109
MINUTA DE PROJETO DE LEI Dispõe sobre a revisão do Código de Obras - Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1966 e alterações. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO ÚNICO DA APLICAÇÃO E FINALIDADE DO CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES Art. 1º Esta Lei estabelece as regras gerais a serem obedecidas no projeto, licenciamento e as condições para a execução e utilização de toda e qualquer construção, reforma, regularização, adaptação e demolição de edificações pública ou privadas no município de Sorocaba, sem prejuízo das legislações federal, estadual e municipal pertinentes vigentes e alterações posteriores, das Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T. aplicáveis, da Lei Orgânica do Município e da legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo. Art. 2º Todas as obras de construção, reconstrução, demolição, movimento de terra, acréscimo, modificação ou reforma a serem executadas no Município, quer particulares ou públicas deverão ter Alvará de Licença da Obra concedido pela Prefeitura, sujeito às penalidades previstas nesta Lei, no que couber. Parágrafo único. No caso das obras realizadas pela Administração Municipal, direta ou indireta, os projetos serão aprovados pelos respectivos órgãos competentes. Art. 3º As normas deste Código visam estabelecer: I – padrões eficientes de conforto, segurança, salubridade, acessibilidade, funcionalidade, melhoria da qualidade ambiental e preservação e uso sustentável dos recursos naturais; II – normas relativas à documentação, procedimentos e diretrizes básicas de autorização para construção, reforma, manutenção, modificação, regularização, adaptação e demolição de edificações, assim como a elaboração, análise, aprovação, licenciamento dos respectivos projetos e sua fiscalização e intervenção de obras para qualquer finalidade, até a sua conclusão; 1

obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

  • Upload
    vodat

  • View
    223

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

MINUTA DE PROJETO DE LEI

Dispõe sobre a revisão do Código de Obras - Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1966 e alterações.

A Câmara Municipal de Sorocaba decreta:

TÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO ÚNICODA APLICAÇÃO E FINALIDADE DO CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES

Art. 1º Esta Lei estabelece as regras gerais a serem obedecidas no projeto, licenciamento e as condições para a execução e utilização de toda e qualquer construção, reforma, regularização, adaptação e demolição de edificações pública ou privadas no município de Sorocaba, sem prejuízo das legislações federal, estadual e municipal pertinentes vigentes e alterações posteriores, das Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T. aplicáveis, da Lei Orgânica do Município e da legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo. Art. 2º Todas as obras de construção, reconstrução, demolição, movimento de terra, acréscimo, modificação ou reforma a serem executadas no Município, quer particulares ou públicas deverão ter Alvará de Licença da Obra concedido pela Prefeitura, sujeito às penalidades previstas nesta Lei, no que couber.

Parágrafo único. No caso das obras realizadas pela Administração Municipal, direta ou indireta, os projetos serão aprovados pelos respectivos órgãos competentes.

Art. 3º As normas deste Código visam estabelecer:

I – padrões eficientes de conforto, segurança, salubridade, acessibilidade, funcionalidade, melhoria da qualidade ambiental e preservação e uso sustentável dos recursos naturais;

II – normas relativas à documentação, procedimentos e diretrizes básicas de autorização para construção, reforma, manutenção, modificação, regularização, adaptação e demolição de edificações, assim como a elaboração, análise, aprovação, licenciamento dos respectivos projetos e sua fiscalização e intervenção de obras para qualquer finalidade, até a sua conclusão;

III - direitos e responsabilidades do Município, do Proprietário, Compromissário ou do Possuidor de imóvel e dos profissionais Responsáveis Técnicos pelos projetos, direção e execução de obras;

IV - procedimentos administrativos.

VI - diretrizes básicas para realização de levantamentos topográficos;

Art. 4º Para os efeitos deste Código, são partes integrantes desta Lei os anexos: Anexo I – Terminologia; Anexo II – Especificações; Anexo III – Multas Anexo IV – Quadro de Informações.

1

Page 2: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

TÍTULO IIDOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I DO MUNICÍPIO

Art. 5º Cabe ao Poder Executivo a análise, aprovação de projetos e licenciamentos, e fiscalização das instalações e obras, observando as disposições previstas nesta lei e nas demais legislações municipais correlatas, além das legislações federal e estadual aplicáveis.

§ 1º Além dos órgãos municipais competentes, constituem instâncias do processo de licenciamento, sempre que cabível:

I - Corpo de Bombeiros do Estado;

II - órgãos federais e estaduais responsáveis pela proteção do patrimônio ambiental, histórico, cultural, saúde e outros.

§ 2º Na ausência de norma legal específica prevista neste código e nos demais diplomas federais e estaduais vigentes, a Prefeitura, fundamentada em documentos técnicos reconhecidos pela comunidade científica, poderá fazer exigências que assegurem o cumprimento deste código.

Art. 6º Não cabe à Prefeitura o reconhecimento do direito de propriedade do imóvel. Parágrafo único. O requerente, proprietário, compromissário ou possuidor a qualquer título do imóvel, responderá civil e criminalmente pela veracidade das informações e da documentação apresentada.

Art. 7º A Prefeitura não poderá ser responsabilizada por qualquer sinistro ou acidente decorrente de deficiências no projeto, execução de serviços e obras, utilização e manutenção das edificações e seus equipamentos.

Art. 8º A prefeitura para fins de aplicação deste Código não reconhecerá restrições suplementares definidas, pelo empreendedor ou associação de moradores, aos compradores de lotes.

CAPÍTULO II TITULAR DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 9º Para os efeitos desta Lei, o Titular do Direito de Construir é o indivíduo que, a justo título, possui a propriedade do lote comprovado através do Registro de Imóveis, Escritura, Compromisso de Compra e Venda ou detentor de posse legal do lote devidamente comprovado.

§ 1º Proprietário do imóvel é a pessoa física ou jurídica portadora do título de propriedade em seu nome e devidamente registrado no Cartório de Registro Imobiliário.

§ 2º Possuidor é a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer título, que tenha de fato o exercício pleno ou não do direito de usar o imóvel objeto do procedimento administrativo.

§ 3º Para exercer o direito previsto no artigo 9º, o possuidor deverá apresentar qualquer dos seguintes documentos:

a) contrato, com autorização expressa do proprietário; b) compromisso de venda e compra, devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis;

2

Page 3: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

c) contrato representativo da relação obrigacional, ou relação de direito existente entre o proprietário e o possuidor direto; d) certidão do Cartório do Registro Imobiliário contendo as características do imóvel, quando o requerente possuir escritura definitiva sem registro.

§ 4º Quando o contrato apresentado pelo possuidor não descrever suficientemente as características físicas, as dimensões e a área do imóvel, será exigida a Certidão do Registro Imobiliário e, não suprindo esta os quesitos citados, poderá ser apresentada planta de levantamento topográfico planialtimétrico executado por profissional legalmente habilitado.

§ 5º O requerente, em qualquer caso, responde civil e criminalmente pela veracidade dos documentos apresentados, não implicando sua aceitação em reconhecimento, por parte da Prefeitura do Município de Sorocaba, do direito de propriedade sobre o imóvel.

Art. 10º O Titular do Direito de Construir é responsável pelas condições de conveniente utilização, estabilidade, segurança, salubridade, acessibilidade e preservação do meio ambiente do imóvel que lhe pertence, bem como pela observância das disposições deste Código de Obras e Edificações e demais legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo, assegurando-se todas as informações cadastradas na Prefeitura do Município de Sorocaba relativas ao seu imóvel.

Art. 11. É direito do Titular do Direito de Construir promover e executar obras, mediante prévio conhecimento e consentimento da Prefeitura, respeitados os direitos de vizinhança, as prescrições desta Lei e legislação correlata, desde que assistido por profissional legalmente habilitado em conformidade com a legislação federal.

Art. 12. São deveres do Titular do Direito de Construir:

I - responder pelas informações prestadas ao Executivo;

II - providenciar para que os projetos e as obras no imóvel de sua propriedade estejam devidamente licenciados e sejam executados por responsável técnico devidamente habilitado, respondendo solidariamente com o Responsável Técnico da obra e do projeto arquitetônico até a emissão da Certidão de Conclusão;

III - dar o suporte necessário às vistorias e fiscalizações das obras, permitindo-lhes o livre acesso ao canteiro de obras e apresentando a documentação técnica sempre que solicitado;

IV - apresentar, quando solicitado, laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel;

V - manter o imóvel e seus fechamentos em bom estado de conservação, independente de depredação por terceiro ou a ocorrência de acidente.

CAPÍTULO III DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 13. São considerados aptos a elaborar projetos, dirigir e executar obras de edificações os profissionais legalmente habilitados para o exercício da atividade, aqui denominados Responsáveis Técnicos, bem como as empresas constituídas por esses profissionais.

§ 1º Profissional habilitado é aquele registrado no órgão fiscalizador do exercício profissional, podendo atuar como pessoa física ou como responsável por pessoa jurídica, respeitadas as atribuições e limitações.

§ 2º Na hipótese de haver mais de um responsável técnico, estes serão solidariamente responsáveis.

3

Page 4: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 3º Os Responsáveis Técnicos responsabilizar-se-ão pelas observâncias das exigências legais, tanto na esfera Municipal, Estadual e Federal, bem como pelo atendimento das exigências das empresas concessionárias de serviços públicos, cabendo a eles as responsabilidades técnicas e civis pelo projeto elaborado ou pela obra executada.

§ 4º A responsabilidade se inicia no momento do protocolo do pedido da licença.

§ 5º Quando do início das obras o responsável deverá colocar, em lugar apropriado, a Placa da Obra, com caracteres bem visíveis e legíveis da via pública.

§ 6º A placa de obras deverá atender as exigências dos Conselhos de Classe pertinentes e também deverá conter o número do Processo e o número do Alvará de Licença da Obra.

§ 7º A placa de obras está isenta de imposto de publicidade.

§ 8º Os projetos, memoriais, cálculos, especificações, desenhos, laudos técnicos, gráficos, bem como, a execução das obras e suas instalações complementares, são de exclusiva responsabilidade do ou dos profissionais que os elaboram e as dirigem.

§ 9º Todos os requerimentos, projetos, memoriais, cálculos, especificações, desenhos, laudos técnicos, gráficos, submetidos à aprovação da Prefeitura deverão ser assinados pelos profissionais responsáveis e pelos proprietários ou seus procuradores legais.

§ 10º Sob as assinaturas dos profissionais deverão constar o título do profissional, números de registro no CAU-SP ou CREA-SP, bem como a indicação da responsabilidade projeto arquitetônico, projeto e cálculo estrutural, execução, projeto e execução de instalações.

Art. 14. A Prefeitura Municipal de Sorocaba, quando necessário, comunicará por escrito, o CREA-SP ou ao CAU-SP sobre eventuais irregularidades quanto ao exercício profissional, bem como quanto ao exercício ilegal da profissão do engenheiro, do arquiteto e do agrônomo, figurando como interessada junto ao órgão fiscalizador do exercício profissional.

Art. 15. Para os efeitos desta Lei, será considerado:

I - autor do projeto: o profissional habilitado responsável pela elaboração de projetos, que responderá pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exequibilidade do seu trabalho;

II - dirigente ou responsável técnico pela execução da obra: o profissional responsável pela direção técnica da obra, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego de materiais, conforme projeto licenciado pela Municipalidade e observância das Normas Brasileiras Registradas – NBR, sendo que Direção é atividade técnica de determinar, comandar e essencialmente decidir na consecução de obra ou serviço.

Art.16. É facultada a substituição ou a transferência do Responsável Técnico por outro profissional devidamente habilitado, mediante comunicação à Prefeitura, sendo obrigatória a substituição em caso de impedimento do profissional atuante, sob pena de aplicação das penalidades previstas nesta Lei, no que couber.

§ 1º A substituição do Responsável Técnico depende da anuência do anterior.

§ 2º Quando a baixa do Responsável Técnico pela execução da obra for comunicada isoladamente, a obra deverá permanecer paralisada até a comunicação de novo responsável técnico, que assume a responsabilidade pela parte já executada, sem prejuízo da atuação do profissional anterior.

§ 3º Na ocorrência de troca de proprietário, poderá cessar a responsabilidade técnica do profissional, sendo necessário o encaminhamento à Prefeitura de requerimento comunicando o novo Responsável Técnico pela obra, acompanhado do respectiva Registro de

4

Page 5: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Responsabilidade Técnica - RRT ou Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e anuência do Responsável anterior.

§ 4º Os casos omissos serão tratados pela autoridade competente.

Art. 17. São deveres dos responsáveis técnicos, nos limites das respectivas competências:

I - prestar, de forma correta e inequívoca, informações ao Poder Executivo e elaborar os projetos de acordo com as legislações vigentes;

II - executar a obra licenciada, conforme o projeto aprovado, com os materiais adequados, em observância às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

III - cumprir as exigências técnicas e normativas impostas pelos órgãos competentes municipais, estaduais e federais, conforme o caso;

IV - dar o suporte necessário às vistorias e à fiscalização das obras.

TÍTULO III DO LICENCIAMENTO E DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

CAPÍTULO I DO LICENCIAMENTO DA OBRA

Art. 18. Quaisquer das obras mencionadas neste Código, particulares ou públicas, estão condicionadas à obtenção de licença outorgada pelo Poder Executivo, precedida da aprovação dos respectivos projetos e do pagamento das taxas e emolumentos pertinentes.

§ 1º Qualquer edificação não poderá ser iniciada se o interessado não possui o Alvará de Licença de Obras.

§ 2º Mediante requerimento do interessado à Prefeitura, por meio da Secretaria responsável, licenciará a execução das obras, serviços e a implantação das atividades residenciais, comerciais, de serviços e industriais, emitindo o Alvará de Licença de Obra.

§ 3º Nas edificações existentes que estiverem em desacordo com o presente Código, serão permitidas obras de acréscimo, reconstrução parcial e reformas nas condições seguintes:

a) obras de acréscimos, se as obras acrescidas não derem lugar a formação de novas disposições em desobediência às normas deste código e não vierem contribuir a duração natural das partes antigas em desacordo com elas;b) reconstruções parciais, se não vierem contribuir para aumentar a duração natural do edifício em conjunto;c) reformas, se apresentarem melhoria efetiva das condições de higiene, segurança ou comodidade e não vierem contribuir para aumentar a duração natural do edifício em conjunto.

§ 4º Poderão abranger construções em mais de um lote, quando elas forem do mesmo proprietário e ficarem na mesma quadra e contíguos pelos lados ou pelos fundos.

Art. 19. Os procedimentos administrativos serão instruídos com o requerimento dos interessados e analisados frente à legislação municipal, conforme a natureza do pedido, observando-se as disposições deste Código de Obras, da legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo, sem prejuízo da observância, por parte do Autor do Projeto, da legislação estadual e federal, bem como das Normas Técnicas da A.B.N.T. ou outras normas técnicas aplicáveis e serão analisados no que se refere aos aspectos urbanísticos estabelecidos na legislação específica.

5

Page 6: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Parágrafo único. Caberá a Secretaria responsável, a gestão de todas as análises, anuências ou aprovações de estudos ou projetos necessários ao licenciamento da obra, quando se tratar de empreendimentos que causem impacto urbano.

Art. 20. Em um único procedimento administrativo poderão ser analisados os diversos pedidos referentes a um mesmo imóvel e, anexados também os eventuais pedidos de reconsideração ou de recurso.

Art. 21 Para a expedição do Alvará de Licença de Obra serão exigidos os seguintes documentos:

I - requerimento específico;

II - documento de propriedade ou posse a justo título;

III - diretrizes urbanísticas, se for o caso;

IV - projetos arquitetônicos e/ou contorno;

V - memoriais descritivos da construção;

VI - memoriais de atividade para obras não residenciais;

VII - cópia da ART ou RRT da autoria do projeto e da responsabilidade técnica pela direção e execução da obra;

VIII - cópia da capa e contracapa do IPTU;

IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar necessário para análise.

Art. 22. Para qualquer tipo de edificação é facultado à Prefeitura exigir a apresentação de projetos complementares, se julgar necessário.

Art. 23. O Alvará de Licença de Obra será emitido para:

I - movimento de terra - modificação do perfil do terreno que implicar em alteração topográfica;

II - muro de arrimo - muro destinado a suportar desnível de terreno.

III - construção - edificação nova com prévia anuência da municipalidade.

IV - ampliação – acréscimo de área em edificação existente;

V - regularização – edificação iniciada sem anuência da Municipalidade;

VI - legalização – edificação concluída sem anuência da Municipalidade;

VII - adaptação – adequação de edificação existente para uso diferente do alvará inicial;

VIII - reforma - alteração em edificação existente sem supressão ou acréscimo de área;

IX - demolição – supressão parcial ou total de edificação existente.

X - instalações temporárias – obras com finalidade específica e tempo de uso determinado.

§ 1º A solicitação para movimento de terra, a execução de muro de arrimo, ou demolição vinculadas à edificação, poderá ser requerida e licenciada em conjunto, ou não com as obras da edificação principal.

6

Page 7: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 2º Será considerada Regularização de edificações residenciais e não residenciais, as obras que não estiverem com as lajes e/ou coberturas erguidas;

§ 3º Será considerada Legalização de edificações residenciais e não residenciais, as obras que estiverem com as:

I - paredes, laje e/ou cobertura e contrapiso concluídas;

II - em conformidade com a zona de uso definido pelo Plano Diretor e alterações futuras.

§ 4º Para concessão do Alvará de Licença para Legalização, além dos documentos constantes no artigo 21, deverão ser apresentadas duas fotos do imóvel (uma interna e outra da fachada).

§ 5º Para concessão do Alvará de Licença para Demolição, a análise será precedida de parecer do órgão responsável pela preservação e tombamento do município, quando necessário.

§ 6º Para concessão de Alvará de Licença para Movimento de Terra em áreas ou terrenos cuja movimentação de terra não esteja atrelada a processo de licenciamento de edificação ou empreendimento, com área superior a mil metros quadrados, o requerimento deverá indicar as interferências ambientais e quando necessário será encaminhado para análises ou aprovações de outros órgãos ambientais competentes.

§ 7º O proprietário do imóvel ou responsável técnico pela modificação das condições naturais do terreno que cause instabilidade ou dano de qualquer natureza a logradouro público ou terreno vizinho é obrigado a executar as obras corretivas necessárias.

Art. 24. Poderão solicitar Alvará de Autenticação de Plantas para fins específicos os imóveis existentes com lançamento cadastral superior há 10 anos.

Art. 25. O Alvará de Licença de Licença de Obra e o Alvará de Licença para Movimento de Terra prescreverá em 2 (dois) anos contados da data de sua expedição, independente de notificação ao interessado (proprietário, possuidor ou empreendedor), podendo ser prorrogado, a pedido do interessado, por igual período.

Art. 26. O Alvará de Licença de Obra poderá ser cancelado:

I - mediante solicitação do proprietário, desde não iniciada;

II - quando constatada irregularidade nas informações constantes no processo de aprovação;

CAPÍTULO II DA APRESENTAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Art. 27. Os projetos arquitetônicos deverão apresentar, em escala compatível para a boa interpretação, as seguintes informações:

I - planta de cada um dos pavimentos que comportam o edifício. Nestas plantas serão indicados as denominações e usos e dimensões de cada compartimento, incluindo saguões, corredores e áreas externas, com as respectivas áreas e a altura mínima dos pés-direitos.

II - elevação da fachada principal ou fachadas voltadas para as vias públicas;

III - planta da cobertura;

7

Page 8: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

IV - o contorno da edificação, com os recuos da construção em relação às divisas do lote, faixas “non aedificanti”, de preservação e outros elementos que comprometem a ocupação e aproveitamento da área;

V - cortes transversal e longitudinal do edifício a construir e das dependências, incluindo escadas;

VI - planta de situação sem escala, com indicação de pelo menos 3 (três) ruas e a distância daesquina mais próxima;

VII - memoriais descritivos;

VIII - as escalas mínimas dos desenhos serão as seguintes:

a) 1:100 para as plantas do edifício; b) 1:100 para os cortes, fachadas e gradil; c) 1:200 para planta de cobertura; d) a planta de situação do Quadro de Informações pode sem escala;e) o órgão municipal competente poderá exigir desenhos em escalas diferenciadas, de acordo com a análise do projeto.

IX - indicação da taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento;

X - locação de vagas de veículos automotores e das vagas de acomodação dentro do imóvel, quando necessários;

XI - quantificação das áreas existente, a construir, regularizar, adaptar, legalizar, demolir e total, mediante identificação por legendas;

XII - quantificação e localização da área permeável exigida;

XIII - declaração de que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento por parte da Prefeitura de Sorocaba, do direito de propriedade do terreno.

XIV - tabela de esquadrias com área de Iluminação/Ventilação por compartimento; XV - Deverá ser apresentado no Projeto Arquitetônico o Quadro de Informações conforme Anexo IV. § 1º Poderá ser exigida a apresentação de novas informações que forem necessárias para a avaliação de qualquer projeto a ser aprovado.

§ 2º Os projetos deverão conter as seguintes assinaturas autografadas: do proprietário do imóvel ou do seu representante legal, devidamente comprovada e dos responsáveis técnicos (pelos projetos, direção e/ou execução da obra).

Art. 28. O disposto na presente lei se aplica também aos procedimentos simplificados, inclusive aos eletrônicos, quando a Prefeitura estiver dotada de infraestrutura adequada.

§ 1º O proprietário da obra e/ou interessado devidamente autorizado e o responsável técnico devem se certificar, de antemão na Prefeitura, se há restrição de qualquer natureza sobre o imóvel ou a obra a utilizar este tipo de licenciamento.

§ 2º Todas as multas e penalidades previstas no Código de Obras do Município, e demais leis pertinentes, se aplicam aos procedimentos simplificados.

Art. 29. Para início da obra, ampliação ou regularização a que se refere o art. 28, o requerente deve apresentar, na Prefeitura Municipal de Sorocaba, o comunicado de início da obra ou o comunicado de regularização, padronizado pela municipalidade, devidamente assinado por ele

8

Page 9: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

e pelo responsável técnico, junto com a documentação do imóvel, conforme decreto regulamentar.

Art. 30. O comunicado de início da obra, regularização ou ampliação, deve conter as informações abaixo descritas:

I - Identificação do proprietário do terreno e/ou interessado devidamente autorizado; 

II - Identificação do responsável técnico, com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);

III - Identificação do terreno e sua inscrição cadastral municipal;

IV - Dados da construção;

V - Croqui do cadastro (contorno); 

VI - Memorial descritivo da obra;

VII - Termo de compromisso de obediência às normas municipais. 

Art. 31. Os tributos incidentes na obra terão como base de cálculos os dados contidos no comunicado.

Art. 32. O protocolo do comunicado será o alvará provisório.

§1º Os recibos de cada uma das parcelas quitadas dos tributos serão o alvará.

§2º O alvará disposto no caput deste artigo terá validade até a data de vencimento da próxima parcela. Art. 33. Se a obra for concluída irregularmente, serão aplicadas, ao proprietário e ao responsável técnico, as multas previstas no Código de Obras do Município e demais Leis pertinentes ao caso.

Art. 34. Ao final da construção, o proprietário e o responsável técnico deverão apresentar ao setor competente o comunicado firmando o término da construção, de acordo com os dados apresentados; mediante o qual será emitido o respectivo habite-se ou certificado de conclusão de obra.

Parágrafo único. As alterações ocorridas durante a construção deverão ser comunicadas à Prefeitura Municipal de Sorocaba, nos termos desta Lei e demais regulamentos pertinentes, recolhendo-se os tributos correspondentes.

CAPÍTULO III DA CONDUÇÃO DA OBRA

Art. 35. Durante o período de execução da obra deverá ser mantida, no canteiro de obras, cópia do Alvará de Licença de Obra e do projeto aprovado.

