Obricacoes No Caso de Insolvelncia Circ_10_2015_AT

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  • 7/23/2019 Obricacoes No Caso de Insolvelncia Circ_10_2015_AT

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    autoridade

    Classificao: 000 .

    01

    .09

    Segurana:

    Publica

    Processo

    :

    I

    AT

    tributria

    e

    aduaneira

    GABINETE DO OIRETOR GERAL

    GAB

    IN

    ETE DO DIRETOR GERAL

    INSOLVNCIAireo de

    Servios do

    IRC DSIRC)

    Direo de

    Servios

    do

    IVA DSIVA)

    Direo de

    Servios

    do

    IMI DSIMI)

    Direo de

    Servios

    do

    IMT,

    do

    IS,

    do

    IUC e

    das

    Contribuies Especiais DSIMT)

    Obrigaes Fiscais das Pessoas

    Coletivas em

    situao de

    Insolvncia

    reviso de

    instrues

    anteriores)

    Direo de

    Servios

    de

    Registo

    de

    Contribuintes

    DSRC)

    Direo

    de Servios

    de Gesto

    dos Crditos

    Tributrios

    DSGCT)

    Direo de Servios de Planeamento e

    Coordenao

    da

    Inspeo

    Tributria DSPCIT)

    Cdigo do Imposto sobre

    o Rendimento das

    Pessoas Coletivas

    Artigos

    8

    .,

    117. 118. 120.,1

    21

    .

    e

    123.

    Cdigo

    do

    Imposto sobre

    o

    Valor Acrescentado

    Cdigo do

    IMI

    Artigos

    28.

    , 29.

    32.

    ,

    34.e 36.

    Artigos

    8.e 9.

    Cdigo

    do Imposto do

    Selo Verba

    28

    da Tabela Geral

    Cdigo

    da

    Insolvncia

    e da Recuperao

    de

    Empresas

    Artigos

    36.

    51 .,

    65.

    ,

    81. 128

    .,

    149

    .

    150. 156., 172

    .,

    269.e 270.

    1. Tendo-se

    co

    ncludo

    se

    r necessrio, face

    s

    alteraes legislativas

    entretanto vigentes, reanalisar o teor

    da Ci

    r

    cu

    lar n.o 1/2010 que divulga o

    entendimento da Autoridade Tributria e Aduaneira A

    T

    quanto a um

    co

    njunto de questes tributrias conexas com o processo de insolvncia

    de pessoas coletivas, aprova-se o guio anexo com vista a clarificar e

    facilitar o cumprimento das principais obrigaes fiscais por parte dos

    administradores da insolvncia ou de outros representantes de tais

    entidades.

    2. A definio do enquadramento tributrio das pessoas coletivas em

    situao de insolvncia e das obrigaes fiscais que sobre elas

    impendem, constante do presente guio, tem por base o estudo realizado

    por um grupo de trabalho mandatado para o efeito e o entendimento por

    este preconizado, superiormente sancionado por despacho do Secretrio

    de Estado dos Ass

    un

    tos Fiscais de

    14 de

    julho de 2015.

    3. A orientao ora fixada fundamenta-se nos seguintes pressupostos

    essenciais:

    a) A declarao de insolvncia no determina a extino da sociedade

    ve

    rifica

    nd

    o-se a continuidade da

    re

    spetiva personalidade tributria

    at ao registo do encerramento definitivo

    da

    liquidao;

    CIRCULAR

    N

    10 2015

    R da Prata , 10 - 2., Lisboa - 11 49-027 LISBOA

    Emai

    l;

    [email protected]

    PI

    Tel: +351 )

    21881

    2600 Fax: +351) 2188129 ;l

    Centro de Atendimento Telefnico: +351)

