Upload
davidson-araujo
View
58
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
CAMPUS DO MUCURI – TEÓFILO OTONI/MG
INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA – ICET
ENGENHARIA CIVIL
TRANSPORTES URBANOS
ÔNIBUS E MICROÔNIBUS
Daniel Gazzinelli
Davidson Araújo
Laudemir Martins
Geuber Campos
Gustavo Miglio
Teófilo Otoni, MG
Abril, 2013.
Daniel Gazzinelli
Davidson Araújo
Laudemir Martins
Geuber Campos
Gustavo Miglio
ÔNIBUS E MICROÔNIBUS
Este trabalho foi apresentado à disciplina
de Transportes Urbanos, do Curso
Superior de Engenharia Civil, da
Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri, sob forma de
aproveitamento de créditos, de pesquisa e
avaliação periódica.
Teófilo Otoni, MG
2013
SUMÁRIO
1. ÔNIBUS CONVENCIONAL ......................................................... 3
1.1 Custos de Investimentos .................................................................................... 3
1.2 Vantagens / Desvantagens ................................................................................ 4
1.2.1 Vantagens ................................................................................................... 4
1.2.2 Desvantagens ............................................................................................. 4
2. MICROÔNIBUS ........................................................................... 5
2.1 Custos de Investimentos do microônibus .......................................................... 6
2.2 Vantagens e Desvantagens ............................................................................... 6
2.2.1 Vantagens ................................................................................................... 6
2.2.2 Desvantagens ............................................................................................. 7
3. CÁLCULO DE INVESTIMENTOS ................................................ 7
4. TIPOS DE PROPULSÃO ............................................................. 8
4.1 Diesel ................................................................................................................. 8
4.2 Gás Natural Veicular .......................................................................................... 8
4.3 Álcool ................................................................................................................. 8
4.4 Tração Elétrica ou Trólebus ............................................................................... 8
4.5 Célula a combustível .......................................................................................... 9
5. CONCLUSÃO .............................................................................. 9
6. REFERÊNCIAS ......................................................................... 10
3
1. ÔNIBUS CONVENCIONAL
De acordo com a Federação das Empresas de Transporte Rodoviário
(Fetranspor), o principal indexador do reajuste das passagens de ônibus é o Índice
de Passageiros por Kilômetro (IPK), que divide os custos de manutenção da frota
pelo número de passageiros. Ou seja, a variável de passageiros perdidos para o
transporte pirata. Mas também são levados em conta os cálculos do reajuste a
inflação e insumos, como o preço dos pneus, combustível e folha de pagamento de
pessoal. Tudo isso entra na planilha de custos das empresas.
Este é o ônibus mais simples do transporte de passageiros, possui cerca
de 10 metros de comprimento e possui uma capacidade máxima de até 85
passageiros, considerando uma densidade dentro do ônibus de até 7
passageiros/m². Por ser mais simples e ter uma força de tração um pouco menor sua
utilização acontece mais nas linhas alimentadoras, que levam os moradores de
bairros mais afastados até algum terminal de integração.
Tendo como demanda máxima 13 mil a 16 mil Passageiros/Hora/Sentido.
Isso quer dizer que pra demandas de médio e pequeno portes o ônibus passa a ser
a melhor forma de veículo para o transporte público de passageiros.
E outra variável que possui grande influência para a definição do sistema
público de transporte coletivo são os custos. Estes custos designados são para a
implantação e para a manutenção do sistema. Contudo, o sistema por ônibus como
já foi mencionado, é o meio mais barato para o transporte público de passageiros,
desde que esteja em sintonia com a demanda, ou seja, locais com grande demasia
de passageiros, como por exemplo 40 mil Passageiros/Hora/Sentido, o
custo/beneficio de colocar uma outra modal seria mais interessante, como os VLT,
VLP e Metrôs.
1.1 Custos de Investimentos
Investimento total do veículo (R$/unid) = 284.000,00;
Vida Útil: 7 anos;
Custo de Manutenção: R$18940,00/mês.
4
1.2 Vantagens / Desvantagens
Operam com freqüência e itinerários pré-estabelecidos, e com tarifas
compatíveis à renda da população.
Tais linhas objetivam a diminuição de algumas das desvantagens dos
serviços ofertados pelas linhas convencionais, mediante o aumento do conforto das
viagens ou a eliminação de paradas intermediárias.
