................ 20

1.2.2 Natação e Treinamento Funcional............................................ 21

1.2.3 A importância do treinamento funcional na natação ................. 21

1.3 Desempenho Motor .................................................................. 22

1.3.1 Força......................................................................................... 22

1.3.2 Flexibilidade.............................................................................. 22

1.3.3 Equilíbrio................................................................................... 23

1.3.4 Velocidade de Potência ............................................................ 24

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS ................................................... 24

2.1 Condições Ambientais .............................................................. 24

2.2 Sujeitos ..................................................................................... 24 2.3 Materiais ................................................................................... 25

2.3.1 Materiais de Avaliação.............................................................. 25

2.3.2 Materiais de Treinamento ......................................................... 25

2.4 Testes ....................................................................................... 29

2.4.1 Protocolos................................................................................. 29

2.4.1.1 Protocolo I (antropometria) ....................................................... 29

2.4.1.2 Protocolo II (composição corporal) ........................................... 30

2.4.1.3 Protocolo III (Bateria de testes de desempenho motor)............ 31

2.4.1.4.1 Força (puxada em suspensão na barra “modificado”................ 32

2.4.1.4.2 Velocidade “Modificada” ........................................................... 32

Page 14: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

2.4.1.4.3 Abdominal................................................................................. 32

2.4.1.4.4 Flexibilidade (sentar e alcançar) ............................................... 33

2.5 Procedimentos .......................................................................... 33

2.5.1 Procedimentos da Avaliação .................................................... 33

2.5.2 Procedimentos do treinamento ................................................. 33

2.6 Análise Estatística..................................................................... 34

2.7 RESULTADOS ......................................................................... 34 2.8 DISCUSSÃO............................................................................. 36

2.9 CONCLUSÃO........................................................................... 42 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 43 APÊNDICES ............................................................................................. 48

ANEXOS .................................................................................................. 54

Page 15: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

14

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o treinamento funcional vem sendo uma opção muito

utilizada na melhora da performance dos atletas, além de beneficiá-los nas

capacidades utilizadas no cotidiano.

Segundo Michaelis (apud EVANGELISTA; MONTEIRO, 2010, p. 14)

treinamento funcional refere-se a um conjunto de exercícios praticados como

preparo físico ou com o fim de apurar habilidades, podendo apresentar

propósitos específicos, geralmente reproduzindo ações motoras que serão

utilizadas no cotidiano.

A essência do treinamento funcional está baseada na melhora dos

aspectos neurológicos que afetam a capacidade funcional do corpo humano,

através de exercícios que desafiam os diversos componentes do sistema

nervoso, e por isso estimulam sua adaptação. Isso resulta numa melhoria das

principais qualidades físicas utilizadas tanto do dia-a-dia como nos gestos

esportivos (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004, p. 1).

Segundo Evangelista e Monteiro (2010), um argumento a favor do

treinamento funcional é o fato de que há uma melhora no desempenho obtido

nas tarefas funcionais e até nas esportivas.

Sendo assim é muito raro que um programa de exercícios tenha como

objetivo principal o desenvolvimento aos outros componentes da aptidão física,

que estão relacionados ao desempenho motor como o equilíbrio, coordenação,

agilidade, velocidade e potência (GALLAHUE; OZMUN apud EVANGELISTA;

MONTEIRO, 2010, p. 14).

Baseado em Haywood (apud COUTO; SILVA, 1999, p. 23), “o

desenvolvimento motor é um processo seqüencial e continuado onde o

indivíduo progride de um movimento simples até conseguir habilidades motoras

complexas e organizadas acompanhando o envelhecimento”.

De acordo com Silva (2006), o processo de desenvolvimento motor é de

competência do profissional de educação física e esporte, assim como o

processo de alfabetização que se deve dar formalmente na escola e abranger

todas as crianças. Uma criança que durante sua fase motora fundamental

Page 16: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

15

teve oportunidade, instrução e encorajamento para se aproximar e vivenciar uma gama diferenciada de habilidades fundamentais tende a manifestar estágios maduros e a possuir, em seu acervo motor, um amplo repertório de movimentos (SILVA, 2006, p. 175).

Segundo Sumulong (2004), quando se considera um exercício para um

esporte específico é importante assegurar-se de que o exercício possa ser

transferido à atividade desejada, ou seja, o exercício deve ser planejado com a

consciência de que poderá ser transferido de forma positiva no rendimento do

esporte, no caso, da natação.

Essa pesquisa se propõe a uma investigação na área fisiológica,

limitando-se a investigar a influência do treinamento funcional na resposta do

desempenho motor em crianças praticantes de natação.

O treinamento foi realizado na academia Polemi Aqua Sport, situada na

cidade de Cafelândia, Estado de São Paulo.

O objetivo geral do estudo é demonstrar a influência do treinamento

funcional na resposta do desempenho motor em crianças praticantes de

natação.

A pesquisa será norteada pela seguinte pergunta problema: O

treinamento funcional pode influenciar no desempenho motor de crianças

praticantes de natação?

Tem-se como pressuposto que, o treinamento específico pode

influenciar as variáveis selecionadas nessa pesquisa, trazendo, assim,

benefícios para o dia-a-dia e para o esporte aqui escolhido.

Segundo Campos e Coraucci Neto (2004), o treinamento funcional

resistido é a mais recente maneira de se melhorar o condicionamento físico e a

saúde geral, com ênfase no aprimoramento da capacidade funcional do corpo

humano, respeitando a individualidade biológica e permitindo que o corpo

humano seja estimulado, melhorando todas as qualidades do sistema

musculoesquelético e seus sistemas independentes.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

Page 17: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

16

1.1 Treinamento Funcional

De acordo com Gelatti (2009), o treinamento funcional é aquele que

ajuda o corpo a realizar movimentos de forma integrada e eficiente,

fortalecendo músculos, melhorando as funções cerebrais responsáveis por

tudo que nosso corpo faz e cria. Neste tipo de treinamento os músculos não

trabalham de forma isolada, e sim em sinergismo.

Todo movimento, realizado nesse treinamento, se origina do que é

chamado de core, ou núcleo corporal, no qual consiste em recrutar os

músculos abdominais, lombares e glúteos, trabalhando assim equilíbrio e

propiocepção. (GELATTI, 2009)

Para o mesmo autor, o treinamento funcional simula os movimentos

cotidianos ou de alguma modalidade esportiva através de exercícios que

melhoram os encaixes articulares.

Para Ramalho (2009), qualidades como: força, velocidade, equilíbrio,

coordenação, flexibilidade e resistência são trabalhadas a fim de proporcionar

ganhos significativos de performance para o indivíduo em sua atividade física

específica. São usados exercícios que se relacionam com atividade física

específica do indivíduo. Ele não só treina os músculos, mas também os

movimentos multi-articulares e multi-planares com o envolvimento da

propriocepção que, nos exercícios convencionais, isso não acontece.

