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Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social Oficina de Planejamento Participativo 2010 2010 Facilitadora Laura Maria Pedrosa de Almeida

Oficina de Planejamento Participativo 2010 - SIGAS-PEportalsocial.sedsdh.pe.gov.br/sigas/Arquivos/capacitacao/meta 06... · atuação efetiva dos atores sociais no processo de elaboração

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Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social

Oficina de Planejamento Participativo

20102010

FacilitadoraLaura Maria Pedrosa de Almeida

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social

Planejamento

- planejar significa pensar antes de agir;

- planejar não é adivinhar ou predizer o futuro, e sim, calcular,influir no futuro.

Planejamento é um processo de ações coordenadas, deracionalização dos meios materiais e dos recursos humanos, quepermite prever necessidades a serem atendidas, com vistas àpermite prever necessidades a serem atendidas, com vistas àtransformação de uma dada realidade. É a sistematização eorganização das ações necessárias ao alcance de objetivos emetas, em prazos determinados e em etapas definidas. Permite atomada de decisões mais adequadas, racionais e compatíveiscom o contexto a ser mudado, e requer conhecimento e avaliaçãodesta realidade. É projetar o futuro, pensando em qual o melhorcaminho para se chegar lá.

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Planejar é essencial para elaborar planos, programas ou projetos

Elementos do planejamento

RacionalidadeRacionalidade - Tomada de DecisãoTomada de Decisão - Visão de FuturoVisão de Futuro

Planejar envolve identificar, analisar, prever, decidir a respeito doque, por que, para que, como, quando, onde, quem, para quemse quer promover um programa ou ação.se quer promover um programa ou ação.

Compreende o estabelecimento de PRIORIDADES

o que não pode deixar de ser feito

COMO → detalhamento

QUANDO → prazo

QUEM → responsável

QUANTO → orçamento

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Em síntese

Planejamento:

- processo contínuo, dinâmico, flexível;

- deve ser aperfeiçoado gradativamente com a incorporação denovos conhecimentos e experiências;

- estabelece os objetivos maiores, de longo alcance;

- envolve a escolha das alternativas que serão adotadas para aconcretização desses objetivos e a alocação dos recursos com talconcretização desses objetivos e a alocação dos recursos com talfinalidade;

- compreende pelo menos três pontos essenciais:

Onde nós estamos? → problemas, recursos, dificuldades epossibilidades.

Onde queremos ir? → visão de futuro, metas e objetivos.

Como chegar lá? → possíveis caminhos, estratégias a seremadotadas e as ações necessárias.

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Planejamento é o processo; a ação de planejar.

Plano - é mais abrangente; mais genérico. Termo de caráter maisglobal, faz referência às decisões que expressam as orientaçõespolíticas fundamentais. É constituído por um conjunto deprogramas inseridos dentro de uma determinada política, commenor grau de detalhamento, que resume o conjunto de propostasa serem levadas a cabo durante o processo de planejamento.

Programa - é caracterizado por um conjunto organizado, coerentee integrado de projetos que buscam os mesmos objetivos e sãoe integrado de projetos que buscam os mesmos objetivos e sãocomplementares entre si. Todo programa estabelece prioridades deintervenção, ordena os projetos, aloca os recursos. Envolve oconjunto de ações a serem desenvolvidas em um determinadoperíodo, envolvendo os componentes “macro” de um plano.

Projeto - é um empreendimento planejado que consiste numconjunto de atividades interrelacionadas e coordenadas paraalcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamentoe de um período de tempo dados. É a unidade mais operativa doplanejamento.

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Em síntese

Plano é o conjunto de programas.

Programa é o conjunto de projetos.

Projeto é o conjunto de ações que visam a melhoria deuma situação.uma situação.

• Projetos e programas serão sustentáveis quando seusefeitos perduram mesmo após o encerramento de suasatividades.

• Planejamento é o processo que irá estruturar as ações aserem desenvolvidas para mudar uma realidade presente,sendo utilizada nos planos, programas e projetos.

não pertence somentePlano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos

para a Área da Assistência Social

Participação

Participação significa compartilhar uma ação.

É um exercício de poder; é contribuir com a construção daagenda de governo, definir prioridades, avaliar ações; éinterlocução, pactuação; acesso a bens, serviços,programas... Exercício do protagonismo.

-Significa ‘fazer parte’, tomar parte de um processo e nãoapenas estar presente em determinado espaço; significamanifestar-se diante de questões, temas; emitir opinião,concordar, discordar, propor, decidir, avaliar.

- A participação fortalece a própria ação do planejamento,assim como lhe confere uma maior concretude e interfacecom a realidade.

