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¹ Professora do Estado do Paraná desde 1995, graduada em História pela Universidade Estadual de

Maringá(UEM), pós-graduada em Didática e Metodologia de Ensino pela Universidade do Norte do

Paraná(UNOPAR).

² Professor Doutor do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá.

O USO DA FOTOGRAFIA COMO DOCUMENTO HISTÓRICO NA SALA DE AULA, UM RECURSO DIDÁTICO NO PROCESSO DE ENSINO

APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Roseli dos Santos Kaufmann (autora)¹ Ailton José Morelli (orientador)²

Resumo

Este Artigo é resultado do trabalho desenvolvido durante dois anos (Agosto 2010/agosto2012) como parte das atividades propostas pelo PDE, e tem como objetivo trazer uma reflexão referente à prática metodológica do ensino de História na Educação básica, mais especifico sobre os últimos anos do Ensino Fundamental. É uma proposta didática do uso da fotografia como documento a ser trabalhado com os alunos, para um a reflexão de como ocorre a construção do conhecimento histórico através das fontes históricas. O material didático construído traz textos para reflexão e a fonte fotográfica da escola onde o projeto foi implementado. A proposta procura mostrar como a fotografia é uma fonte riquíssima de informações, e a importância de se preservar esse patrimônio histórico e cultural que faz parte da história desta comunidade. É uma proposta desafiadora que se coloca para o professor, mas que deve ser amplamente utilizada.

Palavra-chave: Fotografia – Documento – Memória - Ensino de História

Abstract

This article is the result of a work developed over two years (from August 2010 to August 2012) as part of the activities proposed by the PDE (SDP - School Development Plan), and it has the objective to bring into reflection the

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methodological practice on History teaching in basic education, more specifically in the last years of Elementary School. It is a didactic proposal of the use of photography as a document to be used with the students, in order to reflect about the construction of historical knowledge through historical sources. The gathered didactic material brings texts to reflect and the photographic source of the school where the project was implemented. The proposal intends to show that the photography is a great source of information, and it also tries to show the importance of preserving this historical and cultural heritage, that is part of this community‟s history. This is a challenging proposal presented to the teacher, nevertheless it must be widely applied.

Keyword: Photography – Document – Memory – History teaching

Introdução

Este Artigo é resultado do trabalho desenvolvido durante dois anos

(Agosto 2010/agosto2012) como parte das atividades propostas pelo Programa

de Desenvolvimento Educacional - PDE, uma política de formação continuada e

de valorização dos professores da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná

em parceria com as Instituições de Ensino Superior, com objetivo de melhorar a

Educação Básica. O artigo é uma reflexão referente à prática metodológica do

ensino de História na Educação básica, mais especifica os últimos anos do

Ensino Fundamental II, tendo como público alvo os alunos da Escola Estadual

Princesa Izabel de Cianorte.

As Diretrizes Curriculares da Educação básica de História (Paraná,

2008, p.69) afirmam que “recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas

aulas de História pode favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos

métodos de trabalho do historiador”, é necessário, então que o aluno tenha

conhecimento das diferentes fontes históricas e entenda como estas são

utilizadas pelo historiador na construção do conhecimento.

Para a implementação do projeto foi escolhida como fonte a ser

estudada pelos alunos a fotografia, para que através de sua observação estes

entendessem que existe memória preservada nas imagens fotográficas e como

o historiador através da imagem e de todo um trabalho de coleta de

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informações elabora a narrativa histórica. As fotografias são importantes

instrumentos para contar e reconstituir a história e chegar ao que não está

aparente.

Buscou-se com as atividades desenvolvias destacar também a

importância de resgatar e preservar a memória local, importância destacada

nas Diretrizes que afirmam que “o estudo das histórias locais é uma opção

metodológica que enriquece e inova a relação de conteúdos a serem

abordados, além de promover a busca de produções historiográficas diversas”

(2008, p.71), proporcionando ao aluno a oportunidade de conhecer a história

do local em que vive.

As atividades desenvolvidas na implementação do projeto seguiram

uma sequência importante para a compreensão das fontes históricas usadas.

Iniciou-se a implementação com uma atividade sobre o que são fontes

históricas, com o objetivo de esclarecer as dúvidas. Na sequência os alunos

tiveram contato com as fotografias, realizando os exercícios propostos e

treinando o olhar para observar imagens.