O treinamento funcional ou treinamento funcional resistido consiste em

reproduzir de forma mais eficiente possível os gestos motores e sistemas

energéticos específicos do esporte praticado e também da vida diária,

adaptando o organismo para a prática do esporte, isto é, um tipo de

treinamento para trabalhar o corpo de forma integrada desenvolvendo as

capacidades físicas envolvidas na atividade e componentes neurológicos,

como equilíbrio e propriocepção que são importantíssimos na vida humana de

forma geral, não só no meio esportivo. Além de ser mais dinâmico, prazeroso e

menos monótono para quem o realiza. (CALOMENI; ALMEIDA, 2008)

Page 18: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

17

1.1.1 Controle neuromuscular, propriocepção e sistema sensório-motor no

treinamento funcional

Para um melhor entendimento de todo o processo que ocorre no

treinamento funcional é necessário, primeiramente, a distinção dos sistemas

sensório-motor e proprioceptivo, com o intuito de identificar sua função no

organismo. (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004)

a) Divisão sensorial

De acordo com Campos e Coraucci Neto (2004), a divisão sensorial, ou

aferente, é responsável por carregar as informações da periferia em direção ao

sistema nervoso central (SNC). Os neurônios sensoriais carregam impulsos

para as áreas apropriadas do SNC, onde a informação é processada e

integrada com outras que chegam.

b) Divisão motora

O SNC transmite informações para várias partes do corpo através da

divisão motora, ou eferente, do Sistema Nervoso Periférico (SNP). Uma vez

que o SNC processa a informação, que é recebida da divisão sensorial, ele

decide como o corpo deverá responder a esse estímulo. (CAMPOS;

CORAUCCI NETO, 2004) Para o mesmo autor, para que o corpo possa responder aos estímulos

sensoriais, as divisões sensoriais e motoras do sistema nervoso devem

funcionar juntas, numa sequência específica de eventos descrita da seguinte

maneira:

Page 19: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

18

a) um estímulo sensorial é recebido por receptores sensoriais;

b) o impulso sensorial é transmitido ao longo dos neurônios sensoriais

para o SNC;

c) o SNC interpreta a informação sensorial que entra e determina qual

resposta é mais apropriada;

d) os sinais para as respostas são transmitidos do SNC através de

neurônios motores;

e) o impulso motor é transmitido para o músculo, e a resposta ocorre.

1.1.2 Características do treinamento funcional

O treinamento funcional tem como característica realizar a convergência

das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano para a produção de

movimentos mais eficientes. A vantagem desse método de treinamento é a de

atender tanto o indivíduo mais condicionado como o menos condicionado,

criando um ambiente dinâmico de treino. (GOLDENBERG; TWIST, 2002)

Segundo Hilarino (2009), esse tipo de treinamento caracteriza-se por

exercícios que utilizam o corpo de maneira global, diferente da musculação e

da ginástica local que atuam de maneira segmentada.

De acordo com Normman (2009), o treinamento funcional não é

caracterizado, único e, exclusivamente, por um método de treino, o ideal é que

se combinem vários movimentos, estimulando, assim, não só um único grupo

muscular.

1.1.3 Treinamento funcional para crianças

Acredita-se que as crianças devem desenvolver músculos, ossos, tendões, e ligamentos fortes, que lhes permitam realizar atividade física com sucesso e com mais segurança, diminuindo riscos de lesões. Além disso, um sistema musculoesquelético forte pode potencializar o desempenho esportivo como é proposto nesse caso. Já se ouviu por aí que crianças não

Page 20: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

19

apresentam níveis suficientes de testosterona para formar músculos e adquirir força. Trata-se de uma suposição falsa. Embora pré-adolescentes tenham pouca testosterona, eles podem aumentar sua força muscular em até 74% em apenas dois meses de treinamento, possivelmente porque o desenvolvimento da força não depende somente dos níveis hormonais, mas também de vários fatores neuromusculares. (FAINGENBAUM; WESTCOTT, 2001, p. 6).

Segundo Pérez et al. (2006), outra concepção errada diz respeito ao

retardamento do crescimento de crianças que treinam com cargas. Se houver

um planejamento correto acompanhado de uma supervisão durante os treinos,

não há com que se preocupar, pois exercícios que desenvolvem a força tornam

os ossos fortes e resistentes a lesões. Entretanto, um treinamento de força não

torna as crianças mais altas, mas contribui para o desenvolvimento físico de

seus músculos, ossos, tendões e ligamentos.

Nas crianças e nos adolescentes em processo de maturação, são

evidentes algumas alterações na composição corporal que podem contribuir

positivamente com o desempenho esportivo, inclusive em nadadores. (PÉREZ

et al., 2006)

De acordo com Normman, (2009), as vantagens do Treinamento

Funcional são:

a) os exercícios, podem ser realizados por pessoas de todas as idades,

desde adolescentes a idosos;

b) aprimoramento da postura;

c) desenvolvimento, de forma equilibrada de todas as capacidades

físicas como: equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade

e resistência;

d) indicado não só para aqueles que buscam resultados estéticos, mas

também para os que buscam melhora nas capacidades físicas e

motoras;

e) ideal para ser aplicado em reabilitação de pacientes vítimas de

sequelas;

f) melhora o desempenho de praticantes de outras modalidades

esportivas;

g) previne lesões;

Page 21: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

20

h) oferece grande variação de exercícios e, com isso, é mais difícil

enjoar;

i) ampliação do leque de oportunidades no mercado de trabalho;

j) uma vez habilitado, o profissional se mostrará adaptado às inovações

da área e frente aos demais profissionais.

1.2 Natação

De acordo com Santos (1996), o planeta terra, geograficamente, é

cercado de água por todos os lados. Várias circunstâncias levam o

homem a relacionar-se com o meio aquático, ou por sobrevivência ou

por lazer.

Segundo a Federação Internacional de Natação Amadora (FINA), natação “é a

ação de autopropulsão e auto-sustentação na água que o homem aprendeu

por instinto ou observando os animais. É um dos exercícios físicos mais

completos.” (COUTO; SILVA, 1999, p. 43).

1.2.1 Nado Crawl

De acordo com Velasco (1997), existe contradição em relação a que

nado foi o primeiro a surgir, embora algumas bibliografias dizem que foi o

crawl.

Para o mesmo autor, esse estilo foi aperfeiçoado em 1893 por um

inglês, J. Arthur Trudgen, através das experiências com os nativos da América

do Sul.

Os movimentos dos membros inferiores eram de tesoura e que só evoluiu quando o inglês Frederick Caviel foi para a Austrália, onde os indígenas moviam com freqüência os membros inferiores na superfície da água, adotando assim o estilo crawl australiano, com o qual seu filho

Page 22: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

21

Richard, bateu o recorde mundial em 1900 das 100 jardas (VELASCO; 1997, p. 31).

De acordo com Couto e Silva (1999), o nado crawl adquiriu grande

popularidade, não só pela facilidade de seu aprendizado e execução, como

pelas distâncias que se pode atingir. Além disso é, atualmente, o nado mais

veloz que se conhece.

1.2.2 Natação e Treinamento Funcional

O desenvolvimento de uma musculatura central forte junto com um

treinamento funcional para a natação é extremamente bem vindo, pois essa

musculatura, denominada core, é muito utilizada. (SUMULONG, 2004)

De acordo com Guiselini (2010), o core é uma unidade integrada

composta de 29 pares de músculos que suportam o complexo quadril-pélvico-

lombar. Ele é responsável por manter um adequado alinhamento da coluna

lombar contra a ação da gravidade, estabilizar a coluna e pélvis durante os

movimentos e gerar força para os movimentos do tronco e prevenir lesões.