    707

    206

    ww .portaldasfinancas .gov .pl

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    I

    T

    utorid de

    tributri

    du neir

    GABINETE DO DlRETOR GERAL

    GAB

    IN

    ETE DO OIRETOR GERAL

    b) Uma pessoa coletiva em situao de insolvncia continua a existir,

    enquanto sujeito passivo de impostos , mantendo-se obrigada ao

    cumprimento das obrigaes fiscais previstas nos cdigos

    tributrios;

    c)

    Pelo que, o disposto no artigo 65. do Cdigo da Insolvncia e

    da

    Recuperao de Empresas C IRE), com a redao que lhe

    foi

    dada

    pela Lei n. 16 /2 01 2, de 20 de abril, no pode ser interpretado no

    sentido de determinar:

    i) A perda da personalidade tributria

    da

    pessoa coletiva

    insolvente, subsistindo a suscetibilidade de esta ser sujeito de

    relaes jurldicas tributrias no decurso do processo de

    liquidao;

    ii)

    Qualquer tipo de excluso do ilmbito de incidncia de

    impostos; ou

    iii) A extino de obrigaes fiscais

    qu

    e ainda no se tenham

    constituido na esfera da pessoa coletiva insolvente data da

    deliberao de encerramento do estabelecimento, ou

    iv) O afastamento das obrigaes que ven ham a incidir sobre a

    insolvente em resultado das operaes de liquidao que

    sejam realizadas at extino do processo de insolvncia;

    d)

    A deliberao de encerramento do

    s)

    estabelecimento s)

    compreendido s) na massa insolvente, a que se refere o nO 3 do

    artigo 6 do CIRE, sendo comuni

    ca

    da oficiosamente pelo tribunal,

    pode ser determinante da cessao de atividade para efeitos fiscais

    IRC e IVA), no pressuposto de que a atividade da pessoa coletiva

    insolvente deixar de ser exercida e que, consequentemente,

    deixar de lhe ser exigivel o

    cu

    mprimento das obrigaes fiscais

    especificamente emergentes da prossecuo normal de uma

    atividade;

    e) Todavia, a dispensa integral do cumprimento de obrigaes fiscais

    subsequentes verificar-se- apenas nos casos em que estejam j

    esgotados os ati vos da pessoa co letiva insolvente e desde que a

    liquidao e partilha

    da

    massa insolvente no integre atos

    supervenientes com relevncia em termos de incidncia tributria;

    f) A inatividade ou a no explorao de estabelecimentos

    compreendidos

    na

    massa insolvente no significa de p r s a

    impossibilidade de ocorrncia de factos tributrios posteriores, nem

    legitima que tais factos se devam excluir

    da

    tributao;

    g) Sendo, todavia, de reconhecer que

    as

    transmisses de bens

    compreendidos na massa insolvente que ocorram aps a

    deliberao do encerramento de estabelecimento revestem uma

    natureza especifica , devendo ser consideradas vendas judiciais,

    CirX 2015

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    GABINETE DO OIRETOR

    GER L

    GAB

    ETE DO OIRETOR GERAL

    com os consequentes efeitos na tributao em sede dos impostos

    sobre o rendimento e a despesa nomeadamente quanto

    definio

    do valor tributvel e procedimentos de liquidao.

    4. revogada a Circular n. 1/2010 de 2 de fevereiro de 2010.

    Autoridade

    Tr

    ibutria e Aduaneira 9 de setembro de 2015

    A Diretora-Geral

    \

    , ,

    Cir Xl2015

    3 9

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    GABINETE DO DIRETOR GERAL

    GABINETE DO DIRETOR GERAL

    GUIO PARA

    O

    CUMPRIMENTO

    DAS OBRIGAES FISCAIS DE

    PESSOAS

    CO LECTIVAS

    EM SITUAO DE INSOLVNCIA

    Anexo

    Circular

    n.10

    I - OBRIGAES FISCAIS APS A DECLARAO

    DE

    INSOLVNCIA

    1. Declarao de alteraes

    A entrega da declarao de alteraes de atividade dispensada sempre

    que os dados objeto de alterao respeitem a factos sujeitos a registo na

    Conservatria do Registo Comercial , conforme dispe o n.o

    3

    do artigo

    32. do Cdigo do IVA e o n.o7 do artigo 118 do Cdigo do IRC.

