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Escola Secundária de Avelar Brotero O Desenvolvimento e Os Direitos Humanos Discriminação Trabalho realizado por: Ana Machado, nº5 Carolina Gonçalves, nº10 12º3A

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O Desenvolvimento e Os Direitos Humanos

Escola Secundria de Avelar BroteroEscola Secundria de Avelar Brotero

O Desenvolvimento e Os Direitos HumanosDiscriminao

Trabalho realizado por:Ana Machado, n5Carolina Gonalves, n10123A

Disciplina: Economia CProfessor: Jorge Gonalves

NDICEndice1Introduo2Definio de Discriminao3Distino entre Discriminao e Preconceito3Discriminao Positiva e Discriminao Negativa4Tipos de Discriminao6Formas Gerais de Discriminao7Casos Reais11Travesti Morto Pancada Por Midos11Discriminao Contra Rede Social Gay11Funcionria Muulmana da Disneyland Queixa-se de Discriminao12Movimentos Discriminatrios13Movimentos Anti-Discriminatrios16Comisses/Organizaes em Portugal18Comisso Para a Cidadania e a Igualdade De Gnero18Alto Comissariado Para a Imigrao e Dilogo Intercultural, I.P.20Comisso Para a Igualdade No Trabalho e No Emprego22QREN24IV Plano Nacional Para a Igualdade Gnero, Cidadania e No Discriminao24Captulo I Enquadramento Geral25Captulo II Metodologia de operacionalizao26Captulo III reas Estratgicas26Concluso27Referncias Bibliogrficas28

INTRODUONeste trabalho, elaborado entre o dia 17 de Maro e o dia 30 do ms de Maio, no mbito da disciplina de Economia C do 12 3A, vamos falar sobre o sub-tema escolhido a discriminao dentro da unidade 4 do manual o desenvolvimento e os direitos humanos.

Escolhemos este tpico porque pensamos que na sociedade contempornea, grandemente caraterizada por um processo de aumento de desigualdades econmicas e socias, h ainda muito a fazer na luta contra a discriminao, seja ela de que tipo for, e em favor da completa aceitao e respeito pelos direitos humanos.

Que melhor maneira de lutar contra a discriminao se no a troca de ideias e a mudana de mentalidades e perspetivas? Infelizmente constatamos no nosso quotidiano que estas ainda se encontram abaixo do que ns chamaramos de desenvolvidas, tendo em conta a sociedade globalizada em que nos situamos. S com novas perspetivas e ideias que as pessoas podero participar na luta contra a discriminao. Pois bem, mesmo este o objetivo do nosso trabalho: a mudana de mentalidades.

Numa primeira parte do nosso trabalho, introduzimos ao leitor o conceito de discriminao, bem como a distino entre este e preconceito, termos geralmente confundidos como semelhantes. Analisamos, de um modo breve, a discriminao positiva e a discriminao negativa e dizemos de um modo breve porque estes dois conceitos tm muito que se lhe diga. Finalmente, falamos sobre os tipos de discriminao existentes (direta e indireta) e das formas gerais de discriminao.

Na segunda parte do trabalho, damos a conhecer a discriminao existente atualmente, referindo apenas alguns casos relatados pelos media que considermos mais chocantes. Descrevemos igualmente alguns movimentos discriminatrios, nomeadamente: a supremacia branca, o Ku Klux Klan e o neonazismo. Para alm de os descrever, apresentamos as suas crenas, bem como a sua cronologia (fundao e ocorrncias ao longo da histria).

A terceira parte engloba o foco do nosso trabalho: os movimentos cvicos para combater a discriminao. Primeiramente, falamos das comisses/organizaes a favor da igualdade, mais importantes em Portugal, nomeadamente, a CIG, o ACIDI, o I.P. e a CITE. Tambm falamos sobre o QREN e, dentro deste, sobre o IV Plano Nacional para a Igualdade Gnero, Cidadania e No Discriminao , apresentando um breve resumo dos aspetos focados neste.

Definio de DiscriminaoA discriminao o ato de considerar que certas caractersticas que uma pessoa tem so motivos para que lhe sejam vedados direitos que os outros tm. Por outras palavras, a discriminao consiste na ideia de que certas particularidades possudas por certas pessoas so razes suficientes para que os interesses destas no sejam considerados do mesmo modo, isto , que no tenham os mesmos direitos.Distino entre Discriminao e PreconceitoHomem, Preto, SEROPOSITIVO,CRISTO, HOMOSSEXUAL, MULHER,PROSTITUTO/A, JUDEU, CIGANO/A

Por vezes, os termos discriminao e preconceito confundem-se como semelhantes ou mesmo iguais mas estes assim no o so, apesar de a discriminao ter origem no preconceito.

Ivair Augusto Alves dos Santos, professor especializado em Sociologia na Universidade de Braslia, afirma que a Discriminao um conceito mais amplo e dinmico do que o preconceito. Ambos tm agentes diversos: a discriminao pode ser provocada por indivduos e por instituies e o preconceito, s pelo indivduo.

Em suma, a discriminao consiste na ideia de que a diferena implica diferentes direitos, enquanto o preconceito (pr + conceito) uma ideia pr-concebida que as pessoas tm de algo ou algum antes de conhecer, podendo-se dizer que a discriminao o preconceito posto em ao.

S sem preconceitos, que se consegue atingir o pleno desenvolvimento

Discriminao Positiva e Discriminao NegativaPor um lado, a discriminao pode apresentar-se sob a forma de negao de direitos ou oportunidades a indivduos ou a grupos de indivduos que so dados a outros, em virtude, por exemplo, da sua etnia, cor, religio, gnero, etc. Neste caso fala-se em discriminao negativa.

Por outro, pode tambm apresentar-se sob a forma de criao de oportunidades e de concesso de direitos a indivduos ou grupos de indivduos relativamente a outros, perante os quais se encontrariam partida em desvantagem, com o objetivo de chegar a um ponto de equilbrio. a esse ponto de equilbrio, em que no h indivduos ou grupos favorecidos, que chamamos sociedade igualitria.

para combater certas injustias que utilizada a discriminao positiva, compensando quem foi prejudicado, sendo esse o objetivo mais puro deste tipo de discriminao, o que partida nos leva a pensar que um bom caminho para combater certas desigualdades.

