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CAIO ALEXACRE DACOErATEIXEIRASANTOS ADVOGADO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Autuada net temos da ci dor - teria n 01/95 da 5 o 2e2 24 , ILL!. 2209 o dc(o. or r CaJ o 0 cO ui, tilo - 1 11 É ELISA COSTA ALVARENGA, brasileira, casada, aposentada, devidamente inscrita no CPF/MF no 007.015.018-47, podadora do RG n° 5.823,780-x (doc.3), residente e domiciltada na Rua Mascarenhas Homem, Condomínio São Paulo II, Cotia/SP, por seu advogado e bastante procurador (doc. 1), vêm mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor em face da SECRETARIA DE SAÚDE e a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO Ação de Concessão da Sexta Parte sob os proventos integrais, Licença-Prêmio e Prêmio Incentivo. pelos fatos e motivos passo a expor: Av. Guilherme Cotehing, BOO sala 4 - Vila Maria - Sâo Paulo/SP Fone: 2631-5858 - e-mail: caioadvCs,uol.com,br EL, %. 111i A , fls. 2 oa O o "v„ COPIA MIRADA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO ALEXACRE DACOErATEIXEIRASANTOS ADVOGADO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Autuada net temos da ci dor-teria n 01/95 da 5

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É ELISA COSTA ALVARENGA, brasileira,

casada, aposentada, devidamente inscrita no CPF/MF no 007.015.018-47,

podadora do RG n° 5.823,780-x (doc.3), residente e domiciltada na Rua

Mascarenhas Homem, Condomínio São Paulo II, Cotia/SP, por seu advogado e

bastante procurador (doc. 1), vêm mui respeitosamente à presença de Vossa

Excelência, propor em face da SECRETARIA DE SAÚDE e a FAZENDA DO

ESTADO DE SÃO PAULO

Ação de Concessão da Sexta Parte sob os proventos

integrais, Licença-Prêmio e Prêmio Incentivo.

pelos fatos e motivos passo a expor:

Av. Guilherme Cotehing, BOO sala 4 - Vila Maria - Sâo Paulo/SP Fone: 2631-5858 - e-mail: caioadvCs,uol.com,br

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COPIA MIRADA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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fls. 3

Onnts

CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA. SANTOS ADVOGADO

I - DOS FATOS

A Requerente em efetivo exercício desde

12/04/1976, aposentada desde março pleiteou à Requerida pela via

administrativa a concessão da Sexta Parte (doc.4) e Licença-Prêmio (doc.5)

qual restaram indeferidos motivados pela falta de amparo legai.

Contudo, não solicitou via administrativa a

coricPccão de Prémio-Incentivo, uma vez que está aposentada e faz jus ao

direito conforme a Resolução SS no 1 de 07/01/2009.

II - DO DIREITO

Antes de adentrar ao mérito sobre direito do

servidor público regido pela Lel 500/74 necessário se faz esmiuçar a natureza

Jurídica da expressão servidor público e a relação com o Poder Público.

Pols a "quaestio luds" é determinar se os servidores

regidos pela Lel 500/74 são considerados funcionários públicos, pois se assim o

são deverão serem tratados com os mesmos direitos, pois deveres já os tem,

que os servidores estatutários.

Para Celso António Bandeira de Mello, servidor

público é "todo aquele que mantém com o Poder Público relação de trabalho,

de natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de dependência".

São, portanto, servidores públicos todos aqueles que

apresentarem uni vínculo trabalhista com o Poder Público, desde que

caracterizado pela atuação profissional, dependência e continuidade,

Av. Guilherme Cotching, 800 sala 4 - Vila Alaria - São Pauio/SP Fone: 2631-5858 - e-mail. [email protected]

CÓPIA EXTRA/DA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAUL O

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

A Constituição Federal no capítulo que tratava "Dos

Servidores Públicos Civis" dispunha no art. 39:

"A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

instituirão, no âmbito de sua competência, regime Jurídico único e pianos de

carreira para as servidoras da administração pública direta, das autarquias e das

fundsçües públicas".

Por sua vez, com as alterações Introduzidas pelas

Emendas Constitucionais no 18 e 19/98, a Seção II, foi denominada "Dos

Servidores Públicos", dispondo o art. 39, "in verbis".

A União, as Estados o Distrito Federal e os hfunitiplos

instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,

Integrados por servidores designados pelos respectivas poderes".

Já a Constituição do Estado de São Paulo, no

Capítulo II ("Dos Servidores Públicos do Estado"), Seção I, denominada "Dos

Servidores Públicos Civis", prescreve no art. 124 que: "Os servidores da

administração pública direta, das autarquias e das fundações instituídas ou

mantidas pelo Poder Judiciário terão regime jurídico único e planos de carreira",

assegurando o § 1° aos servidores da administração direta "Isonomla de

vencimentos para cargos de atribulçaes Iguais ou assemelhados do mesmo Poder,

ou entre servidores dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, ressalvadas as

vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao locai de trabalho".

Assevera, ainda, o art. 129 da Constituição Paulista

que:

"Ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional de tempo de serviço, concedido no mínimo por

qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte das vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos

vencimentos para todos os efeitos, observando o disposto no art. 115, Xla, desta

Constituição'

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CÓPIA EXTRAIDA NO TRISUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

12/8/2009

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fls. 5 0,5 ffl

CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Com supedâneo nessas premissas constitudo

que se deve Interpretar as disposições Infraconstltuclonals.

Em análise da Constituição Federal, bem como da

Constituição do Estado de São Paulo, conforme dispositivos constitucionais

previamente citados, nota-se, facilmente, o emprego da expressão "servidor

público" para se referir tanto ao servidor público regido pelo regime estatutário

(Lei no 10.261/68), corno àquele disciplinado pela Lei no 500/74.

Isso porque a expressão "servidor público" é

empregada pela Constituição para se referir ao servidor, seja ele disciplinado

peia Lei n° 10.261/68, corno pela Lei no 500/74.

Vale dizer, a expressão "servidor público"

estampada nas Constituições Federal e Estadual Paulista tem sentido amplo ou

genérico, não devendo as normas infraconstitudonals destoar de tal significado,

Compartilhando deste entendimento, o ilustre

professor DlOgenes Gasparini, sustenta que os servidores públicos são

compreendidos por -uma gama de pessoas físicas que se ligam, sob regime de

dependência, à Administração Pública direta, indireta, autárquica e fundacional

pública. mediante uma relação de trabalho de natureza profissional o per-ene para

lhes prestar serviçal'. E, na seguindo, afirma que: Não importa, então, o regime,

estatutário ou celetista, polo qual se vinculam á Administração direta, autinquIca ou

fundadoral pública... ;vindo a acrescentar, mais adianta, "A expressão designa os

que prestam serviço sob regime estatutário e os que executam serviço segundo o

regime celetista para a União (Executivo, Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas,

Estado-Membro (Executivo, legislativo, Juo7crá rio, Tribunal de Contas), °Minta

Federal (Executivo, Legislativo, Judiciário e Tribunal de Contas), Plursidpro

(Executivo, legislativo e, onde houver, Tribunal de Contas), autarquia e fundação

pública". Concluindo, peremptoriamente, que: sl expressão f de conteúdo amplo,

abrigando, portanto, os titulares de cargo, função ou emprego público".

Trilhando pelo mesmo entendimento esposado,

cumpre citar ilustres juristas como Celso António Bandeira de Mello, Maria

Av. Guilherme Cotehing, 800 sala 4 - Vila Maria - 5ao PaulotSP Fone: 2631-5858 -e-mail: raloadvauoLeom.br

COPIA ,EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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É CAIO AL EXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Syh'ia Zanella Dl Pletro, Lucia Valle Figueiredo, Odete Medauar e Uadi Larnmêgo

Bules,

Em tais condições, possível a com

precisão. aue a expressão "servidores Públicos" empregada tanto na

Constituição Federal como na Estadual Paulista, deve ser interpretada

de maneira ampla (genérica) abrangendo. portanto. os servidores

públicos regidos pela Lel no 10.261/68, bem corno peia Lel no 500/74,

Sem distinção

Em v. acórdão do E. Tribunal de Justiça do Estado

de São Paulo, tendo corno relator o Ilustre Desembargador Lourenço Abbá

Filho, ficou consignado que 'a semelhança da Carta Constitucional Federal, a

expressão 'servidor público' utilizada na Constituição Estadual tem sentido amplo, e,

mantendo o autor regime de trabalho com vínculo assemelhado ao de titilar de

terço pública, Indiscutivelmenbs, faz ele jus ao benefício da licença-psdnele.

Neste sentido, cumpre ainda, v, acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que, tendo por relator o eminente

Desembargador Llneu Pelnado, referendou o direito dos servidores regidos pela

Lei no 500/74 ao gozo de licença-prêmio, sustentando com peculiar clareza,

que, 'a expressão utilizada pelo legislador constitucional paulista re abrangente,

pois 'servidores' Incluem todos aqueles que prestam serviços .4 Administração, E se

assim é, deve ser Interpretada como possibilitando a qualquer desse de servidor a

obtenção das vantagens que menciona, não sendo crive/ que o legislador não

soubesse o alcance da expressão que estava utilizando na elaboração de

Constituição do Este^ mamo porque o artigo 124 da mesma Constituição

determina que os servidores da Administração Pública direta, das autarquias e das

fundações públicas terão regime único'.