1.2.1 Vantagens
As principais vantagens encontradas no sistema de transporte de
passageiros por ônibus são essas:
- Forma de implantação mais econômica;
- Tráfego acontece na malha viária já existente na cidade;
- Regiões que possuem baixas e médias demandas, a introdução do ônibus se torna
a mais vantajosa devido ao custo x benefício, como por exemplo 15 mil
passageiros/hora/sentido;
- Viabiliza o desenvolvimento e a mobilidade urbana;
- Preço de tarifa, por ser um sistema de implantação mais econômico, se torna mais
barata;
- Possui a flexibilidade de locomoção nas cidades, ou seja, podem desviar-se de
situações de acaso que ocorrem na malha viária;
- Em relação às outras modais, possui o custo de manutenção mais simples e
econômica;
- Podem se adequar para transitarem em vias exclusivas num trecho urbano de
grande fluxo de veículos e pedestres;
- Em sistemas de integração, a utilização do ônibus se torna quase que
indispensável, pois até mesmo em altas demandas, a alimentação, para que
aconteça a integração com outra modal (metrô, VLP, VLT), se faz por ônibus;
- Por ser um material rolante de tração em pneus, consegue-se manter pontos de
paradas mais próximos ao passageiro, raios de distância de cerca de 400m a 500m.
1.2.2 Desvantagens
- Poluição sonora – o nível de ruído causados nos grandes centros devido ao
barulho dos motores, buzinas, frenagem é muito alto;
5
- Poluição Atmosférica – aproximadamente 98% dos ônibus que são produzidos para
trafegar nas cidades são de motor a diesel provocando o acúmulo de gases na
atmosférica;
- Poluição Visual – uma frota mal dimensionada de ônibus pode causar acúmulo da
frota, tornando a visão da cidade mais carregada e saturada;
- Pra demandas acima de 25 mil Passageiros/Hora/Sentido a sua utilização já se
torna inviável, tendo como alternativas o VLP, VLT e Metrô;
- Por transitar em meio ao trânsito, ou seja, possuir interferências de outros meios
(pessoas, motocicletas, automóveis) o nível de congestionamento e acidentes são
bem mais frequentes;
- Frequências baixas, devido ao volume de tráfego, consegue atingir apenas 5 a 6
minutos de intervalos;
- Velocidades médias de operação muito baixas, cerca de 13 km/h a 17 km/h.
2. MICROÔNIBUS
O microônibus é um tipo veículo de transporte de passageiros de forma
semelhante ao ônibus convencional, porém com dimensões menores. Faz utilização
de chassis similares aos de caminhões leves e, portanto, tem uma capacidade de
passageiros menor que o ônibus convencional. Embora utilizado frequentemente em
linhas longas e de grande demanda de passageiros, eles são mais indicados em
linhas de trajeto curto e de pouca demanda ou em lugares onde possuam acesso
restrito, como ruas muito estreitas e de difícil manobra.
Outras formas de utilização deste tipo de veículo podem variar
dependendo da sua finalidade, como fretamento, linhas turísticas e propriedade de
particulares que tenham famílias numerosas. Em algumas cidades, servem para
serviço de transporte seletivo urbano em localidades atingidas pelas restrições
peculiares.
Tomando como referência uma pesquisa realizada pela Associação
Nacional das Empresas de Transportes Urbanos a capacidade dos veículos, a
tendência tem sido de diversificação da frota. Os microônibus já são 18,8% dos
veículos da categoria, melhor distribuídos entre os diversos tamanhos de cidades,
mas também com tendência a maior concentração nos grandes centros urbanos,
onde eles são 23,6% dos veículos usados no transporte público.
6
Não se pode estabelecer, para capacidade de veículos, um ranking de
melhor-pior. Essa característica depende principalmente do volume de demanda nos
corredores, em especial nos horários de pico.
É importante mencionar que os veículos de maior capacidade, como
articulados e biarticulados, geralmente envolvem tempos maiores de
embarque/desembarque e operam dentro de condições limitadas de rampa e raio de
curvatura. Por outro lado, os microônibus, mais ágeis e menos exigentes quanto às
condições da via, oferecem dificuldades para a circulação interna dos passageiros e
controle de tarifas (catracas, validadores etc.).