Art. 36. Após o início da obra e a mesma sofrer paralisação por período superior a 1 (um) ano por motivos particulares ou por impedimentos legais, o proprietário ou interessado deverá comunicar a municipalidade.

§ 1º Entende-se como impedimentos legais os mencionados abaixo:

I - existência de pendência judicial;

9

Page 10: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

II - calamidade pública;

III - declaração de utilidade pública;

IV - pendência de processo de tombamento.

§ 2º O proprietário de obra paralisada ou de edificação abandonada será diretamente responsável pelos danos ou prejuízos causados ao Município e a terceiros, em decorrência da paralisação ou abandono da mesma.

Art. 37 Os profissionais responsáveis pela execução e projeto de obras, quando infringirem as disposições deste Código, ficam sujeitos às multas previstas neste código.

Art. 38. No decurso da obra o proprietário, o empreendedor e o responsável técnico ficam obrigados à rigorosa observância, sob pena de multa conforme previsto no Anexo III desta Lei, das disposições relativas à:

I - instalações de andaime, bandeja e telas de proteção quando necessário;

II - carga e descarga de materiais;

III - limpeza e conservação dos passeios fronteiros ao imóvel, de forma a possibilitar o trânsito normal de pedestres, evitando, especialmente, as depressões que acumulam água e detritos;

IV - limpeza e conservação das vias públicas, evitando acumulação no seu leito carroçável de terra ou qualquer outro material, principalmente proveniente dos serviços de terraplenagem e transporte;

V - outras medidas de proteção determinadas pela Prefeitura.

CAPÍTULO IV DA CONCLUSÃO DA OBRA

Art. 39. O Certificado de Conclusão é documento de solicitação obrigatória quando da conclusão da obra licenciada pelo Alvará de Construção.

Art. 40. Considera-se obra concluída aquela integralmente executada de acordo com o projeto licenciado, mais os seguintes requisitos:

I - remoção de todas as instalações do canteiro de obras, entulho e sobra de materiais;

II - execução das instalações predial, elétrica e hidráulica;

III - construção, reconstrução ou reparação do passeio do logradouro correspondente ao edifício ou empreendimento de acordo com as posturas municipais, estaduais e federais vigentes, correspondente ao edifício ou empreendimento;

IV - cumprimento de todos os quesitos solicitados para o licenciamento.

Art. 41. Concluída a obra nos termos do artigo anterior, a pedido do proprietário, empreendedor ou responsável técnico, a Prefeitura expedirá o Certificado de Conclusão, no prazo máximo de trinta dias, contados da data do protocolo da solicitação.

§ 1º Poderão ser aceitas, desde que observada a legislação vigente à época do licenciamento inicial da obra, pequenas alterações que não descaracterizem o projeto licenciado.

10

Page 11: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 2º Comprovada pelo órgão competente da Prefeitura a conclusão de uma obra e não tendo ocorrido o pedido de expedição do Certificado de Conclusão, conforme disposto no caput deste artigo, será o seu proprietário ou possuidor notificado a requerê-lo no prazo de até trinta dias da data da notificação, sob pena de aplicação do previsto no art. 55 desta Lei, no que couber.

§ 3º Decorrido o prazo referido no § 2º, a Prefeitura providenciará a inscrição em dívida ativa dos valores relativos ao ISSQN e o arquivamento do protocolado, sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei.

Art. 42. Para expedição do Certificado de Conclusão serão exigidos, os seguintes documentos:

I - requerimento padrão;

II - protocolo de solicitação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB, se necessário;

III - atestado de conclusão da obra, emitido pelo responsável técnico;

IV – cópia do projeto de arquitetura;

V - Declaração conjunta do proprietário ou possuidor e do profissional executor da obra, de que a mesma foi executada em conformidade com a licença expedida, respeitando o projeto bem como, de que se acha concluída e oferece condições plenas de estabilidade, habitabilidade, higiene e segurança segundo as normas técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis e a legislação estadual e federal vigentes;

§ 1º sendo verificada pelo órgão municipal competente, em qualquer tempo, que a planta aprovada não foi executada em sua totalidade e/ou modificada, serão feitas as devidas intimações e multas para legalização da obra (caso as modificações não possam ser conservadas), prosseguindo-se com o processo, de acordo com o disposto no presente código.

Art. 43. Para emissão do certificado de conclusão pela Prefeitura deverá ser observado o cumprimento de todos os quesitos solicitados no licenciamento da obra em atendimento as condicionantes das Secretarias e Autarquias da municipalidade, bem como à legislação municipal, estadual e federal pertinentes.

Parágrafo único. Os condomínios horizontais e verticais deverão fornecer o arquivo digital dos projetos, para fins de cadastro do empreendimento.

Art. 44. São documentos comprobatórios da conclusão da obra:

I - Habite-se;

II - Auto de Vistoria;

III - Certidão de Conclusão.

§ 1º Poderá ser concedida Certidão Parcial de Conclusão, se a parte concluída atender, para o uso a que se destina:

I - constituam unidades autônomas;

II - atendam ao disposto no art. 38 desta Lei;

III - as áreas comuns estejam concluídas.

Art. 45. Ficam dispensados da vistoria da Prefeitura de todos os pedidos de habite-se e visto de edificações desde que os mesmos não estejam condicionados a liberação de outros órgãos. 

Art. 46. A solicitação do habite-se ou visto será feito pelo responsável técnico em requerimento

11

Page 12: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

próprio do setor responsável da Prefeitura e será expedido num prazo máximo de 3 (três) dias. 

Art. 47. As edificações condicionadas a outros órgãos serão liberadas nos termos do artigo 1º desta Lei com a apresentação da liberação do órgão competente.

CAPÍTULO V DA ANÁLISE DOS PROCESSOS E PRAZOS

Art. 48. Os procedimentos administrativos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos, necessitando de complementação da documentação ou de esclarecimentos, serão objeto de comunicados mediante o despacho “Comunique-se” para que as falhas sejam sanadas.

§ 1º O “Comunique-se” será fornecido após análise completa dos documentos fornecidos, podendo haver novo “Comunique-se” quando for apresentado novo dado que incida sobre a análise já efetuada.

§ 2º Os interessados deverão acompanhar o andamento do processo através do `Portal da Prefeitura de Sorocaba, onde acessarão os despachos “Comunique-se”, caso ocorra.

§ 3º Escoado o prazo previsto no inciso I do § 5º deste artigo, sem que se verifique a adoção de providências por parte do interessado, o pedido será indeferido sem prejuízo da cobrança das taxas devidas.

§ 4º O comunicado, denominado “Comunique-se”, deverá ser atendido pelo Titular do Direito de Construir ou Responsável Técnico pelo Projeto ou Obra, ou Prepostos destes devidamente autorizados;

§ 5º Poderá ser indeferido, arquivado ou aplicados outros procedimentos legais cabíveis ao Processo cujo atendimento:

I - não ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, salvo se houver solicitação de prorrogação de prazo por parte do requerente ou responsável técnico, para o atendimento;

II - o atendimento ao Comunique-se for incompleto ou incorreto.

§ 6º O prazo máximo para recurso ou solicitação de prazo é de 15 (quinze) dias, contados da data de comunicação.

Art. 49. O prazo para decisão do pedido não poderá exceder a 30 (trinta) dias nos processos administrativos que tratem de residências unifamiliares e 90 (noventa) dias nos demais processos, inclusive nos pedidos de reconsideração de despacho ou recurso.

§ 1º O prazo de 90 (noventa) dias será contado da data de protocolo da solicitação ou dos trâmites para cada setor competente, incluindo os órgãos da Administração Direta ou Indireta.

§ 2º Havendo necessidade de análise em outros órgãos da Administração Direta ou Indireta, o prazo será interrompido, não podendo o processo ficar sem análise em cada setor por mais de 60 dias.

Art. 50. O curso dos prazos ficará suspenso durante a pendência do atendimento, pelo requerente, de exigências feitas em “comunique-se”.

Art. 51. Transcorrido o prazo para a decisão de processo que trate de aprovação de projeto e, desde que o projeto não dependa de aprovação de órgãos externos, poderá ser requerido o Alvará de Licença de Obra.

12

Page 13: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 1º Decorridos 60 (sessenta) dias deste requerimento, sem decisão no processo de Aprovação do Projeto, a obra poderá ser iniciada, sendo de inteira responsabilidade do proprietário e profissionais envolvidos, a observância na execução da obra, das disposições estabelecidas neste Código de Obras e Edificações, da legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo, da legislação estadual e federal e das Normas Técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis.

§ 2º Transcorrido o prazo para decisão no processo relativo a emissão de Certificado de Conclusão, a obra poderá ser utilizada a título precário, não se responsabilizando a Prefeitura Municipal de Sorocaba, por qualquer evento decorrente de falta de segurança ou salubridade.

TÍTULO IV DA FISCALIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS FISCAIS

CAPÍTULO ÚNICODA VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DA OBRA

Art. 52. Toda e qualquer obra, poderá ser vistoriada a qualquer tempo pela Prefeitura, por meio de seu setor de fiscalização, devendo os servidores municipais incumbidos dessa atividade, ter garantido livre acesso aos locais necessários.

§ 1º A ação fiscalizadora se inicia com a execução de qualquer serviço que modifique as condições da situação existente no imóvel.

§ 2º Após a conclusão da obra, a Prefeitura deverá efetuar vistoria para constatar a conservação e utilização do imóvel, podendo interditá-la se constatada irregularidades, sem prejuízo de outras sanções.

§ 3º Os servidores, citados no caput deste artigo, são os responsáveis pelos dados apresentados nas notificações e nos autos de infração.

Art. 53. Em se tratando de obra autorizada pela Prefeitura de Sorocaba, o embargo somente cessará após a eliminação das infrações que o motivaram e o pagamento das multas impostas.

Art. 54. Não serão passíveis de regularização as edificações que, em razão de infringência aos dispositivos deste Código de Obras, sejam objeto de ação judicial, bem como não poderão ser anistiadas as multas aplicadas em razão das irregularidades da obra.

Art. 55. A ação ou a omissão que resulte em inobservância às regras deste Código constitui infração, conforme o disposto no Anexo III desta Lei.

Art. 56. A contagem dos prazos estabelecidos neste Capítulo será feita em dias corridos, a partir:

I - do primeiro dia útil seguinte à data do recebimento da autuação, pessoalmente ou pelo correio;II - do terceiro dia útil seguinte à data de publicação da autuação no Diário Oficial do Município.

§ 1º - Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as penalidades pertinentes.

§ 2º - A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não isenta o infrator da obrigação de reparar o dano resultante da infração ou das demais sanções e medidas administrativas ou judiciais cabíveis.

Art. 57. Considera-se reincidência, para os fins deste Código, o cometimento, pela mesma pessoa, da mesma infração ou a não correção da irregularidade penalizada no prazo previsto nesta Lei.

13

Page 14: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Parágrafo único. Em cada reincidência, o valor da multa corresponderá ao valor da multa anterior acrescido de seu valor base.

Art. 58. As infrações aos dispositivos desta Lei ficam sujeitas às penalidades a seguir relacionadas, que serão aplicadas isoladas ou simultaneamente:

I - notificação;

II - auto de infração e multa prevista na Tabela do Anexo III desta Lei;

III - embargo ou interdição;

IV - cassação de documento de licenciamento;

V - demolição ou desmonte.

§ 1º Conforme a infração são considerados infratores o Titular do Direito de Construir, o Responsável Técnico pelo Projeto e o Responsável Técnico pela Obra.

§ 2º No caso de Condomínios ou Associações, será considerado infrator seus representantes legais.

§ 3º O prazo para apresentação de recurso ou início das providências notificadas é de 15 (quinze) dias, devendo neste período a obra permanecer paralisada sob pena das sanções legais.

§ 4º A interposição de recurso não suspende o prosseguimento da ação fiscal correspondente, ficando suspenso apenas o prazo para o pagamento da multa.

§ 5º Verificado o descumprimento do embargo ou interdição, poderá a obra ser lacrada, sem prejuízo das penalidades previstas em lei.

Art. 59. Os documentos de notificação e de autuação deverão conter:

I - a identificação do infrator;

II - a descrição da ação ou omissão, que constitui violação ao disposto nesta Lei;

III - o dispositivo legal infringido;

IV - o prazo fixado para que a irregularidade seja sanada, quando for o caso;

V - a penalidade aplicada, conforme o caso;

VI - a identificação do órgão responsável pelo ato;

VII a identificação da reincidência, quando for o caso.

Art.60. Constatada irregularidade na execução da obra, na inexistência da documentação de licenciamento ou projetos necessários no local da obra ou fato que denote ou configure alteração do uso ou da atividade originariamente licenciada, ou ainda pelo não atendimento de qualquer das disposições desta Lei, o proprietário da obra será notificado e autuado nos termos da Tabela do Anexo III e da legislação vigente.

Parágrafo único. Na impossibilidade do recebimento da notificação decorrente da ausência no local do Titular do Direito de Construir, do Responsável Técnico ou operários, deverá o agente de fiscalização providenciar encaminhamento do procedimento via postal com aviso de recebimento ou através do Diário Oficial do Município.

14

Page 15: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art.61. Ao ser constatado, através de vistoria técnica, que a edificação oferece risco de ruir, o órgão competente da Prefeitura deverá tomar as seguintes providências:

I - interditar o edifício;

II - notificar o proprietário ou possuidor a iniciar no prazo máximo de quarenta e oito horas os serviços de consolidação ou demolição.

§ 1º A notificação ou eventual embargo, em se tratando de risco à estabilidade da obra, será necessariamente avalizada por servidor municipal devidamente habilitado.

§ 2º A Prefeitura poderá exigir o acompanhamento de profissional habilitado para a execução dos serviços.

§ 3º Quando o proprietário não atender à notificação, a Prefeitura deverá recorrer aos meios legais para executar a sua decisão.

§ 4º As obras de escoramento ou consolidação emergenciais em imóveis que apresentem perigo de ruína, independente de notificação, podem ter início imediato, devendo ser comunicado por escrito à Prefeitura, justificando e informando a natureza dos serviços a serem executados para que o Poder Público verifique a efetiva necessidade de execução de obras emergenciais.

§ 5º Excetua-se do estabelecido no inciso II deste artigo os imóveis tombados, indicados para preservação ou em processo de tombamento, que deverão obter autorização do órgão competente antes de qualquer reforma, excetuando-se obras de escoramento para evitar a ruína do prédio.

§ 6º O não atendimento ao disposto no inciso I deste artigo, implicará em multa prevista no Anexo III desta Lei, sem prejuízo das medidas legais pertinentes.

Art. 62. Durante o embargo, somente será permitida a execução dos serviços indispensáveis à segurança do local e à eliminação das infrações, com subsequente liberação da obra.

§ 1º Somente cessará o embargo com a regularização da obra e mediante solicitação do interessado.

§ 2º Regularizada a obra, o Titular do Direito de Construir ou o Responsável Técnico informará ao órgão municipal responsável, que providenciará a suspensão do embargo;

Art. 63. A penalidade de embargo de obra em andamento será aplicada quando:

I - a obra estiver sendo executada sem o respectivo Alvará de Licença;

II - for desrespeitado o respectivo projeto, em qualquer de seus elementos essenciais;

III - a obra for iniciada sem o acompanhamento de um responsável técnico;IV - estiver em risco a estabilidade da obra, conforme atestado através de laudo específico;

Art. 64. Em se tratando de obra não autorizada pela Prefeitura de Sorocaba, o embargo somente cessará após o atendimento das seguintes condições:

a) eliminação de eventuais divergências da obra em relação às condições possíveis de autorização;

b) deferimento do pedido de Aprovação do Projeto e expedição do Alvará de Execução;

c) existência, na obra, de documentação que comprove sua regularidade perante a Municipalidade;

15

Page 16: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

d) pagamento das multas impostas.

Art. 65. Decorrido o prazo para as providencias relativas à regularização da obra, a Prefeitura de Sorocaba, procederá à vistoria nos 10 (dez) dias subsequentes e, se constatada resistência ao embargo, deverá o responsável pela vistoria:

a) expedir novo auto de infração e aplicar as multas em dobro;

b) solicitar junto ao órgão municipal competente a adoção das medidas policiais e judiciais cabíveis.

Art. 66. A resistência ao embargo ensejará também ao profissional Executor a aplicação de multa com acréscimo de 100% (cem por cento), desde que devidamente notificado e não comprove não ser o autor da orientação do prosseguimento da obra.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código de Obras e Edificações, considera-se resistência ao embargo a continuidade dos trabalhos no imóvel sem a adoção das providências exigidas na intimação.

Art. 67. A penalidade de cassação do Alvará de Construção será aplicada:

I - após 3 (três) meses do embargo, na hipótese de não terem sido efetivadas as providências para regularização da obra;

II - em caso de desvirtuamento, por parte do interessado, da licença concedida;

III - em caso de interesse público, atestado por meio de parecer técnico ou jurídico.

Parágrafo único - Considera-se desvirtuamento da licença concedida:

I - a mudança de uso em relação ao projeto aprovado;

II - a mudança de nível de implantação em relação ao projeto aprovado.

Art. 68. A demolição, total ou parcial, de obra ou edificação será imposta quando se tratar de:

I - construção irregular, assim entendida aquela que não for passível de regularização;

II - construção considerada em situação de risco iminente, conforme laudo técnico de profissional devidamente habilitado, em que o proprietário não queira ou não possa reparar;

III - obra paralisada ou abandonada que apresentem risco à população.

Parágrafo único. Vencido o prazo para o cumprimento do disposto na notificação sem que a demolição tenha sido efetuada, o Executivo dará início aos procedimentos legais com vistas à demolição do imóvel, correndo os custos por conta do proprietário.

TÍTULO V DO PROJETO E DA OBRA

CAPÍTULO IDO CANTEIRO DE OBRAS

Art. 69. Para todas as obras de construção, reformas ou demolições será obrigatório o fechamento do canteiro de obras, e a instalação de dispositivos de segurança, de forma a proteger e impedir o acesso de pessoas estranhas ao serviço, sob pena de aplicação das penalidades previstas nesta Lei.

16

Page 17: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 70. Os tapumes deverão ter altura mínima de 2,10 m e poderão avançar até a metade da largura do passeio, observado o máximo de 3,00 m.

§ 1º Nos passeios, com largura inferior a 2,00 m, o tapume poderá avançar até 0,50m.

§ 2º Serão tolerados avanços superiores aos permitidos neste artigo, nos casos em que seja tecnicamente indispensável para a execução da obra, maior ocupação do passeio, devendo esses casos especiais serem devidamente justificados e comprovados pelo interessado perante a Prefeitura.

§ 3º A utilização de muro, tapume, telas de segurança ou qualquer outro dispositivo de segurança, deve impedir o carreamento de material para o logradouro público e lotes vizinhos, sendo vedada a utilização de formas de fechamento que causem dano ou incômodo aos transeuntes.

§ 4º Quando a largura livre do passeio resultar em dimensão inferior a 1,00 m (um metro) e se tratar de obra em logradouro, deverá ser solicitada autorização para realizar, em caráter excepcional e a critério da Prefeitura, o desvio do trânsito de pedestres.

Art.71. Logo após a execução da laje do piso do terceiro pavimento deverá o tapume, ser recuado para o alinhamento e ser construída a cobertura com pé direito mínimo de 3,00 m para proteção dos pedestres, desde que respeitado o posteamento e fiação das concessionárias de serviço público.

§ 1º O tapume poderá ser feito no alinhamento originário por ocasião do acabamento da fachada do pavimento térreo.

§ 2º Os andaimes fechados, assim como os andaimes de proteção poderão avançar sobre o passeio até o prumo da guia, observado o máximo de 3,00 m.

Art. 72. Não será permitida a ocupação de qualquer parte da via pública com material de construção, além do alinhamento de tapume.

§ 1º Os materiais descarregados fora do tapume, deverão ser removidos para o interior da obra dentro de 08 horas, contadas da descarga dos mesmos.

§ 2º Paralisada a obra, por período superior a 30 (trinta) dias, o tapume será obrigatoriamente recuado para o alinhamento.

Art. 73. Nas obras ou serviços de execução que se desenvolverem em edificação com mais de quatro andares ou altura equivalente, será obrigatória a execução a partir do piso da primeira laje e no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno, de:

I - Plataforma principal de proteção com 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;

II - Plataformas secundárias de proteção com no mínimo 1,40m (um metro e quarenta centímetros) em balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus) de 3 em 3 lajes acima da plataforma principal;

III - Tela de vedação em todo perímetro da construção a partir da plataforma principal de proteção.

Art. 74. Todas as obras deverão tomar todas as medidas de segurança constantes em Leis Municipais, Estaduais e Federais e Normas Técnicas específicas, em especial nas Normas Regulamentadores pertinentes do Ministério do Trabalho e Emprego em especial a NR-18 ou suas alterações.

17

Page 18: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

CAPÍTULO IIDAS CONDIÇÕES GERAIS DE IMPLANTAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO IDOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Art. 75. As edificações deverão atender aos princípios básicos de sustentabilidade, de higiene, conforto e salubridade de forma a não transmitir aos imóveis vizinhos e aos logradouros públicos, ruídos, vibrações e temperaturas em níveis superiores aos previstos nas normas oficiais específicas.

Art. 76. Os componentes básicos da edificação, que compreendem fundações, estruturas, paredes e coberturas, deverão atender princípios de sustentabilidade e apresentar resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústicos, estabilidade e impermeabilidade adequadas ao tipo, à função e porte do edifício, em conformidade com as Normas Técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis, com a legislação estadual e federal e com a boa técnica, especificados e dimensionados por profissional legalmente habilitado.

Art. 77. As estruturas de fundação, ou outras estruturas, deverão ficar inteiramente dentro dos limites do lote ou terreno e garantir, na sua execução, a segurança das pessoas e das edificações vizinhas, de forma a evitar, obrigatoriamente, quaisquer danos a logradouros públicos e instalações de serviços.

Art. 78. O dimensionamento, especificação e emprego dos materiais, elementos construtivos e instalações deverão assegurar conforto ambiental, estabilidade, segurança e salubridade às obras, edificações e equipamentos, de acordo com as normas da ABNT.

Parágrafo único. É de responsabilidade exclusiva do responsável técnico pelo projeto, direção e execução da obra o atendimento ao mencionado no caput deste artigo.

Art. 79. Em se tratando de materiais cuja a aplicação não esteja ainda devidamente consagrada pelo uso, poderá a Prefeitura exigir análises ou ensaios comprobatórios de sua adequacidade, tais exames deverão ser efetuados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, às expensas do interessado.

Art. 80. As edificações deverão ser perfeitamente isoladas da umidade e emanações provenientes do solo, mediante impermeabilização entre os alicerces e as paredes e em todas as superfícies, da própria edificação e das edificações vizinhas, sujeitas à penetração de umidade quando em contato com o solo ou não.

Art. 81. Nenhuma edificação poderá ser edificada sobre faixas de domínio público de rodovias e ferrovias, linhas de alta tensão, faixas de servidão e faixas não edificantes.

Art. 82. A construção, modificação e ampliação de edifícios públicos ou privados de uso coletivo, obedecerão às disposições previstas nas legislações federal, estadual e municipal referentes à acessibilidade de pessoa com deficiência, bem como às normas técnicas pertinentes em especial a NBR9050.

Parágrafo único. A representação gráfica deverá estar de acordo com o desenho universal, de acordo com a Norma ABNT - NBR9050 e Normas Técnicas de desenho arquitetônico.

Art. 83. Para terrenos edificados ou não, o fechamento de suas divisas obedecerá a altura máxima de 3,0m (três metros) e mínima de 2,0 m (dois metros) a partir do perfil natural do terreno, podendo ser maior desde que tecnicamente justificada.