    No existe, assim, obrigatoriedade de apresentao desta declarao

    quando estejam em causa a declarao de insolvncia, a nomeao e a

    destituio do administrador da insolvncia ou o encerramento do

    processo de insolvncia, factos que so registados oficiosamente com

    base

    na

    respetiva certido permanente

    na

    Conservatria do Registo

    Comercial, conforme dispe a alinea b do n.o

    2

    do artigo

    38.

    e o n.o

    2

    do

    artigo 230. do CIRE.

    Dispensa de

    apresentao

    da declarao

    de alteraes

    Sendo, todavia, modificados quaisquer outros dos elementos

    co

    nstantes

    da declarao de inscrio

    no

    registo/inicio de atividade que no

    consubstanciem atos sujeitos a reg is to, continua a ser obrigatria a

    entrega da declarao de alteraes, designadamente, para

    comunicao da alterao do nmero de identificao bancria

    NIB/

    IB

    AN, eventua lmente necessrio para o pagamento de reembolsos

    no

    decurso do processo de insolvncia .

    Obrigatoriedade

    2. Outras obrigaes declarativas e de pagamento

    2.1. Em sede de IRC:

    Aps a declarao de insolvncia - e desde que a assembleia de

    credores no tenha deliberado o encerramento da atividade do s)

    estabelecimento s) compreendido s)

    na

    massa insolvente nos termos do

    nO 2 do artigo 156

    0

    do CIRE, as pessoas coletivas insolventes

    continuam obrigadas a submeter, por transmisso eletrnica de dados,

    nos termos do artigo 120 do Cdigo do IRC, a declarao peridica de

    rendimentos a que se refere a alinea

    b

    do n. 1 do artigo 117. do

    da

    apresentao

    da declarao

    de alteraes

    Declaraes

    peridicas de

    IRC

    obrigatrias

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    GABINETE DO OIRETOR

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    mesmo cdigo mantendo-se igualmente obrigadas ao cumprimento das

    obrigaes relativas liquidao e pagamento do imposto.

    Caso seja deliberado o encerramento de estabelecimento compreendido

    na

    massa insolvente e comunicado tal facto AT pelo tribunal em

    conformidade com o disposto

    no

    n.o 3 do artigo 65.

    do CIRE assumida

    a cessao oficiosa prevista no n.

    o

    6 do artigo 8. do Cdigo do IRC

    pelo que a partir desse momento e sem prejuizo do cumprimento de

    obrigaes decorrentes de factos tributrios anteriores as pessoas

    coletivas insolventes s ficam obrigadas entrega da declarao

    peridica de rendimentos e

    re

    spetiva liquidao e pagamento do

    imposto relativamente aos periodos de tributao em que se veri fique a

    existncia de qualquer facto tributrio sujeito a

    IR

    C atendendo ao que

    dispe o n.o 7 do artigo 8.0 do Cdigo do IRC.

    2.2. Em sede de IVA:

    A declarao de insolvncia no altera por si s a qualidade de sujeito

    passivo de

    IVA da pessoa coleti

    va

    insolvente qualidade essa que se

    mantm at data da cessao de atividade subsistindo

    designadamente nos termos do n.o 2 do artigo 29. do Cdigo do IVA a

    obrigatoriedade de entrega de declaraes peridicas mesmo que no

    haja operaes tributveis

    no

    periodo correspondente.