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Participação

“Participar de um processo de mobilização social é uma escolha,porque a participação é um ato de liberdade. As pessoas sãochamadas, convocadas, mas participar ou não é uma decisão decada um. Essa decisão depende essencialmente das pessoas severem ou não responsáveis e como capazes de provocar e construirmudanças.” (Toro e Werneck, 2004)

“O que se precisa entender é que participar é fazer política e estadepende das relações de poder percebidas. Que participar é umaprática social na qual os interlocutores detêm conhecimentos que,apesar de diferentes, devem ser integrados. Que o conhecimento nãopertence somente a quem passou pelo processo de educação formal,ele é inerente a todo ser humano. Que se uma pessoa é capaz depensar sua experiência, ela também é capaz de produzirconhecimento. Que participar é repensar o seu saber em confrontocom outros saberes. Participar é fazer com e não para”. (Tenório, 1990)

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Planejamento Participativo

Planejamento com participação é aquele que possibilita umaatuação efetiva dos atores sociais no processo de elaboração sejade um plano, seja de um projeto, sem considerá-los simplesreceptores, aos quais apenas são repassadas informações outransmitidos conhecimentos.

No enfoque participativo são valorizados os conhecimentos e asexperiências dos participantes, envolvendo-os na discussão,identificação e busca de soluções para problemas que emergem desuas vidas cotidianas e de suas comunidades. Exige comopressuposto básico, que os indivíduos sejam os sujeitos doprocesso, com o seu efetivo envolvimento na análise da situação,estabelecimento de objetivos, planejamento de ações, divisão deresponsabilidades assim como a execução, monitoramento e a

avaliação das atividades.

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Alguns componentes que orientam o planejamento participativo

Planejar e ter o interesse em realizarSignifica dizer: tomar decisão e ter consciência sobre a necessidadede realizar as ações que foram estabelecidas. Apenas o ato deplanejar não muda determinada realidade.

Quem planeja, executaRecomenda que quem executa os programas, projetos e ações,Recomenda que quem executa os programas, projetos e ações,deverá estar envolvido na sua elaboração, dessa forma terá maiorfacilidade em compreender quando de seu desenvolvimento, aomesmo tempo aumenta o grau de envolvimento e deresponsabilidade para com o resultado final.

Respeito às decisõesO resultando em um planejamento deve representar os interessesdo grupo envolvido; todos os participantes devem sentir-se sujeitosdo processo; não deve ser o instrumento para a viabilização deinteresses particulares.

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Alguns componentes que orientam o planejamento participativo

Participação - elemento fundamentalPara sustentabilidade do processo de planejamento é necessário oenvolvimento de todos e não somente de uma equipe deplanejadores, de especialistas .

Pensar o cenário futuro, de longo prazoTrabalhar não apenas sob o cenário atual e o de curto prazo, masfundamentar-se em orientações mais amplas e duráveis, de médiofundamentar-se em orientações mais amplas e duráveis, de médioou longo prazo.

Continuidade do processoEstabelecer um sistema de monitoramento e avaliação éfundamental para a consolidação de um processo de planejamento:- monitoramento das ações realizadas como forma de verificar seestão compatíveis com os objetivos e metas propostos;- avaliação constante e progressiva em todas as etapassignificativas.

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Instrumentos de Gestão da Política de Assistência Social

Conforme a NOB/SUAS, “os instrumentos de gestão se caracterizamcomo ferramentas de planejamento técnico e financeiro da Política edo SUAS, nas três esferas de governo, tendo como parâmetro odiagnóstico social e os eixos de proteção social básica e especial”.

São eles:

Plano de Assistência Social• Plano de Assistência Social

• Orçamento

• Monitoramento

• Avaliação

• Gestão da Informação

• Relatório Anual de Gestão

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Plano

A elaboração do Plano consiste na sistematização e naconcretização de todo o processo de planejamento.

A elaboração do Plano não é um ato restrito apenas a captaçãode recursos. Deve ser entendido como um planejamento dagestão e instrumento orientador para avaliação das açõesdesenvolvidas.

Para que as ações tenham resultado é necessário:Para que as ações tenham resultado é necessário:- entender a realidade e suas relações- enxergar as potencialidades, oportunidades e riscos- é preciso PLANEJAR

Toda proposta de trabalho deve passar por três momentos, quese relacionam entre si:

PLANEJAMENTO - EXECUÇÃO - AVALIAÇÃO

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Plano e Planejamento.

“Planejar não é simplesmente fabricar planos. É pensarantes de agir, durante a ação e depois dela. Planejamentoé um processo de tomada de decisões. (Brighenti,1988)

Plano é o registro das decisões.