O caso Bakke talvez o mais clebre nos EUA. Alan Bakke candidatou-se Faculdade de Medicina da Universidade da Califrnia. A Faculdade de Medicina, para aumentar o nmero de alunos provenientes de minorias desfavorecidas, reservou 16% dos lugares para tais alunos. Alguns alunos de origem europeia que no foram admitidos, t-lo-iam sido caso essa medida no tivesse sido tomada. Bakke contava-se entre esses alunos de origem europeia que no foram admitidos. Considerando-se vtima de uma injustia, processou a universidade. Ganhou a causa, tendo o juiz afirmado que Os programas preferenciais s podem reforar esteretipos comuns que sustentam que certos grupos so incapazes de obter xito sem proteo especial.Minorias em Desvantagem

Segundo os defensores da discriminao positiva, correto favorecer um grupo partida em desvantagem. S que isso implica muitas vezes prejudicar outros grupos, violando alguns dos seus direitos. Alm disso levanta-se o seguinte dilema: no foram os atuais membros desse grupo que contriburam para a primeira discriminao. Estes vo pagar por uma ao dos seus antepassados. No ser isto tambm uma injustia.

Ao privilegiar elementos de grupos desfavorecidos, em vez de contribuir para extinguir certos preconceitos, como parece ser o seu objetivo, pode mesmo aliment-los.

possvel para um defensor da discriminao positiva responder ao primeiro argumento dizendo que, se utilizarmos a ao positiva, estamos a contribuir para um futuro em que, a nvel social, haver menos desigualdades. Mas mesmo assim ser justificvel que utilizemos uma discriminao para acabar com a discriminao? Alm de no ser justificvel, no necessrio no preciso favorecer os grupos em desvantagem, basta deixar de os prejudicar. Assim ser mais justo, porque ningum sair prejudicado, havendo apenas o seno de este processo ser bem mais demorado do que se recorrermos discriminao positiva.

Se a discriminao positiva for praticada a longo prazo, acabar por se tornar um ciclo vicioso, pois as pessoas que agora no necessitam de ser discriminadas positivamente, acabaro por ficar prejudicadas em relao s beneficiadas, e iro elas prprias precisar de condies especiais para atingir os seus fins. Portanto, nunca ser possvel obter uma sociedade igualitria com base numa medida como esta.CARTAZ DE PROPAGANDA AMERICANO

Haver ento alguma diferena entre discriminao positiva e discriminao negativa? Muito provavelmente no. A verdade que em ambas existe a violao de direitos, e algum acaba sempre por sair prejudicado.

Do nosso ponto de vista, a discriminao positiva no , de facto, o melhor meio para uma sociedade igualitria pois no plausvel utilizar um meio que favorece uns, discriminando outros, para atingir um fim equilibrado e igualitrio. Devemos comear por abandonar a ideia de que certos grupos da sociedade so superiores a outros. S ento ser possvel obter uma sociedade equilibrada e justa, com igualdade de direitos para todos.

Tipos de DiscriminaoDiscriminao DiretASempre que, por motivos como a raa ou a etnia, a religio ou a crena, a deficincia, a idade ou a orientao sexual, uma pessoa sujeita a tratamento menos favorvel, comparativamente a outra pessoa, chama-se de discriminao direta. Apresentamos um exemplo: O proprietrio de uma loja que recusa a contratar pessoas com qualificaes adequadas simplesmente porque pertencem a uma determinada raa ou etnia.

Discriminao IndiretaAcontece sempre que uma disposio, critrio ou prtica, aparentemente neutros, coloca indivduos numa situao de desvantagem devido raa, etnia, religio ou crena, deficincia, idade ou orientao sexual, a no ser que essa prtica possa ser objetivamente justificada por um objetivo legtimo. Apresentamos de seguida um exemplo deste tipo de discriminao:

Um estabelecimento comercial probe aos seus funcionrios o uso de chapu em situaes de atendimento ao pblico. Esta proibio tem o efeito de impedir as pessoas cujas crenas religiosas exigem que cubram a cabea, tais como as mulheres muulmanas, de trabalharem no estabelecimento.

Formas Gerais de DiscriminaoUm indivduo ou identidade pode discriminar algum por variadssimas razes, desde a razes mais comuns (e, no entanto, igualmente ms) como o sexo ou a nacionalidade, a razes menos usuais como o estilo de um indivduo ou o facto de este ser careca (pois pode ser considerado membro ou apoiante do KKK e ser discriminado por isso, por exemplo). Vamos referir apenas as razes mais usuais algumas delas punidas por lei nas subdivises seguintes.

Classe SocialO classismo corresponde discriminao de indivduos ou grupo de indivduos com base na sua classe social.

Sustenta a criao de polticas e prticas que beneficiam pessoas de classes mais privilegiadas custa das pessoas de classes menos privilegiadas, resultando em desigualdades drsticas de rendimentos e de riqueza.

A par disto, a diferena entre as vidas de 20% da populao com empregos confortveis e as de 80% da populao com menores rendimentos e empregos menos estveis est a tornar-se cada vez mais chocante.

DeficinciaAblesmo representa a discriminao contra indivduos portadores de deficincias (visual, motora, mental ou auditiva).

A viso ablesta da sociedade a de que os capazes so a norma e de que os incapazes tm de lutar para se encaixarem nessa norma ou ento devem manter a sua distncia para com os capazes. Defende tambm que a incapacidade um erro, um engano ou uma falha, em vez de uma simples consequncia da diversidade humana.

GravidezA Discriminao contra mulheres grvidas ocorre sempre que uma mulher grvida despedida, no contratada ou discriminada devido sua gravidez, inteno de engravidar ou pedido de licena de maternidade.

Relativamente gravidez, os empregadores discriminam por um nmero de razes, entre as quais: Preconceitos contra as mes trabalhadoras; Medo de perda de produtividade devido a faltas do trabalhador; Insuficientes recursos para manter trabalhadores temporrios ou pagar tempo-extra para outros empregados poderem substituir os que tm de faltar durante a licena de maternidade/paternidade; Crena de que o empregado ir exigir demasiados requisitos, mesmo aps o seu regresso.

IdadeEtasmo o tipo de discriminao contra pessoas ou grupos de pessoas baseado na idade.

Os empregadores podem ter receio de oferecer aos trabalhadores idosos salrios menores do que aqueles pagos aos trabalhadores mais jovens e simplesmente no promover ou no contratar trabalhadores mais velhos. Podem tambm encorajar a adeso aos planos de demisso voluntria ou demitir desproporcionalmente trabalhadores mais velhos e/ou experientes.Demasiado Velho

Embora como todas as formas de discriminao, a discriminao por idade tenha sempre sido um problema, verifica-se o agravamento do etasmo nas indstrias de entretenimento e computadores. Muitos atores, msicos, programadores e engenheiros eletrnicos idosos tm-se queixado de como difcil encontrar trabalho, embora sejam bem qualificados em termos de educao e experincia.

