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Observações sobre o Reequilíbrio Fiscal no Brasil Nelson Barbosa Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 1º de junho de 2015

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Observações sobre o Reequilíbrio Fiscal no Brasil

Nelson Barbosa Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 1º de junho de 2015

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Cenário Macroeconômico e Reequilíbrio Fiscal

• O governo está elevando gradualmente seu resultado primário para garantir a estabilidade macroeconômica e viabilizar a recuperação do crescimento de modo sustentado

• A programação orçamentária tem por objetivo atualizar o cenário fiscal e adequar o gasto discricionário da União ao cumprimento da meta de resultado primário

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2015 2016 2017 2018

PIB (crescimento real %a.a.) -1,2 1,0 1,9 2,4

IPCA (acumulado – var. %) 8,26 5,60 4,50 4,50

PIB Nominal (R$ bi) 5.834 6.283 6.767 7.276

Selic (fim de período - %a.a.) 13,25 11,50 10,50 10,00

Câmbio (fim de período – R$/US$) 3,22 3,30 3,33 3,37

Salário Mínimo 788,0 855,0 901,6 958,8

Fonte: SPE/MF (Grade de Parâmetros de 13/05/2015).

Cenário Macroeconômico Revisto

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Cenário Fiscal Revisto

2015 2016 2017 2018

Superávit Primário do Setor Público Não-Financeiro

1,1* 2,0 2,0 2,0

Resultado Nominal -5,3 -3,0 -2,6 -2,3

Dívida Líquida 35,1 35,4 35,5 35,4

Dívida Bruta do Governo Geral

63,4 63,3 62,7 61,9

% do PIB

Fonte: MF e MPOG para o resultado primário e BCB para as demais variáveis. * Equivale ao superávit de R$ 66,3 bilhões e um PIB de R$ 5.834 bilhões apresentado na reprogramação orçamentária. 4

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Reequilíbrio Fiscal e Programação Orçamentária de 2015

• O governo está elevando gradualmente seu resultado primário para garantir a estabilidade macroeconômica e viabilizar a recuperação do crescimento de modo sustentado

• A programação orçamentária tem por objetivo atualizar o cenário fiscal e adequar o gasto discricionário da União ao cumprimento da meta de resultado primário

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6 Fonte: SOF/MP

LOA (a) Avaliação (b)

Receita Total 1.447.827 1.371.702 -76.125

Transferências para E&M 224.429 213.434 -10.995

Receita Líquida 1.223.398 1.158.269 -65.129

Despesas Primárias 1.168.119 1.102.990 -65.129

- Despesas Obrigatórias 855.780 860.596 4.816

- Despesas Discricionárias 312.340 242.394 -69.946

Resultado Primário 55.279 55.279 0

Discriminação2015 Diferença

(b - a)

Resumo da Programação Orçamentária 2015

A atualização do cenário de receitas e despesas determinou o contingenciamento de R$ 69,9 bi das despesas discricionárias

R$ milhões

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Despesas Obrigatórias (em % do PIB)

7

13,0%

12,6%

12,9%

13,4%

14,0%

14,5%

11,5%

12,0%

12,5%

13,0%

13,5%

14,0%

14,5%

15,0%

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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3,9 3,9

4,2

4,3

4,7

4,2

3,50

3,75

4,00

4,25

4,50

4,75

5,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015

8

Despesas Discricionárias (em % do PIB)

Fonte: SOF/MP.

Despesas Discricionárias PLOA 2015:4,9% do PIB LOA 2015: 5,4% do PIB

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Composição do Contingenciamento por Principais Grupos de Despesa

Total Despesas Discricionárias 69,9

PLOA 48,6

PAC 25,7

Demais despesas 22,9

Emendas 21,4

R$ bilhões

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Prioridades Sociais

• Educação: valor acima do mínimo constitucional em R$ 15,1 bilhões, preservando os programas prioritários e garantindo o funcionamento das universidades e institutos federais

• Saúde: valor acima do mínimo constitucional em R$ 3,0 bilhões, garantindo recursos para o Sistema Único de Saúde, Mais Médicos e Farmácia Popular

• Desenvolvimento Social: valor preserva o Bolsa Família, com R$ 27,7 bi, e mantém demais programas do Plano Brasil sem Miséria

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Despesas Discricionárias da Educação (Em R$ milhões)

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19.115

22.581

29.886

33.314

39.384 39.383

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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Despesas Discricionárias da Saúde (Em R$ milhões)

12

52.102

59.606

69.282

74.501

84.545

91.503

50.000

55.000

60.000

65.000

70.000

75.000

80.000

85.000

90.000

95.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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Despesas Discricionárias do Desenvolvimento Social (Em R$ milhões)

13

16.641

20.171

24.808

28.452

31.343 31.625

15.000

17.000

19.000

21.000

23.000

25.000

27.000

29.000

31.000

33.000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

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Reequilíbrio Fiscal no Brasil e no Resto do Mundo

• As principais economias do mundo estão promovendo uma consolidação fiscal, em diferentes velocidades

• A elevação do resultado primário proposta pelo governo representa uma estratégia mais rápida do que o previsto para as principais economias do mundo e da américa latina devido a alta taxa de juros implícita da dívida pública brasileira

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* Resultado efetivo até 2014 e metas para 2015-17 (projeção LDO), valores com o novo PIB divulgado pelo IBGE em 27/03/2015.

-0,2

-0,9

0,3

2,3

2,2

2,5

2,9 3,1

3,6 3,6

3,0

3,4 3,4

2,0

2,6 2,9

2,2

1,8

-0,6

1,1

2,0 2,0

-1,5

-1

-0,5

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

Evolução do Resultado Primário: União, Estados e Municípios, em % do PIB

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-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Brazil France Germany

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-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Brazil Greece

Ireland Italy

Portugal Spain

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-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Brazil China

India Russia

South Africa

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-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Brazil United Kingdom United States

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-6

-4

-2

0

2

4

6

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Australia Brazil Canada New Zealand

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-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Primary balance of the General Government in % of GDP (source: IMF)

Argentina Brazil Colombia Mexico Peru

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Reequilíbrio Fiscal e Crescimento

• Apesar de seus impactos restritivos de curto prazo, as medidas de reequilíbrios fiscal e controle da inflação são o primeiro passo para a recuperação do crescimento (previsibilidade e confiança)

• Além do reequilíbrio macro, a estratégia de política econômica também inclui ações para recuperar o crescimento da economia via elevação do investimento e da produtividade nos próximos anos

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Produtividade do trabalho

Reformas institucionais (simplificação tributária, desburocratização e desenvolvimento financeiro)

Aumento do capital humano por trabalhador (educação)

Aumento do capital físico por trabalhador

(bens de capital e infraestrutura)

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Taxa de investimento a preços correntes, em % do PIB

Fonte: IBGE. Elaboração: MP. * Projeções baseadas na grade de parâmetros da SPE de 02/04/2015.

16

17

18

19

20

21

1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015* 2017*

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População em idade ativa com 15 anos ou mais de estudo (em milhares)

6.663 7.145

7.647 8.187

8.587

9.486

10.272

11.172

12.187

13.684

14.486

15.652

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Fonte: IBGE/ PNAD

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15 anos ou mais de estudo (em % do total da respectiva população)

4,7% 5,0%

5,2% 5,4% 5,6%

6,1% 6,4%

6,9%

7,4%

8,1% 8,5%

9,0%

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

7,0%

8,0%

9,0%

10,0%

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

População em IdadeAtiva

Fonte: IBGE/PNAD

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