Segundo Sumulong (2004), o alinhamento apropriado do corpo na água

pode realmente reduzir a resistência da água e incrementar a potência central

(CORE), permitindo, assim, nadar mais rápido e com menos esforço, com

maior eficiência e por um maior período de tempo.

1.2.3 A importância do treinamento funcional na natação

Para Sumulong (2004), o treinamento funcional pode melhorar a

habilidade do corpo para gerar potência a partir da musculatura central, porque

quando se treina corretamente, estes músculos atuam de maneira sinergética

para melhorar dramaticamente seu rendimento esportivo.

Page 23: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

22

1.3 Desempenho Motor

Durante a infância e a adolescência, o organismo encontra-se sensível a

influências de fatores ambientais e comportamentais. Sendo assim, o

acompanhamento dos índices de desempenho motor, de crianças e

adolescentes, pode contribuir de forma decisiva na tentativa de promover a

prática de atividades físicas no presente e para toda a vida. (GUEDES;

GUEDES, 2006)

Segundo Weineck (1999), os requisitos motores podem ser subdivididos

de modo simplificado e esquemático em capacidades condicionantes e

capacidades coordenativas.

As capacidades motoras condicionantes identificam-se com atributos associados à resistência, à força, à velocidade e às suas combinações. Por outro lado, as capacidades motoras coordenativas se fundamentam na assunção, na elaboração, no processamento de informações e no controle da execução dos movimentos por meio dos analisadores táteis, visuais, acústicos, estático-dinâmicos e cinestésicos. (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 95).

1.3.1 Força

De acordo com Platonov, (2008), força é a capacidade do indivíduo de

superar uma resistência ou agir contra ela pela atividade muscular, podendo

ser um trabalho isométrico (estático) ou isotônico (dinâmico).

Na execução do trabalho isométrico não há presença de movimento

articular, contrário ao trabalho isotônico onde há este movimento.

1.3.2 Flexibilidade

Segundo Bompa (2002), a flexibilidade refere-se à amplitude de

movimento de uma articulação. A capacidade de executar com sucesso os

Page 24: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

23

movimentos e habilidades depende dessa amplitude.

A insuficiência de flexibilidade dificulta e atrasa o processo das habilidades motoras, limita o nível de manifestação das capacidades de coordenação, velocidade e força, deteriora a coordenação inter e intra muscular, diminui a economia de trabalho e aumenta o risco de danos aos músculos, tendões e ligamentos. (PLATONOV, 2008, p. 415).

Na maioria dos esportes ocorrem tensões musculares, rupturas e

distensões devido a movimentos repetitivos, quase sempre com amplitude de

movimento limitado.

Para Bompa (2002), com o aumento progressivo da flexibilidade,

alongará os músculos, diminuindo a tensão e auxiliando na prevenção de

lesões.

1.3.3 Equilíbrio

Segundo Campos e Coraucci Neto (2004), o equilíbrio é o processo de

manter o centro de gravidade dentro da base de suporte do corpo.

A posição do corpo em relação à gravidade e ao ambiente ao redor é

determinada por combinação de impulsos visuais, vestibular e

somatossesoriais, sendo explicados assim:

a) visuais que orientam os olhos e a cabeça em relação aos objetos ao

redor;

b) somatossensoriais que fornecem informações em relação a

orientação entre as partes do corpo e entre o corpo e a superfície

suporte;

c) impulsos vestibulares que suprem informações que medem

acelerações gravitacionais, lineares e angulares da cabeça no espaço,

sendo este o que menos participa na manutenção do equilíbrio em

relação aos impulsos visuais e somatossensoriais.

Page 25: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

24

1.3.4 Velocidade de Potência

Potência muscular é a habilidade de utilizar a força de maneira rápida e

eficaz, sendo que junto com a velocidade, pode ser trabalhada a fim de

aperfeiçoar a propulsão dentro da água. (VILAS-BOAS; FERNANDES;

KOLMOGOROV, apud DANTAS; TUCHER; GOMES, 2008, p. 171)

Para o mesmo autor a capacidade propulsiva é de fundamental

importância para o nadador e depende principalmente do desenvolvimento das

capacidades técnicas e das qualidades físicas que sustentam a expressão

mecânica da força. Nesse sentido, a capacidade propulsiva é dependente da

potência mecânica propulsiva, que se dá pela interação da força de arrasto

hidrodinâmico com a velocidade que o nadador é capaz de gerar para o seu

deslocamento, tornando uma importante competência para o sucesso na

modalidade.

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS

2.1 Condições ambientais

As avaliações e a aplicação do treinamento funcional foram realizados

na academia Polemi Aqua Sport, situada na cidade de Cafelândia no período

da tarde entre 13:00h e 17:00h, sendo supervisionados pela professora Giseli

de Barros Silva responsável pela pesquisa.

2.2 Sujeitos

A amostra experimental foi composta por 11 sujeitos de ambos os

gêneros, com idade entre 9 a 14 anos, sendo todos praticantes de natação.

Page 26: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

25

A amostra do gênero feminino realizou as avaliações do pré e pós

treinamento, no período pós menstrual, para não sofrer interferências

hormonais nos resultados.

2.3 Materiais

2.3.1 Materiais de Avaliação

Balança (Plenna), Estadiômetro (Filizole), Adipômetro (Cescorf),

Dinamômetro (Jamar®), Banco de Wells, Barra Fixa, Cronômetro e Colchonete.

2.3.2 Materiais de treinamento

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura1: Corda

Page 27: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

26

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 2: Elástico

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 3: Plataforma de instabilidade

Page 28: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

27

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 4: Bola Bosu

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 5: Bola (65 cm), bola (45 cm) e mini bola de basquete

Page 29: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

28

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 6: Halteres

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 7: Cama elástica

Page 30: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

29

Fonte elaborada pelos autores, 2010. Figura 8: Caneleiras

2.4 Testes

2.4.1 Protocolos

2.4.1.1 Protocolo I (antropometria)

Estatura - O avaliado deve estar em apnéia inspiratória com as partes

posteriores dos calcanhares, da cintura pélvica, da cintura escapular e da

região occipital em contato com a escala de medida. (GUEDES; GUEDES

2006) Peso - O avaliado deve estar com o mínimo de roupa possível e

descalço. O mesmo deve posicionar-se em pé com afastamento lateral das

pernas e colocar-se cuidadosamente sobre a plataforma com o peso distribuído

igualmente em ambos os pés. (GUEDES; GUEDES 2006)

Page 31: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

30

Índice de Massa Corporal (IMC) - na visão de Marins e Giannichi (2003)

é chamado de Índice de Massa Corporal ou Índice de Quetelet. O cálculo do

IMC representa um procedimento extremamente prático para avaliar a questão

do sobrepeso de sujeitos não atletas. Basta obter o registro do peso corporal e

da estatura que já é possível desenvolver algumas conclusões gerais sobre a

questão da obesidade. Com o registro das duas variáveis, aplica-se a seguinte

equação:

IMC= Peso corporal (Kg)

Estatura(m)2

Fernando Filho (2003) afirma que o IMC não diferencia peso de gordura

de peso livre de gordura, não sendo sensível às respectivas contribuições de

massa muscular e gordurosa ao peso corporal. O IMC possui uma moderada

correlação (r=0,70) com o percentual de gordura predito a partir da pesagem

hidrostática.

