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Prefeitura de SOROCABA Sorocaba, 17 de novembro de 2 016. SEJ-DCDAO-PL-EX- 132/2016 Processo nº 28.631/2015 Excelentíssimo Senhor Presidente: Tenho a honra de encaminhar, para apreciação e deliberação dos membros dessa Colenda Câmara, o incluso Projeto de Lei que “dispõe sobre a revisão do Código de Obras”. Este Código promove a adequação e atualização da Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1966 e alterações. A revisão tem por finalidade incorporar as diretrizes definidas no Plano Diretor, planos e políticas setoriais, consolidar as legislações concorrentes, e atualizá-lo face às legislações Estadual e Federal e normas técnicas posteriores, adequando-o para as necessidades atuais. Em função do surgimento de novos materiais, novas tipologias de construção, questões ambientais e de acessibilidade, além de termos técnicos que não se usam mais, a revisão e atualização do Código de Obras, em vigência há quase meio século, estão previstas no Plano Diretor do Município, Lei nº 11.022/2014, em seu art. 42: “Como legislações complementares deste Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial, fica mantida a necessidade de elaboração, a partir da promulgação desta Lei, do Código de Posturas; e revisão dos Códigos de Obras e Edificações e de Loteamento e Arruamento do Município de Sorocaba.” A presente proposta foi construída pelos técnicos das diversas secretarias da Prefeitura de Sorocaba, com coordenação da Secretaria de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras, e a consultoria da Ambiente Urbano Planejamento e Projetos Ltda., que, mediante contrato, disponibilizou uma equipe técnica multidisciplinar, com experiência comprovada na área. Os trabalhos foram realizados durante 12 (doze) meses, subdivididos em atividades de pesquisa, análise e avaliação das normas e diretrizes definidas pelo Código em vigor, das minutas pré-existentes, dos planos setoriais, além das legislações das outras esferas, Estadual e Federal, e propostos conjuntamente com as legislações aplicáveis à matéria, que resultaram, nesse período, em reuniões periódicas com as equipes de técnicos de diversas secretarias do Município (SEDET, SEF, SEG, SEHAB, SEJ, SEMA, SEMOB, SPG, SERP, SES), SAAE e URBES. O produto destas reuniões iniciais foi denominado 1ª Minuta de Trabalho e foi disponibilizada para análise e contribuição da sociedade civil. Nesse período foram realizadas 04 (quatro) Audiências Públicas, reuniões técnicas com engenheiros e arquitetos, empresários, entidades de classe, e com os membros da equipe do governo municipal. Estes múltiplos momentos de mobilização e debate resultaram nesta proposta legislativa, legitimado, portanto, pela participação da sociedade. Acreditamos que a legislação que estamos propondo facilitará na aplicação e compreensão das normas municipais, tanto para os técnicos que a aplicam, quanto da população em geral, e ao incorporar questões mais atuais como sustentabilidade e acessibilidade, se tornará mais um instrumento para que tornemos Sorocaba uma cidade mais justa e acessível a todos.

Prefeitura de SOROCABA - obras.sorocaba.sp.gov.brobras.sorocaba.sp.gov.br/revisaodoscodigos/wp-content/uploads/... · Prefeitura de SOROCABA PROJETO DE LEI (Dispõe sobre a revisão

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Prefeitura de SOROCABA

Sorocaba, 17 de novembro de 2 016. SEJ-DCDAO-PL-EX- 132/2016 Processo nº 28.631/2015 Excelentíssimo Senhor Presidente:

Tenho a honra de encaminhar, para apreciação e deliberação dos membros

dessa Colenda Câmara, o incluso Projeto de Lei que “dispõe sobre a revisão do Código de Obras”. Este Código promove a adequação e atualização da Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1966 e alterações.

A revisão tem por finalidade incorporar as diretrizes definidas no Plano

Diretor, planos e políticas setoriais, consolidar as legislações concorrentes, e atualizá-lo face às legislações Estadual e Federal e normas técnicas posteriores, adequando-o para as necessidades atuais.

Em função do surgimento de novos materiais, novas tipologias de

construção, questões ambientais e de acessibilidade, além de termos técnicos que não se usam mais, a revisão e atualização do Código de Obras, em vigência há quase meio século, estão previstas no Plano Diretor do Município, Lei nº 11.022/2014, em seu art. 42:

“Como legislações complementares deste Plano Diretor de

Desenvolvimento Físico Territorial, fica mantida a necessidade de elaboração, a partir da promulgação desta Lei, do Código de Posturas; e revisão dos Códigos de Obras e Edificações e de Loteamento e Arruamento do Município de Sorocaba.”

A presente proposta foi construída pelos técnicos das diversas secretarias da

Prefeitura de Sorocaba, com coordenação da Secretaria de Mobilidade, Desenvolvimento Urbano e Obras, e a consultoria da Ambiente Urbano Planejamento e Projetos Ltda., que, mediante contrato, disponibilizou uma equipe técnica multidisciplinar, com experiência comprovada na área.

Os trabalhos foram realizados durante 12 (doze) meses, subdivididos em

atividades de pesquisa, análise e avaliação das normas e diretrizes definidas pelo Código em vigor, das minutas pré-existentes, dos planos setoriais, além das legislações das outras esferas, Estadual e Federal, e propostos conjuntamente com as legislações aplicáveis à matéria, que resultaram, nesse período, em reuniões periódicas com as equipes de técnicos de diversas secretarias do Município (SEDET, SEF, SEG, SEHAB, SEJ, SEMA, SEMOB, SPG, SERP, SES), SAAE e URBES. O produto destas reuniões iniciais foi denominado 1ª Minuta de Trabalho e foi disponibilizada para análise e contribuição da sociedade civil.

Nesse período foram realizadas 04 (quatro) Audiências Públicas, reuniões

técnicas com engenheiros e arquitetos, empresários, entidades de classe, e com os membros da equipe do governo municipal. Estes múltiplos momentos de mobilização e debate resultaram nesta proposta legislativa, legitimado, portanto, pela participação da sociedade.

Acreditamos que a legislação que estamos propondo facilitará na aplicação e

compreensão das normas municipais, tanto para os técnicos que a aplicam, quanto da população em geral, e ao incorporar questões mais atuais como sustentabilidade e acessibilidade, se tornará mais um instrumento para que tornemos Sorocaba uma cidade mais justa e acessível a todos.

Prefeitura de SOROCABA SEJ-DCDAO-PL-EX- 132/2016 – fls. 2.

Assim, Senhores Edis, certo da valorização deste trabalho por Vossa

Excelência e seus Pares, espero a aprovação do presente Projeto de Lei. Na oportunidade, renovo meus protestos de estima e consideração. Atenciosamente,

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO

Prefeito Municipal Ao Exmo. Sr. JOSÉ FRANCISCO MARTINEZ DD. Presidente da Câmara Municipal de SOROCABA PL Revisão do Código de Obras - Lei nº 1.437/1966.

Prefeitura de SOROCABA

PROJETO DE LEI

(Dispõe sobre a revisão do Código de Obras - Lei Municipal nº 1.437, de 21 de novembro de 1966, e alterações).

A Câmara Municipal de Sorocaba decreta:

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO ÚNICO DA APLICAÇÃO E FINALIDADE DO CÓDIGO DE OBRAS

Art. 1º Esta Lei estabelece as regras gerais a serem obedecidas no projeto,

licenciamento, execução e utilização de toda e qualquer construção, reforma, regularização, adaptação e demolição de edificações públicas ou privadas no Município de Sorocaba, sem prejuízo das legislações Federal, Estadual e Municipal pertinentes e suas alterações posteriores, das Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T. aplicáveis, da Lei Orgânica do Município e da Legislação Municipal referente ao uso e ocupação do solo.

Art. 2º Todas as obras de construção, reconstrução, demolição, movimento de

terra, acréscimo, modificação, reforma e regularização a serem executadas no Município, quer particulares ou públicas deverão ter Alvará de Licença da Obra concedido pela Prefeitura, sujeito às penalidades previstas nesta Lei, no que couber.

Art. 3º As normas deste Código visam estabelecer: I – padrões eficientes de conforto, segurança, salubridade, acessibilidade,

funcionalidade, melhoria da qualidade ambiental e preservação e uso sustentável dos recursos naturais; II – normas relativas à documentação, procedimentos e diretrizes básicas de

autorização para construção, reforma, manutenção, modificação, regularização, adaptação e demolição de edificações, obras particulares ou públicas, assim como a elaboração, análise, aprovação, licenciamento dos respectivos projetos e sua fiscalização e intervenção de obras para qualquer finalidade, até a sua conclusão;

III – direitos e responsabilidades do Município, do Proprietário,

Compromissário ou do Possuidor de imóvel e dos profissionais responsáveis técnicos pelos projetos, direção e execução de obras;

IV – procedimentos administrativos. Art. 4º Para os efeitos deste Código, são partes integrantes desta Lei os anexos: Anexo I – Terminologia; Anexo II – Especificações; Anexo III – Multas; Anexo IV – Quadro de Informações.

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TÍTULO II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

CAPÍTULO I

DO MUNICÍPIO

Art. 5º Cabe ao Poder Executivo a análise, aprovação de projetos e licenciamentos, e fiscalização das instalações e obras, observando as disposições previstas nesta Lei e nas demais legislações municipais correlatas, além das legislações Federal e Estadual aplicáveis.

§ 1º Além dos órgãos municipais competentes, constituem instâncias do

processo de licenciamento, sempre que cabível: I - Corpo de Bombeiros do Estado; II - órgãos federais e estaduais responsáveis pela proteção do patrimônio

ambiental, histórico, cultural, saúde e outros. § 2º Na ausência de norma legal específica prevista neste Código e nos demais

diplomas federais e estaduais vigentes, a Prefeitura, fundamentada em documentos técnicos reconhecidos pela comunidade científica, poderá fazer exigências que assegurem o cumprimento deste Código.

Art. 6º Não cabe à Prefeitura o reconhecimento do direito de propriedade do

imóvel. Parágrafo único. O requerente, proprietário, compromissário ou possuidor a

qualquer título do imóvel, responderá civil e criminalmente pela veracidade das informações e da documentação apresentada.

Art. 7º A Prefeitura não poderá ser responsabilizada por qualquer sinistro ou

acidente decorrente de deficiências no projeto, execução de serviços e obras, utilização e manutenção das edificações e seus equipamentos, sendo de responsabilidade do titular do direito de construir, proprietário do imóvel ou possuidor do imóvel e do responsável técnico pela direção ou execução da obra.

Art. 8º A Prefeitura para fins de aplicação deste Código não reconhecerá

restrições suplementares definidas, pelo empreendedor ou associação de moradores, aos compradores de lotes.

CAPÍTULO II TITULAR DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 9º Para os efeitos desta Lei, o Titular do Direito de Construir é o indivíduo

que, a justo título, possui a propriedade do lote comprovado através do Registro de Imóveis, Escritura, Compromisso de Compra e Venda ou detentor de posse legal do lote devidamente comprovado.

§ 1º Proprietário do imóvel é a pessoa física ou jurídica portadora do título de

propriedade em seu nome e devidamente registrado no Cartório de Registro Imobiliário. § 2º Possuidor é a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer

título, que tenha de fato o exercício pleno ou não do direito de usar o imóvel objeto do procedimento

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administrativo.

§ 3º Para exercer o direito previsto no artigo 9º, o possuidor deverá apresentar qualquer dos seguintes documentos:

a) contrato, com autorização expressa do proprietário; b) compromisso de venda e compra, devidamente registrado no Cartório de

Registro de Imóveis; c) contrato representativo da relação obrigacional, ou relação de direito

existente entre o proprietário e o possuidor direto; d) certidão do Cartório do Registro Imobiliário contendo as características do

imóvel, quando o requerente possuir escritura definitiva sem registro. § 4º Quando o contrato apresentado pelo possuidor não descrever

suficientemente as características físicas, as dimensões e a área do imóvel, será exigida a Certidão do Registro Imobiliário e, não suprindo esta os quesitos citados, poderá ser apresentada planta de levantamento topográfico planialtimétrico executado por profissional legalmente habilitado.

§ 5º O requerente, em qualquer caso, responde civil e criminalmente pela

veracidade dos documentos apresentados, não implicando sua aceitação em reconhecimento, por parte da Prefeitura do Município de Sorocaba, do direito de propriedade sobre o imóvel.

Art. 10. O Titular do Direito de Construir é responsável pelas condições de

conveniente utilização, estabilidade, segurança, salubridade, acessibilidade e preservação do meio ambiente do imóvel que lhe pertence, bem como pela observância das disposições deste Código de Obras e demais legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo, assegurando-se todas as informações cadastradas na Prefeitura do Município de Sorocaba relativas ao seu imóvel.

Art. 11. É direito do Titular do Direito de Construir promover e executar obras,

mediante prévio conhecimento e consentimento da Prefeitura, respeitados os direitos de vizinhança, as prescrições desta Lei e legislação correlata, desde que assistido por profissional legalmente habilitado em conformidade com a Legislação Federal.

Art. 12. São deveres do Titular do Direito de Construir: I - responder pelas informações prestadas ao Executivo; II - providenciar para que os projetos e as obras no imóvel de sua propriedade

estejam devidamente licenciados e sejam executados por Responsável Técnico devidamente habilitado, respondendo solidariamente com o Responsável Técnico da obra e do projeto arquitetônico até a emissão da Certidão de Conclusão;

III - dar o suporte necessário às vistorias e fiscalizações das obras, permitindo-

lhes o livre acesso ao canteiro de obras e apresentando a documentação técnica sempre que solicitado; IV - apresentar, quando solicitado, laudo técnico referente às condições de risco

e estabilidade do imóvel; V - manter o imóvel e seus fechamentos em bom estado de conservação,

independente de depredação por terceiro ou a ocorrência de acidente.

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CAPÍTULO III DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 13. São considerados aptos a elaborar projetos, dirigir e executar obras de

edificações os profissionais legalmente habilitados para o exercício da atividade, aqui denominados Responsáveis Técnicos, bem como as empresas constituídas por esses profissionais.

§ 1º Profissional habilitado é aquele registrado no órgão fiscalizador do

exercício profissional, podendo atuar como pessoa física ou como responsável por pessoa jurídica, respeitadas as atribuições e limitações.

§ 2º Na hipótese de haver mais de um Responsável Técnico, estes serão

solidariamente responsáveis. § 3º Os Responsáveis Técnicos responsabilizar-se-ão pelas observâncias das

exigências legais, tanto na esfera Municipal, Estadual e Federal, bem como pelo atendimento das exigências das empresas concessionárias de serviços públicos, cabendo a eles as responsabilidades técnicas e civis pelo projeto elaborado ou pela obra executada.

§ 4º A responsabilidade se inicia no momento do protocolo do pedido da

licença. § 5º Quando do início das obras o responsável deverá colocar, em lugar

apropriado, a Placa da Obra, com caracteres bem visíveis e legíveis da via pública. § 6º A placa de obras deverá atender as exigências dos Conselhos de Classe

pertinentes e também deverá conter o número do Processo e o número do Alvará de Licença da Obra. § 7º A placa de obras está isenta de imposto de publicidade. § 8° Antes do início da obra, quando houver supressão de vegetação na obra, o

responsável deverá colocar em local visível a Placa de Autorização Ambiental, onde constará o número da autorização, a quantidade de árvores a serem suprimidas, a forma de compensação e quantia e local de mudas a serem plantadas.

§ 9º Os projetos, memoriais, cálculos, especificações, desenhos, laudos

técnicos, gráficos, bem como, a execução das obras e suas instalações complementares, são de exclusiva responsabilidade do ou dos profissionais que os elaboram e as dirigem.

§ 10. Todos os requerimentos, projetos, memoriais, cálculos, especificações,

desenhos, laudos técnicos, gráficos, submetidos à aprovação da Prefeitura deverão ser assinados pelos profissionais responsáveis e pelos proprietários ou seus procuradores legais, devendo constar sob as assinaturas o título do profissional, números de registro profissional, bem como a indicação da responsabilidade da abrangência da responsabilidade técnica.

Art. 14. A Prefeitura Municipal de Sorocaba, quando necessário, comunicará

por escrito, o CREA-SP ou ao CAU-SP sobre eventuais irregularidades quanto ao exercício profissional, bem como quanto ao exercício ilegal da profissão do técnico em edificações, Engenheiro, do Arquiteto e Urbanista, e do Agrônomo, figurando como interessada junto ao órgão fiscalizador do exercício profissional.

Art. 15. Para os efeitos desta Lei, será considerado: I – autor do projeto: o profissional habilitado responsável pela elaboração de

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 5.

projetos, que responderá pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exequibilidade do seu trabalho;

II - dirigente ou responsável técnico pela execução da obra: o profissional

responsável pela direção técnica da obra, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego de materiais, conforme projeto licenciado pela municipalidade e observância das Normas Brasileiras Registradas – NBR, sendo que Direção é atividade técnica de determinar, comandar e essencialmente decidir na consecução de obra ou serviço.

Art. 16. É facultada a substituição ou a transferência do Responsável Técnico

por outro profissional devidamente habilitado, mediante comunicação à Prefeitura, sendo obrigatória a substituição em caso de impedimento do profissional atuante, sob pena de aplicação das penalidades previstas nesta Lei, no que couber.

§ 1º A substituição do Responsável Técnico depende da anuência do anterior. § 2º Quando a baixa do Responsável Técnico pela execução da obra for

comunicada isoladamente, a obra deverá permanecer paralisada até a comunicação de novo Responsável Técnico, que assume a responsabilidade pela parte já executada, sem prejuízo da atuação do profissional anterior.

§ 3º Na ocorrência de troca de proprietário, poderá cessar a responsabilidade

técnica do profissional, sendo necessário o encaminhamento à Prefeitura de requerimento comunicando o novo Responsável Técnico pela obra, acompanhado do respectivo Registro de Responsabilidade Técnica - RRT ou Anotação de Responsabilidade Técnica – ART e anuência do Responsável anterior.

§ 4º Os casos omissos serão tratados pela autoridade competente. Art. 17. São deveres dos Responsáveis Técnicos, nos limites das respectivas

competências: I - prestar, de forma correta e inequívoca, informações ao Poder Executivo e

elaborar os projetos de acordo com as legislações vigentes; II - executar a obra licenciada, conforme o projeto aprovado, com os materiais

adequados, em observância às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; III - cumprir as exigências técnicas e normativas impostas pelos órgãos

competentes municipais, estaduais e federais, conforme o caso; IV - dar o suporte necessário às vistorias e à fiscalização das obras.

TÍTULO III DO LICENCIAMENTO E DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVO S

CAPÍTULO I

DO LICENCIAMENTO DA OBRA

Art. 18. Quaisquer das obras mencionadas neste Código, particulares ou públicas, estão condicionadas à obtenção de licença outorgada pelo Poder Executivo, precedida da aprovação dos respectivos projetos e do pagamento das taxas e emolumentos pertinentes.

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§ 1º Qualquer edificação não poderá ser iniciada se o interessado não possuir o

Alvará de Licença de Obras. § 2º A Prefeitura, mediante requerimento do interessado, e por meio da

Secretaria responsável, licenciará a execução das obras, emitindo o Alvará de Licença de Obra. § 3º Nas edificações existentes que estiverem em desacordo com o presente

Código, serão permitidas obras de acréscimo, reconstrução parcial e reformas nas condições seguintes: a) obras de acréscimos, se as obras acrescidas não derem lugar a formação de

novas disposições em desobediência às normas deste Código e não vierem contribuir a duração natural das partes antigas em desacordo com elas;

b) reconstruções parciais, se não vierem contribuir para aumentar a duração

natural do edifício em conjunto; c) reformas, se apresentarem melhoria efetiva das condições de higiene,

segurança ou comodidade e não vierem contribuir para aumentar a duração natural do edifício em conjunto.

§ 4º Poderão abranger construções em mais de um lote, quando elas forem do

mesmo proprietário e ficarem na mesma quadra e contíguos pelos lados ou pelos fundos. Art. 19. Os procedimentos administrativos serão instruídos com o requerimento

dos interessados e analisados frente à Legislação Municipal, conforme a natureza do pedido, observando-se as disposições deste Código de Obras, da Legislação Municipal referente ao uso e ocupação do solo, sem prejuízo da observância, por parte do Autor do Projeto, da Legislação Estadual e Federal, bem como das Normas Técnicas da A.B.N.T. ou outras normas técnicas aplicáveis e serão analisados no que se refere aos aspectos urbanísticos estabelecidos na legislação específica.

Parágrafo único. Caberá a Secretaria responsável, a gestão de todas as análises,

anuências ou aprovações de estudos ou projetos necessários ao licenciamento da obra, quando se tratar de empreendimentos que causem impacto urbano.

Art. 20. Em um único procedimento administrativo poderão ser analisados os

diversos pedidos referentes a um mesmo imóvel e, anexados também os eventuais pedidos de reconsideração ou de recurso.

Art. 21. Para a expedição do Alvará de Licença de Obra serão exigidos os

seguintes documentos: I - requerimento específico; II - documento de propriedade ou posse a justo título; III - diretrizes urbanísticas, se for o caso; IV - projetos arquitetônicos ou contorno; V - memoriais descritivos da construção; VI - memoriais de atividade para obras não residenciais;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 7.

VII - cópia da ART ou RRT da autoria do projeto e da responsabilidade técnica

pela direção e execução da obra; VIII - cópia da capa e contracapa do IPTU, com dados cadastrais, recente; IX - via original atualizada, ou cópia autenticada, de Certidão Negativa de

Tributos Municipais incidentes sobre o imóvel que será utilizado, e sobre seus respectivos proprietários ou possuidores;

X - e outros que a Autoridade Municipal julgar necessário para análise. Parágrafo único. Ainda que o objeto de interpelação administrativa ou jurídica,

a existência de débitos municipais impede a emissão do Alvará de Licença de Obras. Art. 22. Para qualquer tipo de edificação é facultado à Prefeitura exigir a

apresentação de projetos complementares, se julgar necessário. Art. 23. O Alvará de Licença de Obra será emitido para: I - movimento de terra - modificação do perfil do terreno que implicar em

alteração topográfica; II - muro de arrimo - muro destinado a suportar desnível de terreno; III - construção - edificação nova com prévia anuência da municipalidade; IV - ampliação – acréscimo de área em edificação existente; V - regularização – edificação iniciada sem anuência da municipalidade; VI - legalização – edificação concluída sem anuência da municipalidade; VII - adaptação – adequação de edificação existente para uso diferente do alvará

inicial; VIII - reforma - alteração em edificação existente sem supressão ou acréscimo

de área; IX - demolição – supressão parcial ou total de edificação existente; X - instalações temporárias – obras com finalidade específica e tempo de uso

determinado. § 1º A solicitação para movimento de terra, a execução de muro de arrimo, ou

demolição vinculadas à edificação, poderá ser requerida e licenciada separadamente ou em conjuntos com as obras da edificação principal.

§ 2º Será considerada Regularização de edificações residenciais e não

residenciais, as obras que não estiverem com as lajes ou coberturas erguidas. § 3º Será considerada Legalização de edificações residenciais e não

residenciais, as obras que estiverem com as: I - paredes, laje ou cobertura e contrapiso concluídas;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 8.

II - em conformidade com a zona de uso definido pelo Plano Diretor vigente e

alterações futuras. § 4º Para concessão do Alvará de Licença para Legalização, além dos

documentos constantes no artigo 21, deverão ser apresentadas duas fotos do imóvel (uma interna e outra da fachada).

§ 5º Para concessão do Alvará de Licença para Demolição, a análise será

precedida de parecer do órgão responsável pela preservação do patrimônio histórico e cultural do Município, quando necessário.

§ 6º Para concessão de Alvará de Licença para Movimento de Terra em áreas ou

terrenos cuja movimentação de terra não esteja atrelada a processo de licenciamento de edificação ou empreendimento, com área superior a mil metros quadrados, o requerimento deverá indicar as interferências ambientais e quando necessário será encaminhado para análises ou aprovações de outros órgãos ambientais competentes.

§ 7º O proprietário do imóvel ou responsável técnico pela modificação das

condições naturais do terreno que cause instabilidade ou dano de qualquer natureza a logradouro público ou terreno vizinho é obrigado a executar as obras corretivas necessárias.

Art. 24. Os empreendimentos privados, com construções, reconstrução,

reformas, ampliações e modificações, com área construída superior a 1000,00 m² (um mil metros quadrados) ou volume de demolição ou movimentação de terra, superior a 300 m³ (trezentos metros cúbicos), devem solicitar o parecer técnico, expedido pelo órgão responsável pelo Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil – PGRCC, documento este, que deverá ser autuado em processo próprio, antes da emissão de Alvarás de Licença de Obras e demais licenças municipais.

Parágrafo único. Os empreendimentos públicos dispensados de licenciamento

ambiental, com construções, demolições, reformas, ampliações ou modificações, em área de terreno igual ou maior que 3000,00 m² (três mil metros quadrados), e movimentação de terra igual ou superiora à 300 m³ (trezentos metros cúbicos), devem apresentar e solicitar o parecer técnico do Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil – PGRCC, que deverá ser autuado em processo próprio.

Art. 25. Poderão solicitar Alvará de Autenticação de Plantas para fins

específicos os imóveis existentes com lançamento cadastral superior há 10 anos. Art. 26. O Alvará de Licença de Obra e o Alvará de Licença para Movimento

de Terra prescreverá em 2 (dois) anos contados da data de sua expedição, independente de notificação ao interessado (proprietário, possuidor ou empreendedor), podendo ser prorrogado, a pedido do interessado, por igual período.

Art. 27. O Alvará de Licença de Obra poderá ser cancelado: I - mediante solicitação do proprietário, desde não iniciada; II - quando constatada irregularidade nas informações constantes no processo de

aprovação;

CAPÍTULO II DA APRESENTAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 9.

