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Estudo feito para verificar a viabilidade do uso do transporte por ônibus na cidade de São Paulo como um incentivo para a expansão da rede de gás natural.
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENERGIA - PPGE
O uso do gás natural na frota de ônibus de São Paulo como incentivo
para a expansão da rede de distribuição.
Mario Luiz Ferrari Pin
Trabalho final para a disciplina:
PEN5022: Economia do Petróleo e Gás
09/2015
RESUMO
Uma grande dificuldade ainda enfrentada para que o gás natural seja
amplamente utilizado na cidade de São Paulo é o custo de ampliação da rede
de distribuição. Em bairros pouco verticalizados, principalmente nas periferias
da cidade, a demanda de uso do gás natural é baixa, tornando os
investimentos por parte da distribuidora na expansão da rede pouco atrativos.
Apresentamos o uso do gás natural na frota de ônibus da cidade e, portanto a
necessidade de postos de abastecimento nas garagens e terminais de ônibus,
como um incentivo para a ampliação da rede de distribuição, levando o gás
natural a regiões onde antes não existia atratividade econômica. Foi feita uma
revisão da literatura sobre a viabilidade do uso de motores a gás natural em
veículos pesados, um mapa da cidade, com os pontos de interesse, que são os
terminais de ônibus. Um estudo econômico também é apresentado para
demonstrar qual é a demanda de uso de gás natural por parte da frota de
ônibus na cidade e o seu custo comparado ao óleo Diesel.
Palavras-chave: ônibus, gás natural, rede de distribuição, São Paulo.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
1- OBJETIVOS ................................................................................................... 3
2- METODOLOGIA ............................................................................................ 3
3- O GÁS NATURAL .......................................................................................... 4
4- ÔNIBUS A GÁS NATURAL ............................................................................ 5
4.1- História do ônibus a gás natural em São Paulo ....................................... 6
5- TRANSPORTE POR ÔNIBUS NA CIDADE DE SÃO PAULO ....................... 8
5.1- Frota atual de ônibus na cidade de São Paulo ........................................ 8
5.2- Localização dos terminais de ônibus ....................................................... 8
5.3- Consumo de combustível ...................................................................... 10
6 - SUBSTITUIÇÃO DA FROTA ATUAL POR GNV ......................................... 10
7- EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL ENTRE TERMINAIS ............... 10
8- CONCLUSÕES ............................................................................................ 12
9- REFERÊNCIAS ............................................................................................ 13
INTRODUÇÃO
Grande parte dos bairros mais periféricos e menos verticalizados da cidade de
São Paulo ainda apresentam um baixo índice de atendimento pela
concessionária de distribuição de gás natural a Comgás. Isso se da pela baixa
atratividade comercial em construir redes capilares por muitas ruas onde o
numero de clientes e o consumo são baixos.
Segundo Prates et al. (2006), os segmentos comercial e residencial se
encontram muito pulverizados e apresentam um consumo unitário muito
pequeno e portanto só são interessantes comercialmente para a
concessionária se existir um consumidor âncora, que apresente um grande
consumo, nas proximidades, ou se a concentração desses consumidores
unitários for grande, como no caso de bairro verticalizados, onde os prédios
contém uma grande quantidade de consumidores em um mesmo endereço.
Quando uma infraestrutura básica é instalada para atender a um consumidor
âncora, o custo da capilarização da rede é repassado ao consumidor
residencial que é o que paga a maior tarifa.
1- OBJETIVOS
Este estudo tem como objetivo verificar a viabilidade da substituição dos atuais
ônibus que fazem o transporte público na cidade de São Paulo por outros
movidos a gás natural, e com isso utilizá-los como um incentivo para a
expansão da rede de distribuição de gás natural, utilizando os terminais de
ônibus, que estão espalhados por toda a cidade, inclusive nas periferias, como
consumidores âncora.
2- METODOLOGIA
Foi feita uma revisão da bibliografia sobre a história do transporte por ônibus e
do uso de gás natural veicular em São Paulo, das tecnologias de motores para
ônibus movidos a gás natural e suas vantagens em relação ao óleo Diesel.
Um estudo econômico foi feito para justificar a expansão da rede de gás natural
até os terminais e garagens e demonstrar que isso pode ser benéfico para a
população da cidade, facilitando o acesso à rede de distribuição de gás.
3- O GÁS NATURAL
O gás natural, como definido pela lei n°.9.478/97, conhecida como lei do
petróleo, é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no
óleo, nas condições originais do reservatório e que permanece em estado
gasoso nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP).