Insta salientar que as alterações realizadas pelas

Emendas Constitucionais 18 e 19/98, em nada modificou o direito à licença-

prêmio, como já deixou expresso o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,

logo, pode-se extrair a Inarredável ilação no sentido de que a expressão

"servidor público", empregada pelas Constituições Federal e Estadual, devendo Av, Guilherme Cotching, 800 sala 4 - Vila Maria- Silo PaulniSP

Fone: 263I-5858 - e-mail: caioadvglol.com.br

COPIA EXTRAIDA NO ', UNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

ser compreendida em sentido amolo (ou genérico), abrangendo, por

conseguinte, os servidores Públicos do Poder Judiciário Estadual

Paulista. selam eles disciplinados pela Lel no 10.261/6E19u Let no

f • nc ±r-• • ti

de modo que esteiem em conformidade com os ditames da Lei Maior,

A Interpretação das normas constitucionais, não

obstante empregar os métodos tradicionais da hermenêutica Jurídica tem

princípios hermenêuticos diferentes, uma vez que a Constituição Federal

desempenha papel de supremacia, além de ser o celeiro dos axiomas

fundamentais da ordem jurídica.

Por outro lado, deve-se adicionar ao princípio da

supremacia da Constituição, como pressuposto à interpretação da Carta Magna,

dois princípios hermenêuticos específicos do Direito Constitucional: o princípio

da máxima efetividade e o princípio da força normativa:

O principio da máxima efetividade, na esteira dos

ensinamentos do professor Jorge Miranda, pode ser compreendido no sentido

de que "todas as normas constitucionais são verdadeiras normas jurídicas e

desempenham uma função útil no ordenamento", de modo que "a nenhuma norma

pode dar-se uma Interpretação que lhe retire ou diminua a razão de ser", OU

melhor, "a uma norma fundamental tem de ser atribuído o sentido que nula

eficácia lhe dê". Portanto, 'a cada norma constitucional é preciso conferir, ligada a

todas as outras normas, o máximo de capacidade de regulamentação", vindo a

COridUirrInterpretar a Constituição é ainda realizar a Constituição".

Em suma, de conformidade com Cenotilho,

pode-se sintetizar o princípio de interpretação constitucional da máxima

efetividade na seguinte regrai. "a uma norma c-onsbYuclonal deve se(

atribuído sentido aue maior eficácia Ihe dê".

Av. Guilherme Catching, 800 sala 4 — Vila Maria 580 Paulo/SP Fone: 2631-5858 - e-mail: [email protected]

COPIA EXTRAIDA NO NAL DE JUSTIÇA DE SAO PAULO

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COPIA EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

CAIO ALEXADRE 17A COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

lI- 1) Da sexta parte.

A sexta-parte é outra vantagem pecuniária

concedida ao servidor esta efetivo e em comissão) e ao extranumerário.

Essa vantagem é garantida aos servidores ao

completarem 20 anos de efetivo exercido, segundo o artigo 129 da Constituição

Estadual de 1989 - Incorpora-se aos vencimentos para todos os efeitos legais.

A sexta-parte é concedida no dia seguinte à data em

que completar 7300 dias de efetivo exercício, mesmo que não tenha feito

requerimento (Com. CRHE 3, de 8/12/99, DOE de 9/12/99).

De acordo com a Constituição Estadual de 1989, a

sexta-parte deve ser calculada sobre os vencimentos Integrais, correspondendo

a um sexto do valor (LC n. 180/78, art. 178):

- do padrão em que estiver enquadrado o cargo;

- de gratificações pro labore percebidas;

- de outras vantagens ou gratificações esp ifIca

- de vantagens pecuniárias incorporadas;

- do adicional de insalubridade (LC n. 432/85).

TOTAL DE VENCIMENTOS .589,59

RS !.264,93 - — Sexta Parte

Total R$ 1,854,52

Logo, o valor da Sexta Parte será de R$ 264,93

devendo ser Incorporado aos proventos da requerente.

*Av. Guilherme Cotélting, 8Q0 sala 4 Vila Maria - Sau Paulo'SP Fone: 2 e-mail: caioads@uoLcorrihr

fls. 8

09

o CD

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COPIA EXTRAIDA NO UNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

, 4

As verbas devidas à requerente são retroativas,

respeitando a prescrição qülnquenal, sendo sessenta meses devidos, incluindo

cinco décimos-terceiros,

Sexta Parte 5.895,80

TOTAL 22 el.

Sexta Parte dos décimos°tercei 4,6

II — 2) Da licença- i

Enumera a Lei no 10.261/68, em seus dispositivos

legais, Inúmeros direitos de vantagem pecuniária e de ordem geral. O art. 181,

em regramento do direito às licenças, prescreve que o funcionário público

poderá ser licenciado como prêmio de assiduidade. Sendo que, o art. 209 da

referida lel estadual prescreve que "0 funcionário tern direito, COMO prémio de

assiduidade, à licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de

exercício Ininterrupta em que não haja sofrido qualquer penalidade

adnilnistrative.

Pode-se definir licença-prêmio como um direito

subjetivo à licença de 90 (noventa) dias àquele servidor público que, durante

cada período de 5(dnco) anos de exercício ininterrupto, sem qualquer

penalidade administrativa, for assíduo. Cuida-se, assim, de norma jurídica que

visa, claramente, premiar o servidor público por sua assiduidade e probidade,

não tendo qualquer relação com o regime a que esteja submetido.

Av. Guilherme Cotching, 800 sala 4 - Vi.la Marie - Sao Nitriu P Fone: 2631.5858 - e-mail: caioadveuof com.br

ORE OA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

.111.01.

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4C) ffl

CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO te°

No entanto, o Poder Público, olvidando-se da célebre f)

lição de Pimenta Buena, vem, de maneira direta e frontal, ofendendo o princípio

constitucional da isonomia, conforme razões que serão expostas.

Prescreve o art. 50, "caput", da Constituição Federal

que "Todos são iguais perante a lel, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se o direito à vida, à liberdade, à Igualdade, à segurança e à

propriedade.

Para Francisco Campos, a igualdade perante a lei,

não está, Por acaso ou por arbitrariedade, descrita em primeiro lugar nos

direitos e garantias individuais consagrados pela Constituição, eis que, "dando-

lhe o primeiro lugar na enumeração, quis significar expressivamente, embora de

maneira tácita, que o princípio da Igualdade rege todos os direitos em seguida

enumerados".

O princípio da igualdade, portanto, é a premissa

fundamental que deve sustentar a atividade legislativa, administrativa e

jurisdicional, qualificando-se como um princípio que exerce primazia em relação

aos demais.

De início, há violação ao princípio da igualdade, urna

vez que não existe correlação lógica entre o fator escolhido e a desigualdade

estabelecida, pois, os servidores regidos pela lei no 10.261/68, bem como

aqueles regrados pela Lei no 500/74, apresentam as mesmas obrigações,

havendo o discrimen no tocante aos benefícios, em específico, o direto à

licença-prêmio e sexta parte.

Aliás, no Capítulo V, intitulado "Dos Deveres, das

Proibições e das Responsabllidades", convém citar, especialmente, o que dispõe

o art, 33, da Lel no 500/74, ao prescrever explicitamente que, ^além das

obrigaçiies que decorrem normalmente da própria função, está o servidor sujeito

aos mesmos deveres e às mesmas proibições, assim como ao regime de responsabilidade e às penas disciplinares da repreensão, suspensão e multa vigente

para o funcionário público civil do Estado".

Av. Guilherme Corehing, 900 sala 4 - Vila Maria - São Paulo/SP Fone: 2631-3958 - e-mail: [email protected]

COPIA EXTRAIDA NO BUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

N

e2, N

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44

CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Bem por isso, é inegável que existe flagrante ofensa

ao princípio da isonomla, porquanto não existe correlação lógica entre o fator

adotado como critério do dlscrímen — ser funcionário público — e a desigualdade

de fato estabelecida — direito à licença-prêmio e sexta parte.

Ora, estando os servidores públicos, tanto no regime

da Lei no 10.261/68, como no regime da Lei n° 500/74, sujeitos aos mesmos

deveres e às mesmas proibições, assim como ao regime de responsabilidade e

às penas disciplinares da repreensão, suspensão e multa, evidencia-se a afronta

ao princípio da igualdade, ao ser feita discriminação entre eles. Isso porque não

soa lógico e razoável que servidores públicos com os mesmos deveres, possam

usufruir de benefícios díspares, sem ofensa ao princípio da bonomia.

De outra parte, nota-se mais uma violação ao

princípio da Igualdade, tendo em vista que o critério de desigualdade

estabelecido pela norma Infraconstitucional para conceder o direito à licença-

prêmio não é constitucionalmente pertinente. Vale dizer, não existe referendo

da Constituição ao critério adotado pelo legislador infraconstituclonal como

fundamento ao díscrimen estabelecido.

Conforme ilação extraída das normas das

Constituições Federal e Estadual Paulista, no que concerne aos "servidores

públicas", tal expressão tem sentido amplo ou genérico, não estando adstrita

aos servidores públicos regidos pela Lei no 10.261/68. Vale dizer, sendo tal

expressão genérica, engloba, por conseguinte, os servidores disciplinados pela

Lei 500/74.

Sendo assim, não pode a legislação

Infraconstitucional estabelecer distinções entre os servidores públicos, sob pena

de ofensa ao princípio da Igualdade. Anota o eminente professor Celso António

Bandeira de Mello que, na aplicação do princípio da Igualdade, anão é qualquer

diferença, conquanto real e logicamente explicável, que possui suficlênda para

dIscdrninações legais", bem por Isso, complementa, 'hão basta, pois, poder-se

Av. Guilherme Cotching, 800 sala 4 — Vila Maria — São Paulo/SP Fone: 2631-5858 — e -mail: [email protected]

COPIA EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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fls. 12

42 w

CAIO AL.EXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

estabelecer racionalmente um nexo entre a diferença e um conseqüente tratamento

diferenclado",vindo a concluir, ser de rigor que, "o vinculo demonstrável sei

constitucionalmente pertinente".