Art. 28. Os projetos arquitetônicos deverão apresentar, em escala compatível para a boa interpretação, as seguintes informações:

I - planta de cada um dos pavimentos que comportam o edifício. Nestas plantas

serão indicados as denominações e usos e dimensões de cada compartimento, incluindo saguões, corredores e áreas externas, com as respectivas áreas e a altura mínima dos pés-direitos;

II - elevação da fachada principal ou fachadas voltadas para as vias públicas; III - planta da cobertura; IV - o contorno da edificação, com os recuos da construção em relação às

divisas do lote, faixas “non aedificanti”, de preservação e outros elementos que comprometem a ocupação e aproveitamento da área;

V - cortes transversal e longitudinal do edifício a construir e das dependências,

incluindo escadas; VI - planta de situação sem escala, com indicação de pelo menos 3 (três) ruas e

a distância da esquina mais próxima; VII - memoriais descritivos; VIII - as escalas mínimas dos desenhos serão as seguintes: a) 1:100 para as plantas do edifício; b) 1:100 para os cortes, fachadas e gradil; c) 1:200 para planta de cobertura; d) a planta de situação do Quadro de Informações pode ser sem escala; e) o órgão municipal competente poderá exigir desenhos em escalas

diferenciadas, de acordo com a análise do projeto. IX - indicação da taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento; X - locação de vagas de veículos automotores e das vagas de acomodação

dentro do imóvel, quando necessários; XI - quantificação das áreas existente, a construir, regularizar, adaptar, legalizar,

demolir e total, mediante identificação por legendas; XII – quantificação, especificação e localização da área permeável exigida; XIII - declaração de que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento

por parte da Prefeitura de Sorocaba, do direito de propriedade do terreno; XIV - tabela de esquadrias com área de Iluminação/Ventilação por

compartimento; XV - Deverá ser apresentado no Projeto Arquitetônico o Quadro de

Informações conforme Anexo IV.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 10.

§ 1º Poderá ser exigida a apresentação de novas informações que forem

necessárias para a avaliação de qualquer projeto a ser aprovado. § 2º Os projetos deverão conter as seguintes assinaturas autografadas ou,

cabendo ao responsável técnico a responsabilidade pela originalidade das digitalizações das assinaturas: do proprietário do imóvel ou do seu representante legal, devidamente comprovada e dos responsáveis técnico pelos projetos, direção ou execução da obra.

Art. 29. O disposto na presente Lei se aplica também aos procedimentos

simplificados, inclusive aos eletrônicos, quando a Prefeitura estiver dotada de infraestrutura adequada. § 1º O titular do direito de construir ou interessado devidamente autorizado e o

responsável técnico devem se certificar, de antemão na Prefeitura, se há restrição de qualquer natureza sobre o imóvel ou a obra a utilizar este tipo de licenciamento.

§ 2º Todas as multas e penalidades previstas no Código de Obras do Município,

e demais leis pertinentes, também se aplicam aos procedimentos simplificados. § 3º As multas serão corrigidas por meio do índice vigente no Município. Art. 30. Para início da obra, ampliação ou regularização a que se refere o art. 29,

o requerente deve apresentar, na Prefeitura Municipal de Sorocaba, o comunicado de início da obra ou o comunicado de regularização, padronizado pela municipalidade, devidamente assinado por ele e pelo responsável técnico, junto com a documentação do imóvel.

Art. 31. O comunicado de início da obra, regularização ou ampliação, deve

conter as informações abaixo descritas: I - identificação do proprietário do terreno ou interessado devidamente

autorizado; II - identificação do responsável técnico, com a respectiva Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT); III - identificação do terreno e sua inscrição cadastral municipal; IV - dados da construção; V - Croqui do cadastro (contorno); VI - Memorial Descritivo da obra; VII - termo de compromisso de obediência às normas municipais. Art. 32. Os tributos incidentes na obra terão como base de cálculos os dados

contidos no comunicado do início de obra. Art. 33. Junto ao alvará será emitido o carnê para pagamento dos tributos

incidentes sobre a obra. Art. 34. Se a obra for concluída irregularmente, serão aplicadas, ao proprietário

e ao responsável técnico, as multas previstas no Código de Obras do Município e demais leis pertinentes ao caso.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 11.

Art. 35. As alterações ocorridas durante a construção deverão ser comunicadas à

Prefeitura Municipal de Sorocaba, nos termos desta Lei e demais regulamentos pertinentes, recolhendo-se os tributos correspondentes.

CAPÍTULO III DA CONDUÇÃO DA OBRA

Art. 36. Durante o período de execução da obra deverá ser mantida, no canteiro

de obras, cópias do Alvará de Licença de Obra e do projeto aprovado. Art. 37. Após o início da obra e a mesma sofrer paralisação por período superior

a 1 (um) ano por motivos particulares ou por impedimentos legais, o proprietário ou interessado deverá comunicar a municipalidade.

§ 1º Entende-se como impedimentos legais os mencionados abaixo: I - existência de pendência judicial; II - calamidade pública; III - declaração de utilidade pública; IV - pendência de processo de tombamento. § 2º O proprietário de obra paralisada ou de edificação abandonada será

diretamente responsável pelos danos ou prejuízos causados ao Município e a terceiros, em decorrência da paralisação ou abandono da mesma.

Art. 38. Os profissionais responsáveis pela execução e projeto de obras, quando

infringirem as disposições deste Código, ficam sujeitos às multas previstas neste Código. Art. 39. No decurso da obra o proprietário, o empreendedor e o responsável

técnico ficam obrigados à rigorosa observância, sob pena de multa conforme previsto no Anexo III desta Lei, das disposições relativas à:

I - instalações de andaime, bandeja e telas de proteção quando necessário; II - carga e descarga de materiais; III - limpeza e conservação dos passeios fronteiros ao imóvel, de forma a

possibilitar o trânsito normal de pedestres, evitando, especialmente, as depressões que acumulam água e detritos;

IV - limpeza e conservação das vias públicas, evitando acumulação no seu leito

carroçável de terra ou qualquer outro material, principalmente proveniente dos serviços de terraplenagem e transporte;

V - providenciar todos os recursos disponíveis para que a produção de ruídos

não ultrapasse o estipulado na Norma ABNT 1051; VI – fechamento da obra; VII - outras medidas de proteção determinadas pela Prefeitura.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 12.

CAPÍTULO IV DA CONCLUSÃO DA OBRA

Art. 40. São documentos comprobatórios da conclusão da obra: I - Habite-se - documento que atesta a conclusão de imóvel residencial e

autoriza a sua utilização efetiva; II - Certidão de Vistoria - documento que atesta a conclusão de obra comercial,

industrial ou institucional; III - Certidão de Conclusão – documento que atesta a conclusão de obras

legalizadas ou em imóveis que possuam Habite-se ou Certidão de Vistoria. Parágrafo único. Poderá ser concedida Certidão Parcial de Conclusão, se a parte

concluída atender, para o uso a que se destina: I - constituam unidades autônomas; II - atendam ao disposto no art. 39 desta Lei; III - as áreas comuns estejam concluídas; IV - as unidades autônomas deverão estar com suas respectivas vagas de

automóveis devidamente concluídas; V - a parte a ser concluída deverá estar devidamente isolada com ausência total

de perigo para o público e para os frequentadores da parte concluída. Art. 41. Considera-se obra concluída aquela integralmente executada de acordo

com o projeto licenciado, mais os seguintes requisitos: I - remoção de todas as instalações do canteiro de obras, entulho e sobra de

materiais; II - execução das instalações predial, elétrica e hidráulica; III - construção, reconstrução ou reparação do passeio do logradouro

correspondente ao edifício ou empreendimento de acordo com as posturas municipais, estaduais e federais vigentes e a garantia plena das condições de acessibilidade;

IV - cumprimento de todos os quesitos solicitados para o licenciamento; V - plantio de uma árvore no passeio público, seguindo as diretrizes do Plano de

Arborização Urbana de Sorocaba. Art. 42. Concluída a obra nos termos do artigo anterior, a pedido do

proprietário, empreendedor e responsável técnico, a Prefeitura expedirá o documento comprobatório da conclusão da obra.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 13.

§ 1º Comprovada pelo órgão competente da Prefeitura a conclusão de uma obra

e não tendo ocorrido o pedido de expedição do documento comprobatório da conclusão da obra, conforme disposto no caput deste artigo, será o seu proprietário ou possuidor notificado a requerê-lo no prazo de até trinta dias da data da notificação, sob pena de aplicação do previsto no art. 55 desta Lei, no que couber.

§ 2º Decorrido o prazo referido no § 1º, a Prefeitura providenciará a inscrição

em dívida ativa dos valores relativos ao ISSQN e o arquivamento do protocolado, sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei.

Art. 43. Para expedição do documento comprobatório da conclusão da obra

serão exigidos, os seguintes documentos: I - requerimento padrão; II - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB, se necessário; III - declaração conjunta do proprietário ou possuidor e do profissional executor

da obra, de que a mesma foi executada em conformidade com a licença expedida, respeitando o projeto bem como, de que se acha concluída e oferece condições plenas de estabilidade, habitabilidade, higiene e segurança segundo as normas técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis e a Legislação Estadual e Federal vigentes;

IV - via original atualizada, ou cópia autenticada, de Certidão Negativa de

Tributos Municipais incidentes sobre o imóvel e suas obras, e sobre seus respectivos proprietários ou possuidores;

V - outros documentos conforme necessário. Parágrafo único. Ainda que objeto de interpelação administrativa ou jurídica, a

existência de pendência financeira correspondente à tributos ou taxas, impede a emissão do documento comprobatório da conclusão da obra.

Art. 44. Para emissão do certificado de conclusão pela Prefeitura deverá ser

observado o cumprimento de todos os quesitos solicitados no licenciamento da obra em atendimento as condicionantes das secretarias e autarquias da municipalidade, bem como à Legislação Municipal, Estadual e Federal pertinentes.

Parágrafo único. Os condomínios horizontais e verticais deverão fornecer o

arquivo digital dos projetos, para fins de cadastro do empreendimento. Art. 45. Ficam dispensados da vistoria da Prefeitura de todos os pedidos de

Habite-se e Certidão de Vistoria de edificações desde que os mesmos não estejam condicionados a liberação de outros órgãos ou leis específicas.

Art. 46. A solicitação de emissão de documento comprobatório de conclusão de

obras será feito pelo responsável técnico e proprietário em requerimento próprio do setor responsável da Prefeitura.

Art. 47. As edificações condicionadas a outros órgãos serão liberadas nos

termos do artigo 1º desta Lei com a apresentação da liberação do órgão competente.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 14.

CAPÍTULO V DA ANÁLISE DOS PROCESSOS E PRAZOS

Art. 48. A Prefeitura analisará o requerimento e a documentação anexada a ele

no prazo máximo de 90 dias. § 1º O prazo de 90 (noventa) dias será contado da data de protocolo da

solicitação. § 2º Havendo necessidade de análise em outros órgãos da Administração Direta

ou Indireta, o prazo será interrompido, não podendo o processo ficar sem resposta ou encaminhamento em cada setor por mais de 60 (sessenta) dias.

Art. 49. Os procedimentos administrativos que apresentarem elementos

incompletos ou incorretos, necessitando de complementação da documentação ou de esclarecimentos, serão objeto de comunicados mediante o despacho “Comunique-se” para que as falhas sejam sanadas.

§ 1º O “Comunique-se” será fornecido após análise completa dos documentos

fornecidos, podendo haver novo “Comunique-se” quando for apresentado novo dado que incida sobre a análise já efetuada.

§ 2º Os interessados deverão acompanhar o andamento do processo através do

Portal da Prefeitura de Sorocaba, onde acessarão os despachos “Comunique-se”, caso ocorra. § 3º Escoado o prazo previsto no inciso I do § 5º deste artigo, sem que se

verifique a adoção de providências por parte do interessado, o pedido será indeferido sem prejuízo da cobrança das taxas devidas.

§ 4º O comunicado, denominado “Comunique-se”, deverá ser atendido pelo

Titular do Direito de Construir ou Responsável Técnico pelo Projeto ou Obra, ou Prepostos destes devidamente autorizados.

§ 5º Poderá ser indeferido, arquivado ou aplicados outros procedimentos legais

cabíveis ao Processo cujo atendimento: I - não ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, salvo se houver solicitação de

prorrogação de prazo por parte do requerente ou responsável técnico, para o atendimento; II - o atendimento ao “Comunique-se” for incompleto ou incorreto. § 6º O prazo máximo para recurso ou solicitação de prazo é de 15 (quinze) dias,

contados da data de comunicação. Art. 50. O prazo para decisão do pedido não poderá exceder a 60 (sessenta) dias

nos processos administrativos que tratem de residências unifamiliares. Art. 51. O curso dos prazos ficará suspenso durante a pendência do

atendimento, pelo requerente, de exigências feitas em “Comunique-se”. Art. 52. Transcorrido o prazo para a decisão de processo que trate de aprovação

de projeto e, desde que o projeto não dependa de aprovação de órgãos externos, poderá ser requerido o Alvará de Licença de Obra.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 15.

§ 1º Decorridos 60 (sessenta) dias deste requerimento, sem decisão no processo

de Aprovação do Projeto, a obra poderá ser iniciada, sendo de inteira responsabilidade do proprietário e profissionais envolvidos, a observância na execução da obra, das disposições estabelecidas neste Código de Obras, da Legislação Municipal referente ao uso e ocupação do solo, da Legislação Estadual e Federal e das Normas Técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis.

§ 2º Transcorrido o prazo para decisão no processo relativo à emissão de

Certificado de Conclusão, a obra poderá ser utilizada a título precário, não se responsabilizando a Prefeitura Municipal de Sorocaba, por qualquer evento decorrente de falta de segurança ou salubridade.

TÍTULO IV

DA FISCALIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS FISCAIS

CAPÍTULO ÚNICO DA VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DA OBRA

Art. 53. Toda e qualquer obra, poderá ser vistoriada a qualquer tempo pela

Prefeitura, por meio de seu setor de fiscalização, devendo os servidores municipais incumbidos dessa atividade, ter garantido livre acesso aos locais necessários.

§ 1º A ação fiscalizadora se inicia com a execução de qualquer serviço que

modifique as condições da situação existente no imóvel. § 2º Após a conclusão da obra, a Prefeitura poderá efetuar vistoria para

constatar a execução da obra, conforme projeto aprovado, bem como a conservação e utilização do imóvel, podendo interditá-la se constatada irregularidades, sem prejuízo de outras sanções.

§ 3º Os servidores, citados no caput deste artigo, são os responsáveis pelos

dados apresentados nas notificações e nos autos de infração. Art. 54. Em se tratando de obra autorizada pela Prefeitura de Sorocaba, o

embargo somente cessará após a eliminação das infrações que o motivaram e o pagamento das multas impostas.

Art. 55. Não serão passíveis de regularização as edificações que, em razão de

infringência aos dispositivos deste Código de Obras, sejam objeto de ação judicial, bem como não poderão ser anistiadas as multas aplicadas em razão das irregularidades da obra.

Art. 56. A ação ou a omissão que resulte em inobservância às regras deste

Código constitui infração, conforme o disposto no Anexo III desta Lei. Projeto de Lei – fls. 16.

Art. 57. A contagem dos prazos estabelecidos neste Capítulo será feita em dias

corridos, a partir: I - do primeiro dia útil seguinte à data do recebimento da autuação,

pessoalmente ou pelo correio;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 16.

II - do terceiro dia útil seguinte à data de publicação da autuação no Diário

Oficial do Município. § 1º Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-

lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as penalidades pertinentes. § 2º A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não isenta o infrator

da obrigação de reparar o dano resultante da infração ou das demais sanções e medidas administrativas ou judiciais cabíveis.

Art. 58. Considera-se reincidência, para os fins deste Código, o cometimento,

pela mesma pessoa, da mesma infração ou a não correção da irregularidade penalizada no prazo previsto nesta Lei.

Parágrafo único. Em cada reincidência, o valor da multa corresponderá ao valor

da multa anterior acrescido de seu valor base. Art. 59. As infrações aos dispositivos desta Lei ficam sujeitas às penalidades a

seguir relacionadas, que serão aplicadas isoladas ou simultaneamente: I - notificação; II - auto de infração e multas no Anexo III desta Lei; III - embargo ou interdição; IV - cassação de documento de licenciamento; V - demolição ou desmonte. § 1º Conforme a infração são considerados infratores o Titular do Direito de

Construir, o Responsável Técnico pelo Projeto e o Responsável Técnico pela Obra. § 2º No caso de Condomínios ou Associações, será considerado infrator seus

representantes legais. § 3º O prazo máximo para apresentação de recurso ou início das providências

notificadas é de 15 (quinze) dias, devendo neste período a obra permanecer paralisada sob pena das sanções legais.

§ 4º A interposição de recurso não suspende o prosseguimento da ação fiscal

correspondente, ficando suspenso apenas o prazo para o pagamento da multa. § 5º Verificado o descumprimento do embargo ou interdição, poderá a obra ser

demolida, sem prejuízo das penalidades previstas em Lei. Art. 60. Os documentos de notificação e de autuação deverão conter: I - a identificação do infrator; II - a descrição da ação ou omissão, que constitui violação ao disposto nesta

Lei;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 17.

III - o dispositivo legal infringido; IV - o prazo fixado para que a irregularidade seja sanada, quando for o caso; V - a penalidade aplicada, conforme o caso; VI - a identificação do órgão responsável pelo ato; VII - a identificação da reincidência, quando for o caso. Art. 61. Constatada irregularidade na execução da obra, ou fato que denote ou

configure alteração do uso ou da atividade originariamente licenciada, ou ainda pelo não atendimento de qualquer das disposições desta Lei, o titular do direito de construir será notificado e autuado nos termos da Tabela do Anexo III e da legislação vigente.

§ 1º Não haverá notificação em casos de inexistência da documentação de

licenciamento ou projetos necessários no local da obra, cabendo atuação conforme disposto na Tabela do Anexo III desta Lei.

§ 2º Para os demais casos, na impossibilidade do recebimento da notificação

decorrente da ausência no local do Titular do Direito de Construir, do Responsável Técnico ou operários, deverá o agente de fiscalização providenciar encaminhamento do procedimento via postal com aviso de recebimento ou através do Diário Oficial do Município.

Art. 62. Ao ser constatado, através de vistoria técnica, que a edificação oferece

risco de ruir, o órgão competente da Prefeitura deverá tomar as seguintes providências: I - interditar o edifício; II - notificar o proprietário ou possuidor a iniciar no prazo máximo de quarenta

e oito horas os serviços de consolidação ou demolição; § 1º A notificação ou eventual embargo, em se tratando de risco à estabilidade

da obra, será necessariamente avalizada por servidor municipal devidamente habilitado. § 2º A Prefeitura poderá exigir o acompanhamento de profissional habilitado

para a execução dos serviços. § 3º Quando o proprietário não atender à notificação, a Prefeitura deverá

recorrer aos meios legais para executar a sua decisão. § 4º As obras de escoramento ou consolidação emergenciais em imóveis que

apresentem perigo de ruína, independente de notificação, podem ter início imediato, devendo ser comunicado por escrito à Prefeitura, justificando e informando a natureza dos serviços a serem executados para que o Poder Público verifique a efetiva necessidade de execução de obras emergenciais.

§ 5º Excetua-se do estabelecido no inciso II deste artigo os imóveis tombados,

indicados para preservação ou em processo de tombamento, que deverão obter autorização do órgão competente antes de qualquer reforma, excetuando-se obras de escoramento para evitar a ruína do prédio.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 18.

§ 6º O não atendimento ao disposto no inciso I deste artigo, implicará em multa prevista no Anexo III desta Lei, sem prejuízo das medidas legais pertinentes.

Art. 63. Durante o embargo, somente será permitida a execução dos serviços

indispensáveis à segurança do local e à eliminação das infrações, com subsequente liberação da obra. § 1º Somente cessará o embargo com a regularização da obra e mediante

solicitação do interessado. § 2º Regularizada a obra, o Titular do Direito de Construir ou o Responsável

Técnico informará ao órgão municipal responsável, que providenciará a suspensão do embargo. Art. 64. A penalidade de embargo de obra em andamento será aplicada quando: I - a obra estiver sendo executada sem o respectivo Alvará de Licença; II - for desrespeitado o respectivo projeto, em qualquer de seus elementos

essenciais; III - a obra for iniciada sem o acompanhamento de um responsável técnico; IV - estiver em risco a estabilidade da obra, conforme atestado através de laudo

específico; Art. 65. Em se tratando de obra não autorizada pela Prefeitura de Sorocaba, o

embargo somente cessará após o atendimento das seguintes condições: I - eliminação de eventuais divergências da obra em relação às condições

possíveis de autorização; II - deferimento do pedido de Aprovação do Projeto e expedição do Alvará de

Licença de Obra; III - existência, na obra, de documentação que comprove sua regularidade

perante a municipalidade; IV - pagamento das multas impostas. Art. 66. Decorrido o prazo para as providencias relativas à regularização da

obra, a Prefeitura de Sorocaba, procederá à vistoria nos 10 (dez) dias subsequentes e, se constatada resistência ao embargo, deverá o responsável pela vistoria:

I - expedir novo auto de infração e aplicar as multas em dobro; II - solicitar junto ao órgão municipal competente a adoção das medidas

policiais e judiciais cabíveis. Art. 67. A resistência ao embargo ensejará também ao profissional Executor a

aplicação de multa com acréscimo de 100% (cem por cento), desde que devidamente notificado e não comprove não ser o autor da orientação do prosseguimento da obra.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 19.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código de Obras, considera-se resistência

ao embargo a continuidade dos trabalhos no imóvel sem a adoção das providências exigidas na intimação.

Art. 68. A penalidade de cassação do Alvará de Construção será aplicada: I - após 3 (três) meses do embargo, na hipótese de não terem sido efetivadas as

providências para regularização da obra; II - em caso de desvirtuamento, por parte do interessado, da licença concedida; III - em caso de interesse público, atestado por meio de parecer técnico ou

jurídico. Parágrafo único. Considera-se desvirtuamento da licença concedida: I - a mudança de uso em relação ao projeto aprovado; II - a mudança de nível de implantação em relação ao projeto aprovado. Art. 69. A demolição, total ou parcial, de obra ou edificação será imposta

quando se tratar de: I - construção irregular, assim entendida aquela que não for passível de

regularização; II - construção considerada em situação de risco iminente, conforme laudo

técnico de profissional devidamente habilitado, em que o proprietário não queira ou não possa reparar; III - obra paralisada ou abandonada que apresentem risco à população. Parágrafo único. Vencido o prazo para o cumprimento do disposto na

notificação sem que a demolição tenha sido efetuada, o Executivo dará início aos procedimentos com vistas à demolição do imóvel, correndo os custos por conta do proprietário.

TÍTULO V DO PROJETO E DA OBRA

CAPÍTULO I

DO CANTEIRO DE OBRAS

Art. 70. Para todas as obras de construção, reformas ou demolições será obrigatório o fechamento do canteiro de obras, e a instalação de dispositivos de segurança, de forma a proteger e impedir o acesso de pessoas estranhas ao serviço, sob pena de aplicação das penalidades previstas nesta Lei.

Art. 71. Os tapumes deverão ter altura mínima de 2,10m (dois metros e dez

centímetros) e poderão avançar até a metade da largura do passeio, observado o máximo de 3,00m (três metros).

§ 1º Nos passeios, com largura inferior a 2,00m (dois metros), o tapume poderá

avançar até 0,50m (cinquenta centímetros).

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 20.

§ 2º Serão tolerados avanços superiores aos permitidos neste artigo, nos casos

em que seja tecnicamente indispensável para a execução da obra, maior ocupação do passeio, devendo esses casos especiais serem devidamente justificados e comprovados pelo interessado perante a Prefeitura.

§ 3º A utilização de muro, tapume, telas de segurança ou qualquer outro

dispositivo de segurança, deve impedir o carreamento de material para o logradouro público e lotes vizinhos, sendo vedada a utilização de formas de fechamento que causem dano ou incômodo aos transeuntes.

§ 4º Quando a largura livre do passeio resultar em dimensão inferior a 1,00 m

(um metro) e se tratar de obra em logradouro, deverá ser solicitada autorização para realizar, em caráter excepcional e a critério da Prefeitura, o desvio do trânsito de pedestres.

Art. 72. Logo após a execução da laje do piso do terceiro pavimento deverá o

tapume, ser recuado para o alinhamento da via pública e ser construída a cobertura com pé direito mínimo de 3,00m (três metros) para proteção dos pedestres, desde que respeitado o posteamento e fiação das concessionárias de serviço público.

§ 1º O tapume poderá ser feito no alinhamento originário por ocasião do

acabamento da fachada do pavimento térreo. § 2º Os andaimes fechados, assim como os andaimes de proteção poderão

avançar sobre o passeio até o prumo da guia, observado o máximo de 3,00m (três metros). Art. 73. Não será permitida a ocupação de qualquer parte da via pública com

material de construção, além do alinhamento de tapume. § 1º Os materiais descarregados fora do tapume, deverão ser removidos para o

interior da obra dentro de 08 (oito) horas, contadas da descarga dos mesmos. § 2º Paralisada a obra, por período superior a 30 (trinta) dias, o tapume será

obrigatoriamente recuado para o alinhamento. Art. 74. Nas obras ou serviços de execução que se desenvolverem em edificação

com mais de 04 (quatro) andares ou altura equivalente, será obrigatória a execução a partir do piso da primeira laje e no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno, de:

I - plataforma principal de proteção com 2,50m (dois metros e cinquenta

centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade;

II - plataformas secundárias de proteção com no mínimo 1,40m (um metro e

quarenta centímetros) em balanço e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus) de 3 em 3 lajes acima da plataforma principal;

III - tela de vedação em todo perímetro da construção a partir da plataforma

principal de proteção.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 21.

Art. 75. Todas as obras deverão tomar todas as medidas de segurança constantes

em leis municipais, estaduais e federais e normas técnicas específicas, em especial nas Normas Regulamentadores pertinentes do Ministério do Trabalho e Emprego em especial a NR-18 ou suas alterações.

CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES GERAIS DE IMPLANTAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

SEÇÃO I

DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Art. 76. As edificações deverão atender aos princípios básicos de sustentabilidade, de higiene, conforto e salubridade de forma a não transmitir aos imóveis vizinhos e aos logradouros públicos, ruídos, vibrações e temperaturas em níveis superiores aos previstos nas normas oficiais específicas.