Há, portanto, diferença entre Planejamento, plano e ação:Há, portanto, diferença entre Planejamento, plano e ação:

Planejamento é um processo de tomada de decisões.

Plano é o registro das decisões.

Ação é o ato de intervir na realidade, que pode serplanejado ou não.

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PlanoPlano dede AssistênciaAssistência SocialSocial(Fonte: CapacitaSUAS,CapacitaSUAS, MDS,MDS, VolVol.. 33,, 20082008 –– Sugere-se a leitura destedocumento como subsídio à elaboração do Plano Municipal de AssistênciaSocial).

- O Plano constitui instrumento estratégico para a descentralizaçãodemocrática da assistência social, se garantir de modo sistemático,o envolvimento das entidades e organizações da sociedade civil,privilegiando a participação das organizações populares eassociações coletivas de usuários, tradicionalmente excluídas deassociações coletivas de usuários, tradicionalmente excluídas deauto-representação nas decisões.

- O Plano de Assistência Social é um instrumento de gestão queorganiza, regula e norteia a execução da Política de AssistênciaSocial, contemplando as prioridades de ações, serviços,programas, projetos e benefícios a serem prestados na esfera doterritório local.

-No plano deverão ser registradas as ações a serem desenvolvidasnos eixos de Proteção Social Básica, Proteção Social Especial,Aprimoramento da Gestão e da Rede Socioassistencial.

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Plano de Assistência Social

O Plano é instrumento de um processo, não um fim em simesmo. A elaboração do Plano ganhará relevância políticase for capaz de:

• fomentar o debate sobre o campo da assistência social;

• produzir dados consistentes sobre as necessidades sociaisindividuais e coletivas dos grupos aos quais se dirige;

• colocar em questão a natureza e o alcance social dasações nessa área;

• conduzir os gestores da assistência social a inseri-la naagenda pública local.

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Plano de Assistência Social

No contexto de implantação do SUAS, que busca superar a práticaassistencialista e clientelista, o Plano é:

• instrumento fundamental para uma política planejada;

• parâmetro básico para a democratização do processo decisório;

• mecanismo para viabilizar a inserção da assistência social ao• mecanismo para viabilizar a inserção da assistência social aosistema de planejamento global do município.

E ainda:

No contexto de formulação do Plano, a participação e ofortalecimento dos Conselhos de Assistência Social sãorequisitos indispensáveis, até porque cabe a eles a aprovação doPlano e o acompanhamento sistemático de sua execução eaplicação financeira.

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Componentes básicos para a construção do Plano Municipal deAssistência Social – PMAS (Fonte: CapacitaSUAS, 2008)

• Conhecimento da realidade (estudos e diagnósticos)

• Mapeamento e cobertura da rede prestadora de serviços

• Objetivos

• Diretrizes e prioridades

• Metas e previsão de custos• Metas e previsão de custos

• Financiamento

• Monitoramento e Avaliação

O responsável pela elaboração do Plano é o órgão gestor: Secretariade Assistência Social.O Plano deve ser aprovado pelo Conselho Municipal de AssistênciaSocial.

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Plano Municipal de Assistência Social

ConhecimentoConhecimento dada realidaderealidade (estudos e diagnósticos)

• Instrumento norteador para definição dos objetivos, estabelecimentodas prioridades, metas e escolhas metodológicas.

• Baseado em estudos e diagnósticos, analisa a realidade social domunicípio (necessidades e problemas) e identifica o contexto em quese pretende intervir.se pretende intervir.

• O conhecimento da realidade deve buscar apoio em indicadoressociais, demográficos e econômicos; na identificação da vocaçãoeconômica e potencialidades locais; no conhecimento da rede socialexistente e das demandas sociais; e abordagem físico-geográfica.

• É importante ter informações mais detalhadas sobre a populaçãodestinatária (vulnerabilidades e riscos apresentados pelos usuários), eidentificar os territórios onde há maior incidência destas situações.

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ConhecimentoConhecimento dada realidaderealidade (cont.)

Para elaboração do PMAS é importante o levantamento de umconjunto de informações e de indicadores relevantes para que seconfigurem os problemas a serem enfrentados no campo daassistência social.

Sugestão para levantamento de informações e indicadores:

- REDESUAS; IBGE; Cadastros dos programas sociais (Bolsa Família,BPC, PETI, entre outros); IPEA; pesquisas feitas por Universidades,ONGs; Censo escolar/MEC etc.

