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Entrada, Acomodação e Saída

Curso Microeconomia II - Parte 2Organização Industrial - Entrada, Acomodação e Saída

Flávia Chein

Cedeplar-UFMG

Flávia Chein Curso Microeconomia II - Parte 2

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Entrada, Acomodação e Saída IntroduçãoCustos Fixos: Monopólio Natural e Contestabilidade

Introdução

No tópico anterior vimos como os custos �xos (retornoscrescentes) geram a competição imperfeita pela limitação daentrada.

Entretanto, mesmo quando os custos �xos não restringem aentrada não se tem assegurado lucros positivos.

Bain (1956): de�ne como barreira a entrada qualquer coisaque permita as �rmas estabelecidas obterem lucrossupranormais sem a ameaça de entrada de novas �rmas

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Entrada, Acomodação e Saída IntroduçãoCustos Fixos: Monopólio Natural e Contestabilidade

Introdução

Bain (1956): 4 elementos da estrutura de mercado queafetam a habilidade das �rmas estabelecidas em prevenir queos lucros supranormais sejam eliminados pela entrada:

Economias de escalaVantagens absolutas de custosVantagens de diferenciação de produtosRequisitos de capital

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Introdução

Bain (1956): 3 espé�cies de comportamento da �rmaestabelecida quando enfrenta ameaça de entrada

Bloqueamento da entradaDissuação da entradaAcomadação da entrada

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Introdução

Bain (1958) de�ne a "condição de entrada" de uma indústriacomo o "estado de concorrência potencial" de possíveis novosprodutores/vendedores,podendo ser avaliada pelas vantagensque as �rmas estabelecidas possuem sobre os competidorespotenciais, sendo que estas vantagens se re�etem nacapacidade de elevar persistentemente os preços acima donível competitivo sem atrair novas �rmas para a indústria emquestão.

Tais vantagens constituem exatamente o que se denomina"barreiras à entrada". Por sua vez, uma entrada consiste noestabelecimento de uma nova empresa que constrói ouintroduz uma nova capacidade produtiva em umaindústria/mercado.

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Introdução

Exclui- se do conceito de entrada:(i) a compra de uma empresa (ou planta) já atuante por outra quenão atuava no mercado;(ii) a expansão da capacidade de uma empresa jáexistente;(iii) a entrada de uma empresa já estabelecida em outra indústria,que apenas altera a forma de utilizar suacapacidade adicionando um novo produto à sua linha de produtos.

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Introdução

Resumidamente, o argumento exposto diz queE = (Pl - Pc)/Pc, ondeE=condição de entrada;Pl=preço limite (máximo que pode ser cobrado sematrair novosconcorrentes);Pc=preço que seria cobrado em um mercado competitivo (comlucros normais).Tem- se que Pl = Pc (1+E), ou seja, quanto mais difícil a entradade novos concorrentes em um mercado, maior o preço que umconjunto de empresas oligopolistas, adotando comportamentoscolusivos, pode adotar sem ser ameaçado por concorrentespotenciais.

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Custos �xos versus sunk costs

Em uma visão de um único período, o custo �xo é facilmentede�nido como o custo que a �rma incorre para produzir e queé independente do número de unidades produzidas.

Custos �xos são exemplos de retornos crescentes de escla.

Uma vez que a dimensão de tempo é introduzida, é necessáriauma de�nição mais precisa da noção de período de produção.

Custos �xos são aqueles independentes da escala de produçãoe estão comprometidos por alguma período curto de tempo.

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Custos �xos versus sunk costs

A diferença entre custos �xos e sunk costs é uma questão degrau e não de natureza. Custos �xos são sunk apenas em umperíodo curto.

Sunk costs são custos de investimento que produzem geramuma corrente de benefícios em um horizonte longo mas quenunca podem ser recuperados.

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Contestabilidade

Seguindo Baumol et al. 1982, vamos considerar um indústriacom bens homogêneos com n �rmas. Todas as �rmas têm amesma tecnologia e produzir q unidades custa C (q) comC (0) = 0.

Dividimos o conjunto das �rmas em dois grupos m �rmasincumbentes e n�m �rmas entrantes potenciais.

A con�guração de uma indústria é um conjunto de produçõesfq1, ...., qmg para as incumbentes e um preço p cobrado portodas as incumbentes.

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Contestabilidade

A con�guração da indústria é viável se o mercado se equilibra(ou seja, se a produção total se iguala a demanda total aopreço p : ∑m

i=1 qi = D(p)) e se as �rmas realizam lucros nãonegativos. Ela é sustentáveel se nenhuma entrante pode obterlucros tomando o preço das incumbentes como dado (nãoexiste um preço pe 6 p e uma produção qe 6 D(pe ) tal quepeqe > C (qe ))

Um mercado perfeitamente contestável é aquele no qualqualquer con�guração de equilíbrio da indústria deve sersustentável.

Tais de�nições podem ser estendidas de modo direto paratecnologias multiproduto; basta permitir que as produções epreços sejam vetores multidimensionais.

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Contestabilidade

Conceito de Sustentabilidade:

Vamos considerar o exemplo padrão de tecnologia de retornoscrescentes:

C (q) = f + cq

Faça

Π̃m � maxqfP(q)� c)qg

representar o lucro de monopólio bruto - sem custo �xo. Suponhaque o monopólio é viável Π̃m > f . A �gura abaixo mostra a únicacon�guração sustentável nessa indústria.

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Contestabilidade

Existe apenas uma �rma estabelecida na indústria, cobrando opreço pc e ofertando uma quantidade qc . A outra �rma �cade fora.

O par produto preço contestável é obtido da interseção entrea curva de custo médio e a curva de demanda

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Contestabilidade

Logo, a mera ameaça de entrada tem um efeito sobre ocomportamento de mercado da �rma estabelecida

Apenas o preço de mercado importa para alcançar a e�ciência

First-best: �rmas cobram o custo marginal, entretanto, naausência de subsídios, as �rmas perdem f e não desejariamoperar.

Um planejador social prefere o menos preço que permite as�rmas obterem lucros não-negativos.

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