Uma interpretação cautelosa dos valores IMC deve ser realizada como

uma medida direta do grau de gordura. As regras do IMC podem implicar que,

quanto maior for o valor do IMC, maior será o percentual de gordura. Esse

pode não ser o caso de indivíduos com grandes quantidades de massa magra.

(FERNANDO FILHO, 2003)

2.4.1.2 Protocolo II (Composição corporal)

As dobras cutâneas das crianças foram mensuradas a partir do

protocolo de GUEDES E GUEDES (2006), sendo que essas foram feitas da

mesma maneira que em adultos, através da classificação maturacional de

TANNER (1962).

Triciptal e subscapular foram as dobras cutâneas utilizadas.

Para o cálculo do percentual de gordura, é preciso obter a somatória (∑2)

Page 32: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

31

das médias das dobras e aplicar a fórmula adequada:

QUADRO 1 – Fórmulas para cálculo de dobras cutâneas em crianças

∑2 ≤ 35mm

Rapazes brancos:

Pré-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 1,7

Púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 3,4

Pós-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 5,5

Rapazes Negros:

Pré-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 3,5

Púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 5,2

Pós-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 6,8

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 1,33(∑2) – 0,013(∑2)² - 2,5

∑2 > 35mm

Rapazes brancos e negros de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,783(∑2) + 1,6

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,546(∑2) + 9,7 Fonte : Guedes e Guedes, 2003 Quadro 1: Formula da Composição Corporal

2.4.1.3 Protocolo III (Bateria de testes de Desempenho Motor)

Page 33: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

32

2.4.1.3.1 Força (puxada em suspensão na barra “modificado”)

O avaliado deve estar em decúbito dorsal no solo e com ambos os

braços estendidos para cima. Já na posição inicial, o avaliado coloca-se

pendurado com os cotovelos em extenção com a empunhadura dorsal e a

barra em direção a seus ombros. A distância dos braços é de acordo com a

largura dos ombros do avaliado, estando o corpo ereto e apenas os

calcanhares em contato com solo.

Sendo assim, o avaliado tenta elevar seu corpo até que a região da

garganta toque a linha de demarcação colocada a dois espaços abaixo da

barra e, então, retorna o corpo à posição inicial. Esse movimento deve ser

repetido o máximo de vezes, sem limite de tempo.

2.4.1.3.2 Velocidade “Modificada”

O avaliado deve posicionar-se em uma das bordas da piscina na

posição de partida do nado crawl, percorrendo a distância de 20 metros, sendo

que, após os 10 primeiros metros realiza-se uma virada olímpica para retornar

os 10 metros finais. O avaliador deve ter um cronômetro as mãos para marcar

o tempo exato do percurso.

2.4.1.3.3 Abdominal

É realizado na posição de decúbito dorsal sobre um colchonete, joelhos

flexionados e planta dos pés voltada para o solo. Com os braços cruzados

sobre o tórax e a palma das mãos voltada para este na altura dos ombros

opostos. O avaliador deve fixar os pés do avaliado para que eles fiquem em

contato permanente com o solo, realizando o máximo de flexões abdominais,

encostando os cotovelos nos joelhos em 1 minuto. (GUEDES; GUEDES, 2006).

Page 34: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

33

2.4.1.3.4 Flexibilidade (sentar e alcançar)

O avaliado deve estar descalço, de frente para o aparelho, com as

pernas embaixo da caixa, os joelhos completamente estendidos e a planta de

ambos os pés totalmente em contato com a caixa. O avaliador deve apoiar os

joelhos do avaliado para assegurar que eles permaneçam devidamente

estendidos durante o movimento de extensibilidade.

Com as mãos uma sobre a outra, o avaliado deve deslizá-las sobre a

superfície da caixa, com a palma das mãos voltadas para baixo procurando

alcançar a maior distância possível em movimento lento e sem solavancos.

São oferecidas três tentativas ao avaliado, sendo que, a cada tentativa,

a distância alcançada deve ser mantida por aproximadamente dois segundos.

2.5 Procedimentos

2.5.1 Procedimentos da Avaliação

As avaliações foram divididas em avaliações iniciais e após oito

semanas. Foram realizados os mesmos protocolos de avaliações para

comparação dos dados obtidos.

Os sujeitos foram selecionados de acordo com a idade, pela técnica do

nado crawl e por serem praticantes de natação.

2.5.2 Procedimentos do treinamento

As sessões foram realizadas durante 45 minutos, sendo 3 séries de 15

repetições com intervalo de 50 a 60 segundos para cada exercício.

Os exercícios realizados foram:

Page 35: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

34

a) abdominal sobre a bola (flexão e extensão de pernas);

b) abdominal sobre o Bosu;

c) flexão e extensão de pernas sobre a bola com elevação de quadril;

d) equilíbrio na cama elástica;

e) agachamento no Bosu;

f) equilíbrio na prancha instável;

g) equilíbrio sobre a bola com movimentação da mesma;

h) pull over com elástico;

i) braçadas do crawl com elástico sobre a bola;

j) batimento de pernas com caneleiras sobre a bola;

k) rotação de quadril (decúbito dorsal) com a bola entre as pernas.

2.6 Análise Estatística

Para a análise dos dados, serão utilizados os testes de média e desvio

padrão e para a comparação dos dados pareados foi utilizada a análise de

variância (ANOVA two-wey), seguida do test post hoc de tuckey, com nível

significante p ≤ 0,05.

2.7 RESULTADOS

Para comparação dos dados, os resultados serão apresentados

conforme as tabelas seguintes:

TABELA 1 - Comparação das características dos sujeitos no pré e pós

treinamento, grupo feminino (GF) e grupo masculino (GM)

Page 36: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

35

GF Pré

(n=6)

GF Pós

(n=6)

GM Pré

(n=5)

GM Pós

(n=5)

Idade 11,6 ± 1,63 11,6 ± 1,63 11,4 ± 1,67 11,4 ± 1,67

Peso 45,6 ± 9,98 45,6 ± 9,76 51,9 ± 5,28# 52,2 ± 4,51β

Estatura 150,8 ± 7,70 151,8 ± 7,38 156,6 ± 9,01# 157,4 ± 8,96β

IMC 19,95 ± 3,26 19,7 ± 2,94 21,1 ± 2,18 21,1 ± 1,93

% GORD 23,42 ± 5,22 21,5 ± 5,05* 27,5 ±11,11# 27,4 ± 12β Fonte: elaborada pelos autores, 2010. *P≤0,05 em relação à avaliação pré com pós do grupo.# P≤0,05 em relação à avaliação pré com pré entre os grupos, & P≤ 0,05 em relação à avaliação pós com pós entre os grupos

Na tabela acima foram expressos os dados em média e desvio padrão

das variáveis de idade, peso, estatura, índice de massa corporal (IMC) e

percentual de gordura (%GORD). Para tais análises, foram encontradas

diferenças estatisticamente significantes em relação ao pré com pós

treinamento apenas na variável de %GORD no GF, em comparação ao pré

com pré entre os grupos observa-se uma diferença significante nas variáveis

de peso, estatura e %GORD, podendo dizer que o grupo feminino é diferente

do grupo masculino em relação ao pós com pós os resultados apresentam as

mesmas diferenças da comparação feita na relação pré.