Sua composição em estado bruto varia de acordo com uma série de fatores
naturais durante sua fase de formação e de acumulação em seu reservatório
de origem.
Quando o gás natural é encontrado juntamente com petróleo num mesmo
reservatório, é considerado gás associado e quando o reservatório contém
pouco ou nenhum petróleo, é considerado não associado. As maiores reservas
do mundo são de gás não associado (CHAVES, 2010).
O metano é o composto mais presente no gás natural, entre 85% e 95% e em
proporçõs menores, etano, propano, butano e hexano, podendo ocorrer
pequenas concentrações de dióxido de carbono, nitrogênio, hidrogênio e
compostos sulfurados, para efeitos práticos, o gás natural pode ser estudado
para análises físicas e termodinâmicas como sendo composto somente por
metano, sem prejuízo para os resultados (MACHADO, 1996).
Algumas características físicas do gás natural são:
• Densidade relativa inferior a 1,0, ou seja, menos denso que o ar
atmosférico, tendo grande importância para a segurança de seu uso;
• O ponto de vaporização à pressão atmosférica é de -162°C;
• Os limites de inflamabilidade inferior e superior, respectivamente são,
5% e 15% do volume.
Com relação a outros combustíveis fósseis o gás natural apresenta grandes
vantagens do ponto de vista ambiental (CHAVES, 2010).
Os veículos movidos a gás natural apresentam como benefícios a economia de
custo co combustível, redução de emissões de gases estufa e material
particulado, que é uma das maiores fontes de poluição do ar em zonas de
grande urbanização e redução de ruído (IEA, 2011).
4- ÔNIBUS A GÁS NATURAL
Segundo Mattos (2001), existem três aspectos importantes para se analisar o
uso do gás natural para transporte por ônibus: aspectos técnicos, econômicos
e socioambientais.
Nos aspectos técnicos, algumas tecnologias e suas peculiaridades devem ser
observadas, o armazenamento de gás natural em ônibus é feito por tanques
que o estocam de forma comprimida (GNC), esse tanque é cinco vezes maior e
pesa de três a quatro vezes seu equivalente de óleo diesel, a estocagem
poderia ser feita de forma líquida (GNL), que garante uma densidade maior do
gás, necessitando de um volume reduzido, porém o manuseio do GNL é difícil,
uma vez que necessita ser armazenado em temperaturas criogênicas
(MATTOS, 2001).
Outro aspecto técnico é relacionado à eficiência, um ônibus movido a gás
natural é de 20% a 40% menos eficiente que um equivalente movido a óleo
Diesel, devido em grande parte ao maior peso dos tanques de combustível
(GALBIERI, 2013).
A principal vantagem do ônibus a GNV é a sua queima mais limpa, que além
de gerar menos gases poluentes, contribuem para um menor desgaste do
motor, uma vez que o óleo lubrificante apresenta uma maior durabilidade e não
há formação de depósitos sólidos.
Existem três tipos principais de tecnologias para ônibus movidos a gás natural,
que dependendo de onde serão utilizados, apresentam vantagens e
desvantagens (MOUTINHO DOS SANTOS et al, 2013):
• Motores dedicados: os veículos já são fabricados com motores de ciclo
Otto, que funcionam exclusivamente a gás natural. Todos os
componentes, inclusive os tanques e sua disposição no veículo são
projetados para essa utilização, ocupando menos espaço e tendo um
menor peso, garantindo uma operação mais segura;
• Motores convertidos: os veículos originalmente fabricados para operar
com óleo Diesel são adaptados para o uso do GNV, os motores são
convertidos a ciclo Otto, em um processo chamado ottolização e os
tanques são adaptados em espaços da carroceria. Esse tipo de veículo
pode não garantir a segurança desejada, durante as décadas d 1980 e
1990 em São Paulo, esse tipo de conversão criou uma série de
problemas técnicos aos veículos;
• Motores dual fuel: Esse tipo de tecnologia garante uma flexibilidade ao
veículo, que pode operar tanto com GNV quanto com óleo Diesel. Com
esse tipo de motor, quando o veículo opera a baixas velocidades o
consumo de óleo Diesel é maior, e portanto não se aproveitando das
vantagens que o gás natural poderia proporcionar (BRITO, 2015).
Nos aspectos econômicos, temos uma grande dependência de ações políticas
junto com o mercado para a promoção do GNV. É necessário tornar o gás
natural economicamente viável e competitivo em relação ao Diesel. O aspecto
mais importante para a promoção do gás natural são os investimentos de
médio e longo prazo, que serão compensados com as vantagens que o uso do
gás natural apresenta ao longo dos anos. (MOUTINHO DOS SANTOS et al,
2013).
