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    RESUMO

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    Organizao Mundial da Sade 2015

    Todos os direi tos reservad os. As publicaes da Organizao Mundial d a Sade esto d isponve is

    no sitio web da OMS (www.who.int) ou podem ser compradas a Publicaes da OMS,

    Organizao Mundial da Sade, 20 Avenue Appia, 1211 Genebra 27, Sua

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    A responsabilidade pela interpretao e utilizao deste material recai sobre o leitor. Em nenhum casose poder responsabilizar a OMS por qualquer prejuzo resultante da sua utilizao.

    Capa:A pintura na capa do Relatrio de Rose Wiley PV Windows and Floorboards. Aos 81 anos de

    idade, o estilo de Rose Wiley revigorante, imprevisvel e inovador. Essa pintura recebeu o Prmio

    Prmio de Pintura John Moores em 2014 de mais de 2.500 entradas. Com o dobro da idade dos

    vencedores anteriores, Rose Wiley demonstra que a idade avanada no precisa ser uma barreira para

    o sucesso. O Prmio Prmio de Pintura John Moores, diferente de outros Prmios prmios de arte

    prestigiados, no restringe participao de obras contemporneas por idade. O ar tista detm os direitos

    autorais desta pintura. O ar tista detm os direitos autorais desta pintura

    Printed in the United States of America

    WHO/FWC/ALC/15.01

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    Em uma poca de desaos imprevisveis para asade, sejam devidos mudanas climticas, sdoenas infecciosas emergentes ou a prxima bact-ria a desenvolver resistncia aos medicamentos, umatendncia certa: o envelhecimento das populaesest se acelerando rapidamente em todo o mundo.Pela primeira vez na histria, a maioria das pessoaspode esperar viver alm dos 60anos. As consequn-cias disso para a sade, para os sistemas de sade,seus oramentos e para os trabalhadores de sadesero profundas.

    O Relatrio Mundial sobre Envelhecimento eSaderesponde a esses desaos ao recomendar mudanas igualmente profundasna maneira de formular polticas em sade e prestar servios de sade s popu-

    laes que esto envelhecendo. O relatrio baseia suas recomendaes na anlisedas mais recentes evidncias a respeito do processo de envelhecimento, e observaque muitas percepes e suposies comuns sobre as pessoas mais velhas sobaseadas em esteretipos ultrapassados.

    Como mostra a evidncia, a perda das abilidades comumente associada aoenvelhecimento na verdade est apenas vagamente relacionada com a idade cro-nolgica das pessoas. No existe um idoso tpico. A diversidade das capacidadese necessidades de sade dos adultos maiores no aleatria, e sim advinda deeventos que ocorrem ao longo de todo o curso da vida e frequentemente so modi-cveis, ressaltando a importncia do enfoque de ciclo de vida para se entendero processo de envelhecimento. Embora a maior parte dos adultos maiores apre-

    sente mltiplos problemas de sade com o passar do tempo, a idade avanada noimplica em dependncia. Alm disso, ao contrrio do que se pensa, o envelheci-mento tem muito menos inuncia nos gastos com ateno sade do que outrosfatores, inclusive os altos custos das novas tecnologias mdicas.

    Guiado por estas evidncias, o relatrio busca avanar o debate sobre a respostade sade pblica mais apropriada ao envelhecimento das populaes em direoa um territrio novo e muito mais amplo. A mensagem principal otimista: na

    vigncia das polticas e servios apropriados, o envelhecimento da populao podeser considerado uma preciosa oportunidade tanto para os indivduos como para

    Prefcio

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    as sociedades. O marco conceptual resultante apresentado no relatrio tem comoobjetivo guiar a implantao de medidas concretas de sade pblica e pode seradaptado para uso em pases em todos os graus de desenvolvimento econmico.

    Ao formular este marco conceptual, o relatrio reala que o envelhecimentosaudvel mais que apenas a ausncia de doena. Para a maioria dos adultos maio-res, a manuteno da abilidade funcional mais importante. Os maiores custos sociedade no so os gastos realizados para promover esta abilidade funcional, massim os benefcios que poderiam ser perdidos se no implementarmos as adaptaese investimentos necessrios. O enfoque social recomendado para abordar o enve-lhecimento da populao, que inclui a meta de construir um mundo favorvel aosadultos maiores, requer uma transformao dos sistemas de sade que substitua osmodelos curativos baseados na doena pela prestao de ateno integrada e cen-trada nas necessidades dos adultos maiores.

    As recomendaes do relatrio so substanciadas pela evidncia, abrangentes eorientadas para o futuro, mas sumamente prticas. Do princpio ao m, o relatriousa exemplos de experincias de diferentes pases para ilustrar como problemasespeccos podem ser abordados atravs de solues inovadoras. Os temas explo-rados variam desde estratgias para prestar ateno integral e centrada nas pes-soas, s populaes mais velhas, s polticas que permitam que os adultos maiores

    vivam com conforto e segurana e s maneiras de corrigir os problemas e injustiasinerentes aos sistemas atuais de ateno a longo prazo.

    Na minha opinio, o Relatrio Mundial sobre Envelhecimento e Sade tempotencial para transformar a maneira como os formuladores de polticas e presta-dores de servio veem o envelhecimento da populaoe ajud-los a programar-separa aproveitar este fenmeno ao mximo.

    Dra. Margaret ChanDiretora-geralOrganizao Mundial da Sade

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    Introduo

    Hoje, pela primeira vez na histria, a maioria das pessoas pode esperar viver atos 60anos e mais (1). Quando combinados com quedas acentuadas nas taxas defertilidade, esses aumentos na expectativa de vida levam ao rpido envelhecimentodas populaes em todo o mundo.

    Essas mudanas so dramticas e as implicaes so profundas. Uma criananascida no Brasil ou em Mianmar em 2015 pode esperar viver 20 anos mais queuma criana nascida h 50anos. Na Repblica Islmica do Ir, apenas 1 em cada 10pessoas da populao tem mais de 60anos em 2015. Em apenas 35anos, essa taxater aumentado em torno de 1 a cada 3. E o ritmo de envelhecimento da populao muito mais rpido que no passado.

    Uma vida mais longa um recurso incrivelmente valioso (2). Proporciona aoportunidade de repensar no apenas no que a idade avanada pode ser, mas como

    todas as nossas vidas podem se desdobrar. Por exemplo, em muitas partes do mundo,o curso da vida atualmente enquadrado em torno de um conjunto rgido de fases:infncia, fase de estudos, um perodo denido de trabalho e, em seguida, aposen-tadoria. A partir dessa perspectiva, frequentemente se assume que os anos extrasso simplesmente adicionados ao m da vida e permitem uma aposentadoria maislonga. Entretanto, quanto mais pessoas chegam a idades mais avanadas, h evidn-cias de que muitas esto repensando este enquadramento rgido de suas vidas. Em

    vez de passar anos extras de outras maneiras, as pessoas esto pensando em talvezestudar mais, em ter uma nova carreira ou buscar uma paixo h muito negligen-ciada. Alm disso, conforme as pessoas mais jovens esperam viver mais tempo,elas tambm podem realizar planejamentos diferentes, por exemplo, de iniciar suas

    carreiras mais tarde e passar mais tempo no incio da vida para criar uma famlia.Contudo, a amplitude das oportunidades que surgem do aumento da longevi-dade depender muito de um fator fundamental: sade. Se as pessoas vivem essesanos extras de vida com boa sade, sua capacidade de realizar as tarefas que valo-rizam ser um pouco diferente em relao a uma pessoa mais jovem. Se esses anosa mais so dominados por declnios na capacidade fsica e mental, as implicaespara as pessoas mais velhas e para a sociedade muito mais negativa.