Art. 77. Os componentes básicos da edificação, que compreendem fundações,

estruturas, paredes e coberturas, deverão atender princípios de sustentabilidade e apresentar resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústicos, estabilidade e impermeabilidade adequadas ao tipo, à função e porte do edifício, em conformidade com as Normas Técnicas da A.B.N.T. e outras normas técnicas aplicáveis, com a Legislação Estadual e Federal e com a boa técnica, especificados e dimensionados por profissional legalmente habilitado.

Art. 78. As estruturas de fundação, ou outras estruturas, deverão ficar

inteiramente dentro dos limites do lote ou terreno e garantir, na sua execução, a segurança das pessoas e das edificações vizinhas, de forma a evitar, obrigatoriamente, quaisquer danos a logradouros públicos e instalações de serviços.

Art. 79. O dimensionamento, especificação e emprego dos materiais, elementos

construtivos e instalações deverão assegurar conforto ambiental, estabilidade, segurança e salubridade às obras, edificações e equipamentos, de acordo com as normas da ABNT.

§ 1° O conforto ambiental, deverá buscar o máximo de aproveitamento dos

recursos naturais utilizados e possibilitar sempre que possível a iluminação natural, a ventilação natural, a manutenção dos espécimes arbóreos existentes e a fruição da paisagem.

§ 2° É de responsabilidade exclusiva do responsável técnico pelo projeto,

direção e execução da obra o atendimento ao mencionado no caput deste artigo. Art. 80. Em se tratando de materiais cuja a aplicação não esteja ainda

devidamente consagrada pelo uso, poderá a Prefeitura exigir análises ou ensaios comprobatórios de sua adequacidade, tais exames deverão ser efetuados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, ou outras entidades credenciadas, às expensas do interessado.

Art. 81. As edificações deverão ser perfeitamente isoladas da umidade e

emanações provenientes do solo, mediante impermeabilização entre os alicerces e as paredes e em todas as superfícies, da própria edificação e das edificações vizinhas, sujeitas à penetração de umidade quando em contato com o solo ou não.

Art. 82. Nenhuma edificação poderá ser edificada sobre faixas de domínio

público de rodovias e ferrovias, linhas de alta tensão, faixas de servidão e faixas não edificantes, bem como, áreas verdes, áreas de proteção ambiental, conforme definido pelo Plano Diretor de Sorocaba.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 22.

Art. 83. A construção, modificação e ampliação de edifícios públicos ou

privados de uso coletivo, obedecerão às disposições previstas nas legislações Federal, Estadual e Municipal referentes à acessibilidade de pessoa com deficiência, bem como às normas técnicas pertinentes em especial a NBR9050.

Parágrafo único. A representação gráfica deverá estar de acordo com o desenho

universal, de acordo com a Norma ABNT - NBR9050 e Normas Técnicas de desenho arquitetônico. Art. 84. Para terrenos edificados, o fechamento (muros) das divisas entre lotes

obedecerão a altura máxima de 3,0m (três metros) e mínima de 2,0m (dois metros) a partir do perfil natural do terreno, podendo ser maior desde que tecnicamente justificada.

§ 1º O fechamento citado no caput deste artigo deverá ser executado em

alvenaria ou material similar, exceto blocos de vidro ou elementos vazados. § 2º Excluem-se destas exigências quando houver determinação divergente em

diretrizes das Convenções Condominiais ou acordo expresso entre os proprietários dos imóveis vizinhos.

Art. 85. Os andares acima do solo que não forem vedados e os desníveis entre

pisos, varandas e sacadas, deverão dispor de proteção contra quedas com altura mínima de 1,10 m (um metro e dez centímetros) e resistentes a impactos e pressão conforme normas da ABNT.

Art. 86. As fachadas das edificações poderão ter saliências e marquises,

observado as dimensões máximas permitidas. § 1º As saliências poderão ter dimensão máxima de 0,50m (cinquenta

centímetros) e avançar sobre as áreas delimitadas pelos afastamentos mínimos em até 0,25m (vinte e cinco centímetros), não podendo constituir área de piso.

§ 2º As saliências deverão situar-se à altura mínima de 2,50m (dois metros e

cinquenta centímetros) acima de qualquer ponto do piso imediatamente abaixo, com exceção dos pilares e no térreo que deverá situar-se a altura mínima de 3,00m (três metros).

§ 3º As marquises deverão atender, cumulativamente, às seguintes exigências: I - ter altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima de

qualquer ponto do piso, exceto as que avançam sobre o passeio público; II - ser executadas em material durável e incombustível e dotadas de calhas e

condutores para água pluvial; III - não conter pilares de sustentação, grades, peitoris ou guarda-corpos. § 4º Em saliências utilizadas para a instalação de sistemas de ar-condicionado, é

obrigatório haver dispositivo que impeça o gotejamento ou despejo de resíduos sobre a vizinhança ou logradouro público.

§ 5º Serão permitidas marquises ultrapassando o alinhamento predial, desde que

seja obedecido o gabarito da quadra à saliência e altura, e atendida ainda às seguintes condições: I – passeios com largura superior a 1,20m (um metro e vinte centímetros);

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 23.

II - não poderão ultrapassar a 2/3 largura do passeio nem o limite máximo de

4,00m (quatro metros); III - deverão estar em nível à marquise vizinha, caso exista e essa tenha altura

conforme com esse código; IV - a parte mais baixa da marquise, distará 3,00m (três metros) do nível do

passeio; V - não poderão ocultar a parede de iluminação pública, placas de

nomenclaturas e outras indicações oficiais dos logradouros, não poderão ainda prejudicar a arborização e a disposição dos postes;

VI - o revestimento será de material que não se fragmente quando partido; VII - serem dotadas de calhas e condutores de águas pluviais, devidamente

embutidos nas paredes e calçadas, comunicando com a sarjeta; Art. 87. Poderão ser admitidos balanços e beirais, ocupando a faixa de recuo

frontal mínimo e fundo até o máximo de 0,80m (oitenta centímetros).

SEÇÃO II

ESCAVAÇÕES

Art. 88. É obrigatória a construção de tapume, no caso de escavações junto ao alinhamento da via pública.

Art. 89. Nas escavações deverão ser dotadas medidas de forma a evitar o

deslocamento de terra nos limites do lote em construção. Art. 90. O construtor é obrigado a tomar as medidas indispensáveis, a fim de

proteger contra recalques e danos aos edifícios vizinhos. Art. 91. No caso de escavação de caráter permanente que modifique o perfil do

terreno, o construtor é obrigado a proteger os prédios lindeiros e a via pública, mediante obras eficientes e permanentes contra o deslocamento de terras.

SEÇÃO III FUNDAÇÕES

Art. 92. Quando o projeto da construção estiver em local atingido por obras

públicas existentes ou constantes de projetos oficialmente aprovados, a Prefeitura poderá estabelecer condições especiais para o projeto e a execução das escavações e fundações tendo em vista a viabilidade e a segurança dessas obras e da própria construção.

Art. 93. A escolha do tipo de fundação deverá levar em consideração, a

conformação e tipo do terreno; as cargas dos pilares e do edifício todo, bem como dados técnicos de segurança, recalque e estabilidade e as normas técnicas da ABNT pertinentes.

SEÇÃO IV ESTACA, SAPATAS E BLOCOS DE FUNDAÇÃO

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 24.

Art. 94. Quando da execução de estacas, sapatas e blocos de fundação, deverá prever a segurança dos imóveis vizinhos e lindeiros dentro do seu raio de interferência.

Art. 95. Qualquer que seja o seu tipo, as Fundações deverão ser executadas de

forma que não prejudiquem as edificações lindeiras e fiquem completamente independentes das vizinhas já existentes integralmente situadas dentro dos limites do lote.

SEÇÃO V PAREDES E VEDAÇÕES

Art. 96. No projeto arquitetônico ou no projeto estrutural, este quando for o

caso, deverão ficar rigorosamente estabelecidos as dimensões, direções, espessuras e demais detalhes das paredes.

Art. 97. A construção de paredes de vedações ou estruturais internas e externas,

deverão ter suas espessuras adequadas conforme o material empregado atendendo as qualidades físicas de isolamento acústico, térmico e capacidade de resistência aos agentes atmosféricos, comparada às paredes de alvenaria e de acordo com as Normas Técnicas vigentes.

Art. 98. Todos os prédios de apartamento e bem assim as edificações de dois ou

mais pavimentos, destinados a mais de uma habitação, deverão ter as paredes externas e as perimetrais de cada habitação bem como lajes, pisos e escadas construídas de material incombustível, exceto edificações de madeira.

SEÇÃO VI PISOS

Art. 99. Os pisos de compartimentos diretamente sobre o solo, deverão ter por

base camada de concreto impermeabilizada e com espessura mínima de 5 cm (cinco centímetros). Art.100. Nos edifícios de mais de um pavimento, os pisos serão incombustíveis

ou auto extinguível e apresentar isolamento acústico. Parágrafo único. A exigência especificada no presente artigo é extensiva aos

pisos dos pavimentos ou galerias de edifícios de utilização coletiva, bem como de edifícios comerciais e industriais.

Art. 101. Os pisos devem ter as especificações de material e qualidade

compatíveis com o compartimento que se destinam, de acordo com a legislação e norma técnicas pertinentes.

SEÇÃO VII COBERTURAS

Art. 102. Os materiais utilizados para cobertura de edificações deverão ser

impermeáveis, incombustíveis, imputrescíveis, de reduzidas condutibilidade térmica, incombustíveis e resistentes a ação dos agentes atmosféricos.

Art. 103. A cobertura de edificações agrupadas horizontalmente terá estrutura

independente para cada unidade autônoma, e a parede divisória deverá ultrapassar o forro chegando até o último elemento de cobertura, de forma que haja a total separação entre as unidades.

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Parágrafo único. As águas pluviais das coberturas deverão escoar dentro dos

limites do imóvel, não sendo permitido o seu deságue direto sobre os lotes vizinhos ou logradouros. Art. 104. Nas coberturas, seja qual for a sua estrutura, o projeto deverá observa

as prescrições normatizadas pela ABNT.

SEÇÃO VIII ÁGUAS PLUVIAIS

Art. 105. Não será permitido o despejo de águas pluviais sobre a passeio

público, devendo ser conduzidas por canalização sob o passeio até a sarjeta ou rede de captação pública, quando houver.

§ 1º Todo lote que se encontrar em plano inferior na quadra deverá destinar uma

faixa mínima de 1,5m (um metro e cinquenta centímetros) de largura para passagem de tubulações para escoamento de águas pluviais e esgoto, provenientes do imóvel situado à montante.

§ 2º Não será permitido o despejo de águas pluviais nas redes de esgotos

sanitários. § 3 º Não será permitido o lançamento de esgotos na rede de águas pluviais

públicas ou privadas. Art. 106. A água pluvial proveniente de pátios internos ou áreas abertas junto ao

alinhamento de via pública, será captada por ralos dimensionados para a vazão do local, colocados sob a entrada dessas áreas.

Art.107. Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de conduzir

as águas pluviais às sarjetas, será admitida a ligação direta às galerias de águas pluviais. § 1º O interessado deverá requerer ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto -

SAAE e à Prefeitura a necessária autorização. § 2º As despesas com a execução dessa ligação correrão integralmente por conta

do interessado. Art. 108. Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais

provenientes de telhado e balcões, deverão ser captadas por meio de calhas, condutores e levadas até a sarjeta conforme os artigos anteriores.

Parágrafo único. Os condutores nas fachadas lindeiras deverão ser embutidos na

parede até a altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) acima do nível do passeio e prosseguir sob o pavimento do passeio, descarregando na sarjeta, mediante abertura de gárgula.

Art. 109. Não será permitida a ligação de canalização de esgotos às sarjetas ou galerias de águas pluviais.

Art. 110. Em todo imóvel urbano, com área territorial inferior a 5.000 m2 (cinco

mil metros quadrados) onde se pretenda urbanizar ou edificar com obra nova, reforma e ampliação, de uso residencial e comercial, a qual resulte na impermeabilização de sua superfície, área superior a

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 26.

500 m² (quinhentos metros quadrados), é obrigatória a execução de sistema de captação, detenção ou armazenamento para águas pluviais coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, com os seguintes objetivos técnicos:

I - reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais em áreas urbanas com

alto coeficiente de impermeabilização do solo; II - controlar a ocorrência de inundações, amortecer e minimizar os problemas

das vazões; III – utilização das águas pluviais para fins não potáveis. § 1º Ficam isentos do cumprimento da norma contida no caput deste artigo, os

lotes edificados ou não com área permeável maior ou igual a 50% (cinquenta por cento) do lote. § 2º Também ficam isentos do cumprimento da exigência do caput do art. 110

os imóveis cuja drenagem de águas pluviais já esteja contemplada por bacias de contenção ou equipamentos com finalidade semelhante, conforme critérios técnicos definidos pelo SAAE.

§ 3º Para efeito desta Lei, só serão consideradas as impermeabilizações

efetuadas em lotes edificados ou não e os projetos de edificações cujo pedido de licenciamento, na Prefeitura, se der após a data da sua promulgação.

§ 4º Fica facultado aos proprietários de imóveis localizados em regiões onde

haja previsão de intervenção do SAAE, como, por exemplo, a construção de bacias de contenção, eximir-se do cumprimento desta Lei pagando contribuição de melhoria para o financiamento da obra pública prevista para a região, como forma de compensação.

Art. 111. O sistema de que trata o art. 110, será composto de: I - reservatório de acumulação/detenção, com capacidade calculada através da

equação: V = 0,15 x Ai x IP x t, onde: V = volume do reservatório em metros cúbicos; Ai = área impermeabilizada em metros quadrados; IP = Índice pluviométrico igual a 62,4 mm/h (seguindo índices da equação da

chuva de Sorocaba para tempo de recorrência tr = 10 anos); t = tempo de duração da chuva de 1 hora; II – condutores de toda água captada por telhados, coberturas, terraços e

pavimentos descobertos ao reservatório mencionado no inciso I; III - condutores de liberação da água acumulada no reservatório para usos

mencionados no art. 110 desta Lei. § 1º O reservatório referido no caput deste artigo deverá ser fechado, coberto e

atender às normas sanitárias vigentes. § 2º A localização do reservatório, apresentado o cálculo do seu volume, deverá

estar indicada nos projetos de que trata o caput deste artigo e sua efetiva implantação será condição para emissão do respectivo documento comprobatório de conclusão de obra.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 27.

§ 3° Deverá ser instalado um sistema que conduza toda água captada por

telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório, ou equipamento com a mesma finalidade.

Art. 112. Todos os lotes edificados ou não com área impermeabilizada igual ou

superior a 500m² (quinhentos metros quadrados) deverão atender os requisitos desta Lei, num prazo de 300 (trezentos) dias.

Art. 113. A água contida no reservatório, de que trata o inciso I do art. 110,

deverá: I – infiltrar-se no solo, preferencialmente; II – ser utilizada em finalidades não potáveis, caso as edificações tenham

reservatório específico para essa finalidade; III – a água excedente poderá ser despejada na rede pública de drenagem, após

no mínimo uma hora de chuva. Parágrafo único. No caso de opção por conduzir as águas pluviais para outro

reservatório, objetivando o reuso da água para finalidades não potáveis, deverá ser indicada a localização desse reservatório e apresentado o cálculo do seu volume.

Art. 114. A previsão do sistema disposto na presente Lei, é condição para a

obtenção de aprovações e licenças de construção à projetos residenciais, comerciais e industriais, cuja competência de análise e aprovação é da Prefeitura de Sorocaba.

Parágrafo único. O custeio e a execução dos sistemas previstos no caput são de

responsabilidade do detentor do direito de construir e do profissional responsável pela obra, devendo a mesma ser concluída antes de ocorrer a ocupação da edificação.

Art. 115. Aplica-se também a imóvel urbano, com área territorial superior a

5000m2 (cinco mil metros quadrados) a implantação de sistema de captação e detenção das águas pluviais, onde se pretenda urbanizar ou edificar com obra nova, reforma e ampliação, de uso residencial e comercial, observado determinação específica na emissão de diretrizes do SAAE ou da análise e aprovação dos projetos definitivos, por parte da Municipalidade.

SEÇÃO IX

INSTALAÇÕES PREDIAIS Art. 116. As instalações prediais de luz, força, energia solar para uso doméstico,

industrial ou aquecimento de água, telefone e gás deverão obedecer aos regulamentos e especificações das empresas concessionárias, das normas ABNT e aprovadas pela Prefeitura.

Parágrafo único. Os projetos de novas edificações de caráter comercial,

condomínios e edifícios com mais de 1000m² (mil metros quadrados) de área construída, para aprovação junto aos órgãos municipais competentes, deverão possuir em seus sistemas de instalações, equipamentos de aquecimento solar, painéis fotovoltaicos, para uso doméstico e industrial, dimensionado para cobrir no mínimo, 50 % (cinquenta por cento) de toda a demanda anual de energia necessária para consumo estimado.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 28.

Art. 117. As edificações deverão dispor de instalação permanente de gás

liquefeito de petróleo e os ambientes ou compartimentos que contiverem equipamentos ou instalações com funcionamento a gás, deverão ter ventilação permanente assegurada por aberturas diretas para o exterior, atendendo às Normas Técnicas específicas.

Art. 118. Torna-se obrigatória a instalação de sistemas internos de distribuição

de gás nas edificações novas e reformas localizadas dentro do perímetro urbano do Município, desde que:

I - necessitem do atendimento ao Decreto Estadual nº 56.819/2011 e instruções

técnicas (Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo) pertinentes, quanto a instalação de gás; II - os sistemas internos de canalização de gás deverão ser dimensionados de

forma a permitir tanto o uso de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) quanto de Gás Natural (GN), sem que haja necessidade de adequações posteriores nos referidos sistemas, além daquelas necessárias à conversão dos aparelhos de utilização.

Art. 119. Os empreendedores e Construtoras ficam obrigados a apresentar o

projeto e Anotação de Responsabilidade Técnica ou Registro de Responsabilidade Técnica do Responsável Técnico da Instalação do sistema interno de distribuição de gás, quando solicitados pela fiscalização da Prefeitura, concessionária de gás, proprietário ou pelo ocupante do imóvel.

§ 1º O Projeto de que trata o caput deste artigo estará obrigado a atender as

normas técnicas para dimensionamento de redes prediais de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou de gás natural (GN) emanadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e correlatas, em específico a NBR no15526 e NBR no 13.103, assim como as demais que vierem a ser editadas.

§ 2º O projeto deverá constar descrição da rede geral subterrânea, aéreas e

embutidas de distribuição de gás canalizado, assim como as ventilações de ambiente necessárias. Art. 120. As piscinas de uso coletivo públicas e privadas devem cumprir as

seguintes especificações: I - ter instalados, em perfeitas condições de funcionamento, os seguintes

dispositivos de segurança para evitar acidentes por sucção: a) tampas anti-aprisionamento nos ralos de sucção; b) sistema de desligamento automático da bomba da piscina no caso de

obstrução ou bloqueio no ralo. II - ser circundadas por grades, cercas ou similares que assegurem o isolamento

do tanque em relação à área de circulação dos usuários e permitam que o recinto da piscina seja visível do exterior;

III - manter em local acessível e próximo ao tanque os seguintes equipamentos

de segurança: a) gancho, bastão ou vara longos; b) boia com corda flutuante; c) estojos de primeiros socorros.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 29.

IV - permanentemente manter tratada a água da piscina, nos padrões habituais e

segundo as normas correlatas, obrigatória e adicionalmente incluindo o uso de produto apropriado e eficiente no impedimento, prevenção e controle da reprodução de insetos transmissores de doenças;

V - enquanto mantida sem água, a piscina deverá estar completa e

permanentemente seca, mantendo-a livre de residual líquido, sem a formação de micro represamentos (poças e alagadiços), que favoreçam a disseminação na reprodução de insetos;

VI - para as edificações já existentes, em que haja piscina, os incisos IV e V

anteriores devem ser atendidos e respeitados imediatamente, não existindo prazos adicionais para adequação.

Art. 121. Fica obrigatória a instalação de barreiras de proteção de no mínimo

1,10m (um metro e dez centímetros) de altura no entorno de piscinas situadas em prédios de apartamentos, clubes, parques, escolas, condomínios horizontais ou de uso público em que esteja prevista tal norma.

Art. 122. Os proprietários de piscinas coletivas privadas que infringirem esta

Lei, ficam sujeitos às seguintes penalidades: I - advertência; II - multa pecuniária; III - interdição da piscina, quando couber, até sanado o problema que originou a

respectiva penalidade; IV - cassação da autorização para funcionamento da piscina ou do

estabelecimento fornecedor, em caso de reincidência, quando couber. Art. 123. As piscinas de uso unifamiliar ou espelhos d’água deverão observar

um recuo mínimo obrigatório de 0,90m (noventa centímetros) das divisas do lote e os demais usos deverão observar o recuo mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

Parágrafo único. As instalações das piscinas deverão atender todas as normas de

acessibilidade e segurança previstas em legislação e normas técnicas vigentes. Art. 124. Para construção de piscinas deve-se observar a NBR n° 10.339, da

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, bem como quaisquer normatizações posteriores emitidas pelo referido órgão, que alterem, suplementem ou atualizem a referida norma em parte ou no todo, de modo a garantir-se a observância dos parâmetros de segurança estabelecidos para a construção e manutenção de sistemas de circulação e tratamento de água de piscinas.

Art. 125. As piscinas em edifícios, quando não privativas de unidades

autônomas, serão consideradas de uso coletivo restrito, sujeitas, no que lhe foi aplicável, as legislações pertinentes.

Parágrafo único. As piscinas privativas serão consideradas piscinas de uso

unifamiliar. Art. 126. Os projetos de novas edificações de caráter comercial, para aprovação

junto aos órgãos municipais competentes, deverão possuir em seus sistemas de instalações hidráulicas

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 30.

equipamentos de aquecimento de água por meio do aproveitamento da energia solar dimensionados para cobrir, no mínimo, 40% (quarenta por cento) de toda a demanda anual de energia necessária para o aquecimento de água potável.

Parágrafo único. Por edificações de caráter comercial serão consideradas, para

os efeitos desta Lei, as seguintes finalidades, públicas ou privadas: I - hotéis, motéis e similares; II - clubes esportivos, casas de banho e sauna, academias de ginástica e lutas

marciais, escolas para prática de esportes, estabelecimentos de locação de quadras esportivas e lavanderias;

III - hospitais, unidades de saúde que possuam leitos e casas de repouso; IV - escolas, creches, abrigos, asilos e albergues; V - quartéis e unidades prisionais; VI – indústria, se a particular atividade setorial demandar calor no processo de

produção, ou a instalação de chuveiros para funcionários; VII - lavanderias coletivas previstas em edificações com qualquer outro uso. Art. 127. A aplicação das exigências do art. 126 se realizará, em cada caso, de

acordo com a melhor tecnologia disponível. Para tanto, os equipamentos de aquecimento de água por meio de aproveitamento da energia solar instalados deverão possuir sua eficiência comprovada por órgão técnico credenciado pelo INMETRO.

Art.128. A somatória das áreas de projeção dos equipamentos (placas coletoras

e reservatórios térmicos) será considerada não computável para efeito do cálculo do coeficiente de aproveitamento máximo definido no Plano Diretor.

Art. 129. Ficam os proprietários de edificações com mais de 3 (três)

pavimentos, obrigados a instalar S.P.D.A. - Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (para-raios) normatizado a substituir e retirar os para-raios radioativos.

§ 1º A obrigatoriedade do disposto neste artigo, aplica-se também a edificações

escolares e assistências em geral, tais como creches, asilos, hospitais, ambulatórios, casa de saúde, bem como as edificações destinadas ao funcionamento de centros comerciais (Shopping Center e outros), casas de diversões públicas tais como cinema, ambientes de shows, danças e espetáculos em geral, templos, hotéis, estádios, ginásios esportivos e estabelecimentos congêneres, os quais deverão ser dotados de para-raios contra descargas atmosféricas.

§ 2º A retirada do material radioativo, seu transporte e sua destinação deverão

obedecer as normas e legislação pertinentes. § 3º Os responsáveis pela desativação dos captores iônicos radioativos deverão

providenciar sua entrega ao órgão governamental competente, qual seja CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, com o objetivo de evitar a dispersão radioisótopos no meio ambiente.

§ 4º A inspeção do SPDA (Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas) deverá ser feita anualmente e comprovada através de laudo técnico.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 31.

§ 5º Caberá à Fiscalização apurar as necessidades de adequação das edificações

às exigências legais, estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 5419, expedindo, inicialmente, notificações para cumprimento legal das exigências que deverão ser iniciadas em 30 (trinta) dias, após, multa e, persistindo a infração, interdição com desocupação da edificação, a critério da autoridade competente municipal.

CAPÍTULO III DOS SERVIÇOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

SEÇÃO I

DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS EM LUGARES QUE NÃO POSSUEM REDE DE ÁGUA E ESGOTO

Art. 130. As edificações situadas em locais servidos de águas e esgotos, deverão

ser dotadas de instalações hidráulicas prediais executadas de acordo com os regulamentos do órgão municipal coordenador de água e esgoto, a fim de permitir a ligação das mesmas às redes gerais desses serviços.

Art. 131. As edificações situadas em áreas desprovidas de rede coletora pública

de esgoto deverão ser providas de instalações para tratamento e disposição final, executadas de acordo com as diretrizes fornecidas pelo SAAE, as normas técnicas da ABNT e legislação vigente.

Art. 132. Havendo o uso de poço artesiano, constará do Alvará de Licença que a

liberação do documento comprobatório, está condicionada a apresentação da outorga no DAEE e demais autorizações pertinentes.

SEÇÃO II DO USO DE MADEIRA NAS EDIFICAÇÕES

Art. 133. A edificação que possuir estrutura e vedação em madeira deverá

garantir padrão de desempenho correspondente ao estabelecido quanto ao isolamento térmico, e isolamento acústico, estabilidade e impermeabilidade.

§ 1º A resistência ao fogo deverá ser garantida por meio de tratamento

adequado para retardamento da combustão. § 2º A edificação de madeira, salvo quando adotada solução que

comprovadamente garanta a segurança dos usuários da edificação e de seu entorno, ficará condicionada aos seguintes parâmetros:

I - máximo de 2 (dois) pavimentos; II - altura máxima de 10,00m (dez metros). III - recuos laterais de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e fundos com

2,00 m (dois metros) ressalvadas maiores exigências IV - afastamento de 3,00m (três metros) de outra edificação de madeira; V - estrutura principal (pés-direitos, paredes, tesouras e vigas) tratada a vácuo-

pressão equivalente com produto antimofo e anti-cupim (inseticida); VI - as paredes das instalações sanitárias e cozinhas deverão ser de alvenaria de

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 32. tijolo ou material incombustível e revestidas com azulejos ou material incombustível e lavável.

