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Ministério Do Último Tempo O povo de Deus e o consumo do vinho e bebidas alcoólicas O “vinho” da Ceia do Senhor A polémica em torno do consumo do álcool e a má interpretação das escrituras Jesus e a frequentação de publicanos e pessoas de má vida As ofertas de bebidas na Lei A época de reforma ou de restauração Os sacerdotes e o consumo do vinho e outras bebidas embriagantes Dr. Tiago Moisés PALAVRA REVELADA – PALAVRA VIVA (Jo.5:39,40; 2 Cor.3:6) DISTRIBUIÇÃO GRATUITA O VINHO NA BÍBLIA

O VINHO NA BÍBLIA - VOZ DO ÚLTIMO TEMPO VINHO NA BIBLIA.pdf · encontramos também na Bíblia, o mesmo termo “yayim” citado pelo profeta Jeremias (Lam.2:11,12) que se refere

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Ministério Do Último Tempo

O povo de Deus e o consumo do vinho e bebidas alcoólicas O “vinho” da Ceia do Senhor A polémica em torno do consumo do álcool e a má interpretação das escrituras Jesus e a frequentação de publicanos e pessoas de má vida As ofertas de bebidas na Lei A época de reforma ou de restauração Os sacerdotes e o consumo do vinho e outras bebidas embriagantes

Dr. Tiago Moisés

PALAVRA REVELADA – PALAVRA VIVA (Jo.5:39,40; 2 Cor.3:6)

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

O VINHO NA BÍBLIA

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1. O povo de Deus e o consumo do vinho e bebidas alcoólicas

Assim diz o Senhor: “O meu povo está sendo destruído porque lhe faltou o

conhecimento…” Tendo tacteado muito, e com clara intenção de restaurar a Verdade bíblica, achei por bem

na pregação de hoje, levar a igreja numa meditação mais aprofundada sobre esta matéria; em busca do verdadeiro significado desta bebida que chamamos hoje “vinho”, na sua linguagem original: a linguagem da Bíblia.

É bem verdade que a percepção que o mundo de hoje (e sobretudo pagão) se faz do vinho, não é a mesma concepção dos povos antigos que caracterizam os tempos bíblicos. E não é preciso ter muito conhecimento, nem das escrituras, nem das técnicas de fabricação do vinho hoje, sua composição e tudo… para concluir que o vinho dos tempos modernos ou da época contemporânea é bem diferente daquele vinho dos tempos bíblicos.

Na língua hebraica em que foi escrita originalmente o Antigo Testamento, existem duas palavras que foram traduzidas por “vinho”: O yayim (outros escrevem: yayin) que indica vários tipos de vinho ou suco de uvas fermentado e não-fermentado. Ora, este suco das uvas fermentado como o consumido por Noé (Gen.9:20,21), Ló (Gen.19:32-35) ou Nabal (1Sam.25:36,37), é o proibido por Deus; pois transforma-se em álcool e torna-se num vinho que embriaga (Lev.10:9; Num.6:3; Jui.13:4: 1Sam.1:14, Prov.20:1; 23:20; Is.5:11,22; 28:7, etc.). Mais, encontramos também na Bíblia, o mesmo termo “yayim” citado pelo profeta Jeremias (Lam.2:11,12) que se refere aqui ao “vinho”, como alimento para meninos e crianças do peito. Pelo que neste caso, o “yayim” não poderá ser um vinho que embebeda; mas sim o suco de uvas puro e não fermentado.

É verdade que o consumo deste “vinho” era comum nas refeições dos filhos de Israel e de outros povos de antiguidade. Todavia, estudos comprovam que os judeus piedosos (por causa da proibição da Palavra de Deus) não bebiam o “yayim” fermentado. Antes, o adicionavam com água e outros líquidos para o tornar fraco.

Ao contrário de “yayim” que identifica vinho fermentado ou não; a outra palavra é “Tirosh”, e significa “vinho novo”, “suco das uvas fresco” não-fermentado ou “suco doce de uvas recém-colhidas”. O “Tirosh” jamais se refere ao vinho fermentado; ao exemplo do que é consumido hoje. Utilizada 38 vezes no Antigo Testamento, o “tirosh” inclui todos os tipos de sucos doces e mostos, cujo consumo não era proibido por Deus. Em Is.65:8 por exemplo, podemos ler:

“Assim diz o Senhor: Como quando se acha mosto (tirosh) num cacho de uvas, e se diz: Não o desperdices, pois HÁ BÊNÇÃO NELE; assim farei por amor de meus servos, para que eu não os destrua a todos.” No novo testamento traduzido do grego, a palavra traduzida por vinho é “oinos”; que

mais tarde daria “Vinum”, quando a Bíblia foi traduzida em Latim. E “oinos” como “yayim” identificam quer o vinho fermentado, quer não. Compreendemos pois que, se tivermos que permanecer fiéis no Espírito das Escrituras, há que marcar esta diferença nítida que existe entre os “vinhos” na Bíblia, cujo consumo Deus não negou ao Seu povo (por se tratar na verdade de mostos e sucos de uvas não fermentados), dos vinhos alcoolizados e fermentados proibidos sim

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pela Palavra de Deus. São, no entanto, estes últimos que são produzidos, comercializados e consumidos em grande escala no mundo de hoje.

Agora, muitos são os que por falta de entendimento e ganho pelo gozo do vício, encontraram nesta mesma Bíblia, desculpas e pretextos para se embriagarem de vinho. E, dos argumentos mais alegados, sublinhamos: o milagre operado por Jesus nas bodas de Caná (Jo.2:3-10; 4:46); a recomendação de Paulo ao Timóteo (1Tim.5:23); e também, o vinho tomado pelo Senhor na ceia da última Páscoa com os Seus discípulos (Mat.26:27-29; Mc.14:23-25; Lc.22:17,18). Foi isso que sugeriu a desculpa dos que bebem e embebedam-se com vinho, argumentando o “sangue do Cristo”.

Vejamos isso de perto hoje, argumento por argumento: a. Na boda de Caná:

Como já o dissemos aqui, os judeus nas suas refeições não consumiam o vinho

fermentado puro; mais sim o suco das uvas ou mosto (o vinho bom). E, quando se deparavam com o vinho fermentado puro, o enfraqueciam com água e outros líquidos. Este tornava-se num vinho inferior em qualidade.

Dou-vos dois argumentos que confundem os que defendem o consumo do vinho fermentado hoje; pretextando o milagre de Jesus que transformou água em vinho no casamento em Caná.

Primeiro: o facto de que este milagre, tendo sido instantâneo, não daria nenhuma possibilidade a que a fermentação deste vinho fosse possível. Pois, todos sabemos que a fermentação é um processo lento. E o açúcar do suco das uvas precisa de tempo para se converter em álcool e em dióxido de carbono. Pelo que, não tenho medo de errar quando afirmo: o Senhor Jesus não transformou aquela água em bebida alcoólica ou vinho que embriaga. Não, meus senhores!

Segundo: e para confirmar o primeiro argumento, temos o próprio comentário do mestre-sala ao noivo: “Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora O BOM VINHO.” Pois que? O milagre de Jesus produziu, como o confirma o mestre-sala o “tirosh” (vinho bom) ou o “yayim” (se quereis), desde que seja traduzido neste caso, como não-fermentado ou não-alcoolizado. Pois no entender dos judeus piedosos, o “bom vinho” é aquilo que hoje ainda chamamos de “suco de uvas integral ou puro”. O mosto que se acha num cacho de uvas (Is.65:8). Porém, o “tirosh” ou o “yayim” não-fermentado. Pois, quando este mesmo mosto começava à fermentar e se transformar em álcool, ele baixava em qualidade. Insisto em recordar que, quando se tratava do vinho fermentado, e segundo o costumo dos judeus, este devia ser enfraquecido com água ou outros líquidos para não embriagar os convidados. Este processo tornava a bebida (como já o dissemos) inferior em termo de qualidade. Ora, de acordo com o testemunho do mestre-sala (que parece ser um bom entendedor nesta matéria), o milagre de Jesus não produziu este “vinho inferior”, mas sim o bom. Aqui está pois a verdade que quero clamar alto e bom som: no casamento de Caná, o milagre de Jesus não produziu um “vinho” alcoolizado ou fermentado; mas sim o suco das uvas

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puro; o mosto ou “vinho novo” sem teor etílico. Pois Jesus, jamais embriagaria esses homens, contra a vontade de Deus.

b. Na recomendação dada ao Timóteo:

Seria também irracional que o mesmo apóstolo Paulo que muitas vezes acautelou os crentes do consumo do vinho que embebeda, venha contradizer-se ao recomendar o contrário ao Timóteo. Na verdade, a “terapia do suco de uvas integral” que o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo “por causa do seu estomago” é hoje comprovado pela ciência.

Aqui está o ponto de vista de especialistas na matéria de saúde: “Tomar vinho é maravilhoso, mas em questão de benefícios para saúde, o suco de

uva integral é mais eficaz. O resveratrol, por exemplo, age diminuindo a viscosidade do

sangue e prevenindo, assim, a formação de coágulos capazes de levar a problemas cardíacos

sérios. Um estudo com ratos de laboratório da Universidade de Michigan, nos EUA, mostrou

que os fitoquímicos presentes na fruta têm potencial para reduzir danos ao músculo cardíaco.

Também vale lembrar que a uva é fonte de vitamina C e dos minerais ferro e potássio,

portanto combate o envelhecimento precoce, e tem uma óptima quantidade de fibras, que

contribuem para o bom funcionamento do intestino.

Os benefícios da ingestão diária de 400 ml desse tipo de suco rico em Polifenóis e

Antioxidantes que qualquer outro suco, são:

Coração- Prevenção das doenças vasculares

Cérebro- Prevenção de Parkinson, melhora da memória, percepção, atenção, raciocínio,

aprendizado e cognição.

Câncer- Acção antioxidante e diminui os danos cumulativos do envelhecimento.

Fígado- protecção hepática pelos polifenóis

“Para quem não pode ingerir bebidas alcoólicas como o vinho tinto, que possui

as mesmas propriedades, o suco de uva integral faz o mesmo efeito, e com dois

benefícios a mais, um é que não contem calorias, e o outro, é que não produz os efeitos

da bebida alcoólica. A quantidade necessária para fazer trazer benefícios à saúde, é um

copo de 200 ml por dia, sem colocar açúcar.”

Estudos realizados na universidade de Wisconsin nos EUA, demonstraram que 15 pacientes

com problemas de entupimento de artérias, e que foram submetidos a tomar um copo de

suco de uva integral por 14 dias, reduziram os níveis de entupimento das artérias, esses

exames que foram feitos por imagens de ultra-sonografia e indicarão que o sangue tinha fluido

mais livremente pelas artérias, demonstrando a eficácia em se tomar suco de uva integral.