    Caso seja deliberado o encerramento de estabelecimento compreendido

    na massa insolvente e comunicado tal facto pelo tribunal AT em

    conformidade com o disposto no n.o 3 do artigo 65.0 do CIRE

    declarada oficiosamente pela Ta cessao oficiosa daquele sujeito

    passivo ao abrigo do disposto no n.o 3 do artigo 34 .do Cdigo do IVA

    sem prejuizo do cumprimento das obrigaes fiscais nos periodos de

    imposto

    em que se verifique a ocorrncia de operaes tributveis em

    que devam se r efetuadas regu larizaes ou em que haja lugar ao

    exercicio do direito deduo.

    Aps esta cessao oficiosa verifica-se a dispensa de obrigaes fiscais

    em

    sede de IVA mas apenas caso a liquidao e a partilha da massa

    insolvente no venham a integrar atos supervenientes com relevncia em

    termos de incidncia ou regularizao do IVA ou do exercicio do direito

    deduo por parte da pessoa co letiva insolvente.

    No

    se

    verificando tais circunstncias i.e

    . se

    aps a cessao oficiosa

    de atividade a pessoa coletiva insolvente continuar a realizar ainda que

    ocasionalmente transmisses de bens ou prestaes de servios

    correspondentes ao exerclcio de uma atividade econmica que nos

    termos do artigo 2.0 do Cdigo do IVA implicam a sua qualificao como

    sujeito passivo de IVA existe a ob

    rig

    atoriedade de dar cumprimento

    in

    tercalada

    ou

    sucessivamente consoante o caso s ob rigaes

    Dispensa aps

    cessao

    oficiosa de

    atividade

    Declaraes

    peridicas de

    IVA

    obrigatrias

    Dispensa aps

    cessao

    oficiosa de

    atividade

    Operaes

    tributveis e

    direito

    deduo

    do

    IVA no periodo

    de liquidao

    previstas no Cdigo do IVA nos per odos de imposto em que se verifiq ue

    1

    C ; / ~ 2 0

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    tributri e du neira

    GABINETE DO OIR ETOR GERAL

    GABINETE DO OIRETOR GERAL

    a ocorrncia de operaes tributveis, em que devam ser efetuadas

    regularizaes

    ou

    em

    que haja lugar ao exercicio do direito

    deduo.

    o que suceder, caso a liquidao

    da

    massa inso lvente ve nha ainda a

    envolver at

    os

    com relevncia tributria

    em

    sede de IVA v .g.

    reg ularizaes que devam ser efetuadas) ou operaes tributrias que

    consubstanciem prestaes de servios v .g. locao de instalaes,

    cedncias de posio contratual, etc.), bem como caso a pessoa coletiva

    insolvente preten

    da

    ainda exercer o direito deduo do imposto

    suportado na aquis io de bens ou servios indispensveis na fase de

    liquidao.

    Porm, caso

    os

    nicos atos com relevncia , em termos do Cdigo do

    IVA, realizados posteriormente

    no

    mbito da liquidao e partilha

    da

    massa insolvente, correspondam a transmisses de bens compreendidos

    na massa insolvente que se devem assumir como vendas judiciais,

    bastar que o administrador da insolvncia assegure o procedimento

    especial de liqu idao do imposto devido previsto no n. 5 do artigo 28 .

    do Cdigo do IVA, no sendo exiglvel o cumprimento de quaisq

    ue

    r ou tras

    ob rigaes.

    Para os efeitos atrs referidos, a liquidao e pagamento do imposto

    devem ser efetuados nos servios de finanas , atravs de documento de

    cobrana P2). O comprovativo do pagamento, acompan hado de

    d

    oc um

    ento emi

    ti

    do pelo adm

    in

    istrador de in

    so

    lvncia

    on

    de constem

    os

    elementos a que se refere o n. 5 do artigo 36 . do Cdigo do IVA)

    cons

    id

    erado meio

    id

    neo para o suporte do exercicio do direito

    deduo

    po

    r parte dos adquirentes dos

    be

    ns.