4.1- História do ônibus a gás natural em São Paulo
A São Paulo Transportes (SP-TRANS) é a atual companhia que gere o
transporte coletivo de ônibus na cidade de São Paulo, ela substitui em 1994 a
Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), uma empresa estatal
fundada em 1947 e que foi privatizada.
Em 1981 a CMTC começou uma pesquisa em combustíveis alternativos para
substituir o Diesel, onde varias experiências foram feitas como um sistema de
dupla alimentação com óleo Diesel e álcool, que não apresentou desempenho
satisfatório. Outra experiência foi com o Ester Metílico de Óleo de Soja
(EMOS), algo como o que hoje é denominado Biodiesel, que apesar do bom
desempenho foi abandonado devido ao alto preço do combustível, decorrente
da baixa demanda. E por fim, a experiência com gás metano (CH4) depurado
de aterro sanitário, que de todas as alternativas testadas se revelou com a
mais promissora.
Foi entre 1983 e 1985 que uma experiência pioneira com o uso de gás
combustível foi desenvolvida em um convênio entre o Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (SABESP) e a Mercedes Benz do Brasil (MBB). Dez veículo foram
adaptados para o abastecimento a gás metano proveniente do biogás do Aterro
Sanitário de Santo Amaro.
Entre 1986 e 1988 a Mercedes Benz do Brasil desenvolveu um motor a ciclo
Otto para uso com gás natural, o OM-366-G, que teve sua produção em série
iniciada em 1989.
Um convênio firmado entre a MBB, Petrobrás e CMTC, novas experiências
foram feitas entre 1989 e 1991, foram utilizados motores a gás, motores dual
fuel e motores ottolizados. Quatro veículos foram colocados em operação e
receberam diversas críticas dos operadores, pois exigiam muitas paradas
durante a operação normal dos veículos. Os únicos veículos que apresentaram
resultados satisfatórios foram os que utilizavam o motor OM-366-G que já era
fabricado para o uso com gás.
A lei municipal n°.10.950 de 1991 veio determinar a conversão da frota de
ônibus a óleo Diesel para uso de gás natural em um período de dez anos.
A CMTC cogitou adquirir 250 ônibus movidos a gás, o que era o ideal para uma
garagem em fase de adaptação, onde a Petrobras construiria um posto de
abastecimento para atender essa frota.
Em 1994 a CMTC foi privatizada e o projeto nunca foi concretizado
(MACHADO, 1996).
A partir do início dos anos 2000, outros projetos piloto foram desenvolvidos,
porém nenhum atingiu efetivamente uma grande escala.
O abastecimento é um dos problemas apontados para a falta de sucesso do
ônibus a gás natural na cidade de São Paulo. O abastecimento a baixa pressão
fazia com que os ônibus ficassem parados por muito tempo para
abastecimento, e alem disso, como a autonomia era baixa, muitos
deslocamentos para as garagens eram necessários, prejudicando a
programação e operação das linhas.
A Shell chegou a investir US$ 800.000,00 em duas garagens onde operavam
ônibus a gás natural em sistemas de alta pressão, porém os contratos não
eram favoráveis e em certas ocasiões o gás natural chegou a custar mais caro
que o óleo Diesel. Além disso os compressores consumiam tanta energia que
chegava a quase 10% do valor de compra do gás (NTU, 2004).
5- TRANSPORTE POR ÔNIBUS NA CIDADE DE SÃO PAULO
5.1- Frota atual de ônibus na cidade de São Paulo
A cidade de São Paulo possui atualmente uma frota de 14.828 veículos com
uma idade média de cinco anos e que operam em 1.390 linhas.
Em 2014 foram transportados 2.920.278.340 passageiros (SPTRANS, 2015a).
5.2- Localização dos terminais de ônibus
Figura 1: Mapa dos terminais de ônibus em São Paulo (SPTRANS, 2015b)
A cidade de São Paulo possui atualmente trinta e dois terminais de ônibus que
são apresentados na tabela 1.