(Fonte: Revistawomenshealth.abril.com.br - Suco de Uva Integral Benefícios à Saúde)

“O suco da uva roxa e vermelha escura é rico em substâncias antioxidante, que conserva o

organismo contra as doenças. Seus nutrientes ainda reduzem o risco de doenças

cardiovasculares, pois dilata os vasos sanguíneos contribuindo para a boa circulação do sangue.

Contém carboidratos, vitamina A, B6, C, potássio, cálcio, fósforo, ácido glutâmico, ferro e sódio.

Quando consumido em pequenas quantidades fica mais apurado o sabor excêntrico e os

resultados energéticos são mais eficazes.” (Fonte: www.superbom.com.br)

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Ainda segundo os mesmos estudos: “O suco de uva por não conter álcool pode ser

consumido pela maioria das pessoas, inclusive crianças pelo seu valor

nutricional”.

Isto comprova o que dissemos referente a escritura de Lam.2:11,12; onde o profeta Jeremias faz referência a este suco das uvas (traduzido hoje: “vinho”) como alimento para as crianças de peito.

A insistência pelos médicos e pesquisadores no consumo de pequenas quantidades confirma a “receita terapêutica” que o apóstolo Paulo deu ao Timóteo para curar as suas frequentes dores de estômago. Pelo que, esta “receita médica” de Paulo não pode, de modo nenhum, transformar-se numa permissão para os que, hoje, se embriagam com vinho fermentado ou alcoolizado. Tendo em conta que se trata de duas coisas diferentes: o suco de uvas integral e o vinho fermentado ou alcoolizado. O primeiro fazia parte das refeições dos povos antigos; enquanto o segundo que embriaga era, e continua à ser proibido pela Palavra de Deus aos homens que querem fazer a Sua vontade; como já o comprovamos com algumas passagens das Escrituras. Ora vejamos… Está mais que provado nas escrituras que muitas vezes este “vinho” acompanhava o pão na mesa dos judeus (Gen.14:18; Jui.19:19; 1Sam.10,3; 16:20; 1Cron.12:40; Nee.5:15; Sal.104:15; Prov.9:5; Ecl.9:7; Lc.7:33, etc.). Mas, quem é pois o insensato que come o pão acompanhado com um vinho alcoolizado ou fermentado? Porque na verdade, os judeus tinham o hábito de comer o pão acompanhado com o mosto ou suco das uvas.

Podemos então concluir que, os benefícios da uva na prevenção de doenças e no bom funcionamento do organismo como é confirmado pelos especialistas na matéria de saúde hoje, eram já conhecidos pelos povos antigos. É só assim que se explica a recomendação de 1Tim.5:23. E também, a escritura de Is.65:8 que afirma que “há bênção no mosto (tirosh) que se acha num cacho de uvas”

Aqui está o verdadeiro problema: na linguagem antiga da Bíblia (o hebreu), utilizava-se “yayim” para identificar todos tipos de sucos das uvas (os que embriagavam como não) dependendo do uso e das circunstâncias; e “tirosh” exclusivamente para o mosto e suco integral de uvas. Hoje, porém, as traduções destas duas palavras nas nossas linguagens modernas, com forte influência greco-romana uniram o sentido das duas numa só: vinho. Refiro-me à influência greco-romana, pois sabemos que o Novo Testamento inicialmente escrito em grego, começou por juntar “yayim” e “tirosh” em uma só palavra “Oinos” que mais tarde; com a tradução latina da Bíblia foi traduzida “Vinus” que significa: “vinho feito de uvas”, ou “vinho frutado” (ver dicionários e léxicos de Latim). É assim que passará à ser identificada doravante esta mesma bebida, quer alcoolizada ou fermentada, quer não.

Daí a confusão que persiste até hoje na mente da maioria que lê a Bíblia em línguas derivadas do Latim. E quem conhece a forte influência que a Grécia e Roma tiveram sobre toda a civilização ocidental que domina o mundo hoje, pode compreender a origem de muitas interpretações particulares que adulteraram (e de que maneira!) a compreensão de muitas verdades das Escrituras no Antigo e no Novo Testamento. Hoje por exemplo, com o andar dos séculos, a palavra “vinho” ganhou uma nova interpretação, e passou à ser definido como: “bebida alcoólica resultante da fermentação da uva sob efeito de certas leveduras”. E, isto não era a concepção dos povos antigos, e dos judeus em particular.

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Consideramos num instante a Escritura de Ecl.9:7,8; está escrito: “Vai, pois, come com alegria o teu pão, e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito que Deus se agrada das tuas obras. Sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Vemos pois aqui, o “vinho” mais uma vez associado ao pão na refeição de um homem

com que Deus se agrada. Agora seria uma loucura que de confundir esta bebida traduzida por “vinho” do que é questão aqui, com os vinhos alcoolizados ou fermentados de hoje. O que seria uma tremenda contradição, só de saber que o próprio Deus que proíbe o consumo dessas bebidas, venha se agradar e até encorajar, como nesta escritura, alguém do Seu agrado a transgredir Seu próprio preceito. Trata-se na verdade de suco ou mosto que se acha num cacho das uvas. Aquele que segundo Is.65:8: não pode ser desperdiçado por quem o ache, por haver bênção nele. Notem que está dito: come o pão e bebe o “vinho”, mas “sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.”. Todos nós sabemos que as vestes alvas representam “as obras justas dos santos” (Apoc.19:8), enquanto o óleo sobre a cabeça: a unção (Ex.29:7). O versículo 8 desmente pois os que querem interpretar o versículo 7 como se falasse acerca do vinho que embriaga ou embebeda. Porque, neste último vinho há devassidão, como advertiu o apóstolo Paulo em Ef.5:18. E, ninguém pode se embriagar e produzir ao mesmo tempo “obras justas dos santos” (mais uma vez os exemplos de Noé e Ló são expressivos), isso é de um. De dois, a bebedeira e a unção são duas coisas que se contestam. Por isso Paulo disse: “não vos embriagueis do vinho… mas enchei-vos do Espírito Santo”. “Mas” é uma conjunção que serve geralmente marcar uma oposição ou uma diferença. Querendo o apóstolo Paulo demostrar que, ninguém pode se embriagar com o vinho e ao mesmo tempo estar cheio do Espírito Santo. É uma coisa contra a outra; uma coisa diferente da outra, mas NUNCA as duas concordando juntamente. Vemos pois, mais uma vez, que toda confusão reina em torno da evolução linguística que acabou por dar um outro sentido (bem diferente do original) à esta bebida que, antigamente foi conhecida como “suco das uvas” e que hoje traduz-se “vinho”; para o tropeço de muitos que são destruídos por falta de conhecimento.

Queria aqui dirigir uma palavra aos que encontraram justificativo para o “consumo do vinho”, nas palavras do apóstolo Paulo.

Sim, algumas dessas pessoas dizem que a Bíblia não proíbe o consumo do vinho; e que este deve ser antes ingerido “moderadamente” ou com pouco teor de álcool. Por causa disto, hoje na Igreja, muitos são os que depois de ter sido libertados, caíram de novo no vício do consumo de álcool; para que se cumpra o que está escrito (2Pe.2 :22). Sim, hoje muitos são os que se embriagam como aconteceu com Noé, Ló e Nabal, entre muitos outros; como já o evocamos aqui. Pois entre o suco doce de uvas (o bom vinho) e o vinho alcoolizado pela fermentação, poucos são os que conseguem distinguir a linha de desmarcação por causa deste vício. É disso que o apóstolo do Senhor acautelava.

Mas, que me seja permitido de insistir mais uma vez que a preparação do “vinho antigo”: “tirosh” ou então “yayim” ou “oinos” não-fermentado, não tem nada em comum com os métodos actuais de preparação desta bebida que hoje chamamos “vinho”; e que se distinguem sobretudo pelo seu teor etílico.

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E bem verdade que o apóstolo Paulo, dirigindo-se aos bispos, diáconos (1Tim.3:3,8; Ti.1:7) e às mulheres idosas (Ti.2:3), apela contra o excesso do consumo do “vinho”, nestes termos: “não dado a vinho” ou “não dado à muito vinho”. Isto sim, foi o pretexto para muitos cristãos recorrer ao tal dito “consumo moderado” do vinho ou do álcool.

Todavia, a luz de tudo o que já foi dito aqui, faço questão de enfatizar mais uma vez que, embora seja notório o hábito dos povos antigos de associar o consumo de “suco de uvas” traduzido por “vinho” às suas refeições (pão e vinho); no entanto, todos aqueles que temiam Deus e eram chamados ao Seu serviço limitavam-se aos sucos não fermentados das uvas; sendo não alcoolizado e que não embebedavam. Senão vejamos, a Bíblia disse que o próprio Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho à Abrão (Gen.14:18). Longe de vós pensar que, este sumo-sacerdote à ordem de quem o Senhor Jesus pertence, fosse capaz de oferecer à Abrão uma bebida alcoolizada. NUNCA!

E mesmo assim… isto é: apesar de consumir este suco das uvas não fermentado e que não continha álcool, Paulo acautelava contra o hábito do seu consumo que, sendo excessivo, podia causar derrapagem por causa de vício. Por isso ele especificou na escritura de Ef.5:18, o seguinte: “E não vos embriagueis com vinho, NO QUAL HÁ DEVASSIDÃO…”. Todo aquele que, com inteligência, lê esta escritura; discerne a coisa mais importante que Paulo revelou-nos aqui: no vinho há devassidão. Isto quer dizer que todo aquele que se inclinar em demasia no consumo do fruto da videira pode cair na corrupção, na perversão, na dissolução ou devassidão. Tal como aconteceu com Noé, Ló, Nabal; para citar mais uma vez esses exemplos claros das escrituras. Já pensaram no facto de que mesmo este bom vinho (o suco de uvas) quando o temos em boa quantidade e o guardamos tempo à mais ou o conservamos mal pode por si só fermentar, e modificar o açúcar nele contido em álcool etílico; transformando-se deste modo numa bebida que embebeda? Imagine que a fermentação de 500g de açúcar (glucose) pode produzir até 255 g de álcool etílico… Por isso, pregou-se a moderação mesmo no consumo do “bom vinho”: o suco ou o mosto. E, lembrar também que as escrituras nos apelam à moderação não só no beber, mas também no comer; evitando a glutonaria e excesso de mesa (Lc.21:34; Rom.13:13; Gal.5:21; 1Pe.4:3).