    Infelizmente, embora seja assumido muitas vezes que o aumento da longevi-dade est sendo acompanhado por um perodo prolongado de boa sade, ex istem

    Resumo

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    poucas evidncias sugerindo que os adultos maiores de hoje apresentam uma sademelhor do que os seus pais tinham com a mesma idade.

    No entanto, a sade precria no precisa dominar a idade mais avanada. Amaioria dos problemas de sade enfrentados por pessoas mais velhas so associados acondies crnicas, principalmente doenas no transmissveis. Muitas delas podemser prevenidas ou retardadas envolvendo-se em comportamentos saudveis. Outrosproblemas de sade podem ser controlados de maneira ecaz, principalmente seforem detectados cedo o suciente. E mesmo para as pessoas com declnios na capa-cidade, os ambientes de apoio podem garantir que elas vivam vidas dignas e comcrescimento pessoal contnuo. Entretanto, o mundo est muito longe desses ideais.

    O envelhecimento da populao, portanto, demanda uma resposta abrangenteda sade pblica. Contudo, o debate tem sido insuciente e as evidncias, do que podeser feito, so limitadas (3, 4). Porm, isso no signica que nada pode ser feito. De fato,a necessidade de ao urgente. O presente relatrio analisa detalhadamente o quesabemos sobre sade e envelhecimento e constri um quadro estratgico para falarsobre a ao pblica, com um menu de prximos passos prticos que pode ser adap-tado para utilizao em pases de todos os nveis de desenvolvimento econmico.

    Dessa maneira, o relatrio aborda as mudanas associadas ao envelhecimentono contexto de todo o curso da vida. Entretanto, dadas s questes nicas quesurgem em idade avanada e a ateno limitada que esse perodo, tradicionalmente,recebeu o relatrio tem como foco a segunda metade da vida.

    Mudana nas percepes de sade e envelhecimento

    Um dos desa

    os ao se desenvolver uma resposta ampla para o envelhecimento dapopulao que muitas percepes e suposies comuns sobre pessoas mais velhasso baseadas em esteretipos ultrapassados. Isso limita a nossa forma de conceituar osproblemas, as perguntas que fazemos e a nossa capacidade de aproveitar as oportuni-dades inovadoras (5). As evidncias sugerem que perspectivas atuais so necessrias.

    No h mais pessoa tipicamente velha

    As populaes mais maiores so caracterizadas por grande diversidade. Por exemplo,alguns adultos maiores de 80anos apresentam nveis de capacidade fsica e mental com-parveis aos nveis de muitos jovens de 20anos. As polticas devem ser estruturadas de

    forma que permitam um maior nmero de pessoas alcanarem trajetrias positivas doenvelhecimento. E elas devem servir para quebrar as muitas barreiras que limitam aparticipao social contnua e as contribuies de pessoas mais maiores. Porm, muitaspessoas experimentaro declnios signicativos de capacidade em idades muito mais

    jovens. Por exemplo, algumas pessoas de 60anos podem precisar de ajuda de outraspessoas para realizar at as tarefas mais simples. Uma resposta abrangente da sadepblica ao envelhecimento da populao tambm deve abordar as suas necessidades.

    Ativar as capacidades e atender s necessidades de tais populaes diversaspode resultar em polticas que parecem desconexas, e que podem at ser admi-

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    Resumo

    nistradas por meio de esferas de governo diferentes e concorrentes. Contudo, asdiferentes necessidades de pessoas mais velhas so vistas como um funcionamentocontnuo. Uma resposta poltica ampla deve ser capaz de reconciliar essas diferen-tes nfases em uma narrativa de envelhecimento coerente.

    A diversidade na populao de adultos maiores no aleatria

    Embora parte da diversidade observada em idade mais avanada reita a nossaherana gentica (6), a maior parte dela surge dos ambientes fsicos e sociais quehabitamos. Esses ambientes incluem o nosso lar, a nossa vizinhana e a nossacomunidade, que podem afetar diretamente a nossa sade ou impor barreiras ouincentivos que inuenciam as nossas oportunidades, decises e comportamentos.

    Porm, o relacionamento que temos com os nossos ambientes varia de acordocom muitas caractersticas pessoais, incluindo a famlia na qual nascemos, o nossognero e a nossa etnia. As inuncias dos ambientes so muitas vezes fundamen-talmente enviesadas por essas caractersticas, levando as desigualdades na sade, equando elas so injustas e evitveis, s iniquidades na sade (7). De fato, uma pro-poro signicativa da ampla diversidade da capacidade e circunstncia que vemosem idades mais avanadas, provavelmente, ser apoiada pelo impacto cumulativodessas iniquidades na sade em todo o curso da vida (8).

    Essas tendncias podem ser observadas na Fig.1, que ilustra trajetrias da capaci-dade fsica ao longo do curso da vida utilizando dados do Estudo Longitudinal Austra-liano sobre a Sade das Mulheres (9). Isso demonstra a ampla gama de capacidade fsica(denotada pelas linhas escuras na parte superior e na parte inferior da gura) na idadeavanada. Porm, a gura tambm divide a coorte em quintis de adequao de renda.

    Quanto mais alto o nvel de adequao de renda, mais alto o pico no incio da vida nacapacidade fsica mdia. E essa disparidade tende a persistir em todo o curso da vida.Esses padres possuem grandes implicaes no desenvolvimento de polticas

    uma vez que as pessoas com as maiores necessidades de sade em qualquer ponto notempo tambm podem ser aquelas com menos recursos para trat-los. As respostas dapoltica devem ser criadas de forma a superar, em vez de reforar, essas iniquidades.

    A idade avanada no implica dependncia

    Embora no existam pessoas maiores tpicas, a sociedade geralmente as v deformas estereotipadas, que levam discriminao contra indivduos ou grupos

    simplesmente com base em sua idade. Tal discriminao foi rotulada de discrimi-nao etria podendo ser uma forma ainda mais generalizada de discriminao,do que o sexismo ou o racismo (10, 11). Um estereotipo de discriminao etriageneralizado de pessoas mais velhas de que so dependentes ou um fardo. Issopode levar a uma suposio durante o desenvolvimento da poltica de que os gastoscom adultos maiores so simplesmente um dreno na economia e a uma nfase naconteno de custos.

    As suposies de dependncia baseadas na idade ignoram as muitas contri-buies das pessoas mais maiores para a economia. Por exemplo, uma pesquisa

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    desenvolvida no Reino Unido em 2011 estimou que, aps de

    nir os custos daspenses, bem-estar e cuidados com a sade em relao s contribuies feitas pormeio de impostos, gastos de consumidores e outras atividades de valor econmico,as pessoas mais maiores contriburam com aproximadamente 40 milhes para asociedade, que subir para 77 bilhes em 2030 (12).

    Embora haja menos evidncias de pases de baixa e mdia renda, a contri-buio de pessoas mais velhas nesses cenrios tambm signicativa. No Qunia,por exemplo, a idade mdia dos pequenos agricultores de mais de 60 anos. Por-tanto, as pessoas maiores podem ser crticas para manter a segurana dos ali-mentos no Qunia e em outras partes da frica Subsaariana (13). Elas tambmpossuem um papel crucial no apoio a outras geraes. Na Zmbia, por exemplo,

    cerca de 1/3 das mulheres maiores so as principais fornecedoras e prestadoras decuidados de netos cujos pais foram perdidos para a epidemia de HIV ou migrarampara trabalhar.

    Alm disso, em todos os cenrios de recursos, as pessoas mais velhas contri-buem de muitas formas menos tangveis economicamente, por exemplo, fornecendoapoio emocional em momentos de estresse ou aconselhamento em problemas desa-adores. A poltica deve ser moldada de forma a promover a capacidade dos adultosmaiores de realizar essas mltiplas contribuies.