§ 3º Os componentes da edificação, quando próximos a fontes geradoras de

fogo ou calor, deverão ser revestidos de material incombustível. § 4º Nas zonas onde é permitido a construção no alinhamento deverá ser

obedecido um recuo frontal mínimo de 2,00m (dois metros). Art. 134. No Município de Sorocaba toda madeira a ser utilizada na construção

civil deverá ter origem legal. Art. 135. O alvará de licença de obra particular, expedido pela Secretaria

competente, fará menção expressa à legislação federal que trata da matéria, a fim de dar ciência aos proprietários de obras civis da importância da utilização de madeira legal em suas obras.

Art. 136. A instalação de madeireiras, no Município, somente será autorizada

mediante a apresentação do cadastro no CADMADEIRA dos fornecedores de madeira, estabelecido pelo Decreto Estadual n° 53.047, de 2 de junho de 2008, e suas alterações posteriores.

Art. 137. Os estabelecimentos que comercializam madeira, no Município de

Sorocaba, ficam sujeitos à fiscalização e deverão apresentar os documentos previstos na legislação vigente referente ao uso de madeira legal.

Parágrafo único. O não cumprimento das disposições estabelecidas no caput

deste artigo sujeitará o infrator às penalidades previstas na Legislação Federal pertinente.

CAPÍTULO IV DOS AMBIENTES E COMPARTIMENTOS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 138. Os compartimentos terão sua destinação considerada pela sua designação no projeto e também pela sua finalidade lógica, decorrente da disposição em planta, e deverão atender aos parâmetros técnicos correspondentes às funções que nelas serão desempenhadas.

§ 1º Em caso de conflito, prevalece, para fins de aprovação de projeto, a

finalidade lógica do compartimento em relação à designação constante no projeto. § 2º Os compartimentos, área mínima, dimensão mínima e pé-direito mínimo

que compõem as unidades habitacionais, permanentes ou transitórias, estão indicados no Anexo II desta Lei.

§ 3º Os compartimentos referentes às edificações não residenciais, não

especificados nesta Lei, obedecem às legislações específicas, municipais, estaduais e federais, no que couber.

Art. 139. Os compartimentos das edificações são classificados em: I - de permanência prolongada; II - de permanência transitória;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 33.

III – compartimentos especiais. Art. 140. Os compartimentos de permanência prolongada são aqueles

destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções: I - repouso/dormir; II - estar ou lazer; III - tratamento ou recuperação de saúde; IV - trabalho, reunião, salas de espetáculos, auditórios, cinemas, ensino,

serviços; V - recreação; VI - prática de esportes ou exercício físico. Parágrafo único. São considerados similares para permanência prolongada,

entre outros, os seguintes compartimentos:

COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA PROLONGADA

Atividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares 1 - Dormir ou repousar. Dormitórios, quartos e salas em geral.

2 - Estar ou lazer. Salas de estar, TV, som e jogos.

3 - Trabalhar, estudar ou ensinar. Salas de estudo, leitura, biblioteca e laboratórios didáticos.

4 - Preparo ou consumo de alimentos.

Copas, cozinhas, refeitórios, bares, restaurantes e salas de jantar

5 - Reunir ou recrear. Locais de reunião e salões de festas.

6 - Lazer, esportes, recreação. Locais fechados para a prática de esportes e jogos. 7 - Tratamento ou recuperação de saúde Enfermarias e ambulatórios e atividades similares

Art. 141. Os compartimentos de utilização transitória são aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - circulação e acesso de pessoas; II - higiene pessoal; III - depósito e guarda de materiais; IV - troca e guarda de roupas; V - lavagem de roupas e serviços de limpeza; Parágrafo único. São considerados similares para permanência transitória, entre

outros, os seguintes compartimentos:

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 34.

COMPARTIMENTOS DE PERMANÊNCIA TRANSITÓRIA

Atividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares

1 - Circulação e acesso de pessoas. Escadas, patamares, rampas, antecâmaras desses ambientes, corredores, passagens, átrios e vestíbulos.

2 - Higiene pessoal. Banheiros, lavabos, instalações sanitárias, vestiários e camarins.

3 - Depósito para guarda de materiais, utensílios ou peças sem a possibilidade de qualquer atividade no local

Depósitos, despensas, despejos, rouparias, adegas e áreas de serviço, garagens, porões e subsolos.

4 - Troca e guarda de roupas. Closet, camarins e vestiários, quartos de vestir.

5 - Lavagem de roupas e serviços de limpeza.

Lavanderias.

Art. 142. Os compartimentos de utilização especial são aqueles destinados a, pelo menos, uma das seguintes funções:

I - de permanência prolongada; II - de permanência transitória. Parágrafo único: São considerados similares para utilização especial, entre

outros, os seguintes compartimentos:

COMPARTIMENTOS ESPECIAIS Atividades Desenvolvidas Compartimentos considerados entre outros similares

1 - Permanência prolongada.

Auditórios, anfiteatros, teatros, salas de espetáculos, cinemas, museus e galerias de arte, estúdios de gravação,

rádio e televisão, laboratórios fotográficos, cinematográficos e de som, centros cirúrgicos, salas de

computadores, transformadores e telefonia.

2 - Permanência transitória.

Locais para duchas e saunas, salas de raios X, salas de tomógrafos, salas de ressonância (qualquer

compartimento em que se utilize radiação), depósitos e almoxarifados destinados a produtos químicos ou

farmacêuticos.

Art. 143. Em outros compartimentos fixados pela autoridade municipal competente, segundo critério de similaridade ou analogia.

Art. 144. Os compartimentos e ambientes devem ser posicionados na edificação

de forma a proporcionar conforto ambiental, térmico, acústico e proteção contra a umidade, obtidos pelo adequado dimensionamento do espaço e correto emprego dos materiais das paredes, cobertura, pavimento e aberturas, bem como das instalações e equipamentos de acordo com as normas da ABNT.

Art. 145. Nenhum compartimento poderá ser subdividido com prejuízo das

áreas e dimensões mínimas estabelecidas nesta Lei.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 35.

Art. 146. As cozinhas, ou qualquer compartimento destinado à manipulação de

alimentos, não poderão comunicar-se diretamente aos dormitórios e aos compartimentos providos de bacias sanitárias.

Parágrafo único. Nos casos de teto inclinado, o pé-direito é definido pela média

das alturas máxima e mínima, do compartimento, respeitando-se o pé-direito mínimo específico. Art. 147. Os condomínios residenciais com mais de 08 unidades autônomas

deverão dispor de compartimentos para estocagem de lixo, com acesso direto ao logradouro público, com capacidade suficiente para acumulação durante 24 (vinte e quatro) horas ou 48 (quarenta e oito) horas e volume de 30 (trinta) litros por unidade autônoma, divididos entre lixo orgânico e reciclável, totalmente revestido de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens e providos de ralos para captação de águas servidas.

Art. 148. A área de espera das portarias, guaritas, bilheterias e cabines

primárias, localizadas na faixa de recuo mínimo obrigatório, não podem interferir no passeio público. § 1º As portarias e guaritas deverão ser dotadas de sanitário. § 2º As cabines primárias de energia elétrica, onde forem necessárias, poderão

ocupar a faixa de recuo desde que não ultrapassem 20,00m² (vinte metros quadrados) de construção. § 3º As portarias, onde forem necessárias, poderão ocupar a faixa de recuo

desde que não ultrapassem 12,00m² (doze metros quadrados) de construção. Art. 149. Os acessos às portarias, portões e pórticos dos condomínios

residenciais, comerciais e industriais que tenham arruamento interno, deverão atender à largura mínima de 4,0m (quatro metros) para entrada e saída, ou 5,0m (cinco metros) para entrada e saída compartilhadas e altura mínima de 4,5m (quatro metros e cinquenta centímetros), podendo, a pedido do setor de trânsito, ter estas medidas alteradas.

Art. 150. As obras consideradas como de efetiva ou potencialmente poluidores

ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento ambiental.

SEÇÃO II EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS

SUBSEÇÃO I

HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

Art. 151. Habitação unifamiliar á aquela destinada para a moradia, podendo ser casas térreas ou assobradadas, isoladas e não isoladas e na forma de condomínios horizontais.

Art. 152. As habitações unifamiliares deverão conter, no mínimo: I - Sala; II - Dormitório; III - Cozinha;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 36.

IV - Banheiro; V - Área de Serviço coberta ou descoberta.

Art. 153. Será admitido compartimentos conjugados, ou quitinete, desde que contenham no mínimo o previsto na Tabela I.III do Anexo II.

SUBSEÇÃO II HABITAÇÕES MULTIFAMILIARES

Art. 154. Habitação multifamiliar é aquela destinada para a moradia constituída

de edifícios de apartamentos em geral. Parágrafo único. Nos condomínios residenciais a medição de energia e água

será individualizada. Art. 155. Cada unidade residencial deverá atender ao disposto no art. 152 desta

Lei. Art. 156. As instalações sanitárias, de uso coletivo, deverão estar localizadas

nos espaços de uso comum e ter dimensões mínimas de acordo com a Subseção XXVI. Art. 157. Para o uso flat hotel não serão exigidos os compartimentos de que trata

o artigo anterior quando o projeto prever que as respectivas atividades serão executadas em outro local apropriado do empreendimento, mediante a contratação de serviço de terceiros, o que deverá constar em nota ao projeto.

Parágrafo único. Quando previsto serviço de restaurante, fica dispensada a

exigência de cozinha dentro da unidade habitacional, desde que substituída por uma copa de apoio. Art. 158. As habitações multifamiliares deverão: I – aplicar as normas de acessibilidade disposto nas legislações municipais,

estaduais e federais, acessibilidade em suas áreas comuns; II - ser dotados de caixa receptora para correspondência. Art. 159. Os compartimentos que por sua situação e dimensão sirvam apenas

para depósito de utensílios de uso geral, ficam dispensados das exigências relativas à insolação, iluminação e ventilação.

Art. 160. A habitação do zelador dos prédios de apartamentos poderá ser

localizada em edícula, porém atendendo ao art. 152. Art. 161. A disposição das vagas de garagem internas, conforme número

mínimo exigido no PDDFT, a distribuição dos pilares na estrutura e a circulação prevista, deverão permitir a entrada e saída independente para cada veículo.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 37.

Art. 162. É obrigatório compartimento sanitário para uso exclusivo de pessoal

de serviço. Art. 163. Os projetos de condomínios edificados que forem aprovados a partir

de 28 de outubro de 2008, deverão possuir, além do hidrômetro instalado na entrada principal, padronizado pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto, hidrômetros individuais instalados em cada uma das suas unidades autônomas, para medição isolada do consumo de água.

Parágrafo único. Os projetos de edificações que já se encontram em tramitação

na Prefeitura, ainda não aprovados, serão restituídos aos interessados para serem ajustados às exigências do corpo deste artigo.

Art. 164. Para a medição das unidades autônomas de que trata esta Lei, poderão ser adotados, além de hidrômetros mecânicos, outros aparelhos medidores, desde que possibilitem a medição individual do consumo de água.

Art. 165. A expedição do documento que atesta a conclusão da obra somente

será fornecido pelo Poder Público mediante o cumprimento das demais exigências da legislação em vigor, bem como, a apresentação de declaração pelo proprietário e pelo responsável técnico, de que a construção atende a presente Lei.

Parágrafo único. A declaração de que trata o caput deste artigo deverá ser

acompanhada de foto (s) dos hidrômetros individuais instalados. Art. 166. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba - SAAE

procederá à leitura do medidor principal e dos medidores individuais, ficando sob responsabilidade de cada condômino o pagamento, além do seu consumo individual, da diferença entre a soma dos consumos individuais e do total, de forma igualitária.

Parágrafo único. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba – SAAE

efetuará a leitura individualizada dos hidrômetros nos condomínios edificados e aprovados antes de janeiro de 2009, bem como emitirá conta individualizada para pagamento de cada condômino.

SEÇÃO III EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

Art. 167. Os edifícios de usos comerciais, de prestação de serviços e industriais

deverão obedecer às exigências contidas nas legislações municipais, estaduais e federais pertinentes, e normas técnicas em vigência.

§ 1º Os locais de trabalho não poderão ter comunicação direta com

dependências residenciais. § 2º As construções não residenciais sem atividade definida deverão, após a

definição da atividade , atender a todos os dispositivos constantes nesta Lei para o uso pretendido. § 3º Os estabelecimentos comerciais que implantarem o serviço de atendimento

nos veículos, denominado "drive thru", atenderão às diretrizes do órgão de trânsito municipal. Art. 168. As construções não residenciais, deverão obrigatoriamente atender as

normas de acessibilidade disposto nas legislações municipais, estaduais e federais.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 38.

Art. 169. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta)

empregados, será obrigatória a existência de refeitório, que atenderá a legislação sanitária vigente. Parágrafo único. Quando houver mais de 300 (trezentos) empregados é

obrigatório que o refeitório tenha 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, podendo se considerar no mínimo 1/3 do total de empregados, em cada turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados.

Art. 170. As edificações destinadas à indústria em geral, fábricas, oficinas,

comércio e diversões, além das disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, devem ter características necessárias para evitar o impacto da atividade desenvolvida na edificação em relação ao entorno, dentro de padrões estabelecidos por normas técnicas da ABNT e legislação pertinente, no tocante à poluição sonora, térmica, das águas e do ar.

SUBSEÇÃO I EDIFÍCIOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E DEPÓSITOS

Art. 171. As salas de usos comerciais e de serviços atenderão às normas gerais

referentes às edificações e locais de trabalho, no que aplicáveis, complementadas pelo disposto nesta seção.

Art. 172. A instalação, nestes edifícios, de atividades comerciais de gênero

alimentício, e as relacionadas à saúde em geral, está sujeita às prescrições da legislação sanitária vigente, e às normas específicas para tais atividades ou estabelecimentos.

Art. 173. Serão permitidas galerias internas de acesso a estabelecimentos

comerciais, em qualquer pavimento, desde que suas larguras correspondam ao mínimo de 1/20 de seu comprimento, com largura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e pé-direito mínimo de 3,00m (três metros).

Art. 174. Nos casos de edifícios comerciais, de serviços e depósitos, será

admitido em seu interior a construção de sobreloja, mezanino, ocupando área não superior a 1/3 da área do pavimento, deste que não prejudique as condições de iluminação e ventilação, sendo mantido o pé direito mínimo de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) nos demais pisos, ou de acordo com sua atividade.

Art. 175. Os edifícios destinados a comércio e escritório poderão conter

compartimentos destinados à residência do zelador. Art. 176. Os edifícios destinados a comércio e escritório deverão ter em cada

pavimento, instalações sanitárias, quando de uso coletivo, devidamente separados por sexo com acessos independentes e deverão ter pelo menos um sanitário acessível.

§ 1º As instalações sanitárias para homens serão na proporção de uma bacia

sanitária, um lavatório e um mictório para cada 200m² ou fração de áreas útil de salas. § 2º As instalações sanitárias para mulheres serão na proporção de uma bacia

sanitária, um lavatório para cada 200m² (duzentos metros quadrados) ou fração de áreas útil de salas. § 3º Em edificações de uso coletivo a serem construídas, ampliadas ou

reformadas, com até 02 (dois) pavimentos e área construída maior que 150m² (cento e cinquenta metros quadrados) por pavimento, as instalações sanitárias acessíveis podem estar localizadas em um único pavimento.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 39.

Art. 177. É obrigatória a existência de depósito de material, com área mínima

de 1,20 (um metro e vinte centímetros) e dimensão mínima de 1,00m (um metro) e pé direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros). Compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal encarregado da limpeza do prédio, para ambos sexos, com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) e dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e pé-direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), com piso liso, resistente e lavável e barra impermeável nas paredes.

Art. 178. Os mezaninos serão guarnecidos de guarda-corpos com a altura

mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros). § 1º As salas deverão ter a área mínima de 10,00m² (dez metros quadrados) e

dimensão mínima de 3m (três metros). § 2º A recepção deverá ter a área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados)

e dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

SUBSEÇÃO II LOCAIS DE REUNIÃO

Art. 179. São locais de reunião os estabelecimentos destinados à prática de atos

de natureza esportiva, recreativa, social, cultural ou religiosa, e que para tanto comportem a reunião de pessoas.

Parágrafo único. Para efeito do disposto nesta Lei, são os locais onde possa

ocorrer aglomeração de pessoas com qualquer finalidade, tais como os destinados a cinemas, teatros, conferências, prática de cultos religiosos, esportes, educação, divertimentos e similares.

Art. 180. Os locais de reunião deverão atender ainda aos artigos a seguir, a

legislação sanitária vigente e às normas específicas da ABNT referentes à segurança, acesso, circulação e escoamento de pessoas, assim como quanto a prevenção e combate a incêndio, e isolamento térmico e acústico.

Art. 181. A estrutura de sustentação do piso dos palcos, deverá ser de material

incombustível. Art. 182. Os forros das plateias e palcos, construídos sob a cobertura do

edifício, quando não tenham resistência suficiente para evitar a queda, sobre as salas de espetáculos ou reunião, de telhas de cobertura, arrancadas pelo vento, deverão dispor de proteção adequada para esse fim.

Art. 183. Não poderá haver porta ou qualquer vão de comunicação entre as

dependências dos locais de reunião e as edificações vizinhas. Art. 184. Os gradis de proteção ou parapeitos das áreas elevadas, deverão ter

altura mínima de 1,30m (um metro e trinta centímetros) para áreas externas do edifício e 1,10m (um metro e dez centímetros) para áreas internas e largura mínima de 5cm (cinco centímetros).

Art. 185. Serão exigidos compartimentos sanitários por pavimento de uso

público, devidamente separados por sexo, isolados direta ou indiretamente dos locais de reunião. Art. 186. Os sanitários deverão atender às normas gerais para compartimentos

sanitários, constantes desta Lei complementar, dispondo de sanitário acessível e:

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 40.

§ 1º A distância de qualquer ponto do recinto, até a instalação sanitária, não

deverá ser superior a 50,00m (cinquenta metros). § 2º É obrigatória a existência de depósito de material, com área mínima de 1,20

e dimensão mínima de 1,00m (um metro) e pé direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros). Compartimento sanitário, vestiário e chuveiro para uso exclusivo do pessoal encarregado da limpeza do prédio, para ambos sexos, com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) e dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e pé-direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), com piso liso, resistente e lavável e barra impermeável nas paredes. A juízo da autoridade municipal, outras exigências relativas as dimensões, poderão também ser dispensadas ou reduzidas, tendo-se em vista o processo e as condições de trabalho.

Art. 187. Os locais de reunião que possuírem lanchonetes, restaurantes, bares,

cafés ou similares deverão atender às normas específicas para o uso pretendido. Art. 188. A recepção deverá ter a área mínima de 6,00m² (seis metros

quadrados) e dimensão mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). Art. 189. O tratamento acústico deverá ser obrigatoriamente adotados, nos

moldes do artigo seguinte, nos estabelecimentos regularmente implantados ou aqueles que vierem a se implantar, destinados a danceterias, discotecas, boates, clubes noturnos, institucionais, templos religiosos e demais estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços, que produzam ruídos acima dos níveis permitidos pela legislação pertinente, em vigência.

Art. 190. Para os efeitos desta Lei, o tratamento acústico é considerado como

obra complementar e deverá atender ao disposto em normas específicas. Parágrafo único: Para efeitos deste artigo, deverão ser mantidos no local: I - projeto executivo do tratamento acústico acompanhado da respectiva RRT ou

ART; II - laudo técnico, atendendo ao disposto nas Normas e legislação pertinente em

vigência, acompanhado da respectiva RRT ou ART. Art. 191. Após a conclusão da obra prevista no artigo anterior, deverá ser

emitido laudo técnico, por profissional legalmente habilitado, acompanhado da respectiva RRT ou ART, atestando a redução dos níveis de ruído, atendendo ao disposto nas normas técnicas e legislação pertinente, em vigência.

Art. 192. Quando se tratar de espaços destinados a espetáculos ou divertimentos

que haja necessidade de local fechado, durante a sua realização, será obrigatória a instalação de renovação mecânica de ar, devendo atender as normas da A.B.N.T.

Art. 193. As lotações serão calculadas de acordo com a norma da-NBR 9077. Art. 194. As larguras das passagens longitudinais e transversais, dentro das

salas de espetáculos, serão proporcionais ao número provável de pessoas que por elas transitam no sentido de escoamento, considerada lotação máxima, atendendo no mínimo seguinte:

I - a largura mínima das passagens longitudinais é de 1,20m (um metro e vinte

centímetros) e a das transversais é de 1,70m (um metro e setenta centímetros) sempre que sejam utilizadas por um número de pessoas igual ou inferior a 100 (cem);

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 41.

II - ultrapassado esse número, aumentarão de largura na razão de 8mm (oito

milímetros), por pessoa excedente. Parágrafo único. A largura das passagens longitudinais é medida de eixo dos

braços da poltrona ou entre este e as paredes, e as passagens transversais são medidas de encosto a encosto das poltronas.

Art. 195. A largura das escadas será proporcional ao número provável de

pessoas que por elas transitam no sentido de escoamento, considerada a lotação máxima e ser dimensionada de acordo com a NBR 9077 ou o que for mais restritivo das especificações a seguir:

I - a largura mínima das escadas será de 1,50m (um metro e cinquenta

centímetros) sempre que utilizadas por um número de pessoas igual ou inferior a 100 (cem); II - ultrapassando esse número, aumentarão de largura, a razão de 8mm (oito

milímetros), por pessoa excedente; III - sempre que o número de degraus, consecutivos, exceder a 18 (dezoito), será

obrigatória a intercalação de patamar, o qual terá, no mínimo, o comprimento de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), sempre que não haja mudança de direção, ou 60% (sessenta por cento) da largura, quando houver essa mudança.

IV - nas escadas em curva, serão admitidos degraus em leque com raio mínimo

de bordo interno de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) e a largura mínima dos degraus na linha de piso de 0,30m (trinta centímetros);

V - sempre que a largura da escada ultrapasse de 2,40m (dois metros e quarenta

centímetros), será obrigatória a subdivisão por corrimãos intermediários, de tal forma que as subdivisões são ultrapassem a largura de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);

VI - sempre que não haja mudança de direção nas escadas, os corrimãos devem

ser contínuos; VII - é obrigatória a colocação de corrimões contínuos junto às paredes da caixa

da escada; VIII - o cálculo dos degraus, será feito, com piso (p) e espelho (e), atendendo a

relação: 0,60m < 2e+p < 0,65m; IX - quando a sala de reunião ou espetáculos estiver colocada em pavimento

superior, haverá pelo menos duas escadas ou rampas convenientemente localizadas, dirigidas para saídas autônomas.

Art. 196. As escadas poderão ser substituídas por meio de rampas com

inclinação máxima de acordo com as normas de acessibilidade em especial a norma ABNT-NBR9050; Art. 197. A largura dos corredores será proporcional ao número de pessoas que

por elas transitam no sentido de escoamento, considerada a lotação máxima: I - a largura mínima dos corredores será de 2,00m (dois metros) sempre que

utilizados por um número de pessoas igual ou inferior a 150 (cento e cinquenta); II - ultrapassando esse número, aumentarão de largura na razão de 1cm (um

centímetro) por pessoa excedente;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 42.

III - quando várias portas de um salão de espetáculo abrirem para o corredor,

será descontado do cálculo de acréscimo de largura desse corredor a sua capacidade de acumulação, na razão de 4 (quatro) pessoas/m², para efeito deste desconto, só será computada a área do corredor contida entre as portas do salão de espetáculos, a mais próxima e a mais distante da saída;

IV - quando o corredor der escoamento pelas duas extremidades, o acréscimo de

largura será tomado pela metade do que estabelece a letra "b"; V - as portas de saída dos corredores não poderão ter largura inferior a destes.

Art. 198. As portas das salas de espetáculos ou de reunião, terão obrigatoriamente, em sua totalidade, a largura correspondente a 1 cm (um centímetro), por pessoa prevista na lotação do local, observado o mínimo de 2,00m (dois metros quadrados) para cada porta;

I - As folhas dessas portas deverão abrir para fora sentido de escoamento das

salas, sem obstrução dos corredores de escoamento; II - As portas de saída poderão ser dotadas de vedação completa mediante

cortina de ferro desde que: a) não impeçam a abertura total das folhas das portas de saída; b) permaneçam abertas durante a realização de espetáculos. Art. 199. As casas ou locais de reunião deverão ser dotadas de instalações e

equipamentos adequados contra incêndio de acordo com as normas legais e regulamentares em vigor. Art. 200. Deverá ser prevista a instalação de um sistema de luz de emergência

que, em caso de interrupção de corrente, evite, durante 1 (uma) hora que as salas de espetáculos ou de reunião, corredores, saídas e salas de espera fiquem às escuras.

SUBSEÇÃO III SALAS DE ESPETÁCULOS (TEATROS, CINEMAS, AUDITÓRIOS)

Art. 201. Deverão ser adotadas medidas para evitar a transmissão de ruídos. Art. 202. Nos cinemas e teatros, a disposição das poltronas será feita em setores

separados por passagens longitudinais e transversais; a lotação de cada um desses setores não poderá ultrapassar 250 (duzentos e cinquenta) poltronas e a poltronas serão dispostas em filas, observado o seguinte:

I - os espaçamentos mínimos entre filas, medidos de encosto a encosto, será: a) quando situado na plateia: 90cm (noventa centímetros) para poltrona estofada

e 83cm (oitenta e três centímetros) para as não estofadas; b) quando situado nos balcões: 95cm (noventa e cinco centímetros) para as

estofadas e 88cm (oitenta e oito centímetros)para as não estofadas; II - as poltronas estofadas terão a largura mínima de 52cm (cinquenta e dois

centímetros) e, as não estofadas, 50cm (cinquenta centímetros) medidos de centro a centro dos braços; III - não poderão as filas ter mais do que 15 (quinze centímetros) poltronas;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 43.