Terminal Área
A. E. Carvalho (Antônio Estêvão de Carvalho)
3 - Nordeste (Amarela)
Amaral Gurgel 9 - Centro (Cinza)
Aricanduva 3 - Nordeste (Amarela)
Bandeira 9 - Centro (Cinza)
Campo Limpo 8 - Oeste (Laranja)
Capelinha 7 - Sudoeste (Bordô)
Casa Verde 2 - Norte (Azul-Marinho)
Cidade Tiradentes 4 - Leste (Vermelha)
Grajaú 6 - Sul (Azul Claro)
Guarapiranga 7 - Sudoeste (Bordô)
Guido Caloi 7 - Sudoeste (Bordô)
Jardim Ângela 7 - Sudoeste (Bordô)
Jardim Britânia 1 - Noroeste (Verde-Claro)
João Dias 7 - Sudoeste (Bordô)
Lapa 9 - Centro (Cinza)
Mercado 9 - Centro (Cinza)
Metalúrgicos 4 - Leste (Vermelha)
Parelheiros 6 - Sul (Azul Claro)
Parque Dom Pedro II 9 - Centro (Cinza)
Penha 3 - Nordeste (Amarela)
Pinheiros 9 - Centro (Cinza)
Pirituba 1 - Noroeste (Verde-Claro)
Princesa Isabel 9 - Centro (Cinza)
Sacomã 9 - Centro (Cinza) / 5 - Sudeste (Verde-Escuro)
Santo Amaro 7 - Sudoeste (Bordô) / 6 - Sul (Azul Claro)
Sapopemba/Teotônio Vilela 5 - Sudeste (Verde-Escuro)
São Mateus 4 - Leste (Vermelha) / 5 - Sudeste (Verde-Escuro)
São Miguel 3 - Nordeste (Amarela)
Varginha 6 - Sul (Azul Claro)
Vila Carrão 4 - Leste (Vermelha)
Vila Nova Cachoeirinha 1 - Noroeste (Verde-Claro)
Vila Prudente 9 - Centro (Cinza)
Tabela 1: Terminais de ônibus em São Paulo
5.3- Consumo de combustível
Segundo Sarkosy (2005), um ônibus percorre cerca de 80.000 km por ano na
região metropolitana de São Paulo com um consumo específico de combustível
da ordem de 2,4 km/l.
Portanto o consumo anual de óleo Diesel pelos ônibus da cidade de São Paulo
seria da ordem de 33 mil litros por ônibus, com um total de 494 milhões de
litros para toda a frota.
6 - SUBSTITUIÇÃO DA FROTA ATUAL POR GNV
O consumo específico de um ônibus movido a gás natural é de 1,69 km/m³
(OLIVEIRA FILHO, 2005). Portanto o consumo anual de gás natural, se a frota
fosse substituída 100% por ônibus movidos a esse combustível, seria de 702
milhões de metros cúbicos.
O custo anual com óleo Diesel atualmente é de R$ 1,44 bilhões utilizando o
preço médio do litro do combustível em setembro de 2015 de R$ 2,914 (ANP,
2015).
Se a substituição fosse feita por gás natural, o custo anual com combustível
seria de R$ 939,09 milhões, utilizando o preço médio do m³ do combustível em
setembro de 2015 de R$ 1,901 (ANP, 2015).
Com esses dados podemos perceber que a substituição da frota de ônibus na
cidade de São Paulo por gás natural pode gerar uma economia anual de
R$ 500,91 milhões.
7- EXPANSÃO DA REDE DE GÁS NATURAL ENTRE TERMINAIS
Como o objetivo desse trabalho foi usar os terminais de ônibus da cidade de
São Paulo como pontos de consumo que incentivariam a expansão da rede de
gás natural na cidade, uma tabela com as distâncias entre eles foi elaborada. O
ponto de partida foi definido como o Terminal Parque D. Pedro, que é
localizado na região central da cidade. Outros oito terminais foram definidos
como ponto final da expansão da rede pois se localizam em extremos da
cidade e em seu caminho outros terminais podem ser atendidos.
Com essa abordagem, 26 terminais são contemplados com a expansão da
rede proposta, os terminais restantes se encontram na região central da cidade
onde a rede de distribuição de gás natural já está presente.
A tabela 2 apresenta os terminais de ônibus que seriam o ponto final da
expansão da rede de gás e as respectivas distâncias até o Terminal Parque D.
Pedro.
Terminal Dist. (km)
São Miguel 27,7
Sapopemba 18,3
Sacomã 7,9
Parelheiros 38,2
Campo Limpo 22,7
Jardim Britânia 30,7
Cachoeirinha 17,8
Metalúrgicos 30,6 Tabela 2: Distância entre os pontos finais da expansão da rede de gás natural e o Terminal
Parque D. Pedro
Para outros dois terminais que não estão em uma dessas rotas, o Terminal
Jardim Ângela e o Terminal Capelinha, o ponto de partida escolhido foi o
Terminal Santo Amaro e as distâncias são 10,1 km e 6,8 km respectivamente.