Art. 84. Os andares acima do solo que não forem vedados deverão dispor de proteção contra quedas com altura mínima de 0,90m (noventa centímetros) e resistentes a impactos e pressão conforme normas da ABNT.

18

Page 19: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 85. A cobertura, quando se tratar de edificações agrupadas horizontalmente, terá estrutura independente para cada unidade autônoma, e a parede divisória deverá ultrapassar o forro chegando até o último elemento de cobertura, de forma que haja a total separação entre as unidades.

Art. 86. As fachadas das edificações poderão ter saliências e marquises, observado as dimensões máximas permitidas.

§ 1º As saliências poderão ter dimensão máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) e avançar sobre as áreas delimitadas pelos afastamentos mínimos em até 0,25m (vinte e cinco centímetros), não podendo constituir área de piso.

§ 2º As saliências deverão situar-se à altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima de qualquer ponto do piso imediatamente abaixo, com exceção dos pilares e no térreo que deverá situar-se a altura mínima de 3,00 m (três metros).

§ 3º As marquises deverão atender, cumulativamente, às seguintes exigências:

I - ter altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima de qualquer ponto do piso, exceto as que avançam sobre o passeio público;

II - ser executadas em material durável e incombustível e dotadas de calhas e condutores para água pluvial;

III - não conter pilares de sustentação, grades, peitoris ou guarda-corpos.

§ 4º Em saliências utilizadas para a instalação de sistemas de ar-condicionado, é obrigatório haver dispositivo que impeça o gotejamento ou despejo de resíduos sobre a vizinhança ou logradouro público.

§ 5º Serão permitidas marquises ultrapassando o alinhamento da via pública, desde que seja obedecido o gabarito da quadra à saliência e altura, e atendida ainda às seguintes condições:

I - a parte mais baixa da marquise, distará 3,00 m (três metros) do nível do passeio;

II - não poderão ocultar a parede de iluminação pública, placas de nomenclaturas e outras indicações oficiais dos logradouros, não poderão ainda prejudicar a arborização e a disposição dos postes;

III - o revestimento será de material que não se fragmente quando partido;

IV - serem dotadas de calhas e condutores de águas pluviais, devidamente embutidos nas paredes e calçadas, comunicando com a sarjeta;

V - não poderão ultrapassar a 2/3 largura do passeio nem o limite máximo de 4,00 m (quatro metros);

VI - deverão estar em nível à marquise vizinha, caso exista e essa tenha altura conforme com esse código.

Art. 87. Poderão ser admitidos balanços e beirais, ocupando a faixa de recuo frontal mínimo e fundo até o máximo de um metro de largura.

Art. 88. É obrigatória a instalação de guarda-corpo com altura mínima de 1,10 m (um metro e dez centímetros), sempre que houver desnível entre pisos, varandas e sacadas.

19

Page 20: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SEÇÃO IIESCAVAÇÕES

Art. 89. É obrigatória a construção de tapume, no caso de escavações junto ao alinhamento da via pública.

Art. 90. Nas escavações deverão ser dotadas medidas de forma a evitar o deslocamento de terra nos limites do lote em construção.

Art. 91. O construtor é obrigado a tomar as medidas indispensáveis, a fim de proteger contra recalques e danos aos edifícios vizinhos.

Art. 92. No caso de escavação de caráter permanente que modifique o perfil do terreno, o construtor é obrigado a proteger os prédios lindeiros e a via pública, mediante obras eficientes e permanentes contra o deslocamento de terras.

SEÇÃO IIIFUNDAÇÕES

Art. 93. Quando o projeto da construção estiver em local atingido por obras públicas existentes ou constantes de projetos oficialmente aprovados, a Prefeitura poderá estabelecer condições especiais para o projeto e a execução das escavações e fundações tendo em vista a viabilidade e a segurança dessas obras e da própria construção.

Art. 94. A escolha do tipo de fundação deverá levar em consideração, a conformação e tipo do terreno; as cargas dos pilares e do edifício todo, bem como dados técnicos de segurança, recalque e estabilidade e as normas técnicas da ABNT pertinentes.

SEÇÃO IVESTACA, SAPATAS E BLOCOS DE FUNDAÇÃO

Art. 95. Quando da execução de estacas, sapatas e blocos de fundação, deverá prever a segurança dos imóveis vizinhos e lindeiros dentro do seu raio de interferência.

Art. 96. Qualquer que seja o seu tipo, as Fundações deverão ser executadas de forma que não prejudiquem as edificações lindeiras e fiquem completamente independentes das vizinhas já existentes integralmente situadas dentro dos limites do lote.

SEÇÃO VPAREDES E VEDAÇÕES

Art.97. No projeto arquitetônico ou no projeto estrutural, este quando for o caso, deverão ficar rigorosamente estabelecidos as dimensões, direções, espessuras e demais detalhes das paredes.

Art. 98. A construção de paredes de vedações ou estruturais internas e externas, deverão ter suas espessuras adequadas conforme o material empregado atendendo as qualidades físicas de isolamento acústico, térmico e capacidade de resistência aos agentes atmosféricos, comparada às paredes de alvenaria e de acordo com as Normas Técnicas vigentes.

Art. 99. Os prédios de apartamento e bem assim as edificações de dois ou mais pavimentos, destinados a mais de uma habitação, deverão ter as paredes externas e as perimetrais de cada habitação bem como lajes, pisos e escadas construídas de material incombustível.

SEÇÃO VIPISOS

Art. 100. Os pisos de compartimentos diretamente sobre o solo, deverão ter por base camada de concreto impermeabilizada e com espessura mínima de 5 cm.

20

Page 21: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art.101. Nos edifícios de mais de um pavimento os pisos serão incombustíveis ou auto extinguível.

Parágrafo único. A exigência especificada no presente artigo é extensiva aos pisos dos pavimentos ou galerias de edifícios de utilização coletiva, bem como de edifícios comerciais e industriais.

Art.102. Os pisos devem ter as especificações de material e qualidade compatíveis com o compartimento que se destinam, de acordo com a legislação e norma técnicas pertinentes.

SEÇÃO VIICOBERTURAS

Art. 103. Os materiais utilizados para cobertura de edificações deverão ser impermeáveis, incombustíveis, imputrescíveis, de reduzidas condutibilidade térmica, incombustíveis e resistentes a ação dos agentes atmosféricos.

Art. 104. A cobertura, quando se tratar de edificações agrupadas horizontalmente, terá estrutura independente para cada unidade autônoma, e a parede divisória deverá ultrapassar o forro chegando até o último elemento de cobertura, de forma que haja a total separação entre as unidades.

Parágrafo único. As águas pluviais das coberturas deverão escoar dentro dos limites do imóvel, não sendo permitido o seu deságue direto sobre os lotes vizinhos ou logradouros.

Art.105. Nas coberturas, seja qual for a sua estrutura, o projeto deverá observa as prescrições normalizadas pela ABNT.

SEÇÃO VIIIÁGUAS PLUVIAIS

Art.106. Não será permitido o despejo de águas pluviais sobre a passeio público, devendo ser conduzidas por canalização sob o passeio até a sarjeta ou rede de captação pública, quando houver.

§ 1º Todo lote que se encontrar em plano inferior na quadra deverá destinar uma faixa mínima de um metro e cinquenta centímetros de largura para passagem de tubulações para escoamento de águas pluviais e esgoto, provenientes do imóvel situado à montante.

§ 2º Não será permitido o despejo de águas pluviais nas redes de esgotos sanitários.

§ 3 º Não será permitido o lançamento de esgotos na rede de águas pluviais públicas ou privadas.

Art.107. A água pluvial proveniente de pátios internos ou áreas abertas junto ao alinhamento de via pública, será captada por ralos dimensionados para a vazão do local, colocados sob s a entrada dessas áreas.

Art.108. Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de conduzir as águas pluviais às sarjetas, será admitida a ligação direta às galerias de águas pluviais.

§ 1º O interessado deverá requerer à Prefeitura a necessária autorização.

§ 2º As despesas com a execução dessa ligação correrão integralmente por conta do interessado.

21

Page 22: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 109. Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de telhado e balcões, deverão ser captadas por meio de calhas, condutores e levadas até a sarjeta conforme os artigos anteriores.

Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras deverão ser embutidos na parede até a altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) acima do nível do passeio e prosseguir sob o pavimento do passeio, descarregando na sarjeta, mediante abertura de gárgula.

Art.110. Não será permitida a ligação de canalização de esgotos às sarjetas ou galerias de águas pluviais.

Art.111.  Em todo imóvel urbano, com área territorial inferior a 5.000 m2 (cinco mil metros quadrados) onde se pretenda urbanizar ou edificar com obra nova, reforma e ampliação, de uso residencial e comercial, a qual resulte na impermeabilização de sua superfície, área superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados), é obrigatória a execução de sistema de captação e detenção para águas pluviais coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, com os seguintes objetivos: I - reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais em áreas urbanas com alto coeficiente de impermeabilização do solo; II - controlar a ocorrência de inundações, amortecer e minimizar os problemas das vazões.

§ 1º Ficam isentos do cumprimento da norma contida no “caput” do art. 111 os lotes edificados ou não com área permeável maior ou igual a 40% (quarenta por cento) do lote. § 2º Também ficam isentos do cumprimento da exigência do “caput” do art. 1º os imóveis cuja drenagem de águas pluviais já esteja contemplada por bacias de contenção e/ou equipamentos com finalidade semelhante, conforme critérios técnicos definidos pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE. § 3º Para efeito desta Lei, só serão consideradas as impermeabilizações efetuadas em lotes edificados ou não e os projetos de edificações cujo pedido de licenciamento, na Prefeitura, se der após a data da sua promulgação.

§ 4º Os imóveis localizados nas regiões em que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) não considerar a necessidade de intervenção para prevenir enchentes também ficam isentos do cumprimento desta Lei.  § 5º Fica facultado aos proprietários de imóveis localizados em regiões onde haja previsão de intervenção do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), como, por exemplo, a construção de bacias de contenção, eximir-se do cumprimento desta Lei pagando contribuição de melhoria para o financiamento da obra pública prevista para a região, como forma de compensação. Art.112.  O sistema de que trata o Art. 111, será composto de: I - reservatório de acumulação/detenção, com capacidade calculada através da equação: V = 0,15 x Ai x IP x t, onde:V = volume do reservatório em metros cúbicos;Ai = área impermeabilizada em metros quadrados;IP = Índice pluviométrico igual a 62,4 mm/h (seguindo índices da equação da chuva de Sorocaba para tempo de recorrência tr = 10 anos);t = tempo de duração da chuva de 1 hora; II – condutores de toda água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório mencionado no inciso I; 

22

Page 23: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

III - condutores de liberação da água acumulada no reservatório para usos mencionados no art. 3º desta Lei. § 1º - O reservatório referido no caput do Art. 112 deverá ser fechado, coberto e atender às normas sanitárias vigentes. § 2º - A localização do reservatório, apresentado o cálculo do seu volume, deverá estar indicada nos projetos de que trata o art. 1º e sua efetiva implantação será condição para emissão do “Habite-se” ou “Auto de Conclusão de Obra”.

§ 3° Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório, ou equipamento com a mesma finalidade.

Art.113.  Todos os lotes edificados ou não com área impermeabilizada igual ou superior a 500m² deverão atender os requisitos desta Lei, num prazo de 180 (cento e oitenta) dias. Art.114.  A água contida no reservatório, de que trata o inciso I do art. 112, deverá: I – infiltrar-se no solo, preferencialmente; II – ser utilizada em finalidades não potáveis, caso as edificações tenham reservatório específico para essa finalidade; III – a água excedente poderá ser despejada na rede pública de drenagem, após no mínimo uma hora de chuva. Parágrafo único. No caso de opção por conduzir as águas pluviais para outro reservatório, objetivando o reuso da água para finalidades não potáveis, deverá ser indicada a localização desse reservatório e apresentado o cálculo do seu volume.  Art.115. No caso de utilização da área para estacionamento, ainda que não edificados, 30% (trinta por cento) da sua área total deverá ser revestida com pavimento drenante ou reservado como área naturalmente permeável. Parágrafo único. Em composição ao dispositivo exigido no caput, poderá o interessado implantar reservatório de acumulação de águas pluviais, com capacidade calculada na equação apresentada no Art. 112.

 Art.116.  A previsão do sistema disposto na presente Lei, é condição para a obtenção de aprovações e licenças de construção à projetos residenciais, comerciais e industriais, cuja competência de análise e aprovação é da Prefeitura de Sorocaba. § 1º O custeio e a execução dos sistemas previstos no caput são de responsabilidade do proprietário e do profissional responsável pela obra, devendo a mesma ser concluída antes de ocorrer a ocupação da edificação. § 2º A não execução do referido sistema e constatação do descumprimento da presente Lei, não permitirá que o interessado infrator obtenha o “Habite-se” ou “Auto de Conclusão de Obra”.

 Art.117.  Aplica-se também a imóvel urbano, com área territorial superior a 5.000 m2 (cinco mil metros quadrados) a implantação de sistema de captação e detenção das águas pluviais, onde se pretenda urbanizar ou edificar com obra nova, reforma e ampliação, de uso residencial e comercial, observado determinação específica na emissão de diretrizes ou da análise e aprovação dos projetos definitivos, por parte da Municipalidade. Parágrafo único. A implantação de sistema de captação e detenção das águas pluviais, e sua conexão com a rede pública, em glebas a serem parceladas para fins urbanos, seguirá critérios e parâmetros técnicos estabelecidos pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, por ocasião da análise e aprovação dos referidos projetos de urbanização e edificação

23

Page 24: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SEÇÃO IXINSTALAÇÕES PREDIAIS

Art.118. As instalações prediais de luz, força, telefone e gás deverão obedecer aos regulamentos e especificações das empresas concessionárias, aprovadas pela Prefeitura e pela ABNT.

Art. 119. As edificações deverão dispor de instalação permanente de gás liquefeito de petróleo e os ambientes ou compartimentos que contiverem equipamentos ou instalações com funcionamento a gás, deverão ter ventilação permanente assegurada por aberturas diretas para o exterior, atendendo às Normas Técnicas específicas.

Art. 120.  Torna-se obrigatória a instalação de sistemas internos de distribuição de gás nas edificações novas e reformas localizadas dentro do perímetro urbano do Município, desde que: I - necessitem do atendimento ao Decreto Estadual no 56.819/2011 e instruções técnicas (Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo) pertinentes, quanto a instalação de gás;  II - os sistemas internos de canalização de gás deverão ser dimensionados de forma a permitir tanto o uso de gás liquefeito de petróleo (GLP) quanto de gás natural (GN), sem que haja necessidade de adequações posteriores nos referidos sistemas, além daquelas necessárias à conversão dos aparelhos de utilização. Art. 121.  Os empreendedores e Construtoras ficam obrigados a apresentar o projeto e Anotação de Responsabilidade Técnica do Responsável Técnico da Instalação do sistema interno de distribuição de gás, quando solicitados pela fiscalização da Prefeitura, concessionária de gás, proprietário e/ou pelo ocupante do imóvel. § 1º  O Projeto de que trata o caput deste artigo estará obrigado a atender as normas técnicas para dimensionamento de redes prediais de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou de gás natural (GN) emanadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e correlatas, em específico a NBR no15526 e NBR no 13103, assim como as demais que vierem a ser editadas. § 2º  O projeto deverá constar descrição da rede geral subterrânea, aéreas e embutidas de distribuição de gás canalizado, assim como as ventilações de ambiente necessárias.Art. 122 As piscinas de uso coletivo públicas e privadas devem cumprir as seguintes especificações: I - ter instalados, em perfeitas condições de funcionamento, os seguintes dispositivos de segurança para evitar acidentes por sucção: a) tampas anti-aprisionamento nos ralos de sucção;b) sistema de desligamento automático da bomba da piscina no caso de obstrução ou bloqueio no ralo. II - ser circundadas por grades, cercas ou similares que assegurem o isolamento do tanque em relação à área de circulação dos usuários e permitam que o recinto da piscina seja visível do exterior; III - manter em local acessível e próximo ao tanque os seguintes equipamentos de segurança: a) gancho, bastão ou vara longos;b) boia com corda flutuante;c) estojos de primeiros socorros.

24

Page 25: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 123   Fica obrigatória a instalação de barreiras de proteção de no mínimo 1,10 (um metro e dez) de altura no entorno de piscinas situadas em prédios de apartamentos, clubes, parques, escolas, condomínios horizontais ou de uso público em que esteja prevista tal norma.

Art. 124 Os proprietários de piscinas coletivas privadas que infringirem esta Lei, ficam sujeitos às seguintes penalidades: I - advertência; II - multa pecuniária; III - interdição da piscina, quando couber, até sanado o problema que originou a respectiva penalidade; IV - cassação da autorização para funcionamento da piscina ou do estabelecimento fornecedor, em caso de reincidência, quando couber.

Art. 125    No caso de edificações já existentes em que haja piscina, sem grades protetoras, será concedido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para se adequarem aos termos da presente Lei. Art. 126. As piscinas de uso unifamiliar deverão observar um recuo mínimo obrigatório de 0,90 m (noventa centímetros) das divisas do lote e os demais usos deverão observar o recuo mínimo de 1,50 m.Parágrafo único. As instalações das piscinas deverão atender todas as normas de acessibilidade e segurança previstas em legislação e normas técnicas vigentes. Art. 127. Para construção de piscinas observar-se-á a NBR n° 10.339, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, bem como quaisquer normatizações posteriores emitidas pelo referido órgão, que alterem, suplementem ou atualizem a referida norma em parte ou no todo, de modo a garantir-se a observância dos parâmetros de segurança estabelecidos para a construção e manutenção de sistemas de circulação e tratamento de água de piscinas.

Art.128. As piscinas em edifícios, quando não privativas de unidades autônomas, serão consideradas de uso coletivo restrito, sujeitas, no que lhe foi aplicável, as legislações pertinentes.Parágrafo único. As piscinas privativas serão consideradas piscinas de uso familiar.

Art.129. Os projetos de novas edificações de caráter comercial, para aprovação junto aos órgãos municipais competentes, deverão possuir em seus sistemas de instalações hidráulicas equipamentos de aquecimento de água por meio do aproveitamento da energia solar dimensionados para cobrir, no mínimo, 40% de toda a demanda anual de energia necessária para o aquecimento de água potável. Parágrafo único. Por edificações de caráter comercial serão consideradas, para os efeitos desta Lei, as seguintes finalidades, públicas ou privadas: I - hotéis, motéis e similares; II - clubes esportivos, casas de banho e sauna, academias de ginástica e lutas marciais, escolas para prática de esportes, estabelecimentos de locação de quadras esportivas e lavanderias; III - hospitais, unidades de saúde que possuam leitos e casas de repouso; IV - escolas, creches, abrigos, asilos e albergues; V - quartéis e unidades prisionais; 

25

Page 26: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

VI – Indústria, se a particular atividade setorial demandar calor no processo de produção, ou a instalação de chuveiros para funcionários;  VII - lavanderias coletivas previstas em edificações com qualquer outro uso. Art 130. A aplicação das exigências do artigo 129 se realizará, em cada caso, de acordo com a melhor tecnologia disponível. Para tanto, os equipamentos de aquecimento de água por meio de aproveitamento da energia solar instalados deverão possuir sua eficiência comprovada por órgão técnico credenciado pelo INMETRO.  Art.131. A somatória das áreas de projeção dos equipamentos (placas coletoras e reservatórios térmicos) será considerada não computável para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento máximo da Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.

Art.132. Nenhum equipamento mecânico de transporte vertical poderá se constituir no único meio de circulação e acesso à edificação.

Art.133. Deverá ser obrigatoriamente servida por elevador de passageiros a edificação que apresentar o piso do último pavimento situado à altura (h) superior a doze metros. Parágrafo único. Quando o subsolo for utilizado para estacionamento ou tiver qualquer tipo de acesso de entrada à edificação, a altura prevista neste artigo deverá ser contada a partir do nível do subsolo.

Art.134. O número de elevadores de uma edificação, com altura superior a doze metros, conforme definido no artigo anterior, deverá ser calculado, observando-se as condições mínimas exigíveis para o cálculo do tráfego de pessoas, visando assegurar condições satisfatórias ao uso a que se destina com base na NBR específica.

Parágrafo único. Não serão considerados para o cálculo da altura, de que trata este artigo, o ático e o andar de cobertura destinado à zeladoria ou andar superior privativo em unidades duplex.

Art.135. Os espaços de circulação fronteiros às portas dos elevadores, em qualquer andar, deverão ter dimensão não inferior a um metro e cinquenta centímetros e quando a abertura da porta interferir com a circulação do andar deverão ter dimensão não inferior a um metro e oitenta centímetros.

Art.136. Ficam os proprietários de edificações com mais de 3 (três) andares obrigados a instalar S.P.D.A. - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (para-raios) normatizado e substituição e retirada de para-raios radioativos.

§ 1º A obrigatoriedade do disposto no artigo, aplica-se também a edificações escolares e assistências em geral, tais como creches, asilos, hospitais, ambulatórios, casa de saúde, bem como as edificações destinadas ao funcionamento de centros comerciais (Shopping Center e outros), casas de diversões públicas tais como cinema, ambientes de shows, danças e espetáculos em geral, templos, hotéis, estádios, ginásios esportivos estabelecimentos congêneres, os quais deverão ser dotados de para-raios contra descargas atmosféricas.

§ 2º A retirada do material radioativo, seu transporte e sua destinação deverão obedecer as normas e legislação pertinentes.

§ 3º Os responsáveis pela desativação dos captores iônicos radioativos deverão providenciar sua entrega ao órgão governamental competente, qual seja CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, com o objetivo de evitar a dispersão radioisótopos no meio ambiente. 

§ 4º A inspeção do SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) deverá ser feita anualmente e comprovada através de laudo técnico.

26

Page 27: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 5º Caberá à Fiscalização apurar as necessidades de adequação das edificações às exigências legais, estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 5419,  expedindo, inicialmente, notificações para cumprimento legal das exigências que deverão ser iniciadas em 30 (trinta) dias, após, multa e, persistindo a infração, interdição com desocupação da edificação, a critério da autoridade competente municipal. § 6º  Os proprietários dos imóveis mencionados no caput deste artigo terão o prazo de 12 (doze) meses para adoção das providências necessárias quanto à adequação a esta Lei. 

CAPÍTULO III DOS SERVIÇOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

SEÇÃO I

DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS EM LUGARES QUE NÃO POSSUEM REDE DE ÁGUA E ESGOTO

Art.137. As edificações situadas em local servidos de águas e esgotos, deverão ser dotadas de instalações hidráulicas prediais executadas de acordo com os regulamentos do órgão municipal coordenador de água e esgoto, a fim de permitir a ligação das mesmas às redes gerais desses serviços.

Art.138. As edificações situadas em áreas desprovidas de rede coletora pública de esgoto deverão ser providas de instalações para tratamento e disposição final, executadas de acordo com as diretrizes fornecidas pelo SAAE, as normas técnicas da ABNT e legislação vigente.

Art.139. Havendo o uso de poço artesiano, constará do Alvará de Licença que a liberação do Habite-se, Auto de Vistoria ou Certidão de Conclusão, está condicionada a apresentação da outorga no DAEE e demais autorizações pertinentes.

SEÇÃO II DO USO DE MADEIRA NAS EDIFICAÇÕES

Art.140. A edificação que possuir estrutura e vedação em madeira, deverá garantir padrão de desempenho correspondente ao estabelecido quanto ao isolamento térmico, e condicionamento acústico, estabilidade e impermeabilidade.

