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Opinião REFLEXÕES E DESAFIOS Este ano comemoramos 35 anos de Plantio Direto na Pa- lha. Em 1972, por necessidade e iniciativa do agricultor pioneiro Herbert Bartz, em Rolândia, no Paraná, foi adotado o Sistema de Plantio Direto na Palha (SPDP) como tecnologia alternativa. Apoiado pelas entidades de pesquisa como a Embrapa – Centro Nacional de Trigo - e o Iapar, que tinham experimentos em alguns locais, o produtor colocava em prática este sistema de produção, sem queimadas e sem revolvimento do solo, que logo se transformaria num modelo, hoje praticado e admirado não só no Brasil, como no mundo todo. Em 1976, nos Campos Gerais do Paraná, esta tecnologia também foi adotada por um grupo de produtores que, além de praticar esta agricultura conservacionista, realizava reuniões e dias de campo, onde detalhes deste novo conceito eram discutidos. Em 1979, fundaram o Clube da Minhoca - aquele que foi o pioneiro e que depois teve seu exemplo seguido no Brasil todo, com a criação dos chamados Clubes de Amigos da Terra, Clubes e Associações de Plantio Direto e assim por diante. O acompanhamento da pesquisa, para assegurar esta ini- ciativa se fez cada vez mais necessário, fazendo com que os associados das Cooperativas Arapoti, Batavo e Castrolanda fundassem, em 1983, a Fundação ABC, com sede em Castro, no Paraná, que se transformou numa entidade de validação das técnicas que estavam sendo adotadas. Daí em diante, o SPDP teve sua adoção também por médios e pequenos produtores, incluindo aqueles usuários da tração animal. Cabe ressaltar que a tecnologia gerada para a pequena propriedade foi exportada e adotada por pequenos pro- dutores de vários outros países. E, neste contexto, deve-se creditar o grande trabalho realizado pelas instituições de pesqui- sa e extensão rural dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A região foi alvo de visitas de produtores e técnicos de todo o Brasil e do exterior, transformando-se num modelo da utiliza- ção da agricultura sustentável. Em 1992, fundamos uma instituição de caráter nacional, a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP) que, neste completa, 15 anos. Também em 1992, um grupo de entidades sul americanas, que freqüentemente vinham ao Paraná para conhecer o trabalho aqui realizado, decidiu criar a “Confe- deração de Associações Americanas para uma Agricultura Sus- tentável”, a CAAPAS e, através da FEBRAPDP, representa- mos o Brasil, nesta entidade. Nosso modelo foi e está sendo copiado por diversos paí- ses e utilizado pelo Banco Mundial, FAO e Cirad, em seus programas internacionais. O Plantio Direto expandiu-se pelo Brasil todo e, hoje, te- mos no Brasil mais de 25 milhões de hectares sob o SPDP, que representam 50% da área cultivada com grãos. Estamos fazendo a nossa parte. Agora, estamos partindo para a fase de qualificação do Sistema e objetivamos e a rastreabilidade dos produtos produ- zidos sob esta tecnologia e no futuro a sua Certificação. Além disso, poucos sabem do efeito benéfico do SPD relacionado com o seqüestro de carbono da atmosfera. Vamos tentar também obter créditos da Carbono. Os trabalhos da Federação e o Sistema de Plantio Direto na Palha são reconhecidos mundialmente, mas pouco conheci- dos e divulgados dentro de nosso país. Precisamos do apoio dos órgãos governamentais e políti- cos, para demonstrar, não só ao cidadão brasileiro, como tam- bém ao mundo, que o Brasil é também um exemplo na utiliza- ção de uma agricultura limpa, sustentável, que protege a nature- za, o ar, a água e, portanto, o Meio Ambiente. Boletim Informativo FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIRETO NA PALHA Associada a CAAPAS - Confederación de Asociaciones Americanas para la Agricultura Sustentable Ano 7 Número 28 abril a Junho / 2007 Com o objetivo principal de enrique- cer o conhecimento dos participantes, através de informações e discussões so- bre a gestão sustentável do agronegócio, tendo o Sistema de Plantio Direto na Pa- lha como base do processo, permitindo o avanço da discussão sobre o tema, re- aliza-se nos dias 29, 30 e 31 de agosto o Simpósio de Plantio Direto na Palha: ges- tão sustentável do agronegócio. Promovido pela Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (Febrapdp), o evento trará nomes importantes do ce- nário nacional como o ministro da Agri- cultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes; o Secretário de Es- tado do Meio Ambiente do Paraná, Lindsley da Silva Rasca Rodrigues, além Simpósio sobre Plantio Direto na Palha acontece em agosto O ministro da Agricultura e o secretário de Meio Ambiente do Paraná são algumas das presenças confirmadas no evento de Alexandre Mendonça de Barros, da Fundação Getúlio Vargas. O Simpósio, que será realizado em Ponta Grossa, é garantia de trocas de experiência, preparando produtores, pes- quisadores, profissionais, ambientalistas e estudantes para que atentem sobre a importância de se produzir com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente, através do Plantio Direto. Vale lembrar que o evento comemora os 15 anos de importante e incisiva atua- ção da Febrapdp. As inscrições já estão abertas. Mais informações pelos endereços eletrônicos [email protected] / [email protected] ou pelos telefones (42) 3225-9094 / 3223-9107. Maury Sade Engº Agroº, Diretor Executivo - FEBRAPDP INFORMAÇÕES: 29 a 31 de Agosto de 2007 PONTA GROSSA - PR FONE: (42) 3223 9107 - WWW.FEBRAPDP.ORG.BR INFORMAÇÕES: FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIIRETO NA PALHA Promoção:

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OpiniãoREFLEXÕES E DESAFIOSEste ano comemoramos 35 anos de Plantio Direto na Pa-

lha. Em 1972, por necessidade e iniciativa do agricultor pioneiroHerbert Bartz, em Rolândia, no Paraná, foi adotado o Sistemade Plantio Direto na Palha (SPDP) como tecnologia alternativa.

Apoiado pelas entidades de pesquisa como a Embrapa –Centro Nacional de Trigo - e o Iapar, que tinham experimentosem alguns locais, o produtor colocava em prática este sistemade produção, sem queimadas e sem revolvimento do solo, quelogo se transformaria num modelo, hoje praticado e admiradonão só no Brasil, como no mundo todo.

Em 1976, nos Campos Gerais do Paraná, esta tecnologiatambém foi adotada por um grupo de produtores que, além depraticar esta agricultura conservacionista, realizava reuniões e diasde campo, onde detalhes deste novo conceito eram discutidos.

Em 1979, fundaram o Clube da Minhoca - aquele que foi opioneiro e que depois teve seu exemplo seguido no Brasil todo,com a criação dos chamados Clubes de Amigos da Terra,Clubes e Associações de Plantio Direto e assim por diante.

O acompanhamento da pesquisa, para assegurar esta ini-ciativa se fez cada vez mais necessário, fazendo com que osassociados das Cooperativas Arapoti, Batavo e Castrolandafundassem, em 1983, a Fundação ABC, com sede em Castro,no Paraná, que se transformou numa entidade de validação dastécnicas que estavam sendo adotadas.

Daí em diante, o SPDP teve sua adoção também pormédios e pequenos produtores, incluindo aqueles usuários datração animal. Cabe ressaltar que a tecnologia gerada para apequena propriedade foi exportada e adotada por pequenos pro-dutores de vários outros países. E, neste contexto, deve-secreditar o grande trabalho realizado pelas instituições de pesqui-sa e extensão rural dos Estados do Paraná, Santa Catarina eRio Grande do Sul.

A região foi alvo de visitas de produtores e técnicos de todoo Brasil e do exterior, transformando-se num modelo da utiliza-ção da agricultura sustentável.

Em 1992, fundamos uma instituição de caráter nacional, aFederação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP)que, neste completa, 15 anos. Também em 1992, um grupo deentidades sul americanas, que freqüentemente vinham ao Paranápara conhecer o trabalho aqui realizado, decidiu criar a “Confe-deração de Associações Americanas para uma Agricultura Sus-tentável”, a CAAPAS e, através da FEBRAPDP, representa-mos o Brasil, nesta entidade.

Nosso modelo foi e está sendo copiado por diversos paí-ses e utilizado pelo Banco Mundial, FAO e Cirad, em seusprogramas internacionais.