Com isso, pode-se afirmar com firmeza que, diante

do emprego da expressão "servidor público" pelo texto constitucional, para se

referir aos servidores disciplinados pela Lei no 10.261/68, bem corno pela Lei

500/74, não existe vínculo constitucionalmente pertinente que respalde a

distinção entre aqueles servidores quanto ao direito à licença-prêmio, havendo,

de conseguinte, uma afronta ao princípio da isonomia, previsto no art. 50,

"caput", da Constituição Federal. Com efeito, é forçosa a primazia da

Constituição (princípio da supremacia), cabendo ao Intérprete dar à legislação

infraconstitucional os contornos estabelecidos pela Carta Magna, Isso porque as

leis infraconstitucionais devem ser interpretadas de conformidade com a

Constituição, conferindo às normas constitucionais o máximo de efetividade e

força normativa.

De forma precisa, ensina Francisco Campos, que "lei

alguma, nenhum poder, nenhuma autoridade poderá, direta ou Indiretamente, de

modo manifesto ou sub-reptício, mediante ação ou omissão, derrogar ao principie

da Igualdade".

Destarte, é inarredável a conclusão de que, por

extensão, os servidores públicos admitidos pela Lei no 500/74 têm direito à

licença-prêmio e a sexta parte prevista.

Essa, aliás, a única solução possível, que dará

cumprimento e primazia à Constituição, pois, em consonância com a abalizada

doutrina de Francisco Campos, "como o princípio da Igualdade perante a lel obriga

o legislador e, em seguida a este, a autoridade Incumbida de aplicar a lei, no

momento de sua aplicação, particularmente quando feita por via judicial, é dever do

Juiz aplico-Ia com a extensão ou a amplitude necessária a tornar efetivo o principie

constitucional da igualdade perante a lel, violado pelo legislador".

Av, Guilherme Cotching, 800 sala 4 - Vila Maria - São Paulo/SP Fone: 263 I -58.58 - e-mail: caioadvg uel.com.br

PI O O

CO CO ‘s.

CÓPIA EXTRAIDA NO 18UNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAtO AI ECADRE DA COSTA TEIXEIRA ANTOS ADVOGADO

Mais adiante, em passagem singular, assevera que

"ao Poder Judiciário incumbe aplicar a lei nos termos ou na conformidade da

Constituição; cabe-lhe, portanto, em primeiro lugar aplicar a Constituição", além do

que a extensão do direito à licença-prêmio, previsto no art. 209 da Lei no

10.21/68, aos servidores públicos regidos pela Lei n° 500/74, "não constitui um

ato de lall$1174:114 por parte do Poderludlciárlo. mas, precisamente, o de aplicar a lei

.41.1 t 'ta* 1. •

• • r. a ir . • • • * • II R..• • • •Liá •

vedar o arbítrio de privilegiar determinados casos excluindo do regime das suo

disooslcões casos iguais Mutiles. por incidirem, no mesmo grau e na mesma

intensidade Sobre uns e sobre outros a razão pua Inspirou ao legislador g

tratamento por ele dispensado aos casos que tentou. Privilegiar, Singularizar. ou

discriminar de maneira Indevida, ou mediante a dispensa de um mandamento

sonstitucionat Que não está no seu Poder de dispensar desconhecer ou Ignorar',

Desse modo, conclui Francisco Campos que ando

o Poder Judiciário estende um beneficio outorgado por lei a determinados

Indivídues aos demais nue se encontram na mesma situacão. não está legislando ou

usu -ndo o exercido do Poder Legislativo• limita-se. ao contrário, a abolir um PriVilegio inconstitucional. conferindo à lei o contei do que e Constitadciro atribui,

com o caráter obrigatório. a todas as leis. ao preareven o art, 1.41.fi 1°

(atualmente art 5°. " da cão Federal de 19881* `Todos são Iguais

perante a ler .

Bem por Isso, o E. Tribunal de Justiça do Estado de

São Paulo, em Julgamento relatado pelo Ilustre Desembargador Oliveira Santos,

com fundamento no texto constitucional, Já afirmou que "não reconhecer a

paridade, seria tornar o texto letra morta, ainda que ineaistente, por inércia do

Legislativo, a lei específica". Entendimento este também seguido pelo eminente

Desembargador Urinou Parada ao asseverar que: "A ausência de elaboração

legislativa ou'de providências dos responsáveis pela alta administração do Estado

não podem servir de escudo para o descumprimtmto de normas constitucionais, pois

a referida norma constitucional constante do artigo 129 não faz qualquer distinção e

não necessita ser regulamentada para ser aplicada".

Av. Guilherme Cotching, 200 sala 4 - Fone: 2521-5858 - e-mail: cai d :emir

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COPIA EXTRAÍDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Conforme todo o exposto segue o entendimento

Jurlsprudencial da Justiça Paulista no tocante ao assunto:

FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - Vencimentos • Sexta-parte -Servidor admitido em caráter temporário - Irrelevâncla - Artigo 129 da Constituição Estadual que, confere direitos a sexta-parte - Lel Complementar n. 180 de 1978 que, disciplina o regime dos servidores temporários • Legislação mencionada que encontra-Se em perfeita sintonia com o artigo 39 da Constituição da República - Verba devida - Recurso não provido. (Relatar Emani de Paiva - Apelação Chiei n. 206.243-1 -Bauru - 07.04.94)

SERVIDOR PÚBLICO • Licença-prêmio - Beneficio estatutário conferido também a servidores do regime da Lei n. 500, pelas mesmas razões • Ressalva com relação a periodos anteriores à vigência da Constituição Federal de 1988 • Sentença reformada, em parte. (Apelação Civel n. 60,136-S - TupS - 50 Câmara 'Janeiro/1999' de Direito Público - Relator: William Marinho - 08.04.99 - V.M.)

FUNCIONÁRIO PUBLICO - Tempo • Contagem - Serviço prestada sob regime da Lei Estadual n. 500, de 1974 • Inclusão para efeito de sexta parte - AdmIssIbIlldade - Previsão expressa pelo artigo 129 da Constituição Estadual - Sendo adicional temporal da sexta parte conferido pela Constituição aos servidores de modo genérico, também a ele terão direito os funcionários admitidos sob a égide da Lei n. 500, de 1974 -Servidor Público • Lei n, 500, de 1974 - Licença-prêmio a partir da Constituição Federal de 1988 que permitiu cumular o referido bandido coei 130 salário - Contudo, deve ser respeitado Os requisitos da Lel n. 10.261/68 - Recursos Providos, em parte (Apelação CIvel n. 14.461-5

- 7" Câmara de "Janeiro/98" de Direito Público - Relator: Pires de Araújo - 09.02.98 - M.V.)

SERVIDOR PÚBLICO - Licença-prêmio - Contratação pelo regime da Lel Estadual ri. 500, de 1974 - Funcionário estável -Artigo 129 da Constituição do Estado que não faz distinção entre servidor e funcionário -

Av, Guilherme Cotching, 800 sala 4 — Vila Maria — São Paulo/SP Fone: 2631-5858 — e-mail: caimlvilAucil.com.br

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CÓPIA EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO AL EX,ADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Dispositivo, ademais, de aplicabilidade Imediata -Direito à vantagem - Ação procedente - Recursos não providos TO 199/100

SERVIDOR PÚBLICO -Licença-prêmio - Admissão pela Lel Estadual n. 500, de 1974 - Vantagem deferida e não usufruída - Beneficiários do servidor falecido - Direito ao recebimento em pecenla - Artigo 209 da Lel Estadual n. 10.261, de 1968 - Ação procedente -Recurso provido para esse fim 3T3 220/157

11 — 3) DO PRÊMIO INCENTIVO

O Premio de Incentivo foi criado pela Lei no 8.975,

de 25 de novembro de 1994 (vigência 26/11/94) e é aplicada aos servidores em

exercício na Secretaria da Saúde e nas autarquias a ela vinculadas, desde que

não estejam percebendo ou venham a perceber vantagem pecuniária de

qualquer natureza ou sob qualquer fundamento, custeada com recursos

provenientes do Ministério da Saúde/Sistema Único de Saúde - SUS/SP.

O Prêmio de Incentivo será pago mensalmente e

terá corno composição percentual máxima o que se segue:

• 50% resultantes da aplicação dos recursos

destinados ao Prêmio será dividida entre os servidores em exercício na

Secretaria da Saúde e nas autarquias a ela vinculadas, respeitando-se, para

essa divisão, apenas a classificação por nivel de complexidade da atividade de

cada categoria funcional.

• 20% resultantes da avaliação individual a ser

efetuada pela Chefia imediata do servidor;

• 30% resultantes da avaliação Institucional, a ser

efetuada pela Comissão a que se refere o artigo 9° do Decreto 41.794/97.

Av. Guilherme Cotching, $00 sala 4 — Vila Maria - SãO Paulo/SP Fone: 2631-5 e-mail: caioadv vol.cont.hr

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COPIA EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SA0 PAULO

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Recentemente, segundo a Resolução 55 no 1 de

07/01/2009, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 08/01/2009,

foi instituido o recebimento da vantagem pecuniária aos servidores

aposentados.