    Fig. 1. Capacidade funcional ao longo do curso da vida, por adequao de renda,

    estratificada pela capacidade de gerenciar a renda atual

    Capacidade

    funcional

    20 40 60 80 100

    Idade (anos)

    20

    40

    60

    80

    100

    Fonte:G Peeters, J Beard, D Deeg, L Tooth, WJ Brown, A Dobson; unpublished analysis from the Australian Longitudinal Study on

    Womens Health.

    impossivel de efetuar

    sempre difcil

    s vezes difcilno muito ruim

    fcil

    intervalo de capacidade funcional

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    Resumo

    O envelhecimento da populao aumentar os custos comcuidados de sade - porm no tanto quanto esperado

    Outra suposio comumente feita de que as crescentes necessidades de popu-laes maiores levaro a aumentos insustentveis nos custos de sade. Na reali-dade, esse cenrio no est muito claro.

    Embora a idade avanada seja geralmente associada a aumento nas necessida-des relacionadas sade, a associao com a utilizao de cuidados de sade e dasdespesas varivel (1417). De fato, em alguns pases de alta renda, as despesas desade por pessoa caem signicativamente aps aproximadamente 75anos de idade(enquanto as despesas com cuidados de longo prazo aumentam) (1820). Uma vezque mais e mais pessoas esto chegando a idades mais avanadas, permitir queelas levem uma vida longa e saudvel pode, portanto, realmente aliviar as pressessobre a inao nos gastos com sade.

    A associao entre idade e gastos com sade tambm fortemente inuenciadapelo prprio sistema de sade (21). Isso provavelmente reete diferenas em siste-mas de provedores, incentivos, abordagens de intervenes em adultos maioresfrgeis e normas culturais, principalmente prximo ao falecimento.

    Na verdade, no importa quantos anos temos, o perodo de vida associado comos maiores gastos de sade est relacionado ao ltimo ou dois ltimos anos de vida(22). Porm, essa relao tambm varia signicativamente entre os pases. Por exem-plo, cerca de 10% de todos os gastos com sade na Austrlia e nos Pases Baixos, ecerca de 22% nos Estados Unidos, so incorridos no cuidado de pessoas durante oseu ltimo ano de vida (2325). Alm disso, os ltimos anos de vida tendem a resul-tar em gastos mais baixos com sade nos grupos de idades mais avanadas.

    Embora mais evidncias sejam necessrias, prever custos futuros de sade combase na estrutura etria da populao , portanto, um valor questionvel. Isso reforado por anlises histricas que sugerem que o envelhecimento tem muitomenos inuncia sobre os gastos com sade do que diversos outros fatores. Porexemplo, entre 1940 e 1990 nos Estados Unidos (um perodo de envelhecimentosignicativamente mais rpido da populao j ocorrido), o envelhecimento pareceter contribudo apenas cerca de 2% dos gastos com sade, enquanto as mudanasrelacionadas tecnologia foram responsveis entre 38% e 65% de crescimento (19).

    70 no o novo 60 - mas poderia ser

    Uma suposio que vai contra os equvocos negativos associados ao envelheci-mento que as pessoas mais velhas, hoje, possuem sade melhor em relao aosseus pais ou avs. Isto somado ao dizer que 70 o novo 60. Embora super-cialmente positiva essa suposio carrega um gosto amargo. Se hoje os adultosmaiores de 70anos possuem a mesma sade que os adultos maiores de 60anosdo passado, pode-se concluir que os adultos maiores de 70 anos de hoje esto emmelhor posio para se defenderem sozinhos e, portanto, h menos necessidade deao poltica para ajud-los.

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    Embora haja uma forte evidncia de que os adultos maiores esto vivendo maistempo, principalmente em pases de alta renda, a qualidade desses anos extras no clara (26). Os resultados de pesquisas so muito inconsistentes, tanto internamentecomo entre os pases (2735). Alm disso, as tendncias dentro de diferentes sub-grupos de uma populao podem ser muito distintas (36, 37).

    Uma anlise feita pela OMS de pessoas nascidas entre 1916 e 1958 que parti-cipam de diversos estudos longitudinais sugeriu que mesmo que a prevalncia dedecincia grave (que exige ajuda de outra pessoa para realizar atividades simples,como comer e tomar banho) pode ter diminudo, no h mudanas signicativasna prevalncia de decincia menos grave (38).

    Alm disso, independentemente do cenrio, a pesquisa em geral considerouapenas as perdas signicativas de capacidade que ocorrem comumente durante osltimos anos de vida. Uma vez que os declnios comeam muito mais cedo, como atrnseca de pessoas que ainda possuem 10-20anos de vida comparada capaci-dade de geraes anteriores permanece em grande parte desconhecida.

    Embora 70 no aparente ser o novo 60, no h nenhum motivo por que issono possa se tornar uma realidade no futuro. Porm, torn-lo uma realidade exigirmuito mais aes de sade pblica concentradas no envelhecimento.

    Viso prospectiva, no retrospectiva

    Outras grandes mudanas sociais esto ocorrendo junto com o envelhecimentoda populao. Combinadas, a elas podem signicar que envelhecer no futuro sermuito diferente das experincias de geraes anteriores.

    Por exemplo, a urbanizao e a globalizao foram acompanhadas pelo aumento

    da migrao e desregulamentao dos mercados de trabalho (39, 40). Para os adul-tos maiores com competncias desejveis e exibilidade nanceira, estas mudanascriam novas oportunidades. Outros podem ver geraes mais novas migrando parareas de crescimento, enquanto so deixados em reas rurais mais pobres, sem asestruturas familiares e redes de segurana sociais s quais, tradicionalmente, pode-riam ter sido capazes de recorrer em busca de apoio.

    As normas de gnero tambm esto mudando em vrias partes do mundo.No passado, o papel fundamental das mulheres era o de cuidadoras, tanto decrianas como parentes mais velhos. Essa participao restritiva a fora de tra-balho remunerada proporcionou consequncias negativas a elas, incluindo maiorrisco de pobreza, menos acesso aos servios de sade de alta qualidade e de assis-

    tncia social, maior risco de abuso, problemas de sade e acesso reduzido s pen-ses. Hoje, as mulheres esto cada vez mais desempenhando outras funes, queas proporciona mais segurana em idades mais avanadas. Porm, essas mudanastambm limitam a capacidade das mulheres e famlias de fornecer cuidado para osadultos maiores que precisam. Junto com os nmeros rapidamente crescentes depessoas mais velhas que podem precisar cuidados, os modelos antigos de cuidados famlia simplesmente no so sustentveis.

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    Resumo

    A mudana tecnolgica tambm est acompanhando o envelhecimento dapopulao e cria oportunidades nunca antes disponveis. Por exemplo, a Internetpode permitir conexo contnua para a famlia, apesar da distncia, ou acessoa informaes que podem orientar o autocuidado de uma pessoa mais velha ouprestar apoio aos cuidadores. Os recursos de apoio, como aparelhos de audio,so mais funcionais e acessveis do que no passado, e os dispositivos portteisfornecem novas oportunidades para o monitoramento e cuidados de sadepersonalizados.

    Essas mudanas sociais e tecnolgicas signicam que as polticas no devemser orientadas por modelos sociais ultrapassados de envelhecimento, mas, ao vezdisso, devem aproveitar as oportunidades que as abordagens inovadoras propor-cionam. Igualmente, no entanto, o desenvolvimento de poltica com base no quepode acontecer no futuro provavelmente limitante, uma vez que difcil parans imaginar mudanas futuras e seus impactos. Portanto, a abordagem adotadapor este relatrio se concentra em construir as capacidades de adultos maiorespara lhes permitir navegar em seu mundo em transformao e inventar maneirasnovas, melhores e mais produtivas de se viver. Isto consistente com o trabalhoem outras reas polticas que tem como objetivo dar s pessoas a oportunidadede alcanar as coisas que valorizam, em vez de se concentrar apenas na utilidadeeconmica (4143).

