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Oficina e Recital II Oficina "O Acordeão Contemporâneo" Paulo Jorge Ferreira, Terça feira 19 de Maio 2015 A oficina de dia 19 de Maio de 2015, teve por tema o Acordeão Contemporâneo. Paulo Jorge Ferreira, conhecido acordeonista português, explicounos um pouco sobre a escrita para este instrumento que não consta da instrumentação normal das ensambles dos nossos dias. Primeiro apresentou as técnicas normais e estendidas do acordeão, dando exemplos da literatura do instrumento, tocandoos e mostrando as partituras, como funciona o sistema de botões num acordeão de concerto, etc. Depois, mostrou alguns métodos de composição para acordeão que existem, falounos um pouco sobre as diferenças entre o acordeão de concerto, a concertina e outros instrumentos da família. Para terminar tocou um pouco de uma música para acordeão que utilizava técnicas estendidas. Achei uma aula muito interessante, no sentido em que fiquei a conhecer muito melhor a forma como se toca acordeão e as técnicas que podem ser utilizadas para a composição de obras para o instrumento, que, embora tenha sido utilizado por grandes compositores do século XX, como Gubaidulina, Berio, Adès, entre outros, não é muito ouvido no nosso repertório habitual. Por este motivo, fiquei com bastante curiosidade em compor uma peça para acordeão de concerto. Pareceme ser um instrumento que em termos tímbricos tem muitas possibilidades e em termos técnicos tem resultados muito engraçados. Nádia de Sousa Varela de Carvalho

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Oficina  e  Recital  II  

Oficina  "O  Acordeão  Contemporâneo"  Paulo  Jorge  Ferreira,  Terça  feira  19  de  Maio  2015      

A   oficina   de   dia   19   de   Maio   de   2015,   teve   por   tema   o  Acordeão   Contemporâneo.   Paulo   Jorge   Ferreira,   conhecido  acordeonista  português,   explicou-­‐nos  um  pouco  sobre  a  escrita  para  este  instrumento  que  não  consta  da  instrumentação  normal  das  ensambles  dos  nossos  dias.    

Primeiro   apresentou   as   técnicas   normais   e   estendidas   do  acordeão,   dando   exemplos   da   literatura   do   instrumento,  tocando-­‐os  e  mostrando  as  partituras,  como  funciona  o  sistema  de   botões   num   acordeão   de   concerto,   etc.   Depois,   mostrou  alguns   métodos   de   composição   para   acordeão   que   existem,  falou-­‐nos   um   pouco   sobre   as   diferenças   entre   o   acordeão   de  concerto,   a   concertina   e   outros   instrumentos   da   família.   Para  terminar   tocou   um   pouco   de   uma   música   para   acordeão   que  utilizava  técnicas  estendidas.  

Achei  uma  aula  muito  interessante,  no  sentido  em  que  fiquei  a   conhecer  muito  melhor   a   forma   como   se   toca   acordeão   e   as  técnicas   que   podem   ser   utilizadas   para   a   composição   de   obras  para   o   instrumento,   que,   embora   tenha   sido   utilizado   por  grandes   compositores   do   século   XX,   como   Gubaidulina,   Berio,  Adès,   entre   outros,   não   é   muito   ouvido   no   nosso   repertório  habitual.  

Por  este  motivo,  fiquei  com  bastante  curiosidade  em  compor  uma   peça   para   acordeão   de   concerto.   Parece-­‐me   ser   um  instrumento  que  em  termos  tímbricos  tem  muitas  possibilidades  e  em  termos  técnicos  tem  resultados  muito  engraçados.  

   

Nádia  de  Sousa  Varela  de  Carvalho  

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Oficina  e  Recital  II  

Concerto  Norrbotten  NEO  Konserthuset,  Estocolmo,  26  de  Outubro  de  2014    

Durante   o   primeiro   semestre,   estive   a   fazer   ERASMUS   na  Suécia,  na  cidade  de  Estocolmo.  Estive  a  estudar  na  Royal  School  of   Music   of   Stockholm,   Kungliga   Musikh�ögskolen   com,   entre  outros,   Pär   Lindgren,     Bill   Brunson   e   Mattias   Sköld.   Um   dos  benefícios   de   se   estudar   nesta   escola   é   a   quantidade   de  concertos  a  que  podemos  assistir  gratuitamente.  Um  dos  muitos  que  fui  ver  foi  este,  dia  26  de  Outubro  de  2014  na  Konserthuset  que   apresentou   a   ensemble   Norrbotten   NEO,   composta   por  vibrafone   (Daniel   Saur),   viola   (Kim   Hellgren),   violino   (Brusk  Zanganeh),   piano   (Mårten   Landström),   flauta   alto   (Sara  Hammarström),   clarinete   (Kristian   Möller),   violoncelo   (Elemer  Lavotha).  

O   concerto   compôs-­‐se   das   seguintes   obras:   Vent   nocturne,  para   viola   e   electrónica   de   Saariaho,   Tidsbågar   do   compositor  sueco   H.   Strindberg     para   violino,   vibrafone   e   piano,   Eleven  Echoes  of  Autumn  de  Crumb  para  violino,  flauta  alto,  clarinete  e  piano,   Codex   purpureus,   Sciarrino,   para   trio   de   cordas   e   Light  and  Matter  de  Saariaho  para  pianotrio.  

Foi   um   excelente   concerto,   onde   pudemos   ouvir   peças   do  repertório  contemporâneo  tocadas  por  instrumentistas  exímios.  No   final   pudemos   ficar   à   conversa   com  os   instrumentistas   que  nos   explicaram   como   era   interpretar   aquelas   obras,   as  dificuldades  que  cada  uma  lhes  exigia  em  termos  de  leitura  e  dar  dicar  para  compormos  para  os  seus  instrumentos.  

   

 Nádia  de  Sousa  Varela  de  Carvalho