A Resolução tem por fundamento o art. 40 §3 da

Constitução Federal que estabelece que "os proventos de aposentadoria,

por ocasião de sua concessão, serão calculados com base na

remuneração do servidor no cargo no cargo em que se der a

aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da

remuneração".

Segundo o art. 3° desta Resolução diz que a

vantagem aplica-se aos servidores em inatividade desde do ano de 1995:

Art. 30 - As disposições

desta resolução aplicam-se, nas mesmas condições aos

servidores que passaram à Inatividade a partir do

exercido de 1995.

Logo, segundo o caput do art. 1° e seu parágrafo

único, estabelece o direito e a base de calculo, nos seguintes termos:

Art. 1° - O servidor do

quadro da Secretaria de Saúde que, por ocasião da

aposentadoria, esteja percebendo Prêmio de Incentivo

de que trata a Lel n9 9.975 de 25 de novembro de 1994,

alterada pela Lel n° 9,463 de 19 de novembro de 1996,

fará jus a manutenção do benefício no valor

preconizado no Inciso I, do art. 30 do Decreto n° 41.794

de 19 de maio de 1997.

Parágrafo único - O

beneficio de que trata o "caput" será calculado com

base no valor estabelecido para o cargo/funçâo —

atividade em que se der a aposentadoria.

Av. Guilherme Cotching, SOO sala 4 — Vila Maria — São Paulo/SP Fone: 262 [-SUS — e-mail: caioadv@uolcambr

COPIA EXTRAKIA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

III - DO PEDIDO

Neste sentido, pede e requer à Vossa Excelência:

A. Citação da Reclamada, da Reclamada

para, se querendo, satisfazer os direitos ora postulados ou contestá-los, na

forma da Lei;

B. Seja ao final julgada procedente a Ação,

condenando-se a Requerida ao:

B. 1) a concessão da Sexta Parte,

B. 2) a concessão da Licença Prêmio e sua

conversão em pecúnia;

B. 3) a concessão do prémio incentivo.

C. O pagamento das vantagens retrativa aos

proventos que faz jus, bem como as parcelas referente ao décimo terceiro

salário, devidamente corrigido de acordo com a tabela do Ti e mais juros legais

de 1% ao mês, dos últimos cincos anos, conforme prescrição qüinqüenal à

partir da distribuição do feito;

D. Os Benefielos da Justiça Gratuita;

E. Provar os fatos por todos os meios legais

admitidos em direito Inclusive, prova pericial, se for o caso;

F. Tudo acrescido de custas processuais, e

honorários advocaticios, na base de 20%, sobre o total da condenação,

atualizados desde o ajuizamento da ação;

As publicações e Intimações em nome do

advogado;

Av. Guilherme Cowhing, 800 sala 4 — Vila Maria — Sao Paulo/SP Fone: 2631 -5858 — e-mail: ealoadvCliol.com.br

CÓPIA EXTRAiDA NO BUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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CAIO ALEXADRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS ADVOGADO

Dá-se à causa o valor de R$ 17.220,45 (dezessete

mll duzentos e vinte reais e quarenta e cinco centavos).

Termos em que

Pede deferimento.

São Paulo, 01 de julho de 2009.

CATO ALEXANDRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS

OAS/SP no.: 227.981

Av, Guilherme Coiehing, 800 sala 4 - Vila Maria- Sio Paulo/SP Fone: 2631-5858 - e-mail: [email protected]

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COPIA EXTRAIDA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

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Data de disponibilização: 08/02/2012 - Orgão Judicial: DJSP - CADERNO 3 JUDICIAL 1' INSTÂNCIA CAPITAL. Fórum Hely Lopes / 5' Vara da Fazenda Pública

EDITAL DE INTIMACAO DE ADVOGADOS RELACAO N 0020/2012Processo 0026104- 55.2009.8.26.0053 (053.09.026104-9) - Procedimento Ordinario - Zoe Elisa Costa Alvarenga -Fazenda do Estado de Sao Paulo - Vistos. Zoe Elisa Costa Alvarenga, qualificado(s) na inicial, ajuizou(aram) acao de Procedimento Ordinario em face de Fazenda do Estado de Sao Paulo Alega, em sintese, que e servidora publica civil em inatividade e que faz jus a sexta-parte, a licenca-premio e ao premio de incentivo, visto que preenche os requisitos legais. Por isso, quer a procedencia da acao. O requerido foi citado e, tempestivamente, apresentou contestacao. Alega, em sintese, que sao descabidas as alegacoes iniciais porque dissociadas do ordenamento juridico em vigor. Quer a improcedencia da acao. Em replica foram repelidas as alegacoes feitas. Esse e o relatorio. DECIDO. A lide comporta julgamento antecipado nos termos do art. 330, inciso I, do Codigo de Processo Civil porque a questao de fundo ainda pendente de julgamento e exclusivamente de direito. A pretensao inicial e parcialmente procedente. Nao ha falar em prescricao do direito de fundo porque a autora aposentou-se antes dos cinco anos da data da propositura desta acao. Em relacao a sexta-parte. A autora foi admitida para trabalhar no servico publico estadual sob o regime juridico da Lei n. 500/74 que estabelece uma relacao juridica de carater transitorio e excepcional. Nao foi titular de cargo publico, porem, permaneceu em definitivo e por longo periodo no exercicio da funcao publica: desde 1976. Esta situacao excepcional criada pelo proprio requerido gerou o fato no qual a autora se encontra: integrou os quadros do servico publico por mais de vinte anos e preenche os requisitos legais para a obtencao do beneficio da sexta-parte. Nesse contexto, a permanencia de agentes publicos exercendo funcao-atividade sem cargo publico de forma definitiva faz com que esses agentes publicos, que mantem com o Estado de Sao Paulo um vinculo profissional e permanente, sejam tratados juridicamente da mesma forma que os servidores publicos civis exercentes das mesmas funcoes-atividades, mas detentores de cargos publicos. Isso se deve gratas ao principio da igualdade, previsto na Constituicao Federal, nossa Lei das leis, que e primaz as normas juridicas, fazendo com que a autora tenha tambem direito ao beneficio da sexta-parte, incidente sobre a integralidade dos vencimentos, bem como ao pagamento da parcelas vencidas com os consectarios legais. Por vencimentos integrais entende-se como -- sendo as verbas habituais, nao eventuais e que nao possuem um regime juridico proprio. Por isso, devem fazer parte da base de calculo da sextaparte as seguintes verbas, alem do salario base: art. 133 CE e gratificacao executiva. As demais verbas possuem raiz causal e, portanto, nao devem fazer parte da mencionada base de calculo. O adicional por tempo de servico nao pode ser levado em conta por forca do art. 37, inciso XIV da CF. E o adicional de insalubridade possui um regime proprio que impede sua inclusao na mencionada base de calculo. Em relacao a licenca-premio. Ficou devidamente demonstrado nos autos que a autora preencheu os blocos aquisitivos de fls. 60 da licenca-premio sem que o requerido em favor dela a concedesse. A autora encontra-se em inatividade. Uma vez existindo um saldo de 540 dias em seu favor, conforme a documentacao existente nos autos, e por ter se tornado incompativel a possibilidade dela usufruir da licenca, so resta transformar esta licenca em verba reparatoria. O direito em si aos mencionados beneficias e latente por conta do fato objetivo da falta de gozo que toma irrelevante a exigencia do indeferimento administrativo ou a tese relativa a data do periodo aquisitivo. Nesse sentido, o E. Tribunal de Justica de Sao Paulo decidiu: SERVIDOR FUBLICO ESTADUAL - Licencas-Premio e ferias nao gozadas - Pagamento em pecuma - Irrelevancia da existencia ou nao de requerimento de gozo do beneficio - Hipotese em que tanto a licencapremio nao gozada, bem como as ferias nao usufruidas ate a aposentadoria do servidor perde sua natureza peculiar e transforma-se em verba reparatona. Recurso da Fazenda

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nao provido e recurso dos autores provido. (APELACAO CIVEL COM REVISAO n° 769.042-5/8-00, Rel. Desa. Vera Angrisani, 113.05.2008). A fim de evitar enriquecimento sem causa realmente so mesmo resta ao requerido pagar monetariamente o valor devido pelo período mencionado com os consectarios legais em favor da autora. Finalmente, em relacao ao premio de incentivo, ve-se que a autora nao faz jus a ele porque ela nunca recebeu tal verba enquanto estava na ativa em razao da natureza da funcao que ocupava. Posto isso, julgo em parte procedente a pretensao inicial para condenar o requerido a: i) reconhecer o direito da autora a perceber a vantagem da sexta-parte desde a data em que a autora preencheu o tempo devido, sobre seus ganhos integrais, conforme acima especificado, apostilando-se; ii) a pagar as diferencas existentes desde o nao resgate excluindo-se as parcelas abrangidas pela prescricao, e reconhecendo seu carater alimentar. Como esta acao foi ajuizada em julho de 2009, aplica-se a Lei n° 11.960, de 29 de junho de 2009, "de sorte que sobre os valores em atraso deverao incidir, uma unica vez, ate o efetivo pagamento, os indices oficiais de remuneracao basica e juros aplicados a caderneta de poupanca" (TJSP: Apelacao Civel n. 990.10.240237-1, Rel. Des. Ricardo Dip, j. 19.07.2010); iii) pagar a autora em dinheiro e de uma so vez o período remanescente de 540 dias de licenca-premio, calculados a base dos vencimentos percebidos por ela na data do desligamento, observada a Lei n. 11.960/09. Declaro que tal verba possui natureza alimentar para os devidos fins de direito. Por ter sido mais vencida do que vencedora, condeno, ainda, a Fazenda Publica Estadual no pagamento das custas processuais e dos honorarios advocaticios da parte contraria, que ora fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenacao, atualizado. Extingo o processo, com julgamento do merito, com base no art. 269, inciso I, do Codigo de Processo Civil. Caso ultrapasse o teto do art. 475, par. 2°, do Codigo de Processo Civil, ao reexame necessario. Deixo de fixar a base de calculo do preparo por conta da natureza juridica do requerido. O mesmo se diga em relacao a autora mas em razao da justica gratuita. P.R.I. - ADV: CYNTHIA POLLYANNA DE FARIA FRANCO (OAB 171103/SP), CAIO ALEXANDRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS (OAB 227981/SP)

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Registro: 2012.0000417200

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação n° 0026104-55.2009.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que , é recorrido ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA.