Para apresentar o material didático aos alunos foi elaborado um

PowerPoint com o texto, que foi ilustrado para chamar a atenção. Todas as

atividades foram realizadas primeiro oralmente, para depois fazer as atividades

de escrita. Foi proposto também o jogo preparado para treinar a descrição das

fotografias. Esse jogo foi realizado algumas vezes durante a implementação do

projeto.

A implementação ocorreu no período contra-turno e também no

horário normal de aula, conforme o calendário pré-estabelecido, e em alguns

momentos não previstos também. Os alunos demonstraram interesse e se

empenharam na realização das atividades. Ocorreu a motivação que se

buscava na aula de história

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O USO DA FOTOGRAFIA COMO DOCUMENTO HISTÓRICO NA SALA DE AULA

O ensino de História tem o objetivo proporcionar aos alunos a

oportunidade de reconhecer e analisar o campo social, econômico, cultural e

político no qual está inserido, portanto se faz necessário dar instrumentos para

que isso ocorra, assim o indivíduo pode perceber que tem o seu espaço na

sociedade, tornando-se um cidadão crítico e consciente. É importante que os

alunos saibam como ocorre a produção do conhecimento histórico, como

afirmam as Diretrizes Curriculares da Educação básica de História, “(...) a

finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento histórico a

partir da produção do conhecimento” (Paraná, 2008, p.47).

Dessa forma a atuação do professor em sala de aula deve buscar

uma mudança significativa de forma a proporcionar ao aluno um aprendizado,

experimentando alternativas de abordagens e de conteúdos, desenvolvendo

atividades interdisciplinares e fazendo escolhas diversificadas de recursos

didáticos, analisando dificuldades e conquistas, deve compartilhar experiências

e relacionar a prática com a teoria. Assim de acordo com os PCNs, os alunos

podem desenvolver “a compreensão de si mesmos, dos outros, da sua

inserção em uma sociedade histórica é da responsabilidade de todos atuarem

na construção de sociedades mais igualitárias e democráticas”.

Os PCNs colocam que:

A aproximação da História com as demais Ciências Humanas conduziu aos estudos de povos de todos os continentes, redimensionando o papel histórico das populações não europeias. Orientou estudos sobre a diversidade de vivências culturais, estimulou a preocupação com as diferentes linguagens. A investigação histórica passou a considerar a importância da utilização de outras fontes documentais e da distinção entre a realidade e a representação da realidade expressa nas gravuras, desenhos, gráficos, mapas, pinturas, esculturas, fotografias, filmes e discursos orais e escritos (BRASIL, 1998, p. 32).

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O professor pode e deve usar na sala de aula, metodologias que

despertem o interesse dos alunos pela história, como as fontes históricas:

mapas, fotografias, gráficos e documentos que devem ser levados ao

conhecimento dos alunos, como um exercício de leitura e interpretação das

fontes.

Como as crianças desde cedo tem contato com as imagens no

mundo em que vive, neste projeto foi proposto o uso da fotografia como fonte

histórica a ser manuseada pelos alunos, para que tivessem conhecimento de

como essa fonte é utilizada pelo historiador.

Para dar início ao projeto primeiramente divulgou-se junto aos

professores, Direção, Equipe Pedagógica e Funcionários da Escola Estadual

Princesa Izabel, esclarecendo a importância desse trabalho para a melhoria do

ensino da História. Deu-se então o início da aplicação prática do projeto. A

realização da implementação compreendeu algumas estratégias iniciais:

- acesso ao arquivo de fotografias da escola;

- digitalização de parte do arquivo fotográfico;

- disponibilização das imagens digitalizadas e impressas aos alunos.

Elaborou-se o projeto visando os alunos do Ensino Fundamental II

da Escola Estadual Princesa Izabel do núcleo de Cianorte. Foram escolhidos

dois sétimos anos para a implementação.

O primeiro exercício realizado foi com uma imagem do livro didático

que é adotado na escola (Projeto Araribá). Usando a imagem que tratava sobre

o indígena, foi proposta que observassem a figura e fizessem uma descrição,

não foi fornecido aos alunos nenhum roteiro ou informação. A atividade tinha

como objetivo obter informações sobre a capacidade de observação dos alunos

e serviu como um treino para as atividades com imagens fotográficas que

foram realizadas posteriormente. A atividade foi realizada oralmente e depois

os alunos fizeram o relato escrito das suas observações da imagem

apresentada. Como era uma imagem sobre a qual havia sido trabalhado o

texto, a descrição dos alunos girou em torno do tema estudado.