TABELA 2 - Comparação das capacidades físicas dos sujeitos, no pré e pós

treinamento, grupo feminino (GF) e grupo masculino (GM)

Fonte: elaborada pelos autores, 2010. *P≤0,05 em relação à avaliação pré com pós do grupo. # P≤0,05 em relação à avaliação pré com pré entre os grupos, & P≤ 0,05 em relação à avaliação pós com pós entre os grupos

GF

Pré (n=6)

GF

Pós (n=6)

GM

Pré (n=5)

GM

Pós (n=5)

FLEX 29,6 ± 6,37 30,5 ± 7,47 28,4 ± 6,58 30 ± 5,24*

ABD 33 ± 7,12 41,1 ± 9,49* 18,8 ± 10,87# 28,8 ±13,3*β

BARRA 3,6 ± 3,38 6,3 ± 2,06* 4,8 ± 5,84# 5,66 ± 6,94

PISC 20,1 ± 1,80 18,58 ± 1,06* 20,7 ± 3,46 19 ± 3,98

Page 37: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

36

Na tabela acima quando comparados os resultados em pré e pós

treinamento, encontrou-se diferenças estatisticamente significantes nas

variáveis de abdômen, barra e piscina para o grupo feminino, e flexibilidade e

abdômen para o grupo masculino. Para a comparação das variáveis no pré

com pré entre os grupos encontra-se diferença estatisticamente significante

nas variáveis de abdômen e barra, e para a comparação da situação pós com

pós entre os grupos observa-se diferença estatisticamente significante apenas

na variável de abdômen.

2.8 DISCUSSÂO

O treinamento funcional tem sido muito difundido na área do

condicionamento físico. Muitos profissionais de educação física têm aderido a

esse treinamento, associando instabilidade na execução dos exercícios, sejam

eles voltados ao desempenho esportivo ou à melhora da qualidade de vida. Em

um conceito mais técnico, Evangelista e Monteiro (2001), diz que movimentos

funcionais referem-se a movimentos integrados, multi-planares de estabilização

e produção de força, ideais para atletas de natação que utilizam diversos

planos e eixos para se deslocarem com eficiência. Essa metodologia também

aderi a prevenção de lesões envolvendo diferentes ações musculares.

A presente pesquisa foi realizada em uma escola de natação, na qual

foram selecionados 11 sujeitos, sendo 6 do gênero feminino e 5 do gênero

masculino, variando a faixa etária entre 9 e 14 anos e que soubessem o nado

crawl com técnica, independente da classificação maturacional, pois o objetivo

principal desse estudo foi observar a melhora geral que o treinamento funcional

pode promover no grupo praticante de natação.

Em um estudo realizado por Bonfim e colaboradores (2006), observam

que as meninas que atingiram a menarca passam por modificações muito

significantes da estatura e da composição corporal. Nesse mesmo estudo, as

meninas apresentaram maior estatura quanto maior o tempo de menarca, a

massa livre de gordura e a massa de gordura foram, respectivamente, maiores

e menores, quando comparadas de acordo com os períodos pré e até um ano

Page 38: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

37

após a menarca. Duart (1987), analisou os dados de escolares e constatou que

as meninas com menarca possuíam valores superiores para os parâmetros

antropométricos em relação àquelas que não haviam passado pela experiência

de menarca.

Ainda comparando os gêneros, é possível citar um estudo de Galvão e

colaboradores (2006), que comparou o desempenho motor de meninos e

meninas em diferentes estágios maturacionais, sendo avaliado pelo teste de

flexão e extensão dos cotovelos na barra, indicando que as diferenças maturacionais (pré- púberes e púberes) afetam, com maior relevância, os

meninos em relação as meninas.

Como visto anteriormente, muitos estudos mostram que há diferenças

no desenvolvimento de crianças do gênero feminino e do masculino, porém na

presente pesquisa, nenhum dos sujeitos haviam atingido o estagio pós púbere.

No grupo feminino, 3 meninas haviam tido a menarca, mas fazia menos de um

ano, não interferindo assim, de forma discrepante nos resultados. Seguindo os

dados coletados na pesquisa, observou-se uma variação em relação à

maturação sexual dos sujeitos, sendo 2 classificados como pré-pubere, 1 do

grupo masculino e 1 do grupo feminino e 9 púberes, sendo 4 do grupo

masculino e 5 do grupo feminino.

Alguns estudos relacionam o desempenho motor à maturação

esquelética. Arruda e Braz (2008), encontraram uma correlação positiva e

significante entre o estágio de maturação biológica e o nível de desempenho

motor.

Segundo o estudo de Ferreira e Bohme (1998), constatou-se que, dentre

as variáveis antropométricas, a adiposidade corporal foi a única que sofreu

diferença significante entre os sexos, sendo superior no grupo feminino. Eles

também citam que os meninos tiveram melhores resultados no desempenho

motor que as meninas. Todavia, na pesquisa, não foi controlada a seleção dos

sujeitos com relação às características físicas, constatando que o grupo

masculino apresentou uma diferença estatisticamente significante maior nas

variáveis, peso, estatura e % GORD, antes da aplicação do treinamento, o qual

também se observa valores altos no desvio padrão destas características.

A presente pesquisa está de acordo com o estudo de Ferreira e Bohme,

pois antes da aplicação do treinamento, o grupo masculino já apresentava

Page 39: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

38

melhor desempenho motor em geral comparando-se com o grupo feminino.

Para Arruda e Braz (2008), ao ser investigada a relação do desempenho

motor com idade cronológica, procurou-se diagnosticar as possíveis diferenças

biológicas entre indivíduos da mesma idade no desempenho das tarefas

motoras. Na presente pesquisa, além de ter em mão a idade cronológica, a

idade biológica, também foi possível ser analisada, através da classificação

maturacional de Tanner (1962). No mesmo estudo de Arruda e Braz (2008),

eles citam que não foram observadas diferenças significantes na maioria das

comparações entre grupos de diferentes estágios maturacionais, dentro de

uma mesma faixa etária e indicam que os diferentes estágios maturacionais

não foram decisivos para uma melhor performance nos testes de desempenho

motor.

Um estudo de Ferreira e Bohme (1998), observa que, em geral, os

diferentes aspectos da constituição física influenciam a capacidade de

desempenho motor, porém em graus que variam consideravelmente de acordo

com o sexo, faixa etária, característica antropométrica analisada e tarefa

motora testada.

Guedes e Guedes (1995), dizem que em crianças e adolescentes, as

modificações que presumivelmente ocorrem até que atinjam o estágio de

maturidade podem ser tão grandes ou maiores até do que as próprias

adaptações resultantes de um programa de atividade física. Nesse sentido,

parece fundamental, em estudos realizados com crianças, que se diferenciem

os efeitos do treinamento e dos possíveis efeitos provocados pela ação do

crescimento, desenvolvimento e maturação.

Na presente pesquisa, a variação encontrada entre os sujeitos

referentes ao nível maturacional pode não ter sido um fator negativo para os

resultados pois nota-se a eficácia do treinamento funcional em algumas

variáveis, principalmente no grupo feminino de modo geral, não apenas no

ganho de força, mas também na resistência.