Orientao Sexual ou transgenerismoHomofobia corresponde discriminao contra lsbicas, gays, bissexuais e, em alguns casos, contra transgnicos e pessoas intersexuais. As definies referem-se geralmente a antipatia, desprezo, preconceito, averso e medo irracional.

A homofobia manifesta-se de diferentes maneiras e vrios tipos tm sido registados, entre os quais a homofobia interiorizada, homofobia social, homofobia emocional, homofobia racionalizada, entre outros.

De acordo com o artigo 240 do novo Cdigo Penal portugus, em vigor desde 15 de setembro de 2007, qualquer forma de discriminao com base em orientao sexual (seja ela sobre homossexuais, heterossexuais ou bissexuais) crime.

Relaes homossexuais so legais:Azul escuro casamento do mesmo sexoAzul unio civil (ou outro tipo de parceria)Azul beb licenas de unies internacionais reconhecidasCinzento no h unies do mesmo sexo

Relaes homossexuais so ilegais:Amarelo penalidade mnimaLaranja grande penalidadeSalmo priso perptuaVermelho escuro pena de morte

Raa ou EtniaO racismo uma forma de discriminao contra um indivduo ou grupos de indivduos devido sua raa ou a caractersticas associadas com a raa (como a textura do cabelo, cor de pele, ou certas caractersticas faciais).

A discriminao baseada na raa/etnia tambm pode implicar a marginalizao de indivduos por causa da pessoa com quem est casada ou associada.

Religio ou CrenaA discriminao religiosa aquela em que se discrimina um indivduo ou um grupo com base na sua religio ou crenas. Embora este termo e o conceito de perseguies religiosas serem muito frequentemente confundidos como iguais, a perseguio religiosa representa o caso extremo de discriminao religiosa.

Perseguio, neste contexto, pode referir-se a prises ilegais, espancamentos, torturas, execuo injustificada, negao de benefcios e de direitos e liberdades civis. Pode tambm implicar a confiscao de bens e destruio de propriedade, ou incitamento ao dio, entre outras coisas. Especificamos de seguida os casos mais importantes de perseguio religiosa ao longo da histria:

Perseguio na Antiguidade um exemplo de intolerncia religiosa na Antiguidade foi a perseguio dos primeiros cristos, levada a cabo no somente pelos judeus, de cuja religio o Cristianismo era visto como uma ramificao, mas tambm pelos imperadores do Imprio Romano; Perseguio na Idade Mdia e Moderna os judeus tornaram-se alvo preferencial de perseguio religiosa ainda antes do fim do Imprio Romano mas esta agravou-se durante a Idade Mdia. Converses foradas tornaram-se comuns, por exemplo na Pennsula Ibrica, a partir de meados do Sculo XIV; Perseguio na Idade Contempornea durante o sculo XX, a perseguio religiosa atingiu nveis nunca vistos antes, quando os nazis desenvolveram mtodos industriais de extermnio em massa e eliminaram milhes de judeus e outras etnias indesejadas pelo regime. Este massacre, usualmente conhecido por Holocausto, vitimou muitos milhares, no apenas devido sua raa, mas especificamente em retaliao contra os seus ideais religiosos e sua objeo de conscincia, como aconteceu com as Testemunhas de Jeov e alguns sacerdotes catlicos; Perseguio nos Estados Unidos da Amrica no sculo XIX, houve intensa perseguio contra os pioneiros mrmons que habitavam os estados de Ohio, Missouri e Illinois, sendo que muitos chegaram a ser expulsos de suas casas.

SexoO sexismo, tambm conhecido como discriminao de gnero ou do sexo, definido como a discriminao baseada no sexo ou em condies e atitudes que favorecem esteretipos de papis sociais baseados no sexo. Envolve dio ou preconceito para com um gnero como um todo ou a aplicao de esteretipos baseados no gnero.

Na filosofia, uma atitude sexista aquela que sugere que os seres humanos podem ser compreendidos ou julgados com base nas caratersticas essenciais do grupo ao qual o indivduo pertence (neste caso, homem ou mulher). Isto pressupe que todos os indivduos se enquadram na categoria de macho ou fmea, no tendo em conta as pessoas que no se identificam com qualquer deles.

Os esteretipos de gnero so crenas mantidas relativamente s caratersticas de homens e mulheres, no sendo apenas crenas descritivas, mas tambm crenas prescritivas de como homens e mulheres se devem comportar. Os membros de qualquer um dos sexos que se desviem destes esteretipos podem ser punidos. As mulheres autoconfiantes, por exemplo, so chamadas de cabras, enquanto que os homens que no tm muita resistncia fsica so chamados de fracos. Estes esteretipos de gnero so normalmente criados e enraizados desde bem cedo. Mulheres! Saibam o vosso lugar.

O sexismo ocupacional refere-se a quaisquer prticas discriminatrias baseadas no sexo de uma pessoa que ocorrem no emprego. Uma forma de sexismo ocupacional a discriminao salarial. A Eurostat detetou uma diferena salarial entre gneros de 17,5% em mdia nos 27 Estados Membros, em 2008. Igualmente, em 2009, a OCDE verificou que as mulheres empregadas a tempo inteiro ganhavam 17% menos do que os homens, embora exercendo o mesmo trabalho, em pases da OCDE.Mapa do Gender Gap Existente na UE, disponibilizado pela CITE

Casos ReaisTravesti morto pancada por midosUm grupo de doze adolescentes, com idades entre os 10 e os 16 anos, suspeito de ter espancado at morte um homem (foto esquerda), aparentando 35 anos, travesti, sem-abrigo e toxicodependente. Os menores tero posteriormente lanado o cadver para um fosso com cerca de dez metros de profundidade no piso subterrneo de um parque de estacionamento na Avenida Ferno Magalhes, no Porto. O crime ter acontecido dia 20 de Fevereiro de 2006, mas o corpo da vtima s foi encontrado trs dias depois. A Polcia Judiciria identificou os rapazes, que foram ouvidos no Tribunal de Famlia e Menores do Porto.Gisberta

Os suspeitos eram internos das Oficinas de S. Jos - instituio que acolhe crianas e jovens em risco -, conheciam o travesti e costumavam provoc-lo. No dia do crime, tero agredido a vtima a soco e pontap e com pedras. Foi apurado que um dos jovens ter confessado tudo a um docente.

O alerta para o cadver foi dado atravs do 112. Quando Albino Ribeiro, mergulhador do Batalho de Sapadores Bombeiros do Porto, desceu ao fundo do fosso, com cerca de trs metros de gua, deparou-se com o corpo a boiar de bruos, com as calas desapertadas e baixadas. De acordo com o mergulhador, a vtima tinha escoriaes nas ndegas. Os sinais de decomposio do cadver indiciavam que o homem teria morrido h dois ou trs dias.