    3. Obrigaes especficas de pagamento de

    Imposto

    Municipal

    sobre

    Imveis IMI) e de

    Imposto

    do Selo que impendem

    sobre

    a

    massa insolvente

    Sempre que o facto tributrio, definido nos te rmos dos a

    rt

    igos 8. e 9. do

    Cdigo do I

    MI

    e da ve r

    ba

    28 da Tabela Geral do Imposto do Selo TGIS),

    ocorra em data

    an

    terior declarao de in

    so

    l

    v

    ncia,

    as

    dividas de IMI e

    de Imposto do Selo verba 28 da TGIS) so da responsabilidade da

    pessoa coletiva insolvente e devem ser reclamadas no processo de

    insolvncia nos termos previstos no artigo 128. do CIRE e no prazo

    co

    nstante da alnea j do n. 1 do artigo 36 . do mesmo

    c

    digo.

    Caso, porm, o facto tr

    ib

    utrio ocorra em data posterior declarao de

    insolvncia, as dividas de IMI e de Imposto do Selo verba 28 da TGIS),

    referentes a prdios que tenham sido apreendidos

    no

    cumprimento do

    determinado na alnea g) do n. 1 do artigo

    36

    . do CIRE pa ra entrega ao

    ad ministrador da insolvncia, so j consideradas dividas

    da

    massa

    in

    so

    lvente e como tal enquad rveis no a

    rt

    igo 51. do CIRE, devendo

    se

    r

    pagas

    pe

    lo admin

    is

    trador da insolvncia confor

    me

    previsto no artigo

    CirX 2015

    da massa

    insolvente

    Realizao, em

    exclusivo

    , de

    vendas de bens

    compreendidos

    na massa

    insolvente

    ~ i v i d s

    anteriores

    declarao de

    insolvncia

    Dvidas

    posteriores

    relativas a bens

    que integram a

    massa insolvente

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    AT

    tributri e du neir

    G

    B

    INETE DO OIRETOR GERAL

    GABINETE DO OIRETOR GERAL

    172.do CIRE .

    Apesar de

    se

    reconhecer que a declarao de insolvncia no tem por

    efeito qualquer transmisso dos bens da pessoa coletiva inso lvente pa ra

    a respetiva massa insolvente e, como tal , o sujeito passivo do IMI e do

    Imposto do Selo ver

    ba

    28 da TGIS) continua a ser a pessoa coletiva

    insolvente, a sentena que declara a insolvncia decreta a apreenso

    dos bens do insolvente e a sua entrega imediata ao administrador da

    insolvncia artigos 149. e 150.do CIRE) , ficando os representantes da

    pessoa coletiva insolvente imediatamente privados dos poderes de

    administrao e de disposio sobre esses bens, que passam a ser

    exercidos pelo administrador

    da

    insolvncia

    n

    .o 1 do artigo 81 . do

    CIRE).

    Dai que, embora os documentos de cobrana continuem a ser emitidos

    em

    nome do sujeito passivo a pessoa coletiva insolvente), o respetivo

    pagamento deva ser exigido massa insolvente.

    4 Outras obrigaes acessrias

    41 A apresentao da IESIDA pela sociedade insolvente

    Aps a declarao de insolvncia, ma ntm-se a obrigatoriedade de

    apresentao da declarao anual de informao contabilstica e fiscal a

    que

    se

    refere a alnea

    c)

    do n.o 1 do artigo 117.do Cdigo do IRC, nos

    termos previstos no artigo 121 .do mesmo Cdigo.