Por muitos anos, a prática do treinamento com a utilização de resistência

(pesos livres) para aumentar a força muscular e resistência em meninos pré-

puberes e adolescentes era altamente controvertido. Meninos e meninas eram

desencorajados a utilizar pesos livres sob a alegação de que poderiam

machucar-se e interromper, prematuramente, o processo de crescimento. Além

Page 40: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

39

disso, muitos cientistas especularam que o treinamento com resistência teria

pouco ou nenhum efeito na musculatura dos meninos pré-púberes, porque os

seus níveis de androgênio circulante estavam ainda baixos.

Estudos em animais sugerem que resistências pesadas podem deixar os

ossos mais fortes, largos e compactos. Mas esses estudos não têm contribuído

muito para o entendimento dos riscos e benefícios associados a essa forma de

atividade em humanos, porque é impossível relacionar a carga imposta a esses

animais com a carga que poderia ser aplicada a um jovem. Muitos estudos têm

sidos realizados nos sentido de que pré-púberes e adolescentes têm

participado em treinamento com resistência. Kraemer e Fleck (1999),

concluíram que o risco de lesão é muito baixo. Na verdade, o treinamento com

resistência pode oferecer alguma proteção contra as lesões, por exemplo,

fortalecer os músculos que cruzam uma junta. Uma abordagem conservadora é

ainda recomendada na prescrição do treinamento com resistência para criança,

particularmente pré-púberes.

Em um estudo feito por Simão (2002), onde meninos e meninas pré-

púberes fizeram parte de um programa de treinamento de resistência de 9

semanas, suas capacidades de força tiveram um aumento de 42,9%,

comparado com um aumento de 9,5% no grupo controle dos não treinados. O

aumento no grupo dos não treinados era esperado, em função do crescimento

físico nesse período de tempo.

Num estudo final citado por Barbosa (2006), 33 garotos pré-púberes,

púberes, e pós-adolescentes foram submetidos a um programa de treinamento

com resistência de 9 semanas. Todos os 3 grupos obtiveram ganhos

significativos na força. Os pesquisadores hipotizaram que o grupo dos púberes

obteriam o maior ganho de força devido ao aumento drástico do nível de

testosterona durante esse período, mas isso não foi o caso. Na verdade, o

grupo dos garotos pré-púberes obteve maiores ganhos do que o grupo dos

garotos púberes em muitos testes de força.

A força é uma das principais formas de exigência motora, daí a

importância do treinamento, principalmente na sua contribuição para o

desempenho esportivo. São incontestáveis os benefícios promovidos pelo

treinamento da fase adulta do ser humano, no entanto existe muita dúvida na

aplicação desse tipo de trabalho no período compreendido pela infância e

Page 41: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

40

adolescência.

Weineck (1986), retratando-se ao treinamento de força para a criança e

o adolescente cita que o treinamento de força tem um papel importante na

formação corporal polivalente das crianças e adolescentes.

Na fase da puberdade, entre os 12 e 13 e entre os 18 e 19 anos,

segundo Weineck (1991), atenta para a pequena e passageira desarmonia nas

dimensões corporais dificultando as relações de alavanca. Grande influência

hormonal na maturação, orgânica, principalmente óssea, tendo, assim, uma

capacidade de suportar uma capacidade elevada menor. Contudo, com o

passar da idade nessa fase, já é possível treinamentos com métodos

dinâmicos e estáticos, que irão refletir na força máxima do indivíduo, até

mesmo pela utilização de cargas adicionais como o peso corporal do colega e

instrumentos adaptados.

Com embasamento na afirmação acima, pode-se citar a evolução no

teste de abdominal e no teste de barra, tanto nas meninas quanto nos meninos,

embora alguns valores de desvio padrão tenham sido altos em ambos os

grupos.

Porém, quando observadas, estatisticamente, as diferenças encontradas

no grupo feminino foi no teste abdominal e no da barra. No grupo masculino,

apenas no abdominal, podendo mostrar a eficácia do treinamento funcional no

qual tem como característica a força e a resistência abdominal e desenvolve

também a força de empunhadura, pois os exercícios têm aplicação de força de

tração e força em relação ao próprio corpo.

Embora a variável abdômen tenha apresentado uma melhora

estatisticamente significante no grupo masculino, observou-se um alto valor no

desvio padrão devido a baixa capacidade de força abdominal de alguns

sujeitos para realizar as avaliações, tanto pré como pós.

A flexibilidade também foi uma variável avaliada na presente pesquisa,

sendo que Farinatti (2000), cita em seu estudo que na natação, sem dúvida,

pode-se encontrar a maior quantidade de trabalhos demonstrando evidências

de como a flexibilidade influencia no desempenho de uma modalidade

esportiva.

Na presente pesquisa, a variável flexibilidade não apresentou diferenças

entre os gêneros antes da aplicação do treinamento, mas o grupo masculino

Page 42: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

41

apresentou diferença estatisticamente significante após a aplicação do

treinamento funcional.

Segundo Sumulong (2004), o treinamento funcional pode melhorar a

habilidade do corpo para gerar potência a partir da musculatura central. Como

visto anteriormente na pesquisa, foi aplicado o teste de força abdominal e,

provando a afirmação acima, houve melhora dos sujeitos em relação a esta

variável.

Verificou-se em um estudo realizado por Costa (2006), onde foram

avaliadas 26 atletas de natação do gênero feminino na categoria infantil,

correlacionando a maturação sexual com a força, potência e velocidade.

Observou-se, que quanto mais altos os níveis de maturação sexual,

principalmente em relação aos pelos pubianos, apresentavam maiores os

resultados comparados a estas variáveis, obtendo resultados superiores tanto

em competições quanto em treinamento. Nesta pesquisa, houve diferença

estatisticamente significante no tempo de piscina quando comparado os

resultados para o gênero feminino. Entretanto, em um estudo realizado por

Barbosa e Andries Junior (2006), é citado que ganhos de força muscular fora

da água não se transferem para o desempenho dos nadadores dentro dela,

apesar de gerar alterações positivas e significantes fora dela.

Segundo Antes (2008), praticando-se uma tarefa qualquer,

suficientemente, o nível das capacidades motoras aumenta e, por

conseqüência, aumenta o nível das habilidades motoras. Então, o nível de

sucesso que uma pessoa pode atingir em uma determinada habilidade motora

depende em grande parte do grau das capacidades que se fazem necessárias

para tal habilidade que essa pessoa possui.

Muitos estudos citam as diferenças existentes nas características

e no desempenho motor entre os gêneros, porém, procurou-se explorar nesta

pesquisa a melhora que o treinamento funcional traz às crianças que praticam

natação como um todo, independente do gênero.

O treinamento aplicado foi todo composto por exercícios que

trabalhassem as capacidades físicas, como: equilíbrio, força, flexibilidade, força

abdominal, entre outras, mas, sempre respeitando a individualidade biológica

de cada sujeito. Como citado no estudo de Cabral; Mansolo; Lima (2006), as

categorias de base da natação são divididas segundo a idade cronológica das

Page 43: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

42

crianças e essas são submetidas ao mesmo tipo de treinamento (vol. e int.)

desrespeitando o princípio da individualidade biológica, podendo levar a

sobrecarga muscular e esquelética, já que em seu estudo foram encontrados

os três estágios de maturação sexual.