§ 1º A resistência ao fogo deverá ser otimizada através de tratamento adequado para retardamento da combustão.

§ 2º A edificação de madeira, salvo quando adotada solução que comprovadamente garanta a segurança dos usuários da edificação e de seu entorno, ficará condicionada aos seguintes parâmetros:

I - máximo de 2 (dois) pavimentos;

II - altura máxima de 10,00 m (dez metros).

III - recuos laterais de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) e fundos com 2,00 m (dois metros) ressalvadas maiores exigências

IV - afastamento de 3,00 m (três metros) de outra edificação de madeira.

V - estrutura principal (pés-direitos, paredes, tesouras e vigas) tratada a vácuo-pressão equivalente com produto antimofo e anti-cupim (inseticida).

VI - compartimentos internos forrados.

27

Page 28: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

VII - as paredes das instalações sanitárias e cozinhas deverão ser de alvenaria de tijolo ou material incombustível e revestidas com azulejos ou material incombustível e lavável

§ 3º Os componentes da edificação, quando próximos a fontes geradoras de fogo ou calor, deverão ser revestidos de material incombustível.

§ 4º Nas zonas onde é permitido a construção no alinhamento deverá ser obedecido um recuo frontal mínimo de 2,00 (dois metros).

Art.141. No município de Sorocaba toda madeira a ser utilizada na construção civil deverá ter origem legal.  Art.142.  A Administração Pública Direta e Indireta do Município de Sorocaba fica obrigada a utilizar exclusivamente madeira de procedência legal, em todas as suas obras, construções, bem como nas ações, programas e atividades executadas direta ou indiretamente, tanto pelo Poder Público como por prestadores de serviços.  

§ 1º Para fins de cumprimento do disposto no caput deste artigo, a Administração Pública exigirá de todos os fornecedores a comprovação da procedência legal da madeira.

§ 2º Os procedimentos licitatórios que tenham por objeto a execução ou contratação de serviços de obras e engenharia, ou ainda a aquisição de bens ou qualquer outro serviço que compreenda a utilização ou o fornecimento de madeira, deverão ser adequados às exigências instituídas por esta Lei.  § 3º Os editais de licitação de que trata o parágrafo anterior deverão estabelecer, para a fase de habilitação, entre os requisitos de qualificação técnica, a exigência de apresentação, pelos licitantes, de declaração de compromisso de fornecimento ou utilização de madeira de procedência legal, nos termos do art. 46 da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, conforme o modelo constante no Anexo V desta Lei. Art.143. O alvará de licença de obra particular, expedido pela Secretaria competente, fará menção expressa à legislação federal que trata da matéria, a fim de dar ciência aos proprietários de obras civis da importância da utilização de madeira legal em suas obras. Art.144. A instalação de madeireiras, no Município, somente será autorizada mediante a apresentação do cadastro no CADMADEIRA dos fornecedores de madeira, estabelecido pelo Decreto Estadual n° 53.047, de 02 de junho de 2008, e suas alterações posteriores.

Art.145. Os estabelecimentos que comercializam madeira, no município de Sorocaba, ficam sujeitos à fiscalização e deverão apresentar os documentos previstos na legislação vigente referente ao uso de madeira legal.

Parágrafo único. O não cumprimento das disposições estabelecidas no caput deste artigo sujeitará o infrator às penalidades previstas na legislação federal pertinente. 

CAPÍTULO IVDOS AMBIENTES E COMPARTIMENTOS

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art.146. Os compartimentos terão sua destinação considerada pela sua designação no projeto e também pela sua finalidade lógica, decorrente da disposição em planta, e deverão atender aos parâmetros técnicos correspondentes às funções que nelas serão desempenhadas.

28

Page 29: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 1º Em caso de conflito, prevalece, para fins de aprovação de projeto, a finalidade lógica do compartimento em relação à designação constante no projeto.

§ 2º Os compartimentos, área mínima, dimensão mínima e pé-direito mínimo que compõem as unidades habitacionais, permanentes ou transitórias, estão indicados no Anexo II desta lei.

§ 3º Os compartimentos referentes às edificações não residenciais, não especificados nesta lei, obedecem às legislações específicas, municipais, estaduais e federais, no que couber.

Art.147. Os compartimentos das edificações são classificados em:

I - de permanência prolongada;

II - de utilização transitória.

III - especiais;

Art.148. Os compartimentos de permanência prolongada são aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - repouso/dormir

II - estar ou lazer;

III - tratamento ou recuperação de saúde;

IV - trabalho, reunião, salas de espetáculos, auditórios, cinemas, ensino, serviços;

V - recreação;

VI - prática de esportes ou exercício físico.

TABELA I - COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA PROLONGADAAtividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares

1 - Dormir ou repousar. Dormitórios, quartos e salas em geral.2 - Estar ou lazer. Salas de estar, TV, som e jogos.3 - Trabalhar, estudar ou ensinar. Salas de estudo, leitura, biblioteca e laboratórios didáticos.

4 - Preparo e consumo de alimentos.Copas, cozinhas, refeitórios, bares, restaurantes e salas de jantar

5 - Reunir ou recrear. Locais de reunião e salões de festas.6 - Lazer, esportes, recreação. Locais fechados para a prática de esportes e jogos.7 - Tratamento ou recuperação de saúde Enfermarias e ambulatórios

Art.149. Os compartimentos de utilização transitória são aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - circulação e acesso de pessoas;

II - higiene pessoal;

III - depósito e guarda de materiais.

IV - troca e guarda de roupas

V - lavagem de roupas e serviços de limpeza

29

Page 30: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

TABELA II - COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA TRANSITÓRIAAtividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares

1 - Circulação e acesso de pessoas. Escadas, patamares, rampas, antecâmaras desses ambientes, corredores, passagens, átrios e vestíbulos.

   

2 - Higiene pessoal. Banheiros, lavabos, instalações sanitárias, vestiários e camarins.

   3 - Depósito para guarda de materiais, utensílios ou peças sem a possibilidade de qualquer atividade no local

Depósitos, despensas, despejos, rouparias, adegas e áreas de serviço, garagens, porões e subsolos.

   4 - Troca e guarda de roupas. Closet, camarins e vestiários, quartos de vestir.   5 - Lavagem de roupas e serviços de limpeza. Lavanderias.

Art.150. Os compartimentos de utilização especial são aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - de permanência prolongada;

II - de utilização transitória.

TABELA III - COMPARTIMENTOS ESPECIAISAtividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares

1 - Permanência prolongada.

Auditórios, anfiteatros, teatros, salas de espetáculos, cinemas, museus e galerias de arte, estúdios de gravação, rádio e televisão,

laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som, centros cirúrgicos, salas de computadores, transformadores e telefonia.

2 - Permanência transitória.

Locais para duchas e saunas, salas de raios X, salas de tomógrafos, salas de ressonância (qualquer compartimento em que

se utilize radiação), depósitos e almoxarifados destinados a produtos químicos ou farmacêuticos.

Art. 151. Em outros compartimentos fixados pela autoridade municipal competente, segundo critério de similaridade ou analogia. Art. 152. Os compartimentos e ambientes devem ser posicionados na edificação de forma a proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico e proteção contra a umidade, obtidos pelo adequado dimensionamento do espaço e correto emprego dos materiais das paredes, cobertura, pavimento e aberturas, bem como das instalações e equipamentos.

Art. 153. Nenhum compartimento poderá ser subdividido com prejuízo das áreas e dimensões mínimas estabelecidas nesta Lei.

Art. 154. As cozinhas, ou qualquer compartimento destinado à manipulação de alimentos, não poderão comunicar-se diretamente com compartimentos providos de bacias sanitárias.

30

Page 31: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Parágrafo único. Nos casos de teto inclinado, o pé direito é definido pela média das alturas máxima e mínima, do compartimento, respeitando-se o pé- direito mínimo específico.

Art. 155. As edificações de uso residencial, não residencial e misto coletivo deverão dispor de compartimentos para estocagem de lixo, com acesso direto ao logradouro público, com capacidade suficiente para acumulação durante 24 (vinte e quatro) horas ou 48 (quarenta e oito) horas e volume de 30 (trinta) litros por unidade autônoma.

§ 1º Excetuam-se da exigência do caput deste artigo as residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao logradouro público.

§ 2º Os loteamentos fechados atenderão ao caput do artigo.

Art.156. A área de espera das portarias, guaritas, bilheterias e cabines primárias, localizadas na faixa de recuo mínimo obrigatório, não podem interferir no passeio público.

§ 1º As portarias e guaritas deverão ser dotadas de sanitário.

§ 2º As cabines primárias de energia elétrica, onde forem necessárias, poderão ocupar a faixa de recuo desde que não ultrapassem 20,00 m² (vinte metros quadrados) de construção.

§ 3º As portarias, onde forem necessárias, poderão ocupar a faixa de recuo desde que não ultrapassem 12,00 m² (doze metros quadrados) de construção.

Art. 157. Os acessos às portarias, portões e pórticos dos condomínios residenciais, comerciais e industriais que tenham arruamento interno, deverão atender à largura mínima de 4,0m (quatro metros) para entrada e saída, ou 5,0 m (cinco metros) para entrada e saída compartilhadas e altura mínima de 4,5m (quatro metros e cinquenta centímetros), podendo, a pedido do setor de trânsito, ter estas medidas alteradas.

Art. 158. As obras consideradas como de efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento ambiental.

SEÇÃO IIEDIFICAÇÕES HABITACIONAIS

SUBSEÇÃO IHABITAÇÕES UNIFAMILIARES

Art. 159. Habitação unifamiliar á aquela destinada a moradia de um indivíduo ou uma família.

Art. 160. As habitações unifamiliares deverão conter, no mínimo:

I - Sala;

II - Dormitório;

III - Cozinha;

IV - Banheiro;

V - Área de Serviço coberta ou descoberta.

Art. 161. Será admitido compartimentos conjugados, ou quitinete com mínimo de 18 m² de área útil, desde que contenham no mínimo o previsto na Tabela I.III do Anexo II.

31

Page 32: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SUBSEÇÃO IIHABITAÇÕES MULTIFAMILIARES

Art. 162. As habitações multifamiliares serão divididas em duas categorias:

I – condomínio vertical;

II – condomínio horizontal.

Parágrafo único. Os condomínios residenciais terão medição de energia e água individualizada.

Art. 163. Deverão ser previstas instalações sanitárias para funcionários nos condomínios residenciais com apoio terapêutico ou com serviços internos ou privativos.

Parágrafo único. As dimensões deverão seguir as exigências contidas Tabela II do Anexo II.

Art. 164. Cada unidade residencial deverá atender ao disposto no art. 160 desta lei.

Art. 165. As instalações sanitárias, de uso coletivo, deverão estar localizadas nos espaços de uso comum e ter dimensões mínimas de acordo com a Tabela I.II do Anexo II.

Art. 166. Para o uso flat hotel não serão exigidos os compartimentos de que trata o artigo anterior quando o projeto prever que as respectivas atividades serão executadas em outro local apropriado do empreendimento, mediante a contratação de serviço de terceiros, o que deverá constar em nota ao projeto.

Parágrafo único. Quando previsto serviço de restaurante, fica dispensada a exigência de cozinha dentro da unidade habitacional, desde que substituída por uma copa de apoio.

Art. 167. A parede fronteira às portas dos elevadores deverá estas afastada 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) no mínimo. Art. 168. Os prédios de apartamentos deverão ser dotados de caixa receptora para correspondência.

Art. 169. Os compartimentos que por sua situação e dimensão sirvam apenas para depósito de utensílios de uso geral, ficam dispensados das exigências relativas à insolação, iluminação e ventilação.

Art. 170. A habitação do zelador dos prédios de apartamentos poderá ser localizada em edícula, porém tendo como mínimo dos seguintes compartimentos: sala, dormitório, cozinha e banheiro.

Art. 171. É obrigatória a previsão de vagas de autos para estacionamento interno para os edifício residenciais de habitação coletiva, sendo no mínimo uma vaga por unidade residencial.

Parágrafo único. A forma da área reservada para garagem, a distribuição dos pilares na estrutura e a circulação prevista deverão permitir entrada e saída independentemente para cada veículo.

Art. 172. É obrigatório compartimento sanitário para uso exclusivo de pessoal de serviço.

Parágrafo único. Essa exigência poderá ser dispensada, a juízo da autoridade municipal, nos edifícios que, comprovadamente pelas suas dimensões e características a justifique.

Art. 173 Os projetos de condomínios edificados que forem aprovados a partir de 28 de outubro de 2008, deverão possuir, além do hidrômetro instalado na entrada principal, padronizado pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto, hidrômetros individuais instalados em cada uma

32

Page 33: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

das suas unidades autônomas, para medição isolada do consumo de água. Parágrafo único. Os projetos de edificações que já se encontram em tramitação na Prefeitura, ainda não aprovados, serão restituídos aos interessados para serem ajustados às exigências do corpo deste artigo.

Art. 174. Para a medição das unidades autônomas de que trata esta Lei, poderão ser adotados, além de hidrômetros mecânicos, outros aparelhos medidores, desde que possibilitem a medição isolada do consumo de água.

Art. 175. O "Habite-se" ou "Alvará de Utilização" somente serão fornecidos pelo Poder Público mediante o cumprimento das demais exigências da legislação em vigor, bem como, a  apresentação de declaração pelo proprietário e pelo responsável técnico, de que a construção atende a presente Lei.

Parágrafo único. A declaração de que trata o caput deste artigo deverá ser acompanhada de foto (s) dos hidrômetros individuais instalados.  Art. 176. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba - SAAE procederá à leitura do medidor principal e dos medidores individuais, ficando sob responsabilidade de cada condômino o pagamento, além do seu consumo individual, da diferença entre a soma dos consumos individuais e do total, de forma igualitária.

Parágrafo único. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba – SAAE efetuará a leitura individualizada dos hidrômetros nos condomínios edificados e aprovados antes de janeiro de 2009, bem como emitirá conta individualizada para pagamento de cada condômino. 

SEÇÃO IIIEDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

Art. 177 Os edifícios comerciais, de prestação de serviços e industriais deverão obedecer às exigências contidas nas legislações e normas municipais, estaduais e federais pertinentes, em vigência.

§ 1º Os locais de trabalho não poderão ter comunicação direta com dependências residenciais.

§ 2º As construções não residenciais sem uso definido deverão, após a definição de uso, atender a todos os dispositivos constantes nesta lei para o uso pretendido.

Art. 178. As construções não residenciais, deverão obrigatoriamente atender as normas de acessibilidade disposto nas legislações municipais, estatuais e federais.

Art. 179. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta) empregados, será obrigatória a existência de refeitório, que atenderá a legislação sanitária vigente.

Parágrafo único. Quando houver mais de 300 (trezentos) empregados é obrigatório que o refeitório tenha 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, podendo se considerar no mínimo 1/3 (um terço) do total de empregados, em cada turno de trabalho,  sendo este turno o que tem maior número de empregados;.

Art. 180. As edificações destinadas à indústria em geral, fábricas, oficinas, comércio e diversões, além das disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, devem ter características necessárias para evitar o impacto da atividade desenvolvida na edificação em relação ao entorno, dentro de padrões estabelecidos por normas técnicas da ABNT e legislação pertinente, no tocante à poluição sonora, térmica, das águas e do ar.

33

Page 34: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SUBSEÇÃO IEDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E DEPÓSITOS

Art. 181. As salas comerciais e de serviços atenderão às normas gerais referentes às edificações e locais de trabalho, no que aplicáveis, complementadas pelo disposto nesta seção.

Art. 182. A instalação, nestes edifícios, de atividades comerciais de gênero alimentício, e as relacionadas à saúde em geral, está sujeita às prescrições da legislação sanitária vigente, e às normas específicas para tais atividades ou estabelecimentos.

Art. 183. Serão permitidas galerias internas de acesso a estabelecimentos comerciais, em qualquer pavimento, desde que suas larguras correspondam ao mínimo de 1/20 (um vigésimo) de seu comprimento, com largura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e pé-direito mínimo de 3,00m (três metros).

Art. 184. Nos casos de edifícios comerciais, de serviços e depósitos, será admitido em seu interior a construção de sobreloja, mezanino, ocupando área não superior a 1/3 da área do pavimento, deste que não prejudique as condições de iluminação e ventilação, sendo mantido o pé direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) nos demais pisos, ou de acordo com seu uso.

Art. 185. Os edifícios destinados a comércio e escritório poderão conter compartimentos destinados à residência do zelador.

Art. 186. Os edifícios destinados a comércio e escritório deverão ter em cada pavimento, instalações sanitárias, quando de uso coletivo, devidamente separados por sexo com acessos independentes.

§ 1º As instalações sanitárias para homens serão na proporção de uma bacia sanitária, um lavatório e um mictório para cada 200m² ou fração de áreas útil de salas.

§ 2º As instalações sanitárias para mulheres serão na proporção de uma bacia sanitária, um lavatório para cada 200m² ou fração de áreas útil de salas.

Art. 187. É obrigatória a existência de depósito de material, com área mínima de 1,20 e dimensão mínima de 1,00m e pé direito de 2,50m. Compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal encarregado da limpeza do prédio, para ambos sexos, com área mínima de 6,00m² e dimensão mínima de 1,50m e pé direito de 2,50m, com piso liso, resistente e lavável e barra impermeável nas paredes. A juízo da autoridade municipal, outras exigências relativas as dimensões, poderão também ser dispensadas ou reduzidas, tendo-se em vida o processo e as condições de trabalho.

§ 1º Essa exigência poderá ser dispensada, a juízo da autoridade municipal, nos edifícios que comprovadamente pelas suas dimensões e características a justifiquem.

Art. 188. Os mezaninos, serão guarnecidos de guarda-corpos com a altura mínima de 1,10m.

SUBSEÇÃO IILOCAIS DE REUNIÃO

Art. 189. São locais de reunião os estabelecimentos destinados à prática de atos de natureza esportiva, recreativa, social, cultural ou religiosa, e que para tanto comportem a reunião de pessoas.

Parágrafo único. Para efeito do disposto nesta Lei, são os locais onde possa ocorrer aglomeração de pessoas com qualquer finalidade, tais como os destinados a, cinemas, teatros, conferências, prática de cultos religiosos, esportes, educação, divertimentos e similares.

34

Page 35: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 190. Os locais de reunião deverão atender ainda aos artigos a seguir, a legislação sanitária vigente e às normas específicas da ABNT referentes à segurança, acesso, circulação e escoamento de pessoas, assim como quanto a prevenção e combate a incêndio, e isolamento térmico e acústico.

Art. 191. A estrutura de sustentação do piso dos palcos, deverá ser de material incombustível.

Art. 192. Não poderá haver porta ou qualquer vão de comunicação entre as dependências dos locais de reunião e as edificações vizinhas.

Art. 193. Os gradis de proteção ou parapeitos das áreas elevadas, deverão ter altura mínima de 1,10m e largura suficiente para garantir uma perfeita segurança. Art. 194. Serão exigidos compartimentos sanitários por pavimento de uso público, devidamente separados por sexo, isolados direta ou indiretamente dos locais de reunião.

Art. 195. Os sanitários deverão atender às normas gerais para compartimentos sanitários, constantes desta lei complementar, e:

§ 1º A distância de qualquer ponto do recinto, até a instalação sanitária, não deverá ser superior a 50,00m (cinquenta metros).

§ 2º É obrigatória a existência de depósito de material, com área mínima de 1,20 e dimensão mínima de 1,00m e pé direito de 2,50m. Compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal encarregado da limpeza do prédio, para ambos sexos, com área mínima de 6,00m² e dimensão mínima de 1,50m e pé direito de 2,50m, com piso liso, resistente e lavável e barra impermeável nas paredes. A juízo da autoridade municipal, outras exigências relativas as dimensões, poderão também ser dispensadas ou reduzidas, tendo-se em vida o processo e as condições de trabalho.

Art. 196. Os locais de reunião que possuírem lanchonetes, restaurantes, bares, cafés ou similares deverão atender às normas específicas para o uso pretendido.

Art. 197. A recepção deverá ter a área mínima de 4,00m² e dimensão mínima de 1,50m.

Art. 198. Deverão, obrigatoriamente, serem dotados de tratamento acústico, nos moldes do artigo seguinte, os estabelecimentos regularmente implantados ou aqueles que vierem a se implantar, destinados a danceterias, discotecas, boates, clubes noturnos, institucionais, templos religiosos e demais estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços, que produzam ruídos acima dos níveis permitidos pela legislação pertinente, em vigência.

Art. 199. Para os efeitos desta Lei, o tratamento acústico é considerado como obra complementar e deverá atender ao disposto em normas específicas.

Parágrafo único: Para efeitos deste artigo, deverão ser mantidos no local:

I - Projeto executivo do tratamento acústico acompanhado da respectiva RRT ou ART.

II - Laudo técnico, atendendo ao disposto nas Normas e legislação pertinente em vigência, acompanhado da respectiva RRT ou ART.

Art. 200. Após a conclusão da obra prevista no artigo anterior, deverá ser emitido laudo técnico, por profissional legalmente habilitado, acompanhado da respectiva RRT ou ART, atestando a redução dos níveis de ruído, atendendo ao disposto nas NBRs e legislação pertinente, em vigência.

Art. 201. Quando se tratar de espaços destinados a espetáculos ou divertimentos que exijam seja conservado o local fechado durante a sua realização, será obrigatória a instalação de renovação mecânica de ar, devendo atender as normas da A.B.N.T

35

Page 36: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 202 As lotações serão calculadas de acordo com as normas da A.B.N.T.

.Art. 203. As larguras das passagens longitudinais e transversais, dentro das salas de espetáculos, serão proporcionais ao número provável de pessoas que por elas transitam no sentido de escoamento, considerada lotação máxima, atendendo no mínimo seguinte:

I - A largura mínima das passagens longitudinais é de 1,00m e a das transversais é de 1,70m sempre que sejam utilizadas por um número de pessoas igual ou inferior a 100;

II - Ultrapassado esse número, aumentarão de largura na razão de 8mm, por pessoa excedente.

Parágrafo único. A largura das passagens longitudinais é medida de eixo dos braços da poltrona ou entre este e as paredes, e as passagens transversais são medidas de encosto a encosto das poltronas.

Art. 204. A largura das escadas será proporcional ao número provável de pessoas que por elas transitam no sentido de escoamento, considerada a lotação máxima e ser dimensionada de acordo com a NBR 9077 ou o que for mais restritivo das especificações a seguir:

a) a largura mínima das escadas será de 1,50m sempre que utilizadas por um número de pessoas igual ou superior a 100; b) ultrapassando esse número, aumentarão de largura, a razão de 8mm, por pessoa excedente; c) sempre que o número de degraus, consecutivos, exceder a 18, será obrigatória a intercalação de patamar, o qual terá, no mínimo, o comprimento de 1,50m, sempre que não haja mudança de direção, ou 60% da largura, quando houver essa mudança respeitado o mínimo de 1,20m; d) nas escadas em curva, serão admitidos degraus em leque com raio mínimo de bordo interno de 3,50m e a largura mínima dos degraus na linha de piso de 0,30m; e) sempre que a largura da escada ultrapasse de 2,50m, será obrigatória a subdivisão por corrimãos intermediários, de tal forma que as subdivisões são ultrapassem a largura de 1,50m; f) sempre que não haja mudança de direção nas escadas, os corrimãos devem ser contínuos; g) é obrigatória a colocação de corrimões contínuos junto às paredes da caixa da escada; h) o cálculo dos degraus, será feito, com piso (p) e espelho (e), atendendo a relação: 0,60m < 2e+p < 0,64m;i) o lance final das escada será orientado na direção da saída; j) quando a sala de reunião ou espetáculos estiver colocada em pavimento superior, haverá pelo menos duas escadas ou rampas convenientemente localizadas, dirigidas para saídas autônomas.

