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Apoio: Officium Ensemble _01 nov_dom / 16h30 _Convento de São Pedro de Alcântara Requiem terræ motus victimarum Requiem pelas vítimas do Grande Terramoto de Lisboa - 1755

Of˜cium Ensemble - TMSR...2020/10/01  · a Missa em Si menor de J. S. Bach, Falstaff de Verdi, Solomon de Händel e Seven Last Words from the Cross de James MacMillan. É professor

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Officium EnsembleRequiem terræ motus victimarum

Apoio:

OfficiumEnsemble

_01 nov_dom / 16h30_Convento de São Pedro de Alcântara

Requiem terræ motus victimarumRequiem pelas vítimasdo Grande Terramoto de Lisboa - 1755

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Manuel Mendes (1547-1605)Missa pro Defunctis a 4 - IntroitusMissa pro Defunctis a 4 - KyrieMissa pro Defunctis a 4 - Gradual

Estêvão Lopes-Morago (1575-1630)Tractus: De profundis

Manuel MendesMissa pro Defunctis a 4 - OffertoriumMissa pro Defunctis a 4 - SanctusMissa pro Defunctis a 4 – Agnus DeiMissa pro Defunctis a 4 - Communio: Lux æterna

Pedro Teixeira Director Musical

Ariana Russo_SopranoInês Lopes_Soprano

Fátima Nunes _ContraltoRita Tavares_Contralto

Gerson Coelho_TenorJorge Leiria_Tenor

Pedro Casanova_BaixoRui Borras_Baixo

PROGRAMADuarte Lobo (1563-1646)Responsorium pro defunctis: Memento mei

Manuel Cardoso (1566-1650)Lamentatio Feria Quinta, 6vvNon mortui qui sunt in inferno, 6vv

Filipe de Magalhães (1571 -1652)Commissa mea, 6vv

Estêvão Lopes-Morago Jesu Redemptor II, 8vv

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No ano em que se comemoram os 265 anos sobre o Grande Terramoto de Lisboa de 1755, e também no contexto atribulado e aflitivo que todos vivemos neste ano de 2020, o Officium Ensemble assinala estes dois acontecimentos, trazendo a público uma das obras menos interpretadas da história da música portuguesa, de uma das figuras mais importantes da Escola de Música da Sé de Évora renascentista: o Requiem a 4 vozes, de Manuel Mendes. Interpreta-se, assim, um Requiem praticamente desconhecido, uma missa de defuntos facilmente relacionável com os tempos de desafortunada morte que vivemos, e também com a enorme outra hecatombe causada pelo terramoto de 1755.

O programa de concerto termina com o impressionante Jesu Redemptor II a 8 vozes, de Estêvão Lopes-Morago, escrito precisamente para as exéquias de várias almas, desenhando com grande intensidade o texto “Jesus Redentor, recebe as suas almas no Paraíso”, num final que tem tanto de sóbrio como de majestoso e comovente.

A escolha da data para o concerto pretende, também, assinalar o aniversário do terramoto: no dia 1 de Novembro de 2020 farão exatamente 265 anos sobre a calamidade que atingiu, na época, Lisboa.

No ano em que se comemoram os 265 anos sobre o Grande Terramoto de Lisboa de 1755, e também no contexto atribulado e aflitivo que todos vivemos neste ano de 2020, o Officium Ensemble assinala estes dois acontecimentos, trazendo a público uma das obras menos interpretadas da história da música portuguesa, de uma das figuras mais importantes da Escola de Música da Sé de Évora renascentista: o Requiem a 4 vozes, de Manuel Mendes. Interpreta-se, assim, um Requiem praticamente desconhecido, uma missa de defuntos facilmente relacionável com os tempos de desafortunada morte que vivemos, e com a enorme outra hecatombe causada pelo terramoto de 1755. Neste contexto, a escolha da obra para encerrar o concerto recaíu inexoravelmente sobre o impressionante Jesu Redemptor II a 8 vozes, de Estêvão Lopes-Morago, escrito precisamente para as exéquias de várias almas, desenhando com grande intensidade o texto “Jesus Redentor, recebe as suas almas no Paraíso”, num final que tem tanto de sóbrio como de majestoso e comovente.

Aluno de António Carreira na Capela Real, Manuel Mendes entra como mestre de capela na Sé de Évora a 1578, pela mão do cardeal D. Henrique, e sucede ao espanhol Mateus de Aranda (o primeiro mestre de capela da Sé) aquando dos inícios do Colégio dos Moços de Coro da Sé de Évora.

A sua Missa pro Defunctis que ouviremos hoje é uma das pouquíssimas obras de Mendes que sobreviveram até aos nossos dias. A transcrição para notação moderna foi feita no séc. XX pelo musicólogo Manuel Joaquim, e o manuscrito original ter-se-á entretanto perdido. De resto, podemos contar actualmente com um número limitado de obras suas, onde se inclui um Alleluia, uma Missa Ferialis, e dois Asperges me – a 4 e a 8 vozes, muito embora este último tenha sido uma adaptação renascentista tardia do primeiro.