- Índices e indicadores sociais IDH-M (PNUD); PNAD; Índice depobreza (IPEA); existência de comunidades indígenas, quilombolas,assentamentos rurais; população de rua; índice de analfabetismo;índice de natalidade, mortalidade etc.

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ConhecimentoConhecimento dada realidaderealidade (cont.)

O diagnóstico social permite o exercício de uma dasimportantes funções da assistência social – a de VigilânciaSocial – responsável por detectar e informar as característicasSocial – responsável por detectar e informar as característicase dimensões das situações de precarização, que vulnerabilizame trazem riscos aos cidadãos.

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MapeamentoMapeamento ee coberturacobertura dada rederede prestadoraprestadora dede serviçosserviços

- Identificar o conjunto de serviços, programas, projetos, benefíciosoferecidos pela assistência social e pelas demais políticas sociaispúblicas que tem interface com a assistência social.

- Mapear e analisar quanto à localização, natureza da atençãooferecida, cobertura, quadro profissional, padrão de qualidade, ouoferecida, cobertura, quadro profissional, padrão de qualidade, ouseja, impacto que provocam sobre a realidade local etc.

- Em relação à assistência social, mapear as iniciativas da sociedadecivil que são complementares na provisão da proteção social, para oenfrentamento das situações de vulnerabilidade.

- Indicar as parcerias, isto é, com quem se pretende executar asações.

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ObjetivosObjetivos dodo PlanoPlano

- Os objetivos traduzem os resultados que se pretende atingir com aexecução do Plano, ou seja, a definição de onde se quer chegar.

- Contemplam aspectos gerais e específicos.

ObjetivoObjetivo GeralGeral: deve definir de forma abrangente o que se pretendealcançar com o plano, isto é, apresenta a mudança esperada nasituação geral da população para quem se destinam as ações dosituação geral da população para quem se destinam as ações doplano.

ObjetivosObjetivos EspecíficosEspecíficos: expressam o detalhamento do objetivo gerale apontam os resultados a serem alcançados naquelas áreas onde seencontram as demandas territoriais. É importante que sejamrelacionados por eixo da Política de Assistência Social: Proteção SocialBásica; Proteção Social Especial (média e alta complexidade); e eixode Aprimoramento da Gestão e da Rede Socioassistencial.

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AçõesAções

A partir dos objetivos específicos indicados por eixo, são descritas asações necessárias, traduzidas em programas, projetos, serviços (éimportante descrever os serviços de acordo com a Tipificação Nacionaldos Serviços Socioassistenciais – Resolução CNAS 109/2009) ebenefícios (permanentes e eventuais), a serem realizados diretamentepelo município ou em parceria com a sociedade civil, por meio da redepelo município ou em parceria com a sociedade civil, por meio da redeprestadora de serviços.

Devem ser considerados os níveis de proteção:

Proteção Social Básica e Proteção Social Especial de MédiaComplexidade e de Alta Complexidade.

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DiretrizesDiretrizes ee prioridadesprioridades

As Diretrizes devem expressar as grandes linhas orientadoras doPlano e estar coerentes com as diretrizes que orientam aadministração pública, indicadas nos planos de governo – PlanoDiretor, Plano Plurianual, Plano Estratégico, Plano Decenal e outros.

- Devem considerar, também, as diretrizes das políticas setoriais quetem interface com a assistência social.tem interface com a assistência social.

- As diretrizes que orientam o Plano Municipal partem da análise dodiagnóstico territorial elaborado em relação às demandas sociais, aosindicadores sociais, econômicos e demográficos, à redesocioassistencial existente; aos investimento públicos e à capacidadede gestão.

- Deixar claro quais são as prioridades das ações da Assistência Socialno município.

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MetasMetas ee previsãoprevisão dede custoscustos

MetaMeta: é a quantificação dos objetivos.

Ao se prever as metas, devem ser considerados o número de famíliase territórios que já vêm sendo atendidos, bem como a ampliaçãonecessária, e levar em conta os recursos disponíveis (humanos,materiais, financeiros), e outros que podem ser mobilizados.

Para elaboração dos custos é importante o conhecimento dos pisos deatendimento para programa/ projeto/ serviço, definidos na NOB/05. Oatendimento para programa/ projeto/ serviço, definidos na NOB/05. Oconhecimento dos pisos de atendimento são referências para aprevisão geral do orçamento, consequentemente, para omonitoramento e avaliação.

“É recomendável compatibilizar custos com objetivos a serem atingidose resultados previstos pelo Plano, ancorando as metas em previsõesrealistas, para se gerenciar a eficácia e efetividade dos programas eserviços”.