Art. 205. As escadas poderão ser substituídas por meio de rampas com inclinação máxima de acordo com as normas de acessibilidade em especial NBR9050;

Art. 206. A largura dos corredores será proporcional ao número de pessoas que por elas transitam no sentido de escoamento, considerada a lotação máxima:

a) a largura mínima dos corredores será de 2,00m sempre que utilizados por um número de pessoas igual ou inferior a 150;b) ultrapassando esse número, aumentarão de largura na razão de 1cm por pessoa excedente;c) quando várias portas de um salão de espetáculo abrirem para o corredor, será descontado do cálculo de acréscimo de largura desse corredor a sua capacidade de acumulação, na razão de 4 pessoas/m², para efeito deste desconto, só será computada a área do corredor contida entre as portas do salão de espetáculos, a mais próxima e a mais distante da saída;d) quando o corredor der escoamento pelas duas extremidades, o acréscimo de largura será tomado pela metade do que estabelece a letra "b";e) as portas de saída dos corredores não poderão ter largura inferior a destes.

Art. 207. As portas das salas de espetáculos ou de reunião, terão obrigatoriamente, em sua

36

Page 37: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

totalidade, a largura correspondente a 1cm, por pessoa prevista na lotação do local, observado o mínimo de 2,00m para cada porta;

I - As folhas dessas portas deverão abrir para fora sentido de escoamento das salas, sem obstrução dos corredores de escoamento;

II - As portas de saída poderão ser dotadas de vedação completa mediante cortina de ferro desde que;

a) não impeçam a abertura total das folhas das portas de saída;b) permaneçam abertas durante a realização de espetáculos. Art. 208. As casas ou locais de reunião deverão ser dotadas de instalações e equipamentos adequados contra incêndio de acordo com as normas legais e regulamentares em vigor.

Art. 209. Deverá ser prevista a instalação de um sistema de luz de emergência que, em caso de interrupção de corrente, evite, durante uma hora que as salas de espetáculos ou de reunião, corredores, saídas e salas de espera fiquem às escuras.

SUBSEÇÃO IIISALAS DE ESPETÁCULOS (TEATROS, CINEMAS, AUDITÓRIOS)

Art. 210. Deverão ser adotadas medidas para evitar a transmissão de ruídos.

Art. 211. Nos cinemas e teatros, a disposição das poltronas será feita em setores separados por passagens longitudinais e transversais; a lotação de cada um desses setores não poderá ultrapassar 250 poltronas e a poltronas serão dispostas em filas, observado o seguinte:

a) os espaçamentos mínimos entre filas, medidos de encosto a encosto, será:

I - quando situado na plateia: 90 cm para poltrona estofada e 83 cm para as não estofadas; II - quando situado nos balcões: 95 cm para as estofadas e 88 cm para as não estofadas;

b) as poltronas estofadas a largura mínima de 52 cm e as não estofadas 50 cm medidos de centro a centro dos braços;c) não poderão as filas ter mais do que 15 poltronas;d) o número máximo de poltronas será 5 (cinco) das séries que terminarem junto às paredes. Art. 212. Deverá ser garantida a perfeita visibilidade da tela ao palco por parte do espectador situado qualquer dos setores.

Art. 213. As passagens longitudinais da plateia não deverão ter degraus desde que os desníveis possam ser vencidos por rampas e que atendam às normas de acessibilidade.

Art. 214. No caso de serem necessários os degraus, deverão ser todos da mesma altura.

Art. 215. Nos balcões, não será permitido entre os patamares, em que se colocam as poltronas, a diferença de nível superior a 34 cm, devendo ser intercalado degraus intermediários.

Art. 216. Os balcões não poderão ultrapassar 2/5 do comprimento das plateias.

Art. 217. Os pés-direitos livres mínimos serão: 3,00m sob e sobre o balcão e de 6,00m no centro da plateia.

Art. 218. As salas de espetáculo deverão, obrigatoriamente dispor de salas de espera independentes para a plateia e balcões, com os requisitos seguintes:

37

Page 38: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

a) ter área mínima proporcional ao número de pessoas previsto na lotação dos setores que servir, a razão de 13 dm²/pessoa nos cinemas, e 20 dm²/pessoa nos teatros;b) a área da sala de espera será calculada sem incluir a destinada, eventualmente, a bares, bombonieres, vitrinas e mostruários.

Art. 219. Os compartimentos sanitários, destinados ao público, deverão ser devidamente separados para uso de um e outro sexo e acessíveis. a) serão localizados de forma a ter fácil acesso tanto para as salas de espetáculos como paraas salas de espera;b) o número de aparelhos será determinado de acordo com as seguintes relações, nas quais "L" representa a lotação na proporção de 50% por sexo da lotação total:

HOMENS MULHERES

Bacia Sanitária L/300 Bacia Sanitária L/250Lavatório L/250 Lavatório L/250Mictório L/80

Art. 220. Quando os diversos setores destinados ao público estiverem dispostos em níveis diferentes e superpostos, o acesso à cada um dos pisos será feita por escadas superpostas, o acesso à cada um dos pisos será feita por escadas próprias, todas elas com as larguras exigidas neste código e por dispositivos que garantam as normas de acessibilidade.

Art. 221. Deverão ser previstos locais adequados para instalação de equipamentos de projeção.

Art. 222. Os camarins deverão ter área não inferior a 4,00 m² e serão dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos.

Parágrafo único. Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e servidor por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de um conjunto para cada 5 camarins individuais ou para cada 20,00 m² de camarim coletivo.

Art. 223. As instalações sanitárias destinadas ao público nos cinemas, teatros e auditórios, serão separadas por sexo e independentes para setor.

Parágrafo único. Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada 100 pessoas, um lavatório e um mictório para cada 200 pessoas, admitindo-se igualdade entre o número de homens e o de mulheres.

Art. 224. Deverão ser instalados bebedouros, com jato inclinado, fora das instalações sanitárias, para uso dos frequentadores, na proporção de um para cada 300 pessoas.

Art. 225. As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais similares, na parte interna deverão receber revestimento incombustível ou pintura lisa, impermeável e resistente, até a altura de 2,00 m, sendo que outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade sanitária, tendo em vista a categoria do estabelecimento.

Art. 226. A parte destinada aos artistas deverá ter acesso direto do exterior, independente da parte destinada ao público.

Parágrafo único. Entre as partes destinadas aos artistas e ao público, não deverá haver outras comunicações que não sejam as indispensáveis aos serviços.

38

Page 39: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 227. A boca da cena e todas as aberturas de ligação entre o palco, camarins e depósitos com o restante do edifício, serão dotados de dispositivos de fechamento de material incombustível, que impeça a propagação de incêndios. Art. 228. Os compartimentos destinados a depósitos de cenários e material cênico, tais como guarda- roupa e decorações, deverão ser construídos inteiramente de material incombustível, inclusive as folhas de fechamento, e não poderão ser localizados sob o palco.

Art. 229. O piso da plateia e dos balcões deverá apresentar, sob as filas de poltronas, superfície plana, horizontal, formando degraus ou pequenos patamares.

Art. 230. Os circos de pano, parques de diversões e locais de diversões de caráter transitório, poderão ser instalados no município desde que obedeçam às legislações específicas.

Art. 231. As edificações deverão assegurar condições de acesso, circulação e uso por pessoas com deficiência ou com moblidade reduzidaParágrafo único. Em toda edificação destinada a cinema, teatro, casa de espetáculos e similares:

I – haverá faixas luminescentes:

a) Junto às escadas, indicativas de chão e degraus; e b) Indicativas de saída de emergência;

Art. 232 As edificações atualmente existentes serão adaptadas ao exigido art. 373, nos seguintes prazos, a contar do início de vigência desta lei complementar:

I – no caso do inciso I, em até 90 (noventa) dias;

II – no caso do caput do artigo 271 em até 2 (dois) anos.

Parágrafo único. O descumprimento desta exigência sujeita os infratores a multa diária reajustada anualmente.

SUBSEÇÃO IVHOTÉIS, MOTÉIS, PENSÕES, POUSADAS, HOSPEDARIAS E ESTABELECIMENTOS

CONGÊNERES

Art. 233. Os hotéis, motéis, pensões e pousadas, além das normas gerais de edificações, deverão atender a legislação sanitária vigente e às especificações do Anexo II.

Parágrafo único; Em se tratando de motel, entende-se por recepção a portaria da guarita de acesso a veículos.

Art. 234. Nos hotéis que tenham de 3 a 6 pavimentos, inclusive, será obrigatoriamente instalado pelo menos um elevador e quando tiver mais de seis pavimentos deverá conter no mínimo dois elevadores, em todos os casos obedecidas as normas técnicas brasileiras.

Art. 235. Os dormitórios deverão ter área correspondente a no mínimo 5,00 m² por leito e não inferior em qualquer caso a 8,00m²; quando não dispuserem de instalações sanitárias privativas, deverão ser dotados de lavatório com água corrente. Art. 236. Os hotéis que não disponham de instalações sanitárias privativas, correspondentes a todos os quartos, deverão ter compartimentos sanitários separados para um e outro sexo.

39

Page 40: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 1º Esses compartimentos, em cada pavimento, deverão ser dotados, em sua totalidade, de bacia sanitária, chuveiro e lavatório em número correspondente, no mínimo, a um conjunto para cada 5 (cinco) quartos que não disponham de instalações sanitárias privativas.

§ 2º Além das instalações de que trata este artigo, serão exigidos compartimentos sanitários, independentes, para uso dos empregados.

Art. 237. Os compartimentos destinados a lavanderia deverão satisfazer as mesmas exigências previstas para copas e cozinhas, relativamente a paredes, pisos, iluminação e acesso.

Art. 238. As copas para uso geral deverão ter a área de 9 m² e as destinadas para servir um único andar terem área mínima de 5 m².

Art. 239. As cozinhas para uso geral deverão ter a área mínima de 10 m².

Art. 240. As instalações sanitárias de uso geral deverão atender às condições gerais para compartimentos sanitários.

SUBSEÇÃO VESTABELECIMENTOS COMERCIAIS DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 241. Os estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, além das normas gerais de edificação previstas, deverão ainda no que lhe for aplicável, possuir, no mínimo, as dependências constantes nas normativas sanitárias, estadual e federal.

Parágrafo único. As edificações destinadas ao preparo, venda e consumo de alimentos e bebidas deverão, além das disposições desta Lei, atender, no que couber, às exigências a legislação sanitária vigente.

Art. 242. Os estabelecimentos comerciais que implantarem o serviço de atendimento nos veículos, denominado "drive thru", atenderão às diretrizes do órgão de trânsito municipal.

SUBSEÇÃO VI ESTABELECIMENTOS DA ÁREA DE SAÚDE

Art. 243. As edificações destinadas a saúde, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Poder Executivo, quando necessário.

Art. 244. Os estabelecimentos destinados ao comércio e distribuição de medicamentos, além das normas gerais de edificação, deverão ainda, no que lhes for aplicável, obedecer às exigências da legislação sanitária vigente, assim como as disposições das demais legislações pertinentes.

Art. 245. Os estabelecimentos destinados a laboratórios, clínicas, hospitais e prontos-socorros, além das normas gerais de edificação, deverão ainda no que lhes for aplicável, obedecer às exigências da legislação sanitária vigente, assim como as disposições das demais legislações pertinentes.

Art. 246. Os sanitários deverão atender às normas gerais para compartimentos sanitários, constantes desta lei complementar.

40

Page 41: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SUBSEÇÃO VIIBARES E RESTAURANTES

Art. 247. As edificações destinadas a bares e restaurantes, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 248. Nos bares, confeitarias, restaurantes e congêneres, as copas, cozinhas e as despensas deverão ter os piso e as paredes até a altura mínima de 2,00 m (dois metros) revestidas de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

Parágrafo único. Essas peças não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários ou com habitação de qualquer natureza.

Art. 249. As janelas das copas e cozinhas deverão ter os vãos protegidos por tela metálica ou outro dispositivo que impeça a entrada de insetos.

Art. 250. Nos restaurantes, as cozinhas não poderá ter área inferior a 10 m², nem dimensão inferior a 3,00 m (três metros).

Art. 251. No caso de restaurantes, o projeto deverá prover vestiário para empregados devendo satisfazer as mesmas condições de iluminação exigidas para compartimentos sanitários sendo que nos demais casos deve ser prevista a colocação de armários para os empregados.

Art. 252. Os bares, cafés, confeitarias, restaurantes e congêneres deverão ter compartimentos sanitários devidamente separados, para uso de cada sexo.

Parágrafo único. Além das instalações de que trata este artigo, serão exigidos nos restaurantes os compartimentos sanitários independentes para uso de empregados.

SUBSEÇÃO VIIILOCAIS PARA PREPARO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art.253. As edificações destinadas a locais para preparos de gêneros alimentícios e produtos farmacêuticos, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 254. Os compartimentos destinados ao preparo de gêneros alimentícios ou produtos farmacêuticos, deverão obedecer às seguintes exigências:

a) não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários ou de habitação;b) os pisos e as paredes até a altura mínima de 2,00m deverão ser revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens; c) as aberturas de ventilação deverão ser protegidas, por meio de telas metálicas ou de nylon, para que impeçam a entrada de insetos; d) deverão dispor de vestiário e compartimentos sanitários devidamente separados para cada sexo, e dotados de latrina e lavatórios em número correspondente, no mínimo, a uma para cada grupo de vinte empregados.

Art. 255. Os compartimentos destinados a açougues, casas de entrepostos de carnes e peixarias, deverão satisfazer, além das exigências do artigo anterior, mais as seguintes:

I - As portas deverão:

41

Page 42: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

a) abrir diretamente para o logradouro público; b) ter em sua totalidade, a largura mínima de 2,40m e, isoladamente, a largura mínima de 1,20, e altura mínima de 3,20m;c) ser protegida com grade metálica e revestida com tela ou arame ou nylon, de modo a permitir a renovação constante do ar e impedir a entrada de insetos.

II - Não poderão ter abertura de comunicação interna;

III - Deverão ter área mínima de 20m² e forma capas de conter, em planta, um círculo de 2,50m de raio.

IV - O piso deverá ser dotado de ralo e ter declividade suficiente para o franco escoamento das águas de lavagem.

V - As paredes acima da barra impermeável, deverão ser pintadas a óleo e apresentar cantos arredondados.

VI - Os frigoríficos, geladeiras ou balcões frigoríficos deverão ser, obrigatoriamente, revestidos de fórmica ou de aço inoxidável.

SUBSEÇÃO IXMERCADOS E SUPERMERCADOS

Art. 256. As edificações destinadas a Mercados, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 257. A Prefeitura poderá conceder licença para a construção de mercados, desde que o local escolhido não apresente inconveniente ao interesse coletivo, a juízo da Prefeitura.

Art. 258. A ocupação máxima, em projeção será de acordo com o estabelecimento pelo zoneamento, sendo o restante destinado, exclusivamente, para estacionamento, carga e descarga;

Art. 259. As edificações destinadas à mercados deverão observar o seguinte:

a) deverão permitir a entrada e fácil circulação interna de caminhões, por passagens de largura não inferior a 4 m. b) as ruas internas terão a largura mínima de 4 m, e serão pavimentadas com material impermeável e resistente. c) o pé direito mínimo do pavilhão será de 4 m, no ponto mais baixo do vigamento do telhado. d) a área total dos vãos de iluminação não poderá ser inferior a 1/5 da área construída, devendo os vãos ser dispostos de forma a proporcionar aclaramento uniforme; e) metade da área de iluminação, de que trata o item anterior, deverá ser obrigatoriamente utilizada para fins de ventilação permanente.f) deverão ter compartimentos sanitários devidamente separados para uso de um e outro sexo, dotados de latrina em número correspondente a 100m² de área construída ou coberta. g) deverão dispor de compartimentos para administração e fiscalização; h) será obrigatória a instalação de reservatório de água, com capacidade mínima correspondente a 50 litros por metro quadrado de área construída. i) deverão ser dotados de instalação e equipamentos adequados contra incêndio, de acordo com as normas legais em vigor. j) deverão ser dotados de compartimentos fechados, com capacidade suficiente, para armazenar vasilhames, coletores de lixo em número correspondente ao das bancas existentes; estes compartimentos deverão ter comunicação direta com o exterior, ser totalmente revestido de material lixo, impermeável e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas.

42

Page 43: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

l) deverão ser dotados de câmara frigorífica com capacidade suficiente para armazenamento de carnes, aves e laticínios. m) os compartimentos destinados à banca, deverão ter área mínima de 8m² e a forma capaz de conter em planta, um círculo de 2 m. de diâmetro; o piso deverão ser dotado de ralo e ter declividade suficiente para o franco escoamento das águas de lavagem, devendo ainda possuir ponto de água e tomadas para luz e força. n) nos compartimentos destinados às bancas, o piso e as paredes até a altura de 2 m deverão ser revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

SUBSEÇÃO XEDIFICAÇÕES DESTINADAS A ENSINO – ESCOLAS

Art. 260. As edificações destinadas a usos específicos, como de educação, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 261. As edificações para fins educacionais destinam-se a abrigar a realização de processo educativo ou instrutivo, e conforme suas características e finalidades poderão ser de:

I - creches;

II - educação infantil;

III - ensino fundamental;

IV - ensino médio;

V - ensino superior;

VI - cursos livres.

§ 1º Em todos os casos, as edificações deverão possuir sanitários e salas adaptadas a deficientes físicos, bem como rampas, quando dotadas de mais de um pavimento, atendendo às normas específicas da ABNT e legislações pertinentes.

§ 2º Deverá ser previsto espaço para acomodação de veículos na chegada e saída de alunos.

Art. 262. A área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00m² por aluno lotado em carteira dupla e 1,20 m², quando em carteira individual.

Art. 263. Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos também às seguintes exigências: I - área útil não interior a 0,80 m² por pessoa;

II - a ventilação natural, ou renovação mecânica de 50 m² de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 hora.

Art. 264 A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 da área do piso.

§ 1º Será obrigatória a iluminação natural unilateral esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento.

§ 2º - A iluminação artificial, para que possa ser dotada em substituição à natural, deverá ser justificada a aceita pela autoridade sanitária e atender as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

43

Page 44: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 265. Os corredores não poderão ter larguras inferiores, independente da instalação de armários, a:I - 1,50 m para servir até 200 alunos.

II - 1,50 m acrescidos de:

a) 0,007 m (sete milímetros) por aluno, de 200 a 500; b) 0,005 m (cinco milímetros) por aluno de 501 a 1000; c) 0,003 m (três milímetros), por aluno excedente de 1000.

Art. 266. As escadas e rampas deverão ter em sua totalidade, largura não inferior à resultante a aplicação dos critérios de dimensionamento dos corredores, para a lotação do pavimento a que servem, acrescida da metade daquela necessária para a lotação do pavimento imediatamente superior.

§ 1º Para os efeitos deste artigo serão considerados os dois pavimentos que resultem no maior valor.

§ 2º As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos, não ultrapassarão a 16 degraus e estes não terão espelhos com mais de 0,16 m, nem piso com menos de 0,30 m e os patamares terão extensão não inferior a 1,50 m.

§ 3º As escadas deverão ser dotadas de corrimão

§ 4º O número de escadas será de 2 no mínimo, dirigidas para saídas autônomas.

§ 5º As rampas não poderão apresentar declividade superior a 8,33% e serão revestidas de material não escorregadio.

§ 6º Quando se tratar de única rampa, deve-se atender as normas de acessibilidade

§ 7º As escadas e rampas que forem saídas de emergência devem atender às especificações da NBR 9077.

Art. 267. As escolas deverão ter compartimentos sanitários, devidamente separados para uso de cada sexo.

§ 1º Esses compartimentos em cada pavimento, deverão ser dotados de bacias sanitárias em número correspondente, no mínimo, a uma para cada 25 alunos; uma para cada 40 alunos; um mictório para cada 40 alunos; e um lavatório para cada 40 alunos ou alunas.

§ 2º As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitárias deverão ser colocadas de forma a deixar livres de 0,15 m de altura na parte inferior e de 0,30 m no mínimo, na parte superior;

§ 3º Deverão também, ser previstas instalações sanitárias para professores que deverão atender para cada sexo, à proporção mínima de uma bacia sanitária para cada 10 salas de aula, e os lavatórios serão em número não inferior a um para cada 6 salas de aula.

§ 4º É obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação, na proporção mínima de 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 200 alunos; uma bacia sanitárias para cada 100 alunas e um lavatório para cada 200 alunos ou alunas. Quando por prevista a prática de esportes ou educação física, deverá haver também chuveiros, na proporção de um para cada 100 alunos ou alunas e vestiários separados, com 5,00 m² para cada 100 alunos ou alunas no mínimo.

Art. 268. É obrigatória a instalação de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora na proporção mínima de 1(um) para cada 200 alunos vedada sua localização em instalações sanitárias, nos locais de recreios, a proporção será 1 (um) bebedouro para cada 100 alunos.

44

Page 45: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Parágrafo único. Nos bebedouros, a extremidade do local de suprimento de água deverá estar acima do nível de transbordamento do receptáculo

Art. 269. Os compartimentos ou locais destinados à preparação, venda ou distribuição de alimentos ou bebidas, deverão satisfazer às exigências para estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, no que lhes forem aplicáveis.Art. 270. As áreas destinadas à administração e ao pessoal de serviço, deverão atender às prescrições para locais de trabalho, no que aplicáveis.

Art. 271. Nos internatos, além das disposições referentes a escolas, serão observadas as referentes habitações, ao dormitórios coletivos, quando houver, e aos locais de preparo, manipulação e consumo de alimentos, no que lhes forem aplicáveis.

Parágrafo único. Deverá haver, também nos internatos, local para consultório médico, com leitos anexos.

Art. 272. Nas escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio é obrigatória a existência de local coberto para recreio, com área, no mínimo igual a 1/3 (um terço) da soma de áreas das salas de aula e no máximo 1/3 (um terço) da área não ocupada pela edificação.

Art. 273. As áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro público, que permita escoamento rápido dos alunos, em caso de emergência: para tal fim, as passagens não poderão ter largura total inferior a correspondente a 0,01m (1 centímetro) por aluno, nem vãos inferiores a 2,00m (dois metros).

Art. 274 As escolas ao ar livre, parques infantis e congêneres, obedecerão às exigências deste Regulamento no que aplicáveis.

Art. 275. Os reservatórios de água potável das escolas terão capacidade, adicional à que for exigida para combate a incêndio, não inferior à correspondente a 50 litros por aluno.

Parágrafo único. Esse mínimo será de 100 litros por aluno, nos semi-internatos e 150 litros por aluno nos internatos.

Art. 276. Os pisos das salas de aula serão obrigatoriamente revestidos de materiais que proporcionem adequado isolamento térmico tais com madeira, piso vinílico, borracha ou cerâmica.

Art. 277. As salas de aulas, quando de forma retangular, terão comprimento igual a, no máximo uma vez e meia a largura.

Parágrafo único. As salas de aulas especializadas ficam dispensadas das exigências deste artigo, devendo entretanto, apresentar condições adequadas às finalidades de especialização.

Art. 278. O pé direito médio da sala de aula não será inferior a 3,00 m. com o mínimo, em qualquer ponto, de 2,50 m.

Art. 279. Quando a escola possuir curso profissionalizante ou superior, deverão ser dotadas de compartimentos e instalações necessárias à prática ou demonstrações relativas às especializações previstas, sendo que esses compartimentos deverão observar as normas específicas correspondentes às atividades a que se destinarem.