O buraco onde o sem-abrigo foi encontrado situava-se na cave de um edifcio inacabado h vrios anos, junto ao Hotel Vila Gal. Parte da estrutura servia de parque de estacionamento e de local para prostituio e toxicodependncia. De resto, nos recantos do imvel eram visveis preservativos e seringas entre o lixo espalhado.Discriminao contra rede social gayO responsvel pela rede social ManHunt em Portugal, Iri Vilar, disse Agncia Lusa que o Metro de Lisboa recusou uma campanha da empresa, justificando que "os temas de teor sexual no esto autorizados nas redes" de mpis (espaos publicitrios).

A ManHunt apresentou um primeiro cartaz, que seria afixado em 15 mpis em seis estaes de Metro, nos quais eram visveis dois homens em tronco nu e quase a beijar-se.

Depois de este cartaz ter sido rejeitado, sem justificao, aponto Iri Vilar, foi apresentado um segundo, tambm no aceite, em que os dois modelos vestem polos e esto abraados.Segundo cartaz recusado

Para Iri Vilar, este ato do Metro foi discriminatrio e homofbico, uma vez que existem mpis com campanhas ousadas e altamente carregadas de teor sexual, como as das marcas de roupa interior, mostrando por vezes pessoas em trajes ntimos e com as partes sexuais bem definidas e explcitas.

Contactado pela Lusa, a fonte oficial do Metro de Lisboa afirmou que a empresa no autorizou a campanha no mbito de uma orientao genrica vigente de no aceitar publicidade que no se coadune com a imagem de um servio pblico [] sendo passvel de ferir suscetibilidades, independentemente da orientao sexual do respetivo pblico-alvo.

Funcionria Muulmana da Disneyland queixa-se de discriminaoImane Boudlal, de 26 anos, que trabalhava como rececionista no Grand Californian Hotel & Spa da Disneyland, foi mandada para casa sem remunerao durante quatro dias seguidos.

Boudlad, numa entrevista abc7 relatou: Eu disse, qual a razo? Eles disseram que por causa do look da Disney e que no estava de acordo com as polticas da empresa. O assunto em questo era a sua hejab, um leno na cabea que representa a sua f muulmana.Imane Boudlal

Uns meses antes, ela dissera que queria comear a usar o seu leno para o emprego e mandou uma carta de requerimento Disney, pedindo para terem em conta as suas crenas religiosas. Em vez de conceder este simples pedido, a empresa obrigou a Imane a tirar o seu leno ao chegar ao emprego, disse Ameena Qazi, uma advogada do Conselho de Relaes Isls-Americanas.

De acordo com Imane, a empresa disse que ela tinha duas opes, caso insistisse em usar o leno: ou no interages com pessoas ou vais para casa. A isto, ela respondeu que no queria mudar de emprego, isto , que queria continuar a ser rececionista.

Imane disse que simplesmente queria usar o seu leno sem controvrsias: No estou aqui para assustar ningum. Estou aqui para usar o meu hejab e para trabalhar e para manter o meu emprego. Por agora, disse que vai continuar a ir trabalhar com o leno vestido, esperando que a Disney a permita permanecer o seu trabalho como rececionista.

Movimentos DiscriminatriosSupremacia BrancaEste movimento discriminatrio consiste em uma ideologia racista baseada na afirmao de que as pessoas brancas so superiores aos outros grupos raciais. Descreve uma ideologia poltica que defende um ambiente social e poltico dominante para brancos.

Est enraizada no etnocentrismo, sendo associada a vrios graus de racismo e de xenofobia, bem como uma grande vontade de separao racial por parte dos defensores desta ideologia. Defende tambm que o holocausto foi uma fraude, e que, at hoje, a Alemanha tem sido caluniada pelo mundo e principalmente pela nao judia.

Os supremacistas so famosos pela sua atitude violenta, e quando encontram outros grupos que no interagem pelo fundamento supremacista, tendem a agredi-los com armas brancas de diversos tipos.

O termo white power um slogan poltico que descreve a ideologia daqueles que apoiam diferentes nveis de nacionalismo branco-separatista, onde a gesto poltica das pessoas brancas seria feita por pessoas tambm brancas.

Ku Klux KlanKu Klux Klan uma organizao supremacista branca que foi fundada em 1866. O nome, cujo registo mais antigo de 1867, deriva da palavra grega kuklos, que significa "crculo" e da palavra inglesa clan (cl) escrita com k.

Para realizar os seus objetivos de segregao racial, utilizavam a violncia extrema, o que inclua atos de assassinato, terrorismo, linchamento, incndios criminosos, roubo e bombardeamento, visando tambm a oposio adjudicao de direitos civis a afro-americanos. O KKK tambm foi antissemtico e anticatlico, opondo-se imigrao de todos aqueles que no eram vistos como "racialmente puros."

O primeiro Ku Klux Klan foi fundado pelo general Nathan Bedford Forrest na cidade de Pulaski, Tennessee, em 1865, aps o final da Guerra civil americana. O seu objetivo era impedir a integrao social dos negros recm-libertados, impedindo-os nomeadamente de adquirir terras, ter direitos concedidos aos outros cidados, como votar.Em 1872, o grupo foi reconhecido como uma entidade terrorista e foi banida dos Estados Unidos. Na dcada de 1950, a promulgao da lei contra a segregao nas escolas pblicas despertou novamente algumas paixes e cruzes acenderam-se. Seguiram-se batalhas, casas dinamitadas e novos crimes (29 mortos de 1956 a 1963, entre eles 11 brancos, durante protestos raciais). Depois de um perodo aparentemente sossegado, a atividade de Ku Klux Klan voltou a verificar-se em 2006 com um protesto contra o casamento homossexual.

Hoje, o Ku Klux Klan conta apenas com um efetivo de 3 mil homens. Apesar do baixo nmero de associados, muitos no associados apoiam a organizao. Este grupo tambm j foi denominado por outros nomes, como: Fraternidade Branca, os Heris da Amrica, Guardas da Unio Constitucional e Imprio Invisvel.