ACORDAM, em 7 Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores COIMBRA SCHMIDT (Presidente sem voto), GUERRIERI REZENDE E MOACIR PERES.

São Paulo, 20 de agosto de 2012.

Luiz Sérgio Fernandes de Souza RELATOR

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Voto n° 1960

Apelação Cível n° 0026104-55.2009.8.26.0053 - Comarca de São

Paulo

Recorrente. Juízo ex officio

Recorrido: Zoé Elisa Costa Alvarenga

AÇÃO ORDINÁRIA — Reexame necessário —Servidora Pública Estadual — Cálculo do adicional por tempo de serviço sobre os vencimentos integrais -Inteligência dos artigos 129 e 115, XVI, da Constituição Estadual - Afastada a incidência sobre as verbas eventuais, e as não incorporadas, com o que a r. sentença se mostra em conformidade com o entendimento da douta Câmara - Vedado o cômputo de acréscimo pecuniário para a concessão de outras vantagens, sob o mesmo título ou idêntico fundamento — Licença Prêmio — direito reconhecido em favor do servidor admitido sob o regime da Lei 500/74 (Incidente de Uniformização de jurisprudência n° 118.453.5/2-01) — Enunciado n° 3 das Câmaras de Direito Público — Prêmio de Incentivo — direito à incorporação de 50% do valor da vantagem, considerada a orientação jurisprudencial — Aspecto sobre o qual, entretanto, não mais cabe discussão, à falta de recurso voluntário, e considerado o entendimento de que não se pode agravar a situação da Fazenda Pública no recurso de ofício — Reexame necessário improvido.

Vistos, etc.

Cuida-se de ação ordinária na qual a autora,

servidora pública aposentada, contratada sob a égide da Lei

Complementar n° 500/74, busca, em apertada síntese, a concessão

da sexta-parte, do Prêmio de Incentivo, e da Licença-Prêmio

Apelação n° 0026104-55.2009.8.26.0053 - Voto n° 1960 2

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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convertida em pecúnia, tanto quanto o apostilamento do título,

postulando ainda a condenação da ré nos valores vencidos e

vincendos.

A ação foi julgada parcialmente procedente

pelo juízo monocrático, oportunidade em que se reconheceu o

direito ao cálculo da sexta-parte sobre as vantagens efetivamente

percebidas pela autora, exceto as eventuais, mais especificamente,

sobre a Gratificação Executiva e o décimo constitucional,

observada a prescrição quinquenal A ré também foi condenada ao

pagamento, de uma só vez, do período remanescente de 540 dias

de licença-prêmio, calculado na base dos vencimentos por ela

recebidos na data de sua aposentadoria, negando-se o direito ao

Prêmio de Incentivo. Sobre as parcelas em atraso, segundo os

termos da r. sentença, incidirão juros de mora e correção

monetária na base da regra da Lei Federal n° 11.960/09. Por

último, a Fazenda do Estado foi condenada ao pagamento das

custas processuais e dos honorários advocatícios estes fixados em

10% sobre o valor da condenação.

É o relatório.

Trata-se de reexame necessário.

O artigo 129 da Constituição Estadual

Apelação n° 0026104-55.2009.8.26.0053 - Voto n° 1960 3

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assegurou aos servidores públicos — sem fazer qualquer distinção —

o direito ao percebimento de adicionais temporais e da sexta-parte

dos vencimentos ao completarem 20 (vinte) anos de serviço,

assim, dispondo:

"Ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional por tempo de serviço,

concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua

limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo

exercício, que se incorporarão aos vencimentos para

todos os efeitos, observado o disposto no artigo 115,

XVI, desta Constituição".

Como a Constituição Estadual não operou

qualquer distinção entre os servidores públicos para a outorga dos

benefícios assinalados, de se concluir, sem maiores considerações,

que a autora - mesmo contratada pelo regime da Lei 500/74 - faz

jus á sexta-parte de seus vencimentos, beneficio outorgado aos

servidores estatutários. É regra elementar da heinienêutica jurídica

aquela segundo a qual onde a lei não distinguiu não é lícito ao

intérprete fazê-lo, notadamente para restringir direitos. A categoria

dos servidores públicos, já na lição da doutrina mais antiga,

compreendia também a classe dos contratados, dos mensalistas,

dos diaristas e dos tarefeiros (Mário Mazagão, Curso de Direito

Administrativo, 6a ed., SP, RT, 1977, 43).

Também entre os mais modernos, servidor

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fls. 5

público é noção que abrange, além dos funcionários, servidores

públicos civis, contratados e servidores de empresas públicas,

sociedade de economia mista e fundações governamentais (Celso

Antônio Bandeira de Mello, Regime Constitucional dos Servidores

da Administração Direta e Indireta, 2' ed., 1991, p. 12 e 13;

Diógenes Gasparini, Direito Administrativo, SP, Saraiva, 1993, p.

123).

Assim, bem se vê que os servidores admitidos

pelo regime da Lei 500 foram incluídos no universo dos agentes

estatais que fazem jus à percepção da sexta-parte. E nem se diga

que o legislador constitucional teria se utilizado com

impropriedade da expressão servidor público. Veja-se que

manteve praticamente a redação do artigo 92, VIII, da

Constituição Estadual anterior, norma que tratava da mesma

matéria, exceção feita a três aspectos: a) no lugar de funcionário

público (noção que se retira do caput do art. 92), passa a utilizar a

expressão servidor público; b) a sexta-parte, antes devida após 25

anos de efetivo exercício, agora é concedida após 20 anos de

serviço; c) a Constituição atual fez ressalva à incidência da sexta-

parte sobre vantagem também devida em razão do tempo de

serviço, sobre o que a anterior silenciava.

Claro está que a Constituição do Estado,

antecipando-se ao chamado regime único, previsto na Constituição

Apelação n° 0026104-55.2009.8.26.0053 - Voto n° 1960 5

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Federal, longe de defini-lo, propriamente, estabelecendo suas

particularidades, tratou de estender alguns direitos, antes

reservados aos funcionários públicos, a outros segmentos da

administração pública. Ao fazê-lo, reproduzindo a norma do artigo

92, VIII, da Constituição Estadual anterior, a atual Constituição

acrescentou, no seu artigo 129, que o cálculo da sexta-parte

haveria de observar o disposto no artigo 115, XVI.

A partir dessas considerações é possível

afirmar que a sexta-parte incide sobre a remuneração dos

servidores, mas com algumas restrições, que impedem o aumento

em cascata, apelidado de "repique", em tempos idos.

Com efeito, a remuneração (a) é composta de

vencimento (a.a.) e vantagens (a.b.) permanentes e provisórias. As

vantagens, por sua vez, incluem as indenizações (a.b.a.), a

exemplo de ajudas de custo, diárias e transporte, bem como as

gratificações (a.b.b.), além de adicionais (a.b.c.). Quando o

legislador constitucional diz que o quinquênio incide sobre

"vencimentos integrais" está-se referindo, parece claro, à

remuneração. E tanto isto é verdade que, no lugar de recorrer à

discutível distinção vencimento-vencimentos, utilizou o adjetivo

integrais. É bem de ver, todavia, que o legislador fez expressa

referência à restrição estabelecida pelo artigo 115, XVI, da

Constituição do Estado.

Quanto ao sentido da expressão vencimentos

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fls. 7

integrais cabe citar acórdão do E. Tribunal de Justiça de São

Paulo:

"Ora, não podia ter sido mais eloquente, nem mais

direta e exaustiva a norma, no acrescer ao substantivo

vencimentos, cujo plural já compreenderia todas as

verbas acessórias, com este ou aquele caráter, o

adjetivo integrais, que apenas reforça a idéia básica: a

sexta-parte calculava-se e calcula-se sobre a totalidade

da retribuição mensal, correspondente ao padrão e a

todas as demais vantagens pecuniárias que, a título

permanente ou transitório, sem exclusão de nenhuma,

se pagavam ou paguem ao funcionário público (menos

as eventuais, diga-se.)". (TJSP, Emb. Infr n° 209.389-

1/3-01, 2' Câmara Civil; no mesmo sentido, RJTJESP

137/284, 138/253, 184/126, 196/170 e 207/171).

Diante dessas considerações, que versam

acerca de interpretação de norma constitucional, cessa tudo o mais

que disponha de forma dissonante, quer-se dizer, toda a legislação

que estabeleça vedações sobre a incidência recíproca de

adicionais.