45

Page 46: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SUBSEÇÃO XIINDÚSTRIA, FÁBRICAS E OFICINAS E POSTOS DE SERVIÇOS

Art. 280. As garagens, oficinas, postos de serviço e de abastecimento de veículos estão sujeitos às prescrições referentes aos locais de trabalho em geral, no que lhes forem aplicáveis.

Art. 281. Os serviços de pintura nas oficinas de veículos deverão atender às prescrições referentes ao controle da poluição do ar, estabelecidas pelo órgão encarregado da proteção do meio ambiente.

Art. 282. Os despejos das garagens, oficinas, postos de serviço e de abastecimento de veículos, nos quais seja feita lavagem ou lubrificação deverão passar pôr instalação retentora de areia e graxa, aprovada pelo órgão competente.

Art. 283. Os edifícios destinados à fabricas ou oficinas, deverão ter, obrigatoriamente, estrutura de concreto armado ou metálica.

Art. 284. Deverão ser de material incombustível a estrutura do edifício, as paredes externas e as escadas.

Art. 285. Os locais de trabalho terão, como norma, pé-direito não inferior a 4,00 m, assim consideradas a altura livre compreendida entre a parte mais alta do piso e a parte mais baixa da estrutura do teto.

Art. 286. Poderá ser de 3,00 m, o pé direito dos compartimentos que não possua fontes de calor e situados.

a) em pavimentos situados superior ao térreo ou em subsolo;b) no pavimento térreo quando destinados à administração e quando não constituam local de trabalho.

Art. 287. Nos compartimentos destinados a ambulatórios, refeitórios e similares, o piso e as paredes até a altura mínima de 2m, deverão ser revestidos de material liso, impermeável e resistente a lavagens frequentes, além de atender resoluções específicas.

Art. 288. As fábricas e oficinas com mais de um pavimento deverão dispor, pelo menos, de uma escada ou rampa com largura mínima de 1,20 m e atendidas mais as seguintes condições:

a) em pavimentos situados superior ao térreo ou em subsolo;b) nos trechos em leque, o raio de curvatura mínimo de bordo interior, deverá ser de um metro e a largura mínima dos degraus na linha de piso de 0,28 m.c) sempre que a largura da escada ultrapasse de 2,50, será obrigatório a sua divisão por corrimões intermediários de tal forma que as subdivisões resultantes, não ultrapassem a largura de 1,50 m.d) sempre que não haja mudança de direção na escadas, o corrimão ou corrimões intermediários deverão ser contínuos.e) as escadas e rampas que forem saídas de emergência devem atender às especificações da NBR 9077.

Art. 289. Os compartimentos que destinados a local de trabalho, deverão dispor de aberturas de iluminação natural ou artificial apropriada a natureza da atividade, perfazendo área total não inferior a 1/5 da área do piso.

§ 1º A área iluminante será formada pelas janelas, inclusive as localizadas nas aberturas, tais como lanternins "sheds".

46

Page 47: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 2º Poderá também ser computada no cálculo a área das claraboias, até o máximo de 20% da área iluminante exigida.

§ 3°. Para a iluminação artificial, quando justificada tecnicamente, deverão ser observadas as normas previstas na legislação sobre higiene e segurança do trabalho.

Art. 290. A iluminação deve ser adequada ao trabalho a ser executado, evitando-se o ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.

Art. 291. Na área total das aberturas de ventilação será, no mínimo, 2/3 da área iluminante exigida.

Art. 292. Quando a atividade a ser exercida no local de trabalho for incompatível com a ventilação ou iluminação natural, estas poderão ser obtivas por meios artificiais ou mecânicos.

Art. 293. Os locais de trabalho terão instalações sanitárias separadas, para cada sexo, e dimensionadas por turno de trabalho, nas seguintes proporções:

I - Uma bacia sanitária, um mictório, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo masculino.

II - Uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino.

Parágrafo único. Será exigido um chuveiro para cada 10 empregados nas atividades ou operações insalubres, nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, alergizantes ou substâncias que provoquem sujidade e nos casos em que haja exposição a calor intenso.

Art. 294. Os compartimentos das bacias sanitárias e dos mictórios deverão ser ventilados para o exterior não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições; e deverá existir, entre eles, antecâmaras com abertura para o exterior ou ventilação e iluminação por meios artificiais e mecânicos.

Art. 295. Quando o acesso aos compartimentos sanitários depender de passagem ao ar livre, essa deverá ser coberta e ter a largura mínima de 1,20 m.

Art. 296. As fábricas e oficinas, deverão dispor de compartimentos de vestiários dotados de armários devidamente separados para uso de um e outro sexo e com área útil não inferior a 0,35 m² por operário previsto na lotação do respectivo local de trabalho, observado o afastamento mínimo de 1,35 m entre as frentes dos armários e a área mínima de 6 m²

Parágrafo único. Os vestiários não poderão servir de passagem obrigatória.

Art. 297. Os compartimentos destinados à refeitório e os destinados a ambulatórios deverão ter pisos e paredes até a altura de 2 m, revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

Art. 298. As instalações industriais, cujo funcionamento produza ruídos ou vibrações danosas à saúde ou ao bem estar da vizinhança, deverão ser dotadas de dispositivos destinados a suprir esses inconvenientes, conforme a legislação vigente.

Art. 299. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado a refeições.

Parágrafo único. Quando houver mais de 300 empregados é obrigatória a existência de refeitório com área de 1,00m² por usuário/turno.

47

Page 48: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 300. Na existência de cozinha deverá atender as legislações especificas e resoluções da ANVISA.

Art. 301. O estabelecimento em que trabalharem 30 ou mais mulheres, e que não mantenha convênio nos termos da legislação federal pertinente deverá dispor de creche ou local apropriado onde seja permitido às empregadas guardas, sob vigilância e assistência, os seus filhos no períodos de amamentação.

Art. 302. Para oficinas de funilaria e pintura deverá ser previsto compartimento especial para solda e pintura.

§ 1º As oficinas destinadas à funilaria e pintura não poderão fazer parte de edificações destinadas ao uso residencial. § 2º As oficinas mecânicas que possuírem funilaria e pintura deverão atender às exigências para estas atividades.

§ 3º Os compartimentos destinados a abrigar serviços de lavagem, lubrificação e pintura serão executados de forma a impedir a dispersão do material em suspensão utilizado no serviço.

Art. 303. Os compartimentos especiais destinados a abrigar fontes geradoras de calor deverão ser isolados termicamente.

Art. 304 As águas provenientes de lavagem dos locais de trabalho deverão ser lançadas na rede coletora de esgoto ou ter uma outra destinação conveniente, autorizada pelo órgão competente municipal.

SUBSEÇÃO XII

LOCAL PARA ASSISTÊNCIA MÉDICA

Art. 305. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 10 operários deverá existir compartimento para ambulatório, destinado a socorros de emergência, com 6,00 m², de área mínima e com:

I - paredes revestidas até a altura de 1,50 m, no mínimo, com material liso,resistente, impermeável e lavável;

II - piso revestido com material liso, resistente, impermeável e lavável.

Parágrafo único. O ambulatório deverá cumprir ainda as exigências das resoluções ANVISA.

SUBSEÇÃO XIIILOCAIS DE TRABALHO DE PEQUENAS DIMENSÕES E PECULIARIDADES

Art. 306. O pé direito dos locais referidos nesta subseção será, como regra, não inferior a 3,00 m podendo ser admitidas, desde que devidamente justificadas, reduções até 2,70m. Art. 307. Os vestiários, sem casos devidamente justificados, poderão ter área inferior a 6,00 m², a critério da autoridade sanitária.

Art. 308. Aos locais de trabalho para pequenas oficinas e indústrias de pequeno porte aplicam-se as seguintes disposições:

I - Oficinas de marcenaria desde que utilizem somente máquinas portáteis deverão ter compartimento de trabalho, com área não inferior a 20,00 m², e serão dotadas de instalação sanitária e, quando necessário, de vestiário com chuveiro.

48

Page 49: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

II - Oficinas de borracheiro:

a) deverão dispor, além dos compartimentos destinados ao conserto de pneus e à venda de materiais, de área ou pátio de trabalho;b) quando não integradas ou conjugadas a outro local de trabalho que disponha de instalação sanitária deverão ter suas próprias, além de vestiário com chuveiro, quando necessário.

III - Oficinas de funilaria e serralheria:

a) os locais de trabalho para oficinas de serralheria e funilaria não poderão fazer parte de edificações para habitação ou escritórios;b) deverão dispor, no mínimo de: compartimento de trabalho com área não inferior a 20,00 m², compartimento especial para aparelhos de solda a gás, instalação sanitária e quando necessário, vestiário com chuveiro.

IV - Oficinas de tinturaria, deverão dispor de, pelo menos, área coberta para atendimento ao público, compartimento de trabalho com 20,00 m², no mínimo, área de secagem, instalação sanitária e, quando necessário, vestiário com chuveiro;

V - Oficinas de sapateiro e de vidraceiro: deverão ser constituídas, no mínimo, de compartimento de trabalho, instalação sanitária e, quando necessário, de vestiário com chuveiro.

VI - Oficinas mecânicas diversas:

a) os locais para oficinas mecânicas não poderão fazer parte de edificações para habitação ou escritórios;b) deverão dispor de, pelo menos, compartimentos de trabalho com área suficiente a evitar trabalhos nos passeios, de instalações sanitárias e, quando necessário, de vestiário com chuveiro;c) quando houver trabalhos de solda ou pintura, deverão dispor de compartimentos separados adequados a essas atividades.

§ 1º Outros locais não mencionados neste artigo terão as exigências mínimas estabelecidas pela autoridade sanitária segundo critério de similaridade.

§ 2º Os pisos dos locais a que se refere este artigo serão revestidos de material resistente, impermeável, liso e lavável e as paredes com barra impermeável até 2,00 m de altura, no mínimo.

Art. 309. Os alojamentos provisórios para trabalhadores, destinados a serviços a céu aberto, deverão ser adequados a oferecer proteção contra o frio, a umidade ou os ventos, e dispor de suprimento de água potável e adequada disposição de esgotos.

Parágrafo único. Quando localizados em áreas insalubres, serão também tomadas as medidas necessárias a prevenir a transmissão de endemias.

Art. 310. As águas provenientes de lavagem dos locais de trabalho deverão ser lançadas na rede coletora de esgoto ou ter uma outra destinação conveniente, autorizada pelo órgão sanitário competente.

SUBSEÇÃO XIV INDÚSTRIA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 311. Os estabelecimentos a que se refere esta Seção deverão atender todas as legislações vigentes em especial as resoluções ANVISA.

49

Page 50: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SUBSEÇÃO XV POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS AUTOMOTIVOS – PRCA,

SERVIÇOS DE LAVAGEM AUTOMOTIVA E TROCA DE ÓLEODEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEIS

Art. 312. A implantação de postos revendedores e de abastecimento de derivados de petróleo e outros combustíveis, de lava-rápidos e troca de óleo, deverá obedecer aos critérios estabelecidos pela Lei Municipal vigente, e demais leis e normas, federais e estaduais pertinentes.

Art. 313. Os depósitos de abastecimento e armazenamento de combustível deverão ter afastamentos das divisas e das edificações conforme normas técnicas e legislação vigente.

Art. 314. A área dos postos de abastecimento de combustíveis, não edificada, mantida a área permeável, deverá ser pavimentada em concreto ou asfalto, com declividade suficiente para escoamento de água, e drenada através de grelhas de maneira a impedir o escoamento das águas de lavagem do piso para a via pública.

§ 1º Deverá ser construído mureta ou obstáculo, de maneira a defender os passeios do tráfego de veículos, nas esquinas e nas frentes da área não utilizada para acesso de veículos.

§ 2º Os aparelhos abastecedores ficarão distantes, no mínimo, cinco metros do alinhamento da rua.

Art. 315. Os postos de abastecimento e estabelecimentos congêneres deverão dispor de:

I - Compartimento para chuveiro, sanitário, lavatório e armário para funcionários;

II - Sanitários para público, separados por sexo;

III - Sanitários para deficientes físicos portadores de necessidades especiais.

Art.316. A lavagem, limpeza e lubrificação de veículos deverão ser feitas de maneira a evitar a dispersão de poeira, água ou substância oleosa, bem como estes compartimentos deverão ter paredes revestidas de material impermeável, liso e resistente a frequentes lavagens e deverão obedecer aos requisitos seguintes:

I. O pé-direito mínimo será de 4,50m;

II. As paredes serão revestidas até a altura mínima de 2,50m de material impermeável, liso e resistente a frequentes lavagens;

III. As paredes externas não possuirão aberturas livres para o exterior;

IV. Deverão ser localizados de maneira que distem os mínimos de 6,00 m dos alinhamentos das ruas e 3,00 m das demais divisas.

V. nas áreas destinadas a lavagem de veículos é obrigatória a instalação de equipamentos para reutilização da água. 

SUBSEÇÃO XVI DOS DEPÓSITOS E INSTALAÇÕES DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO.

Art.317. Todas as edificações que utilizarem gás combustível, exceto as de uso unifamiliar, deverão dispor de instalações apropriadas, devendo observar a legislação e normas pertinentes em vigência:

50

Page 51: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

I - os ambientes ou compartimentos que contiverem equipamentos ou instalações com funcionamento a gás, deverão ser dotados de ventilação permanente, assegurada por aberturas diretas para o exterior, atendendo às Normas técnicas e Legislação vigente;

II - o armazenamento de recipientes de gás deverá ser localizado no exterior das edificações em ambiente exclusivo, dotado de aberturas para ventilação permanente, atendendo às normas técnicas vigentes;

III - o atendimento às exigências previstas na legislação estadual de prevenção e combate a incêndios;

IV - As instalações deverão obedecer às exigências previstas pelas normas técnicas da ABNT e obter as aprovações junto aos órgãos competentes.

Parágrafo único. Poderão algumas edificações obter dispensa do atendimento ao caput deste artigo, desde que tecnicamente justificável, devendo em qualquer caso, serem observadas as condições de segurança previstas em normas específicas.

SUBSEÇÃO XVII DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS

Art. 318. Os depósitos de explosivos não poderão ser localizados dentro do perímetro urbano e deverão satisfazer ao seguinte:

a) pé direito terá, no mínimo, 4 m, e no máximo 5 m.b) todas as janelas deverão ser providas de venezianas de madeirac) as lâmpadas elétricas deverão ser protegidas por tela metálica;d) dispor de proteção adequada contra descarga atmosféricas.e) o piso será resistente, impermeável e incombustívelf) as paredes serão construídas de material incombustível e terão revestimento em todas as faces internas;

Art. 319. Os estabelecimentos a que se refere esta Seção deverão atender todas as legislações vigentes.

SUBSEÇÃO XIX DAS FÁBRICAS DE EXPLOSIVOS

Art. 320. Os edifícios destinados à fabricação propriamente dita, bem assim os paióis de explosivos não poderão localizar-se dentro do perímetro urbano e deverão observar, entre si e com relação às demais construções, o afastamento mínimo de 50 m, respeitando-se as restrições da NR19. Na área de isolamento assim obtida serão levantados os merções de terra de 2m de altura no mínimo, onde deverão ser plantadas árvores.

Art. 321. Os estabelecimentos a que se refere esta Subseção deverão atender todas as legislações vigentes.

SUBSEÇÃO XVIIIDEPÓSITOS DE INFLAMÁVEIS

Art. 322. Os entreposto e depósito destinados ao armazenamento de inflamáveis não poderão ser construídos, adaptados ou instalados, sem consulta específica e prévia da Prefeitura. O pedido deverá ser instruído com:

a) memorial descrito da instalação, mencionando os inflamáveis, a natureza e a capacidade

51

Page 52: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

dos tanques ou recipientes, os dispositivos protetores contra incêndio, aparelhos de sinalização, assim como todo o aparelhamento ou maquinário a ser empregado na instalação;b) planta em três vias, na qual deverá constar a edificação, a implantação do maquinário e a posição dos recipientes ou dos tanques.

Parágrafo único. No caso de depósito destinados a armazenamento em recipientes ou tanques de volume superior a 10.000 litros, os documentos que instruem o pedido deverão ser subscritos e a instalação ser executada sob a responsabilidade de profissional habilitado.

SUBSEÇÃO XXV ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS

Art. 323. Além das disposições gerais contidas nesta lei, e sem prejuízo das demais legislações federais, estaduais e municipais existentes, os estabelecimentos bancários deverão atender às disposições contidas nesta subseção.

Art. 324. A acessibilidade aos caixas de autoatendimento ocorrerá conforme a NBR 15.250 específica.

Art. 325. A área de operação dos caixas deverá ser dotada de mecanismos que impossibilitem totalmente a sua visualização por parte da área de espera.

§ 1º Entende-se por mecanismos, qualquer obstáculo físico ao campo de visão das pessoas adultas.

§ 2º A distância mínima entre os caixas em operação e a área de espera é de 02 (dois) metros.

§ 3º Deverá estar afixada, em locais visíveis e de fácil leitura, cartazes orientando a população quanto aos procedimentos pessoais de segurança.

Art. 326. Quando dotada de porta com dispositivo de travamento eletrônico, deverá existir "guarda-volumes", a disposição dos clientes, na área anterior a este acesso.

§ 1º O ''guarda- volumes'' deverá:

I - ter chaves individuais que fiquem com o usuário enquanto este permanecer no interior do estabelecimento;

II - ser em número compatível com o fluxo de pessoas previsto para o estabelecimento em questão.

III - estar posicionado junto ao local de acesso, anteriormente às portas de que trata o Art. 331 desta Lei; 

Art. 327. O descumprimento ao disposto na presente Lei ensejará multa diária até a solução da desconformidade.

Art. 328. As instituições bancárias e financeiras devem ser dotadas de bebedouros, sanitários públicos feminino e masculino, incluindo atendimento aos portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida. Art. 329. Próximo ao guichê de atendimento preferencial ou seja para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida devem ser previstos assentos, em quantidade suficiente a este atendimento.

52

Page 53: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Parágrafo único. Os assentos de que trata o caput deste artigo, deverão ser disponibilizados em um número mínimo de 10 (dez) por agência, devidamente sinalizados.

SUBSECÃO XXVI DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS NÃO RESIDENCIAIS

Art. 330. As edificações destinadas ao uso não residencial deverão dispor de instalação sanitária quantificada em razão da população em quantidades recomendadas pela legislação sanitária vigente e as normas técnicas aplicáveis.

§ 1º Neste cálculo serão descontadas da área bruta as áreas destinadas à própria instalação sanitária e a garagem.

§ 2º Quando a população calculada exceder 20 (vinte) pessoas haverá, necessariamente, instalações sanitárias separadas por sexo, distribuídas em decorrência da atividade desenvolvida e do tipo de população predominante.

Art. 331. Para fins desta Lei, as instalações sanitárias são divididas em:

I - ISS – Instalação Sanitária Simples = 1 bacia e 1 lavatório; II - ISC – Instalação Sanitária Completa = 1 bacia, 1 lavatório e 1 mictório

Parágrafo único. Nos sanitários masculinos, 50% (cinquenta por cento) das bacias poderão ser substituídas por mictórios.

Art. 332. Deverão ser dotadas de anteparos ou antecâmaras as instalações sanitárias que derem acesso direto a compartimentos ou local destinado a trabalho, comércio, reunião, lazer, esportes, refeitórios, salas de consumação ou preparo de alimentos.

Art. 333. O percurso real de qualquer ponto de uma edificação não residencial, exceto shoppings, a uma instalação sanitária será no máximo de 50,00 m (cinquenta metros), podendo se situar em andar contíguo ao considerado.

§ 1º Nos shoppings, os sanitários deverão estar localizados a 50 m (cinquenta metros) dos cinemas, teatros e praças de alimentação, tomando-se esta distância entre a porta do sanitário e o ponto mais próximo da sala de teatro, cinema ou da praça de alimentação.

§ 2º Nas indústrias, as instalações sanitárias poderão estar a maior distância desde que permitido pelas leis trabalhistas.

§ 2º Será obrigatória a previsão de, no mínimo, uma bacia e um lavatório junto a compartimento destinado ao consumo de alimentos, devendo estar situados no mesmo pavimento deste.

Art. 334. As instalações sanitárias serão dimensionadas em razão do tipo de peças que contiverem, conforme tabela abaixo.

TABELATipo de peça Dimensão mínima da

instalação – largura (m)Dimensionamento área (m2)

Bacia 0,80 1,00Lavatório 0,80 0,64Chuveiro 0,80 0,64Mictório 0,80 0,64Bacia e lavatório 0,80 1,20Bacia, lavatório e chuveiro 0,80 2,00Bacia/uso – deficiente físico 1,40 2,24

53

Page 54: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 1º Junto ao chuveiro será obrigatória a previsão de vestiário, dimensionado à razão de 1,20 m2 (um metro e vinte centímetros quadrados) para cada chuveiro, salvo em unidade habitacional.

§ 2º Os lavatórios e mictórios coletivos dispostos em cocho serão dimensionados à razão de 0,60 m (sessenta centímetros) por usuário.

Art. 335. As instalações Sanitárias deverão ser dimensionadas:

I - compartimentos sanitários

a) contendo somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m;c) contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m;d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;e) contendo somente chuveiro, 1,30 m², com dimensão mínima de 1,00 m;f) antecâmaras, com ou sem lavatório, 0,90 m², com dimensão mínima de 0,90 m;g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessárias, segundo disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso cômodo;h) celas, em compartimentos sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;i) mictórios tipo calha, de uso coletivo, 0,60 m, em equivalência a um mictório tipo cuba;j) separação entre mictórios tipo cuba, 0,60 m, de eixo a eixo.

II - Largura de corredores e passagens:

a) em habitações unifamiliares e unidades autônomas de habitações multifamiliares, 0,90 m;b) em outros tipos de edificação:

1) quando de uso comum ou coletivo, 1,20 m;2) quando de uso restrito, poderá ser admitida redução até 0,90 m.

III - Compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação

Art. 336. Os vestiários deverão atender às normas específicas para sanitários, e ainda serem separados por sexo e providos de armários com área correspondente a 0,35m² (trinta e cinco decímetros quadrados) por empregado, devendo, ainda, possuir:

I - um armário, de preferência impermeabilizado, para cada empregado;

II - paredes revestidas até 1,5 m, no mínimo, com material liso e impermeável;

III - piso de material liso, resistente e impermeável;

IV - portas com mola;

V - aberturas teladas.

Art. 337. Quando o acesso aos compartimentos sanitários depender de passagem ao ar livre, essa deverá ser coberta e ter a largura mínima de 1,20 m.

Art. 338. Além das disposições contidas nesta Lei, deverão ser atendidas as demais legislações federais, estaduais e municipais e normas técnicas da ABNT.

SUBSEÇÃO XXVII DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS RESIDENCIAIS

54

Page 55: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 339. Toda habitação deverá dispor de um compartimento sanitário

I - As instalações Sanitárias deverão ser dimensionadas:

a) contendo somente bacia sanitária: 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m;b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m;c) contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00 m², com dimensão mínima de 1,00 m;d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50 m², com dimensão mínima de 1,00 m;e) contendo somente chuveiro, 1,30 m², com dimensão mínima de 1,00 m;

Art. 340. Os compartimentos sanitários não poderão ter comunicação direta com salas de refeições, cozinhas ou despensas.

Art. 341. Nos compartimentos sanitários providos de aquecedor a gás, carvão ou semelhante, deverá ser garantida, adicionalmente, a ventilação por meio de aberturas próximas ao piso e ao teto.

Art. 342. Nos compartimentos sanitários as paredes até 1,50 m de altura no mínimo e os pisos, serão revestidos de material impermeável e resistente à frequentes lavagens.