E, todo o resto é uma questão de linguagem utilizada na época deles e hoje. Pois: “Não vos embriagueis com vinho” não pode ser traduzido: “Bebem vinho com moderação”; mas sim: “Não vos alcoolizeis com vinho”. Eis o que diz o dicionário actualmente:

O verbo embriagar é definido por: embebedar ou alcoolizar. O que é próprio das bebidas alcoólicas; porque um suco puro das uvas não embebeda; nem justificaria a admoestação de Ef.5:18

Ora “alcoolizar” é definido no dicionário como: pôr álcool num outro líquido ou o tornar tal líquido alcoólico. Sendo que neste caso, é o suco das uvas que passou a conter álcool.

Uma “pessoa alcoolizada” é definida como: aquela que consumiu o álcool até ressentir os seus efeitos. Aqui está a devassidão!

Enquanto “alcoolização” é definida como: “grau de exposição ao consumo de álcool por um indivíduo”.

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Ficou pois claro que a Bíblia nunca aconselhou o consumo moderado de qualquer bebida alcoólica que seja. Mas, antes advertiu (como em Ef.5:18) que há devassidão no vinho que embriaga ou que embebeda. Ora, o perigo não está no suco puro das uvas, mas sim no álcool que ele produz, e que lhe torna alcoólico. A consumação de tal bebida pode produzir efeitos indesejáveis, mesmo num homem que teme à Deus, como foi o caso de Noé ou de Ló. E o nível de exposição ao consumo deste álcool do vinho, num individuo, depende também e sobretudo do grau do álcool contido nestas bebidas (vinhos e também cervejas) alcoolizadas. E o seu consumo leva o individuo na devassidão que é pecado.

Resumindo e concluindo: a Palavra de Deus nos acautela contra esses vinhos que são consumidos hoje “em nome de Deus” por todos aqueles que buscam pretexto na Bíblia, para tentar justificar uma prática que é claramente reprovado por Deus à intenção de todos os que O temem, desde o Antigo Testamento até hoje.

Pelo que na sua exortação, o apóstolo Paulo disse: “Enchei-vos do Espírito Santo”. “Encher-se” é definido como “fartar-se”, “saciar-se”, “satisfazer-se”, etc. Isso quer dizer: ao invés de vos fartar desses vinhos fermentados e alcoolizados que embriagam, saciai-vos ou satisfazei-vos com o Espírito Santo que produz também efeitos estimulantes para a justiça de Deus; enquanto o álcool estimula no pecado.

Hoje, muitos são os que nos meios religiosos que se apoiam na Bíblia, exibem o “vinho” ou “cerveja sem álcool” como uma alternativa para os que querem continuar no consumo dessas bebidas; sem, no entanto, correr o risco de se embriagar. Mas, a verdade revela que, quer seja a tal dita “cerveja sem álcool” ou o “vinho sem álcool” (ainda apelidados “cerveja leve” ou “vinho leve”), são na verdade bebidas misturadas, fermentadas e levedadas.

Um fabricante deste “vinho sem álcool” no Brasil (cujo nome omitimos voluntariamente aqui) revela que suas bebidas: “são produzidas por meio de fermentação da uva, ao contrário do suco, que são uvas cozidas e adoçadas”; e que “uma dose deste vinho sem álcool seria o equivalente de consumo de 4 copos de suco de uva ou 1 e 1/2 de vinho tinto com álcool”.

Da “cerveja sem álcool” li o seguinte comentário de especialistas na matéria: “A cerveja sem álcool é uma bebida fermentada elaborada com os mesmos ingredientes naturais que uma cerveja tradicional: água, malte, lúpulo e levedura. Única diferença? Foi-lhe retirado parcialmente ou na totalidade o álcool.” (Fonte: http://www.cervezaysalud.es) Pelo que podemos chegar a seguinte conclusão: quer seja no caso do vinho sem álcool ou

da cerveja sem álcool, trata-se na verdade de bebidas levedadas (fermentadas) às quais foram retiradas o álcool, as vezes, só parcialmente. É justamente aqui onde está o problema, porque a Palavra de Deus acautela também contra as bebidas levedadas ou fermentadas. Abstenhais-vos disso! E não vos conformeis com o século presente. Porque, todos esses comentários que acompanham esses produtos não passam de publicidade ou propaganda enganosa.

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2. O “vinho” da Ceia do Senhor

O uso do “vinho” na Ceia do Senhor levantou tanta polémica que, muitos hoje questionam-se sobre o tipo de vinho que deve ser usado nesta Ceia. Ou, simplesmente se deve ser substituído por refrigerantes; para evitar os efeitos de álcool contido em bebidas, cujo consumo é proibido nas escrituras. Sem falar daqueles que, interpretando erroneamente o cálice que o Senhor Jesus bebeu na última Ceia com os Seus discípulos, encontraram nisso um pretexto para justificar o seu próprio consumo e apetência pelos vinhos fermentados ou alcoolizados.

Não nos esqueçamos de que a Ceia do Senhor ocorreu durante a festa da Páscoa dos judeus. E que, a Páscoa era ligada a festa dos pães asmos (sem fermento). Sendo que, durante este período (sete dias), Deus estabeleceu que não podia achar-se fermento ou qualquer levedura nas casas dos filhos de Israel. Porém, é inconcebível pensar que neste mesmo período, os filhos de Israel pudessem consumir bebidas fermentadas. NÃO! Como é também heresia que de pensar que, Jesus e os Seus discípulos naquela mesa da Ceia comeram o pão asmo acompanhando-o com o vinho fermentado ou alcoolizado. CATEGÓRICAMENTE NÃO!

Era pois impossível que aquela bebida que estava no cálice, e que Jesus identificou como “fruto da videira” tivesse passado por um processo de fermentação para ser consumida, justamente nesta época em que o povo de Deus devia se abster de todo e qualquer tipo de fermento ou levedura. IMPENSÁVEL!

Assim, por todas as razões evocadas neste capítulo, seria irracional que justamente naquela noite, Jesus estivesse à tomar o yayim ou oinos fermentado e que embriaga; mas sim o “tirosh”: mosto ou suco de uvas, não-fermentado. Reparem que não está escrito, em lado nenhum, que Jesus deu o vinho fermentado aos Seus discípulos. Todas as escrituras relacionadas com a Ceia do Senhor dizem: “tomou o cálice”. O que havia pois naquele cálice? Jesus o revelou quando disse: “…desde agora não mais beberei do fruto da videira”. O “fruto da videira” é este suco não fermentado que se traduz HOJE por “vinho”; mas, muito diferente da bebida alcoolizada de hoje, que embebeda os que a consomem. Trata-se deste mesmo mosto ou suco das uvas que é designado por alegoria: “sangue das uvas” nas escrituras de Gen.49:11 e Deut.32:14.

É também heresia pensar que Jesus, nos dias da Sua carne, bebia vinho fermentado ou alcoolizado. Pelo que, ficaria muito oportuno recordar aqui que, quando Lhe foi dado um vinho misturado (isto é alcoolizado) no Golgotha, Jesus depois de o perceber, não o quis beber (Mat.27:34; Mc.15:23).

Que diremos pois? A luz de tudo o que foi demostrado aqui, celebrar a Ceia do Senhor com o vinho fermentado é um erro doutrinal e uma deformação da Palavra de Deus! Pelo que nos resta duas alternativas: celebrá-lo com o “suco de uvas” vermelhas ou então, por falta deste: diluir o vinho fermentado com água ou outros líquidos, como o faziam os judeus; até termos uma bebida que não embriaga os que a consomem. Evitaremos assim de “desprezar a Igreja do Senhor”; caindo deste modo no mesmo erro que os crentes da igreja de Corinto, que por ocasião da ceia tomavam o mau vinho e se embebedavam. O que lhes valeu a repreensão do apóstolo Paulo (1Cor.11:20,21).

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Regra geral: nada de fermentado durante a Ceia do Senhor. Quer seja o pão, quer seja o “tirosh”, o “yayin” ou “oinos” que hoje foram traduzidos por “vinho”: tudo deve ser não fermentado ou não levedado. Porque, se “há bênção no mosto de uvas”; o mesmo não se diria do vinho fermentado que embriaga.

Na Ceia do Senhor, trata-se de celebrar a festa sem fermento ou levedura. Não com refrigerantes, mas sim com o suco puro ou integral das uvas; ainda chamado “sangue das uvas”. E, pouco importa o tempo que levamos a compreender essa Verdade… passado os tempos da ignorância, o que conhecíamos em parte deve deixar lugar ao que é perfeito (1Cor.13:9-11). É isso que devemos fazer! Pois vivemos na hora em que todas as coisas são restauradas.

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3. A polémica em torno do consumo do álcool e as más interpretações das escrituras

Tinha acabado de escrever a pregação sobre a Páscoa, quando o Espírito Santo me constrangeu à falar sobre o “vinho na Bíblia”. Sobretudo porque a pregação de hoje também toca a Ceia do Senhor e o cálice que Ele bebeu com Seus discípulos.

Cumpro o dever hoje, em transmitir o que me foi dado pelo Espírito para o Seu povo. Pois, o meu Evangelho tem como alvo: aqueles que são de Deus e querem fazer a Sua vontade; os que são chamados a preparar-se para o arrebatamento que se aproxima. Pois, jamais me esquecerei que no início de tudo isso, Ele disse-me: "Vá dizer a Meu povo…".

Mas, quando tentei saber o que outros pregadores diziam também sobre este tema (ao pesquisar na web por exemplo), fiquei surpreendido com o impressionante número de sermões tocando o “vinho na Bíblia”. Sobretudo pelo carácter contraditório e controverso, dumas em relação à outras, por parte de pregadores que se acusam mutuamente de falta de conhecimento ou entendimento. Eu entendi que havia vários correntes que se subdividem em três principais tendências: os sem álcool”; ou seja, aqueles que são contra o consumo de álcool pelos cristãos e defendem a sua abstinência; depois há aqueles que defendem o consumo moderado do álcool e, finalmente, os liberais que, eles, defendem que o consumo de álcool não é proibido na lei de Deus e não tem nada a ver com a salvação da alma; porque o próprio Jesus teria bebido álcool com os pecadores; Seus discípulos também.

Seja como for, eu não tenho nada a ver com esta controvérsia. Detesto a polémica, porque esta pode questionar, inquirir e controverter tudo aquilo que faz o fundamento da nossa fé. Eis que a própria Bíblia nos ensina que, no tocante aos ensinamentos contidos na doutrina: há sempre aqueles que pensam "de outra forma". Sem contar com os que "contestam" ou "ignoram" essa doutrina dada pelo Cristo à Sua Igreja pela revelação do Espírito Santo. Todos esses (penso eu) não devem ser obrigados à obedecer às coisas que eles não recebem ainda por não as entender. Pelo contrário, persistimos em ensinar a Verdade; confiando em Deus para lhes dar o entendimento à seu próprio tempo, e lhes libertar do espírito do erro no dia da visitação divina. Porque, importa que cada um de nós faça a sua própria experiência de salvação com O

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próprio Cristo; e seja ensinado por Deus para conhecer, compreender e aceitar a Verdade ensinada pelo Espírito. É por isso que foi dito em Fil.3: 15.16, o seguinte:

“15 Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis

alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará.16 Mas, naquela

medida de perfeição a que já chegamos, nela prossigamos”.