Ivan Barbosa Rigolini, escrevendo sobre a

vedação estabelecida pelo artigo 37, XIV, da Constituição Federal

(à guisa de comentário da regra do art. 50 da Lei Federal n°

8.112/90, que também reproduz aquela restrição) diz que a

administração está proibida de atribuir uma vantagem cujo

fundamento já tenha servido para atribuição de vantagem anterior.

Em poucas palavras, veda-se "uma vantagem calculada sobre

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2R

vantagem criada para premiar o mesmo motivo", na expressão

daquele autor. Daí porque não se admite um adicional por tempo

de serviço calculado sobre outro adicional por tempo de serviço

(Ivan Barbosa Rigolini, Comentários ao Regime Único dos

Servidores Públicos Civis, 3' ed., 1994, p. 115 e 134).

Alguns argumentam com a alteração da regra

do artigo 37, XIV, da Constituição da República, por força do

advento da Emenda Constitucional n° 19/98. Com efeito, a regra

anterior vedava a concessão de acréscimos ulteriores incidentes

sobre acréscimos concedidos sob o mesmo título. De acordo com a

atual redação, é vedada a incidência recíproca, ainda que as

vantagens não tenham a mesma natureza. Todavia, é bem de ver

que subsiste, no nível estadual, a regra do artigo 115, XVI, da

Constituição do Estado, nos seguintes termos: "os acréscimos

pecuniários percebidos por servidor público não serão computados

nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores

sob o mesmo título ou idêntico fundamento".

O simples fato de a regra da Constituição

Federal ter sido alterada não implica reconhecer a revogação da

norma do artigo 115, XVI, da Constituição do Estado, porque bem

se sabe que os Estados Federados organizam-se e regem-se pelas

constituições e leis que adotarem, observados os princípios da

Constituição Federal (artigo 25 da CF). Ora, a regra do artigo 37,

XIV, é norma jurídica, que não se confunde com princípio

jurídico, segundo a clássica distinção de Carnelutti e Crisafulli.

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Mesmo sob a ótica daqueles que consideram

os princípios gerais de direito normas jurídicas, a exemplo de

Bobbio e Betti, é bem de reconhecer que, malgrado todo princípio

configure uma nonna, a recíproca não é verdadeira. E nesta linha

de considerações, tem-se de observar a regra do artigo 25 da

Constituição Federal, segundo a qual o Estado haverá de observar

os "princípios da Constituição", a exemplo do princípio

republicano, federativo etc, e não necessariamente as normas

constitucionais, porque o Estado-membro tem poder de auto-

organização (a respeito desta discussão, ver Paulo Bonavides,

Direito Constitucional, SP, Malheiros, 1.999 e Celso Ribeiro

Bastos, Curso de Direito Constitucional, SP, Saraiva, 1.978). A

propósito, veja-se que são reservadas ao Estado as competências

que não lhes sejam vedadas pela Constituição da República (art.

25, §2°), dentre elas a edição de normas relativas aos seus

servidores públicos.

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Enfim, é devida a sexta-parte à requerente, o )1J-ip

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co admitida pela legislação acima referida, porque o legislador z constitucional assim o quis, observada apenas a limitação do artigo

115, inciso XVI, da Constituição Estadual, que veda o cômputo de

acréscimo pecuniários para a concessão de outros, sob o mesmo

título ou idêntico fundamento. Todas as demais vantagens,

exceção feita àquelas não incorporadas e às eventuais, devem ser

consideradas para o cômputo do adicional por tempo de serviço,

aspecto em que, curvando-me à orientação da douta maioria,

revejo meu entendimento anterior.

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Está demonstrado que a autora é servidora

submetida ao regime de Lei Estadual n° 500/74. Entendia este

Relator que, em razão do fato de se estar tratando de agente

público que não provê cargo, exercendo apenas função-atividade,

não se haveria de cogitar do direito à licença-prêmio, reservado ao

funcionário público.

Todavia, o E. Tribunal de Justiça desde há

muito, tem reconhecido o direito à licença-prêmio por parte dos

servidores em função-atividade. A propósito, já se teve

oportunidade de consignar que a licença-prêmio é vantagem que

guarda estreita relação com o adicional por tempo de serviço,

porque concedida a cada 5 (cinco) anos. A respeito, invoca-se a

regra do artigo 129 da Constituição do Estado, acrescentando que

o dispositivo, de eficácia plena, autoaplicável, não faz qualquer

distinção entre aquele que ocupa cargo efetivo e aquele que

desenvolve função-atividade (TJSP, 10' Câmara de Direito

Público, Ap n° 198.665.5/3-00, São Paulo, Rel. Desembargador

Ferraz de Arruda, j 16.08.05, v.u.) Existe a respeito do tema,

inclusive, Uniformização de Jurisprudência (n° 118.453.5/2-01), e

mais, Enunciado da Seção de Direito Público.

E, de fato, à vista da extensão do conceito de

"servidor público estadual", utilizado pelo legislador

constitucional, a antiga restrição que se fazia aos funcionários que

ingressaram na Administração Pública sob a égide da Lei n°

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500/74 não pode mais ser admitida.

Ademais, está demonstrado nos autos que a

autora, é servidora que desenvolve função de natureza permanente

no serviço público (fls. 22), razão pela qual não se compreende a

resistência da requerida à pretensão deduzida na inicial. E há nos

autos documentos que comprovam o fato de a autora ter

completado o período aquisitivo da licença prêmio (fls. 24).

O Prêmio de Incentivo, em tese, não se

incorpora aos vencimentos, pois é concedido com base na

avaliação do resultado das atividades do servidor (artigo 1° da Lei

n° 8.975/94, alterada pela Lei n° 9.185/95). Ainda nesse sentido,

colhe a regra do artigo 4° da Lei n° 8.795/94, in verbis:

"Artigo 4° - O Prêmio de Incentivo não se incorporará aos

vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele

não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como

os descontos previdenciários e de assistência médica.

Parágrafo único - O valor do Prêmio de Incentivo não será

computado no cálculo do décimo terceiro salário a que se

refere a Lei Complementar n° 644, de 26 de dezembro de

1989"

Sucede, entretanto, que metade dos recursos

previstos para o pagamento daquela vantagem é destinada ao

pagamento de todo e qualquer servidor que estiver em exercício na

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fls. 12

Secretaria de Saúde do Estado e nas autarquias a ela vinculadas

(art. 2°, § 1°, da Lei Estadual n° 8.975/94, com a redação que lhe

deu a Lei Estadual n° 9.463/96), de sorte que a jurisprudência tem-

se orientado no sentido de que este percentual, devido

independentemente da avaliação de desempenho do servidor,

incorpora-se aos vencimentos.

Neste sentido, colhem inúmeros acórdãos

desta 7° Câmara de Direito Público:

"(...) Analisando o beneficio, extrai-se do parágrafo único

das disposições transitórias da Lei n° 804/95, que todos os

servidores, ativos e inativos, têm direito a 50% dos

percentuais previstos no art. 3° desta lei, o percentual

restante seria concedido com base em avaliações de

resultado realizadas de acordo com o Decreto n° 40.787/96.

O Prêmio de Incentivo à Qualidade é composto de uma

parcela fixa e outra variável.

Logo, no que se refere a esta parcela o prêmio tem nítido

caráter de gratificação tornando impossível estendê-lo na

totalidade aos inativos, mas, sim, os 50% dele, conforme

ficou decidido pela r.sentença objurgada.

(...)

Destarte, independe, portanto, do servidor ter ou não uma

boa avaliação, o percentual a que terá direito é de 50% do

valor da gratificação. Os outros 50% do valor tem natureza

temporária e variável. Assim, 50% do montante será

devido de acordo coma avaliação como prevê o Decreto n°

40.787/96. Evidenciando, assim, que apenas servidores em

atividade podem alcançar estes resultados, ou seja, a

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integralidade." (TJSP, 7' Câmara de Dir. Público, Ap.

Civel n° 0081888-45.2010.8.26.0000, Rel. Des. Moacir

Peres, v.u, j. 07.11.2011).

"Apelação Cível — Prêmio de Incentivo — Sentença julgada

improcedente, concessão apenas a servidores em atividade

— Gratificação de natureza mista — Vantagem que, até o

limite de 50%, deve ser paga a todos os servidores da

Secretaria de Estado da Saúde, ostentando caráter genérico.

Recurso parcialmente provido." (TJSP, 7' Câmara de Dir.

Público, Ap. Civel n° 0611616-80.2008.8.26.0000, Rel.

Des. Eduardo Gouvêa, v.u, j. 26.09.2011).

"SERVIDORES AFASTADOS — PRÊMIO DE

INCENTIVO AOS SERVIDORES DA SECRETARIA DA

SAÚDE — GRATIFICAÇÃO DE NATUREZA MISTA — I-

Extensão da Gratificação denominada "Prêmio de

Incentivo" a todos os servidores lotados na Secretaria da

Saúde, mesmo que cedidos a outros entes

Admissibilidade restrita. II- A vantagem tem natureza

mista — metade da verba se destina ao pagamento de forma

geral e indiscriminada a todos os servidores; a outra

metade é concedida conforme desempenho do próprio

servidor e da instituição ao qual está vinculado. III- A

concessão do benefício a servidores cedidos deve se dar

pelo equivalente à metade do valor normalmente pago

àqueles que laboram em unidades de saúde estaduais —

Restante da verba que é vinculada ao desempenho do

servidor e da sua unidade, condição que é impossível de

auferir quando o exercício da função ocorre em outro ente.

Recurso parcialmente provido". (TJSP, Câmara de Dir.

Público, Ap. Civel n° 870.778.5/8-00 Rel. Des.Nogueira

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DiefenthAler,v.u. j. 08.06.2009).