IV - o número máximo de poltronas será 5 (cinco) das séries que terminarem junto às paredes.

Art. 203. Deverá ser garantida a perfeita visibilidade da tela ao palco por parte

do espectador situado qualquer dos setores. Art. 204. As passagens longitudinais da plateia não deverão ter degraus desde

que os desníveis possam ser vencidos por rampas e que atendam às normas de acessibilidade. Art. 205. No caso de serem necessários os degraus, deverão ser todos da mesma

altura. Art. 206. Nos balcões, não será permitido entre os patamares, em que se

colocam as poltronas, a diferença de nível superior a 34cm (trinta e quatro centímetros), devendo ser intercalado degraus intermediários.

Art. 207. Os balcões não poderão ultrapassar 2/5 do comprimento das plateias. Art. 208. Os pés-direitos livres mínimos serão: 3,00m (três metros) sob e sobre

o balcão e de 6,00m (seis metros) no centro da plateia. Art. 209. As salas de espetáculo deverão, obrigatoriamente dispor de salas de

espera independentes para a plateia e balcões, com os requisitos seguintes: I - ter área mínima proporcional ao número de pessoas previsto na lotação dos

setores que servir, a razão de 13 dm²/pessoa nos cinemas, e 20 dm²/pessoa nos teatros; II - a área da sala de espera será calculada sem incluir a destinada,

eventualmente, a bares, bombonieres, vitrinas e mostruários. Art. 210. Os compartimentos sanitários, destinados ao público, deverão ser

devidamente separados para uso de um e outro sexo e acessíveis. I - serão localizados de forma a ter fácil acesso tanto para as salas de

espetáculos como para as salas de espera; II - o número de aparelhos será determinado de acordo com as seguintes

relações, nas quais "L" representa a lotação na proporção de 50% (cinquenta por cento) por sexo da lotação total:

HOMENS

MULHERES

Bacia Sanitária L/300 Bacia Sanitária L/250 Lavatório L/250 Lavatório L/250 Mictório L/80

Art. 211. Quando os diversos setores destinados ao público estiverem dispostos em níveis diferentes e superpostos, o acesso à cada um dos pisos será feita por escadas superpostas, o acesso à cada um dos pisos será feita por escadas próprias, todas elas com as larguras exigidas neste código e por dispositivos que garantam as normas de acessibilidade.

Art. 212. Deverão ser previstos locais adequados para instalação de

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 44.

equipamentos de projeção. Art. 213. Os camarins deverão ter área não inferior a 4,00m² (quatro metros

quadrados) e serão dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos. Parágrafo único. Os camarins individuais ou coletivos serão separados para

cada sexo e servidor por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de um conjunto para cada 5 (cinco) camarins individuais ou para cada 20,00m² (vinte metros quadrados) de camarim coletivo.

Art. 214. As instalações sanitárias destinadas ao público nos cinemas, teatros e

auditórios, serão separadas por sexo e independentes para setor e deverão contar com sanitários acessíveis.

Parágrafo único. Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada 100

(cem) pessoas, um lavatório e um mictório para cada 200 (duzentas) pessoas, admitindo-se igualdade entre o número de homens e o de mulheres.

Art. 215. Deverão ser instalados bebedouros, bebedouros acessíveis conforme

norma técnica ABNT, NBR9050, fora das instalações sanitárias, para uso dos frequentadores, na proporção de um para cada 300 (trezentas) pessoas.

Art. 216. As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais similares, na parte

interna deverão receber revestimento incombustível ou pintura lisa, impermeável e resistente, até a altura de 2,00m (dois metros), sendo que outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade sanitária, tendo em vista a categoria do estabelecimento.

Art. 217. A parte destinada aos artistas deverá ter acesso direto do exterior,

independente da parte destinada ao público. Parágrafo único. Entre as partes destinadas aos artistas e ao público, não deverá

haver outras comunicações que não sejam as indispensáveis aos serviços. Art. 218. A boca da cena e todas as aberturas de ligação entre o palco, camarins

e depósitos com o restante do edifício, serão dotados de dispositivos de fechamento de material incombustível, que impeça a propagação de incêndios.

Art. 219. Os compartimentos destinados a depósitos de cenários e material

cênico, tais como guarda-roupa e decorações, deverão ser construídos inteiramente de material incombustível, inclusive as folhas de fechamento, e não poderão ser localizados sob o palco.

Art. 220. O piso da plateia e dos balcões deverá apresentar, sob as filas de

poltronas, superfície plana, horizontal, formando degraus ou pequenos patamares. Art. 221. Os circos, parques de diversões e locais de diversões de caráter

transitório, poderão ser instalados no Município desde que obedeçam às legislações específicas.

Art. 222. As edificações deverão assegurar condições de acesso, circulação e uso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, em toda edificação destinada a cinema, teatro, casa de espetáculos e similares.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 45.

Parágrafo único. Haverá faixas luminescentes: I - junto às escadas, indicativas de chão e degraus; e II - indicativas de saída de emergência. Art. 223. As edificações atualmente existentes serão adaptadas ao exigido art.

222, nos seguintes prazos, a contar do início de vigência desta Lei complementar: I – no caso do inciso I, em até 90 (noventa) dias; II – no caso do caput do artigo 222 em até 2 (dois) anos. Parágrafo único. O descumprimento desta exigência sujeita os infratores a multa

diária reajustada anualmente.

SUBSEÇÃO IV HOTÉIS, MOTÉIS, PENSÕES, POUSADAS, HOSPEDARIAS E ESTABELECIMENTOS

CONGÊNERES

Art. 224. Os hotéis, motéis, pensões e pousadas, além das normas gerais de edificações, deverão atender a legislação sanitária vigente e às especificações da Tabela II do Anexo II.

Parágrafo único. Em se tratando de motel, entende-se por recepção a portaria da

guarita de acesso a veículos. Art. 225. Nos hotéis que tenham de 3 (três) a 6 (seis) pavimentos, inclusive,

será obrigatoriamente instalado pelo menos 1 (um) elevador e quando tiver mais de seis pavimentos deverá conter no mínimo 2 (dois) elevadores, em todos os casos obedecidas as normas técnicas brasileiras.

Art. 226. Os dormitórios deverão ter área correspondente a no mínimo 5,00m²

(cinco metros quadrados) por leito e não inferior em qualquer caso a 8,00m² (oito metros quadrados); quando não dispuserem de instalações sanitárias privativas, deverão ser dotados de lavatório com água corrente.

Art. 227. Os hotéis que não disponham de instalações sanitárias privativas,

correspondentes a todos os quartos, deverão ter compartimentos sanitários separados para um e outro sexo e pelo menos um banheiro acessível.

§ 1º Esses compartimentos, em cada pavimento, deverão ser dotados, em sua

totalidade, de bacia sanitária, chuveiro e lavatório em número correspondente, no mínimo, a um conjunto para cada 5 (cinco) quartos que não disponham de instalações sanitárias privativas.

§ 2º Além das instalações de que trata este artigo, serão exigidos

compartimentos sanitários, independentes, para uso dos empregados. Art. 228. Os compartimentos destinados a lavanderia deverão satisfazer as

mesmas exigências previstas para copas e cozinhas, relativamente a paredes, pisos, iluminação e acesso.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 46.

Art. 229. As copas para uso geral deverão ter a área de 9m² (nove metros

quadrados) e as destinadas para servir um único andar terem área mínima de 5m² (cinco metros quadrados).

Art. 230. As cozinhas para uso geral deverão ter a área mínima de 10m² (dez

metros quadrados). Art. 231. As instalações sanitárias de uso geral deverão atender às condições

gerais para compartimentos sanitários. Art. 232. Nos hotéis, motéis, casas de pensão, hospedarias e estabelecimentos

congêneres, todas as paredes internas, até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), serão revestidas ou pintadas com material impermeável, não sendo permitidas paredes de madeira para divisão de dormitórios.

SUBSEÇÃO V ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS DE GÊNERO S ALIMENTÍCIOS

Art. 233. Os estabelecimentos industriais e comerciais de gêneros alimentícios,

além das normas gerais de edificação previstas, deverão ainda no que lhe for aplicável, possuir, no mínimo, as dependências constantes nas normativas sanitárias, Estadual e Federal.

§ 1º As edificações as quais sejam realizadas atividades de comercialização,

produção, industrialização, manipulação, fracionamento de alimentos e bebidas, deverão, além das disposições desta Lei, atender, no que couber, às exigências deste Código e demais legislações afins.

§ 2º Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade competente

serão exigidas telas nas aberturas, portas moladas e proteção contra entrada de roedores. § 3º Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade competente

serão exigidos ralos sifonados com fechamento tipo escamoteável. Art. 234. Os estabelecimentos comerciais que implantarem o serviço de

atendimento nos veículos, denominado "drive thru", atenderão às diretrizes do órgão de trânsito municipal.

SUBSEÇÃO VI BARES E RESTAURANTES E CONGÊNERES

Art. 235. As edificações destinadas a bares e restaurantes, deverão obedecer,

ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 236. Nos bares, confeitarias, restaurantes e congêneres, as copas, cozinhas e

as despensas deverão ter os pisos e as paredes até a altura mínima de 2,00m (dois metros) revestidas de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

Parágrafo único. Essas peças não poderão ter comunicação direta com

compartimentos sanitários, com estabelecimentos de outras atividades não afins, ou com habitação de qualquer natureza.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 47.

Art. 237. Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade

competente serão exigidos telas nas aberturas, portas moladas e proteção contra entrada de roedores. Parágrafo único. Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade

competente, serão exigidos ralos sifonados com fechamento tipo escamoteável. Art. 238. Nos, restaurantes e similares, as cozinhas não poderão ter área inferior

a 10m² (dez metros quadrados), nem dimensão inferior a 3,00m (três metros), desde que atenda as determinações legais de Boas Práticas de Manipulação.

Art. 239. No caso de restaurantes, os estabelecimentos deverão prever vestiários

com armários individuais e sanitários com chuveiro, para funcionários, separados por sexo, devendo satisfazer as mesmas condições de iluminação e ventilação exigidas para compartimentos afins.

Art. 240. Os bares, restaurantes e congêneres deverão ter compartimentos

sanitários devidamente separados por sexo, para uso de clientes, e deverão contar com sanitários acessíveis de acordo com a Norma ABNT NBR 9050.

§ 1º Além das instalações de que trata este artigo, poderão ser exigidos

compartimentos sanitários independentes para uso de funcionários. § 2º Será exigida a instalação de local fechado junto à rua para a colocação de

lixo separados entre orgânico e reciclável totalmente revestido de material liso, impermeável e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas. A dimensão mínima desses compartimentos será de 5% (cinco por cento) da área construída do estabelecimento, para que atenda devidamente a capacidade gerada ou outras soluções alternativas atendendo as legislações sanitárias sobre resíduos.

SUBSEÇÃO VII

LOCAIS PARA PREPARO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Art. 241. As edificações destinadas as atividades relacionadas ao preparo de produtos alimentícios, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável pelo estabelecimento providenciar as documentações necessárias para a aprovação dos projetos.

Art. 242. As copas, cozinhas e as despensas deverão ter os piso e as paredes até

a altura mínima de 2,00 m (dois metros) revestidas de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

Parágrafo único. Essas peças não poderão ter comunicação direta com

compartimentos sanitários, com estabelecimentos de outras atividades não afins, ou com habitação de qualquer natureza.

Art. 243. Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade competente serão exigidos telas nas aberturas, portas moladas e proteção contra a entrada de roedores.

§ 1º Nos locais previstos pelas legislações e a critério da autoridade competente,

serão exigidos ralos sifonados com fechamento tipo escamoteável. § 2º As cozinhas não poderão ter área inferior a 10m² (dez metros quadrados),

nem dimensão inferior a 3,00m (três metros), desde que atenda as determinações legais de Boas Práticas de Manipulação.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 48.

§ 3º Não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários ou de

habitação e atividades. § 4º Os pisos e as paredes até a altura mínima de 2,00m (dois metros) deverão

ser revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens.

Art. 244. Os compartimentos destinados a açougues, casas de entrepostos de carnes e peixarias, deverão satisfazer, além das exigências do artigo anterior, mais as seguintes:

I - não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários, com

estabelecimentos de outras atividades não afins, ou com habitação de qualquer natureza; II - deverão ter área mínima de 20m² (vinte metros quadrados) de forma a

conter, em planta, um círculo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de raio; III - o piso deverá ser dotado de ralo e ter declividade suficiente para o

escoamento das águas de lavagem; IV - as paredes deverão ser revestidas de azulejos brancos até o teto ou material

liso, resistente, impermeável, lavável e vidrado ou similar; V - as câmaras frigoríficas, geladeiras e balcões frigoríficos deverão ser

revestidos de material que possibilite a limpeza; VI - deverão contar com local fechado junto à rua para a colocação de lixo

separado entre orgânico e reciclável totalmente revestido de material liso, impermeável e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas. A dimensão mínima desses compartimentos será de 5% (cinco por cento) da área do estabelecimento, para que atenda devidamente o volume diário de lixo gerado, ou outras soluções alternativas atendendo as legislações sanitárias sobre resíduos.

SUBSEÇÃO VIII MERCADOS, SUPERMERCADOS E HIPERMERCADOS

Art. 245. As edificações destinadas a mercados, supermercados e

hipermercados, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável providenciar a aprovação dos projetos.

Art. 246. A Prefeitura poderá conceder licença para a construção de mercados,

desde que o local escolhido não apresente inconveniente ao interesse coletivo, a juízo da Prefeitura. Art. 247. A ocupação máxima, em projeção será de acordo com o estabelecido

pelo zoneamento, sendo o restante destinado, exclusivamente, para estacionamento, carga e descarga; Art. 248. As edificações destinadas à mercados, supermercados e hipermercados

deverão observar o seguinte: I - deverão permitir a entrada e fácil circulação interna de caminhões, por

passagens de largura não inferior a 4m (quatro metros); II - as ruas internas terão a largura mínima de 5,00m (cinco metros), e serão

pavimentadas com material impermeável e resistente;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 49.

III - o pé direito mínimo do estabelecimento será de 4,00m (quatro metros)

exceto para minimercados e mercados que poderá ser de 3,00m (três metros), no ponto mais baixo do vigamento do telhado;

IV – a área total dos vãos de iluminação não poderá ser inferior a 1/5 da área

construída, devendo os vãos ser dispostos de forma a proporcionar aclaramento uniforme; V - metade da área de iluminação, de que trata o item anterior, deverá ser

obrigatoriamente utilizada para fins de ventilação permanente; VI - deverão ter 1 (um) compartimento sanitário devidamente separados por

sexo, dotados de lavatórios, bacias sanitárias e ou mictórios, em número correspondente a 100m² (cem metros quadrados) da área de vendas , com sanitários acessíveis de acordo com a Norma ABNT NBR 9050;

VII - deverão dispor de compartimentos para administração; VIII - será obrigatória a instalação de reservatório de água, com capacidade

mínima correspondente a no mínimo 50 (cinquenta) litros por metro quadrado de área de vendas; IX - deverão ser dotados de instalação e equipamentos adequados contra

incêndio, de acordo com as normas legais em vigor; X - deverão ser dotados de compartimentos fechados, com capacidade

suficiente, para armazenar resíduos, de acordo com a capacidade gerada; estes compartimentos deverão ter comunicação direta com o exterior, ser totalmente revestido de material liso, impermeável e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas, deverão contar com compartimento separado para lixo reciclável, ou outras soluções alternativas atendendo as legislações sanitárias sobre resíduos;

XI - Nos estabelecimentos dotados de câmara fria deverão ter capacidade

suficiente para armazenamento de carnes, aves e laticínios destinados a comercialização.

SUBSEÇÃO IX ESTABELECIMENTOS DA ÁREA DE SAÚDE

Art. 249. As edificações destinadas a saúde, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Poder Executivo, quando necessário.

Art. 250. Os estabelecimentos destinados ao comércio e distribuição de

medicamentos, além das normas gerais de edificação, deverão ainda, no que lhes for aplicável, obedecer às exigências da legislação sanitária vigente, assim como as disposições das demais legislações pertinentes.

Art. 251. Os estabelecimentos destinados a laboratórios, clínicas, hospitais e

prontos-socorros e afins além das normas gerais de edificação, deverão ainda no que lhes for aplicável, obedecer às exigências da legislação sanitária vigente, assim como as disposições das demais legislações pertinentes.

Art. 252. Os sanitários deverão atender às normas gerais para compartimentos

sanitários, constantes desta Lei.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 50.

Art. 253. Deverão ser dotados de compartimentos fechados, com capacidade

suficiente, para armazenar resíduos, de acordo com a capacidade gerada; estes compartimentos deverão ter comunicação direta com o exterior, ser totalmente revestido de material liso, impermeável e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas, deverão contar com compartimento separado para lixo reciclável, ou outras soluções alternativas atendendo as legislações sanitárias sobre resíduos.

SUBSEÇÃO X EDIFICAÇÕES DESTINADAS A ENSINO – ESCOLAS

Art. 254. As edificações destinadas a usos específicos, como de educação,

deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar o licenciamento do projeto nessas instâncias previamente à aprovação de projeto junto ao Executivo, quando necessário.

Art. 255. As edificações constantes desta subseção, com a finalidade de

realização de processos educativos ou instrutivos, conforme suas características, poderão ser: I - creches; II - educação infantil; III - ensino fundamental; IV - ensino médio; V - ensino superior; VI - cursos livres. § 1º As creches e as escolas de educação infantil deverão atender a classificação

de acordo com as legislações sanitárias vigentes e demais dispositivos legais. § 2º Em todos os casos, as edificações deverão possuir sanitários e espaços

adaptados nas salas para P.N.E., bem como rampas, quando dotadas de mais de um pavimento, atendendo às normas específicas da ABNT NBR 9050 e legislações pertinentes.

§ 3° Deverá ser previsto espaço para acomodação de veículos na chegada e

saída de alunos. Art. 256. A área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00m² (um metro

quadrado) por aluno lotado em carteira dupla e 1,20m², quando em carteira individual. Art. 257. Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam

sujeitos também às seguintes exigências: I - área útil não interior a 0,80m² (oitenta centímetros quadrados) por pessoa; II - a ventilação natural, ou renovação mecânica de 50m³ (cinquenta metros

cúbicos) de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 (uma) hora. Art. 258. A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser, no mínimo,

igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 da área do piso.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 51.

§ 1º Será obrigatória a iluminação natural unilateral preferencialmente à

esquerda da lousa (vista de frente), sendo admitida a iluminação zenital, quando solucionado o ofuscamento.

§ 2º A iluminação artificial, para que possa ser dotada em substituição à natural,

deverá ser justificada a aceita pela autoridade sanitária e atender as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 259. Os corredores não poderão ter larguras inferiores, independente da

instalação de armários, a: I - 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para servir até 200 (duzentos)

alunos; II - 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) acrescidos de: a) 0,007m (sete milímetros) por aluno, de 200 (duzentos) a 500 (quinhentos); b) 0,005m (cinco milímetros) por aluno de 501 (quinhentos e um) a 1000 (mil); c) 0,003m (três milímetros), por aluno excedente de 1000 (mil). Art. 260. As escadas e rampas deverão ter em sua totalidade, largura não

inferior à resultante a aplicação dos critérios de dimensionamento dos corredores, para a lotação do pavimento a que servem, acrescida da metade daquela necessária para a lotação do pavimento imediatamente superior.

§ 1º Para os efeitos deste artigo serão considerados os dois pavimentos que

resultem no maior valor. § 2º As escadas não poderão apresentar trechos em leque; os lances serão retos,

não ultrapassarão a 16 (dezesseis) degraus e estes não terão espelhos com mais de 0,16m (dezesseis centímetros), nem piso com menos de 0,30m (trinta centímetros) e os patamares terão extensão não inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

§ 3º As escadas deverão ser dotadas de corrimão, que atendam às exigências das

Normas ABNT NBR 9077 e NBR 9050. § 4º O número de escadas será de 2 (duas) no mínimo, dirigidas para saídas

autônomas. § 5º As rampas não poderão apresentar declividade superior a 8,33% e serão

revestidas de material não escorregadio, atendendo às exigências da ABNT NBR9050. § 6º As escadas e rampas que forem saídas de emergência devem atender às

especificações da NBR 9077.

Art. 261. As escolas deverão ter compartimentos sanitários, devidamente

separados para uso de cada sexo, com sanitário acessível. § 1º Esses compartimentos em cada pavimento, deverão ser dotados de bacias

sanitárias em número correspondente, no mínimo, a uma para cada 25 (vinte e cinco) alunos; uma para cada 40 (quarenta) alunos; um mictório para cada 40 (quarenta) alunos; e um lavatório para cada 40 (quarenta) alunos ou alunas.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 52.

§ 2º As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitárias deverão

ser colocadas de forma a deixar livres de 0,15m (quinze centímetros) de altura na parte inferior e de 0,30m (trinta centímetros), no mínimo, na parte superior.

§ 3º Deverão também, ser previstas instalações sanitárias para professores que

deverão atender para cada sexo, à proporção mínima de uma bacia sanitária para cada 10 (dez) salas de aula, e os lavatórios serão em número não inferior a um para cada 6 (seis) salas de aula.

§ 4º É obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação,

na proporção mínima de 1 (uma) bacia sanitária e 1 (um) mictório para cada 200 (duzentos) alunos; 1 (uma) bacia sanitária para cada 100 (cem) alunas e 1 (um) lavatório para cada 200 (duzentos) alunos ou alunas. Quando por prevista a prática de esportes ou educação física, deverá haver também chuveiros, na proporção de um para cada 100 (cem) alunos ou alunas e vestiários separados, com 5,00m² (cinco metros quadrados) para cada 100 (cem) alunos ou alunas no mínimo.

Art. 262. É obrigatória a instalação de bebedouros acessíveis na proporção mínima de 1 (um) para cada 200 (duzentos) alunos vedada sua localização em instalações sanitárias. Nos locais de recreios, a proporção será 1 (um) bebedouro para cada 100 (cem) alunos.

Parágrafo único. Nos bebedouros, a extremidade do local de suprimento de água

deverá estar acima do nível de transbordamento do receptáculo.

Art. 263. Os compartimentos ou locais destinados à preparação, venda ou

distribuição de alimentos ou bebidas, deverão satisfazer às exigências para estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, no que lhes forem aplicáveis.

Art. 264. As áreas destinadas à administração e ao pessoal de serviço deverão

atender às prescrições para locais de trabalho, no que forem aplicáveis. Art. 265. Nos internatos, além das disposições referentes a escolas, serão

observadas as referentes as habitações, aos dormitórios coletivos, quando houver, e aos locais de preparo, manipulação e consumo de alimentos e instituições de longa permanência, no que lhes forem aplicáveis.

Art. 266. Nas escolas de ensino fundamental e ensino médio é obrigatória a

existência de local coberto para recreio, com área, no mínimo igual a 1/3 da soma de áreas das salas de aula e no máximo 1/3 da área não ocupada pela edificação.

Art. 267. As áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro

público, que permita escoamento rápido dos alunos, em caso de emergência: para tal fim, as passagens não poderão ter largura total inferior a correspondente a 0,01m (1 centímetro) por aluno, nem vãos inferiores a 2,00m (dois metros).

Art. 268. Os reservatórios de água potável das escolas terão capacidade,

adicional à que for exigida para combate a incêndio, não inferior à correspondente a 50 (cinquenta) litros por aluno.

Parágrafo único. Esse mínimo será de 100 (cem) litros por aluno, nos semi-

internatos e 150 (cento e cinquenta) litros por aluno nos internatos.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 53.

Art. 269. Os pisos das salas de aula serão obrigatoriamente revestidos de

materiais que proporcionem adequado isolamento térmico, antiderrapante, lavável e de fácil limpeza. Art. 270. As salas de aulas, quando de forma retangular, terão comprimento

igual a, no máximo 1,5X (uma vez e meia) a largura. Parágrafo único. As salas de aulas especializadas ficam dispensadas das

exigências deste artigo, devendo entretanto, apresentar condições adequadas às finalidades de especialização.

Art. 271. O pé-direito da sala de aula não será inferior a 3,00m (três metros). Art. 272. Quando a escola possuir curso profissionalizante ou superior, deverão

ser dotadas de compartimentos e instalações necessárias à prática ou demonstrações relativas às especializações previstas, sendo que esses compartimentos deverão observar as normas específicas correspondentes às atividades a que se destinarem.

Art. 273. As edificações para fins educacionais deverão contar com local

fechado junto à rua para a colocação de lixo separado entre orgânico e reciclável totalmente revestido de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas. A dimensão mínima desses compartimentos será de 2% (dois por cento) da área construída do estabelecimento, para que atenda devidamente a quantidade diária de lixo gerada ou outras soluções alternativas atendendo as legislações sanitárias sobre resíduos.

SUBSEÇÃO XI INDÚSTRIA, FÁBRICAS E OFICINAS E POSTOS DE SERVIÇOS

Art. 274. As garagens, oficinas, postos de serviço e de abastecimento de

veículos estão sujeitos às prescrições referentes aos locais de trabalho em geral, no que lhes forem aplicáveis.

Art. 275. Os serviços de pintura nas oficinas de veículos deverão atender às

prescrições referentes ao controle da poluição do ar, estabelecidas pelo órgão encarregado da proteção do meio ambiente.

Art. 276. Os despejos das garagens, oficinas, postos de serviço e de

abastecimento de veículos, nos quais seja feita lavagem ou lubrificação deverão passar pôr instalação retentora de areia e graxa, aprovada pelo órgão competente.

Art. 277. Os edifícios destinados à fabricas ou oficinas, deverão ter,

obrigatoriamente, estrutura de concreto armado ou metálica. Art. 278. Deverão ser de material incombustível a estrutura do edifício, as

paredes externas e as escadas. Art. 279. Os locais de trabalho operacionais terão pé-direito não inferior a

4,00m (quatro metros), assim consideradas a altura livre compreendida entre a parte mais alta do piso e a parte mais baixa da estrutura do teto.

Art. 280. Poderá ser de 3,00m (três metros), o pé-direito dos compartimentos

administrativos.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 54.