The Knights PartyThe Knights Party um partido norte-americano fundado em 2002 pelo proco Thomas Robb. Este partido acredita que, tal como o Klan salvou a raa branca anteriormente, iro ser guiados por Deus e comandar o pas. No tm inteno alguma de modificar o seu nome pois creem que as pessoas, ao longo do tempo, vo aperceber-se de que a violncia do Klan do passado foi atos de execues legais de assassinos e violadores. No seu site, possvel juntar-se ao partido, comprar t-shirts e joias alusivas ao Klan, bem como a assistir a um programa de televiso online denominado This is the Klan Show (traduzido: este o programa do Klan) onde transmitem as principais notcias que preenchem os seus requisitos racistas.Design de T-shirt do Partido

NeonazismoEste movimento est associado ao nazismo ou ao nacional-socialismo. Surgiu depois da primeira Guerra Mundial, na Alemanha, a partir da liderana de Adolf Hitler. O movimento neonazista tem suas origens assentes na intolerncia e nos preceitos racistas, privilegiando sempre a "raa pura ariana" ou a "superioridade da raa branca".

Na sua maioria, os seguidores da doutrina neonazista promovem a discriminao contra minorias e grupos especficos como homossexuais, negros, amerndios, judeus, comunistas, imigrantes islmicos, mdio-orientais e norte-africanos e ainda asiticos. Algumas correntes preferem apenas a segregao da "raa pura ariana" das demais "raas", condenando agresses fsicas contra tais grupos (muitas vezes, condenando tambm violncia moral e psicolgica, mesmo que s vezes assegurada por lei). Existem ainda outras que promovem explicitamente o ataque fsico aos grupos citados.Saudao Nazi

Os neonazis no se definem como racistas, promovendo s vezes debates e reunies sobre seu movimento e culturas opostas ideologia nazista, com o intuito de engrandecer o movimento neonazi. Muitas vezes, estas reunies so planeadas de modo a induzir jovens a participar nestes movimentos. Nesses encontros, os respetivos membros declaram-se explicitamente a favor da doutrina nazista, o que proibido na maioria dos pases do mundo. No entanto, tal proibio por vezes abolida, como em alguns pases da Europa e nos EUA.

Muitos neonazis promovem tambm a minimizao ou a completa negao do Holocausto e defendem que o genocdio deliberado de mais de 6.000.000 pessoas, a maioria judeus, mentira ou exagero.

Os grupos neonazis so principalmente formados por jovens entre os 16 e os 25 anos de idade. O material destes grupos provm maioritariamente de sites na internet, tendo forte influncia de grupos neonazistas alemes.

O recrutamento de novos membros ocorre principalmente pela ferramenta mais popular da atualidade: a internet. Apesar de inmeros pases terem leis que probem a divulgao da ideologia nazi, os sites hospedem-se em pases que permitem tal divulgao, dificultando a punio destes envolvidos. Nestes sites encontram-se materiais para divulgao dos movimentos neonazis, informaes de reunies, artigos e textos de apoio causa neonazi. Mesmo assim, esses sites registam inmeros acessos diariamente, estando principalmente em ingls, alemo e portugus.

Movimentos Anti-DiscriminatriosAbolicionismoOabolicionismofoi um movimento poltico que visou a abolio daescravaturae docomrcio de escravos. Desenvolveu-se durante o Iluminismodosculo XVIII e tornou-se uma das formas mais representativas de ativismo poltico dosculo XIXat atualidade.

O primeiro-ministro reformistaMarqus de Pombalaboliu a escravido em Portugal e nas colnias da ndia a12 de Fevereirode 1761, pelo que Portugal considerado pioneiro no abolicionismo. Contudo, nas colnias portuguesas da Amrica e frica continuou a ser permitida a escravido.

No comeo do sculo XIX, junto com a Gr-Bretanha, proibiu o comrcio de escravos e, em 1854, por decreto foram libertados todos os escravos do Estado nas colnias. Dois anos mais tarde, foram libertados todos os escravos da Igreja nas colnias. A25 de Fevereirode 1869 produziu-se finalmente a abolio completa da escravido no imprio portugus.Imagem Representativa do Abolicionismo

Nos Estados Unidos da Amrica, o movimento abolicionista teve origem em1830. Em 1831, foi fundada a Sociedade Anti Escravatura de Nova Inglaterra. Mediante a Declarao de Emancipao, promulgada pelo presidente Abraham Lincoln (na qual foi declarada a liberdade de todos os escravos em1863, entrando em vigor pela primeira vez no final da Guerra Civilde 1865) os abolicionistas americanos obtiveram a libertao dos escravos nos estados que continuavam a permitir a escravido. O movimento abolicionista defendeu tambm omovimento para os direitos civisnorte-americano.

Movimento dos Direitos CivisO Movimento dos Direitos Civis um perodo de tempo compreendido entre 1954 e 1980 que ocorreu de diversas maneiras, tendo sido marcado por rebelies populares e transformaes na sociedade civil em pases de todos os continentes.

O processo de conseguir a igualdade perante a Lei para todas as camadas da populao, independentemente da cor, raa ou religio, foi longo e extenuante e a maioria destes movimentos no conseguiu atingir seu objetivo.

Nos Estados Unidos da Amrica, o primeiro marco deste movimento deu-se a 1 de Dezembro de 1955 no sul do pas, regio eminentemente racista, na cidade de Montgomery, estado do Alabama. Quando a costureira negra Rosa Parks, mais conhecida como A Me dos Direitos Civis, entrou num autocarro aps um dia de trabalho e, cansada, sentou-se nos bancos da frente do autocarro, local proibido aos negros pelas leis segregacionistas do estado, foi ordenada a dar o seu lugar a um passageiro branco e sentar-se no fundo do veculo. Rosa Parks recusou-se, tendo sido presa, julgada e condenada. O seu ato de coragem contra a submisso e a sua consequente priso deflagraram uma onda de manifestaes de apoio e revolta, alm do boicote da populao aos transportes urbanos, dando incio, de forma prtica, luta da sociedade negra por igualdade com a sociedade branca perante as leis americanas. O boicote aos transportes pblicos durou 386 dias e foi convocado pela liderana negra da cidade, com o apoio de diversos indivduos brancos.

Este levou criao, em 1957, da Conferncia dos Lderes Cristos do Sul, que, por sua vez, veio despoletar o Movimento pelos Direitos Civis. Foi liderado pelo reverendo Martin Luther King, adepto da desobedincia civil no violenta que tinha sido introduzida por Gandhi. Com este Movimento, conseguiu mobilizar e canalizar aes de protesto pacficas com vrios objetivos, como a igualdade na educao e no direito de voto. John F. Kennedy apoiou este Movimento e criou uma legislao que ps fim segregao nas escolas e nas reparties pblicas (aprovada em 1964) e posteriormente uma que defendia o voto negro (aprovada em 1965).Rosa Parks e Martin Luther King

FeminismoFeminismo um movimento social, filosfico e poltico que tem como meta direitos iguais e uma vivncia humana livre de padres opressores baseados em normas de gnero.