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Como sequência para a implementação do projeto, tornou-se

imprescindível que os alunos tivessem conhecimento sobre o que são fontes

históricas, quais são essas fontes, como é feito o uso desse material e como

elas são importantes para o historiador na construção do conhecimento. O

contato dos alunos com a diversidade de fontes leva a formação do

pensamento histórico conforme cita as Diretrizes Curriculares:

Isso se dá quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.), sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas. (Paraná, 2008, p.68/69)

A proposta deste projeto vem de encontro com as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de História, que destacam a importância do

uso de metodologias diferentes na aula de História, utilizando-se das diversas

fontes e documentos históricos.

Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história local, além de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e informática (Paraná, 2008, p. 69).

Estudar a história através das fontes produzidas pelo homem, como

documentos pessoais, monumentos, pinturas, objetos e fotografias, faz com

que a história fique mais próxima a realidade do aluno, despertando o seu

interesse pelas suas origens.

Para a formação de cidadãos conscientes da sua identidade e do

seu valor como formador da história, é importante que o aluno reconheça as

diversas fontes de conhecimento que o historiador tem disponível para elaborar

a narrativa histórica.

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Dessa forma é importante buscar nas fontes, as informações para

construir o conhecimento histórico. Temos a disposição diferentes documentos

que são denominados de fontes históricas e podem ser escritas, visuais e

sonoras. Essa oportunidade de conhecer as modalidades de documentos deve

ser levada ao conhecimento do aluno, contribuindo para o aprendizado.

Conforme afirma Irene Nakou:

Utilizando métodos que levem ao enriquecimento do conhecimento histórico, colocando questões, duvidas e hipóteses acerca de diversos aspectos do passado e da sua relação com o presente, num contexto de pensamento critico, de dialogo e de entretenimento, diferentes abordagens educativas do passado podem estimular diversas e complexas aptidões dos estudantes para investigarem a

realidade. (2007, p. 145)

Tanto Nakou (2007) como Barca (2007) mostra a preocupação com

metodologias diferenciadas para aula de História e o uso de fontes com

linguagens diferentes que proporcionem ao aluno a percepção de como ocorre

a construção da narrativa histórica.

Para poder compreender melhor a construção do conhecimento

histórico, o uso da pesquisa é muito importante. Por isso é necessário

conhecer todos os procedimentos: como consultar de fontes bibliográficas,

organizar informações coletadas, obter informações e realizar entrevistas.

Trabalhos realizados através de pesquisas, entrevistas, coletas de

informações e ilustrações por meio de fotos, desenhos ou recortes podem se

tornar instigantes para os alunos, os quais poderão produzir textos sobre o

conhecimento histórico como parte do trabalho. Sem achá-los enfadonhos, eles

estarão fazendo a narrativa histórica. E para isso é preciso ter conhecimento

dos caminhos usados como é citado por Barca:

Para saber „ler‟ a informação, debater e selecionar mensagens fundamentadamente é preciso saber interpretar fontes, analisar e selecionar pontos de vista, comunicar sob diversas formas, apostar em metodologias que envolvam os alunos no acto de pensar historicamente. (2007, p. 6)

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Para discutir a questão das fontes históricas é interessante entender

o significado da palavra “fonte”. Para a história fonte, tem o sentido de origem,

o ponto de partida, elas são o registro, o testemunho dos acontecimentos

históricos, é nelas que se baseiam os historiadores na sua pesquisa, como

afirma Figueiredo:

Encarando-se documento como qualquer vestígio produzido pelo homem observa-se que não é apenas o documento escrito a fonte histórica. Todo documento é uma produção de seu tempo; é um registro que a sociedade daquele momento decidiu perenizar de si própria. (2001, p. 7)

Para a realização de uma investigação histórica, é preciso

determinar as fontes históricas, essa escolha ocorrerá de acordo com o objeto

de estudo, o objetivo da pesquisa e do recorte ou delimitação tema. Quando a

escolha é preservar a história local, das comunidades e instituições, uma das

fontes usadas além de documentos escritos, é a fonte oral, que proporcionam

outros questionamentos e perspectivas da história local: são entrevistas com

grupos relacionados a um tema e testemunhos vivos do acontecimento

histórico.

Todas as informações sobre como ocorre o uso das fontes da

história devem ser levadas às aulas de história para que o aluno possa fazer

uso delas na construção do conhecimento.