CAPÍTULO V

SEÇÃO IVENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

Art. 343. Para fins de iluminação e ventilação, todo o compartimento deverá dispor de abertura voltado diretamente com logradouro ou espaço livre dentro do lote.

§ 1º Serão dispensados de iluminação e ventilação natural os seguintes compartimentos:

I. hall, saguões de elevadores ou circulação com área até 12,00 m² (doze metros quadrados) de piso ou 10,00 (dez metros) de comprimento;

II. despensa, depósito e quartos de vestir (closet) até 4,00 m² (quatro metros quadrados) de área de piso;

§ 2º Para efeito de iluminação e ventilação só serão consideradas as aberturas distantes no mínimo, 1,50m das divisas do lote.

§ 3º Para efeito da iluminação, serão também considerados os espaços livres contíguos de prédios vizinhos desde que garantidos por recuos legais obrigatórios ou servidão em forma legal, devidamente registrada no Registro de Imóveis, da qual conste a condição de não poder ser desfeita sem consentimento da Municipalidade.

§ 4º Os espaços livres poderão ser cobertos até o nível inferior das aberturas no pavimento mais baixo por eles insolado, iluminado ou ventilado.

Art. 344. Não serão considerados ventilados ou iluminados os compartimentos cuja profundidade, a partir da abertura iluminante, for maior que três vezes o seu pé direito, ou 2,5 a largura, incluída na profundidade a projeção da saliência, pórtico, alpendre ou outra cobertura.

§ 1º No caso de lojas a profundidade máxima permitida será de cinco (5) vezes o seu pé direito.

55

Page 56: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 2º Excetuam-se das exigências deste artigo os compartimentos sanitários.

Art. 345. Os logradouros e, bem assim, as áreas resultantes de recuos de frente legais obrigatórios, serão considerados espaços livres suficientes, para efeito de iluminação e ventilação.

Art. 346. Para efeito de iluminação, os espaços livres dentro do lote serão classificados em abertos e fechados. Para esse fim, a linha divisória entre os lotes é considerada como fecho.

Art. 347. Considerem-se também suficientes para a iluminação de dormitórios independentes da orientação, os espaços livres fechados, de forma e dimensões tais que contenham, em plano horizontal, área equivalente a H²/4 onde H representa, sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso do pavimento mais baixo em que haja dormitórios e salas residenciais, pelo mesmo espaço livre iluminado.

I - É permitido o escalonamento, devendo então para o cálculo do espaço livre correspondente à cada pavimento, sucessivamente inferior, ser deduzida da H a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e do pavimento considerado.

II - A dimensão mínima desse espaço livre fechado será sempre igual ou maior que H/4 não podendo em caso algum, ser inferior a 2,00 metros.

III - A área desses espaços livres fechados não poderão ser inferior a 10 metros quadrados.

IV - Os espaços livres fechados poderão ter qualquer forma desde que em qualquer posição destes, no plano horizontal considerado, possa ser inscrito um círculo de diâmetro igual a H/4.

Art. 348. Espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), junto às divisas do lote ou entre edificações, de largura maior ou igual a H/ 6, com o mínimo de 2,00 m (dois metros) para dormitórios e salas residenciais.

Art. 349. Para iluminação e ventilação de compartimentos de permanência prolongada, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6 metros quadrados para até 2 pavimentos, com dimensão mínima de 2,00 m. A relação entre as dimensões desse espaço livre não poderá ser inferior a de 2:3.

Art. 350. Para a iluminação e ventilação de cozinhas, despensas, jantar e copas até 3 pavimentos, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6 metros quadrados com o acréscimo de 2 metros quadrados para cada pavimento excedente dos três. A dimensão mínima será de 2,00 metros, respeitando-se entre seus lados a relação 2:3.

Art. 351. Para Iluminação ou ventilação para Quartos de Vestir, quando conjugados à dormitórios, com área útil de até 6,00 m2, para até 3 pavimentos, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6 metros quadrados com o acréscimo de 2 metros quadrados para cada pavimento excedente dos três. A dimensão mínima será de 2,00 metros, respeitando-se entre seus lados a relação 2:3

Art. 352. Para a ventilação de compartimentos sanitários, caixas de escada e corredores de mais de 10 metros de comprimento, será suficiente o espaço livre fechado, até 4 pavimentos de área mínima de 4,00 metros quadrados. Para cada pavimento excedente desses 4 haverá um acréscimo de 1,00 metro quadrado por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m respeitando-se entre as dimensões a relação 2:3.

Art. 353. Em qualquer tipo de edificação será admitida a ventilação indireta ou ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante:

I - ventilação indireta através de compartimento contiguo, por meio de duto de seção não inferior a 0,40 m² com dimensão vertical mínima de 0,40 m e extensão não superior a 4,00 m. Os dutos deverão se abrir para o exterior e ter as aberturas teladas;

56

Page 57: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

II - ventilação por meio de chaminé de tiragem atendendo aos seguintes requisitos mínimos:

a) seção transversal dimensionada de forma a que correspondam, no mínimo, 6 dm² (seis decímetros quadrados) de seção, para cada metro de altura da chaminé, devendo em qualquer caso, ser capaz de conter um circulo de 0,60 m de diâmetro:b) ter prolongamento de pelo menos um metro acima da cobertura;c) ser provida de abertura inferior que permita limpeza, e de dispositivo superior de proteção contra a penetração de águas de chuva.

Art. 354. Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores) serão considerados suficientes para a iluminação e ventilação de cômodos de permanência prolongada, com até 2 pavimentos, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/6, respeitando-se o mínimo absoluto de 1,50 m. Acima de 2 pavimentos, será respeitado H/6 com mínimo de 2,00 m.

Parágrafo único. H representa sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso daquele mais baixo.

Art. 355. Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores), serão considerados suficientes para iluminação e ventilação de compartimentos de permanência transitória, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/12, com o mínimo absoluto de 1,50m.

Parágrafo único. H representa sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso daquele mais baixo.

Art. 356. São permitidas reentrâncias para iluminação e ventilação de compartimentos, desde que sua profundidade, medida em plano horizontal não seja inferior à sua largura, respeitando-se o mínimo absoluto de 1,50 m.

Parágrafo único Nas fachadas construídas no alinhamento da via pública, só será permitido reentrância observado o presente artigo, acima do pavimento térreo.

Art.357. Não serão considerados ventilados ou iluminados os compartimentos:

I - cuja profundidade, a partir da abertura iluminante, for maior que três vezes o seu pé direito, para usos residenciais e 5 (cinco) vezes o seu pé direito para outros usos, incluída na profundidade a projeção da saliência, pórtico, alpendre ou outra cobertura.

II - o vão de iluminação e ventilação somente poderá ser aberto para reentrância cuja profundidade máxima seja igual à sua largura;

III - o vão de iluminação e ventilação poderá ser fechado por esquadria, desde que garantidas as condições de ventilação, respeitadas as demais normas legais pertinentes.

Art. 358. As aberturas destinas a iluminação ou ventilação, deverão apresentar as seguintes áreas mínimas:

a) 1/8 da área útil do compartimento, para usos residenciais, com mínimo de 0,60 m2;b) 1/5 da área útil do compartimento, para usos não residenciais, com no mínimo de 0,60 m2

Art. 359. Em casos especiais poderão ser aceitas ventilação e iluminação artificiais, em substituição às naturais, desde que comprovada sua necessidade e atendidas às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Parágrafo único - Para os sub-solos, a autoridade municipal competente poderá exigir a ventilação artificial ou demonstração técnica de suficiência da ventilação natural.

Art. 360. Poderá ser aceita iluminação e ventilação artificial, para qualquer tipo de edificação, como alternativa ao atendimento das exigências dos artigos anteriores, referentes a iluminação

57

Page 58: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

e ventilação natural, demonstração técnica de sua suficiência, na forma que for estabelecida em Norma Técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 361 Nos espaços livres garantidores de iluminação ou ventilação, não poderão ser edificados construções de qualquer natureza.

Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica mesmo no caso de vir a ser o espaço livre incorporado a lote vizinho, de outro proprietário.

Art. 362. A iluminação e ventilação da edificação, e seus compartimentos, deverão ser proporcionados por:

I - Recuos obrigatórios previstos no Plano Diretor vigente e alterações futuras;

II - Áreas livres internas do lote;

III - Alternativa que garanta desempenho equivalente ou superior aos métodos previstos neste Código.

Art.363. As dimensões mínimas dos vãos de iluminação e ventilação estão definidos no Anexo II.

§ 1º Para fins de iluminação e ventilação natural, todo compartimento deverá dispor de abertura comunicando-o diretamente com o exterior.

§ 2º A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso, no mínimo, a metade da superfície da iluminação natural.

§ 3º Para cálculo da área de ventilação e iluminação naturais serão consideradas as áreas livres das esquadrias e não o vão bruto.

§ 4º Para os subsolos, será exigido ventilação artificial ou atendimento da suficiência da ventilação natural.

§ 5º Em casos especiais compartimentos sanitários, poderão ser aceitas ventilação mecânica e iluminação artificial, em substituição às naturais, desde que comprovada a necessidade e atendidas as normas específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Art. 364. Será permitida a adoção de dispositivos especiais para iluminação e ventilação artificiais em:

I - lavabos;

II - garagens localizadas no subsolo;

III - compartimentos destinados a funções cuja natureza imponha a ausência de iluminação ou ventilação naturais, conforme dispuser o regulamento.

Art. 365. Em atendimento ao Código Civil Brasileiro Nenhuma abertura poderá estar voltada para a divisa do lote e dela distar menos de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), exceto divisa com logradouro e não distar a menos 0,75m (setenta de cinco centímetros) na perpendicular com a divisa do lote, quando não houver proteção por muro.

58

Page 59: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

SEÇÃO IIDIMENSÕES MÍNIMAS DE COMPARTIMENTOS

SUBSEÇÃO I NÃO RESIDENCIAL

Art. 366. Os compartimentos das habitações não residenciais deverão apresentar as áreas mínimas seguintes:

I - salas para escritórios, comércio ou serviços: 10,00 m²;

II - dormitórios coletivos: 5.00 m² por leito com mínimo de 8,00 m2;

III - Recepção: 6,00 m2

IV.- Copa: 4,00 m2

V.- Área para higienização e guarda de material de limpeza ambiental/ Depósito de Material de Limpeza (DML): 1,20 m2, devendo esta área ser exclusiva para higienização de material de limpeza e deve ter tanque provido de água.

VI - compartimentos sanitários: conforme previsto na Subseção XXVI- Instalação Sanitárias não Residenciais

VII - Vestiários: com área mínima de 6,00 m² (seis metros quadrados) e não poderão comunicar-se diretamente com os locais de trabalho, devendo existir entre eles antecâmaras com aberturas para o exterior, podendo utilizar-se da mesma antecâmara do sanitário do sexo correspondente e ter com ele comunicação por meio de porta.

SUBSEÇÃO IIRESIDENCIAL

Art.367. Os compartimentos das habitações residenciais deverão apresentar as áreas mínimas seguintes:

I - Salas: 8 metros quadrados (8m2);

II - Quartos de vestir quando conjugados a Dormitórios: 4 metros quadrados (4m2);

III - Dormitórios:

a) quando se tratar de um único: 12.00 m²;b) quando se tratar de dois: 10.00 m² cada um;c)  quando se tratar de três ou mais: 10.00 m² para um, 8.00 m² para outro, e poderá admitir com 6.00 m² para outro;

VI - Cozinhas: 5.00 m².

V- Copa ou sala para refeições: 4,00 m2

VI- Área de Serviço : 1,80 m2 (dimensão mínima de 1,20 m)

VII- Depósitos, despensas, adegas, despejos, rouparias e similares área mínima 1,50 m²

VIII - Banheiro: 2,50 m2

Parágrafo único. A área dos dormitórios será calculada sem incluir a do quarto de vestir.

59

Page 60: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 368. Os dormitórios e salas devem apresentar forma e dimensões tais que permitam traçar, no plano do piso um círculo de 2,00 m de diâmetro.

Art. 369. As cozinhas não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários e dormitórios.

Art. 370. Nas cozinhas, banheiros e áreas de serviço, os pisos e as paredes de área molhada até 1,50 m de altura serão revestidos de material liso, impermeável e resistente à frequentes lavagens.

Art. 371. A copa quando ligada à cozinha por meio de abertura desprovida de esquadria, não poderá ter comunicação direta com compartimento sanitário e dormitório.

TÍTULO VI

DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO E DO ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS

CAPÍTULO IDOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO

Art. 372. Consideram-se espaços de circulação os passeios, as calçadas, as escadas, as rampas, os corredores e os vestíbulos, que deverão ser dimensionados e executados de acordo com as exigências contidas na legislação e normas pertinentes em vigência.

§ 1º A acessibilidade de pedestres e pessoas deficientes e de mobilidade reduzida atenderão, no que couber, as normas de acessibilidade, devendo estar demonstrada em projeto.

§ 2º Os passeios públicos e as calçadas deverão atender, no que couber, as legislações específicas.

Art. 373. As circulações horizontais e verticais e os halls das edificações serão classificados como de uso privativo quando pertencerem a unidades autônomas, e como de uso comum quando destinadas ao acesso a mais de uma unidade autônoma, ou quando houver uso público ou coletivo.

I - A largura mínima dos corredores internos em habitações unifamiliares e unidades autônomas de habitações multifamiliares, será de 0,90 m.

§ 1º - Nos edifícios de habitações coletivas ou para fins comerciais, a largura mínima é de 1,20 m quando de uso comum.

§ 2º - Nos hotéis, hospitais e estabelecimentos assistências de saúde a largura mínima é de 1,50 m quando de uso comum.

§ 3º - Quando de uso restrito poderá ser admitida redução de até 0,90 m.

II - A passagem externa mínima em habitações unifamiliares quando este for a única opção de acesso e não haver nenhuma abertura, será de 0,90 m. livre.

§ 4º Os compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação.

Art. 374. As escadas deverão observar as seguintes exigências:

§ 1º as escadas não poderão ter dimensões inferiores aos valores estabelecidos nas normas especificas para as respectivas edificações que fazem parte e, quando não previstas nas referidas normas especificas , nas normas abaixo:

I - degraus, com piso (p) e espelho(e), atendendo a relação: 0,60 m. <= 2e+p <= 0,65 m.

60

Page 61: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

II - largura:

a) quando de uso comum ou coletivo 1,20 mb) quando de uso restrito poderá ser admitido redução de até 0,90 m.c) estão dispensados as exigências, as escadas tipo marinheiro e caracol, admitida somente para acessos a jiraus, torres, adegas e para casos especiais.

III. - As escadas terão passagem com altura livre não inferior a 2,10 m. IV - será obrigatória a largura mínima de 0,15m junto ao bordo interior da escada, nos trechos em leque.

V - os pisos não devem ser escorregadios, nem apresentar ressaltos em sua superfície;

VI - em todas as habitações coletivas as caixas de escada deverão ser iluminadas e ventiladas conforme a Tabela IX – Anexo II desta Lei, excetuadas as escadas de segurança, que deverão obedecer à legislação específica.

§ 2º As escadas de segurança obedecerão às normas baixadas pelos órgãos competentes.

§ 3º Sempre que o número de degraus consecutivos exceder a 19, será obrigatória a intercalação de patamar com a largura mínima de 0,75 m.

§ 4º Nos edifícios de apartamentos e nos destinados para escritórios, as paredes nas caixas de escadas serão revestidas até 1,50 m no mínimo acima do piso da mesma, com material liso impermeável e resistente a frequentes lavagens.

§ 5º A instalação de corrimão, quando necessário, deverão atender legislação específica.

CAPÍTULO IIDO TRANSPORTE VERTICAL DE PASSAGEIRO, DE CARGA E DE SERVIÇO

Art. 375 Nenhum equipamento mecânico de transporte vertical poderá se constituir no único meio de circulação e acesso à edificação.

§ 1º A instalação de elevadores de passageiros, de carga e de serviço, mesmo que não obrigatórios para a edificação, ficam sujeitos às disposições desta Lei e legislação e normas pertinentes em vigência.

§ 2º Os equipamentos mecânicos das edificações serão instalados atendendo aos limites de ruídos, vibrações e calor estabelecidos nas Normas Técnicas Brasileiras.

§ 3º Todo equipamento mecânico, independentemente de sua posição no imóvel, deverá ser instalado de forma a não transmitir ao imóvel vizinho e aos logradouros públicos ruídos, vibrações e calor, em níveis superiores aos previstos na legislação específica e normas técnicas brasileiras.

Art. 376. Deverá ser obrigatoriamente servida por elevador de passageiros toda edificação, com exceção das construções unifamiliares, que apresentar o piso do último pavimento situado à altura (h) superior a dez metros a partir da soleira do pavimento térreo.

§ 1º Quando o subsolo for utilizado para estacionamento ou tiver qualquer tipo de acesso de entrada à edificação, a altura prevista neste artigo deverá ser contada a partir do nível do subsolo.

§ 2º As edificações com 3 ou mais pavimentos e com menos de 10,0m (dez metros) de altura, deverão obrigatoriamente prever um poço que possibilite a instalação de um elevador.

61

Page 62: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

§ 3º Nas edificações não residenciais destinadas a comércio e serviços poderá ser previsto para o transporte vertical de passageiros a instalação de escadas e/ou esteiras rolante projetadas de acordo com a legislação e normas pertinentes vigentes.

§ 4º Nos edifícios que apresentem piso de pavimento a uma distância vertical maior que 25,00m, correspondente ou no máximo 8 (oito) pavimentos, contados a partir do nível da soleira do pavimento inferior, o número mínimo de elevadores será 2 (dois).

§ 5º Não serão considerados para o cálculo da altura, de que trata este artigo, a casa de máquinas, o ático e o andar de cobertura destinado à zeladoria ou andar superior privativo em unidades duplex.

Art. 377. O número e as dimensões de elevadores de uma edificação, deverão assegurar condições satisfatórias ao uso a que se destina com base na ABNT específica.

Art. 378. Os espaços de circulação fronteiros às portas dos elevadores, em qualquer andar, deverão ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros). Art. 379. É obrigatória a comunicação entre o hall do elevador e a escada de incêndio e segurança.

Parágrafo único - A exigência prevista no caput deste artigo poderá ser dispensada se atendidas as seguintes condições:

I - o elevador der acesso direto a cada uma das unidades autônomas da edificação;

II - cada uma das unidades autônomas da edificação tiver acesso à escada de segurança.

CAPÍTULO IIIDOS TIPOS DE ACESSO, ESTACIONAMENTO, ESPAÇOS PARA CARGA E DESCARGA,

DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS E VAGAS DE ACOMODAÇÃO

Art.380. O acesso de veículos ao imóvel compreende o espaço situado entre a guia da via e o alinhamento do imóvel.

§ 1º Visando garantir a segurança dos pedestres, os acessos para veículos deve ser independente.

§ 2º As vagas de acomodação serão exclusivamente dentro do imóvel e calculadas na relação XXX

§ 3º Para acesso ao nível inferior e superior, o início da curva vertical de concordância do perfil transversal do passeio com a rampa de acesso, deverá iniciar a 3,00 m (três metros) afastado do alinhamento para o interior do imóvel.

Art. 381. Nos condomínios, as vias internas terão, no mínimo, 5,00m de leito carroçável e 1,20m de calçada acessível, livre de obstáculos.

Parágrafo único. Deverá ser previsto acesso para caminhões com altura compatível.

Art. 382. Os espaços de manobra e estacionamento de automóveis serão projetados de forma que estas operações não sejam executadas nos espaços dos logradouros públicos.

Parágrafo único. Exclusivamente para o caso de vagas localizadas no recuo frontal do imóvel, não serão admitidas vagas bloqueadas, quando a manobra se fizer direto na via pública.

Art. 383. Os estacionamentos terão seus espaços para acesso, circulação e guarda de veículos projetados, dimensionados e executados em razão de seu tipo e porte, livres de qualquer

62

Page 63: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

interferência estrutural ou física que possa reduzi-los, eximindo-se a Prefeitura pela viabilidade de circulação e manobra dos veículos e poderão ser dos tipos:

I - privativo: de utilização exclusiva da população permanente da edificação;

II - coletivo: aberto à utilização da população permanente e flutuante da edificação.

Art. 384. O dimensionamento das vagas de estacionamentos, bem como o cálculo da capacidade de lotação, deverão obedecer às normas vigentes e serão de responsabilidade do proprietário, possuidor, autor do projeto ou responsável técnico pela execução da obra.

§ 1º Fica assegurada a reserva de vagas especiais conforme legislações específicas. 

Art.385. As garagens deverão ter pé-direito mínimo de 2 (dois) metros e 30 (trinta) centímetros.

SEÇÃO IEDIFÍCIO-GARAGEM

Art. 386. Caracteriza-se o edifício-garagem pela destinação de toda a edificação ou parte bem definida dela para finalidade específica de estacionamento de veículos, sem vinculação com outras destinações e dispondo de vagas com acesso de uso comum.

§ 1º Deverão observar:

a) pé direito mínimo de 2,30 m.; b) paredes e escadas e bem assim todos os elementos da construção que constituem a estrutura do edifício, de material incombustível; c) paredes até 1,50 m de altura e os pisos revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens; d) havendo pavimento superposto, o teto será de pavimento incombustível; e) ventilação forçada, quando não disponham de ventilação natural de acordo com as normas da ABNT. f) despejos das garagens deverão passar pôr instalação retentora de areia e graxa, aprovada pelo órgão competente.

Art. 387. O edifício-garagem deverá dispor de compartimentos, ou locais, para:

I - recepção e espera do público;

II - acesso e circulação de pessoas;

III - acesso e circulação de veículos;

IV - estacionamento ou guarda de veículos;

V - instalações sanitárias para o público masculino e feminino;

VI - vestiários e sanitários para funcionários;

VII - administração e serviços;

VIII – depósito.

Art. 388. Se o acesso ao edifício-garagem for feito por meio de elevadores ou outros mecanismos, aplicar-se-ão as seguintes disposições:

63

Page 64: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

I - nas faixas de acesso entre o alinhamento do logradouro e a entrada dos elevadores haverá um espaço para acomodação de veículos, com área mínima correspondente a 5% (cinco por cento) de área total de estacionamento servidas pelo acesso, sendo que este espaço terá conformação e posição que facilitem a movimentação e espera dos veículos em direção aos elevadores de forma que não perturbem o trânsito de pessoas e de veículos no logradouro;

II - os elevadores ou outros meios mecânicos deverão ter capacidade para absorver amplamente o fluxo de entrada e de saída de veículos;

§ 1º O equipamento adotado no caso deste artigo deverá ter capacidade mínima para atender a 1/150 (um para cada cento e cinquenta) da lotação total do estacionamento, por minuto, adotando-se o tempo médio de 3 (três) minutos para a movimentação de um veículo por elevador.

§ 2º A concordância do nível da soleira com o do passeio nas entradas de veículos, deverá ser feita em sua totalidade, dentro do lote.

§ 3º O acesso às garagens, quando com capacidade superior a 50 carros, deverá ser obtido por meio de dois ou mais vãos de largura mínima de 3 m cada um, admitindo-se um único com largura mínima de 5,00 m.

§ 4º As rampas para tráfego de veículos, terão a largura mínima de 3 m e a declividade máxima de 20%.

§ 5º Deverão ser dotadas de instalações e equipamentos adequados contra incêndio.

TÍTULO VIIDOS SISTEMAS DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

Capítulo ÚnicoDas Condições Gerais e dos Sistemas de Segurança e Combate a Incêndio

Art. 389. As exigências relativas às disposições construtivas da edificação e instalação de equipamentos, consideradas essenciais à circulação e à segurança de seus ocupantes, visam, em especial, permitir a evacuação da totalidade da população em período de tempo previsível e com as garantias necessárias de segurança, na hipótese de risco.