A histria do feminismo pode ser dividida em trs fases. A primeira ocorreu no sculo XIX e incio do sculo XX, a segunda nas dcadas de 1960 e 1970, e a terceira, na dcada de 1990 at atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos e manifesta-se em diversas disciplinas como a geografia feminista, a histria feminista e a crtica literria feminista.

As conquistas da Revoluo Francesa, que tinha como lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade, so reivindicadas pelas feministas porque elas acreditavam que os direitos sociais e polticos adquiridos a partir das revolues deveriam estender-se a elas enquanto cidads.

Houve momentos na histria da humanidade, como na Idade Mdia, em que a mulher tinha direitos mais abrangentes como o acesso total profisso e propriedade alm de chefiar a famlia. Porm, estes espaos fecharam-se com a chegada do capitalismo.

Em suma, a luta dos movimentos feministas no se esgota na equalizao das condies de trabalho entre homens e mulheres. As feministas afirmam que a sua luta no visa destruir tradies ou a famlia, mas alterar o conceito de que o lugar da mulher em casa a cuidar dos filhos. O compromisso dos movimentos feministas pr fim dominao masculina e estrutura patriarcal, acreditando que com isso garantiro a igualdade de direitos sem, contudo, assumir o espao dos homens.

Comisses/Organizaes em PortugalDurante este captulo do nosso trabalho, vamos dar a conhecer algumas comisses e organizaes governamentais que defendem a igualdade e a solidariedade e que visam acabar, ou pelo menos, atenuar certos tipos de discriminaes, nomeadamente o sexismo e o racismo.

Vamos tambm fornecer os objetivos de cada uma, bem como os nmeros verdes gratuitos que disponibilizam no seu site oficial.

Comisso para a cidadania e a igualdade de gnero

A CIG Comisso para a Cidadania e a Igualdade de Gnero , criada a 3 de Maio de 2007, sucede nas atribuies da Comisso para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres e da Estrutura de Misso contra a Violncia Domstica e integra as atribuies relativas promoo da igualdade da Comisso para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.

Site oficial da CIG http://www.cig.gov.pt/ A CIG incide sob trs planos nacionais: Cidadania e Igualdade de Gnero, Violncia Domstica e Trfico de Seres Humanos.

Tem por misso garantir a execuo das polticas pblicas no mbito da cidadania e da promoo e defesa da igualdade de gnero, sendo as suas principais atribuies:

a) Apoiar a elaborao e o desenvolvimento da poltica global e sectorial com incidncia na promoo da cidadania e da igualdade de gnero e participar na sua execuo e articulao;

b) Promover o cumprimento efetivo e integral das normas vigentes, na perspetiva da cidadania e da igualdade de gnero, designadamente nos domnios transversais da educao para a cidadania, da igualdade e no discriminao entre homens e mulheres, da proteo da maternidade e da paternidade, da conciliao da vida profissional, pessoal e familiar de mulheres e homens, do combate s formas de violncia de gnero e do apoio s vtimas;

c) Elaborar estudos e documentos de planeamento quem visem o suporte deciso poltica na rea da cidadania e da igualdade de gnero;

d) Promover a educao para a cidadania e a realizao de aes tendentes tomada de conscincia cvica relativamente identificao das situaes de discriminao e das formas de erradicao ou atenuao das mesmas;

e) Propor medidas e desenvolver aes de interveno contra todas as formas de violncia de gnero e de apoio s suas vtimas;

f) Assegurar a superviso tcnica das estruturas de acolhimento e de atendimento para vtimas de violncia e a coordenao estratgica com os demais sectores da Administrao Pblica envolvidos no apoio;

g) Articular e assegurar a implementao e manuteno de sistemas tcnicos de proteo s vtimas de violncia domstica;

h) Manter a opinio pblica informada e sensibilizada com recurso aos meios de comunicao social, edio de publicaes e manuteno de um centro de documentao e de uma biblioteca especializados;

i) Elaborar recomendaes gerais relativas a boas prticas de promoo de igualdade de gnero no sector pblico e privado, bem como atestar a conformidade com essas boas prticas;

j) Desenvolver servios de informao jurdica e de apoio psicossocial, especialmente nas situaes de discriminao e de violncia de gnero;CAMPANHA Stop violncia domstica contra as Mulheres

k) Receber queixas relativas a situaes de discriminao ou de violncia com base no gnero e apresent-las, sendo caso disso, atravs da emisso de pareceres e recomendaes, junto das autoridades competentes ou das entidades envolvidas;

l) Organizar, nos termos da lei, o registo nacional de organizaes no-governamentais cujo objeto estatutrio se destine essencialmente promoo dos valores da cidadania, da defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de gnero;

m) Cooperar com organizaes de mbito internacional, comunitrio e demais organismos congneres estrangeiros, tendo em vista participar nas grandes orientaes relativas cidadania e igualdade de gnero e promover a sua implementao a nvel nacional;

n) Cooperar com entidades pblicas e privadas de nveis nacional, regional e local em projetos e aes coincidentes com a misso da CIG, nomeadamente pelo estabelecimento de parcerias.

Esta Comisso disponibiliza tambm um servio de informao s vtimas de violncia domstica atravs do nmero verde gratuito 800 202 148.

Alto Comissariado para a imigrao e dilogo intercultural, I.P.O ACIDI Alto Comissariado para a Imigrao e Dilogo Intercultura, I.P. , fundada a 3 de Maio de 2007, um instituto pblico integrado na administrao indireta do Estado, dotado de autonomia administrativa.

Site oficial do ACIDI, I.P. http://www.acidi.gov.pt/

Tem como misso colaborar na conceo, execuo e avaliao das polticas pblicas, transversais e setoriais, relevantes para a integrao dos imigrantes e das minorias tnicas, bem como promover o dilogo entre as diversas culturas, etnias e religies.

Os seus Sete Princpios-chave so:1. IGUALDADE - reconhecer e garantir os mesmos direitos e oportunidades;2. DILOGO - promover uma comunicao efetiva;3. CIDADANIA - promover a participao ativa no exerccio dos direitos e dos deveres;4. HOSPITALIDADE - saber acolher a diversidade;5. INTERCULTURALIDADE - enriquecer no encontro das diferenas;6. PROXIMIDADE - encurtar as distncias para conhecer e responder melhor;7. INICIATIVA - ateno e capacidade de antecipao.