No entanto, são esses ensinamentos (particularmente daqueles que se dizem liberais) que dividem a Igreja. E, em vez de ajudar os santos a progredir rumo à perfeição (que ainda não atingimos, mas nos esforçando ainda para isso); eles, pelo contrário, apregoam a tolerância do pecado pela aceitação das obras infrutuosas das trevas. Mas, ainda que essas pessoas apregoam a libertinagem, não devemos nos esquecer de que vivemos os dias em que as pessoas não suportam a sã doutrina; estando pelo contrário em busca dos "doutores" que ensinam as coisas que eles bem querem ouvir (2Tim.4: 3):

“ Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande

desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus

próprios desejos”

Agora, a controvérsia ou polémica é perigosa e perversa, sobretudo pela sua capacidade de tudo pôr em causa: o uso do véu pelas mulheres durante a oração, o exercício do episcopado da Igreja por mulheres; o atavio e vestuário da mulher, o baptismo, e outros princípios doutrinais mais… Por causa da polémica, o casamento é questionada, a homossexualidade torna-se tema de discussão e debate no cristianismo, etc. É por isso que eu detesto e fico longe da polémica. Estou ciente de que somos um povo à parte. O Senhor Jesus disse: "Eles estão no mundo,

mas eles não são deste mundo." E a escritura de Romanos 12: 2 nos exorta a não nos conformarmos com este mundo. É pensando nisso que dirijo esta pregação aos eleitos de Deus; chamados para a santificação do corpo, alma e espírito.

Argumentando cada um de acordo com sua inclinação, cada tendência ergue as suas próprias teses e a polémica abrasa. Mas em todas estas coisas, notei isto: estes argumentos são fundamentados em ensaios filosóficos, históricos e religiosos; mas, não se levou em consideração o que ensina o Espírito Santo sobre esta matéria. Ora, toda ou qualquer abordagem de qualquer ponto doutrinário que seja, do ponto de vista meramente humano, nos levará inevitavelmente à aprovação do erro... o triunfo das heresias. Ainda que tenhamos os textos bíblicos como apoio e referências para tais argumentações! Pois, não podemos nos esquecer do que está escrito: “a letra mata, o Espírito é quem vivifica”. Ora, nós somos ministros do Evangelho pelo Espírito, e não segundo a letra ou a carne. Por mais instruído, ensinado, habilitado ou formado que seja, um homem não pode pela sua inteligência perceber as coisas de Deus. O motivo é simples e notório: a Palavra de Deus não faz parte de ciências humanas. E, as coisas relacionadas com a doutrina de Deus são espirituais e se percebem espiritualmente.

Um exemplo claro entre muitos outros: todas as vezes que os homens foram chamados a se pronunciar sobre o casamento homossexual, tendo por fundamento os direitos do homem e não a Palavra de Deus: a vitória do “sim” sobre o “não” foi inevitável. A mesma coisa acontecerá se qualquer preceito da doutrina de Cristo for confrontado com as ciências humanas ou uma doutrina ensinada pela religião dos homens: a vontade dos homens prevalecerá sobre a vontade

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de Deus. Entendem agora o que quero dizer? E não me venha dizer que “a voz do povo é a voz de Deus”. Pois isso é filosofia antiga. E, nenhum homem honesto cai nessa. Não é pois verdade, afirmar que a lei de Deus não proíbe bebidas alcoólicas só porque Noé (homem de Deus) bebeu e embebedou-se, e Ló também. Mas o que lhes aconteceu é uma prova irrefutável de que, todos eles eram da mesma natureza como nós; como também o diz uma outra escritura acerca do profeta Elias (Tg.5: 17). E, quem diz "natureza" fala da carne com todas as suas fraquezas. No entanto, é daqui onde nascem as paixões e desejos do pecado. E, não nos esquecemos que é somente pela graça de Deus que Noé foi salvo (Gen.6: 8)... e também Ló, parente de Abraão (Gen.19: 29). O que diríamos então? Bebemos e embebedemo-nos, tais como Noé e Ló, porque estamos debaixo da graça nós também? De modo nenhum!

E, já que nos apegamos nas justificações e desculpas, porque não mataríamos nós também os maridos das outras, para ficarmos com as mulheres deles como o fez David, por exemplo? Ou, diremos que Deus não pune a idolatria, só porque Salomão, o rei à quem deu inteligência, sabedoria e riqueza, seguiu outros deuses no tempo da sua velhice? Pois, é aí onde poderá nos levar tal lógica: na imitação dos erros evidentes cometidos por servos de Deus pelo passado. Contudo, a Bíblia diz:

“ para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que pela FÉ e

PACIÊNCIA herdam as promessas.” (Heb.6.12)

Fé e paciência. Eis pois o que devemos imitar nos homens de Deus. Não os imitemos pois nas coisas em que tropeçaram. Lembrando-nos sempre que foram homens da mesma natureza que nós. E que, como homem, todos tropeçamos em muitas coisas; como está escrito (Ja.3:2). Para aqueles que compreendem a linguagem de Deus, o fermento na lei é apenas uma figura daquilo que estimula, emula e fomenta o pecado; como a coisa nos é confirmada na plenitude dos tempos (Mat.16: 11,12; Mc.8: 15-18; Lc.12: 1; 1Cor.5: 6-8; Gal.5: 9). Sendo assim, como é que um pregador pelo Espírito de Deus pode ensinar e insinuar que as bebidas fermentadas não são proibidas na Lei de Deus? E, pior ainda, afirmar que Deus incentiva, em algumas circunstâncias, as pessoas a consumir bebidas alcoólicas.

Nós sabemos que a lei foi dada justamente por causa da transgressão. Transgressão de quê? Da Palavra de Deus. Por quem? Pelos filhos de Israel, claro. Não erreis pois em pensar que, se houver uma prática que caracterizava os filhos de Israel (como o consumo de bebidas fermentadas e alcoólicas), essa deve ser necessariamente boa e aprovada por Deus. Não! Contra a tendência da "judaização" daqueles que, por Deus, foram chamados entre as nações, queremos lembrar o que diz a escritura de Rom.9: 6-8:

“6 Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; 7 nem por serem

descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua

descendência. 8 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os

filhos da promessa são contados como descendência.”

Eu sinceramente acredito, como afirmou o Senhor Jesus Cristo, que "a salvação vem dos judeus." Sim! Mas apenas no que diz respeito à adopção dos filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto do Verdadeiro Deus, as promessas, os patriarcas e, o Cristo que, segundo a carne, procede deles (Rom.9: 5). Não no que toca a natureza deles: hábitos, tradições e costumes. Pois,

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é justamente por causa disso que eles rejeitaram a Cristo, e caíram no endurecimento (Mat.15: 3-9; Mc.7: 6-13; Rom.9: 27,29-32; 10: 19,21). Portanto, não consomem bebidas alcoolizadas e fermentadas, sob o pretexto de que os judeus ou hebreus bebiam e que Deus consentiu ou permitiu isso. Antes, lembrai-vos que, entre eles, haviam homens piedosos, mas também ímpios em maior número. Aí está!

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4. JESUS COMIA E BEBIA COM PUBLICANOS E PESSOAS DE MÁ VIDA

É bem verdade que Jesus comia e bebia com publicanos e pessoas de má vida; mas não

é verdade que de tirar à partir daí conclusões precipitadas e às vezes insensatas, como fez um outro ensinador que eu li na web, que, citando Mat.9: 10-17; 11: 19; Mc.2: 15-16; assevera:

"Este texto confirma que Cristo se sentou à mesa, e ele estava com os

publicanos. Vemos que ele bebeu vinho com eles. Sugerir que Cristo bebeu suco

de uva, enquanto os publicanos e pecadores bebiam vinho, no sentido normal, e que,

apesar disso, ele foi condenado porque ele bebia com eles, é ridículo".

Não nos esquecemos que, quando questionado sobre a sua frequentação desses pecadores, O Senhor Jesus na Sua resposta, comparou o Seu relacionamento com eles como: de um médico com doentes. O que faria um bom médico no meio de doentes? Se deixar contaminar e contrair o vírus dos seus pacientes? Claro que não! A atitude certa seria aproximar-se deles e combater até a cura essas enfermidades, tendo cuidado em não se deixar infectar pelo surto que ele está à combater. Eis o que o Senhor Jesus fazia no meio dessas pessoas de má vida. Pelo que aprendei o que está escrito à respeito deste Sumo-sacerdote que: “… como nós, em tudo foi tentado, MAS SEM PECADO.” (Heb.4:15). Não erreis! Eu também li cuidadosamente esses textos em todas as versões e traduções que caíram em minhas mãos, não encontrei em nenhum lugar está escrito: "Jesus bebeu com eles o vinho alcoolizado." Em vez disso, está escrito: “Ele comeu e bebeu” com eles. São os fariseus que o apelidaram de “comilão e bebedor de vinho”. Mas, isto não passava de uma calúnia; tal como para João Baptista de quem afirmavam que tinha demónio. Ora, nós sabemos que quer seja no caso de Jesus ou de João Baptista, as coisas não eram assim.

“Beber” não significa necessariamente “consumir álcool”. E, ainda que aqueles pecadores que partilharam a mesma mesa com Ele tivessem bebido vinho alcoolizado, não é forçoso que Jesus tivesse consumido exactamente a mesma coisa: isto é uma sugestão. Ora, não podemos partir de um princípio filosófico baseado no silogismo para restaurar a verdade de Deus na Sua Igreja.

No que me diz respeito, fui várias vezes convidado em festas mundanas, entre os da minha família, amigos e conhecidos que não obedecem ao Evangelho. Não sendo eu mesmo um extremista religioso mas seguidor de Cristo, eu estava assentado na mesma mesa com eles, numa taberna ou restaurante, numa esplanada ou sala de festas tocando a música mundana, e eu comi e bebi com eles. No entanto, eu NUNCA consumi álcool como eles. Percebem? Eu

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mesmo já fui várias vezes criticado e caluniado por estes extremistas "fariseus do tempo moderno" que não compreendiam nem aceitavam que um "servo de Deus" severo na doutrina como eu, possa vir ter tais frequentações. Entretanto, sentados à mesma mesa comendo e bebendo com eles, limitei-me a consumir dentro da liberdade que me concede a Palavra de Deus. Não além! E eu sei que muitos outros filhos de Deus o fazem também.