Há de se ter em conta, todavia, a ressalva feita

na segunda parte do artigo 2° do Decreto Estadual n° 41.794/97,

que não extrapola os limites da lei, haja vista que o Prêmio de

Incentivo "será concedido em bases, termos e condições a serem

estabelecidos em decreto", como se colhe da regra do artigo 2° da

Lei n° 8.975/94, com a redação que lhe deu a Lei n° 8.463/96.

Todavia, não se pode agravar a situação da

Fazenda Pública em reexame necessário, de sorte que, não tendo a

autora apelado da r.sentença naquilo que lhe foi desfavorável,

descabida a alteração do julgado.

Nestes termos, nega-se provimento ao recurso

de oficio.

Para fins de acesso aos Egrégios Tribunais

Superiores, ficam expressamente pré-questionados todos os artigos

legais e constitucionais mencionados pelos litigantes.

LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA Relator

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Data de disponibilização: 31/01/2013 - Orgão Judicial: DJSP - CADERNO 3 JUDICIAL Ia INSTÂNCIA CAPITAL. Fórum Hely Lopes / 5' Vara da Fazenda Pública

EDITAL DE INTIMACAO DE ADVOGADOS RELACAO N 0016/2013Processo 0026104- 55.2009.8.26.0053 (053.09.026104-9) - Procedimento Ordinario - Zoe Elisa Costa Alvarenga -Fazenda do Estado de Sao Paulo - VISTOS. Cumpra-se o V. Acordao. Fica intimado o Estado de Sao Paulo a cumprir integralmente a obrigacao de fazer em 90 dias. Decorrido o prazo assinalado sem o devido cumprimento ora determinado, servindo o presente como mandado, intime-se pessoalmente a Fazenda para que comprove o cumprimento da obrigacao de fazer, no prazo de 05 dias, sob pena de multa diaria, que fixo em R$ 500,00 por dia de descumprimento, e que incidira, a principio, pelo prazo de 120 dias. Int. - ADV: CYNTHIA POLLYANNA DE FARIA FRANCO (OAB I71103/SP), CAIO ALEXANDRE DA COSTA TEIXEIRA SANTOS (OAB 227981/SP)

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N°. 0026104-55.2009.8.26.0053

REQUERENTE: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA BANCA 12 -D

Secretaria/Órgão/Entidade onde se dará o cumprimento: SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE

Sr. Procurador Chefe da PJ-1:

Cuida-se de ação ordinária movida por servidora pública estadual

aposentada, regida pela Lei 500/74 e que faz jus a sexta-parte, a licença prêmio e ao

prêmio incentivo, visto que preenche os requisitos legais e requer a procedência da

ação.

A ação foi julgada parcialmente procedente pelo juízo

monocrático, para:

1- reconhecer o direito ao cálculo da sexta-parte sobre as

vantagens efetivamente percebida pela autora, excetuando as eventuais, observada a

prescrição quinquenal;

2- condenar a fazenda ao pagamento, de uma só vez, do periodo

remanescente de 540 dias de licença prêmio, calculado na base dos vencimentos por

ela recebidos na data da aposentadoria;

3- Negar o direito ao Prêmio Incentivo;

4- Sobre as parcelas em atraso, incidirão juros de mora e

correção monetária na base da regra da Lei Federal n° 11.960/09.

5 - apostilando-se o direito da autora.

Houve interposição de recurso de apelação, que alterou a r.

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2009.01.007797

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

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Sentença de 1° grau, para conceder à autora a vantagem do prêmio incentivo no

montante de 50% do valor recebido pelo pessoal da ativa.

A Secretaria do Estado da Saúde foi agora intimada para dar

cumprimento ao julgado, para proceder o apostilamento, bem como apresentar as

planilhas dos valores devidos em razão do julgado, como determinado na

sentença/acórdão, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de 31/01/2013, com

observação do prazo concedido, com prioridade e urgência, sob as penas

estabelecidas em lei e no Decreto estadual n° 28.055, de 29 de dezembro de 1.987.

Encaminho, assim, as cópias a seguir anexadas para autuação

como PJF, bem como proponho a remessa do expediente à SECRETARIA DE

ESTADO DA SAÚDE para que providencie o cumprimento da decisão judicial.

À consideração superior.

PJ-1, 07 de feder o de 2013.

LEYDSLAY E S AEL LACERDA

PROCURADORA DO ESTADO Encaminhe-se à Secretaria/Órgão/Entidade supramencionado(a) — com tramitação pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário - solicitando a adoção das providências necessárias, nos termos da representação retro.

São Paulo, 07 de fevereiro de 2.013.

LUIZ EDU ORTILHO D'ANTINO Procurador(a) do E do Chefe da la Subprocuradoria

(De ordem do Sr. Procurador Chefe da PJ)

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PROCESSO N°. CD 991/co -) )-1R-Rce.g

TERMO DE APENSAMENTO

NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR. D 01/ PO°1/00 C.—V1:2° /3

1 DATA

At SINATURA SINAT

Maria ()a glória Q. Saraiva RG. 12.554 877

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

- Diretçr

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n°: 001/0941/007.797/2009 (Apenso 001/0001/000.756/2013)

Interessado: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA.

Ação Judicial n° 0026104.55.2009.8.26.0053 da 5° Vara da Fazenda Pública/SP — Banca 12-D.

À GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes referentes

ao assunto.

C.J., em 26 de fevereiro de 2013V

NUHAD SAI OLIVER Procuradora do E tado Chefe da

Consultorià Jurídica

sb

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(t)

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Rogerio Augusto Boger Feitosa @ PGE 21/03/2013 15:46

Para: André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE cc:

Assunto: Re: Orientação - Obrigação de Fazer - proc. n° 0026104-55.2009.8.26.0053

Texto da Mensagem

Prezado Sr. André,

Em resposta às perguntas feitas, venho esclarecer:

a) tendo em vista que o acórdão manteve os termos da sentença, considera-se esta como decisão a ser cumprida, nos seguintes termos "em relação ao prêmio de incentivo, vê-se que a autora não faz jus a ele porque ela nunca recebeu tal verba enquanto estava na ativa em razão da natureza da funçao que ocupava". Assim, não há de se falar de concessão de direito de Prêmio de Incentivo à Autora. b) tendo em vista que a sentença concedeu textualmente 540 dias de licença prêmio, melhor que conste o "direito ao recebimento em dinheiro e de uma só vez o período remenescente de 540 dias de licença-prêmio, calculados a base dos vencimentos percebidos por ela na data do desligamento" de modo a ver-se cumprido exatamente o que foi determinado na ordem judicial.

Att, Rogério Feitosa Procurador do Estado

Leydslayne Israel Lacerda/PGE/BR escreveu: Para. André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE@EXECUTIVO@INFRAHUB De: Leydslayne Israel Lacerda/PGE/BR Data: 19/03/2013 04:58 PM cc: [email protected] Assunto: Re: Orientação - Obrigação de Fazer - proc. n° 0026104-55.2009.8.26.0053

boa tarde André, tudo bem? agora esse processo está sendo acompanhado pelo Rogério, que nos lê por cópia. Rogério, será que vc poderia esclarecer as dúvidas do André, por favor? abs.,

Leydslayne Israel Lacerda Procuradoria Judicial 5 Rua Maria Paula, 67, 7° andar Email: [email protected]

Inactive hide details for André Pereira da Silva---19/03/2013 16:36:33---André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDEAndré Pereira da Silva---l9/03/2013 16:36:33---André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE

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André Pereira da Silva/SAUDE/BR@SAUDE

19/03/2013 16:36

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[IM [IMAGE] AG E] Orientação - Obrigação de Fazer - proc. n° Ass 0026104-55.2009.8.26.0053 ura

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Prezada Dra. Leydslayne Israel Lacerda, boa tarde:

Este Centro de Legislação de Pessoal (CRH-Saúde) recebeu a Obrigação de Fazer referente à Ação Ordinária - proc. n° 0026104-55.2009.8.26.0053 -ajuizada por Zoé Elisa Costa Alvarenga. Para que não haja equívoco por parte da Administração no cumprimento do determinado pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, solicitamos o esclarecimento sobre as seguintes questões:

1) O v. acórdão, afinal, concedeu a vantagem do Prêmio de Incentivo após a inatividade? Caso a resposta seja afirmativa, em qual percentual?

2) Consta na inicial o pedido de "concessão da licença prêmio e sua conversão em pecúnia". A r. sentença, por sua vez, fala em indenização de 540 dias, "conforme a documentação existente nos autos". Posto isso, deve constar da portaria declaratória do ganho, expressamente, os mencionados 540 dias ou a indenização de blocos aquisitivos formados respeitada a legislação vigente, a serem conferidas pela unidade de classificação da interessada.

Att.,

André Pereira da Silva

Diretor Técnico II - CLP

(See attached file: C.htm)

[anexo "C.htm" removido por Rogerio Augusto Boger Feitosa/PGE/BR]

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

PROCESSO N° 001/0941/007.797/2009 (AP N° 001/0001/000.756/2013)

Fls. 10,

GGP/CLP

INTERESSADO: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA

ASSUNTO: AÇÃO ORDINÁRIA — OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata-se de Obrigação de Fazer extraída da Ação Ordinária n° 0026104-55.2009.8.26.0053 (5' Vara de Fazenda Pública/SP), ajuizada por Zoé Elisa Costa Alvarenga, cuja decisão terminativa concedeu o direito à concessão da sexta-parte sobre os vencimentos integrais e à indenização de 540 dias de licença-prêmio.