Para levar ao conhecimento do aluno o que são fontes históricas, foi

elaborado um PowerPoint apresentando aos alunos conceitos e ilustrações.

Começou-se destacando a arte rupestre como primeiras imagens deixadas

pelos seres humanos, procurou-se assim, chamar a atenção aos documentos

não escritos como pinturas, esculturas, monumentos e principalmente as

fotografias. Foram apresentados também documentos escritos, fonte histórica

habitualmente usada e muito interessante por ser uma memória viva.

Finalizando essas leituras, os alunos fizeram uma atividade

pesquisando imagens de fontes históricas e reproduzindo as mesmas em seus

cadernos.

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Quando estamos na sala de aula, percebemos que os alunos não

têm uma referência de sua própria história pessoal, ou seja, o aluno muitas

vezes desconhece a história de sua família e nem tem interesse em aprender

sobre ela. Dessa forma podemos entender o desinteresse pela história do país,

do estado e da comunidade em que vive.

Depois de esclarecida a questão das fontes históricas e seu uso na

construção do conhecimento histórico. Começamos a trabalhar com os alunos

a fotografia.

Entre todas as fontes de pesquisa usadas pelos historiadores,

destacamos aqui o uso da imagem fotográfica, pois ela já faz parte do nosso

cotidiano, está por toda parte, registrando fatos, acontecimentos sociais,

pessoais e políticos. Estão expostos em todos os locais como forma de

informação, propaganda, em revistas, jornais, livros, mesmo os didáticos e

nestes muitas vezes passa despercebida. Essas imagens contém informações

importantes que fazem parte do fato histórico, reforçando a informação do texto

complementando-o de forma efetiva.

Também foi apresentado aos alunos, textos e imagens sobre o

trabalho do historiador e outros pesquisadores que fazem parte da construção

do conhecimento histórico. Neste momento foi importante esclarecer aos

alunos que as fontes históricas são instrumentos usados pelos historiadores na

reflexão e construção da narrativa histórica, mas que ao analisar uma fonte

histórica, é preciso ter consciência que ela não vai fornecer verdades, mas uma

reflexão sobre um acontecimento. Conforme afirma as já citadas Diretrizes

Curriculares:

Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico. (Paraná, 2008, p.69)

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É importante levar para a sala de aula as diversas linguagens para o

ensino de Historia, como uma forma de diversificar o ensino da disciplina,

fugindo do tradicional, ou seja, aula com apenas o uso do livro didático.

Todas as fontes usadas pelos historiadores podem auxiliar na

construção de um olhar diferenciado ao fato histórico, lembrando, como já foi

citado, que não existe uma verdade absoluta, mais uma interpretação dos fatos

pelo historiador que traz consigo toda uma vivência.

São várias as fontes históricas que podem ser usadas nas aulas

para que se compreenda a construção do conhecimento histórico. Priorizamos

a fotografia. Porque ela traz consigo uma infinidade de informações e também

toda uma trajetória, tem-se o motivo pela qual ela foi realizada, o que se quis

dizer, quem são os personagens fotografados, quem fotografou e por ai vai os

questionamentos que podem ser feitos sobre a imagem fotográfica. Como

afirma Boris Kossoy:

Toda fotografia tem atrás de si uma história. Olhar para uma fotografia do passado e refletir sobre a trajetória por ela percorrida é situá-la em pelo menos três estágios bem definidos que marcaram sua existência. (...) a intenção para que ela existisse (...) o ato de registro que deu origem à materialização da fotografia (...) os caminhos percorridos por esta fotografia, as vicissitudes por que passou, as mãos que a dedicaram, os olhos que a viram, as emoções que despertou (...). (Kossoy, 1941, p.45)

Se, como afirma Boris Kossoy, a fotografia desperta emoções e

chama atenção, eis ai um bom motivo para que ela seja usada em sala de aula

como recurso pedagógico para atrair o interesse dos alunos para a história.

Usar fotografia como fonte de pesquisa permite que se faça uma série de

questionamentos que pode levar a reflexão histórica. Como qualquer outra

fonte histórica, documento, ou objeto produzido pelo homem, tem atrás de si

uma história. As imagens muitas vezes causam mais impacto do que um texto

complexo.

Com todas as possibilidades existentes em fontes históricas, e a

observação da sala de aula, com alunos desinteressados pelas aulas de

História, surge a necessidade de se fazer uma reflexão sobre a prática

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pedagógica e a preocupação em estar levando para as aulas, materiais e

documentos curiosos, abrangentes e capazes de possibilitar ao aluno a

compreensão das transformações recentes do mundo.