DESCRIÇÃO BREVE DO PROGRAMA NOTAS DE PROGRAMAO seu Requiem, conquanto seja a 4 vozes, denota uma enorme sensibilidade no uso do texto, pondo sempre que possível o seu significado em evidência – dentro, obviamente, da sobriedade que uma missa de defuntos exige. Alguns dos itens da missa não foram musicados por Mendes, sendo supridos no concerto por secções de obras de outros compositores, tal como era prática comum na altura. A título de exemplo, Manuel Mendes não nos deixa o versículo do ofertório “Hostias et preces”, sendo no programa colmatado pelo versículo do Requiem a 6, de Filipe de Magalhães – outra obra da polifonia portuguesa raramente interpretada.

Como mestre de capela, Mendes teve a seu cargo, entre outras tarefas, o ensino do canto d’órgão, e foi professor de três dos grandes nomes da polifonia portuguesa: Filipe de Magalhães, Duarte Lobo e Manuel Cardoso. O programa de concerto traz precisamente todos estes mestres da nossa polifonia, com obras tão notáveis como Memento mei, de Duarte Lobo, Commissa mea, de Filipe de Magalhães, e as emocionantes lamentações a 6 vozes para a Quinta-Feira Santa, de Manuel Cardoso.

O programa inclui outras obras para tempos de penitência de Estêvão Lopes-Morago que, em conjunto com Cardoso, Lobo, Magalhães e Mendes, representam a geração de ouro da polifonia portuguesa.

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Dados BiográficosOfficium EnsembleOfficium Ensemble tem-se estabelecido como um dos mais proeminentes grupos vocais portugueses dedicados à música antiga.

A pureza do som que lhe é característico advém do trabalho de fusão, emissão e equilíbrio que o grupo tem desenvolvido desde a sua criação, sob a direcção de Pedro Teixeira.

Aliados a esta característica, o empenho e expressividade dos cantores do ensemble têm levado Officium Ensemble a ser aclamado pelas suas performances marcantes e consistentes.

O repertório que domina estende-se por todo o período do Renascimento, início do Barroco e música contemporânea, dedicando-se com especial enfoque à música antiga portuguesa.

O ensemble tem atuado em inúmeros locais e festivais de música antiga, desde as Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora e Festival Música em São Roque, passando pelos festivais Terras sem Sombra, Dias da Música (CCB), Festival de Órgão de Lisboa, Festival Internacional de Música de Marvão, Cistermúsica (Alcobaça), Festival AMUZ Laus Polyphoniae em Antuérpia e o Festival de Música Antiga de Utrecht - Oude Muziek, entre outros.

Officium Ensemble gravou para o canal Mezzo, juntamente com a Orquestra Divino Sospiro, assim como para a rádio clássica belga Klara, surgindo também no programa televisivo “Percursos da música portuguesa”.

Os seus concertos são frequentemente retransmitidos pela rádio clássica portuguesa RDP Antena 2.

Recentemente, Officium Ensemble voltou aos festivais internacionais de música antiga de Utrecht (Oude Muziek) e de Antuérpia (Laus Poliponiæ) – Agosto de 2018 – e integrou a programação do Festival de Arte Sacro de Madrid, em 2019.A formação base de treze cantores é maleável de acordo com o repertório, juntando mais cantores sempre que necessário.

A manutenção de uma estética sonora e interpretativa de excelência é o axioma que rege todo o trabalho de Officium Ensemble, na ambição incessante pela qualidade como veículo de homenagem a um dos mais ricos períodos da história da música ocidental.

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Pedro TeixeiraMaestroPedro Teixeira nasceu em Lisboa. É Mestre em Direção Coral pela Escola Superior de Música. Ganhou muita da sua experiência como maestro do Grupo Coral de Queluz (2000-2012), do Coro Polifónico Eborae Musica (1997-2013) e como maestro titular do coro profissional Coro de la Comunidad de Madrid (2012 a 2018) onde, para além de preparar obras sinfónicas, desenvolveu um trabalho de refinamento do som do coro através de um labor regular de fusão e afinação – no qual o trabalho a cappella é fundamental – e da programação de concertos na Sala de Câmara do Auditorio Nacional de Musica (Madrid).

Pedro Teixeira é conhecido no mundo coral pelas suas atuações perspicazes e sensíveis. Especializou-se em construir e manter o som nuclear, a pureza de emissão vocal e a musicalidade dos coros com os quais trabalha. O seu interesse pela música antiga levou-o a formar, em 2001, o Officium Ensemble, um grupo profissional dedicado à investigação e interpretação da polifonia portuguesa dos sécs. XVI e XVII. Desde esse ano, tem-se apresentado amplamente com o Officium Ensemble, ganhando prémios a nível internacional e integrando a programação de alguns dos mais reconhecidos festivais de música antiga da Europa, nomeadamente Laus Polyphniae (Antuérpia) e Oude Muziek (Utrecht), para os quais é convidado recorrentemente desde 2011.