2.9 CONCLUSÃO

Apesar de o tempo de treinamento ter sido de apenas dois meses, os

resultados apresentados na pesquisa foram influentes para a melhora das

capacidades físicas avaliadas.

As características físicas dos sujeitos não sofreram mudanças

consideráveis após a aplicação do treinamento. Tal fato pode ter se dado pela

baixa frequência com que foi aplicado, sendo apenas duas vezes por semana.

Com relação ao desempenho motor de ambos os grupos, observa-se

uma melhora significativa em todas as variáveis, independente dos valores de

desvio padrão.

Porém, quando se comparam os dados em valores estatísticos, observa-

se diferença significante na força abdominal, barra e tempo de piscina no grupo

feminino e teste abdominal no grupo masculino.

A heterogeneidade encontrada entre os sujeitos resultou em valores de

desvio padrão relativamente altos. O presente estudo foi capaz de analisar a

metodologia do treinamento funcional, mostrando sua eficácia para a melhora

do desempenho motor de crianças praticantes de natação.

Observando os sujeitos, individualmente, pode-se afirmar que os

resultados obtidos após o treinamento aplicado foram positivos, mostrando,

assim, a eficácia do treinamento funcional tanto para o desempenho motor,

como para o desenvolvimento da habilidade de nadar.

É interessante notar que o número de praticantes do treinamento

funcional e de artigos científicos publicados nessa área vem aumentando, o

que deve expressar a motivação que os praticantes relatam sentir, além da

curiosidade dos pesquisadores para a solução de algumas dúvidas que ainda

pairam sobre esse tipo de treinamento.

Page 44: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

43

REFERÊNCIAS

ANTES, D. L. Natação e musculação atuando sobre o equilíbrio e a propriocepção em prol da qualidade de vida. Efdeportes.com, Buenos Aires, 2008. Disponível em: G:\monografia\artigo para equilibrio.mht Acesso em 17 out. 2010. ARRUDA, M; BRAZ, T. V. Diagnóstico do desempenho motor em crianças e adolescentes praticantes de futebol. Googleacademico.com.br, Espírito Santo do Pinhal, SP, 2008. Disponível em: Googleacademico.com.br. Acesso em: 29 out. 2010. BARBOSA, A. C; ANDRIES JÚNIOR, O. Efeito do Treinamento de força no desempenho motor. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.20, n.2, p. 141-150, abril/junho 2006. BOMPA, T. O.; Treinamento Total para Jovens Campeões. Barueri, SP: Manole, 2002. BONFIM, M. R; et al. Diferenças na composição corporal de meninas nos estágios pré e pós menarca. São Paulo, 2006. Disponível em: A Globalização do Esporte e da Atividade Física. CABRAL, V.; MANSOLO, A. C.; LIMA, J. P. Maturação sexual e desempenho físico em nadadores de 11 a 14 anos de idade. São Paulo, 2006. Disponível em: A Globalização do Esporte e da Atividade Física. CALOMENI, M; ALMEIDA, M. Treinamento funcional – Uma revolução na preparação desportiva. Shvoong.com, [s.l.] 25 mar. 2008. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1794537-treinamento-funcional/> Acesso em: 07 mar. 2010. CAMPOS, M. A.; NETO, B. C.; Treinamento Funcional Resistido: Para Melhoria da Capacidade Funcional e Reabilitação de Lesões Musculoesqueléticas. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2004. COSTA, S. X.; ALVAS, R. GOMES, A. L. M. Estudo comparativo entre o estágio maturacional e a força e atletas de natação na categoria infantil feminino. Fitness & Performance Journal, v. 5, n° 1, p.31 - 38, 2006.

Page 45: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

44

COUTO, A.C.P.; SILVA, C. I.; Manual do Treinador de Natação. Belo Horizonte, MG: Edições FAM, 1999. CYRINO, E. S. et al. Efeitos do treinamento de futsal sobre a composição corporal e o desempenho motor de jovens atletas. Portalrevistas.ucb.br, Brasília, SP, 2002. Disponível em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/414/467 Acesso em: 25 out. 2010. DAMASCENO, L. G.; Natação, Psicomotricidade e Desenvolvimento. Brasília, DF: Secretaria dos Desportos da Presidência da República, 1992. DANTAS, E.H.M; GOMES, A.L.M; TUCHER, G. Relação entre a potência mecânica de nado e o rendimento na natação. Google Acadêmico, 26 out. 2008. Disponível em: http://74.125.155.132/scholar?q=cache:-X0cWdGkPTYJ:scholar.google.com/+RELA%C3%87%C3%83O+ENTRE+A+POT%C3%8ANCIA+MEC%C3%82NICA++DE+NADO+E+O+RENDIMENTO+NA+NATA%C3%87%C3%83O&hl=pt-BR&as_sdt=2000> Acesso em: 10 abr. 2010. DE LA ROSA, A. F.; FARTO, E.R. Treinamento Desportivo- Do Ortodoxo ao Contemporâneo. São Paulo, SP: Phorte, 2007. DUART, M. F. S. Maturação Física: Uma Revisão da Literatura, com Especial Atenção à Criança Brasileira. Scielo.br, Rio de Janeiro, RJ, 1993. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v9s1/08.pdf> Acesso em: 24 out. 2010. EVANGELISTA, A. L.; MONTEIRO, A. G.; Treinamento Funcional: Uma abordagem prática. São Paulo, SP: Phorte, 2010. FAIGENBAUM, A. D.; WESTCOTT, W. L. Força e Potência para Atletas Jovens. Barueri, SP: Manole, 2001. FARINATTI, P. T. V. Flexibilidade e Esporte: Uma Revisão da Literatura. portalsaúdebrasil.com. São Paulo, jan/jun. 2000. Disponível em: http://portalsaudebrasil.com/artigos/artigo0131.pdf Acesso em: 29 out. 2010. FERNANDO FILHO, J. A Prática da Avaliação Física. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

Page 46: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

45

FERREIRA, M; BOHME, M. T. S. Diferenças sexuais no desempenho motor de crianças: Influência da adiposidade corporal. Citrus.uspnet.usp.br, São Paulo, SP, 1998. Disponível em: <http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v12%20n2%20artigo7.pdf> Acesso em: 25 out. 2010. FLECK SJ, KRAEMER WJ. Fundamentos do treinamento de força muscular. Ed. ARTMED: Porto Alegre, 1999. FRAINER, D. E. S; OLIVEIRA, F. R; PAZIN, J. Efeito da Maturação Sexual, Idade cronológica e Índices de Crescimento no Limiar de Lactato e no Desempenho Motor da Corrida de 20 minutos. São Paulo, v.12, n.3, p. 139-144, maio/junho. 2006. GALVÃO, J. S; et al. Influência da maturação na composição corporal e desempenho motor de escolares. São Paulo, 2006. Disponível em: A Globalização do Esporte e da Atividade Física. GELATTI, P. O gladiador do futuro. Combat Sport. São Paulo, n. 46, p. 12-14, fev/mar. 2009. GOLDENBERG; TWIST. Treinamento funcional. wikipedia.com.br [s.l.; s.d.] Disponível em: <http//www.google.com.br> Acesso em 24 jul. 2010. GUEDES, D, P; GUEDES, J. E. R. P.; Manual Prático para Avaliação em Educação Física. Barueri, SP: Manole, 2006.

GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Crescimento, Composição Corporal e Desempenho Motor de Crianças e Adolescentes. São Paulo: Barueri, 1995.

GUEDES, D. P; GUEDES, J. E. R. P. Composição Corporal, Atividade Física e Nutrição. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003. GUISELINI, M. Treinamento funcional e core training. Artur Monteiro.com.br [s.l.], 25 jan. 2010. Disponível em: <http://www.arturmonteiro.com.br/2010/01/2090/> Acesso em: 10 jul. 2010. HILARINO, M. J. Treinamento funcional otimiza a performance. Treino total.com.br, [s.l.] 21 set. 2009. Disponível em: <http://www.treinototal.com.br/revista/2009/09/21/treinamento-funcional-performance-corrida-natacao/> Acesso em: 01 mar. 2010.

Page 47: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

46

MONTEIRO, A. G.; Treinamento Personalizado: Uma abordagem Didático- Metodológico. São Paulo, SP: Phorte, 2000. NORMMAN, T. Treinamento funcional: o novo divisor de águas. Treino total.com.br, [s.l.] 17 jul. 2009. Disponível em: <http://www.treinototal.com.br/revista/2009/07/17/treinamento-funcional-academia-musculacao-treino/> Acesso em: 01 mar. 2010. OKANO, A. H, et al. Comparação entre o desempenho motor de crianças de diferentes sexos e grupos étnicos. Portalrevistas.ucb.br, Brasília, SP, 2001. Disponível em: <http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/392/445> Acesso em: 25 out. 2010. PEREIRA, C. A.; Treinamento de Força Funcional: Desafiando o Controle Postural. Jundiaí, SP: Fontoura, 2009. PLATONOV, N. V.; Tratado Geral de Treinamento Desportivo. São Paulo, SP: Phorte, 2008. RAMALHO, E. Ainda tem dúvidas sobre o que é treinamento funcional? Treino total.com.br, [s.l.] 26 nov. 2009. Disponível em: <http://www.treinototal.com.br/revista/2009/11/26/ainda-tem-duvidas-sobre-o-que-e-treinamento-funcional/> Acesso em: 07 mar. 2010. SANTOS, C. A.; Natação: Ensino e Aprendizagem. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 1996. SILVA, L. R. R.; Desempenho Esportivo: Treinamento com crianças e adolescentes. São Paulo, SP: Phorte, 2006. SIMÃO R. Fundamentos Fisiológicos para o Treinamento de Força e Potência. Editora Phorte: São Paulo, 2002. SUMULONG, H. Treinamento funcional para natação. Aquabarra.com.br, [s.l.] 22 nov. 2004. Disponível em: <http://www.aquabarra.com.br/artigos/treinamento/TREINAMENTO_FUNCIONAL_PARA_A_NATACAO.pdf> Acesso em: 10 abr. 2010.

Page 48: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

47

VELASCO, C. G.; Natação Segundo a Psicomotricidade. 2. Ed. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 1997. WEINECK, J.; Treinamento Ideal: Instruções Técnicas sobre desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. São Paulo, SP: Manole, 1999. WEINECK, J. Biologia do esporte. Editora Manole, São Paulo, SP, 1991. WEINECK, J. Manual de treinamento esportivo. Editora Manole, São Paulo, SP, 1986.

Page 49: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

48

APÊNDICES

Page 50: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

49

APÊNDICE A - Autorização

Autorização Eu,________________________________________,R.G._______________, responsável por__________________________________________, autorizo-o a participar das avaliações e treinamentos do trabalho de conclusão de curso (TCC) dos alunos Emiliza Molina, João Rufino da Silva e Luis Henrique Manganotti, graduandos do curso de Educação Física Bacharelado do Unisalesiano. _________________________________ Assinatura do responsável

Page 51: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

50

APÊNDICE B- Carta aos pais

Senhores Pais e/ou Responsáveis,

Queremos pedir a autorização de V. Senhoria para que seus filhos

participem de testes para o desenvolvimento da nossa monografia, cujo tema é

“O treinamento funcional como proposta de influência no desempenho motor de

crianças praticantes de natação”.

Seu filho será submetido a dois testes: um no começo deste mês de

maio e outro no começo de julho. Estes testes serão compostos por:

composição corporal (medição de peso, altura, porcentual de gordura entre

outros),

Além destes testes, será aplicado um treinamento ao longo de dois

meses, duas vezes por semana, o qual será realizado na sala de aparelhos da

POLEMI AQUA SPORT.

O estudo será acompanhado pela professora Giseli Barros, orientadora.

Caso aceite nos ajudar, preencha abaixo.

Assinale o melhor dia e melhor horário para seu filho realizar o primeiro

teste.

( ) Sexta 07/05/2010 das 14:00h às 17:00h

( ) Sábado 08/05/2010 das 8:00h às 11:00h

Em caso de não haver disponibilidade de nenhum destes dias, entrar em

contato conosco.

Para a aplicação do treinamento, quais dias e qual horário não há

disponibilidade?

Agradecemos sua colaboração.

Emiliza, Luis Henrique e João Rufino

Page 52: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

51

APÊNDICE C- Avaliação física

(Trabalho de Conclusão de Curso- Emiliza, João Rufino e Luis Henrique-

Educação Física Bacharelado-2010)

Data:___/___/______ Avaliador: _________________

Nome:__________________________________________________________

Idade:______ Data de nascimento:___/___/______

Medidas Antropométricas

Estatura:________ Peso: ________ IMC:________

Classificação Maturacional: _____________________________

Dobras Cutâneas

Triciptal __________, __________, __________ Média: __________

Subscapular: __________, __________, __________ Média: __________

Teste Abdominal: __________________________________________

Teste de Resistência/ Força: __________________________________

Dinamometria: Direito _____________ Esquerdo ________________

Page 53: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

52

Teste Equilíbrio

Membro Inferior:

Tempo:

Page 54: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

53

APÊNDICE D – TABELAS DOS VALORES DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

E DESEMPENHO MOTOR DOS SUJEITOS

Grupo Treinamento Pré Grupo Treinamento Pós

Page 55: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

54

ANEXOS

Page 56: O TREINAMENTO FUNCIONAL COMO PROPOSTA DE …unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/51865.pdf · Continue contando comigo para o que precisar, para todo o sempre! Luis Henrique

55

QUADRO 1 – Fórmulas para cálculo de dobras cutâneas em crianças

∑2 ≤ 35mm

Rapazes brancos:

Pré-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 1 7

Púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 3,4

Pós-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 5,5

Rapazes Negros:

Pré-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2) - 3,5

Púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 5,2

Pós-púbere % gord = 1,21(∑2) – 0,008(∑2)² - 6,8

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 1,33(∑2) – 0,013(∑2)² - 2,5

∑2 > 35mm

Rapazes brancos e negros de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,783(∑2) + 1,6

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,546(∑2) + 9,7 Fonte : Guedes e Guedes, 2003 Quadro 2: Formula da Composição Corporal