Art. 281. Nos compartimentos destinados a ambulatórios, refeitórios e similares,

o piso e as paredes até a altura mínima de 2m (dois metros), deverão ser revestidos de material liso, impermeável e resistente a lavagens frequentes, além de atender resoluções específicas.

Art. 282 As fábricas e oficinas com mais de 1 (um) pavimento deverão dispor,

pelo menos, de uma escada ou rampa com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e atendidas mais as seguintes condições:

I - em pavimentos superiores ao térreo ou em subsolo; II - nos trechos em leque, o raio de curvatura mínimo de bordo interior, deverá

ser de 1m (um metro) e a largura mínima dos degraus na linha de piso de 0,28m (vinte e oito centímetros);

III - sempre que a largura da escada ultrapasse 2,50m (dois metros e cinquenta

centímetros), será obrigatório a sua divisão por corrimões intermediários de tal forma que as subdivisões resultantes, não ultrapassem a largura de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

IV - sempre que não haja mudança de direção nas escadas, o corrimão ou

corrimões intermediários deverão ser contínuos. V - as escadas e rampas que forem saídas de emergência devem atender às

especificações da ABNT NBR 9077. Art. 283. Os compartimentos destinados a locais de trabalho, deverão dispor de

aberturas de iluminação natural ou artificial apropriada a natureza da atividade, perfazendo área total não inferior a 1/5 da área do piso.

§ 1º A área iluminante será formada pelas janelas, inclusive as localizadas nas

coberturas, tais como lanternins "sheds". § 2º Poderá também ser computada no cálculo a área das claraboias, até o

máximo de 20% (vinte por cento) da área iluminante exigida. § 3° Para a iluminação artificial, quando justificada tecnicamente, deverão ser

observadas as normas previstas na legislação sobre higiene e segurança do trabalho. Art. 284. A iluminação deve ser adequada ao trabalho a ser executado,

evitando-se o ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos. Art. 285. A área total das aberturas de ventilação será, no mínimo, 2/3 da área

iluminante exigida. Art. 286. Quando a atividade a ser exercida no local de trabalho for

incompatível com a ventilação ou iluminação natural, estas poderão ser obtidas por meios artificiais ou mecânicos.

Art. 287. Os locais de trabalho terão instalações sanitárias separadas, para cada

sexo, e dimensionadas por turno de trabalho, nas seguintes proporções: I – 1 (uma) bacia sanitária, 1 (um) mictório, 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro

para cada 20 (vinte) empregados do sexo masculino;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 55.

II – 1 (uma) bacia sanitária, 1 (um) lavatório e 1 (um) chuveiro para cada 20

(vinte) empregados do sexo feminino. Parágrafo único. Será exigido um chuveiro para cada 10 (dez) empregados nas

atividades ou operações insalubres, nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, alergizantes ou substâncias que provoquem sujidade e nos casos em que haja exposição a calor intenso e pelo menos 1 (um) banheiro acessível para cada sexo.

Art. 288. Os compartimentos das bacias sanitárias e dos mictórios deverão ser

ventilados para o exterior, não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições; e deverá existir, entre eles, antecâmaras com abertura para o exterior ou ventilação e iluminação por meios artificiais e mecânicos.

Art. 289. Quando o acesso aos compartimentos sanitários depender de

passagem ao ar livre, essa deverá ser coberta e ter a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Art. 290. As fábricas e oficinas, deverão dispor de compartimentos de vestiários

dotados de armários devidamente separados para uso de um e outro sexo e com área útil não inferior a 0,35m² (trinta e cinco centímetros quadrados) por operário previsto na lotação do respectivo local de trabalho, observado o afastamento mínimo de 1,35m (um metro e trinta e cinco centímetros) entre as frentes dos armários e a área mínima de 6m² (seis metros quadrados).

Parágrafo único. Os vestiários não poderão servir de passagem obrigatória. Art. 291. Nos refeitórios, quando não houver manipulação e preparo de

alimentos no local, deverão possuir copa de apoio com lavatório para higienização de mãos, local isolado para a lavagem dos utensílios de mesa e bebedouro no local de consumação.

Art. 292. As instalações industriais, cujo funcionamento produza ruídos ou

vibrações danosas à saúde ou ao bem estar da vizinhança, deverão ser dotadas de dispositivos destinados a suprir esses inconvenientes, conforme a legislação vigente.

Art. 293. Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 30 (trinta)

empregados é obrigatória a existência de refeitório, ou local adequado a refeições. Parágrafo único. Quando houver mais de 300 (trezentos) empregados é

obrigatória a existência de refeitório com área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário/turno. Art. 294. Na existência de manipulação e preparo de alimentos deverão atender

as legislações especificas e resoluções previstas nas legislações. Art. 295. No estabelecimento em que trabalharem 30 (trinta) ou mais mulheres,

e que não mantenha convênio nos termos da legislação federal pertinente deverá dispor de creche ou local apropriado onde seja permitido às empregadas guardas, sob vigilância e assistência aos seus filhos.

Art. 296. Para oficinas de funilaria e pintura deverá ser previsto compartimento

especial para solda e pintura. § 1º As oficinas destinadas à funilaria e pintura não poderão fazer parte de

edificações destinadas ao uso residencial. § 2º As oficinas mecânicas que possuírem funilaria e pintura deverão atender às

exigências para estas atividades.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 56.

§ 3º Os compartimentos destinados a abrigar serviços de lavagem, lubrificação e

pintura serão executados de forma a impedir a dispersão do material em suspensão utilizado no serviço.

Art. 297. Os compartimentos especiais destinados a abrigar fontes geradoras de

calor deverão ser isolados termicamente. Art. 298. As águas provenientes de lavagem dos locais de trabalho deverão ser

tratadas adequadamente e após lançadas na rede coletora de esgoto ou ter uma outra destinação conveniente, autorizada pelo órgão competente municipal.

Art. 299. As indústrias, fábricas e oficinas e postos de serviços deverão contar

com local fechado junto à rua para a colocação de lixo separado entre orgânico e reciclável totalmente revestido de material liso, impermeáveis e resistentes a frequentes lavagens e ser providos de ralos para captação de águas servidas. A dimensão mínima desses compartimentos será de 5% (cinco por cento) da área construída, para que atenda devidamente a quantidade de lixo gerada.

SUBSEÇÃO XII

ESTABELECIMENTOS RELACIONADOS A ÁREA DE SAÚDE

Art. 300. Os estabelecimentos relacionados a saúde, deverão obedecer, ainda, às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar a aprovação / licenciamento dos projetos nessas instâncias previamente a aprovação de projeto junto ao Poder Executivo Municipal, quando necessário.

Art. 301. Os sanitários deverão atender às normas gerais para compartimentos

sanitários, constantes desta Lei complementar.

SUBSEÇÃO XIII

LOCAIS DE TRABALHO DE PEQUENAS DIMENSÕES E PECULIAR IDADES

Art. 302. O pé direito dos locais referidos nesta subseção será, como regra, não inferior a 3,00m (três metros) podendo ser admitidas, desde que devidamente justificadas, reduções até 2,70m (dois metros e setenta centímetros).

Art. 303. Os vestiários, em casos devidamente justificados, poderão ter área

inferior a 6,00m² (seis metros quadrados), a critério da autoridade sanitária. Art. 304. Aos locais de trabalho para pequenas oficinas e indústrias de pequeno

porte aplicam-se as seguintes disposições: I - oficinas de marcenaria desde que utilizem somente máquinas portáteis

deverão ter compartimento de trabalho, com área não inferior a 20,00 m² (vinte metros quadrados), e serão dotadas de instalação sanitária, vestiário com chuveiro;

II - oficinas de borracheiro: a) deverão dispor, além dos compartimentos destinados ao conserto de pneus e à

venda de materiais, de área ou pátio de trabalho; b) quando não integradas ou conjugadas a outro local de trabalho que disponha

de instalação sanitária deverão ter suas próprias, além de vestiário com chuveiro.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 57.

III - oficinas de funilaria e serralheria:

a) os locais de trabalho para oficinas de serralheria e funilaria não poderão fazer

parte de edificações para habitação ou escritórios; b) deverão dispor, no mínimo de: compartimento de trabalho com área não

inferior a 20,00m² (vinte metros quadrados), compartimento especial para aparelhos de solda a gás, instalação sanitária, vestiário com chuveiro.

IV - Oficinas de tinturaria, deverão dispor de, pelo menos, área coberta para

atendimento ao público, compartimento de trabalho com 20,00m² (vinte metros quadrados), no mínimo, área de secagem, instalação sanitária e, vestiário com chuveiro;

V - oficinas de sapateiro e de vidraceiro: deverão ser constituídas, no mínimo,

de compartimento de trabalho, instalação sanitária e vestiário com chuveiro. VI - oficinas mecânicas diversas: a) os locais para oficinas mecânicas não poderão fazer parte de edificações para

habitação ou escritórios; b) deverão dispor de, pelo menos, compartimentos de trabalho com área

suficiente a evitar trabalhos nos passeios, instalações sanitárias, vestiário com chuveiro; c) quando houver trabalhos de solda ou pintura, deverão dispor de

compartimentos separados adequados a essas atividades.

§ 1º Outros locais não mencionados neste artigo terão as exigências mínimas estabelecidas pela autoridade sanitária segundo critério de similaridade.

§ 2º Os pisos dos locais a que se refere este artigo serão revestidos de material

resistente, impermeável, liso e lavável e as paredes com barra impermeável até 2,00m (dois metros) de altura, no mínimo.

Art. 305. As águas provenientes de lavagem dos locais de trabalho deverão ser tratadas adequadamente e após lançadas na rede coletora de esgoto ou ter uma outra destinação conveniente, autorizada pelo órgão competente municipal.

SUBSEÇÃO XIV INDÚSTRIA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS

Art. 306. Os estabelecimentos a que se refere esta Seção deverão atender ainda,

às normas dos órgãos competentes da União, do Estado e do Município, cabendo ao responsável técnico providenciar a aprovação / licenciamento dos projetos nessas instâncias previamente a aprovação de projeto junto ao Poder Executivo Municipal, quando necessário.

SUBSEÇÃO XV POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS AUTOMOTIVOS – PRCA,

SERVIÇOS DE LAVAGEM AUTOMOTIVA E TROCA DE ÓLEO DEPÓSITOS DE COMBUSTÍVEIS

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 58.

Art. 307. A implantação de postos revendedores e de abastecimento de

derivados de petróleo e outros combustíveis, de lava rápidos e troca de óleo, deverá obedecer aos critérios estabelecidos em normas, leis, municipais, estaduais e federais pertinentes.

Art. 308. Os depósitos de abastecimento e armazenamento de combustível deverão ter afastamentos das divisas e das edificações conforme normas técnicas e legislação vigente.

Art. 309. A área dos postos de abastecimento de combustíveis, não edificada,

mantida a área permeável, deverá ser pavimentada em concreto ou asfalto, com declividade suficiente para escoamento de água, e drenada através de grelhas de maneira a impedir o escoamento das águas de lavagem do piso para a via pública.

§ 1º Deverá ser construído mureta ou obstáculo, de maneira a defender os

passeios do tráfego de veículos, nas esquinas e nas frentes da área não utilizada para acesso de veículos.

§ 2º A cobertura dos aparelhos abastecedores deverão ter recuo mínimo de

5,00m (cinco metros), admitindo-se um balanço máximo de 1,20m (um metro e vinte centímetros). Art. 310. Entende-se como PRCA - Postos de Revenda de Combustíveis

Automotivos os estabelecimentos que exercem comercialmente a atividade de abastecimento, de veículos automotivos, conjugados ou não com loja de conveniência.

Art. 311. A aprovação do projeto de PRCA será autorizado pela Prefeitura

Municipal, mediante a apresentação das licenças estabelecidas pela CETESB (Licença Prévia – L.P. ou Licença de Instalação – L.I.), conforme o caso, e de acordo com o disposto no artigo 4º e seus incisos, da Resolução 273 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, expedido pelo Órgão Ambiental competente.

Art. 312. O PRCA deverá possuir área mínima de 1500m² (mil e quinhentos

metros quadrados), com testada para a principal via pública de, no mínimo, 50m (cinquenta metros), devendo essas metragens serem observadas por todos os PRCAs, mesmo aqueles a serem implantados em centros comercias, shoppings centers, hipermercados e congêneres.

Art. 313. Para a liberação da certidão de conclusão do PRCA, será exigido: § 1º Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros A.V.C.B. § 2º Licença de Operação – L.O. da CETESB. § 3º Declaração do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviços e

Combustíveis Derivados de Petróleo de Sorocaba e Região de que as contratações dos funcionários serão efetuadas de acordo com as convenções coletivas da categoria.

Art. 314. O PRCA que paralisar suas atividades por mais de 60 (sessenta) dias,

é obrigado a retirar todo o combustível contido nos seus tanques, independente de notificação, e no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados da constatação de paralisação das atividades pela Prefeitura Municipal.

Art. 315. Os PRCA’s com lavagem e lubrificação de automóveis deverão

possuir:

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 59.

§ 1º Caixas separadoras de água e óleo ou graxa, caixa de retenção de areia, de

óleo e graxa pelas quais deverão passar as águas servidas antes de serem lançadas à rede pública, conforme diretrizes e padrões de qualidade estabelecidos pelo DAE.

§ 2º Os pisos das áreas de abastecimento e descarga, os boxes de lavagem e lubrificação e troca de óleos, deverão ter sistema de drenagem pluvial ou de águas servidas, para escoamento das águas oleosas, as quais deverão passar por caixas separadoras de água e óleo, antes da entrada na rede pública de águas pluviais.

§ 3º Os lavadores de autos deverão funcionar em locais fechados. § 4º Para a lubrificação e troca de óleo os estabelecimentos ficam obrigados a

manter tanques para armazenamento de óleo usado, que deverá ter seu destino com o resíduo comprovado através de documentos hábeis.

Art. 316. É vedada a recuperação ou reutilização de tanques, tanto para as

instalações aéreas como subterrâneas. Art. 317. É vedado o abastecimento e reabastecimento dos tanques do PRCA no

período compreendido entre as 23:00h e 06:00h. Art. 318. O PRCA deverá apresentar estudo de impacto de vizinhança

(EIV/RIVI), nos termos da Lei Municipal vigente. Art. 319. Além do disposto nos arts. 309 e 315 desta Lei, os estabelecimentos de

lava rápido ou troca de óleo deverão possuir: I - reaproveitamento da água utilizada na lavagem de veículo; II - aproveitamento da água das chuvas (captadores e reservatórios). Art. 320. Os postos que mantiverem serviços de lavagem e lubrificação de

veículos deverão ter vestiários, dotado de chuveiro para uso dos seus empregados. Art. 321. Será obrigatória a existência de 2 (dois) compartimentos sanitários,

sendo um para uso dos empregados e o outro para o público em geral. Paragrafo único. Os postos marginais às estradas de rodagem deverão dispor de

compartimento sanitário para uso do público e separadamente para cada sexo.

Art. 322. A lavagem, limpeza e lubrificação dos veículos deverão ser feitas em

compartimento fechado, de maneira a evitar a dispersão de poeira, água ou substância oleosa. Art. 323. Os compartimentos destinados à lavagem e lubrificação, deverão

obedecer aos requisitos seguintes: § 1º O pé-direito mínimo do lavador será de 4,50m (quatro metros e cinquenta

centímetros). § 2º As paredes serão revestidas até a altura mínima de 2,50m (dois metros e

cinquenta centímetros) de material impermeável, liso e resistente a frequentes lavagens.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 60.

§ 3º As paredes externas não possuirão aberturas livres para o exterior. § 4º Deverão ser localizados de maneira que distem os mínimos de 6,00m (seis

metros) dos alinhamentos das ruas e 3,00m (três metros) das demais divisas.

Art. 324. Os tanques aéreos para o consumo próprio, deverão ter licença do

Órgão Ambiental competente e AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Art. 325. Os postos de abastecimento e estabelecimentos congêneres deverão

dispor de: I - compartimento para chuveiro, sanitário, lavatório e armário para

funcionários; II - sanitários para público, separados por sexo; III - sanitários para portadores de necessidades especiais. Art. 326. A lavagem, limpeza e lubrificação de veículos deverão ser feitas de

maneira a evitar a dispersão de poeira, água ou substância oleosa, bem como estes compartimentos deverão ter paredes revestidas de material impermeável, liso e resistente a frequentes lavagens e deverão obedecer aos requisitos seguintes:

I - o pé-direito mínimo será de 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros); II - as paredes serão revestidas até a altura mínima de 2,50m (dois metros e

cinquenta centímetros) de material impermeável, liso e resistente a frequentes lavagens; III - as paredes externas não possuirão aberturas livres para o exterior; IV - deverão ser localizados de maneira que distem os mínimos de 6,00m (seis

metros) dos alinhamentos das ruas e 3,00m (três metros) das demais divisas; V - nas áreas destinadas a lavagem de veículos é obrigatória a instalação de

equipamentos para reutilização da água.

SUBSEÇÃO XVI DOS DEPÓSITOS DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP).

Art. 327. Os depósitos que armazenem e comercializem recipientes

transportáveis de gás (botijões ou cilindros), deverão atender ao disposto na norma ABNT – NBR 15514 e as leis municipais, estaduais e federais pertinentes.

SUBSEÇÃO XVII DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS

Art. 328. Os depósitos de explosivos deverão satisfazer ao seguinte: I – pé-direito terá, no mínimo, 4m (quatro metros), e no máximo 5m (cinco

metros);

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 61.

II - todas as janelas deverão ser providas de venezianas de madeira; III - as lâmpadas elétricas deverão ser protegidas por tela metálica; IV - dispor de proteção adequada contra descarga atmosféricas; V - o piso será resistente, impermeável e incombustível; VI - as paredes serão construídas de material incombustível e terão

revestimento em todas as faces internas.

Art. 329. Os estabelecimentos a que se refere esta subseção deverão atender a NR 19 e demais legislações vigentes.

SUBSEÇÃO XVIII DAS FÁBRICAS DE EXPLOSIVOS

Art. 330. Os edifícios destinados à fabricação propriamente dita, bem assim os

paióis de explosivos deverão observar, entre si e com relação às demais construções, o afastamento mínimo de 50m (cinquenta metros), respeitando-se as restrições da NR19. Na área de isolamento assim obtida serão levantados as barreiras de terra de 2m (dois metros) de altura no mínimo, onde deverão ser plantadas árvores.

Art. 331. Os estabelecimentos a que se refere esta Subseção deverão atender

todas as legislações municipais, federais e estaduais vigentes.

SUBSEÇÃO XIX

DEPÓSITOS DE INFLAMÁVEIS

Art. 332. Os entreposto e depósito destinados ao armazenamento de inflamáveis não poderão ser construídos, adaptados ou instalados, sem consulta específica e prévia da Prefeitura.

Parágrafo único. Os estabelecimentos a que se refere esta subseção deverão

atender a NR-19 e demais legislações vigentes.

SUBSEÇÃO XX ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS

Art. 333. Além das disposições gerais contidas nesta subseção, e sem prejuízo

das demais legislações federais, estaduais e municipais existentes, os estabelecimentos bancários deverão atender às disposições contidas nesta seção.

Art. 334. A acessibilidade aos caixas de autoatendimento ocorrerá conforme a

NBR 15.250 específica. Art. 335. A área de operação dos caixas deverá ser dotada de barreiras que

impossibilitem totalmente a sua visualização por parte da área de espera. § 1º Entende-se por mecanismos, qualquer obstáculo físico ao campo de visão

das pessoas adultas.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 62.

§ 2º A distância mínima entre os caixas em operação e a área de espera é de 02

(dois) metros. § 3º Deverá estar afixada, em locais visíveis e de fácil leitura, cartazes

orientando a população quanto aos procedimentos pessoais de segurança. Art. 336. Será dotada de portas automáticas ou giratórias com dispositivo de

travamento eletrônico, vidro a prova de balas, detector de metais, e "guarda-volumes" a disposição dos clientes, na área anterior a este acesso.

Parágrafo único. O ''guarda-volumes'' deverá: I - ter chaves individuais que fiquem com o usuário enquanto este permanecer

no interior do estabelecimento; II - ser em número compatível com o fluxo de pessoas previsto para o

estabelecimento em questão; III - estar posicionado junto ao local de acesso, anteriormente às portas de que

trata o caput deste artigo.

Art. 337. O descumprimento ao disposto no caput deste artigo, ensejará multa

diária até a solução da desconformidade. Art. 338. As instituições bancárias e financeiras devem ser dotadas de

bebedouros, sanitários públicos feminino e masculino, incluindo atendimento aos portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida.

Art. 339. Próximo ao guichê de atendimento preferencial ou seja para pessoas

com deficiência ou com mobilidade reduzida devem ser previstos assentos, em quantidade suficiente a este atendimento.

Parágrafo único. Os assentos de que trata o caput deste artigo, deverão ser

disponibilizados em um número mínimo de 10 (dez) por agência, devidamente sinalizados.

SUBSECÃO XXI DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS NÃO RESIDENCIAIS

Art. 340. As edificações destinadas ao uso não residencial deverão dispor de

instalação sanitária quantificada em razão da população em quantidades recomendadas pela legislação sanitária vigente e as normas técnicas aplicáveis.

§ 1º Neste cálculo serão descontadas da área bruta as áreas destinadas à própria

instalação sanitária e a garagem. § 2º Quando a população calculada exceder 20 (vinte) pessoas haverá,

necessariamente, instalações sanitárias separadas por sexo, distribuídas em decorrência da atividade desenvolvida e do tipo de população predominante.

Art. 341. Para fins desta Lei, as instalações sanitárias são divididas em: I - Instalação Sanitária Simples - ISS: 1 (uma) bacia e 1 (um) lavatório;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 63.

II - Instalação Sanitária Completa – ISC: 1 (uma) bacia, 1 (um) lavatório e 1

(um) mictório. Parágrafo único. Nos sanitários masculinos, 50% (cinquenta por cento) das

bacias poderão ser substituídas por mictórios. Art. 342. Deverão ser dotadas de anteparos ou antecâmaras as instalações

sanitárias que derem acesso direto a compartimentos ou local destinado a trabalho, comércio, reunião, lazer, esportes, refeitórios, salas de consumação ou preparo de alimentos.

Art. 343 Nos shoppings, os sanitários deverão estar localizados, no máximo, a

50,00 m (cinquenta metros) dos cinemas, teatros e praças de alimentação, tomando-se esta distância entre a porta do sanitário e o ponto mais próximo da sala de teatro, cinema ou da praça de alimentação.

Parágrafo único Será obrigatória a previsão de, no mínimo, uma bacia e um

lavatório junto a compartimento destinado ao consumo de alimentos, devendo estar situados no mesmo pavimento deste.

Art. 344. As instalações Sanitárias deverão ser dimensionadas conforme abaixo: I - compartimentos sanitários;

a) contendo somente bacia sanitária: 1,20m² (um metro e vinte centímetros

quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); b) contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² (um metro e cinquenta

centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); c) contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00m² (dois

metros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); d) contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50m²

(dois metros e cinquenta centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); e) contendo somente chuveiro, 1,20m² (um metro e vinte centímetros

quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); f) antecâmaras, com ou sem lavatório, 0,90m² (noventa centímetros quadrados),

com dimensão mínima de 0,90m (noventa centímetros); g) contendo outros tipos ou combinações de aparelhos, a área necessárias,

segundo disposição conveniente a proporcionar a cada um deles, uso cômodo; h) celas, em compartimentos sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias

sanitárias, 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);

i) mictórios tipo calha, de uso coletivo, 0,60m (sessenta centímetros), em

equivalência a um mictório tipo cuba; j) separação entre mictórios tipo cuba, 0,60m (sessenta centímetros), de eixo a

eixo.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 64.

II - largura de corredores e passagens:

a) quando de uso comum ou coletivo, 1,20m (um metro e vinte centímetros);

b) quando de uso restrito, poderá ser admitida redução até 0,90m (noventa

centímetros).

III - compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação. Parágrafo único. As instalações sanitárias públicas deverão utilizar torneiras de

fechamento automático com fluxo regulável e bacias com sistemas de acionamento e disparo.

Art. 345. Os vestiários deverão ser, separados por sexo, providos de armários

com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) e 0,35m² (trinta e cinco centímetros quadrados) por empregado e, devendo, ainda, possuir:

I - um armário, de preferência impermeabilizado, para cada empregado; II - paredes revestidas até 1,5m (um metro e cinquenta centímetros), no mínimo,

com material liso e impermeável; III - piso de material liso, resistente e impermeável; IV - portas com mola; V - aberturas teladas. Art. 346. Quando o acesso aos compartimentos sanitários depender de

passagem ao ar livre, essa deverá ser coberta e ter a largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).

Art. 347. Além das disposições contidas nesta Lei, deverão ser atendidas as

demais legislações federais, estaduais e municipais e normas técnicas da ABNT, NBR9050.

SUBSEÇÃO XXII DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS RESIDENCIAIS

Art. 348. Toda habitação deverá dispor de um compartimento sanitário. Parágrafo único. As instalações Sanitárias deverão ser dimensionadas:

I - contendo somente bacia sanitária: 1,20m² (um metro e vinte centímetros

quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);

II - contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50m² (um metro e cinquenta centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);

III - contendo bacia sanitária e área para banho, com chuveiro, 2,00m² (dois

metros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro); IV - contendo bacia sanitária, área para banho, com chuveiro e lavatório, 2,50m²

(dois metros e cinquenta centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 65.

V - contendo somente chuveiro, 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados), com dimensão mínima de 1,00m (um metro);

Art. 349. Os compartimentos sanitários não poderão ter comunicação direta

com salas de refeições, cozinhas ou despensas. Art. 350. Nos compartimentos sanitários providos de aquecedor a gás, carvão

ou semelhante, deverá ser garantida, adicionalmente, a ventilação por meio de aberturas próximas ao piso e ao teto.

Art. 351. Nos compartimentos sanitários as paredes até 1,50m (um metro e

cinquenta centímetros) de altura no mínimo e os pisos, serão revestidos de material impermeável e resistente à frequentes lavagens.