O Plantio Direto expandiu-se pelo Brasil todo e, hoje, te-mos no Brasil mais de 25 milhões de hectares sob o SPDP,que representam 50% da área cultivada com grãos.

Estamos fazendo a nossa parte.Agora, estamos partindo para a fase de qualificação do

Sistema e objetivamos e a rastreabilidade dos produtos produ-zidos sob esta tecnologia e no futuro a sua Certificação.

Além disso, poucos sabem do efeito benéfico do SPDrelacionado com o seqüestro de carbono da atmosfera. Vamostentar também obter créditos da Carbono.

Os trabalhos da Federação e o Sistema de Plantio Diretona Palha são reconhecidos mundialmente, mas pouco conheci-dos e divulgados dentro de nosso país.

Precisamos do apoio dos órgãos governamentais e políti-cos, para demonstrar, não só ao cidadão brasileiro, como tam-bém ao mundo, que o Brasil é também um exemplo na utiliza-ção de uma agricultura limpa, sustentável, que protege a nature-za, o ar, a água e, portanto, o Meio Ambiente.

Boletim Informativo

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DEPLANTIO DIRETO NA PALHA

Associada a CAAPAS - Confederación de Asociaciones Americanas para la Agricultura Sustentable

Ano 7 Número 28 abril a Junho / 2007

Com o objetivo principal de enrique-cer o conhecimento dos participantes,através de informações e discussões so-bre a gestão sustentável do agronegócio,tendo o Sistema de Plantio Direto na Pa-lha como base do processo, permitindoo avanço da discussão sobre o tema, re-aliza-se nos dias 29, 30 e 31 de agosto oSimpósio de Plantio Direto na Palha: ges-tão sustentável do agronegócio.

Promovido pela Federação Brasileirade Plantio Direto na Palha (Febrapdp), oevento trará nomes importantes do ce-nário nacional como o ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento,Reinhold Stephanes; o Secretário de Es-tado do Meio Ambiente do Paraná,Lindsley da Silva Rasca Rodrigues, além

Simpósio sobre PlantioDireto na Palha

acontece em agostoO ministro da Agricultura e o secretário de Meio Ambiente do Paraná

são algumas das presenças confirmadas no evento

de Alexandre Mendonça de Barros, daFundação Getúlio Vargas.

O Simpósio, que será realizado emPonta Grossa, é garantia de trocas deexperiência, preparando produtores, pes-quisadores, profissionais, ambientalistase estudantes para que atentem sobre aimportância de se produzir comsustentabilidade, respeitando o meioambiente, através do Plantio Direto.

Vale lembrar que o evento comemoraos 15 anos de importante e incisiva atua-ção da Febrapdp.

As inscrições já estão abertas. Maisinformações pelos endereços eletrô[email protected] /[email protected] ou pelos telefones(42) 3225-9094 / 3223-9107.

Maury SadeEngº Agroº, Diretor Executivo - FEBRAPDP

INFORMAÇÕES:

29 a 31 de Agosto de 2007

PONTA GROSSA - PR

FONE: (42) 3223 9107 - WWW.FEBRAPDP.ORG.BR

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FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE PLANTIO DIIRETO NA PALHAPromoção:

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Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha2

Boletim Informativo da FederaçãoBrasileira de Plantio Direto naPalha (FEBRAPDP).Instituída em 20/02/1992Entidade de Utilidade PúblicaFederal (Proc.MJ 15630/97-32)DOU 116-22/06/98Associada a Confederación deAsociaciones Americanas parala Producción AgropecuáriaSustentable

Presidente:Franke Dijkstra

Diretor honorárioHerbert Bartz

Vice-presidentes:Felisberto Dornelles-RSFlávio Faedo-GOHilário Daniel Cassiano-SCJoão Angelo Guidi Jr.-MGLeonardo Coda-SPLuiz Carlos Roos-MSRenato Faedo-BAWillem B. Bouwman-PR

1º secretário:Ivo Mello

2º secretário:Ricardo Ralisch

1º tesoureiro:Manoel Henrique Pereira

2º tesoureiro:Benami Bacaltchuk

Diretor-executivo:Maury Sade

Produção:Eng. agr. Bady Cury, assessortécnico da FEBRAPDPEng. agr. Lutécia Beatriz Canalli,Emater-PR/FEBRAPDP