    O gasto com populaes mais velhas um investimento, no um custo

    Os gastos em sistemas de sade, cuidados de longo prazo e ambientes propcios

    mais amplos so frequentemente retratados como custos. Este relatrio assumeuma abordagem diferente. Essa abordagem considera os gastos como investi-mentos que permitem a capacidade e, portanto, o bem estar das pessoas maiores.Esses investimentos tambm ajudam as sociedades a atender suas obrigaes rela-cionadas aos direitos fundamentais das pessoas mais velhas. Em alguns casos, oretorno sobre esses investimentos direto (sistemas de sade melhores conduzema uma melhor sade, que permite maior participao e bem-estar). Outros retornospodem ser menos bvios, porm exigem o mesmo grau de considerao: por exem-plo, investimento em cuidado de longo prazo ajudar pessoas com perda signica-tiva de capacidade a manter vidas dignas e tambm pode permitir que as mulherespermaneam no mercado de trabalho, alm de promover a coeso social por meio

    do compartilhamento de riscos em uma comunidade.Reformular a justicativa econmica para ao muda o debate do foco na mini-mizao para os chamados custos para uma anlise que considera os benefciosperdidos se as sociedades no conseguissem fazer as adaptaes e os investimentosadequados. Quanticar e considerar integralmente a extenso dos investimentos eos dividendos que originarem ser crucial se os tomadores de decises moldarempolticas verdadeiramente informadas.

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    Envelhecimento, sade e funcionamento

    O que o envelhecimento?

    As mudanas que constituem e inuenciam o envelhecimento so complexas (44).No nvel biolgico, o envelhecimento associado ao acmulo de uma grande varie-dade de danos moleculares e celulares. Com o tempo, esse dano leva a uma perdagradual nas reservas siolgicas, um aumento do risco de contrair diversas doenase um declnio geral na capacidade intrnseca do indivduo. Em ltima instncia,resulta no falecimento. Porm, essas mudanas no so lineares ou consistentes eso apenas vagamente associadas idade de uma pessoa em anos.

    Alm disso, a idade avanada frequentemente envolve mudanas signicati-vas alm das perdas biolgicas.Essas mudanas incluem mudanas nos papis eposies sociais, bem como na necessidade de lidar com perdas de relaes prxi-mas. Em resposta, os adultos mais velhos tendem a selecionar metas e atividades emmenor nmero, porm mais signicativas, otimizar suas capacidades existentes,por meio de prticas e novas tecnologias, bem como compensar as perdas de algu-mas habilidades encontrando outras maneiras de realizar tarefas (45). Os objetivos,as prioridades motivacionais e as preferncias tambm parecem mudar (4648).Embora algumas dessas mudanas possam ser guiadas por uma adaptao perda,outras reetem o desenvolvimento psicolgico contnuo na idade mais avanada,que pode ser associado ao desenvolvimento de novos papis, pontos de vista emuitos contextos sociais inter-relacionados (45, 49). Essas mudanas psicossociaispodem explicar por que em muitos cenrios, a idade avanada pode ser um perodode bem-estar subjetivo maior (50).

    Ao desenvolver uma resposta de sade pblica ao envelhecimento importanteno s considerar as abordagens que melhoram as perdas associadas idade maisavanada, porm tambm as perdas que podem reforar a capacidade de resistnciae o crescimento psicossocial.

    A sade na populao de adultos maiores

    Aos 60anos de idade, a decincia e o falecimento resultam amplamente de perdasde audio, viso e movimentos relacionados idade, bem como doenas no trans-missveis, incluindo doenas cardacas, acidente vascular cerebral, doenas respira-trias crnicas, cncer e demncia. Esses problemas no so apenas para o mundo

    rico. De fato, os encargos associados a muitas dessas condies em pessoas maismaiores muito maior em pases de baixa e mdia renda.No entanto, a presena dessas condies de sade no diz nada sobre o impacto

    que elas podem ter na vida de pessoas mais maiores. Por exemplo, apesar de ter umadecincia auditiva signicativa, uma pessoa pode manter altos nveis de funcio-namento por meio de um aparelho auditivo. Alm disso, simplista considerar oimpacto de cada condio independente porque o envelhecimento tambm asso-ciado ao risco de sofrer mais do que uma condio crnica ao mesmo tempo (con-hecida como multimorbilidade). Por exemplo, na Alemanha, aproximadamente 1/4

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    Resumo

    dos adultos maiores entre 70 e 85anos de idade apresenta 5 ou mais doenas conco-mitantemente (51). O impacto da multimorbilidade no funcionamento, utilizaode instalaes de sade e custos muitas vezes signicativamente maior do quepoderia ser esperado dos efeitos individuais dessas condies.

    Alm disso, outros estados de sade ocorrem em idade mais avanada noso captados por classicaes de doenas tradicionais. Essas doenas podem sercrnicas (por exemplo, fragilidade, que pode ter uma prevalncia em torno de 10%em pessoas com idade superior a 65anos) ou agudas (por exemplo, delrio, quepode resultar de vrias determinantes to distintas como uma infeco ou efeitoscolaterais de cirurgia).

    Essa complexidade nos estados de sade e funcional apresentada por pessoasmais maiores levanta questes fundamentais sobre o que queremos dizer comsade em idade mais avanada, como a medimos e como podemos promov-la.So necessrios novos conceitos definidos no apenas pela presena ou ausnciade doena, mas em termos do impacto que essas condies esto tendo sobreo funcionamento e o bem-estar de uma pessoa maior. Avaliaes abrangentesdesses estados de sade so preditores signif icativamente melhores de sobrevidae outros resultados alm da presena de doenas individuais ou mesmo o graude comorbidades (52).

    Envelhecimento Saudvel

    Para enquadrar como a sade e o funcionamento podem ser considerados na idademais avanada, este relatrio dene e diferencia dois conceitos importantes. O pri-meiro a capacidade intrnseca, que se refere ao composto de todas as capacidades

    fsicas e mentais que um indivduo pode apoiar-se em qualquer ponto no tempo.Entretanto, a capacidade intrnseca apenas um dos fatores que iro determi-nar o que uma pessoa mais velha pode fazer. O outro so os ambientes nos quais

    vivem e suas interaes neles. Esses ambientes fornecem uma gama de recursos oubarreiras que decidiro se pessoas com um determinado nvel de capacidade podefazer as coisas que consideram importantes. Portanto, embora pessoas mais maio-res possam ter a capacidade limitada, elas ainda podem ser capazes de comprarse tiverem acesso a medicamentos anti-inamatrios, um recurso de apoio (comomuleta, cadeira de rodas ou scooter) e viverem prximas a transportes acessveis.Essa combinao de indivduos e seus ambientes e a interao entre eles a suacapacidade funcional, denida pelo relatrio como atributos relacionados sade

    que permitem que as pessoas sejam ou faam o que com motivo valorizam.Com base nestes dois conceitos, este relatrio dene o Envelhecimento Saud-velcomo o processo de desenvolvimento e manuteno da capacidade funcionalque permite o bem-estar em idade avanada.

    Central a esta conceituao do Envelhecimento Saudvel uma compreensode que nem a capacidade intrnseca, nem a capacidade funcional permanecemconstantes. Embora ambas tendam a diminuir com o aumento da idade, as escol-has de vida ou as intervenes em diferentes momentos durante o curso da vidairo determinar o caminho - ou trajetria- de cada indivduo.

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    O Envelhecimento Saudvel, portanto, no denido por um nvel ou limiarespecco do funcionamento ou da sade. Em vez disso, um processo que per-manece relevante a cada adulto maior, uma vez que sua experincia de Envelhe-cimento Saudvelpode sempre se tornar mais ou menos positiva. Por exemplo, atrajetria do Envelhecimento Saudvelde pessoas com demncia ou doena car-daca avanada pode melhorar se elas tiverem acesso a cuidados de sade acessveisque otimizem a sua capacidade e se essas vivem em um ambiente de apoio.