    I

    ne

    xistindo qualquer e

    xc

    luso legal, especificamente dirigida s

    sociedades objeto de processo de insolvncia ou , em geral, s

    sociedades

    em

    liquidao, no legitimo considerar que as sociedades

    insolventes, ain da que ten ham registado a cessao de atividade, por

    decorrncia do disposto no n.o 3 do art igo 6 do CIRE, ficam

    dispensadas da apresentao de ta l declarao, tan to mais que no est

    em causa uma obrigao de natureza exclusivamente fiscal, visto que

    esta declarao,

    pa

    ra alm de permitir o cumprimento

    da

    obrigao fiscal

    prevista no Cdigo do I

    RC

    , integra, em simultneo, o registo da

    prestao de contas exiglvel ao nivel do Registo Comercia l e

    informaes para fins estatlsticos requeridas

    pe

    lo Instituto Nacional de

    Estatist

    ic

    as INE) e pelo Ban

    co

    de Portugal BdP).

    4.2. A

    obrigatoriedade

    de contabilidade organizada

    Obrigatoriedade

    de

    apresentao

    da declarao

    anual de

    informa

    o

    contabilistica

    e

    fiscal

    A declarao de in

    so

    lvncia e posterio r

    li

    quidao ou

    re

    cu

    pe

    rao no Observncia das

    _

    ___

    m__ic_a _qUa_l__Uer __s_p_e_c_a_i_d_d_e

    __

    _m __e_a___o___o_s___e_t_a_n_e_s __Ue_i_o_s ________b_i_g_a___e_

    ___ I

    assivos que

    se

    encontrem

    em

    atividade, no que respeita

    s

    respetivas

    l

    CirX 2

    5

    7 9

  • 7/23/2019 Obricacoes No Caso de Insolvelncia Circ_10_2015_AT

    8/9

    utorid de

    I

    AT

    tributri e du neir

    GABINETE DO DIRETOR GERAL

    GABINETE DO DIRETOR GERAL

    ob rigaes contabilsticas, mantendo-se, nos termos e condies

    referidas

    no

    artigo 123.

    do

    Cdigo

    do

    I

    RC

    , a obrigatoriedade

    de

    dispor

    de

    co

    nt

    ab il idade organizada nos

    te

    rmos

    da

    lei.

    este, alis, tambm o

    en

    tendimento da Comisso de Normalizao

    Contabilstica, que considera que:

    O artigo 65.o do CIRE

    nt lo

    derroga as obrigaes

    de

    informat lo

    contabilstica, nomeadamente decorrentes do novo Sistema de

    Normalizao Contabilstica, bem pelo contrrio, o n.

    o 1

    do artigo

    65.

    o determ in a que devem ser elaboradas e depositadas as

    contas anuais, nos

    te

    rmos em que forem legalmente obrigatrias

    para

    o

    devedor.

    Uma sociedade comercial, objeto

    de

    um processo

    de

    insolvncia

    em fase de liquidao e partilha da massa insolvente, no fica

    dispensada de cumprir com

    as

    obrigaes legais de

    contabilidade organizada aps a data

    da

    deliberat lo

    de

    encerramento da atividade do estabelecimento."

    II - RESPONSABILIDADE PELO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAES FISCAIS

    DAS PESSOAS COLETIVAS INSOLVENTES

    A responsabilida

    de

    pelo cumprimento d

    as

    obrigaes fiscais imputvel

    pessoa coletiva in

    so

    lve nte e aos seus representantes l

    eg

    a

    is

    .

    No

    periodo

    en

    tre a declarao da insolvncia e a deliberao de

    encerramento do estabelecimen

    to

    , essa responsabilidade fica cometida

    q uele a quem tiver sido atribuida a administrao

    da

    insolvncia,

    podendo, por isso,

    os

    responsveis continuarem a

    se

    r os anteriores

    titular

    es

    dos rgos sociais competentes da pessoa coletiva insolvente,

    ou

    ser j responsvel o adm

    in is

    trado r da

    in

    sol

    v

    ncia nomeado, caso

    lh

    e

    seja atribuido poderes para a

    ad

    mi

    ni

    strao do

    pa

    trimnio

    da

    insolve nte.