Art. 390. As edificações deverão conter condições de prevenção e combate a incêndio e pânico, conforme determinam as leis específicas de segurança e de combate a incêndio e as Normas Técnicas Brasileiras.

Parágrafo único. Excetuam-se da exigência do caput deste artigo as residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao logradouro público a via interna e com instalações de gás individuais.

TÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 391. Qualquer tipo de intervenção ou restauração, em imóvel tombado, em processo de tombamento ou indicado para preservação, ou indicado em área envoltória de imóvel tombado, somente será autorizada, após anuência expressa do órgão municipal, estadual ou federal, responsável pela medida protecionista.

Art. 392. Os processos administrativos em tramitação na Prefeitura que tratam de aprovação de empreendimentos ou edificação, a pedido do proprietário, responsável pelo projeto ou obra, poderão ser licenciados nos termos desta Lei.

64

Page 65: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Art. 393. O autor do projeto e o responsável técnico pela execução da obra, estão dispensados de apresentação de autorização ou procuração do proprietário ou possuidor, para juntar, retirar documentos e praticar todos os atos necessários ao licenciamento do empreendimento ou obra em geral.

Art. 394. As multas previstas nesta Lei, constantes da Tabela do Anexo III, terão seus valores fixados por decreto do Executivo entre os valores mínimo e máximo nela estabelecidos, e deverão ser recolhidas aos cofres públicos no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data de sua imposição, sob pena, de findo tal prazo, serem inscritas em Dívida Ativa.

Art.395. As solicitações não previstas nesta Lei, deverão obedecer às disposições constantes na legislação Municipal, Estadual e Federal.

TÍTULO IXDISPOSIÇÕES FINAIS

Art.396. Os casos omissos serão analisados e decididos pela Prefeitura de Sorocaba.

Art.397. Será dado prosseguimento aos processos de aprovação de construções, que tenham sido protocoladas ate a data desta revisão, os quais serão analisados e aprovados a luz da legislação anterior obedecidas as suas exigências.

Art.398. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.399. Revoga-se as disposições em contrário, em especial as leis: nº 1.437 de 21 de novembro de 1966, nº 1.437, de 21/11/1966, nº 1.865 de 22/06/1976; nº 1.944 de 13/12/1977; nº 1.964 de 02/06/1978; nº 2.009 de 22/05/1979; nº 2.022 de 17/08/1979, nº 2.042/1979, nº 2.095/1980, nº 2.115 de 29/06/1981; nº 2.123 de 09/09/1981; nº 2.143 de 07/12/1981; nº 2.146 de 14/12/1981; nº 2.226 de 07/10/1983; nº 2.228 de 14/10/1983; nº 2.291 de 14/06/1984; nº 3.106 de 27/09/1989; nº 3.150 de 17/11/1989; nº 3.163 de 01/12/1989; nº 3.206 de 15/02/1990; nº 3.283 de 17/05/1990; nº 3.387 de 24/10/1990; nº 3.693/1991, nº 4445/1993, nº 4.878/1995,nº 6.422/2001, Lei nº 4.878/1995, nº 4.999 de 27/11/1995; nº 5.610 de 19/03/1998, Lei nº 6.164/2000, nº 6294/2000, nº 7.108/2004; nº 7.822/2006; nº 7.869/2006, nº 8003/2006, nº 8.146/2007, nº 8237/2007, nº 8.513/2008, nº 8.610/2008, nº 8.811/2009, nº 8.859/2009, nº 8873/2009, nº 8.927/2009, nº 9.047/2010, nº 9.332/2010, nº 9951/2012, nº 9952/2012, nº 10.112/2012, nº 10.130/2012, nº 10522/2013, nº 10.708/2014 , Lei nº 10770/2014, nº 10808/2014, nº 10.929/2014, nº 10935/2014, bem como os Decretos nº 7.337 de 05/12/1990; nº 7.804 de 14/11/1991; nº 7.943 de 16/03/1992; nº 16.146/2008.

Sorocaba, XX de XXXXXXX de XXXXPrefeito Municipal

65

Page 66: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

ANEXO IDA TERMINOLOGIA

Os termos e abreviações contidos nesta Lei devem ser interpretados, restritivamente, de acordo com os seguintes significados:

Acréscimo: aumento de uma construção, quer no sentido horizontal, quer no vertical, formando novos compartimentos ou ampliando os compartimentos existentes.

Adega - lugar, que por condições de temperatura e outras, serve para guardar bebidas.

Alicerce - maciço de material adequado, que serve de base para as paredes de uma edificação.

Alvará de Licença de Construção - documento expedido por autoridades municipais, que autoriza a construções, reformas e demolições de obras.

Alinhamento: linha legal, definida por autoridade municipal, limitando o terreno e o logradouro público.

Alpendre - cobertura saliente de uma edificação, sustentada por colunas, pilares ou consolos.

Andaime - plataforma usada para alcançar pavimentos superiores das construções, podendo ser constituído por vários tipos de materiais

Andar - Qualquer pavimento de uma edificação, acima do porão, embasamento, rés do chão, loja ou sobreloja; andar-térreo - é o pavimento acima do porão ou do embasamento e no mesmo nível da via pública; primeiro andar - é o pavimento imediatamente acima do andar térreo, rés do chão, loja ou sobreloja.

Apartamento - conjunto de dependências constituído de habitação distinta, com pelo menos um dormitório, uma sala, uma cozinha e área de serviço.

Aprovação de projeto - ato administrativo que precede à expedição do alvará.

Ar condicionado - ar ao qual são impostas condições pré-estabelecidas de temperatura e umidade.

Área - é o espaço livre e desembaraçado com toda a sua altura e estendendo-se em toda a largura do lote, de divisa lateral;

a) área de frente é a que se acha entre o alinhamento de via pública e a fachada da frente do edifício;

b) área do fundo é a que se acha entre a divisa do fundo do lote e a divisa posterior estrema do edifício.

Área edificada ou construída - área do terreno ocupada pela edificação.

Área útil - superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes.

Área global ou total da construção - soma das áreas de todos os pavimentos. Área de luz - espaço descoberto ou poço para iluminação e ventilação, ou espaço livre fechado.

Área de manobra - destinada ao condutor alterar a posição do veículo em relação à via.

Área de serviço - compartimento para lavagem, secagem de roupas e panos de limpeza.

66

Page 67: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Arquibancada - sucessão de assentos, em várias ordens de filas, cada uma em plano mais elevado do que a outra.

Auditório - recinto de características apropriadas a audições.

Ático - parte do volume superior de uma edificação destinada a abrigar casa de máquinas, piso técnico de elevadores e caixas d’água;

B

Barracão - é a edificação coberta, fechada em todas as suas faces e destinada a fins industriais, comerciais, de serviços e depósitos , não podendo servir de habitação noturna.

Balanço - avanço da construção sobre o alinhamento do pavimento térreo e acima deste.

Beiral - é uma continuidade da cobertura para proteção das paredes e janelas, admitidos com no máximo 0,80m (oitenta centímetros).

Box Comercial - dependências de uso comercial ou de serviços, delimitando ambientes de uma área total.

C

Calçada Interna - pavimentação do terreno dentro do mesmo.

Calçada Externa - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins

Casa de máquinas - compartimento em que se instalam as máquinas comuns das edificações.

Casa de bombas - compartimento em que se instalam as bombas de recalque.

Cobertura - Ultimo pavimento dos edifícios.

Copa - compartimento auxiliar da cozinha.

Copa de Apoio - compartimento auxiliar para fins de uso não residencial

Cota - toda e qualquer medida expressa em projetos arquitetônicos, especificando a indicação ou registro numérico das dimensões.

D

Despensa - edificação destinada a guarda ou armazenagem de gêneros alimentícios, entre outro produtos.

Despejo - edificação destinada a guarda de produtos não alimentares

Demolição - derrubamento total ou parcial de uma edificação;

EEdícula - construção não caracterizada com residência, podendo servir como área de lazer, dependência de empregado, quarto de hóspede e serviço.

Elevador - máquina que executa o transporte, em altura, de pessoas ou mercadorias.

Entulho - materiais usados ou fragmentos restantes da demolição ou construção.

67

Page 68: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Escoramento – elementos em geral para arrimar estruturas que ameaçam ruir ou possibilitar outros serviços.

Edificação - obra coberta destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamentos ou material; Edifício ou prédio - edificação vertical, constituída de pavimentos.

Escada - elemento constituído por uma sucessão de degraus e permite o acesso entre duas superfícies de níveis diferentes.

Escala - relação entre as medidas de um espaço ou edificação e a sua representação gráfica.

Esquadria - termo genérico para indicar portas, caixilhos, venezianas e vedações móveis.

Estacionamento interno - área destinada a parada de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros

F

Fachada - elevação das partes externas de um construção.

Fachada principal - é a voltada para o logradouro público.

Fachada secundária - é toda aquela que não é voltada para o logradouro público.

Forro - revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado ou de um pavimento.

Fossa séptica - recipiente de concreto ou de alvenaria revestida, em que se depositam as águas do esgoto e servidas, e onde as matérias orgânicas em suspensão sofrem processo químico modificativo.

Frente de lote - divisa do lote contígua ao logradouro público, facultando ao proprietário escolher aquela que, como tal, deva ser considerada, quando o lote for de esquina.

Fundo do lote - lado oposto à frente. No caso de lote triangular, em esquina, o fundo é o lado do triângulo que não forma testada.

G

Galpão - construção constituída por uma cobertura, aberta em uma ou mais faces, e destinadas somente a fins industriais, comerciais, serviços, ou a depósito e abrigo, não podendo servir de habitação.

Galpão de Obras - dependência provisória destinada à guarda de materiais, escritórios da obra ou dependências do vigia, enquanto durarem os serviços de construção. Garagem - espaço coberto, ou não, destinada para guarda de veículos motorizados.

Galeria pública - passagem coberta em um edifício, ligando entre si dois logradouros ou recuo da construção no pavimento térreo, tornando a passagem coberta.

H

Habitação - é a construção ou fração de edifício ocupado como domicílio de uma ou mais pessoas:

Hall, vestíbulo, saguão - dependência de uma edificação que serve como acesso ou ligação entre outros compartimentos.

68

Page 69: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

Habitações Multifamiliares - habitações formadas por mais de uma construção unifamiliar, podendo ser construções multifamiliares horizontais, admitidos nas formas de residências unifamiliares ou construções residenciais multifamiliares verticais, construções unifamiliares em pavimentos ou andares.

I

Iluminação - distribuição de luz natural ou artificial num recinto ou logradouro. Arte e técnica de iluminar os recintos a logradouros.

Indústria - local onde por meio de transformação, fabrica-se ou produz-se alguma coisa.

Instalações temporárias - são aquelas de caráter provisório, tipo estande de vendas.

K

Quitinete - edificação residencial com no mínimo uma sala-dormitório, uma cozinha, um banheiro e um tanque de limpeza.

L

Laje - estrutura plana e horizontal de concreto armado, apoiada em vigas e pilares, que divide os pavimentos da construção.

Lavabo - instalação sanitária composta de lavatório e vaso sanitário.

Lote - porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro público, descrita e legalmente assegurada por uma prova de domínio.

M

Marquise - cobertura ou alpendre geralmente em balanço.

Memorial - descrição completa dos serviços a serem executados em uma obra, acompanha o projeto.Mezanino - piso intermediário que subdivide um pavimento ou dependência de uma edificação, caracteriza-se por ter uma das faces aberta e a área não superior a 1/3 da área do pavimento em que se situa;

Muro - maciço de alvenaria de pouca altura que serve de vedação ou separação entre terrenos contíguos, entre edificações ou entre partes do mesmo terreno.

Muro de arrimo - obra destinada à sustar o empuxo das terras e que permite dar a estas um talude vertical ou inclinado.

N

Nivelamento - regularização do terreno por desaterro das partes altas, enchimento das partes baixas. Determinação das diversas cotas e consequentemente das altitudes, de linha traçada no terreno.

Normas Técnicas Brasileiras - recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (A.B.N.T.)

Núcleo - conjunto de edificações dentro de um bairro sujeito à condições especiais.

69

Page 70: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

P

Para-raios - dispositivo destinado à proteger os edifícios contra os efeitos das descargas elétricas da atmosfera.

Parapeito ou Guarda Corpo ou Gradil- resguardo de madeira, vidro, ferro ou alvenaria, geralmente de pequena altura, colocado nos bordos das sacadas, terraços, pontes e etc. para proteção das pessoas.

Patamar - superfície de escada, de maior profundidade que o degrau.

Pátio - recinto descoberto, no interior de uma edificação ou murado e contíguo a ala, situado no pavimento térreo.

Pavimento - plano que divide as edificações no sentido de altura.

Pavimento térreo - é o pavimento sobre os alicerces ou no rés do chão ao nível da rua.

Pé-direito - é a distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento.

Passeio - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

Peitoril - Base inferior das janelas, que se projeta além da parede, ou a parte superior de um parapeito ou guarda-corpo.

Pérgola - Elemento vazado, horizontal ou inclinado, de caráter decorativo, com superfície vazada superior a 80% (oitenta por cento) e nervuras com altura inferior a 0,60 m (sessenta centímetros).

Pilar ou coluna - Elemento estrutural vertical usado para receber esforços

Planta - representação gráfica de uma construção onde cada ambiente é visto de cima, plano horizontal, sem o telhado, a partir do corte horizontal à altura de 1,50m da base.

Porão - pavimento de edificação que tem mais da quarta parte do pé-direito abaixo do terreno circundante. 

Profundidade de lote - é a distância entre a testada ou frente e a divisa oposta ou fundo, medida segundo uma linha normal à frente. Se a forma do lote for irregular, avalia-se a profundidade média.

R

Reconstrução - ato de construir novamente, no mesmo local e com as mesmas dimensões uma edificação ou parte dela e que tenha sido demolida.

Recuo - é o espaço de terreno livre pertencente à propriedade particular situado entre o alinhamento do logradouro e o edifício.

Reentrância - é a área, em continuidade com uma área maior e com esta se comunicando, limitada e guarnecida de paredes.

Reforma - é o conjunto de obras destinadas a alterar um edifício existente, atingindo suas partes essenciais, por supressão, acréscimo ou modificação ou adaptação.

70

Page 71: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

S

Sacada - pequena varanda formada por uma plataforma suspensa e saliente das paredes de um edifício, com a qual se comunica por uma porta e fechada por algum tipo de guarda-corpo.

Saliência - elementos da construção que avança além dos planos verticais das fachadas.

Servidão - encargo imposto à qualquer propriedade para passagem, proveito ou serviço de outra propriedade pertencente a dono diferente.

Sobreloja - é o pavimento situado imediatamente acima do pavimento térreo e ligado diretamente à este. Soleira - parte inferior, no piso, de vão da porta.

Subsolo - pavimento situado abaixo do piso térreo de uma edificação e de modo que o respectivo piso esteja, em relação ás vias públicas, a uma distância maior do que a metade do pé-direito.

T

Tapume - vedação provisória que delimita o canteiro de em obras, construídas como medidas de segurança.

Tanque Ambiental - local destinado a lavagem dos utensílios e similares utilizados na limpeza de ambientes.

Terraço - cobertura de uma edificação ou parte da mesma constituindo piso acessível.

Testada ou frente - distância medida entre divisas lindeiras segundo a linha que separa o logradouro da propriedade privada e que coincide com o alinhamento.

V

Vagas de Acomodação - espaço, interno ao lote, destinado a abrigar os veículos entre o alinhamento do lote e o dispositivo de controle de acesso

Varanda - espaço coberto e aberto, externo a edificação.

Vão Livre - distância entre dois apoios, medida entre as faces internas.

Vias Internas -  vias ou conjunto de vias destinadas a uso exclusivo dos moradores

Via pública - são as avenidas, ruas, alamedas, travessas, praças, parques, estradas, caminho e etc. de uso público.

Vistoria Administrativa - diligência efetuada por profissionais habilitados da Prefeitura, tendo por fim verificar as condições de uma construção, de uma instalação ou de uma obra existente, em andamento ou paralisada, não só quanto à resistência e estabilidade, como quanto à regularidade.

Vistoria Sanitária - diligência efetuada por funcionários autorizados da Prefeitura com o finalidade de verificar as condições sanitárias da edificação conforme o uso a que se destina.

71

Page 72: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

ANEXO II - ESPECIFICAÇÕES

TABELA I - HABITAÇÕES TABELA I.I - COMPARTIMENTOS DE USO PRIVATIVO

CompartimentoÁrea

Mínima(m²)

DimensãoMínima

(m)

PéDireito

(m)

Vão de Acesso

(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Sala 8,00 2,40 2,70 0,80

Dormitório * 2,00 2,70

0,80 Para 1 dormitório – 12 m²; para dois dormitórios – 10 m²; para 3 dormitórios - 10 m², 8 m² e 6 m².

Cozinha 5,00 1,50 2,50 0,80 Liso, resistente e lavável Barra impermeável até 1,50m mínimo

Banheiro 2,50 1,00 2,50 0,70 Liso, resistente e lavável Barra impermeável até 1,50m mínimo

Deverão ser observadas as legislações pertinentes a acessibilidade

Área de Serviço 1,80 1,20 2,50 0,80 Liso, resistente e lavável Barra impermeável até 1,50m mínimo

Quarto de vestir (closet)

4,00 1,50 2,500,70

Até 6,00m² dispensado de ventilação e iluminação.

Lavabo/ W.C. 1,50 1,00 2,50 0,70 Liso, resistente e lavável Barra impermeável até 1,50m mínimo

Deverão ser observadas as legislações pertinentes a acessibilidade

Despensa/ Despejo 1,50 0,90 2,50 0,60 Até 4,00m² dispensado de ventilação e iluminação.

Circulação/ hall/ escadas/ vestíbulo privativo

- 0,90 2,50 0,90

Escadas e circulação atendem à legislação específica.Escadas poderão ter altura livre igual ou superior a 2,00m.Havendo passagem sob escada, altura do vão - h=2,10m.

Garagem/Vagas p/ Estacionamento

10,35 2,30 2,30(sob vigas) 2,30

(mínimo)

- Atender especificações quanto a P.N.EVagas livres dos dois lados - 2,30m x 4,50m.Encostadas em uma parede - 2,50m x 4,50m .Encostadas, nos dois lados, por paredes - 3,00m x 4,50m

Copa/Sala de Refeições

4,00 1,50 2,50 0,80 Liso, resistente e lavável

Obs.: Os vãos de acesso não poderão ter altura inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros). A circulação de pessoas portadoras de deficiência física, as portas situadas nas áreas comuns de circulação, bem como as de ingresso à edificação e às unidades autônomas, terão largura livre mínima de 0,80 m (oitenta centímetros).

TABELA I.II - COMPARTIMENTOS DE USO COMUM

72

Page 73: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

CompartimentosÁrea

Mínima (m²)

Dim.*Mínima(m)

PéDireito(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Circulação/hall/ escadas/ vestíbulo Coletivo

- 1,20 2,50 (exceto escadas)

- - As escadas e circulação deverão atender às normas e legislação específica,As escadas deverão ter altura livre igual ou superior a 2,10m.Havendo passagem sob escada, altura do vão h=2,10m.

Hall para elevadores

- 1,50 2,50 - - -

Salas p/ Escritório 10,00 2,40 2,70 - - -

Cela Sanitária 1,20 1,00 2,50 Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

-

Ante- câmara 0,90 0,90 2,50 Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

Vestiário / Vestiário p/ funcionário

6,00 1,50 2,50 Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

A juízo da autoridade municipal, outras exigências relativas as dimensões, poderão também ser determinadas, tendo-se em vista o processo e as condições de trabalho.

Salas e salões de uso multifamiliar (comum)

10,00 2,40 2,70 - - -

Garagem/Vagas p/ Estacionamento

10,35 2,30 2,30 - - Atender especificações quanto a P.N.EA altura sob vigas será de 2,30m.- As vagas para Automóveis deverão ter dimensões de 2,30m x 4,50m, livre dos dois lados, quando estão encostadas em uma parede deverá ter dimensão mínima de 2,50m x 4,50m e quando encostados nos dois lados, por paredes, deverá ter dimensão mínima de 3,00m x 4,50m

Dep. Material Limpeza

1,20 1,00 2,50 Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

Deverá conter um tanque ambiental

TABELA I. III - COMPARTIMENTOS TIPO QUITINETE

73

Page 74: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

CompartimentosÁrea

Mínima (m²)

Círculo Inscrito(m)

PéDireito(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Sala/ Dormitório 12,00 2,40 2,50

Cozinha 2,50 1,20 2,50 Liso, resistente e lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

WC 2,50 1,00 2,30 Liso, resistente e lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Obs.: O tanque poderá ser instalado na cozinha ou no sanitário.

TABELA II - FLAT RESIDENCIAL, FLAT HOTEL, HOTEL, MOTEL, PENSÃO, POUSADA E HOSPEDARIA

Compartimentos Obrigatórios Área Mínima (m²)

Dim.* Mínima

(m)

Pé Direito

(m)

Materiais Construtivos Observações Piso Revestº

Recepção 4,00 1,50 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

- - -

Sala de Administração 10,00 2,40 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

- - -

Copa 9,00 para uso geral e 5,00 para único pavimento

1,50 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo -

Despensa 1,50 0,90 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

- - Até 4,00m² dispensado de ventilação e iluminação.

Sanitário Coletivo * * 2,50 Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo Ver Subseção das Instalações Sanitárias não Residenciais

Sanitário Privativo/ por sexo 2,50 1,00 2,50 Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo - Vestiário/Vestiário p/Funcionários 6,00 1,50 2,50 Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo - Dormitório (quarto) 8,00 2,00 3,00 térreo e 2,70

demais pav.- - -

Local para Refeições 12,00 3,00 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

- -

Cozinha 10,00 3,00 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo

Copa/Copa de Apoio 9,00 para uso geral e 5,00 para único pavimento

1,50 3,00 térreo e 2,70 demais pav.

Liso, resistente e lavável Barra impermeável - 1,50m mínimo

74

Page 75: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

ANEXO IIIMULTAS PELO NÃO ATENDIMENTO ÀS DISPOSIÇÕES DESTE CÓDIGO

ITEM INFRAÇÃO ARTIGO

1Não apresentação de documentação comprobatória do licenciamento da obra ou serviços.

2Inexistência e desvirtuamento de "comunicação" (propaganda e desvio de informação).

3Prosseguimento de obra ou serviço licenciado sem a assunção do novo dirigente técnico, em virtude de afastamento do anterior.

4 Inexistência de Licença de Obra para: Movimento de terra

Muro de arrimo Empreendimentos ou edificações novas

Ampliação

Demolição total ou parcial

Legalização

Adaptação Reformas de edificações comerciais, serviços e Industriais

5 Utilização de edificação sem Certidão de Conclusão.

7 Descumprimento de Notificação Preliminar

Descumprimento de Auto de Embargo

  Violação de lacração

8  No decurso da obra: Instalações de andaime, bandeja e telas de proteção

  Carga e descarga de materiais

Limpeza e conservação dos passeios

Limpeza e conservação das vias públicas

Preparo e depósito de material na via pública

  Outras medidas de proteção determinadas pela PMS

9 Descumprimento de interdição de edifício10 Ausência de placa de identificação da obra.

11 Descumprimento à notificação preliminar e ao embargo

12 Não cumprimento do Parágrafo único do art. 51

13 Descumprimento da notificação preliminar

15 Ausência de fechamento da obra

75

Page 76: obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/... · Web viewVIII - cópia da capa e contracapa do IPTU; IX - e outros que a Autoridade Municipal julgar

ANEXO IVQUADRO DE INFORMAÇÕES

76