So atribuies do ACIDI:a) Promover o acolhimento e a integrao dos imigrantes e das minorias tnicas atravs da participao na conceo, desenvolvimento e coordenao de polticas pblicas transversais, integradas e coerentes;

b) Incentivar a participao cvica e cultural dos imigrantes e das minorias tnicas nas instituies portuguesas;

c) Garantir o acesso dos cidados imigrantes e minorias tnicas a informao relevante, designadamente, direitos e deveres de cidadania;

d) Combater todas as formas de discriminao em funo da raa, cor, nacionalidade, origem tnica ou religio, atravs de aes positivas de sensibilizao, educao e formao, bem como atravs do processamento das contraordenaes previstas na lei;

e) Promover a interculturalidade, atravs do dilogo intercultural e inter-religioso, com base no respeito pela Constituio, pelas leis e valorizando a diversidade cultural num quadro de respeito mtuo;

f) Dinamizar centros de apoio ao imigrante, de mbito nacional, regional e local, que proporcionem uma resposta integrada dos vrios servios pblicos s suas necessidades de acolhimento e integrao, designadamente, atravs de parcerias com departamentos governamentais com interveno no sector, servios da administrao pblica, autarquias locais, organizaes no-governamentais, associaes de imigrantes ou outras entidades com interesse relevante na matria;

g) Contribuir para a melhoria das condies de vida e de trabalho dos imigrantes em Portugal, de modo que seja proporcionada a sua integrao com dignidade, em igualdade de oportunidades com todos os cidados nacionais;

h) Incentivar iniciativas da sociedade civil que visem o acolhimento e integrao dos migrantes e minorias tnicas em Portugal;

i) Promover aes de sensibilizao da opinio pblica e a realizao de estudos sobre as temticas da imigrao, minorias tnicas, dilogo intercultural e dilogo inter-religioso;

j) Promover a incluso social de crianas e jovens provenientes de contextos socioeconmicos mais vulnerveis, em particular os descendentes de imigrantes e de minorias tnicas, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforo da coeso social, assegurando a gesto do Programa Escolhas;

k) Promover o dilogo com as religies atravs do conhecimento das diferentes culturas e religies e da construo de uma atitude de respeito mtuo e de afeto pela diversidade, quer dentro das fronteiras nacionais, quer na relao de Portugal com o mundo.

O ACIDI disponibiliza, gratuitamente, um conjunto de aes de informao/sensibilizao na rea da Cidadania e Interculturalidade s instituies interessadas. Com isto, pretende: Promover uma melhor compreenso da diversidade cultural; Sensibilizar para o acolhimento e integrao dos imigrantes em Portugal; Formar para a interculturalidade.

Tal como a CIG, tambm disponibiliza um servio telefnico de atendimento denominado de Linha SOS Imigrante: 808 257 257/218 106 191). Inaugurada a 13 de Maro de 2003, foi criada com o objetivo de disponibilizar a imigrantes e respetivas associaes, bem como a empresas e rgos da administrao pblica, um servio de atendimento telefnico capaz de prestar informao geral sobre as problemticas da imigrao.

Comisso Para a Igualdade no trabalho e no empregoA CITE Comisso para a Igualdade no Trabalho e no Emprego um mecanismo nacional de igualdade entre homens e mulheres no trabalho e no emprego, sob a tutela do Ministrio da Economia e do Emprego.

Site oficial da CITE http://www.cite.gov.pt/

Tem como principais atribuies prosseguir: A igualdade e a no discriminao entre mulheres e homens no mundo laboral; A proteo na parentalidade; A conciliao da vida profissional, familiar e pessoal.

No site da CITE, apresenta o direito igualdade e no discriminao pertencente aos trabalhadores e candidatos a empregos:

O/a trabalhador/a ou candidato/a a emprego do setor privado ou pblico tem direito a igualdade de oportunidades e de tratamento no que se refere ao acesso ao emprego, formao e promoo ou carreira profissionais e s condies de trabalho, no podendo ser privilegiado/a, beneficiado/a, prejudicado/a, privado/a de qualquer direito ou isento/a de qualquer dever em razo, nomeadamente, de ascendncia, idade, sexo, orientao sexual, estado civil, situao familiar, situao econmica, instruo, origem ou condio social, patrimnio gentico, capacidade de trabalho reduzida, deficincia, doena crnica, nacionalidade, origem tnica ou raa, territrio de origem, lngua, religio, convices polticas ou ideolgicas e filiao sindical, devendo o Estado promover a igualdade de acesso a tais direitos.Balana de Gneros

Esclarece tambm como se devem redigir anncios de ofertas de emprego ou formao profissional para evitar situaes de discriminao e dar cumprimento ao que a Lei estabelece, referindo tambm aspetos que um anncio de oferta de emprego ou formao profissional no deve conter, sendo estes enunciados de seguida: Indicao M/F pouco visvel ou perdida no texto (quando aplicvel); Elementos claramente indiciadores de preferncia por um dos sexos; Elementos de caracterizao predominantemente atribudos a um dos sexos, quando os mesmos no esto ligados ao contedo funcional a exercer; Meno a elementos da vida pessoal de quem se pretende recrutar (ex: estado civil; situao familiar).

Este um exemplo de anncio de oferta de emprego publicitado de forma correta:

E este um exemplo de anncio de oferta de emprego publicitado de forma incorreta:

A CITE disponibiliza vrias formas de atendimento jurdico, nomeadamente, presencial (face-a-face), por escrito ou por telefone, conforme o desejado pelo utente, tendo tambm uma linha verde como todas as outras organizaes, cujo nmero o 800 204 684. O respetivo atendimento procede-se das 10.30h s 12.30h e das 14.30h s 16.30h.

QRENO Quadro de Referncia Estratgico Nacional (QREN) assume como grande desgnio estratgico a qualificao dos portugueses, valorizando o conhecimento, a cincia, a tecnologia e a inovao, bem como a promoo de nveis elevados e sustentados de desenvolvimento econmico e sociocultural e de qualificao territorial, num quadro de valorizao da igualdade de oportunidades, bem como do aumento da eficincia e qualidade das instituies pblicas.

A prossecuo deste grande desgnio estratgico assegurada pela concretizao, com o apoio dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coeso, por todos os Programas Operacionais, no perodo 2007-2013, de trs grandes Agendas Operacionais Temticas, que incidem sobre trs domnios essenciais de interveno: o potencial humano, os fatores de competitividade da economia e a valorizao do territrio.

IV PLANO NACIONAL PARA A IGUALDADE GNERO, CIDADANIA E NO DISCRIMINAONas Grandes Opes do Plano e no Programa do Governo, em matria de igualdade de gnero, o governo prope: Consolidar as medidas promotoras da igualdade de gnero j postas em prtica; Aprofundar a transversalidade da perspetiva de gnero nas polticas pblicas; Fortalecer os mecanismos e estruturas que promovam uma igualdade efetiva entre mulheres e homens.