Tabela 01 - Composição da frota por capacidade dos veículos segundo faixas de tamanho
da população – 2008
Faixa de População Microônibus (%) Cidades pesquisadas
100.000 – 200.000 16,7 59
200.001 – 500.000 14,7 52
500.001 – 1.000.000 5,9 15
Mais de 1.000.000 23,6 7
Total 18,8 133
2.1 Custos de Investimentos do microônibus
Investimento total médio do veículo (R$/unid) = 160.000,00;
Vida Útil: 6 anos;
Custo Médio de Manutenção: R$10.000,00/mês.
2.2 Vantagens e Desvantagens
2.2.1 Vantagens
Quanto as vantagens do microônibus, essas serão em alguns aspectos
semelhantes ao ônibus convencional. Outros aspectos serão distintos, tais como:
- Regiões que possuem demandas mais baixas, assim, o microônibus torna um tipo
de transporte mais vantajoso que o ônibus convencional, devido ao custo x
benefício;
- Fácil acesso, quanto a ruas estreitas e de difícil manobra, sendo uma
solução/vantagem;
7
- Linhas de curto trajeto com baixa demanda de passageiros;
- Tempo de viagem reduzido;
- Podem se adequar a qualquer tipo de via, pelo fato de possuir dimensões
reduzidas.
2.2.2 Desvantagens
Possuem as mesmas três primeiras desvantagens citadas, quanto ao
ônibus convencional. Também se pode dizer que são inviáveis para grandes
demandas e linhas de grandes trajetos.
3. CÁLCULO DE INVESTIMENTOS
Quanto aos custos de investimentos, tanto do ônibus quanto do
microônibus, pode-se dizer que são um conjunto de ações, os quais incluem:
- Custos variáveis – são as despesas que variam diretamente com a quilometragem
percorrida pelos veículos da frota, tais como:
Combustíveis;
Lubrificantes;
Rodagem;
Peças e acessórios.
- Custos Fixos – são os gastos que independem da quilometragem percorrida pelos
veículos da frota, tais como:
Custo de capital ( depreciação e remuneração);
Despesas com pessoal;
Despesas administrativas.
- Tributos:
Impostos, contribuições e taxas que incidem sobre a receita operacional
Aplicar as alíquotas sobre a soma de custos fixos e custos variáveis
ISS, PIS, COFINS, Taxa de Gerenciamento, dentre outros.
Desta forma podemos chegar aos custos totais:
CT = (CV + CF) / (1 – T/100)
onde:
CT = custo total com tributos;
8
CV = custo variável total;
CF = custo fixo total;
T = soma das alíquotas dos tributos.
4. TIPOS DE PROPULSÃO
O intuito desse tópico é mostrar quais as tecnologias existentes de ônibus
e micro-ônibus no mercado, não só nacional, mas em todo o mundo. A questão meio
ambiente é de suma importância num mundo aonde a poluição atmosférica vem
aumentando a cada dia e trazendo prejuízos irreparáveis para a população.
4.1 Diesel
O predomínio do motor a diesel na tração dos ônibus deverá continuar
ainda por muito tempo. Apesar de trazer grandes problemas pros grandes centros
urbanos, no Brasil se tornou quase que uma unanimidade por parte das empresas
operantes. Possui maior velocidade e maior força de tração.
4.2 Gás Natural Veicular
É composto do metano, mais leve que o ar e que se dissipa com
facilidade. O motor a GNV apresenta rendimento energético muito eficiente, porém
inferior ao diesel, tem como vantagem sobre ele devido ao nível de poluição, porém
a falta de mercado, o peso dos cilindros de armazenamento em alta pressão e as
dificuldades de suprimento inibem sua utilização.
4.3 Álcool
Trata-se de uma tecnologia importante, muito menos poluidor, foi utilizado
em várias cidades, porém o elevado consumo e alto custo de manutenção dos
modelos fabricados não são atraídos para os transportes públicos.
4.4 Tração Elétrica ou Trólebus
O trólebus é um tipo de ônibus que utiliza a energia elétrica para tração
em vez de combustível. Por não se tratar de um veículo sobre trilhos (como trem ou
metrô), o trólebus não exige via exclusiva para sua circulação. Pode trafegar no
9
sistema viário já existente, compartilhando-o com outros tipos de veículos
automotores, embora se deva destacar que seu melhor desempenho se dá quando
opera em corredores exclusivos. Com isto, é possível operar com uma maior
velocidade comercial (velocidade média da operação) e transportar um volume muito
expressivo de passageiros.