O projeto de pesquisa e o material didático produzido buscaram

estratégias para dar oportunidade ao aluno de manusear as fontes históricas.

Nesta proposta foi feito o uso da fotografia como documento histórico. A

fotografia pode nos fornecer uma vasta quantidade de informações, além de

ser atrativa aos olhos, principalmente de nossos alunos que vivem em mundo

mais visual.

A grande dificuldade que se tem na escola é quando se fala em

pesquisa na Biblioteca. Os poucos volumes dos livros a serem utilizados

impedem que os mesmos sejam retirados pelos alunos. Existe também o

problema do pequeno espaço que não permite que o aluno fique na Biblioteca

para pesquisar. A falta de funcionários para atender o aluno em sua pesquisa,

a inexistência de uma copiadora na Biblioteca também dificultam esse método

de trabalho. Mesmo com as tecnologias que foram inseridas no ambiente

escolar sem o devido preparo do professor, e sem que se tenha apoio de um

auxiliar para usar as bem equipadas salas de informática, estas se tornam

inviáveis. Com todos esses desafios, deixamos muitas vezes de trabalhar com

pesquisas. A importância da utilização de pesquisa nas aulas de história é

destacada nas Diretrizes Curriculares:

Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, que o professor os oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, e ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. (Paraná, 2008, p. 71)

O aluno não vê com muito interesse a aula expositiva, mesmo que

se usem os recursos tecnológicos disponíveis fica-se devendo a esses alunos

a investigação histórica, que ocorre através da pesquisa e que precisa ser

orientada de forma que o aluno aprenda a organizar o conhecimento

pesquisado, para que no futuro consiga fazer suas próprias leituras. O aluno

tem seu olhar despertado pelas informações visuais que o cercam, o que nos

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leva a entender que precisamos tomar conhecimento desse interesse e usá-lo

como metodologia para a aprendizagem.

Como a proposta do projeto foi trabalhar com fontes históricas na

sala de aula, para que o aluno possa ter contato com as fontes que são

utilizadas pelos historiadores para construir a narrativa histórica, e tenha a

oportunidade de entender como ocorre esse trabalho, escolhemos como nosso

foco a imagem fotográfica, como a fonte histórica a ser interpretada e

manuseada pelo aluno.

Figura 1-Arquivo da professora Roseli Kaufmann

Levar a imagem fotográfica para a aula de história e assim explorar

esse potencial visual, trouxe um questionamento: “como fazer isso?”. Para que

o trabalho com as fontes fotográficas ocorressem de forma qualitativa tornou-se

imprescindível que nós pesquisássemos métodos e atividades para poder

entender e manusear a imagem fotográfica como fonte histórica para as aulas

da disciplina. Tornou-se claro que o professor deve conhecer os caminhos para

organizar as fotografias a serem utilizadas pelos alunos. E que é importante

ajudar o aluno a perceber que a fotografia não é meramente ilustrativa, mas

que ela traz informações, e que esta é um testemunho visual de determinado

momento histórico.

As imagens estão presentes no cotidiano, fazem parte de nossa vida

seja como material de marketing, informativo, ou como forma de ilustrar livros

didáticos, e também temos os álbuns de fotografia familiar, ou de uma

instituição que estão a nossa disposição para que seja objeto de novos olhares

sobre a história.

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Depois do primeiro exercício com a imagem do livro didático e da

leitura dos textos sobre fontes históricas e o papel do historiador. Uma

fotografia foi apresentada aos alunos que, seguindo um roteiro, fizeram uma

primeira descrição da imagem, uma descrição interna, questionando, a

qualidade da foto, se era colorida ou preta e branca, descreveram detalhes que

se destacaram e procuraram identificar qual era o foco central da imagem. Na

segunda parte do exercício os alunos fizeram uma descrição chamada externa,

com mais detalhes: cabelos, roupas, tipos de construção, moveis e outros

detalhes que podiam identificar o período em que foto foi tirada. Com as

anotações feitas, os alunos elaboraram um relato sobre a fotografia observada.

Figura 2: foto do arquivo pessoal da professora Roseli Kaufmann

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Figura 3: foto de atividade realizada pelos alunos

Essa atividade demonstrou que os alunos tem muita capacidade de

observação e de descrição, mas não tem o hábito de relatar suas observações

elaborando pequenos textos. Mas conforme as atividades foram se

desenvolvendo, percebeu-se que os textos adquiriram qualidade. O que

demonstra que essa dificuldade de escrever, pode ser resolvida com atividades

que os leve a exercitar essa habilidade.