Para além do seu interesse pela música antiga, dedica-se à música contemporânea como maestro do Coro Ricercare (Lisboa). Desde 2001, dirigiu várias primeiras audições absolutas por temporada. De 2011 a 2014, foi frequentemente convidado pela Fundação Gulbenkian para preparar programas do Coro Gulbenkian. Neste contexto, destacam-se a Missa em Si menor de J. S. Bach, Falstaff de Verdi, Solomon de Händel e Seven Last Words from the Cross de James MacMillan. É professor na Escola Superior de Música de Lisboa e na Escola Superior de Educação de Lisboa.

Como cantor, atuou por toda a Europa, nos E.U.A., na América do Sul, em África e no Reino Unido, com grupos como o Coro Gulbenkian, A Cappella Portuguesa (Owen Rees) e o Coro Gregoriano de Lisboa, no qual é também solista.

Desde 1997, Pedro Teixeira é diretor artístico das Jornadas Internacionais da Escola de Música da Sé de Évora (Eborae Musica) e orienta vários cursos de verão, como o Victoria 400 (em Barcelona, com Peter Phillips, Ivan Moody e Jordi Abelló) e o Curso Internacional de Música Medieval e Renascentista de Morella, onde dirige o atelier de coro e ensemble vocal. É regularmente convidado a integrar júris de concursos e de festivais de coros, nomeadamente do Festival Coral de Verão de Lisboa, do Gran Premio de Canto Coral (Espanha), do Winter Choral Festival (Hong-Kong), e do Singapore International Choral Festival. Preparou coros profissionais em colaboração com maestros como John Nelson, Joana Carneiro, Víctor Pablo Perez, Riccardo Muti, Paul McCreesh, Lorenzo Viotti e Laurence Foster.

Destaques recentes incluem A Criação de J. Haydn e o War Requiem de Britten no Auditorio Nacional de Musica (Madrid), Falstaff de Verdi na Fundação Gulbenkian e o Requiem de Verdi no Teatro Real de Madrid. Em 2018 dirigiu o Coro Gulbenkian no Grande Auditório Gulbenkian, no Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza e na Fundación Juan March (Madrid). Em agosto de 2018 voltou com o Officium Ensemble aos festivais de música antiga de Utrecht (Oude Muziek) e Antuérpia (Laus Polyphoniae). Em 2019, com o Coro Ricercare, voltou ao Festival Internacional de Música de Marvão, onde é maestro titular do Marvão Festival Chorus.

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Conventode São Pedro de AlcântaraO Convento de São Pedro de Alcântara é uma construção do séc. XVII, anterior ao terramoto de 1755. A sua edificação deve-se ao primeiro marquês de Marialva e conde de Cantanhede que, em 1665, na Batalha de Montes Claros (guerra da Restauração) fez um voto de fundar um convento em Lisboa dedicado a São Pedro de Alcântara.

A Igreja, apresenta no seu interior decoração barroca joanina, vinda do Convento de Mafra no período do pós-terramoto e merece, por si, a visita. No conjunto sobressaem os altares em talha dourada, a iconografia franciscana, o teto pintado em grissaille e a pintura em marmoreado das paredes. Sobre estas destacam-se três grandes pinturas da época joanina. A capela-mor integra a pintura de Bento Coelho da Silveira e de André Gonçalves, complementadas, mais tarde, pela obra de Luciano Freire.

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Filipe Carvalheiro é formado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Direção pela Universidade de Cincinnati (Estados Unidos). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento em Composição com Emmanuel Nunes (França) e Karlheinz Stockhausen (Alemanha) e de Direção de Orquestra com Donato Renzetti (Itália) e Jorma Panula (Finlândia). Como maestro tem-se apresentado sobretudo na Dinamarca, Suécia, Áustria, Inglaterra, Polónia e Alemanha.

É atualmente maestro titular da Kammerorkestret Musica e do Kammerkoret Musica (Copenhaga).

Como maestro convidado ou assistente tem ainda colaborado com diversas orquestras e coros no norte da Europa, destacando-se a sua colaboração com o Teatro Real (Ópera de Copenhaga) e a Opera Hedeland (Hillerød).

Filipe CarvalheiroDiretor artístico Temporada Música em São Roque

Em concursos internacionais conquistou por duas vezes o Conductors Prize, na Polónia em 2013 e em Espanha em 2015.

Em 2015 gravou o CD “Kvindestemmer” e dirigiu no Castelo de Kronborg, Helsingør, o concerto de gala para o lançamento da organização de cooperação internacional “Transition”, transmitido em direto para a Dinamarca, Suécia, Hungria, Japão e Índia.

A convite da Rainha Margrethe II da Dinamarca dirigiu o concerto comemorativo dos 100 anos de direito de voto feminino naquele país. Desde 1989, o Maestro e compositor Filipe Carvalheiro é o diretor artístico da Temporada Música em São Roque, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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Americantiga EnsembleMozart à Portuguesae o Classicismo em Portugal

_06 nov_sex / 21h00_Igreja de São Roque

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