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FinanciamentoFinanciamento

Dimensões centrais: quantidade de recursos aplicados e forma degestão desses recursos.

- Na legislação não está explícito percentual fixo para a área daassistência social; fica a critério dos governantes, legisladores e dacapacidade de influência dos conselheiros e sociedade civil, a decisãorelacionada ao montante de recursos fiscais a serem gastos na área.

- A partir do SUAS, o financiamento da assistência social estabelece- A partir do SUAS, o financiamento da assistência social estabelecemecanismos alicerçados no princípio do co-financiamento dos entesfederados; deve considerar como referência a família e seus membrosnos territórios de pertencimento e o nível de complexidade do riscosocial ao qual estão submetidos.

- O financiamento da assistência social exige o estabelecimento dealianças, negociações e acordos com o poder legislativo em torno daproposta orçamentária, que possam contemplar a ampliação de metase a garantia de recursos para a execução do Plano de AssistênciaSocial.

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FinanciamentoFinanciamento (cont.)

- O gestor municipal deve definir com clareza os recursos disponíveispara a consecução do Plano, explicitar as fontes de financiamento quesubsidiarão as ações, sejam do orçamento próprio, das transferênciasestaduais, federais ou de apoios privados.

- O fortalecimento dos Fundos de Assistência Social é peça chave paraa consolidação da gestão do SUAS. Este deve reunir a totalidade dosrecursos destinados aos programas, projetos, serviços e benefícios daassistência social.assistência social.

- O Plano de Assistência Social é um instrumento valioso de captaçãode recursos. É preciso divulgá-lo e utilizá-lo nos processos políticos denegociação para garantir seu financiamento.

- Sugere-se que no Plano, o detalhamento físico-financeiro sejaapresentado em forma de planilha (quadro), por ano de execução, comprevisão, dos recursos orçamentários e fontes de financiamento(municipal, estadual e federal, ou outros).

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MonitoramentoMonitoramento ee AvaliaçãoAvaliação

O Plano Municipal de Assistência Social requer avaliação e reajusteconstantes, seja em face de novos acontecimentos ou situações, sejapara a correção dos objetivos e estratégias anteriormente definidos ouredefinidos, ao longo de sua implementação. Portanto, requer adefinição de uma sistemática de acompanhamento das açõespropostas com vistas ao alcance dos objetivos e metas estabelecidas.

Monitoramento e Avaliação → instrumentos estratégicos para aexecução do Plano:- identifica seus ganhos e dificuldades;- municia os agentes sociais de informações que levem ao seucontínuo ajuste e aperfeiçoamento;- possibilita o exercício do controle social pela sociedade.

No Plano devem ser previstos monitoramento e avaliação tanto deprocesso como de resultados.

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MonitoramentoMonitoramento ee AvaliaçãoAvaliação (cont.)

- São processos contínuos e dinâmicos de acompanhamentodas ações programadas, com momentos definidos para averificação (semanal, mensal, anual, ao final de uma etapa etc.).

- Verifica se os produtos e resultados previstos foramalcançados; se as demandas priorizadas e suas metas foramdevidamente atendidas; os ganhos e alcance social das ações.devidamente atendidas; os ganhos e alcance social das ações.

- Possibilita acompanhar decisões; procedimentos dos agentessociais; integração intersetorial e da rede socioassistencial;protagonismo dos parceiros; participação dos beneficiários;adesão ao serviço/programa, avaliando mudanças decomportamento pessoal, grupal, e cultura, no âmbitoinstitucional e do território trabalhado.

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Sugestão de estrutura para elaboração do Plano Municipal deAssistência Social

Identificação

Introdução

Diagnóstico Social do município – conhecimento da realidade

Mapeamento e cobertura da rede de proteção social (por nível deMapeamento e cobertura da rede de proteção social (por nível deproteção básica e especial)

Objetivos

Ações

Metas

Monitoramento e Avaliação

Financiamento

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Bibliografia consultada

- Brose, Markus (org.). Metodologia Participativa: uma introdução a 29instrumentos, Porto Alegre: Tomo Editorial, 2001.

- CapacitaSUAS, Volume 3, MDS: 2008.

- Gandin, Danilo. A Posição do Planejamento Participativo entre as Ferramentasde Intervenção na Realidade. Instituto Latino-Americano de PlanejamentoParticipativo. Porto Alegre, Brasil.Participativo. Porto Alegre, Brasil.

- NOB/SUAS – 2005.

- Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004.

-Técnicas para elaboração e gestão participativa de projetos. Curitiba: 2008.

Laura Maria Pedrosa de AlmeidaFacilitadoraAgosto, 2010