O que é pois ridículo nisso tudo (acho eu), é que esses pregadores possam tirar conclusões com base no silogismo. Pelo que este silogismo que eles querem perfeito, do género: a) Os publicanos eram bebedores de vinhos alcoólicos, b) ora, Jesus bebeu com eles, c) então, Jesus era um bebedor de vinhos alcoólicos; é nada mais que um raciocínio filosófico e muito sugestivo. Infelizmente, todos esses discursos com base na sabedoria humana podem ser bonitos e muito convincentes; todavia incapazes de levar os homens ao conhecimento da Verdade da Palavra; que não pode ser ensinada, senão por aquele que tem “a mente de Cristo”; como está escrito em 1Cor.2: 13-16:

“13 as quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria

humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas

espirituais com espirituais.14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do

Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque

elas se discernem espiritualmente.15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo,

enquanto ele por ninguém é discernido. 16 Pois, quem jamais conheceu a mente

do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”

Jesus, o Homem espiritual por excelência, julga de tudo; no entanto, é-vos impossível julgar-Lhe, vós, falando como o fazem: à maneira dos homens. Afirmar que o Senhor Jesus consumia bebidas alcoólicas só porque a Bíblia diz que Ele comeu e bebeu com cobradores de impostos e as pessoas de má vida, é simplesmente comprometedor e ousado por parte de um pregador ou doutor que usa da sua liberdade de pregar o Evangelho para levar muitas almas numa heresia. Seria como que afirmar que Raabe de Jericó era uma prostituta; e como os dois homens que Josué enviara como espias entraram na casa dela e deitaram-se ali; então os dois espias de Josué se prostituíram com ela. Isso prova que os discursos filosóficos, teológicos e outras abordagens de raciocínio intelectual humano não podem traduzir a Verdade de Deus, que em si só, não está enquadrada na lógica destes raciocínios; mas é sim, percebida pela fé que Deus dá àqueles que Ele quer trazer a salvação. E duvidar que Ele poderia estar sentado na mesma mesa e beber o "Tirosh"; isto é, o "suco de uva" não fermentado; enquanto os outros poderiam estar a consumir a mesma bebida de uva, mas fermentada ou alcoolizada, é uma clara demonstração da falta de honestidade; de carácter sugestivo e desprezível com relação à doutrina da Igreja de Cristo, que é "segundo a piedade". Porém, eis o que a Bíblia diz à respeito em 1Tim.6: 3,4:

“3 Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs

palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a

piedade, 4 é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de

palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas”

Pelo que, repito: Quantas vezes eu mesmo não entrei numa cafetaria; ou durante uma das minhas numerosas viagens pela estrada, numa desta loja de conveniência das bombas de

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gasolina frequentada ao mesmo tempo por alcoólatras e fumadores, para tomar um café e repartir. Pois quê? Eu bebi com eles, mas não bebi o mesmo que eles. Quantas vezes nós não frequentamos restaurantes, supermercados ou mercados, etc., juntamente com pessoas de má vida? Fizemos nossas compras junto com eles; todavia nós não compramos a mesma coisa que eles. Esta é a diferença! Clara, plausível.

Agora... quando um pregador afirma e defende que: “Cristo bebeu bebidas alcoólicas

com os publicanos e eles foram salvos e faziam parte da igreja primitiva”, isto é errado e

muito sugestivo; porque as pessoas que ouvem tais sermões podem ter a percepção errónea, de que: o simples facto de "frequentar" Jesus (ou algum outro servo de Deus, hoje) pode produzir a salvação. Se estas pessoas foram salvas, não foi pelo facto de ter comido e bebido com Jesus, na mesma mesa; mas sim porque eles receberam a Palavra que Ele lhes trouxe e acreditaram na salvação que Deus preparou em Jesus Cristo. Lembrem-se de que estes mesmos publicanos e pecadores já tinham acreditado na pregação de João Baptista (Lc.7:29), que, contudo, não comeu nem bebeu com eles. Agora, não me diga que eram pecadores antes, e o permaneceram depois da conversão. Porque, a vida de Cristo nas pessoas de má vida que éramos (todos) anteriormente, produziu uma nova vida em nós. Levando-nos assim à prática das obras que Deus de antemão preparou para que as possamos fazer e servir para o louvor da Sua glória, como está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais

Deus antes preparou para que andássemos nelas.” (Ef.2.10) Lembrai-vos também e sobretudo da pregação de Pedro no dia de Pentecostes, e entendem que cada pecador deve passar pelo ARREPENDIMENTO e, em seguida, experimentar a CONVERSÃO que opera um novo nascimento... uma nova vida, onde as coisas velhas saem para deixar lugar às coisas novas (2 Cor. 5:17). Isso nunca vos ocorreu de pensar que este mau hábito de vos embebedar fizesse também parte das coisas antigas de que tem que ser libertados pelo conhecimento da verdade? E que o arrependimento não sugere, mas sim implica O ARREPENDIMENTO DE OBRAS MORTAS? Pois todo aquele que crê no evangelho de Cristo, tendo sido destinado a se tornar Seu "discípulo" deve ser ensinado (Mat.18: 20): “ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado”; e levado à perfeição (Ef.4: 11,12): “E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros

como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento

dos santos…”. Não ensinado de acordo com a sabedoria e inteligência dos homens, porque a carne para nada aproveita; mas pelo Espírito de revelação que vivifica a Escritura.

Lembrai-vos que está escrito: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas

convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Cor.10:23). Pelo que nós não nos deixamos dominar por nada... nem mesmo o vinho. E nós não fazemos da nossa liberdade a oportunidade de viver em pecado. Pois, de acordo com Ef. 5:18; há devassidão no vinho que embriaga (isto é: o alcoolizado). Eis o que diz a verdadeira Palavra de Deus.

Não orou Jesus ao Pai dizendo: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os

guardes do Maligno” (ou “os preserva do mal”)? (João 17: 15) E acredite em mim vós todos os que são chamados a ser santos: o consumo de bebidas alcoólicas e inebriante é um mal. Que Deus preserva todos os que O amam deste mal. Não está escrito: “Abstende-vos de

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toda espécie de mal.”? (1Thes.5: 22). Quem pode ter o Espírito Santo e, ao mesmo tempo, negar que as bebidas alcoólicas (isto é, embriagante) produzem o mal? Ora, é pelos seus frutos que se reconhece uma árvore. E, como o Mestre bem nos ensinou: ou a árvore é boa e seus frutos são bons; ou ela é ruim e os seus frutos também. Isto é aplicável também, acreditem em mim, no vinho e outras bebidas fortes e embriagantes. Mas, se a religião do teu coração (tua consciência, pois) não te proíbe de consumir essas bebidas alcoólicas, então bebe, bebe, bebe... mas isso não significa que Deus te aprova. Não confundem a "permissão" da "perfeita vontade" de Deus. Leiam antes e entendem Ecl.11: 9: “Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da

tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe,

porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo.” Em Apoc.22:11, está escrito: “Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda…”. Que diremos pois em relação a isso? Que Deus aprova todos os caminhos do homem que dá o seu coração ao prazer; e anda segundo os caminhos do seu coração e a concupiscência dos seus olhos? Afirmaremos que Deus tolera injustiça e imundícia? De jeito nenhum! Assim, entendemos que há permissão divina; cada um faz as escolhas que lhe agrada na vida, no entanto, ele irá responder disso tudo diante de Deus. Não cabe pois à nós julgar aqueles que fazem essas coisas. Porque, o julgamento já foi pronunciado! Isto, é que muitos dos que fazem coisas que desagradam Deus tentam ignorar. No entanto, isso não significa que se nós não julgamos essas pessoas, logo, toleramos as coisas que eles fazem. Não! Nós condenamos sim, de acordo com o que está escrito, AS OBRAS INFRUTUOSAS DAS TREVAS. O consumo destas bebidas inebriantes faz parte dessas obras. Lançaremos de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas? Não! Porque, depois de ter sido ensinados desde o começo sobre esses rudimentos dos oráculos de Deus, pelo Espírito de Cristo em nós, temos a experiência da palavra da justiça; e somos daqueles cujo julgamento é exercitado pelo uso, em discernir o bem do mal. Nós não somos daqueles que ainda estão se alimentando de leite; mas sim do mantimento sólido; prosseguindo agora para o que é perfeito (Heb.5: 12-14; 6: 1,2). E, as bebidas alcoólicas, fermentadas e que embriagam categoricamente não fazem parte da perfeição.

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5. AS OFERTAS DAS BEBIDAS NA LEI Uma coisa é afirmar que as bebidas fortes e o vinho foram prescritos na lei como

OFFERTA DE LIBAÇÃO, e outra afirmar que a Lei autorizava o consumo destas. Alguns pregadores levam o zelo até afirmar categoricamente que: "a lei autoriza

qualquer tipo de bebida alcoólica e não apenas o vinho". Buscando apoio para esta

argumentação nas escrituras do Antigo Testamento, como Deut.14:22-26, onde lemos, especialmente no v.26: “E aquele dinheiro darás por tudo o que desejares, por bois, por

ovelhas, por vinho, por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; comerás ali

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perante o Senhor teu Deus, e te regozijarás, tu e a tua casa.” ou em Nu.28: 7, onde está escrito: “A oferta de libação do mesmo será a quarta parte de um him para um cordeiro;

no lugar santo oferecerás a libação de bebida forte ao Senhor”; e muitos outros... para justificar o consumo de álcool entre os cristãos na Igreja.

Vamos ser cautelosos, queridos irmãos! Não foi dito: “que não sejais muitos de vós

mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo” (Tg.3: 1)? Pelo que repito: uma coisa é afirmar que o vinho e bebidas e licores fortes eram parte da oferta de "libação" ao Senhor no antigo tabernáculo, como o provam essas escrituras acima e muitas outras; e outra, ensinar que as pessoas poderiam consumir vinho e bebidas fortes na presença de Deus.

Isto acontece, quando lemos sem discernimento e que o Espírito Santo não está lá para nos conduzir em toda Verdade. Porque em Deut.14:22-26, é conveniente distinguir o homem que traz os seus dízimos diante do Senhor-Deus. Dízimos de que? Do grão, do mosto (com melhor entendimento na versão inglesa que traduz “new wine”, isto é: “vinho novo” e não “bebidas fortes”) e do azeite; assim como os primogénitos das vacas e ovelhas. Podemos assim compreender que a Lei de Deus não recomendava o dízimo do vinho alcoolizado, bebidas fortes ou fermentadas; mas sim do mosto (tirosh), o suco integral ou vinho novo que se acha no cacho de uvas (Is.65:8, lembrai-vos disso).