CAPÍTULO V

SEÇÃO I VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

Art. 352. A iluminação e ventilação da edificação, e seus compartimentos,

deverão ser proporcionados por: I - recuos obrigatórios previstos no Plano Diretor vigente e alterações futuras; II - áreas livres internas do lote; III - alternativa que garanta desempenho equivalente ou superior aos métodos

previstos neste Código. Art. 353. Para fins de iluminação e ventilação natural, todo compartimento

deverá dispor de abertura comunicando-o diretamente com o exterior. § 1º A área de ventilação natural deverá ser em qualquer caso, no mínimo, a

metade da superfície da iluminação natural. § 2º Para cálculo da área de ventilação e iluminação naturais serão consideradas

as áreas livres das esquadrias e não o vão bruto. § 3º Para os subsolos, será exigido ventilação artificial ou atendimento da

suficiência da ventilação natural. § 4º Para efeito de iluminação e ventilação só serão consideradas as aberturas

distantes no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) das divisas do lote. § 5º Para efeito da iluminação, serão também considerados os espaços livres

contíguos de prédios vizinhos desde que garantidos por recuos legais obrigatórios ou servidão em forma legal, devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis, da qual conste a condição de não poder ser desfeita sem consentimento da Municipalidade.

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§ 6º Os espaços livres poderão ser cobertos até o nível inferior das aberturas no

pavimento mais baixo por eles insolado, iluminado ou ventilado. § 7º Poderão ser aceitas ventilação mecânica e iluminação artificial, em

substituição às naturais, nos seguintes compartimentos:

I - hall, saguões de elevadores ou circulação com área até 12,00 m² (doze metros quadrados) de piso ou 10,00m (dez metros) de comprimento;

II - despensa, depósito e quartos de vestir (closet) até 4,00 m² (quatro metros

quadrados) de área de piso; III - em casos especiais, compartimentos sanitários, desde que comprovada a

necessidade e atendidas as normas específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Art. 355. Os logradouros e, bem assim, as áreas resultantes de recuos de frente

legais obrigatórios, serão considerados espaços livres suficientes, para efeito de iluminação e ventilação.

Art. 356. Para efeito de iluminação, os espaços livres dentro do lote serão classificados em abertos e fechados. Para esse fim, a linha divisória entre os lotes é considerada como fecho.

Art. 357. Considerem-se também suficientes para a iluminação de dormitórios

independentes da orientação, os espaços livres fechados, de forma e dimensões tais que contenham, em plano horizontal, área equivalente a H²/4 onde H representa, sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso do pavimento mais baixo, pelo mesmo espaço livre iluminado.

§ 1º É permitido o escalonamento, devendo então para o cálculo do espaço livre

correspondente à cada pavimento, sucessivamente inferior, ser deduzida da H a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e do pavimento considerado.

§ 2º A dimensão mínima desse espaço livre fechado será sempre igual ou maior

que H/4 não podendo em caso algum, ser inferior a 2,00m (dois metros). § 3º A área desses espaços livres fechados não poderão ser inferior a 10 metros

quadrados. § 4º Os espaços livres fechados poderão ter qualquer forma desde que em qualquer posição destes, no plano horizontal considerado, possa ser inscrito um círculo de diâmetro igual a H/4.

Art. 358. Espaços livres abertos nas duas extremidades ou em uma delas (corredores), junto às divisas do lote ou entre edificações, de largura maior ou igual a H/ 6, com o mínimo de 2,00 m (dois metros) para dormitórios e salas residenciais.

Art. 359. Para iluminação e ventilação dos demais compartimentos de permanência prolongada, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) para até 2 (dois) pavimentos, com dimensão mínima de 2,00m (dois metros). A relação entre as dimensões desse espaço livre não poderá ser inferior a de 2:3.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 67.

Art. 360. Para a iluminação e ventilação de cozinhas, despensas, jantar e copas

até 3 pavimentos, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) com o acréscimo de 2,00 m² metros quadrados para cada pavimento excedente dos três. A dimensão mínima será de 2,00 metros, respeitando-se entre seus lados a relação 2:3.

Art. 361. Para iluminação ou ventilação para Quartos de Vestir, quando

conjugados à dormitórios, com área útil de até 6,00m² (seis metros quadrados), para até 3 (três) pavimentos, será suficiente o espaço livre fechado, de área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) com o acréscimo de 2,00m² (dois metros quadrados) para cada pavimento excedente dos três. A dimensão mínima será de 2,00m (dois metros), respeitando-se entre seus lados a relação 2:3.

Art. 362. Para a ventilação de compartimentos sanitários, caixas de escada e

corredores de mais de 10m (dez metros) de comprimento, será suficiente o espaço livre fechado, até 4 (quatro) pavimentos de área mínima de 4,00m² (quatro metros quadrados). Para cada pavimento excedente desses 4 (quatro) haverá um acréscimo de 1,00m² (um metro quadrado) por pavimento. A dimensão mínima não será inferior a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) respeitando-se entre as dimensões a relação 2:3.

Art. 363. Em qualquer tipo de edificação será admitida a ventilação indireta ou

ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante: I - ventilação indireta através de compartimento contiguo, por meio de duto de

seção não inferior a 0,40m² (quarenta centímetros quadrados) com dimensão vertical mínima de 0,40m (quarenta centímetros) e extensão não superior a 4,00m (quatro metros). Os dutos deverão se abrir para o exterior e ter as aberturas teladas;

II - ventilação por meio de chaminé de tiragem atendendo aos seguintes

requisitos mínimos: a) seção transversal dimensionada de forma a que correspondam, no mínimo, 6

dm² (seis decímetros quadrados) de seção, para cada metro de altura da chaminé, devendo em qualquer caso, ser capaz de conter um circulo de 0,60m (sessenta centímetros) de diâmetro:

b) ter prolongamento de pelo menos um metro acima da cobertura; c) ser provida de abertura inferior que permita limpeza, e de dispositivo superior

de proteção contra a penetração de águas de chuva. Art. 364. Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores) serão

considerados suficientes para a iluminação e ventilação de cômodos de permanência prolongada, com até 2 (dois) pavimentos, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/6, respeitando-se o mínimo absoluto de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). Acima de 2 (dois) pavimentos, será respeitado H/6 com mínimo de 2,00m (dois metros).

Parágrafo único. H representa sempre a diferença de nível entre o teto do

pavimento mais alto do edifício e o piso daquele mais baixo.

Art. 365. Os espaços livres abertos em duas faces opostas (corredores), serão

considerados suficientes para iluminação e ventilação de compartimentos de permanência transitória, quando dispuserem de largura igual ou superior a H/12, com o mínimo absoluto de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 68.

Parágrafo único. H representa sempre a diferença de nível entre o teto do pavimento mais alto do edifício e o piso daquele mais baixo.

Art. 366. São permitidas reentrâncias para iluminação e ventilação de compartimentos, desde que sua profundidade, medida em plano horizontal não seja inferior à sua largura, respeitando-se o mínimo absoluto de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).

Parágrafo único. Nas fachadas construídas no alinhamento da via pública, só

será permitido reentrância observado o presente artigo, acima do pavimento térreo.

Art. 367. Não serão considerados ventilados ou iluminados os compartimentos: I - cuja profundidade, a partir da abertura iluminante, for maior que 3 (três)

vezes o seu pé direito, para usos residenciais e 5 (cinco) vezes o seu pé direito para outros usos, incluída na profundidade a projeção da saliência, pórtico, alpendre ou outra cobertura.

II - o vão de iluminação e ventilação somente poderá ser aberto para reentrância

cuja profundidade máxima seja igual à sua largura; III - o vão de iluminação e ventilação poderá ser fechado por esquadria, desde

que garantidas as condições de ventilação, respeitadas as demais normas legais pertinentes. Parágrafo único. Excetuam-se das exigências deste artigo os compartimentos

sanitários. Art. 368. As aberturas destinas a iluminação ou ventilação, deverão apresentar

as seguintes áreas mínimas: I - 1/8 da área útil do compartimento, para usos residenciais, com mínimo de

0,60m² (sessenta centímetros quadrados); II - 1/5 da área útil do compartimento, para usos não residenciais, com no

mínimo de 0,60m² (sessenta centímetros quadrados). Parágrafo único: Com relação as esquadrias destinadas a iluminação e

ventilação, as mesmas deverão garantir em 100% (cem por cento) de área iluminante da alíneas “a” e “b”.

Art. 369. Em casos especiais poderão ser aceitas ventilação e iluminação

artificiais, em substituição às naturais, desde que comprovada sua necessidade e atendidas às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Parágrafo único. Para os subsolos, a autoridade municipal competente poderá

exigir a ventilação artificial ou demonstração técnica de suficiência da ventilação natural. Art. 370. Nos espaços livres garantidores de iluminação ou ventilação, não

poderão ser edificados construções de qualquer natureza. Parágrafo único. O disposto neste artigo se aplica mesmo no caso de vir a ser o

espaço livre incorporado a lote vizinho, de outro proprietário.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 69.

Art. 371. Será permitida a adoção de dispositivos especiais para iluminação e

ventilação artificiais em: I - lavabos; II - garagens localizadas no subsolo; III - compartimentos destinados a funções cuja natureza imponha a ausência de

iluminação ou ventilação naturais, conforme dispuser o regulamento. Art. 372. Em atendimento ao Código Civil Brasileiro nenhuma abertura poderá

estar voltada para a divisa do lote e dela distar menos de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), exceto divisa com logradouro e não distar a menos 0,75m (setenta de cinco centímetros) na perpendicular com esta divisa do lote, quando não houver proteção por muro.

Art. 373. Em casos especiais, além daqueles previstos no Art. 353, poderá ser

aceita iluminação e ventilação artificial, como alternativa ao atendimento das exigências contidas nesta lei, mediante demonstração técnica de sua suficiência, na forma que for estabelecida em Norma Técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

SEÇÃO II

DIMENSÕES MÍNIMAS DE COMPARTIMENTOS

SUBSEÇÃO I NÃO RESIDENCIAL

Art. 374. Os compartimentos das habitações não residenciais deverão apresentar

as áreas mínimas conforme Tabela III do Anexo II.

SUBSEÇÃO II RESIDENCIAL

Art. 375. Os compartimentos das habitações residenciais deverão apresentar as

áreas mínimas conforme Tabela I.I do Anexo II. Art. 376. Os dormitórios e salas devem apresentar forma e dimensões tais que

permitam traçar, no plano do piso um círculo de 2,00m (dois metros) de diâmetro.

Art. 377. As cozinhas não poderão ter comunicação direta com compartimentos sanitários e dormitórios.

Art. 378. Nas cozinhas, banheiros e áreas de serviço, os pisos e as paredes de

área molhada até 1,50m (um metro e cinquenta) de altura serão revestidos de material liso, impermeável e resistente à frequentes lavagens.

Art. 379. A copa quando ligada à cozinha por meio de abertura desprovida de

esquadria, não poderá ter comunicação direta com compartimento sanitário e dormitório.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 70.

TÍTULO VI

DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO E DO ESTACIONAMENTO DE VE ÍCULOS

CAPÍTULO I DOS ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO

Art. 380. Consideram-se espaços de circulação os passeios, as calçadas, as

escadas, as rampas, os corredores e os vestíbulos, que deverão ser dimensionados e executados de acordo com as exigências contidas na legislação e normas pertinentes em vigência.

§ 1º A acessibilidade de pedestres e pessoas deficientes e de mobilidade

reduzida atenderão, no que couber, as normas de acessibilidade, devendo estar demonstrada em projeto.

§2º. Nas edificações destinadas à prestação de serviços, públicos ou privados,

bem como aquelas destinadas ao uso coletivo, de qualquer natureza, devem garantir condições de acesso, circulação e uso pelas pessoas com deficiência, conforme disposto nas legislações e normas de acessibilidade, através de rotas acessíveis, incluindo a adoção de pisos táteis e de sinalização acessível.

§ 3º Os passeios públicos e as calçadas deverão atender, no que couber, as

legislações específicas, inclusive as disposições contidas neste Código, e não poderão ter: I - pisos escorregadios;

II - desníveis ou declives que impossibilitem o livre caminhar do transeunte e a

normal movimentação do possuidor de deficiência física ou de mobilidade reduzida; e III - rebaixos ou ressaltos em sua superfície e nos pontos delimitadores com

calçadas laterais. § 4º É de responsabilidade do proprietário ou possuidor do imóvel manter os

passeios públicos e as calçadas limpas, livres e em estado normal de conservação, sem buracos e/ou obstáculos que impeçam a normal circulação dos usuários. As condições anormais e contrárias existentes na data de publicação deste código terão 180 (cento e oitenta) dias para providenciar as adequações necessárias.

Art. 381. As circulações horizontais e verticais e os halls das edificações serão

classificados como de uso privativo quando pertencerem a unidades autônomas, e como de uso comum quando destinadas ao acesso a mais de uma unidade autônoma, ou quando houver uso público ou coletivo.

§ 1º A largura mínima dos corredores internos em habitações unifamiliares e

unidades autônomas de habitações multifamiliares, será de 0,90m (noventa centímetros). I - nos edifícios de habitações coletivas ou para fins comerciais, a largura

mínima é de 1,20m (um metro e vinte centímetros) quando de uso comum. II - nos hotéis, hospitais e estabelecimentos assistências de saúde a largura

mínima é de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) quando de uso comum; III - quando de uso restrito poderá ser admitida redução de até 0,90m (noventa

centímetros).

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 71.

§ 2º A passagem externa mínima em habitações unifamiliares quando este for a

única opção de acesso e não haver nenhuma abertura, será de 0,90m (noventa centímetros) livre. § 3º Os compartimentos destinados a outros fins, valores sujeitos a justificação. Art. 382. As escadas deverão observar as seguintes exigências: § 1º as escadas não poderão ter dimensões inferiores aos valores estabelecidos

nas normas especificas para as respectivas edificações que fazem parte e, quando não previstas nas referidas normas especificas, nas normas abaixo:

I - degraus, com piso (p) e espelho(e), atendendo a relação: 0,60 m. <= 2e+p <=

0,65 m. II - largura: a) quando de uso comum ou coletivo 1,20m (um metro e vinte centímetros); b) quando de uso restrito poderá ser admitido redução de até 0,90m (noventa

centímetros); c) estão dispensadas das exigências as escadas tipo marinheiro e caracol,

admitida somente para acessos a jiraus, torres, adegas e para casos especiais. III - As escadas terão passagem com altura livre não inferior a 2,10m (dois

metros e dez centímetros); IV – será obrigatória a largura mínima de 0,15m (quinze centímetros) junto ao

bordo interior da escada, nos trechos em leque. V - os pisos não devem ser escorregadios, nem apresentar ressaltos em sua

superfície; VI - em todas as habitações coletivas as caixas de escada deverão ser

iluminadas e ventiladas conforme a Subseção II desta Lei, excetuadas as escadas de segurança, que deverão obedecer à legislação específica, normatizadas pelos órgãos competentes.

§ 2º Sempre que o número de degraus consecutivos exceder a 19 (dezenove),

será obrigatória a intercalação de patamar com a largura mínima de 0,75m (setenta e cinco centímetros).

§ 3º Nos edifícios de apartamentos e nos destinados para escritórios, as paredes

nas caixas de escadas serão revestidas até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) no mínimo acima do piso da mesma, com material liso impermeável e resistente a frequentes lavagens.

§ 4º A instalação de corrimão deverão atender legislação específica,

especialmente a NBR9050.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 72.

CAPÍTULO II DO TRANSPORTE VERTICAL DE PASSAGEIRO, DE CARGA E DE SERVIÇO

Art. 383. Nenhum equipamento mecânico de transporte vertical poderá se

constituir no único meio de circulação e acesso à edificação. § 1º A instalação de elevadores de passageiros, de carga e de serviço, mesmo

que não obrigatórios para a edificação, ficam sujeitos às disposições desta Lei e legislação e normas pertinentes em vigência.

§ 2º Todo equipamento mecânico, independentemente de sua posição no

imóvel, deverá ser instalado de forma a não transmitir ao imóvel vizinho e aos logradouros públicos ruídos, vibrações e calor, em níveis superiores aos previstos na legislação específica e normas técnicas brasileiras.

Art. 384. Deverá ser obrigatoriamente servida por elevador de passageiros a

edificação que apresentar o piso do último pavimento situado à altura (h) superior a 12,00m (doze metros) do pavimento inferior.

§ 1º Quando o subsolo for utilizado para estacionamento ou tiver qualquer tipo

de acesso de entrada à edificação, a altura prevista neste artigo deverá ser contada a partir do nível do subsolo.

§ 2º As edificações com 3 (três) ou mais pavimentos e com menos de 10,0m

(dez metros) de altura, deverão obrigatoriamente prever um poço que possibilite a instalação de um elevador.

§ 3º Nas edificações não residenciais destinadas a comércio e serviços poderá

ser previsto para o transporte vertical de passageiros a instalação de escadas ou esteiras rolante projetadas de acordo com a legislação e normas pertinentes vigentes.

§ 4º Nos edifícios que apresentem piso de pavimento a uma distância vertical

maior que 24,00m (vinte e quatro metros), contados a partir do nível da soleira do pavimento inferior, o número mínimo de elevadores será 2 (dois).

§ 5º Não serão considerados para o cálculo da altura, de que trata este artigo, a

casa de máquinas, o ático e o andar de cobertura destinado à zeladoria ou andar superior privativo em unidades duplex.

Art. 385. O número e as dimensões de elevadores de uma edificação, deverão

assegurar condições satisfatórias ao uso a que se destina com base na ABNT específica, observando-se as condições mínimas exigíveis para o cálculo do tráfego de pessoas, visando assegurar condições satisfatórias ao uso a que se destina com base na NBR específica.

Art. 386. A área fronteira às portas dos elevadores deverá garantir distância

mínima de circulação sem obstáculos de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros). Art. 387. É obrigatória a comunicação entre o hall do elevador e a escada de

incêndio e segurança. Parágrafo único. A exigência prevista no caput deste artigo poderá ser

dispensada se atendidas as seguintes condições: I - o elevador der acesso direto a cada uma das unidades autônomas da

edificação;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 73.

II - cada uma das unidades autônomas da edificação tiver acesso à escada de

segurança.

CAPÍTULO III DOS TIPOS DE ACESSO, ESTACIONAMENTO, ESPAÇOS PARA CARGA E DESCARGA,

DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS E VAGAS DE ACOMODAÇÃO

Art. 388. O acesso de veículos ao imóvel compreende o espaço situado entre a

guia da via e o alinhamento do imóvel. § 1º Visando garantir a segurança dos pedestres, os acessos para veículos devem

ser independentes. § 2º As vagas de acomodação serão exclusivamente dentro do imóvel e

calculadas na relação 1 (uma) vaga para cada 50 (cinquenta) vagas de estacionamento interno, considerando 5,00m de comprimento por veículo.

§ 3º O controle de entrada deverá estar situado depois das vagas de

acomodação. § 4º Para acesso ao nível inferior e superior, o início da curva vertical de

concordância do perfil transversal do passeio com a rampa de acesso, deverá iniciar a 3,00m (três metros) afastado do alinhamento para o interior do imóvel.

Art. 389. Nos condomínios, as vias internas terão, no mínimo, 5,00m (cinco metros) de leito carroçável e 1,20m (um metro e vinte centímetros) acessível nas calçadas livre de obstáculos.

§ 1º Deverá ser previsto acesso para caminhões. § 2º A dimensão do leito carroçável poderá sofrer alteração por solicitação do

Corpo de Bombeiros ou de outros órgãos. Art. 390. Os espaços de manobra e estacionamento de automóveis serão

projetados de forma que estas operações não sejam executadas nos espaços dos logradouros públicos. § 1º Exclusivamente para o caso de vagas localizadas no recuo frontal do

imóvel, não serão admitidas vagas bloqueadas, quando a manobra se fizer direto na via pública. § 2º Os imóveis localizados em vias arteriais e coletoras terão as vagas

autorizadas mediante anuência do órgão responsável pela politica de transito. Art. 391. Os estacionamentos terão seus espaços para acesso, circulação e

guarda de veículos projetados, dimensionados e executados em razão de seu tipo e porte, livres de qualquer interferência estrutural ou física que possa reduzi-los, eximindo-se a Prefeitura pela viabilidade de circulação e manobra dos veículos e poderão ser dos tipos:

I - privativo: de utilização exclusiva da população permanente da edificação;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 74.

II - coletivo: aberto à utilização da população permanente e flutuante da

edificação. Art. 392. O dimensionamento das vagas de estacionamentos, bem como o

cálculo da capacidade de lotação, deverão obedecer às normas vigentes e serão de responsabilidade do proprietário, possuidor, autor do projeto ou responsável técnico pela execução da obra.

Parágrafo único. Fica assegurada a reserva de vagas especiais conforme

legislações específicas. Art. 393. As garagens deverão ter pé-direito mínimo de 2 (dois) metros e 30

(trinta) centímetros. Art. 394. As dimensões das vagas (largura e comprimento) deverão estar de

acordo com as Tabelas I.I e I.II do Anexo II.

SEÇÃO I EDIFÍCIO-GARAGEM

Art. 395. Caracteriza-se o edifício-garagem pela destinação de toda a edificação

ou parte bem definida dela para finalidade específica de estacionamento de veículos, sem vinculação com outras destinações e dispondo de vagas com acesso de uso comum.

Parágrafo único. Deverão observar: I - pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros); II - paredes e escadas, bem como todos os elementos da construção que

constituem a estrutura do edifício, de material incombustível; III - paredes até 1,50m (um metro e cinquenta centímetro) de altura e os pisos

revestidos de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens; IV - havendo pavimento superposto, o teto será de pavimento incombustível;

V - ventilação forçada, quando não disponham de ventilação natural de acordo

com as normas da ABNT; VI - despejos das garagens deverão passar pôr instalação retentora de areia e

graxa, aprovada pelo órgão competente. Art. 396. O edifício-garagem deverá dispor de compartimentos, ou locais, para: I - recepção e espera do público; II - acesso e circulação de pessoas; III - acesso e circulação de veículos; IV - estacionamento ou guarda de veículos; V - instalações sanitárias para o público masculino e feminino;

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 75.

VI - vestiários e sanitários para funcionários; VII - administração e serviços; VIII – depósito. Art. 397. Se o acesso ao edifício-garagem for feito por meio de elevadores ou

outros mecanismos, aplicar-se-ão as seguintes disposições: I - nas faixas de acesso entre o alinhamento do logradouro e a entrada dos

elevadores haverá um espaço para acomodação de veículos, com área mínima correspondente a 5% (cinco por cento) de área total de estacionamento servidas pelo acesso, sendo que este espaço terá conformação e posição que facilitem a movimentação e espera dos veículos em direção aos elevadores de forma que não perturbem o trânsito de pessoas e de veículos no logradouro;

II - os elevadores ou outros meios mecânicos deverão ter capacidade para

absorver amplamente o fluxo de entrada e de saída de veículos; § 1º O equipamento adotado no caso deste artigo deverá ter capacidade mínima

para atender a 1/150 da lotação total do estacionamento, por minuto, adotando-se o tempo médio de 3 (três) minutos para a movimentação de um veículo por elevador.

§ 2º A concordância do nível da soleira com o do passeio nas entradas de

veículos, deverá ser feita em sua totalidade, dentro do lote. § 3º O acesso às garagens, quando com capacidade superior a 50 (cinquenta)

carros, deverá ser obtido por meio de dois ou mais vãos de largura mínima de 3m (três metros) cada um, admitindo-se um único com largura mínima de 5,00m (cinco metros).

§ 4º As rampas para tráfego de veículos, terão a largura mínima de 3m (três

metros) e a declividade máxima de 20% (vinte por cento). § 5º Deverão ser dotadas de instalações e equipamentos adequados contra

incêndio.

TÍTULO VII DOS SISTEMAS DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

CAPÍTULO ÚNICO

DAS CONDIÇÕES GERAIS E DOS SISTEMAS DE SEGURANÇA E COMBATE A INCÊNDIO

Art. 398. As exigências relativas às disposições construtivas da edificação e

instalação de equipamentos, consideradas essenciais à circulação e à segurança de seus ocupantes, visam, em especial, permitir a evacuação da totalidade da população em período de tempo previsível e com as garantias necessárias de segurança, na hipótese de risco.

Art. 399. As edificações deverão conter condições de prevenção e combate a

incêndio e pânico, as quais deverão ser adotadas por ocasião da construção, reforma, mudança de ocupação ou de uso, ampliação de área construída, aumento de altura da edificação e regularização das edificações.

§ 1º As condições gerais de segurança contra incêndio e emergências, citadas no

caput deste artigo, serão disciplinadas pelas Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, que integram

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 76.

o Regulamento de Segurança Contra Incêndios das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, sem prejuízo das demais leis específicas de segurança e de combate a incêndio e as Normas Técnicas Brasileiras.

§2º Excetuam-se da exigência do caput deste artigo as residências unifamiliares.

TÍTULO VIII DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 400. Qualquer tipo de intervenção ou restauração, em imóvel tombado, em

processo de tombamento ou indicado para preservação, ou na área envoltória de imóvel tombado, somente será autorizada, após anuência expressa do órgão Municipal, Estadual ou Federal, responsável pela medida protecionista.

Art. 401. Os processos administrativos em tramitação na Prefeitura que tratam

de aprovação de empreendimentos ou edificação, a pedido do proprietário e do responsável pelo projeto ou obra, poderão ser licenciados nos termos desta Lei.

Art. 402. O autor do projeto e o responsável técnico pela execução da obra,

estão dispensados de apresentação de autorização ou procuração do proprietário ou possuidor, para juntar, retirar documentos e praticar todos os atos necessários ao licenciamento do empreendimento ou obra em geral.

Art. 403. As multas previstas nesta Lei, constantes da Tabela do Anexo III,

deverão ser recolhidas aos cofres públicos no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data de sua imposição, sob pena, de findo tal prazo, serem inscritas em Dívida Ativa.

Parágrafo único. As multas citadas no caput deste artigo serão corrigidas por

meio do índice vigente no município. Art. 404. As solicitações não previstas nesta Lei, deverão obedecer às

disposições constantes na Legislação Municipal, Estadual e Federal.

TÍTULO IX DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 405. Os casos omissos, eventuais conflitos de interpretação e o

procedimento referido na presente Lei serão analisados pelos órgãos técnicos e decididos pelas secretarias afins.