Na sequência da aplicação do projeto elaborou-se uma linha do

tempo com fotografias pessoais, do nascimento a momentos presentes. Com

as imagens colocadas foram feitas descrição de cada uma, e em seguida os

alunos fizeram textos individuais de suas observações sobre a vida da pessoa

apresentada. Essa atividade mostrou aos alunos que cada um percebe coisas

diferentes nas fontes fotográficas e que cada relato realizado tem pontos de

vista diferentes. O que levou a uma discussão sobre as opiniões diferentes que

as pessoas tem sobre determinados acontecimentos, e que isso também

ocorre com as narrativas históricas. Também ocorreu uma reflexão sobre a

questão do tempo na História, assunto que pode ser discutido amplamente com

os alunos usando esse recurso didático.

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Figura 4: foto de atividade realizada com os alunos

Os alunos construíram também uma linha do tempo usando imagens

de revistas criando uma história fictícia. Essa atividade foi realizada também

com o objetivo de reforçar o treino na elaboração de textos pelos alunos, uma

dificuldade que foi sentida durante a realização das atividades.

Figura 5: Foto do arquivo pessoal da professora Roseli Kaufmann

Temos que entender que a aprendizagem não ocorre apenas pelo

ouvir, através de intermináveis discursos, mas também através dos olhos. Por

isso as imagens devem ser usadas, confrontadas, questionadas, como mais

um instrumento da compreensão histórica.

A experiência na sala de aula mostra que os alunos ficam mais

atentos quando lhe são apresentadas imagens de jornais, revistas, trechos de

filmes. Desta forma, usar fotografias na aula de história pode contribuir para

que se tenha mais interesse pelas mesmas.

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A fotografia desperta atenção e gera uma infinidade de sentimentos

e reações, traz também uma grande diversidade de interpretações de acordo

com a realidade e vivência de cada individuo e é uma fonte de conhecimento

histórico muito importante, como afirma o já citado Boris Kossoy (2009, p. 45):

“A fotografia estabelece em nossa memória um arquivo visual de referencia

insubstituível para o conhecimento do mundo”.

Através de uma imagem, seja fotografia, gravura, pintura, pode-se

ter diferentes interpretações de acordo com aquilo que o indivíduo tem de

vivência do mundo. Essa informação contribui para que se perceba que a

História não é feita de verdades absolutas, mas de narrativas interpretativas de

cada historiador. E que a narrativa e a interpretação também ocorre de acordo

com a visão teórica do historiador.

Com a imagem fotográfica construímos a nossa história ao longo da

vida. Portanto também é possível criar uma memória da história local,

municipal, do Estado e do país através do mesmo recurso. O ensino de

História, como já foi mencionado, tem como um dos seus objetivos

proporcionar ao educando a oportunidade de fazer a sua própria investigação

história. Hoje temos oportunidade de estudar a historia com novos métodos de

pesquisa e novos caminhos, que podem começar com a história local, como

cita Irene Nakou:

Devemos tirar partido do alargamento do objeto temático da Historia e dos novos métodos de pesquisa histórica e de compreensão histórica – Historia popular, Historia oral, Historia local, Historia familiar, gênero e Historia – que abrem novos caminhos que podem potenciar uma educação histórica mais próxima, investigadora e interessante para os estudantes, pois não envolve apenas homens famosos, acontecimentos significativos e obra de arte, mas pessoas comuns, diversos grupos sociais e culturais, trabalhadores, escravos, minorias, mulheres, crianças, objectos e situações quotidianas, elementos do ambiente natural e construído, narrativas orais e experiências do passado, que nos levam a abordá-los e interpretá-los com meios, processos e competências alternativas. (2007, p. 144)

Através do uso de diversas fontes de pesquisa além do livro didático,

o aluno pode perceber como ocorre o processo de construção do

conhecimento histórico. Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica do Paraná:

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Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras ilustrações das aulas de História. Quanto à identificação do documento, a sugestão é determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo. (2008, p.69)

Para isso, escolhemos usar como documento de pesquisa, recursos

como a fotografia, que segundo a afirmação de Boris Kossoy:

Essas imagens, entretanto, uma vez assimilada em nossas mentes, deixam de ser estáticas; tornam-se dinâmicas e fluidas e mesclam-se ao que somos, pensamos e fazemos. Nosso imaginário reage diante das imagens visuais de acordo com nossas concepções de vida, situação socioeconômica, ideologia, conceitos e pré-conceitos. (2009, p. 45)

Continuando com a aplicação do projeto, levou-se aos alunos a

discussão através da leitura de texto sobre fotografia, a sua importância e a

quantidade de informações que podem ser extraídas dessas imagens. A

fotografia é um instrumento rico em informações que levam a uma reflexão

história como afirma Figueiredo:

Reconhecemos que as imagens fotográficas não se esgotam em si

mesmas, antes são pistas, para desvendar o passado. Elas mostram

um fragmento selecionado de um momento e são portadoras de

significados não explícitos, de ambiguidade, de omissões pensadas,

que aguardam pela decifração por parte do leitor (FIGUEIREDO,

2001, p. 4).

É importante deixar claro que usar a fotografia como fonte histórica é

um exercício de leitura e montagem da historia muito interessante e se faz de

grande importância, mas não tem a pretensão de estabelecer verdades

históricas.

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Após as discussões realizadas sobre a imagem fotográfica, foi

proposta uma nova atividade aos alunos, usando os computadores da escola

onde foram disponibilizadas as imagens digitalizadas, os alunos, em pequenos

grupos, pesquisaram e organizaram seu conjunto de fotos com as descrições

primarias.

O objetivo era formar conjuntos de imagens sobre um mesmo tema

de épocas diferentes para que se pudesse observar o tempo, mudanças e

outras características. Os conjuntos de imagens da escola que os alunos

formaram foram sobre: as reformas que escola passou desde sua construção,

as festas realizadas na escola, jogos e atividades esportivas, e ainda sobre as

atividades cotidianas. Esse exercício precisou ser orientado por que, no início

os alunos tinham dúvidas de como pesquisar as imagens no computador,

selecioná-las e agrupá-las em um novo documento. Nem todos os nossos

alunos têm acesso à tecnologia como se imagina, ou sabem utilizar-se dessa

ferramenta para a realização de atividades escolares.

Figura 6: Foto do arquivo pessoal da professora Roseli Kaufmann

Depois dos conjuntos formados as imagens foram impressas para

que fossem realizadas as descrições. Primeiro os alunos observaram nas

imagens a qualidade, característica (colorida / preto e branco), tema das

imagens, destaques das fotos, fazendo uma primeira descrição do conjunto,

colocando também informações como: quantas fotos fazem parte do conjunto e

sobre o tema das fotos.

Na segunda etapa de descrições, observaram as informações dos

detalhes: tipos de imagens que aparecem, quais os objetos que se destacam

na foto, se há pessoas, como são as pessoas (detalhes).

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Em seguida, de posse dos dados coletados com as descrições, os

alunos elaboraram textos sobre esses conjuntos de imagens, construindo uma

narrativa histórica sobre as fotos da escola que pesquisaram. Com essa

atividade conseguimos atingir o objetivo proposto no projeto que era dar

oportunidade ao aluno de construir o conhecimento histórico, despertar o

interesse nas aulas de história e, usando as imagens da escola que estudam e

que muitos de seus pais estudaram, a se perceber como parte dessa história.

Para finalizarmos a atividade com imagens fotográficas, cada grupo

fez um painel com suas fotos, com as descrições e a narrativa histórica

construída por eles.

Figura 7: Foto do arquivo pessoal da professora Roseli Kaufmann

Abaixo está um exemplo das atividades realizadas pelos alunos com

conjunto de fotografias, as imagens, descrições e finalização com o texto

produzido por eles, que também fizeram a digitação dos mesmos. O conjunto

de dez fotos que foi escolhido pelos alunos representa a construção e reforma

da escola.

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Figura 8: Conjunto de fotos do Arquivo da Escola Estadual Princesa Izabel – E. F.

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Figura 9: foto de atividade de descrição de conjunto de fotos realizada pelos alunos

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Figura 10: foto de atividade de descrição do conjunto de fotos realizada pelos alunos

Figura 11: foto de texto produzido e digitado pelos alunos sobre as descrições dos conjuntos de

fotografias

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Ao todo foram feitos oito conjuntos de fotos a escolha dos alunos

que depois fizeram suas descrições.