    Nas

    situaes em que,

    na

    assembl

    eia de

    credores, no seja

    de

    liberado o

    encerramento do estabelecimento e, portanto,

    se

    decida por um plano de

    insolvncia, ou um plano

    de

    recup erao, a responsabi lidade pelo

    cumprimento das obrigaes fiscais cabe a quem ficar cometida a

    ad

    ministrao da pessoa coletiva insol

    ve

    n

    te

    cfr. n.o 4 do a

    rt

    igo

    6

    do

    CI

    RE

    .

    Co ntudo, independentemente de haver

    ou

    no deliberao de

    encerramento , desde que a pessoa

    co

    letiva insolvente

    en

    tre em

    liquidao, vigora a norma especial do n.o 10 do artigo 117. do Cdigo

    do I

    RC

    ,

    pe

    lo que as obrigaes declarativas so da responsabi lidade do

    administrador

    da

    insol

    v

    ncia , conforme decorre

    ex

    pressamente daqu ela

    norma.

    legais de

    contabilidade

    organizada

    o umprimento

    das obrigaes

    fiscais

    imputvel a

    quem

    represente a

    pessoa coletiva

    insolvente

    Obrigaes

    declarat ivas em

    sede de IRC

    relativas a

    entidades em

    i

    -------------------------------------------------------------------------.-,

    .

    Cir X 20 15

  • 7/23/2019 Obricacoes No Caso de Insolvelncia Circ_10_2015_AT

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    utorid de

    I

    T

    tributri du neir

    GABINETE DO

    DIRETOR

    GERAL

    GABINETE DO DIRETOR GERAL

    Em

    qualquer outro caso, em que

    se

    verifique a obrigatoriedade de

    apresentao declarativa aps a cessao de atividade a que se refere o

    n.o 3 do artigo 65. do CIRE, a responsabilidade recai sobre os legais

    representantes da pessoa coletiva insolvente,

    co

    nforme determinado no

    n.o2 do mesmo artigo.

    III - MBITO DE

    APLICAO

    DOS

    BENEFiclOS

    FISCAIS NO DECURSO

    DA

    INSOLVNCIA

    A aplicao dos beneficias fiscais previstos no n.

    2 do artigo 27 do

    CIRE depende dos bens imveis transm itidos se integrarem

    na

    universalidade da empresa

    ou

    estabelecimento vendidos, permutados

    ou

    cedidos no mbito do plano de insolvncia ou de pagamentos ou da

    liquidao da empresa insolvente.

    Assim, a transmisso isolada de bens da empresa no est isenta , sendo

    necessrio que a coisa vendida , permutada ou cedida abranja a

    universalidade da empresa insolvente ou um seu estabelecimento.

    Por sua vez, o artigo 269. do CIRE prev iseno de imposto do selo

    para um elenco fechado de atas do qual no constam as situaes

    juridicas sujeitas a imposto do selo da verba 28 da TGIS.

    Os

    beneficias previstos no referido artigo tm uma natureza dinmica,

    no

    se

    limitando apenas a evitar mais encargos fiscais para o devedor,

    at porque em muitos deles o imposto do selo devido pelo adquirente,

    antes se aplicando a um conjunto de atas.

    Ora, com a introduo da verba 28 da TGIS, teve o legislador que

    introduzir alteraes ao Cdigo do Imposto do Selo de forma a

    in

    cl uir nas

    regras de incidncia as situaes juridicas

    .

    O facto tributrio

    consubstancia-se numa situao juridica que resulta da deteno de

    patrimnio com determinadas caracteristicas num determinado momento

    e no em qualquer ato

    .

    , assim, plenamente aplicvel ao imposto do selo da verba 28 da TGIS,

    o entendimento preconizado para o IMI, constante do ponto 3 da parte I

    do presente guio.

    Ci

    XJ2 15

    liquidao

    cabem ao

    administrador

    da insolvncia

    mbito

    da

    iseno de IMT

    na aquisio de

    imveis

    mbito

    da

    iseno do

    imposto

    do

    selo