Jornalista responsável:Luciana AlmeidaMtb. 5347-PR

Diagramação:Matusalem Vozivoda

Impressão:Kugler Artes Gráficas

Endereço:Rua Sete de Setembro, 8002o andar. Conjunto 201, centroPonta Grossa-PRTel/fax: (42) 3223-9107CEP: 84010-350e-mail: [email protected]: www.febrapdp.org.br

EXPEDIENTE

SIMPÓSIO SOBRE PLANTIO DIRETO NA PALHAGESTÃO SUSTENTÁVEL DO AGRONEGÓCIO

Ponta grossa, Paraná29 a 31 de agosto de 2007

PROGRAMAÇÃO TÉCNICADIA 29/08 – QUARTA-FEIRA

Horário ................... Atividade9 às 14 horas ......... Inscrições e entrega de material14 às 16 horas ....... Painel de debate: Sustentabilidade na

visão do produtor14 à -15h30 ............. A importância de produzir com

sustentabilidade - Valorizando o Homem e aTerraFranke Dijkstra – Presidente da FederaçãoBrasileira de Plantio Direto na Palha, Ponta Gros-sa-PRGestão do processo produtivo com eficiên-cia econômica e verticalização da produção noCerradoJosé Paulo Boni – Agrícola Goiás Verde,Cristalina-GOProdução integrada de lavoura compecuária em SPDPJônadan Min Ma – Grupo Mashou Tao, Conquista-MG

15h30 às 15h45 ...... perguntas15h45 às 16 horas . Intervalo16 às 18 horas ....... Painel de debate: Sustentabilidade do

agronegócio e os modelos de assistência técnica eextensão rural

16 às 17h40 ............ Cooperativa LAR – Irineo Rodrigues –Presidente, Medianeira-PR COTRIJAL – LeandroPagliarini – Eng. Agrônomo, Não Me Toque-RSCOAMO – Nei Leocádio Cesconetto – Gerentede Assistência Técnica, Campo Mourão-PREmater-PR – Rubens Niederheitmann – Gerente de Desen-volvimento e Tecnologia, Curitiba-PR

17h40 às 18 horas . perguntas19h30 às 20 horas . Abertura Oficial do Evento20 às 21 horas ....... Conferência de abertura: O Merca-

do Internacional e a Agricultura Brasileira – rumosdo AgronegócioMarcus Vinícius Pratini de Moraes– Presidente da ABIEC, São Paulo-SP

21 horas .................. Coquetel

DIA 30/08 – QUINTA-FEIRA8 às 12h10 .............. Painel de debate: Gestão dos recur-

sos naturais8 às 9h30 ................ Bloco IAquecimento global e Mudan-

ças climáticas: O potencial do Sistema Plantio Dire-to na mitigaçãoCarlos Gustavo Tornquist – Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RSGestão da água em sistema de produção sobplantio diretoJosé Eloir Denardin – Embrapa Trigo,Passo Fundo-RS

9h30 às 9h45 .......... Perguntas9h45 às 10 horas ... Intervalo para café10 às 10h20 ............ Espaço Empresa10h20 às 11h50 ...... Bloco IIQualidade estrutural do solo

associada à sustentabilidade do SPDP CássioTormena – Universidade Estadual de Maringá,ParanáSistema Agropecuário de Produção Integrada- SAPI: um instrumento para a Qual idade eCertificaçãoMárcio Antônio Porto Carrero – Secretá-r io de Desenvolvimento Agropecuário eCooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento, Brasília-DF

11h50 às 12h10 ...... Perguntas12h10 às 14 horas . Intervalo para o almoço14 às 16h30 ............ Painel de debate: Perspectivas e ten-

dências14 às 16 horas ..... Rastreabilidade da produção em SPDP

– valorizando a produção sustentávelAntônioCarlos Campos – Cooperativa Batavo, Carambeí-PRBiotecnologia, SPDP e o Agronegócio brasi-leiro: um potencial ou uma ameaça?BenamiBacaltchuk – Embrapa Trigo, Passo Fundo-RSSustentabilidade no processo de produção deBioenergiaDenizart Bolonhezi – APTA/IAC, Ribei-rão Preto-SP