Mas, se o caminho para o lugar escolhido por Deus para ali pôr o Seu Nome, for tão comprido, então o adorador vendia todos os produtos dos seus dízimos e com este dinheiro, ele dava (prestem atenção no versículo 26) primeiro para tudo o que desejava: por bois, por ovelhas, por vinho, por bebida forte, e tudo o que lhe pedia sua alma. E, depois comia na presença do Senhor, ele e toda a sua família.

É bem verdade que as diferentes traduções que eu li, apresentam algumas variáveis: algumas bíblias traduzem “e aquele dinheiro darás por tudo o que desejares”; enquanto outras sublinham: “Comprarás com o dinheiro tudo o que desejares”. Mas, lembrai-vos antes das palavras do Senhor Jesus, quando disse: “O espírito é o que vivifica, a carne

para nada aproveita” (Jo.6:63); ou ainda as do Seu apóstolo Paulo: “a letra mata, mas o

espírito vivifica”. (2Cor.3:6). Sim, as palavras do Senhor são espírito e são vida. E, as escrituras não podem se tornar compreensíveis, senão pela pregação do Espírito Santo enviado do céu sobre aqueles que anunciam o verdadeiro Evangelho (1Pe.1:11,12).

Assim, para evitar de cair em interpretações particulares de Deut.14:22-26, é conveniente fazer-nos a seguinte pergunta: à quem eram destinados os dízimos ou o dinheiro da venda destes? Ao Senhor-Deus ou ao homem? Se essas coisas pertenciam ao homem, como explicar então a Escritura de Mal.3:7 à 10? Então, se as vacas e ovelhas eram destinadas ao culto ao Senhor-Deus, por que motivo os vinhos e bebidas fortes pertenceriam ao homem para o seu consumo? Uma única família precisaria de quantas vacas e ovelhas para comer e se alegrar no dia em que seus dízimos eram trazidos diante do Senhor-Deus? Na verdade: as vacas, as ovelhas, os vinhos e bebidas fortes eram destinados aos holocaustos, aos sacrifícios, às ofertas e às libações. Como o confirma todo o livro de Números, no seu capítulo 29.

E, como Deus ama quem dá com alegria (2Cor.9 :7), o povo que se achegava para adorar o Senhor com suas fazendas, comprava também tudo o que sua alma desejava, comia e se regozijava na presença do Senhor. Aqui está a Verdade!

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É bem verdade que, naquela época, foi no lugar santo em que se fazia uma oferta de "libação" de vinho ou bebida forte ao Senhor. Mas, como já o disse antes, tudo é uma questão da linguística e sua evolução ao longo dos séculos. A etimologia desta palavra em grego vem de “libare” que significa “derramar, entornar”. Enquanto o dicionário de português traduz hoje “libação” como: “acção de libar (beber). Dando-lhe assim um duplo sentido:

1)Acção de aspergir ou de oferecer um líquido a uma divindade.

2) Acção de ingerir bebidas alcoólicas, geralmente para brindar, por deleite e/ou

por prazer, essas bebidas e/ou esse líquido (fonte: www.dicio.com.br dicionário

on-line de português)

Pelo que hoje “libação” traduz-se familiarmente por: “bebedeira abundante; e com regozijo”.

Julgo eu que é essa má interpretação que transformou, a “libação” destinada ao culto ao Senhor-Deus, numa libação destinada ao prazer do homem. Porém, a apetência pela “bebedeira” nos “regozijos” destes religiosos cristãos. É essa confusão que corrompeu o entendimento de muita gente, e fez errar esses pregadores!

Pois, ao escutar esses pregadores que defendem o consumo das bebidas alcoólicas buscando justificação na lei acerca da “libação”, temos a nítida impressão que eles caíram na armadilha dos cultos pagãos; associaram e confundiram o que se faziam lá, daquilo que é prescrito na Lei de Deus de Israel. Pois, se nas cerimónias pagãs da antiguidade, a libação consistia em provar ou beber vinho ou outro líquido ou bebida e depois derramá-lo em honra a uma divindade; na Lei acerca do culto do povo de Israel, não era assim.

Primeiro: porque no culto do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacob, não cabia a qualquer um fazer a sua própria libação ou sacrificar sozinho ao Senhor-Deus. Era antes tarefa exclusiva do sacerdote, o de oferecer à Deus todo o que o povo trazia; de acordo com o que estava prescrito.

De dois: no culto do Deus-vivo, o sacerdote não podia de modo nenhum consumir nem vinho, nem bebidas fortes no santuário; porém na presença de Deus (o que seria uma grave contradição com o que está prescrito em Lev. 10:9), mas sim derramava (ou aspergia) essas bebidas no altar.

A versão inglesa mais expressiva traduz “libação” por "drink-offering"; isto é: “oferta de bebida”. Assim, para além do holocausto perpétuo, os filhos de Israel traziam ou ofereciam o animal para o sacrifício de expiação diante do Senhor, a oferta e a libação correspondente, segundo a ordenança (Nu.28:15; 29:1-39). E, a libação podia ser de vinho ou bebida forte; e em alguns casos, de azeite (Gen.35:14). Todavia, para todos aqueles que ainda se apegam à essas ordenanças da Lei; buscando neles algum justificativo para se entregar à “bebedeira”, que me seja permitido lembrá-los o que está escrito:

“8 dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não

está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, 9 que é uma parábola para o

tempo presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que,

quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; 10

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sendo somente, no tocante a comidas, e bebidas, e várias abluções, umas

ordenanças da carne, impostas até UM TEMPO DE REFORMA.” (Heb.9: 8-10). Pelo que é de suma importância, saber discernir a hora em que vivemos e suas

promessas. E, como o confirma também a escritura de Col.2:17, não que toca as ordenanças do culto do Deus vivo, não vos apegais, nem buscais uma lei de justificação naquilo que acabamos de ler em Deuteronómio 14 ou Número 28, pois: “são sombras das coisas vindouras; mas o

corpo é de Cristo.”

E, se a sombra das coisas vindouras aplicava-se na busca da perfeição do homem pecador; à quanto mais razão o corpo (Igreja) que é de Cristo deve ser muito mais perfeito. Tendo sido purificado no que toca a consciência. Quem tem inteligência entende o que acabei de dizer!

************************************

6. O TEMPO DE REFORMA OU DE MELHORAMENTO

É o tempo em que todas as coisas são levadas à perfeição ou restauradas. A época em que a sombra deixa lugar ao corpo; e as coisas que nos foram feitas em figuras deixam lugar às verdadeiras que são espirituais, e pertencem ao tabernáculo celestial. Falo, dessa época em que o culto de Deus é estabelecido segundo uma ordenança nova e muito mais perfeito: “Cristo,

tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais

perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação) ” (Heb.9:11). Lêem pois os capítulos 9 e 10 da epístola aos Hebreus, e entendem o que nos é revelado aqui pelo Espírito Santo.

Compreendemos então que todas estas coisas que eles faziam, como consta em Deuteronómio 14, Números 28 e 29, e noutras escrituras ainda… não podiam aperfeiçoar, quanto à consciência aquele que prestava ou ainda quer, hoje em dia, se identificar neste culto. Para que serviu pois a Lei? Senão para nos servir de pedagogo e nos guardar até que a graça fosse manifestada para trazer a salvação aos homens:

“Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados

para aquela fé que se havia de revelar. De modo que a lei se tornou nosso aio,

para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.” (Gal.3: 23,24) “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens”

(Ti.2:11) Pelo que, na Nova Aliança, Jesus Cristo ofereceu-se para a nossa redenção. E Sua obra

consumada, O Senhor deu à todos os redimidos o selo da redenção: O Espírito Santo. “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa

salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da

promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de

Deus, para o louvor da sua glória.” (Ef.1.13, 14)

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Sendo pois possessão de Deus a fim de servir para o louvor da Sua glória; é tão-somente o Espírito Santo dentro de nós que nos torna perfeitos diante de Deus, no que diz respeito à consciência. E o consumo de bebidas alcoólicas, fermentadas e embriagantes é (como qualquer outro pecado) uma questão de consciência. Não disse o Senhor em João 14: 17: "O

Espírito Santo convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo"? É o Espírito de Deus dando testemunho ao nosso próprio espírito; exercitando assim o nosso julgamento ou as nossas faculdades, pela prática, para discernir tanto o bem como o mal. É por isso que está escrito: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia

da redenção.” (Ef.4.30) Esses falsos mestres libertinos torceram o sentido de certas palavras das escrituras, para sua própria perdição; assim como a ruína de quem os ouve. Nomeadamente a escritura de 1Cor.10: 29,30, onde lemos:

“Pois, por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência de outrem?

E, se eu com gratidão participo, por que sou vilipendiado por causa daquilo por

que dou graças?”;

Ou a de 1Tim.4: 3,4: “ ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos

com acções de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; pois

todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é

recebido com acções de graças”

Oh sim! "Tudo é bom desde que seja recebido com acções de graças", dizem. Então, com acção de graças pode-se consumir bebidas alcoólicas, fermentadas ou outras bebidas fortes. E, já que entendemos assim as coisas, por que não fumar cigarros ou liambas, tomar a cocaína ou maconha, e coisas semelhantes a estas, desde que seja com acções de graças, também? Que perversão! Leram erradamente, meus irmãos! Porque, na leitura de 1Cor.10, se não pararem no v. 30, então poderão ver imediatamente no versículo à seguir, isto: “Portanto, quer comais

quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.” Portanto, não podeis vos aperceber de que não se trata de cada um de nós comer ou beber para sua própria glória; mas que tudo o que fazermos deve glorificar a Deus?

Outrossim, importa fazer atenção da maneira em que lemos e ouvimos, pois está escrito: “todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado”. Não confundem pois "as coisas que Deus criou", com "as coisas que o homem transformou". As primeiras (as que vem de Deus, pois) são todas boas; as segundas, não! Tal é o caso dessas bebidas fermentadas e alcoolizadas, em que o açúcar “criado” das frutas por Deus é transformado em álcool pela vontade do homem; para provocar intencionalmente ou deliberadamente o estado de embriaguez aos que buscam as emoções fortes e sensações de adrenalina. Será que existe um homem inteligente nesta geração que entenda isso? E como diz o Eclesiastes: “Eis que isto tão-somente

achei: que Deus fez o homem recto, mas os homens buscaram muitos artifícios.” (Ecl.7.29)

Razão pela qual em 1Tim.4: 3, a escritura faz questão de sublinhar as acções de graças feitas “pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade”. Então, ainda que haja um infiel (isto é, aquele que vive deliberadamente no pecado) que presume conhecer aquilo que ele

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próprio encara como "verdade", dar acções de graças, tais orações não são aprovadas por Deus (leiam Isaías 59, e entendem o que lá está escrito). Portanto, abusai como bem entender da vossa liberdade para consumir o álcool, de acordo com os caminhos dos vossos corações e desejos dos olhos. Lembrai-vos que tudo vos é permitido; até mesmo a sujeira e a injustiça. Mas, não se esqueçam sobretudo que a permissão de Deus nem sempre traduz a Sua perfeita vontade (ainda que Ele possa – se assim O quiser – fazer concorrer mesmo as coisas ruins para o cumprimento da Sua obra). Saibam antes que um dia iremos prestar contas de tudo o que fizemos neste corpo.