    Um quadro de sade pblica parao Envelhecimento Saudvel

    Uma ao de sade pblica abrangente relacionada ao envelhecimento umanecessidade urgente. Embora existam grandes lacunas de conhecimento, temosevidncias sucientes para agir agora e h algo que todos os pases podem fazer,independente de sua situao atual ou nvel de desenvolvimento.

    Diversos pontos de entrada podem ser identicados para intervenes, a mde promover o Envelhecimento Saudvel,porm todos tero um objetivo: maximi-zar a capacidade funcional. Isso pode ser alcanado de duas formas: construindoe mantendo capacidade intrnseca e permitindo que algum com uma diminuioda capacidade funcional faa coisas importantes para ele(a).

    As principais oportunidades para realizar aes visando otimizar as trajetriasda capacidade funcional e da capacidade intrnseca ao longo do curso da vida soapresentadas na Fig.2. A gura identica trs subpopulaes diferentes de pes-soas mais velhas: aquelas com capacidade relativamente alta e estvel, aquelas com

    declnio na capacidade e aquelas com perdas signi

    cativas da capacidade. Essessubgrupos no so rgidos nem cobrem o curso da vida de cada pessoa mais maior.Entretanto, se as necessidades desses subgrupos forem atendidas, a maioria daspessoas mais maiores ter sua capacidade funcional aumentada. Quatro reas prio-ritrias de ao podem ajudar a alcanar esse objetivo:1. alinhar os sistemas de sade a populaes mais maiores que agora atendem;2. desenvolver sistemas de cuidados de longo prazo;3. criar ambientes favorveis aos adultos maiores;4. melhorar a medio, o monitoramento e a compreenso.

    Embora cada pas tenha modos diferentes de preparao para agir, diversas abor-

    dagens com provvel e

    cincia podem ser feitas em cada uma dessas reas. O queprecisamente deve ser feito e em qual ordem depender muito do contexto nacional.

    Alinhar os sistemas de sade s necessidades daspopulaes maiores que atendem nesse momento

    Conforme as pessoas envelhecem, suas necessidades de sade tendem a se tornarmais crnicas e complexas. Os cuidados de sade que abrangem essas demandasmultidimensionais da idade avanada de maneira integrada se demonstraram mais

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    ecazes que os servios que simplesmente reagem independentemente a doenasespeccas (5355). No entanto, pessoas mais maiores muitas vezes encontram ser-

    vios que foram feitos para curar condies ou sintomas agudos, que controlamproblemas de sade de maneiras desconexas e desfragmentadas, e que carecem decoordenao entre os prossionais da sade, conguraes e tempo. Isso resulta emcuidados de sade que no s deixam de atender adequadamente s necessidadesde pessoas maiores, porm que podem apresentar grandes custos no s para os

    adultos maiores como para o sistema de sade.Portanto, promover o Envelhecimento Saudvelno simplesmente fazer maisdo que j vem sendo feito. Em vez disso, sistemas de sade precisam ser desenvolvi-dos para poder garantir acesso aos servios integral centrados nas necessidades dosadultos maiores. Estes demonstraram ter melhores resultados para adultos maiorese no so mais caros do que os servios adicionais. Embora esses sistemas com-partilhem um enfoque multissetorial na construo e manuteno da capacidadefuncional de populaes maiores, a principal contribuio dos servios de sadeem alcan-los ser por meio da maximizao da capacidade intrnseca.

    Fig. 2. Um quadro de sade pblica para o Envelhecimento Saudvel:oportunidades para

    ao de sade pblica durante o curso da vida

    Capacidade alta e estvel Capacidade em declnio Perda signicativa

    da capacidade

    Servios de sade:Prevenir doenas crnicas ougarantir deteco e controleprecoce

    Reverter ou diminuir osdeclnios da capacidade

    Gerenciar doenascrnicas avanadas

    Ambientes: Eliminar barreiras participao, compensar a perda de capacidade

    Promover comportamentos que melhorema capacidade

    Cuidados de longo prazo: Garantiruma vida digna

    na idade avanada

    Incentivar comportamentosque melhorem acapacidade

    Abilidadefuncional

    Capacidadeintrinsica

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    Realizar essa transio pode ser particularmente desaador para pases de baixa emdia renda e nos cenrios mais pobres ao redor do mundo. Nesses cenrios de recur-sos limitados, os blocos de construo bsicos de sistemas de sade muitas vezes estoausentes. Porm, isso oferece uma oportunidade de desenvolver novas abordagens quepodem entregar cuidados centrados e integral para adultos maiores, atendendo simulta-neamente s necessidades de cuidado agudo, que continuam a ser importantes em jovens.

    Essas abordagens-chave ajudaro a alinhar os sistemas de sade s necessida-des das populaes maiores:1. Desenvolvendo e garantindo o acesso a servios que proporcionam cuidados

    centrados e integral para os adultos maiores;2. Orientando sistemas em torno de capacidades intrnsecas;3. Garantindo a existncia de uma fora de trabalho de sade sustentvel e ade-

    quadamente treinada.

    Servios que proporcionam cuidados centradose integral para pessoas maioresFornecer cuidados centrados para adultos maiores e garantir acesso a eles requerque os sistemas estejam organizados em torno das necessidades e preferncias dessapopulao e exigir que os servios sejam favorveis idade e intimamente envolvi-dos com as famlias e comunidades. Ser necessria uma integrao entre os nveise servios, bem como entre cuidados de sade e cuidados de longa durao. Asprincipais aes que podem ajudar a alcanar esse objetivo incluem: Garantir que todos os adultos maiores recebam uma avaliao abrangente

    e tenham um plano de cuidados nico em todo o servio visando otimizarsua capacidade;

    Desenvolver servios localizados o mais prximo possvel do local onde osadultos maiores vivem, incluindo a entrega de servios em seus lares e forne-cer cuidados baseados na comunidade;

    Criar estruturas de servios que promovam cuidados por equipesmultidisciplinares;

    Apoiar os adultos maiores no autocuidado fornecendo apoio dos colegas,treinamento, informaes e aconselhamento;

    Garantir a disponibilidade de medicamentos, vacinas e tecnologias necess-rias para otimizar sua capacidade.

    Sistemas orientados em torno da capacidade intrnseca

    Mudar a orientao dos sistemas a

    m de que visem a capacidade intrnseca, exi-gir modicar as informaes de sade e administrativas que coletam, a forma quemonitoram o desempenho, os mecanismos de nanciamento e os incentivos queutilizam, bem como o treinamento que oferecem. Diversas aes devem auxiliaressa transformao: Adaptar os sistemas de informao para coletar, analisar e relatar dados sobre

    a capacidade intrnseca; Adaptar o monitoramento de desempenho, recompensas e mecanismos de

    nanciamento para incentivar o cuidado que otimiza a capacidade;

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    Criar diretrizes clnicas para otimizar as trajetrias da capacidade intrn-seca e atualizar diretrizes existentes de forma que seu impacto sobre acapacidade seja claro.

    Fora de trabalho de sade sustentvel e adequadamente treinadaEsses novos sistemas exigiro que todos os prossionais de sade tenham habilida-des gerontolgica e geritrica bsicas, bem como as competncias gerais necess-rias para trabalhar com sistemas de sade integral, incluindo sistemas relacionados comunicao, trabalho em equipe, tecnologias de informao e comunicao.Porm, as estratgias no devem ser limitadas s delineaes atuais da fora detrabalho. As principais aes que podem ser tomadas incluem: Fornecer treinamento bsico sobre questes geritricas e gerontolgicas

    durante o treinamento antes do servio e em cursos de desenvolvimentoprossional continuado para todos os prossionais da sade;

    Incluir competncias geritricas e gerontolgicas fundamentais em todos oscurrculos de sade;

    Garantir que o fornecimento de geriatras atenda s necessidades da popu-lao e incentivar o desenvolvimento de unidades geritricas para a gesto decasos complexos;

    Considerar a necessidade de novos quadros de funcionrios (como coordena-dores de sade e conselheiros de autogesto) e ampliar as funes dos funcio-nrios existentes, como agentes comunitrios de sade, a m de coordenar oscuidados de sade de adultos maiores no nvel da comunidade.