16 às 16h20 ............ Perguntas16h20 às 16h40 ...... Intervalo para café16h40 às 17 horas . Efeitos da matocompetição precoce na

produt iv idade da sojaJiancarlo Jul iani –DowAgroSciences, Londrina-PR

17 às 18h30 ............ Painel de debate: A rotação de cultu-ras como estratégia de manejo

17 às 18h15 ............ Rotação de culturas como uma estraté-gia para o controle de plantas daninhasIngo Kliewer– Agrosus/Atlântica SementesRotação de culturascomo uma estratégia para o controle de. pragas edoençasOlavo Correia Silva – Fundação ABC, PontaGrossa-PR

18h15 às 18h30 ...... Perguntas

DIA 31/08 – SEXTA-FEIRA8 às 8h45 ................ Palestra:Gestão dos recursos naturais

com base na legislação ambiental e no uso doSISLEGLindsley da Silva Rasca Rodrigues – Secretá-rio de Estado do Meio Ambiente– SEMA, Curitiba-PR

8h45 às 9 horas ..... Perguntas9 às 9h30 ................ Resultado do Rally da Safra 2007 – es-

tado atual do Plantio Direto no BrasilGuilherme Bas-tos – Agroconsult/Fundação Agrisus. Florianópolis-SC

9h30 às 9h40 .......... Perguntas9h40 às 10 horas ... Intervalo para café10 às 10h45 ............. Palestra: Macroeconomia e Tendênci-

as de mercadoAlexandre Mendonça de Barros – Fun-dação Getúlio Vargas, São Paulo-SP

10h45 às 11 horas . Perguntas11 às 12 horas ....... Conferência de encerramento: Políti-

cas governamentais de crédito e incentivo vincula-das à sustentabi l idade econômica, social eambientalReinhold Stephanes – Ministro da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, Brasília-DF

12 às 12h15 ............ Encerramento

O programa técnico poderá sofrer alterações sem aviso prévio

OBS: Ficha de Inscrição nas páginas 7 e 8

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Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha 3

Parceria garante difusão doPlantio Direto sem herbicidas

A UFSC e a EPAGRI estão desenvolvendo pesquisas em três estações experimentais,contando com a parceria com agricultores e Ongs

*Professor da UFSC/Centro de Ciências Agrárias/Departamentode Engenharia Rural ([email protected])

Jucinei José Comin*

A expressiva expansão do Sis-tema de Plantio Direto (SPD) temcomprovado, de maneira clara, osseus benefícios, embora, em geral,o ele permaneça dependente doemprego de herbicidas para a su-pressão das culturas de cobertura edas plantas espontâneas que sur-gem durante os cultivos.

O Plantio Direto pode ser umimportante passo na transição dosistema de agricultura convencio-nal ao agroecológico, mas para issoé imperativa a busca de práticas quemantenham as espécies potencial-mente competidoras em níveis nãoprejudiciais aos cultivos, e que secompreendam os efeitos de diferen-tes culturas de cobertura na supres-são das plantas espontâneas. Até opresente, pouco se tem feito paradesenvolver o SPD sem o uso deherbicidas, o que seria um passoimportante do ponto de vistaambiental, econômico e social.

Como forma de amenizar e re-verter os problemas associados aocontrole químico das plantas espon-tâneas, busca-se conciliar a produ-ção econômica com preservação/recuperação ambiental. Isto podeser alcançado, em parte, pela ado-ção e melhoramento de formas decultivo que mantenham as vanta-gens do Sistema de Plantio Direto,sem a necessidade de utilização deherbicidas.

Através do projeto de extensãoe pesquisa participativa: “Teste e

difusão de sistemas agroecológicosde melhoramento do solo para agri-cultores familiares do Sul do Brasil”- com financiamento da FundaçãoCS-Fund/Warsh-Mott Legacy (Es-tados Unidos) -, a Universidade Fe-deral de Santa Catarina (UFSC) e aEPAGRI estão desenvolvendo pes-quisas em três estações experimen-tais, em Ituporanga, Campos Novose Chapecó, e em parceria com agri-cultores e diversas OrganizaçõesNão-Governamentais (Ongs), estãoestabelecendo pelo menos 50 uni-dades de estudo (demonstrativas/experimentais) em propriedades agrí-colas.