A adoção de trólebus é vantajosa também para áreas centrais e vias onde
o tráfego de veículos a diesel tem impacto ambiental muito negativo, para a
implantação de trólebus em área central, a variável do impacto no entorno assume
maior relevância. A retirada dos veículos a diesel, mesmo sem implantação de
corredores, pode servir para melhorar a qualidade ambiental de áreas submetidas a
intenso fluxo de pedestres.
4.5 Célula a combustível
A célula combustível - CC - produz energia elétrica diretamente, a partir
de um combustível. Trata-se de uma reação química silenciosa, sem combustão,
realizada com eficiência energética superior à obtida com o gerador convencional. O
combustível ideal para as CCs é o hidrogênio puro. Muitos trabalhos vêm sendo
desenvolvidos em todo o mundo, inclusive no Brasil, visando um futuro no qual o
hidrogênio substitua os hidrocarbonetos.
Para que isso aconteça, no entanto, será preciso resolver problemas relacionados
com o armazenamento e transporte do gás, que apresentam muitas dificuldades,
tornando o seu sistema muito caro.
5. CONCLUSÃO
Podemos dizer que a implantação do transporte de passageiros por
ônibus e/ou microônibus dependeria quase que totalmente das vantagens e
desvantagens a se ter. Pois são realmente esses os critérios para a escolha ideal
pelo transporte. Grandes demandas, como cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a
introdução de outras modalidades, tais como o metrô e o VLT, podem ser saídas de
maior interesse para a cidade, mas vale lembrar que, o ônibus e microônibus
acabarão por ser a forma de integração entre e com outra modalidade, pelo simples
10
motivo de que ele vai alimentar esse sistema. Então, o ônibus e microônibus têm um
fator de suma importância dentro da sociedade brasileira nos dias atuais.
Todos os níveis apresentados devem ser levados em consideração,
pontos de parada, vias, terminais, demanda, pois o sistema funciona em conjunto,
todos dependem de todos, e todas esses pontos devem ser estudados e analisados
pra cada tipo de situação. Lembrando também que, o meio ambiente deve ser
levado em consideração, ou seja, as vezes se consegue utilizar meios que não
polua a natureza.
Atender as necessidades dos usuários dos transporte, ter empresários
competentes que possam gerenciar o sistema de modo coerente e responsável e
não esquecer da comunidade como um todo é de grande valia não só na escolha do
ônibus e microônibus para o transporte de passageiros mas qualquer outra
modalidade que se queira implementar.
6. REFERÊNCIAS
ANTP – AGÊNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES PÚBLICOS. Busca da
eficiência econômica na implantação de sistemas integrados de transporte: a
adequação do perfil da frota. Disponível em:
http://www.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2013/01/10/B011902A-
E58F-46B6-92A3-BAA7AE7F2E73.pdf. Data acesso: 06/04/2013.
NTU – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TRANSPORTE URBANO.
Desempenho e Qualidade nos Sistemas de Ônibus Urbanos. Disponível em:
http://www.ntu.org.br/novosite/mostraPagina.asp?codServico=16&codPagina=355.
Data acesso: 08/04/2013.
__________________. Avaliação Comparativa das Modalidades de Transporte
Público Urbano. Disponível em:
http://www.ntu.org.br/novosite/arquivos/Fric_Kerin.pdf. Data acesso: 08/04/2013.
AGÊNCIA PARÁ. ESTUDO PREPARATÓRIO PARA O PROJETO DE SISTEMA DE
TRANSPORTE DE ÔNIBUS DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM. Disponível
11
em: http://agenciapara.com.br/acaometropole/RelatorioA4/Capitulo_5_FINAL.pdf.
Data acesso: 08/04/2013.
Movimento Não Pago encontra irregularidades na planilha do Setransp e propõe
redução da tarifa de ônibus. Disponível em: http://cajunews.com.br/movimento-nao-
pago-encontra-irregularidades-na-planilha-do-setransp-e-propoe-reducao-da-tarifa-
de-onibus/. Data acesso: 08/04/2013.
Planilha de Apropriação de Custos. Disponível em:
http://www.uberaba.mg.gov.br/portal/acervo/transporte_coletivo/arquivos/PLANILHA
CUSTO2013.pdf. Data acesso: 08/04/2013.