    Desenvolver sistemas para fornecer cuidados de longo prazo

    No sculo XXI, no h nenhum pas que no possa bancar um sistema abrangentede cuidados de longa durao. O objetivo central desses sistemas deve ser manter umnvel de capacidade funcional em adultos maiores que possuem ou apresentam altorisco de perdas signicativas da capacidade, bem como garantir que esse cuidado sejaconsistente com seus direitos bsicos, liberdades fundamentais e dignidade humana.Isso exigir reconhecer suas aspiraes contnuas com o bem-estar e o respeito.

    Os sistemas de cuidados de longa durao possuem muitos benefcios poten-ciais alm de permitir que pessoas maiores, que dependam de cuidados, vivam

    vidas dignas. Estes incluem reduzir o uso inadequado de sistemas de cuidadosagudos, ajudar as famlias a evitarem gastos exorbitantes com sade e permitir

    que as mulheres tenham papis sociais mais amplos. Ao compartilhar os riscos eencargos associados dependncia de cuidados, os sistemas de cuidados de longadurao podem, assim, contribuir para a coeso social.

    Em pases de alta renda, os desaos para a construo de sistemas abrangentesprovavelmente giram em torno da necessidade de melhorar a qualidade dos cui-dados de longa durao, desenvolver formas nanceiramente sustentveis de pro-porcion-los a todos os que precisam, e melhor integr-los aos sistemas de sade.Em pases de baixa e alta renda, o desao pode ser o de construir um sistema queainda no exista. Nesses cenrios, a responsabilidade do cuidado de longo prazo,

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    muitas vezes tem sido deixada inteiramente s famlias. O desenvolvimento socioe-conmico, o envelhecimento da populao e as mudanas nos papis das mulheressignicam que essa prtica j no mais sustentvel ou equitativa.

    Apenas os governos podem criar e supervisionar esses sistemas. Porm, isso nosignica que o cuidado de longo prazo seja de responsabilidade exclusiva dos gover-nos. Em vez disso, os sistemas de cuidados de longo prazo devem ser baseados em par-cerias explcitas com famlias, comunidades, outros prossionais da sade e o setorprivado, e devem reetir as preocupaes e perspectivas dessas partes interessadas.O papel do governo (geralmente implementado por meio do Ministrio da Sade)ser o de organizar essa parceria, treinar e prestar suporte aos cuidadores, garantirque a integrao ocorra em vrios servios (incluindo com o setor de sade), garantira qualidade dos servios e prestar servios diretamente para aqueles que mais pre-cisam (devido sua capacidade intrnseca baixa ou seu statussocioeconmico). Issopode ser alcanado at mesmo em pases com srias limitaes de recursos.

    O relatrio identica trs abordagens que sero cruciais para o desenvolvi-mento de sistemas de cuidados de longo prazo. So elas:1. Estabelecer as bases necessrias para um sistema de cuidados de longo prazo;2. Construir e manter uma fora de trabalho sustentvel e adequadamente treinada;3. Garantir a qualidade dos cuidados de longo prazo.

    Bases necessrias para um sistema de cuidados de longo prazoOs sistemas de cuidados de longo prazo requerem uma estrutura de governana quepode guiar e supervisionar o desenvolvimento e atribuir responsabilidades parao avano. Isso pode ajudar a denir os principais servios e funes necessrios,as barreiras que podem existir, quem mais adequado para entregar os servios

    e quem melhor pode preencher outras funes, como a formao e a acreditao.Deve-se focar principalmente no desenvolvimento do sistema de maneira queajudem os adultos maiores a envelhecer em lugares adequados para eles e a manter

    vnculos com sua comunidade e redes sociais. Garantir o acesso a esse cuidadoenquanto reduz o risco de que os benecirios ou seus cuidadores tenham dicul-dades nanceiras exigir recursos adequados e um compromisso com a priorizaodo apoio para aqueles com maiores necessidades de sade e nanceira. As princi-pais aes que podem ser tomadas incluem: Reconhecer o cuidado de longo prazo como um importante bem pblico; Atribuir uma clara responsabilidade com o desenvolvimento de um sistema

    de cuidados de longo prazo e planejamento de como isso ser alcanado; Criar mecanismos equitativos e sustentveis para

    nanciar os cuidados; Denir o papel do governo e desenvolver os servios necessrios para

    desempenh-lo.

    Fora de trabalho de sade sustentvel e adequadamente treinadaDesenvolver a fora de trabalho necessria para esses novos sistemas exigir diver-sas aes. Muitas dessas delineadas em relao a sistemas de sade tambm serorelevantes a cuidadores pagos de longo prazo. Porm, uma vez que o campo de cui-

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    dado de longo prazo desvalorizado, uma estratgia adicional crucial dever serelaborada para garantir que cuidadores pagos de longo prazo recebam o statuse oreconhecimento que suas contribuies merecem.

    Alm disso, ao contrrio do que acontece no sistema de sade, a maior partedos cuidadores no sistema de cuidados de longo prazo so atualmente membrosda famlia, voluntrios, membros de organizaes comunitrias e trabalhado-res pagos, porm sem formao. A maioria composta por mulheres. Fornecera formao que lhes permita desempenhar bem o seu trabalho, enquanto alivia oestresse que surge por serem insucientemente informados sobre como lidar comsituaes desaadoras, ser fundamental para a construo de um sistema de cui-dados de longa durao. As principais aes a serem tomadas incluem: Melhorar os salrios e as condies de trabalho dos cuidadores pagos de

    longo prazo e criar planos de carreira que lhes permitam passar para cargoscom maiores responsabilidades e alta remunerao;

    Promulgar legislao que apoie acordos de trabalho exveis ou licenas paracuidadores familiares;

    Estabelecer mecanismos de suporte para cuidadores, como oferecer cuidadosde repouso e recursos de formao ou de informao acessveis;

    Conscientizar sobre o valor e as recompensas da prestao de cuidados, elutar contra normas e papis que impedem que homens e jovens atuem comocuidadores sociais;

    Apoiar as iniciativas da comunidade que aproximam os adultos maiores paraagir como um recurso para a prestao de cuidados e outras atividades dedesenvolvimento comunitrio. Existem grandes exemplos em pases de baixae mdia renda, nos quais voluntrios adultos maiores foram capacitados por

    meio de associaes de adultos maiores para defender os seus direitos e pres-tar cuidados e apoio aos colegas que necessitavam. Esses conceitos podem sertransferveis a cenrios de renda mais alta.

    Cuidados de longo prazo de qualidadeO primeiro passo para garantir a qualidade em cuidados de longo prazo ser o de orientaros servios em direo aos objetivos de otimizar a capacidade funcional. Isso exige que ossistemas e cuidadores vejam como podem otimizar a trajetria da capacidade dos adultosmaiores e compensar a perda da capacidade por meio da prestao de cuidados e trans-formando os ambientes que podem ajudar o adulto maior a manter a capacidade funcio-nal a um nvel que garanta o bem-estar. As principais aes a serem tomadas incluem: Desenvolver e divulgar protocolos ou diretrizes de cuidados que abordem osprincipais problemas; Estabelecer mecanismos de credenciamento para servios e cuidadores

    prossionais; Estabelecer mecanismos formais para coordenar o cuidado (incluindo entre

    servios de cuidados de longo prazo e cuidados de sade); Estabelecer sistemas de gesto de qualidade, a m de ajudar a garantir que o

    foco na otimizao da capacidade funcional seja mantido.