Todavia, dos eleitos, está escrito: “como também (Deus) nos elegeu nele (Jesus

Cristo) antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele

em amor” (Ef.1: 4).

**************************************************

7. OS SACERDOTES E O CONSUMO DO VINHO E OUTRAS BEBIDAS ALCÓOLICAS

E, não importa o que é ensinado hoje sobre o "vinho na Bíblia," a razão fundamental pela

qual devemos nos afastar do consumo do vinho e outras bebidas alcoólicas é precisamente a proibição feita aos sacerdotes chamados a entrar na tenda da revelação (isto é, na presença de Deus)

Lev.10.8-11: “8 Falou também o Senhor a Arão, dizendo: 9 Não bebereis vinho

nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da

revelação, PARA QUE NÃO MORRAIS; estatuto perpétuo será isso pelas vossas

gerações, 10 não somente para fazer separação entre o santo e o profano, e entre

o imundo e o limpo, 11 mas também para ensinar aos filhos de Israel todos os

estatutos que o Senhor lhes tem dado por intermédio de Moisés.”

Da prescrição do vinho e bebida forte para as libações no altar pelos sacerdotes já falamos bastante. E sei que todos aqueles que são de Deus receberam este conhecimento. Contudo, se forem entendidos, compreendereis na leitura de Ex.30:1-10 que, se no lugar santo ou santuário ofereciam-se libações de bebidas ao Senhor; assim não acontecia no lugar santíssimo ou Santo dos santos, diante do véu que estava junto a arca do testemunho, diante do propiciatório, onde O Senhor via falar com Moisés. Neste lugar, onde no antigo tabernáculo, o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano, só havia o altar de perfumes; não de sacrifícios. (Heb.9:3,4 e 6,7). E, neste altar porém, não se oferecia, nem incenso estranho, nem holocausto, nem oferta de cereais, nem tampouco era derramado qualquer libação sobre ele. Isto é uma figura para os tempos presentes, onde saímos do santuário, não para voltar retroceder no pátio (para os que entendem essas coisas); mas sim para prosseguir rumo à perfeição, e adorar no lugar santíssimo; diante do propiciatório, na presença de Deus onde Jesus, nosso Sumo-Sacerdote entrou primeiro. Tendo inaugurado para nós, através do véu, isto é, da Sua carne, um

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novo e vivo caminho, para que possamos entrar nós também. (Heb.10:19-22). Aqui, onde nos achegamos para oferecer sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome (Heb.13:15): “com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé;

tendo o coração purificado da má consciência”, como está escrito. Pois, o perfumo ou incenso são as orações dos santos (não dos impios). Eis o altar onde nos achegamos hoje. Aqui não há libações! Só há orações… e, orações dos santos (Apoc.5:8; 8:3,4).

“Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o

coração se fortifique com a graça, e não com alimentos (comidas e bebidas), que

não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam. Temos um altar,

do qual não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.” (Heb.13:9,10) E dos ensinamentos de Cristo, eu quero que os eleitos de Deus (os santos que são chamados a santificar-se ainda -Apoc.22:11) entendam primeiro que já estamos em pleno nessa época que a Bíblia chama de "tempo de Reforma". Ou seja, o "tempo de reparação", no qual todas as coisas têm que ser restauradas. E depois, aprendam a discernir as duas dispensações do Espírito Santo que caracterizam este tempo de "reforma"; através da escritura de Jo.14: 17:

“…o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem

o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita CONVOSCO, e estará EM

VÓS.”

1. O Espírito Santo manifestado no "EMANUEL" (Deus connosco): Aqui está o Espírito da Verdade "habitando convosco". Porque Deus estava em Jesus Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo; neste corpo que Lhe serviu de templo. E se Jesus realmente veio cumprir toda Lei de Deus, Ele não podia "alcoolizar" Seu corpo, que era um verdadeiro tabernáculo vivo da plenitude divina manifestada na carne. Ora, é impossível que este Jesus, chamado O Cristo, possa ignorar que Ele era Sacerdote do Deus vivo.

Ele nem precisava entrar numa tenda da revelação; pois Ele mesmo era esta tenda da revelação; o lugar onde Deus havia feito repousar o Seu Nome (para aqueles que têm a inteligência de entender essas coisas). Ele sabia por Si só fazer separação entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo; e melhor do que Ele, nãos podia ser achado um Grande Mestre para ensinar todos os preceitos divinos ao Seu povo; tal como o exigia O Senhor-Deus em Lev.9:10,11. Pois, Nele somos todos ensinados de Deus; como está escrito:

“Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele

que do Pai ouviu e aprendeu VEM A MIM” (Jo.6.45) Ao afirmar aos discípulos que o Espírito Santo, o Espírito da Verdade “habita convosco”, Ele atestou que Ele próprio era: o Espírito Santo num corpo humano. Então eu não vejo como alguém que teve o cuidado de cumprir toda a justiça de Deus, se assentaria numa mesa com as pessoas de má vida em busca de salvação para deleitar-se em libertinagem com eles; contra a lei de Deus que Ele veio para cumprir. Eis porque digo: Ele bebeu com eles, mas não bebia a mesma coisa que eles. Não! Aí de vós que, por causa dos vossos vícios e da corrupção que vos venceu, voltaram a mergulhar de novo na lama de onde foram tirados e lavados. Porque agora vos esforceis em apresentar Cristo ao mundo como um devasso, para justificar a vossa própria dissolução! Seria Cristo agora um ministro de pecado? De modo nenhum! E bem sei que a vossa

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própria consciência (tanto quanto a nossa) reconhece que Cristo, nos dias da Sua carne, não caiu em transgressão.

Não estamos aqui em presença do mesmo espírito que animava os fariseus que caluniaram Jesus, chamando-lhe de “beberão de vinho”? Só quem já foi caluniado uma vez, sabe o que significa ser acusado ou ter que confrontar falsas testemunhas, prontas e até dispostas à jurar por uma coisa que, só Deus sabe que não aconteceu assim. Pois, quer em Mat.11:18,19; ou em Lc.7:33,34, não está escrito que o Filho do homem consumia álcool. Podemos ler em Mateus: “Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demónio. Veio o Filho

do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo

de publicanos e pecadores.” Ou no Lucas: “Porquanto veio João, o Batista, não comendo

pão nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demónio; veio o Filho do homem, comendo e

bebendo, e dizeis: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e

pecadores”.

Notaram isso? “dizem”… “dizeis”. Quem é? Senão, os fariseus! Entenderam? Vemos pois que, toda essa polémica não passa de uma má interpretação por parte dos fariseus e outros que desconheciam tudo de João, que cogitavam ter demónio por recusar de se reclinar à mesa com os homens; como também desconheciam a verdadeira natureza de Jesus que cogitavam ser um libertino por ser “amigo” de publicanos e pecadores. Todavia, como bem o disse o próprio Senhor: “Entretanto a sabedoria é justificada pelas suas obras”. E, não me venham dizer que as obras de Jesus na carne são de um beberão de vinhos fermentados ou, simplesmente de um alcoólatra (pois, é isso que fazem as pessoas de má vida que consomem o álcool: se embebedar). Categoricamente não!

Diante da mentira desses pregadores libertinos do meu tempo, sairei em defesa do Meu Senhor; como o fez aquele cego, diante da mentira dos fariseus:

“16 Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus; pois não

guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais

sinais? E havia dissensão entre eles… 24 Então chamaram pela segunda vez o

homem que fora cego, e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse

homem é pecador. 25 Respondeu ele: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: eu era

cego, e agora vejo…31 sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém

for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve”. (Jo.9:16, 24,25,31) Deus ouve aquele que faz a Sua vontade. Aqui está a Verdade! Será que entenderam algo

à mais? “Este homem não é de Deus”… “nós sabemos que esse homem é pecador”… Compreenderam agora a imagem que os judeus se faziam de Jesus ? Eis porque essas pessoas Lhe confundiam com um bêbedo. Agora, dificilmente “bebedor” aplica-se à alguém que só bebe água ou qualquer outro refrigerante; ainda que seja em grande quantidade. Pois, quem diz “bebedor (beberão)”, diz “alcoólatra”

Falando nos nossos dias, segundo a vaidade e sendo escravos da corrupção que triunfou deles, esses pregadores contra os quais o apóstolo Pedro longamente nos acautelou em 2Pe.2:1-22 aliciam e atraem com dissoluções aqueles que mal escaparam dos que vivem no erro e das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Cristo; e tentam de novo lhes envolver nelas. A astucia consiste em vos convencer de que o próprio Senhor Jesus, O Santo de Deus, foi

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também um bebedor de bebidas alcoólicas; e que isso não tem nada à ver com a salvação da alma. Fazendo isso, esses zombadores que se fazem passar por pregadores do Evangelho, testemunham que são na verdade animados com o mesmo espírito que os fariseus da época. Então, se um bebedor de álcool pode na mesma alcançar a salvação da sua alma, como poderemos então interpretar: 1Cor.6:9,10; Gal.5:21; etc. E, se há tolerância para os alcoólicos que bebem com “moderação”, logo o mesmo tem que se aplicar aos adúlteros, idolatras, ladrões, maldizentes, sodomitas, efeminados, etc. desde que praticam também com “moderação”. É aqui onde opera a corrupção. E, isto não é Evangelho do Cristo! Não meus senhores! Pois dos que praticavam essas coisas, a escritura diz:

“E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas

fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”

(1Cor.6:11) Não voltem pois a mergulhar no lamaçal de onde foram tirados e lavados! Apesar das

nossas fraquezas que são óbvias (pois tropeçamos todos de uma maneira ou de uma outra; fazendo o mal que não queremos e sendo as vezes incapazes de fazer o bem que queremos), somos chamados à lutar contra o pecado. Não façamos pois das nossas fraquezas uma doutrina! É daí onde nascem as heresias.