Considerando que a decisão judicial transitada em julgado concerne a pagamentos, é necessário, s.mj., que, em um primeiro momento, o expediente passe pela CAF —Secretaria da Fazenda, para elaboração de fórmula de cálculo para então retomar a esta Pasta, onde será apostilado.

De consequência, com a urgência que o caso requer, sugiro o encaminhamento do feito à Coordenadoria da Administração Financeira — CAF, da Secretaria da Fazenda, para análise e providências.

CLP, em 26 de março de 2013

DRE PE RA DA 'SILVA R Relato 11

Ciente. Encaminhe-se na forma proposta, ressaltando-se que, após, os autos

deverão retornar, em trânsito direito, ao Centro de Legislação de Pessoal, do Grupo de Gestão de Pessoas, para o devido apostilamento e cumprimento da obrigação de fazer.

GGP, em 26 de março de 2013

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

OPROCESSO PJ/ F : PROCESSO N.° INTERESSADO ASSUNTO

7797/2009 0026104-55.2009.8.26.0053 - 5' VFP ZOE ELISA COSTA ALVARENGA OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação:

"Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/ proventos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre a integralidade de vencimentos, salvo as eventuais, observada a prescrição quinquenal, e o direito ao benefício da Licença Prêmio, correspondente a 90 (noventa) dias a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício e sem mais de 30 (trinta) interrupções ou penalidades administrativas, rejeitando a prescrição dos blocos vencidos há mais de cinco anos da propositura da demanda."

Fórmula de Cálculo:

• Em função do julgado deverá ser observado que a autora obteve êxito no judiciário, para a própria concessão da sexta-parte, o recalculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas, salvo as eventuais, bem como o direito à Licença Prêmio.

• Quando na Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta-parte sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.

Observações :

• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 10.001 - Sexta-parte e V/D 08.051 - Sexta-parte sobre vencimentos/proventos integrais - Ação judicial, por parte da São Paulo Previdência, visto estar aposentada.

• Quanto a licença-prêmio, deverá ser expedida a certidão em cumprimento a Obrigação de Fazer para aferir o direito, bem como quando do

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

reconhecimento deverão ser obedecidos os requisitos legais quanto a assiduidade e disciplina, ou seja a servidora não pode ter mais de 30 (trinta) interrupções ou penalidades administrativas, para que possa obter o direito a 90 (noventa) dias a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício, sendo o pagamento na forma do artigo 730 do CPC.

• Para a Concessão e Recalculo do sexto, deverá ser observado o qüinqüênio prescricional a contar do ajuizamento da ação que deu-se em 23/07/2009, retroagindo os efeitos a 23/07/2004.

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO PJ/F PROCESSO N." INTERESSADO ASSUNTO

7797/ 2009 0026104-55.2009.8.26.0053 - 5' VFP ZOE ELISA COSTA ALVARENGA OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de Fazer, face a ação movida por: ZOE ELISA COSTA ALVARENGA.

Juntamos às fls. 44/ 45, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado face a manifestação do Procurador da causa às fls. 39, muito embora não constou no presente os termos do artigo 7° do Decreto n.° 28.055.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da Obrigação de Fazer é de competência da Secretaria da Saúde.

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria Judicial, a fim de que o Procurador da causa se digne conhecer e adotar as medidas cabíveis.

DDP/DIJ, em 14 de maio de 2013.

A P.J.

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

INTERESSADO(A) : ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA

PROCESSO N°: 0026104-55.2009.8.26.0053

REF.: CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

DATA DA INTIMAÇÃO : 31.01.2013

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 90 DIAS

Secretaria/Órgão/Entidade onde se dará o cumprimento: SECRETARIA DA SAÚDE

Ao Ilmo Procurador-Chefe da PJ-1,

A Fazenda do Estado foi condenada a recalcular a sexta-

parte dos autores, bem como a pagar o período remanescente de 540 dias

de licença-prêmio..

Formado o PJF, a CAF se manifestou no sentido de que é

de competência da Secretaria da Saúde.

Dessa forma, solicita-se o encaminhamento - MAIS UMA

VEZ - do expediente à Secretaria da Saúde para que, com urgência, tome

as medidas cabíveis.

À superior apreciação.

São Paulo, 28 ide 2013.

ROGÉRIO AUG Ì O BOGER FEITOSA

Procura do Estado

OAB/SP N° 328.924

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2009.01.007797

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Encaminhe-supramen respectiv solicitan necessá

à Secretaria/Órgá do(a) — com tramit ultoria Jurídica, se n

adoç s os

tidade pela

sário - ências

retro.

São Paul

LUIZ

Procur

Subpro uradoria

(De ordem do Sr. Procurador Chefe da P3)

Estado Chefe da ia

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

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PROCESSO N°. n9 20 noY1 y;Tie Dno 9

TERMO DE APENSAMENTO

NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR{

(2a/c6/__Quit DATA ~Er at URA

Iziklinha M. de ou a Bettoni PG.; 14.508.507

Diretor I

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n°: 001/0941/007.797/2009 (A p.00 I /0001/000.756/20 I 3)

Interessado: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA

Assunto: OBRIGAÇÃO DE FAZER - Cumprimento da Obrigação de Fazer,

referente à Ação Judicial ri0 0026104-55.2009.8.26.0053 da 50 Vara da

Fazenda Pública da Capital/SP. -- Banca: 12-D.

Cola CJ/SES n° 329/2013

Nos termos do artigo I I do Decreto n° 28.055/87, uma

vez cumprida a OBRIGAÇÃO DE FAZER, de acordo com o informado pelo Centro de

Legislação de Pessoal da CRI" da Pasta, proceda-se a devolução do presente PJ/F n°

2009.01.007797 à douta Procuradoria Judicial.

C.J., em 07 de junho 2013.

NUILAD S - ID OLI VER

Procuradora do Estado Chefe da Consultaria Jurídica

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

INTERESSADO(A) : ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA

PROCESSO N°: 0026104-55.2009.8.26.0053

REF.: CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

DATA DA INTIMAÇÃO :11.06.2013

PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 05 DIAS

Secretaria/órgão/Entidade onde será o cumprimento: SECRETARIA DA SAÚDE

Ao Ilmo Procurador-Chefe da PJ-1,

A Fazenda do Estado foi condenada a recalcular a sexta-

parte dos autores, bem como a pagar o período remanescente de 540 dias

de licença-prêmio..

Formado o PJF, a CAF se manifestou no sentido de que é

de competência da Secretaria da Saúde.

Este PJF foi remetido em 28.05.2013 à Secretaria da Saúde

para dar cumprimento à obrigação de fazer.

No entanto, nada foi realizado, a despeito da afirmação

equivocada de fl. 50 no sentido de que houve o cumprimento da

obrigação.

Dessa forma, solicita-se o encaminhamento - PELA

TERCEIRA VEZ - do expediente à Secretaria da Saúde para que, com

urgência, tome as medidas cabíveis.

Ademais, informa que a FESP foi intimada em 11.06.2013

Rua Maria Paula, 67, 10 Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2009.01.007797

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São Paulo, 14 o de 2013.

5029

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

para dar cumprimento à obrigação de fazer sob pena de multa diária de

R$ 500,00.

À superior apreciação.

ROGÉRIO AUG O BOGER FEITOSA

Procu f or do Estado

OAB/SP N° 328.924

Encaminhe-se à Secretaria/Órgão/Entidade supramencionado(a) — com tramitação pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário -solicitando a adoção das providências necessárias, nos termos da representação retro.

São Pault .4 o 61 3

UIZ EDUARD RTILHO D "ANTINO

Procurador(a) do Estado Chefe da

ia

Subprocuradoria

(De ordem do Sr. Procurador Chefe da P3)

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

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Processo n°: 001/0941/007.797/2009 (Apenso 001/0001/000.75612013)

Interessado: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA.

Ação Judicial n° 0026104.55.2009.8.26.0053 da 5' Vara da Fazenda Pública/SP — Banca 12-CL

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em caráter

de URGÊNCIA quanto ao solicitado pelo ilustre Procurador do Estado responsável pelo feito

(fls.51/52), devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do Estado em Juizo,

inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes referentes ao assunto.

C.J., em 25 de junho de 2013.

NUHAD SAID OLIVER

Procurador do Estado Chefe da

Consultoria Jurídica

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls5 9

GGP/CLP

PROCESSO N°. 001/0941/007.797/2009 (AP N°. 001/0001/000.756/2013)

INTERESSADO: ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA

ASSUNTO: AÇÃO ORDINÁRIA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n°. 0026104-

55.2009.8.26.0053 (5a Vara de Fazenda Publica/SP), PJ/F n°. 2009.01.007797 e AP n°.

001/0001/000.756/2013, em nome de ZOÉ ELISA COSTA ALVARENGA, em cumprimento

ao v. acórdão prolatado pela Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo em sede de Apelação Cível, que a interessada (contra capa) faz jus:

- "à concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, na forma do artigo

129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89 ou a partir de quando foram

completados vinte anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como ao

recalculo dessa vantagem sobre a integralidade dos vencimentos, salvo as eventuais,

observada a prescrição quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu em 23/07/2009)";

- "ao recebimento em dinheiro e de uma só vez do período remanescente de 540 dias de

licença-prêmio, calculados na base dos vencimentos percebidos pela interessada na data

do desligamento".

CLP, em 28 de junho de 2013

AND IRA DIATIIINA IRETOR TÉCNICO II

lisf7.