Houve um despertar de interesse pela memória, que pode levar os

alunos a preservar e a valorização dos documentos fotográficos, como é o

objetivo proposto nas Diretrizes Curriculares:

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para a preservação de documentos escritos, dos lugares de memória, como: museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros. Isso se dá pelo uso adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo reconhecimento do trabalho feito pelos pesquisadores. A problematização desses documentos é que os transformam em fontes históricas. O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua compreensão. (PARANÁ, 2008, p.70)

Trabalhar com fontes tornou a aula mais interessante, trouxe novas

informações, trocas de ideias entre os alunos, resgate da memória da escola e

deu inicio a realização de textos pelos alunos que aos poucos estão superando

a dificuldade que demonstravam ter nessa tarefa.

Conclusão

A relação dos alunos com as imagens mudou muito, mesmo depois

que acabou a implementação do projeto, sempre estavam voltando ao assunto

fotografia. Começaram a perceber mais as imagens do livro didático e sempre

faziam questionamentos sobre as mesmas, querendo obter mais informações

do tema estudado através das imagens que ilustram a página.

Outro fator importante a ser destacado é o interesse dos alunos pela

história da instituição em estudam, e os relatos espontâneos que trouxeram de

casa sobre pais e avós que estudaram ou trabalharam na escola. Os alunos

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aprenderam como as fontes históricas fornecem informações e como essas

informações são usadas pelo historiador para construir o conhecimento.

Este projeto tornou possível um trabalho diferenciado junto aos

alunos e despertou neles o interesse pelo conhecimento histórico como

construtores desse conhecimento. Os alunos sentiram-se motivados a realizar

a pesquisa histórica e entenderam a importância da preservação de arquivos e

documentos.

Com a realização do projeto, podemos perceber que usar imagens

sejam as que aparecem no livro didático ou as fotografias é uma metodologia

que desperta o interesse do aluno, que começa a observar com interesse as

imagens que se apresentam. Usar a imagem fotográfica da escola em que

estudam trouxe aos alunos um desejo de saber mais sobre a história da

instituição e trouxe testemunhos de familiares que já estudaram na mesma.

O desenvolvimento das atividades do projeto proporcionou aos

alunos a oportunidade de saber mais sobre as fontes históricas, a perceber

essas fontes históricas nos álbuns de foto de família, nos documentos pessoais

e nas construções. Também trouxe informações sobre o trabalho do historiador

e como se faz uma pesquisa com fontes históricas para a construção da

narrativa.

Usar a fotografia tornou as aulas sobre fontes históricas mais

agradáveis, além de desenvolver nos alunos a percepção das imagens que os

cercam com um olhar que vai além da imagem em si e sim um instrumento

para contar e reconstituir a história.

Esse trabalho desenvolvido tornou possível, através das atividades

de descrição e da comparação das observações de cada um, que os alunos

entendessem que existem várias visões sobre um mesmo fato histórico

levando em conta a percepção de quem produz o conhecimento histórico.

Dessa forma concluímos que a metodologia de levar fontes

históricas para a sala de aula torna a aula mais dinâmica e interessante para o

aluno, e gratificante para o professor, que consegue atingir os objetivos

propostos em sua aula. Trabalhar o conteúdo através de imagens e fotografias,

possibilitou ao aluno manusear instrumentos utilizados pelo historiador para a

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construção do conhecimento e promoveu uma prática pedagógica que auxiliou

os alunos no trabalho com as fontes na produção historiográfica, capacitando-

os no tratamento metodológico com fontes imagéticas.

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REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Marli Brito M.; KLEIN, Lisabel Espellet. Pensando a fotografia como fonte histórica. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.3, n. 3, p. 297- 305, jul./set.1987. BARCA, Isabel. A educação histórica numa sociedade aberta. Currículo sem Fronteira, v. 7, n. 1, p. 5-9, jan./jun. 2007. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília, DF: MEC /SEF, 1998. FIGUEIREDO, Haydeé da Graça (Coord.). Caderno Pedagógico. São Gonçalo: UERJ, FFP, Laboratório de Pesquisa Histórica, 2001. (Acompanha a Exposição Itinerante de São Gonçalo: Fotografia e História). KOSSOY, Boris. Realidade e ficções na trama fotográfica. 4. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009. NAKOU, Irene. Educação histórica: o uso de ferramentas culturais relacionadas com a diversidade de experiências e atitudes dos estudantes. Currículo sem Fronteira, v. 7, n. 1, p. 137-159, jan./jun. 2007. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná/ Departamento de Educação Básica, 2008.