Art. 406. Será dado prosseguimento aos processos de aprovação de construções,

que tenham sido protocolados até a data de entrada desta Lei em vigor, os quais serão analisados e aprovados a luz da legislação anterior obedecidas as suas exigências.

Art. 407. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 408. Revogam-se as disposições em contrário, em especial as leis nº 1.437

de 21 de novembro de 1966, nº 1.865, de 22 de junho de1976, nº 1.944, de 13 de dezembro de 1977, nº 1.964, de 2 de junho de 1978, nº 2.009, de 22 de maio de 1979, nº 2.022, de 17 de agosto de 1979, nº 2.042, de 29 de outubro de 1979, nº 2.095, de 9 de dezembro de 1980, nº 2.115, de 29 de junho de 1981, nº 2.123, de 9 de setembro de 1981, nº 2.143, de 7 de dezembro de 1981, nº 2.146, de 14 de dezembro de 1981, nº 2.226, de 7 de outubro de 1983, nº 2.228, de 14 de outubro de 1983, nº 2.291, de

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 77.

14 de junho de 1984, nº 3.106, de 27 de setembro de 1989, nº 3.150, de 17 de novembro de 1989, nº 3.163, de 1 de dezembro de 1989, nº 3.206, de 15 de fevereiro de 1990, nº 3.283, de 17 de maio de 1990, nº 3.387, de 24 de outubro de 1990, nº 3.693, de 1 de outubro de1991, nº 4.445, de 25 de novembro de 1993, nº 4.878, de 6 de julho de 1995, nº 5.650, de 20 de abril de 1998, nº 4.999, de 27 de novembro de 1995, nº 5.610, de 19 de março de 1998, nº 6.164, de 29 de maio de 2000, nº 6.294, de 13 de outubro de 2000, nº 7.108, de 13 de maio de 2004, nº 7.822, de 19 de junho de 2006, nº 7.869, de 25 de agosto de 2006, nº 8.003, de 13 de novembro de 2006, nº 8.146, de 23 de abril de 2007, nº 8.513, de 23 de junho de 2008, nº 8.517, de 30 de junho de 2008, nº 8.610, de 28 de outubro de 2008, nº 8.811, de 15 de julho de 2009, nº 8.859, de 1 de setembro de 2009, nº 8.873, de 4 de setembro de 2009, nº 8.927, de 22 de setembro de 2009, nº 9.047, de 1 de março de 2010, nº 9.332, de 28 de setembro de 2010, nº 9.951, de 5 de março de 2012, nº 9.952 de 5 de março de 2012, nº 10.112, de 23 de maio de 2012, nº 10.130, de 10 de julho de 2012, nº 10.522, de 22 de julho de 2013, nº 10.708, de 7 de janeiro de 2014, nº 10.770, de 2 de abril de 2014, nº 10.808 de 7 de maio de 2014, nº 10.929, de 20 de agosto de 2014, nº 10.935, de 27 de agosto de 2014, nº 11.004, de 17 de novembro de 2014 e nº 11.174, de 16 de setembro de 2015, bem como os decretos nº 7.337, de 5 de dezembro de 1990, nº 7.804, de 14 de novembro de 1991, nº 7.943, de 16 de março de 1992; nº 16.146, de 5 de maio de 2008 e nº 21.914, de 19 de agosto de 2015.

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO Prefeito Municipal

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 78.

ANEXO I DA TERMINOLOGIA

Os termos e abreviações contidos nesta Lei devem ser interpretados, restritivamente, de acordo com os seguintes significados: Acréscimo: aumento de uma construção, quer no sentido horizontal, quer no vertical, formando novos compartimentos ou ampliando os compartimentos existentes.

A Adega - lugar, que por condições de temperatura e outras, serve para a guarda de bebidas. Alicerce - maciço de material adequado, que serve de base para as paredes de uma edificação. Alvará de Licença de Construção - documento expedido por autoridades municipais, que autoriza a construções, reformas e demolições de obras. Alinhamento: linha legal, definida por autoridade municipal, limitando o terreno e o logradouro público. Alpendre - cobertura saliente de uma edificação, sustentada por colunas, pilares. Andaime - plataforma usada para alcançar pavimentos superiores das construções, podendo ser constituído por vários tipos de materiais Andar - Qualquer pavimento de uma edificação, acima do porão, embasamento, rés do chão, loja ou sobreloja; a) andar térreo - pavimento acima do porão, ou do embasamento, no mesmo nível da via pública. b) primeiro andar - pavimento imediatamente acima do andar térreo, rés do chão, loja ou sobreloja. Apartamento - conjunto de dependências constituído de habitação distinta, com pelo menos um dormitório, uma sala, uma cozinha e área de serviço. Aprovação de projeto - ato administrativo que precede à expedição do alvará. Área - é o espaço livre e desembaraçado com toda a sua altura e estendendo-se em toda a largura do lote, de divisa lateral; a) área de frente é a que se acha entre o alinhamento de via pública e a fachada da frente do edifício; b) área do fundo é a que se acha entre a divisa do fundo do lote e a divisa posterior extrema do edifício. Área Comum de um Condomínio – são benfeitorias comuns, cobertas ou não. Área edificada ou construída - área do terreno ocupada pela edificação. Área útil - superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes. Área global ou total da construção - soma das áreas de todos os pavimentos. Área de luz - espaço descoberto, poço para iluminação e ventilação, ou espaço livre fechado. Área de manobra - destinada ao condutor alterar a posição do veículo em relação à via.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 79. Área de serviço - compartimento para lavagem, secagem de roupas e panos de limpeza. Arquibancada - sucessão de assentos, em várias ordens de filas, cada uma em plano mais elevado do que a outra. Auditório - recinto de características apropriadas a audições. Ático - parte do volume superior de uma edificação destinada a abrigar casa de máquinas, piso técnico de elevadores e caixas d’água;

B

Bar - é o estabelecimento comercial de não permanência prolongada de pessoas Barracão - é a edificação coberta, fechada em todas as suas faces e destinada a fins industriais, comerciais, de serviços e depósitos, não podendo servir de habitação noturna. Balanço - avanço da construção sobre o alinhamento do pavimento térreo e acima deste. Beiral - é uma continuidade da cobertura para proteção das paredes e janelas. Box Comercial - dependências de uso comercial ou de serviços, delimitando ambientes de uma área total.

C Calçada Interna - pavimentação do terreno dentro do mesmo. Calçada Externa - parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins Casa de máquinas - compartimento em que se instalam as máquinas comuns das edificações. Casa de bombas - compartimento em que se instalam as bombas de recalque. Cela – Compartimento divisório entre bacias sanitárias ou chuveiros na parte interna de sanitários ou vestiários coletivos. Closet – Compartimento interno de uma residência anexo a um dormitório ou banheiro. Cobertura - Ultimo pavimento dos edifícios. Copa - compartimento auxiliar da cozinha. Copa de Apoio - compartimento auxiliar para fins de uso não residencial Cota - toda e qualquer medida expressa em projetos arquitetônicos, especificando a indicação ou registro numérico das dimensões.

D Despensa - edificação destinada a guarda ou armazenagem de gêneros alimentícios, entre outros produtos. Despejo - edificação destinada a guarda de produtos não alimentares.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 80. Demolição - derrubamento total ou parcial de uma edificação; Drive Thru - é um serviço de vendas de produtos, que permite ao cliente comprar o produto sem sair do carro.

E Edícula - construção não caracterizada como residência, podendo servir como área de lazer, dependência de empregado, quarto de hóspede e/ou serviço. Elevador - máquina que executa o transporte, em altura, de pessoas ou mercadorias. Entulho - materiais usados ou fragmentos restantes da demolição ou construção. Escoramento – elementos em geral para arrimar estruturas que ameaçam ruir ou possibilitar outros serviços. Edificação - obra coberta destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamentos ou material; Edifício ou prédio - edificação vertical, constituída de pavimentos. Escada - elemento constituído por uma sucessão de degraus e permite o acesso entre duas superfícies de níveis diferentes. Escala - relação entre as medidas de um espaço ou edificação e a sua representação gráfica. Esquadria - termo genérico para indicar portas, caixilhos, venezianas e vedações móveis. Estacionamento interno - área destinada a parada de veículos por tempo superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros

F Fachada - elevação das partes externas de um construção. Fachada principal - é a voltada para o logradouro público. Fachada secundária - é toda aquela que não é voltada para o logradouro público. Forro - revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado ou de um pavimento. Fossa séptica - recipiente de concreto ou de alvenaria revestida, em que se depositam as águas do esgoto e servidas, e onde as matérias orgânicas em suspensão sofrem processo químico modificativo. Frente de lote - divisa do lote contígua ao logradouro público, facultando ao proprietário escolher aquela que, como tal, deva ser considerada, quando o lote for de esquina. Fundo do lote - lado oposto à frente. No caso de lote triangular, em esquina, o fundo é o lado do triângulo que não forma testada.

G Galpão - construção constituída por uma cobertura, aberta em uma ou mais faces, e destinadas

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 81. somente a fins industriais, comerciais, serviços, ou a depósito e abrigo, não podendo servir de habitação. Galpão de Obras - dependência provisória destinada à guarda de materiais, escritórios da obra ou dependências do vigia, enquanto durarem os serviços de construção. Garagem - espaço coberto, ou não, destinada para guarda de veículos motorizados. Galeria pública - passagem coberta em um edifício, ligando entre si dois logradouros ou recuo da construção no pavimento térreo, tornando a passagem coberta.

H Habitação - construção ou fração de edifício ocupado como domicílio. Hall, vestíbulo, saguão - dependência de uma edificação que serve como acesso ou ligação entre outros compartimentos. Habitação Unifamiliar – edificação para uso residencial destinada a um único domicílio, podendo ser casas térreas ou assobradas, isoladas e não isoladas, e condomínios horizontais. Habitação Multifamiliar - edificação para uso residencial, destinadas a mais de uma família, edifícios de apartamentos em geral (condomínios verticais). Hipermercado: Estabelecimento comercial com venda predominante de produtos alimentícios variados, oferecendo uma gama variada de outras mercadorias com área de vendas superior a 5.000,00m².

I Iluminação - distribuição de luz natural ou artificial num recinto ou logradouro. Arte e técnica de iluminar os recintos a logradouros. Indústria - local onde por meio de transformação, fabrica-se ou produz-se alguma coisa. Instalações temporárias - são aquelas de caráter provisório, tipo estande de vendas.

L

Laje - estrutura plana e horizontal de concreto armado, apoiada em vigas e pilares, que divide os pavimentos da construção. Lavabo - instalação sanitária composta de lavatório e vaso sanitário. Lote - porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro público, descrita e legalmente assegurada por uma prova de domínio.

M Marquise - cobertura ou alpendre geralmente em balanço. Memorial - descrição completa dos serviços a serem executados em uma obra, acompanha o projeto.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 82. Mezanino - piso intermediário que subdivide um pavimento ou dependência de uma edificação, caracteriza-se por ter uma das faces aberta e a área não superior a 1/3 da área do pavimento em que se situa; Mercado ou Mini- mercado: Estabelecimento comercial com venda predominante de produtos alimentícios variados, oferecendo uma gama variada de outras mercadorias com área de vendas inferior a 300,00 m². Mictório – aparelho sanitário geralmente de acesso público próprio para o ato de urinar. Muro - maciço de alvenaria de pouca altura que serve de vedação ou separação entre terrenos contíguos, entre edificações ou entre partes do mesmo terreno. Muro de arrimo - obra destinada à sustar o empuxo das terras e que permite dar a estas um talude vertical ou inclinado.

N Nivelamento - regularização do terreno por desaterro das partes altas, enchimento das partes baixas. Determinação das diversas cotas e consequentemente das altitudes, de linha traçada no terreno. Normas Técnicas Brasileiras - recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (A.B.N.T.) Núcleo - conjunto de edificações dentro de um bairro sujeito à condições especiais.

P Para-raios - dispositivo destinado à proteger os edifícios contra os efeitos das descargas elétricas da atmosfera. Parapeito ou Guarda Corpo ou Gradil- resguardo de madeira, vidro, ferro ou alvenaria, geralmente de pequena altura, colocado nos bordos das sacadas, terraços, pontes e etc. para proteção das pessoas. Patamar - superfície de escada, de maior profundidade que o degrau. Pátio - recinto descoberto, no interior de uma edificação ou murado e situado no pavimento térreo. Pavimento - plano que divide as edificações no sentido de altura. Pavimento térreo - é o pavimento sobre os alicerces ou no rés do chão ao nível da rua. Pé-direito - distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento. Passeio - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. Peitoril - Base inferior das janelas, que se projeta além da parede, ou a parte superior de um parapeito ou guarda-corpo. Pérgola - Elemento vazado, horizontal ou inclinado, de caráter decorativo, com superfície vazada superior a 80% (oitenta por cento) e nervuras com altura inferior a 0,60 m (sessenta centímetros). Pilar ou coluna - Elemento estrutural vertical usado para receber esforços

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 83. Planta - representação gráfica de uma construção onde cada ambiente é visto de cima, plano horizontal, sem o telhado, a partir do corte horizontal à altura de 1,50m da base. Porão - pavimento de edificação que tem mais da quarta parte do pé-direito abaixo do terreno circundante. Profundidade de lote - é a distância entre a testada ou frente e a divisa oposta ou fundo, medida segundo uma linha normal à frente. Se a forma do lote for irregular, avalia-se a profundidade média.

Q Quitinete - edificação residencial com no mínimo uma sala-dormitório, uma cozinha, um banheiro e um tanque de limpeza.

R Reconstrução - ato de construir novamente, no mesmo local e com as mesmas dimensões uma edificação ou parte dela e que tenha sido demolida. Recuo - é o espaço de terreno livre pertencente à propriedade particular situado entre o alinhamento do logradouro e o edifício. Reentrância - é a área, em continuidade com uma área maior e com esta se comunicando, limitada e guarnecida de paredes. Reforma - é o conjunto de obras destinadas a alterar um edifício existente, atingindo suas partes essenciais, por supressão, acréscimo ou modificação ou adaptação.

S Sacada - pequena varanda formada por uma plataforma suspensa e saliente das paredes de um edifício, com a qual se comunica por uma porta e fechada por algum tipo de guarda-corpo. Saliência - elementos da construção que avançam além dos planos verticais das fachadas. Servidão - encargo imposto à qualquer propriedade para passagem, proveito ou serviço de outra propriedade pertencente a dono diferente. Sobreloja - pavimento situado imediatamente acima do pavimento térreo e ligado diretamente a este. Soleira - parte inferior, no piso, de vão da porta. Subsolo - pavimento situado abaixo do piso térreo de uma edificação e de modo que o respectivo piso esteja, em relação ás vias públicas, a uma distância maior do que a metade do pé-direito. Supermercado: Estabelecimento comercial com venda predominante de produtos alimentícios variados, oferecendo uma gama variada de outras mercadorias com área de vendas entre 300,00 m² a menos de 5.000,00 m ².

T

Tapume - vedação provisória que delimita o canteiro de em obras, construídas como medidas de segurança.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 84. Tanque Ambiental - local destinado a lavagem dos utensílios e similares utilizados na limpeza de ambientes. Terraço - cobertura de uma edificação ou parte da mesma constituindo piso acessível. Testada ou frente - distância medida entre divisas lindeiras segundo a linha que separa o logradouro da propriedade privada e que coincide com o alinhamento.

V

Vagas de Acomodação - espaço, interno ao lote, destinado a abrigar os veículos entre o alinhamento do lote e o dispositivo de controle de acesso Varanda - espaço coberto e aberto, externo a edificação. Vão Livre - distância entre dois apoios, medida entre as faces internas. Vias Internas - vias ou conjunto de vias destinadas a uso exclusivo dos moradores Via pública - são as avenidas, ruas, alamedas, travessas, praças, parques, estradas, caminho e etc. de uso público. Vistoria Administrativa - diligência efetuada por profissionais habilitados da Prefeitura, a fim de verificar as condições de uma construção, instalação ou obra existente, em andamento ou paralisada, não só quanto à resistência e estabilidade, como quanto à regularidade. Vistoria Sanitária - diligência efetuada por funcionários autorizados da Prefeitura com o finalidade de verificar as condições sanitárias da edificação conforme o uso a que se destina

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 85.

ANEXO II - ESPECIFICAÇÕES

TABELA I - HABITAÇÕES TABELA I.I - COMPARTIMENTOS DE USO PRIVATIVO

Compartimento Área

Mínima (m²)

Dimensão Mínima

(m)

Pé Direito

(m)

Vão de Acesso

(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Sala

8,00 2,40 2,70 0,80

Dormitório

* 2,00 2,70 0,80

Para 1 dormitório 12 m²; para dois dormitórios 10 m² para cada um deles; e para 3 dormitórios - 10 m², 8 m² e 6 m² e para mais de 3 dormitórios 10 m²para um deles, 8m² para cada um dos demais menos um que poderá ser com 6 m².

Cozinha 5,00 1,50 2,50

0,80

Liso, resistente e

lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Banheiro 2,50 1,00 2,50

0,70

Liso, resistente e

lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Deverão ser observadas

as legislações pertinentes a acessibilidade

Área de Serviço 1,80 1,20 2,50

0,80

Liso, resistente e

lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Quarto de vestir (closet)

4,00 1,50 2,50

0,70

Até 6,00m² dispensado de ventilação e iluminação.

Lavabo/ W.C.

1,50 1,00 2,50

0,70

Liso, resistente e

lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Deverão ser observadas as

legislações pertinentes a acessibilidade

Adegas, Despensa, Despejo, rouparia e similares

1,50 0,90 2,50

0,60

Até 4,00m² dispensado de ventilação e iluminação.

Circulação/ hall/ escadas/ vestíbulo privativo

- 0,90 2,50 0,90

Escadas e circulação atendem à legislação específica. Escadas poderão ter altura livre igual ou superior a 2,00m. Havendo passagem sob escada, altura do vão - h=2,10m.

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 86.

Garagem/Vagas p/ Estacionamento

10,35 2,30 2,30 (sob

vigas)

2,30 (mínimo)

-

Atender especificações quanto a P.N.E

Vagas livres dos dois lados –

2,30m x 4,50m. Encostadas em uma

parede – 2,50m x 4,50m .

Encostadas, nos dois lados, por paredes -

3,00m x 4,50m

Copa/Sala de Refeições

4,00 1,50 2,50 0,80 Liso,

resistente e lavável

Obs.: Os vãos de acesso não poderão ter altura inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros). A circulação de pessoas portadoras de deficiência física, as portas situadas nas áreas comuns de circulação, bem como as de ingresso à edificação e às unidades autônomas, terão largura livre mínima de 0,80 m (oitenta centímetros).

TABELA I.II - COMPARTIMENTOS DE USO COMUM

Compartimentos

Área Mínima

(m²)

Dim.* Mínima

(m)

Pé Direito

(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Circulação/hall/ escadas/ vestíbulo Coletivo

- 1,20 2,50

(exceto escadas)

- -

As escadas e circulação deverão atender às normas e legislação específica,

As escadas deverão ter altura livre igual ou superior a 2,10m.

Havendo passagem sob escada, altura do vão h=2,10m.

Hall para elevadores

- 1,50 2,50

- - -

Salas p/ Escritório

10,00 2,40 2,70 - - -

Cela Sanitária 1,20 1,00 2,50

Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

-

Ante- câmara 0,90 0,90 2,50 Liso,

resistente e lavável

Barra Impermeável

Vestiário / Vestiário p/ funcionário

6,00 1,50 2,50 Liso,

resistente e lavável

Barra Impermeável

A juízo da autoridade municipal, outras exigências relativas as dimensões, poderão

também ser determinadas, tendo-se em vista o processo e as condições de trabalho.

Salas e salões de uso multifamiliar (comum)

10,00 2,40 2,70 - -

-

Garagem/Vagas p/ Estacionamento

10,35 2,30 2,30 - -

Atender especificações quanto a P.N.E A altura sob vigas será de 2,30m.

- As vagas para Automóveis deverão ter dimensões de 2,30m x 4,50m, livre dos dois

lados, quando estão encostadas em uma parede deverá ter dimensão mínima de 2,50m x 4,50m

e quando encostados nos dois lados, por paredes, deverá ter dimensão mínima de 3,00m

x 4,50m

Dep. Material Limpeza

1,20 1,00 2,50

Liso, resistente e lavável

Barra Impermeável

Deverá conter um tanque ambiental

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 87.

TABELA I. III - COMPARTIMENTOS TIPO QUITINETE

Compartimentos

Área Mínima

(m²)

Círculo Inscrito

(m)

Pé Direito

(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Sala/ Dormitório

12,00 2,40 2,50

Cozinha 2,50 1,20 2,50

Liso, resistente e lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

WC 2,50 1,00 2,30

Liso, resistente e lavável

Barra impermeável até 1,50m mínimo

Obs.: O tanque poderá ser instalado na cozinha ou no sanitário.

TABELA II - FLAT RESIDENCIAL, FLAT HOTEL, HOTEL, MOTEL, PENSÃO, POUSADA E HOSPEDARIA

Compartimentos

Obrigatórios Área

Mínima (m²)

Dim.* Mínima

(m)

Pé Direito

(m)

Materiais Construtivos Observações Piso Revestº

Recepção 4,00 1,50 3,00 térreo e 2,70 demais

pav. - - -

Sala de Administração

10,00 2,40 3,00 térreo e 2,70 demais

pav. - - -

Copa / Apoio

9,00 para uso geral e 5,00 para único pavimento

1,50 3,00 térreo e 2,70 demais

pav.

Liso, resistente e lavável

Barra impermeável - 1,50m mínimo

-

Despensa 1,50 0,90 3,00 térreo e 2,70 demais

pav. - -

Até 4,00m² dispensado de ventilação e

iluminação.

Sanitário Coletivo * * 2,50 Liso, resistente

e lavável Barra impermeável

- 1,50m mínimo

Ver Subseção das Instalações Sanitárias

não Residenciais Sanitário Privativo/ por sexo

2,50 1,00 2,50 Liso, resistente

e lavável Barra impermeável

- 1,50m mínimo -

Vestiário/Vestiário p/Funcionários

6,00 1,50 2,50 Liso, resistente

e lavável Barra impermeável

- 1,50m mínimo -

Dormitório (quarto)

8,00 2,00 3,00 térreo e 2,70 demais

pav. - - -

Local para Refeições

12,00 3,00 3,00 térreo e 2,70 demais

pav.

-

-

Cozinha 10,00 3,00 3,00 térreo e 2,70 demais

pav.

Liso, resistente e lavável

Barra impermeável - 1,50m mínimo

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 88.

TABELA III - EDIFICAÇÃO NÃO RESIDENCIAL

Compartimento

Área Mínima

(m²)

Dimensão Mínima

(m)

Pé Direito

(m)

Vão de Acesso

(m)

Materiais Construtivos Observações

Piso Revestimento

Salas para escritório, comércio ou serviços

10,00 3,00 3,00 0,80 Liso,

resistente e lavável

Nos pavimentos

superiores o pé direito pode ser de 2,70 m

Dormitórios coletivos

8,00 2,00 2,70 0,80 5,00 m2 por leito

Recepção 6,00 2,00 2,70 0,80

Copa de apoio 4,00 1,5 2,70 0,80 Liso,

resistente e lavável

Barra impermeável - 1,50m mínimo

Depósito de Material de Limpeza

1,20 1,00 2,70 0,80 Liso,

resistente e lavável

Barra impermeável - 1,50m mínimo

Área de higienização e guarda de material de

limpeza ambiental deve ter tanque

provido de água.

Sanitários Conforme previsto na

subseção XXVI

Vestiários Conforme previsto na

subseção XXVI

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 89.

ANEXO III MULTAS PELO NÃO ATENDIMENTO ÀS DISPOSIÇÕES DESTE CÓ DIGO

Item Infração Artigo Valor Base R$

1 Não apresentação de documentação comprobatória do licenciamento da obra ou serviços.

1° e 2° 1.000,00

2 Inexistência e desvirtuamento de "comunicação" (propaganda e desvio de informação).

13 1.000,00

3 Prosseguimento de obra ou serviço licenciado sem a assunção do novo dirigente técnico, em virtude de afastamento do anterior.

16 2.000,00

4 Inexistência de Licença de Obra para:

4.1 Movimento de terra 2°, 18 e 23 100,00 por m³

4.2 Muro de arrimo 2°, 18 e 23 100,00 por m²

4.3 Empreendimentos ou edificações novas 2°, 18 e 23 200,00 por m²

4.4 Ampliação 2°, 18 e 23 200,00 por m²

4.5 Demolição total ou parcial 2°, 18 e 23 100,00 por m²

4.6 Adaptação 2°, 18 e 23 100,00 por m²

4.7 Reformas de edificações comerciais, serviços e Industriais 2°, 18 e 23 200,00 por m²

4.8 Instalações temporárias 2°, 18 e 23 100,00 por m²

5 Utilização de edificação sem Certidão de Conclusão. 42 200,00 por m²

6.1 Descumprimento de Notificação Preliminar 57, 58, 59 e

60 1.000,00

6.2 Descumprimento de Auto de Embargo 54, 55, 62 e

63 500,00 por m² ou m³

7 No decurso da obra:

7.1 Inexistência ou inadequação nas Instalações de andaime, bandeja e telas de proteção

39 2.000,00

7.2 Problemas com a Carga e descarga de materiais 39 1.000,00

7.3 Problemas com a Limpeza e conservação dos passeios 39 1.000,00

7.4 Problemas com a Limpeza e conservação das vias públicas 39 2.000,00

7.5 Preparo e depósito de material na via pública 39 2.000,00

7.6 Não adoção de outras medidas de proteção determinadas pela PMS

39 2.000,00

7.7 Abandono da Obra 39 500,00 por m²

7.8 Construção em desacordo como o Alvará de Licença de Obra 34 500,00 por m²

8 Descumprimento de interdição de edifício 62 500,00 por m²

9 Ausência de placa de identificação da obra. 13 1000,00

10 Impedimento da fiscalização da obra 53 1.000,00

11 Ausência de fechamento da obra 39 1.000,00

Prefeitura de SOROCABA Projeto de Lei – fls. 90.

ANEXO IV QUADRO DE INFORMAÇÕES