8
#OcupePrefeitura Entenda por que as atuais tentativas de aprovar o projeto Novo Recife são ilegais

#OcupePrefeitura

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Entenda por que as atuais tentativas de aprovar o projeto Novo Recife são ilegais.

Citation preview

Page 1: #OcupePrefeitura

#OcupePrefeituraEntenda por que as atuais tentativas de aprovar o projeto Novo Recife são ilegais

Page 2: #OcupePrefeitura

A reunião do CDU

novembro 2012

30Aconteceu uma reunião extraordinária do CDU (Conselho de Desenvolvimento Urbano) no 12º andar da Prefeitura, com o objetivo de aprovar o projeto Novo Recife.

http://goo.gl/vKZPR

Para saber mais sobre o projeto Novo Recife e as principais críticas:

Como reunião do CDU, trata-se de um evento público, onde é permitida a presença de pessoas interessadas, ainda que o voto caiba apenas aos conselheiros, bem como o espaço para fala seja dado apenas a esses, aos suplentes e aos observadores permitidos pelo regimento.

Page 3: #OcupePrefeitura

Aberto ao público no papel, fechado ao público na prática

novembro 2012

novembro 2012

27A arquiteta Cristina Gouvêa protocolou um ofício solicitando que a reunião acontecesse no auditório, para que fosse possível receber o público interessado. Tal pedido foi ignorado.

Diversas pessoas também enviaram emails afirmando intenção de ir e pedindo que a reunião acontecesse num local maior.

#Ocupe12oAndarDaPrefeitura+700

pessoas nofacebook

Manifestaram seu interesse em compareceratravés do evento

Page 4: #OcupePrefeitura

No dia da reunião, mais de 100 pessoas compareceram. A maior parte foi sistematicamente barrada no corredor da sala, na escada e no térreo.

Entre as 10 pessoas do público que estavam na reunião, havia câmeras de foto e vídeo. Maria de Biase, secretária de Controle e Desenvolvimento Urbano e Obras, ficou incomodada com as filmagens e fotografias e, interpelada pelo deputado Paulo Rubem, de Biase chegou a comparar a reunião do CDU (ato que segundo o regimento deve ser aberto ao público) a um trabalho de gabinete da prefeitura.

Foi permitida a entrada de apenas 10 pessoas do público interessado.

100

10

A brigada ambiental da guarda municipal estava presente desde cedo, paramentada com farda e cassetetes, para impedir a entrada na sala e no corredor. Ao longo da manhã o número de guardas aumentou.

Nesta sexta-feira não apenas não foi permitido ao público estar presente na reunião como o comparecimento do público interessado foi sistematicamente reprimido de diversas formas.

A tentativa de realizar a reunião a portas fechadas é algo que fere o regimento do conselho e o exercício da democracia.

Page 5: #OcupePrefeitura

Diante não apenas deste episódio como levando em conta as três ocupações do Cais José Estelita no primeiro semestre deste ano (a primeira com mais de 1000 pessoas), continua muito claro que a voz da população a respeito do projeto vem sendo ignorada (e abafada) pelo poder público. A única audiência pública sobre o projeto, realizada em março deste ano, foi solicitada pela Câmara dos Vereadores a partir de um pedido do grupo Direitos Urbanos, e não pelo poder executivo como exige a legislação sobre projetos de impacto. Também não foram recolhidas oficialmente respostas do público para serem anexadas ao processo e levadas em consideração nas decisões.

Só que o projeto não pode ser votado

Em outubro de 2010, o Ministério Público enviou ofício à prefeitura requisitando serem informados se algum dos processos do Novo Recife entraria em pauta ordinária ou extraordinvária até o final do ano. Este ofício nunca recebeu resposta e o MP não foi avisado da presente reunião do CDU. Ainda assim, notificados através da imprensa e das redes sociais, o Ministério Público em níveis estadual e federal compareceu através de Belize Câmara e José Roberto da Silva.

No início da reunião eles pediram a palavra para fazerem considerações preliminares e tiveram seu pedido negado por Maria de Biase. Apenas no final puderam falar brevemente.

Entre as considerações do MPPE estão diversos "vícios formais" que impedem o projeto de estar em etapa de votação, isto é, devido à legislação municipal, existem diversas exigências formais que o projeto precisaria cumprir antes de ser votado, mas que não foram feitas. Entre elas:

outubro 2010

A falta do Estudo de Impacto de Vizinhança;

A falta de um parecer da Fundarpe, apontado na reunião do conselho por Tomás Lapa, professor da UFPE e conselheiro representante do MDU-UFPE;

A falta de uma anuência da FIDEM, apontado na reunião por Cristiano Borba, conselheiro representante do IAB.

Page 6: #OcupePrefeitura

Liana Cirne Lins, professora de direito da UFPE e membro da comissão de meio ambiente da OAB, preparou um parecer jurídico a pedido de alguns conselheiros e alguns membros do D.U. (lido na reunião por Tomás Lapa) que aponta a situação irregular do CDU por não cumprir o que diz a lei sobre a composição das cadeiras. O conselho deve ser composto, de forma paritária, por representantes do poder público e representantes da sociedade civil (através de organizações e associações). No entanto, em descumprimento à lei, três vagas do conselho que deveriam ser de representantes da sociedade civil não estão ocupadas. Não apenas a reunião é ilegal como qualquer decisão tomada nela é inválida.

A irregularidade no CDU

Ou seja, não se pode tentar aprovar o projeto agora. A tentativa de aprová-lo neste momento é completamente irregular.

Além da esfera formal, também é preciso enfatizar a ausência de qualquer discussão do projeto com a sociedade.

http://goo.gl/Enw8V

Relato de Belize Câmara sobre a reunião de 30 de novembro:

http://goo.gl/Mg9yN

O texto total do parecer:

Page 7: #OcupePrefeitura

Resultado da reunião

Conclusão

Todas as questões de ordem levantadas dentro e fora da reunião foram ditatorialmente descartadas pela presidente do conselho secretária Maria de Biase e a reunião para tentativa de aprovação aconteceu mesmo assim. Devido ao pedido de vista dos conselheiros do MDU-UFPE (Mestrado em Desenvolvimento Urbano); IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil); Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos; e do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), o projeto não pôde ir à votação nesta reunião. Ainda assim já recebeu votos adiantados de aprovação de outros conselheiros. Uma próxima reunião foi marcada para o dia 21 de dezembro.

A reunião marcada para o dia 21 de dezembro é inválida e deve ser cancelada. Tal como a reunião do dia 30 de novembro, trata-se de uma afronta a qualquer processo que se entenda como democrático. A prefeitura está, na tentativa de servir apenas ao interesse financeiro e privado das construtoras, tentando como rolo compressor passar por cima de todas as instâncias devidas (além de ignorando a sociedade) para aprovar este projeto.

dezembro 2012

21

Page 8: #OcupePrefeitura

#OcupePrefeitura