Na verdade, os fariseus não se escandalizavam pelo facto de Jesus beber ou comer; mas sim pelo facto de “frequentar” os pecadores. O que era contra a sua maneira de encarar a santidade. Pois, no mesmo livro de Lucas 7 que acabamos de ler aqui, à partir do v.36, vemos que desta vez, o Senhor Jesus entrou na casa do fariseu Simão e participou na sua mesa. E, isso não foi um problema para ninguém, mas quando a mulher pecadora tocou Jesus, é aí onde começou o escândalo: “Se este homem fosse profeta, saberia quem e de que qualidade é

essa mulher que o toca, pois é uma pecadora” (v.39). Vemos pois que não é por causa da “qualidade da bebida” que Jesus consumia na companhia dos publicanos; mas sim de “quem e de que qualidade” de pessoas que Ele frequentava. De outra maneira… isto é, se defender que na verdade os fariseus se escandalizavam com a “qualidade de bebida” que Jesus bebia na companhia dos publicanos, estaria ao mesmo tempo a afirmar que os fariseus não consumiam nem bebidas fermentadas, nem alcoolizadas. Pois, porque se escandalizariam se Jesus fazia o que eles mesmos faziam também? A justiça dos fariseus ultrapassaria a do próprio Jesus Cristo? Ou que diremos? Que a Palavra de Deus não tem nada contra a prostituição, e a encoraja; porque Jesus deixou aquela mulher tocar-Lhe e saiu em defesa dela quando tentar repudiar o seu acto? Deixem de mentir contra a Verdade!

2. O Espírito Santo derramado sobre a "IGREJA" Assim como Cristo estava na carne; assim nos tornamos hoje, nós também, na Igreja. Deus

derramou do Seu Espírito sobre o Seu povo; pelo que nos transformamos todos em "tendas da revelação" ou “tabernáculos” vivos de Deus. E todos nós formamos um santo templo; uma morada de Deus no Espírito. Pois na verdade, Deus não habita em templos feitos por mãos de homens (Act.17: 24); mas em nossos corpos santificados por Ele. Como a confirma a Palavra:

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“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em

vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque sagrado é

o santuário de Deus, que sois vós.” (1Cor.3: 16,17) “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em

vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1Cor. 6.19) “E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário

de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o

seu Deus e eles serão o meu povo.” (2Cor.6.16) “no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no

qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.” (Ef.2: 21,22) E não somos apenas um santo templo; mas ao mesmo tempo nós nos tornamos: UM

REINO (o de Deus e não do mundo); e também SACERDOTES para Deus. “vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para

serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a

Deus por Jesus Cristo...

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo

adquirido…” (1Pi.2: 5, 9) “e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai...” (Apoc. 1: 6) “ e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a

terra.” (Apoc.5: 10) “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre

estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo,

e reinarão com ele durante os mil anos.” (Apoc.20: 6) O que diremos em relação a isso? No primeiro tabernáculo que era desta terra, Deus quis

preservar a santidade do corpo, da alma e do espírito daqueles sacerdotes que se aproximavam na Sua presença; de modo à lhes preservar a razão, a lucidez e o discernimento, a fim de exercer os Seus juízos e ensinar Suas leis ao Seu povo. Ora, esta primeira tenda era apenas uma figura de um tabernáculo muito mais espiritual, e mais perfeito sobre o qual Cristo foi estabelecido, Sumo-Sacerdote. À quanto mais razão, aqueles que foram feitos sacerdotes de Deus e do Seu Cristo na nova aliança, e em que Deus fez habitar o Seu Espírito devem abster-se de todas estas coisas que excitam e fomentam os desejos da carne, e levam novamente na dissolução aqueles que acabaram de ser resgatados de erro?

Quem compreendeu o plano de salvação sabe que, nos dias da Sua carne, o Espirito Santo ainda não tinha sido dado ao mundo. E afirmar que essas pessoas de má vida com que Jesus comeu e bebeu, faziam parte da Sua Igreja é uma pura heresia. Pois, já naquela época, O Senhor Jesus tinha Seus próprios discípulos. E, soubemos que a Igreja do Cristo só foi manifestada no dia de Pentecostes; isto é: pouco depois do próprio Jesus ter sido recebido na glória. Ao ler Mat.16:16 compreendemos que a Igreja era ainda uma promessa: “edificarei a

minha Igreja”. Sendo assim, afirmarei sem medo de errar que o Espírito Santo não habitava ainda dentro desses corpos. Quer seja nas bodas de Cana, quer seja em todos lugares onde Ele

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deixou as pessoas de má vida se aproximar dele. Mas, do “homem-animal” que éramos noutrora, Deus nos deu do Seu Espírito para que nos tornamos “homens espirituais”; participantes da natureza divina. Pelo que não nos aproximamos mais de Jesus como pecadores e gente de má vida; pois, de nós está escrito:

“1 Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais

outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das

potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, 3 entre

os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo

a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como

também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor

com que nos amou, 5 estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou

juntamente com Cristo” (Ef.2:1-5) “mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da

maledicência, das palavras torpes da vossa boca” (Col.3:8) Se é que compreenderam o que é dito na Palavra, por meio destas escrituras, acautelai-

vos portanto desses pregadores e doutores libertinos, com discursos arrogantes de vaidade, e que segundo a pregação do apóstolo Pedro (no capítulo 2 da sua segunda epístola) vos promete a liberdade; quando eles mesmos são escravos da corrupção; escravos do álcool que triunfou deles.

Por isso repito: não mergulhem de novo na lama como eles; não voltem ao seu vómito! Lembrem-se, antes do que está escrito:

“Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando

entrardes na tenda da revelação, PARA QUE NÃO MORRAIS; estatuto perpétuo

será isso pelas vossas gerações…”

Os verdadeiros eleitos não pertencem ao cristianismo organizado. Mais do que simples denominados "cristãos", esses seguidores ou discípulos de Cristo devem entender que são eles que assumem agora o sacerdócio que, noutrora, pertencia a Aaron e seus filhos. E, se num culto com as ordenanças da carne que não podia aperfeiçoar o homem, quanto à consciência, os sacerdotes deviam se manter a "pureza" e a "lucidez"; à quanto mais razão no culto perfeito e que purifica não só os nossos corpos; mas também as nossas consciências? Infelizmente, nem todo mundo tem o conhecimento.

“Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também

achados pecadores, é porventura Cristo ministro do pecado? De modo nenhum.

Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo

transgressor.” (Gal.2:17,18) Pois que? Se abster do consumo das bebidas alcoólicas e fermentadas não é uma obra da

lei; mas sim da fé. Que Deus abençoe e continua a santificar os que são Seus.

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Outras pregações do Autor disponíveis Em folhetos na língua portuguesa na série “VOZ DO ÚLTIMO TEMPO”

JESUS: SINAL DE CONTRADIÇÃO ENTRE OS POVOS: ESTA PROFECIA SE CUMPRIU!

ELES REJEITARAM O CONSELHO DE DEUS

A DOUTRINA DE CRISTO: TEOLOGIA OU REVELAÇÃO?

NA ERA DA RESTAURAÇÃO… ÉS--TU AQUELE QUE HAVIA DE VIR OU ESPERAMOS OUTRO?

ICABOD: FOI-SE A GLÓRIA

A RELIGIÃO DE DEUS

QUE É A VERDADE?

TODOS OS PROFETAS ANUNCIARAM ESTA HORA!

A FÉ NA PROMESSA DO DIA

O ESPOSO E O AMIGO DO ESPOSO

O TESTEMUNHO ANTIGO

A SALVAÇÃO QUE DEUS PREPAROU DIANTE DE TODOS OS POVOS

O PLAGIARIO

JOSÉ DE ARIMATEIA: A SALVAÇÃO É INDIVIDUAL

SIMÃO DE CIRENE: QUANDO A CURIOSIDADE CONDUZ A JESUS E A SALVAÇÃO... COMO POR ACASO!

Em Brochura: A MULHER E O DRAGÃO

A PALAVRA FEITA CARNE OU A FORÇA DA PIEDADE

A RESTAURAÇÃO DA IGREJA

O MISTÉRIO DA INIQUIDADE

DA LUZ DA TARDE AO CLAMOR DA MEIA-NOITE

A ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO NO LUGAR SANTO

O VERDADEIRO PENTECOSTES

O LIVRO SELADO E O MISTÉRIO DE DEUS

A CONDIÇÃO DA MULHER

O CLAMOR DA MEIA-NOITE

AS ÚLTIMAS HORAS DE JESUS

AS DUAS MULHERES DO LIVRO DE APOCALIPSE. Parte 1: A PERCA DA VOCAÇÃO

A GRANDE MERETRIZ

A INFLUENCIA DE DALILA SOBRE SANSÃO

ZAQUEU O PUBLICANO E O DIA DA VISITAÇÃO DIVINA

A ADMINISTRAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS FEITA A UM SERVO PARA A IGREJA

A GRANDE CORRUPÇÃO NA HORA DO CLAMOR DA MEIA-NOITE

O MINISTÉRIO DO PROFETA NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO

DA PASCOA DOS JUDEUS A PASCOA DOS DISCIPULOS DE CRISTO

Agradecemos à Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o Mestre da obra, que permitiu a difusão do nosso testemunho da Mensagem da Palavra de Deus anunciada pelo Espírito na nossa era (a última da dispensação), graça aos donativos voluntários desses bem amados que, também, ajudam esta Obra Missionária em oração. Rogamo-vos que compartilhem essa mensagem com todos os que vos são queridos e que combatem pela mesma fé tendo em conta a hora tardia em que vivemos e que dá testemunho da

IMINÊNCIA DA SUA VINDA. Nossas publicações não podem fazer objecto de qualquer solicitação de fundo para sua aquisição. Para sua obtenção GRATUITA, escreva à:

IMPRESSO EM ANGOLA

Pela Obra do MINISTÉRIO DO ÚLTIMO TEMPO B° AUGUSTO – N’GANGULA / CACUACO

LUANDA - ANGOLA

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1ª Edição, Maio de 2015

Page 28: O VINHO NA BÍBLIA - VOZ DO ÚLTIMO TEMPO VINHO NA BIBLIA.pdf · encontramos também na Bíblia, o mesmo termo “yayim” citado pelo profeta Jeremias (Lam.2:11,12) que se refere

O Vinho na Bíblia

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Vim afim de dar testemunho da Verdade. Pois, a Verdade é a luz dos homens, Nela encontra-se a vida. A vida por Jesus, a resplandecente Estrela da manhã, Que ilumina nossos corações, Para expulsar neles as trevas. Afim que da escuridao que cobre a terra, Vejamos no horizonte O resplendor da glória de Deus, Que vai nascendo sobre nós. Pois, Ele cedo vem Cristo, a esperança da nossa glória, E estaremos com Ele nos ares. Tendo em vista tal promessa, Despojamo-nos de toda vaidade Sejamos cingidos da Verdade, E aguardemos com confiança Aquele que diz: EIS QUE CEDO VENHO!