Todas as distâncias apresentadas somam 210,8 km.
Usando dados de notícias sobre custo de expansão de redes de gás pelo Brasil
em 2015 pudemos construir a tabela 3 e chegar a um valor médio de custo por
quilometro.
Concessionária Dist. (km) Custo (milh.R$) mil R$/km
Sulgás 420 288 686
PBGAS 10 4 400
PBGAS 16 7 438
CEGAS 40 11 275
Comgás 640 180 281 Tabela 3: Custo de expansão das redes de gás natural (ABESCO, 2015),
(ABGAS, 2015a), (ABGAS, 2015b), (ABGAS, 2015c), (ABGAS, 2015d), (ABGAS, 2015e)
O valor médio para esses dados apresentados na tabela 3 é de R$ 416 mil por
quilometro de rede expandida. Portanto, para a distância proposta nesse
trabalho, o custo da obra seria de cerca de R$ 87 milhões.
8- CONCLUSÕES
Com os dados apresentados nesse trabalho podemos concluir que a
substituição dos atuais ônibus movidos a óleo Diesel por ônibus movidos a gás
natural é viável e ainda, com os atuais preços dos dois combustíveis na cidade
de São Paulo, poderia significar uma economia de mais de R$ 500 milhões por
ano, que poderia ser repassado para o consumidor em uma redução no preço
da tarifa e também na melhoria do sistema de transporte público da cidade.
A partir do mapa apresentado com os terminais de ônibus, é possível perceber
que eles abrangem a cidade em quase sua totalidade, demonstrando que
utilizá-los como consumidores âncora para a expansão da rede de gás seria
interessante economicamente para a concessionária de gás natural e também
para a população das regiões onde ainda não existe uma malha de distribuição
de gás que poderia ser atendida por esse serviço.
9- REFERÊNCIAS
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ABEGÁS - PBGás conclui 10 km de rede de gás canalizado e anuncia novos
investimentos em Campina Grande - 2015b, Disponível em: http://www.abegas.org.br/Site/?p=50225 Acessado em: 26/09/2015
ABEGÁS - Cegás expande rede estruturante em quatro bairros de Fortaleza -
2015c, Disponível em: http://www.abegas.org.br/Site/?p=50984 Acessado em: 26/09/2015
ABEGÁS - Comgás amplia rede de gás natural canalizado em Taubaté -
2015d, Disponível em: http://www.abegas.org.br/Site/?p=48591 Acessado em: 26/09/2015
ABEGÁS - Rede de gás natural será ampliada com investimento de mais de R$
15,5 milhões - 2015e, Disponível em: http://www.abegas.org.br/Site/?p=50574 Acessado em 26/09/2015
ABESCO - Distribuidora de gás natural investe R$ 288 mi para expandir rede
no RS - 2015, Disponível em: http://www.abesco.com.br/novidade/distribuidora-de-gas-natural-investe-r-288-mi-para-expandir-rede-no-rs/ Acessado em: 26/09/2015
ANP - Sistema de levantamento de preços, Resumo por município, 2015,
Disponível em: http://www.anp.gov.br/preco/prc/Resumo_Por_Municipio_Index.asp, Acessado em 25/09/2015
BRITO, T. L. F. - Modelagem ambiental e análise qualitativa comparativa de
políticas de implantação de gás natural veicular em ônibus - Programa de Pós Graduação em Energia, IEE-USP, Dissertação de mestrado, 2015
CHAVES, F. S. - Otimização da operação da rede de gás natural para
suprimento das termelétricas por programação não-linear - UFRJ, 2010 GALBIERI, R., SOMÔES, A. F. - Potencial de mitigação do consumo de óleo
Diesel através do uso do etanol aditivado pela frota de ônibus no Brasil - Encontro Latino Americano de Economia de Energia, 2013
MACHADO, F. T. H. F. - A utilização do ônibus a gás natural comprimido na frota de ônibus urbanos como alternativa para a redução da poluição atmosférica na região metropolitana de São Paulo - Programa Interunidades de Pós Graduação em Energia da USP, Dissertação de mestrado, 1996
MATTOS, L. B. R. - A importância do setor de transportes na emissão de gases
do efeito estufa: O caso do município do Rio de Janeiro - COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dissertação de mestrado, 2001
MOUTINHO DOS SANTOS, E. et al - Revisão do conceito de transporte
sustentável & promoção do GNV na estratégia de substituição do óleo Diesel no transporte urbano - Comgás, 2013
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