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    Criando ambientes favorveis populao de adultos maiores

    Este relatrio adota o quadro da Classicao de funcionamento, decincia e sadeinternacionalconsiderando que os ambientes incluam todo o contexto no qual vive-mos (56). Isso inclui transporte, habitao, trabalho, proteo social, informao ecomunicao, bem como servios de sade e cuidados de longo prazo, embora estessejam tratados com mais detalhes separadamente no relatrio. O quadro de sadepblica para o Envelhecimento Saudvelidentica um objetivo comum para todaspartes interessadas: otimizar a capacidade funcional. O relatrio explora como issopode ser a lcanado em cinco domnios fortemente interconectados de capacidadefuncional, essenciais para permitir que os adultos maiores realizem as tarefas que

    valorizam, Estas so as habilidades para: Atender s suas necessidades bsicas; Aprender, crescer e tomar decises; Movimentarem-se; Construir e manter relacionamentos; e Contribuir.

    Juntas, essas habilidades permitem que os adultos maiores envelheam de formasegura em um lugar adequado para eles, a m de continuar a desenvolver-se pes-soalmente, contribuir para as suas comunidades e manter a sua autonomia e sade.

    As aes necessrias para promover essas habilidades tomam muitas formas,porm operam de duas maneiras fundamentais. A primeira por meio da cons-truo e manuteno da capacidade intrnseca, tanto reduzindo riscos (como altosnveis de poluio no ar), incentivando comportamentos saudveis (como ativida-

    des fsicas) ou removendo barreiras (por exemplo, altos ndices de criminalidadeou trfego perigoso); ou prestando servios que promovam a capacidade (comocuidados com a sade). A segunda a de permitir maior capacidade funcionalem algum com um determinado nvel de capacidade. Em outras palavras, preen-chendo a lacuna entre o que as pessoas podem fazer devido a seu nvel de capaci-dade e o que poderiam fazer se vivessem em um ambiente favorvel (por exemplo,fornecendo tecnologias de apoio adequadas, fornecendo transporte pblico acess-

    vel ou desenvolvendo vizinhanas mais seguras). Embora as intervenes de nvelpopulacional possam melhorar os ambientes para muitas pessoas maiores emambas as formas, muitas no sero capazes de serem totalmente beneciadas semapoio individualizado.

    Uma vez que muitos setores e atores podem in

    uenciar o Envelhecimento Sau-dvel, uma abordagem coordenada para a poltica e a prtica, que coloca as neces-sidades e as aspiraes das pessoas mais maiores em seu centro, ser crucial. Esterelatrio identica trs abordagens que atravessam quase todos os setores comoprioridades para a implementao. So elas:1. Combater a discriminao etria;2. Permitir a autonomia;3. Apoiar o Envelhecimento Saudvelem todas as polticas e em todos os

    nveis de governo.

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    Combatendo a discriminao etriaOs esteretipos baseados em idade inuenciam comportamentos, o desenvolvi-mento da poltica e at mesmo a pesquisa. Abord-los ao combater a discriminaoetria deve estar no cerne de qualquer resposta de sade pblica ao envelhecimentoda populao. Embora seja desaador, as experincias do combate a outras formasde discriminao generalizada, como o sexismo e o racismo, mostram que as ati-tudes e as normas podem ser alteradas.

    Combater a discriminao etria exigir a criao, e a incorporao no pensa-mento de todas as geraes, de uma nova compreenso de envelhecimento. Isso nopode ser baseado em conceitos ultrapassados de que os adultos maiores so um fardoou em suposies irrealistas de que os adultos maiores hoje evitaram, de alguma forma,os problemas de sade de seus pais e avs. Em vez disso, demanda uma aceitao daampla diversidade da experincia da idade avanada, um reconhecimento das injus-tias que esto muitas vezes subjacentes e uma abertura para perguntar como as coisaspodem ser feitas de maneira melhor. As principais aes a serem tomadas incluem: Realizar campanhas de comunicao para aumentar o conhecimento e a com-

    preenso de envelhecimento entre os meios de comunicao, o pblico em geral,os tomadores de decises polticas, os funcionrios e os prestadores de servios;

    Promulgar legislaes contra discriminao baseada na idade; Garantir que uma viso equilibrada do envelhecimento seja apresentada nos

    meios de comunicao, por exemplo, minimizando o relato sensacionalistade crimes contra pessoas maiores.

    AutonomiaA segunda prioridade transversal permitir a autonomia. A autonomia depende

    fortemente do atendimento das necessidades bsicas de um adulto maior e, por suavez, possui grande inuncia sobre a dignidade, integridade, liberdade e indepen-dncia dos adultos maiores e tem sido repetidamente identicada como um com-ponente central de seu bem-estar geral.

    As pessoas maiores tm o direito de fazer escolhas e assumir o controle de umasrie de questes, incluindo onde vivem, os relacionamentos que tm, o que vestem,como passam seu tempo e se submetem-se a tratamento ou no. O potencial deescolha e controle moldado por muitos fatores, incluindo a capacidade intrnsecados adultos maiores, os ambientes em que vivem, os recursos pessoais e nanceirosque podem levar em considerao e as oportunidades disponveis para eles.

    Uma ao-chave para permitir a autonomia ser maximizando a capacidade

    intrnseca, que amplamente discutida nas estratgias relacionadas aos sistemasde sade. Porm, a autonomia pode ser reforada, independente do nvel de capaci-dade do adulto maior. As aes que podem ajudar a alcanar esse objetivo incluem: Promulgar legislaes que protejam os direitos dos adultos maiores (por exem-

    plo, protegendo-os do abuso), apoiar os adultos maiores na conscientizao edesfrute de seus direitos, e criar mecanismos que podem ser utilizados paraabordar as violaes dos seus direitos, inclusive em situaes de emergncia;

    Prestar servios que facilitem o funcionamento, como tecnologias de apoio eservios baseados na comunidade ou em casa;

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    Fornecer mecanismos para planejamento avanado de cuidados e tomadade decises apoiadas que permitam aos adultos maiores manter o nvel decontrole sobre suas vidas, apesar da perda signicativa de capacidade;

    Criar oportunidades acessveis para aprendizado e crescimento ao longo da vida.

    Envelhecimento Saudvelem todas as polticase em todos os nveis de governoEm um nmero cada vez maior de pases, mais de 1 em cada 5 pessoas tm mais de60anos. Poucas polticas ou servios no iro afet-los de alguma forma. Incluiro Envelhecimento Saudvelem todas as polticas e em todos os nveis de governoser, portanto, crucial. Estratgias e planos de ao nacionais, regionais, estaduaisou municipais de envelhecimento podem ajudar a orientar essa reposta interseto-rial, bem como assegurar uma resposta coordenada abrangendo diversos setorese nveis de governo. Essas estratgias e planos devem estabelecer compromissosclaros com os objetivos e linhas claras de responsabilidade, ter oramentos ade-quados e especicar mecanismos para coordenao, monitoramento, avaliao erelatrio entre os setores. A coleta e a utilizao de informaes desagregadas poridade sobre as capacidades dos adultos maiores tambm sero importantes. Issopode facilitar as anlises de eccia e lacunas em polticas, sistemas e serviosexistentes. Alm disso, os mecanismos para consultar e envolver adultos maioresou organizaes de adultos maiores no desenvolvimento e avaliao de polticaspode ajudar a garantir sua relevncia para populaes locais. Entretanto, existemdiversas outras reas de ao, incluindo: Estabelecer polticas e programas que ampliem as opes de habitao para

    adultos maiores e auxiliem com modicaes no lar que permitam aos adul-

    tos maiores envelhecerem em um local adequado; Introduzir medidas para garantir que os adultos maiores sejam protegidoscontra a pobreza, por exemplo, por meio de esquemas de proteo social;

    Fornecer oportunidades de participao social e de desempenhar papissociais signicativos, visando especicamente os processos marginalizam eisolam os adultos maiores;

    Remover barreiras, estabelecer normas de acessibilidade e garantir a confor-midade em edifcios, transporte e tecnologias de informao e comunicao;

    Considerar o planejamento urbano e as decises de utilizao da terra e seuimpacto sobre a segurana e a mobilidade das pessoas maiores;

    Promover a diversidade da idade e incluso em ambientes de trabalho.