O IV Plano Nacional para a Igualdade, Gnero, Cidadania e No Discriminao (2011 -2013) um instrumento de polticas pblicas de promoo da igualdade e enquadra -se nos compromissos assumidos por Portugal nas vrias instncias internacionais e europeias, com destaque para a ONU, o Conselho da Europa e a Unio Europeia.

Pretende afirmar a igualdade como fator de competitividade e desenvolvimento, numa tripla abordagem. Por um lado, o reforo da transversalizao da dimenso de gnero, como requisito de boa governao, para se construir uma cidadania plena nas esferas pblica e privada. Por outro, a conjugao desta estratgia com aes especficas, incluindo aes positivas. E ainda, a introduo da perspetiva de gnero em todas as reas de discriminao, prestando um olhar particular aos diferentes impactos desta junto dos homens e das mulheres.

O Plano prev a adoo de um conjunto de 97 medidas estruturadas em torno de 14 reas estratgicas, sendo estas ltimas referidas no captulo III. De entre estas 97, destacam-se as seguintes:1. Integrar a perspetiva de gnero em todos os domnios de ao poltica;2. Implementar em cada ministrio um plano para a igualdade;3. Determinar o impacto das despesas efetuadas pelos ministrios na promoo da igualdade de gnero;4. Promover a implementao de planos municipais para a igualdade nas autarquias;5. Promover a implementao de planos para a igualdade nas empresas do sector empresarial do Estado;6. Apoiar o empreendedorismo feminino;7. Implementar guies para a igualdade e cidadania em todos os nveis de ensino;8. Combater a feminizao do VIH/sida;9. Criar um prmio anual para os municpios, designado Viver em igualdade;10. Atribuir a distino Mulheres criadoras de cultura;11. Promover o prmio Mulheres e homens na comunicao social;12. Prevenir e combater o assdio moral e sexual no local de trabalho;13. Combater as assimetrias salariais no mercado de trabalho;14. Promover a emancipao e empoderamento de jovens mulheres para a participao e cidadania ativa;15. Garantir a transversalizao do gnero na poltica internacional.

O presente Plano estrutura-se em trs captulos. No captulo I, contextualiza-se a temtica no plano internacional e nacional. O captulo II apresenta a metodologia de operacionalizao e de monitorizao do Plano. Finalmente, o captulo III explicita as 14 reas estratgicas que compem o Plano, bem como os objetivos que se visam com cada uma das reas. No entanto, ns apenas mencionaremos as reas estratgicas, deixando de parte os objetivos especficos de cada uma.CAPITULO I Enquadramento GeralA Declarao Universal dos Direitos Humanos enuncia que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que devem ter a capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declarao, sem distino de qualquer espcie, seja de raa, cor, sexo, lngua, religio, opinio poltica ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condio.

No quadro das Naes Unidas, a Conveno sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao contra as Mulheres (CEDAW) foi adotada em 1979 e ratificada sem reservas por Portugal em 1980. Os Estados Parte assumem o compromisso de incluir nas suas respetivas legislaes o princpio da igualdade entre mulheres e homens; de eliminar todas as formas de discriminao, legais ou outras, contra as mulheres; de garantir o seu total desenvolvimento em todas as reas, principalmente poltica, civil, econmica, social e cultural, de modo a assegurar o exerccio dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, tendo acordado ainda promover por todos os meios e de forma clere uma poltica para a concretizao da igualdade de facto entre mulheres e homens.

CAPTULO II Metodologia de operacionalizaoDe modo a potenciar a coerncia das polticas pblicas no domnio da igualdade, os objetivos e as medidas constantes deste IV PNI incluem uma abordagem de interseco com outros planos e programas nacionais de poltica sectorial.

A sua execuo pressupe uma cooperao estratgica entre todos os parceiros na implementao das diferentes medidas, a que se sucedero os processos de monitorizao e avaliao. produzido obrigatoriamente um relatrio anual de execuo. Ser tambm produzido um relatrio final de avaliao por entidade externa, cientificamente legitimada nesta rea.

A coordenao deste Plano da responsabilidade da CIG, mas a execuo das aes depende da participao dos diversos parceiros envolvidos. Assim, embora seja atribuda CIG a coordenao geral da sua execuo, trata-se de uma interveno partilhada entre vrios parceiros e orientada para objetivos comuns.

Captulo III reas Estratgicasrea estratgica n. 1 Integrao da Dimenso de Gnero na Administrao Pblica, Central e Local, como Requisito de Boa Governao;rea estratgica n. 2 Independncia Econmica, Mercado de Trabalho e Organizao da Vida Profissional, Familiar e Pessoal;rea estratgica n. 3 Educao e Ensino Superior e Formao ao Longo da Vida;rea estratgica n. 4 Sade;rea estratgica n. 5 Ambiente e Organizao do Territrio;rea estratgica n. 6 Investigao e Sociedade do Conhecimento;rea estratgica n. 7 Desporto e Cultura;rea estratgica n. 8 Media, Publicidade e Marketing;rea estratgica n. 9 Violncia de Gnero;rea estratgica n. 10 Incluso Social;rea estratgica n. 11 Orientao Sexual e Identidade de Gnero;rea estratgica n. 12 Juventude;rea estratgica n. 13 Organizaes da Sociedade Civil;rea estratgica n. 14 Relaes Internacionais, Cooperao e Comunidades Portuguesas.

ConclusoCom este trabalho, pretendemos responder questo inicialmente formulada como que a discriminao pode impedir ou limitar o efetivo cumprimento dos direitos humanos e o avano no desenvolvimento?

Mostrmos que os direitos humanos no podem ser cumpridos quando a sua fruio negada ou limitada com base na origem tnica, cor da pele, religio, gnero, identidade de gnero, orientao sexual, idade, deficincia ou outra condio.Declarao Universal Dos Direitos Humanos

Embora h sessenta anos, a Declarao Universal dos Direitos Humanos tivesse sido adotada, garantindo o princpio da universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos, evidencimos que a discriminao ainda se manifesta, nas suas mais diversas formas.

Para alm de ir contra o universalismo dos direitos humanos, a discriminao tambm colide com uma das principais caratersticas da sociedade atual o multiculturalismo proveniente da globalizao , devendo este ser visto como uma mais-valia e no como uma desvantagem.

Em concluso, numa sociedade multicultural, no pode haver lugar a discriminao, qualquer que seja a face que esta assuma.

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