    Melhorar a medio, o monitoramento e a compreenso

    Fazer progressos com o Envelhecimento Saudvelexigir uma compreenso muitomelhor de questes e tendncias relacionadas idade. Muitas questes bsicas per-manecem sem respostas. Quais so os padres atuais do Envelhecimento Saudvel?Eles esto mudando

    ao longo do tempo? Quais so os determinantes do Envelhecimento Saudvel?

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    Resumo

    As desigualdades esto aumentando ou diminuindo? Quais intervenes trabalham para promover o Envelhecimento Saudvele

    em quais subgrupos da populao elas trabalham? Qual o prazo e a sequncia adequada dessas intervenes? Quais so as necessidades de cuidados de sade e cuidados de longo prazo

    entre adultos maiores e quo bem elas esto sendo atendidas? Quais so as reais contribuies econmicas feitas pelos adultos maiores e os

    verdadeiros custos e benefcios de promover o Envelhecimento Saudvel?

    Como um primeiro passo para respond-las, os adultos maiores tero que serincludos nas estatsticas vitais e em pesquisas na populao geral, e as anlisesdesses recursos de informao devem ser desagregadas por idade e sexo. Medi-das adequadas de Envelhecimento Saudvele seus determinantes e distribuiestambm devem ser includas nesses estudos.

    Porm, tambm devem ser promovidas pesquisas em uma gama de setoresespeccos relacionados ao envelhecimento e sade, o que exigir um acordo sobreos principais conceitos e como eles podem ser medidos. Abordagens, como estudosplurinacionais e multidisciplinares devem ser incentivadas, uma vez que podemrepresentar a diversidade de uma populao e investigar os determinantes doEnvelhecimento Saudvele os diferentes contextos dos adultos maiores. Portanto,tambm deve haver envolvimento e contribuio dos adultos maiores, uma vez quepode levar a resultados mais relevantes e inovadores. Ento, conforme conheci-mentos novos e mais relevantes sobre o envelhecimento e a sade so gerados, seronecessrios mecanismos globais e locais para assegurar a sua traduo rpida emprtica clnica, intervenes de sade pblica baseadas na populao ou polticas

    de sade e polticas sociais.Trs abordagens sero cruciais pra melhorar a medio, o monitoramento e acompreenso. So elas:1. Acordo sobre mtricas, medidas e abordagens analticas para o Envelheci-

    mento Saudvel;2. Melhorar a compreenso do statusde sade e necessidades de populaes

    mais maiores e quo bem as suas necessidades esto sendo atendidas;3. Aumentar a compreenso das trajetrias do Envelhecimento Saudvele o que

    pode ser feito para melhor-las.

    Mtricas, medidas e abordagens analticas

    A mtrica atual e os mtodos utilizados no campo do envelhecimento so limita-dos, o que impede uma compreenso slida sobre os principais aspectos do Envel-hecimento Saudvel. necessrio um consenso sobre quais abordagens e mtodosso mais adequados. Estes devero ser elaborados de diversos campos e permi-tir que sejam feitas comparaes e, possivelmente, ligaes de dados coletados dediversos pases, cenrios e setores. As prioridades incluem: Desenvolver e alcanar um consenso sobre mtrica, estratgias de medio,

    instrumentos, testes e biomarcadores para os principais conceitos relaciona-dos ao Envelhecimento Saudvel, incluindo capacidade funcional, capacidade

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    Relatrio mundial de envelhecimento e sade

    intrnseca, bem-estar subjetivo, caractersticas de sade, caractersticas pessoais,herana gentica, multimorbilidade e a necessidade de servios e atendimento;

    Chegar a um consenso sobre abordagens para avaliar e interpretar as trajetriasdessas mtricas e medidas durante o curso da vida. Ser importante demons-trar como as informaes geradas podem servir como contribuies para apoltica, acompanhamento, avaliao, decises clnicas ou de sade pblica;

    Desenvolver e aplicar abordagens melhoradas para testar intervenesclnicas que levam em considerao a diferente siologia de adultos maiores emultimorbilidade.

    Ostatusde sade e necessidades de populaes mais maioresEmbora a pesquisa baseada na populao geral e a vigilncia precisam colocarmaior nfase em adultos maiores, a pesquisa baseada em populao especca sobreadultos maiores tambm necessria para identicar os nveis e a distribuioda capacidade funcional e capacidade intrnseca; como elas mudam ao longo dotempo; e as necessidades de cuidados de sade, cuidados e apoio, e como estas estosendo atendidas. Essa pesquisa poder incluir: O estabelecimento de pesquisas de populao de adultos maiores regular que

    pode reetir em detalhes a capacidade funcional; a capacidade intrnseca;estados de sade especcos; a necessidade de cuidados de sade ou cuidadosde longo prazo ou mudanas ambientais mais amplas e se essas necessidadesesto sendo atendidas;

    O mapeamento de tendncias em capacidade intrnseca e capacidade fun-cional em diferentes coortes de nascimento e determinando se a expectativamaior de vida est associada aos anos adicionais de sade;

    A identi

    cao de indicadores e mecanismos para a

    scalizao contnua dastrajetrias do Envelhecimento Saudvel.

    As trajetrias do Envelhecimento Saudvele oque pode ser feito para melhor-lasA promoo do Envelhecimento Saudvelexigir uma compreenso muito melhorde trajetrias comuns da capacidade intrnseca e da capacidade funcional, seusdeterminantes e a eccia das intervenes para modic-las. As principais aesa serem tomadas para alcanar esse objetivo incluem: Identicar o alcance e os tipos de trajetrias da capacidade intrnseca e da

    capacidade funcional e seus determinantes em diferentes populaes; Quanti

    car o impacto dos cuidados com a sade, cuidado de longo prazo eintervenes ambientais nas trajetrias do Envelhecimento Saudvele identi-

    car os caminhos pelos quais operam; Melhor quanticar a contribuio econmica dos adultos maiores e os custos

    da prestao dos servios de que necessitam para o Envelhecimento Saudvele desenvolver maneiras rigorosas, vlidas e comparveis de anlise de retornosobre os investimentos.

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    Uma ao de sade pblica abrangente relacionada ao envelhecimento da populao

    uma necessidade urgente. Essa ao exigir mudanas essenciais, no apenas no que

    fazemos, mas em como pensamos sobre o envelhecimento em si. O Relatrio mundial

    de envelhecimento e sadedelineia um quadro de ao para promover o Envelhecimento

    Saudvelconstrudo em torno do novo conceito de capacidade funcional. Isso exigir

    uma transformao dos sistemas de sade, longe dos modelos curativos baseados emdoena e para a prestao de cuidados integrales e centrados em pessoas maiores.

    Exigir o desenvolvimento, s vezes do zero, de sistemas abrangentes de cuidados de

    longo prazo. Tambm exigir uma resposta coordenada de outros diversos setores e

    nos vrios nveis de governo. E exigir recorrer a melhores formas de medir e monitorar

    a sade e o funcionamento das populaes maiores.

    Essas aes provavelmente constituem um investimento slido no futuro da sociedade.

    Um futuro que proporciona aos pessoas maiores a liberdade de viver vidas que as

    geraes anteriores podem nunca ter imaginado.

    WHO/FWC/ALC/15 01