Para definir o melhor sistema decontrole de plantas espontâneas ede melhoria do solo, serão testadasem consórcio as espécies de cober-tura de inverno centeio, ervilhaca enabo forrageiro em quatro densida-des de semeadura. As culturas deverão receberão adubação orgâni-ca e serão implantadas emmonocultivos e em policultivos emfaixas (ex: milho e feijão, tomate ecebola, soja e milho).

Os agricultores serão habilita-dos a medir, utilizando indicadoresespecíficos, os melhores tratamen-tos no controle de plantas espontâ-neas, pragas e doenças, a qualida-de do solo e a produtividade da cul-tura econômica. As unidades deestudo das propriedades agrícolasserão utilizadas como objeto de dis-cussão e formação de técnicos, es-

tudantes e agricultores, onde serãorealizados dias de campo para vali-dação e divulgação de sistemasagroecológicos de melhoramento dosolo.

Com os resultados de um expe-rimento conduzido em 2005/06, foipossível verificar que, na estação doinverno, os consórcios centeio +ervilhaca + nabo forrageiro ou cen-teio + ervilhaca e nabo + ervilhacaproporcionaram maior eficiência naprodução de biomassa, cobertura dosolo e controle das populações deespontâneas. O uso de centeio emmonocultivo apresentou desempe-nho intermediário, enquanto centeio+ nabo e a testemunha apresenta-ram os piores resultados.

O efeito das culturas de cober-tura no controle de plantas espon-tâneas ficou evidente a partir dos 80dias após a semeadura, enquantoque aos 112 dias apareceram dife-renças entre tratamentos, favoráveisao trio de espécies. Os resultadospermitiram destacar a importância daervilhaca, que integrou os melhorestratamentos. Entre as vantagens desua utilização, citam-se a fixação bi-ológica de N, num período de de-senvolvimento diferenciado dasoutras duas espécies e um hábitode crescimento que facilitou a co-bertura total da área, dificultando o

desenvolvimento de plantas espon-tâneas. Além disso, o trio se benefi-ciou de efeitos sinérgicos, no qualhouve uma germinação rápida docenteio, posterior desenvolvimen-to do nabo e, quando estes entra-vam em senescência, ocorreu o picode crescimento da ervilhaca, que seapoiou nos ramos e talos das ou-tras espécies para crescer, forman-do uma densa camada protetora dosolo.

Este mesmo desempenho dostratamentos, quanto ao controle dasplantas espontâneas, repetiu-se du-rante o cultivo de feijão, quando sedeterminou 2,2 ton/ha de biomassade plantas espontâneas no tratamen-to com centeio + ervilhaca + naboforrageiro contra 4 ton/ha do trata-mento sem cultura de cobertura.

Quanto ao rendimento do feijão,em função do período prolongadode estiagem, somente foi possível ocultivo na safrinha, onde se verifi-cou impactos negativos da falta dechuvas em todos os tratamentos.No entanto, os maiores rendimen-tos do feijão foram obtidos no trata-mento com o trio de espécies (830kg/ha), seguido de centeio emmonocultivo (750 kg/ha) e o con-sórcio centeio + ervilhaca (640 kg/ha), ao passo que o tratamento tes-temunha obteve somente 260 kg/ha.

Benami Bacaltchuck é o novodiretor-presidente da Fepagro

Desde maio, Benami Bacaltchuck é onovo diretor-presidente da Fepagro

O 2º tesoureiro da Federação Brasileira dePlantio Direto na Palha (Febrapdp), engenheiroagrônomo Benami Bacaltchuck assumiu o car-go de diretor-presidente da Fundação Estadualde Pesquisa Agropecuária (Fepagro), que traba-lha na elaboração de pesquisas voltadas ao de-senvolvimento da agropecuária do Rio Grandesdo Sul. A solenidade de posse, que aconteceuno mês de maio, foi presidida pelo secretário daCiência e Tecnologia, Pedro Westphalen, e con-tou com a presença dos secretários da Agricul-tura, João Carlos Machado; da Irrigação, Rogé-rio Ortiz Porto, e do deputado estadual, JerônimoGoergen, além dos presidentes da Cientec,Fapergs e Irga, e de representantes do Conse-

lho de Veterinária e da Embrapa.Na oportunidade, Bacaltchuck falou sobre a

importância das pesquisas desenvolvidas pelaFundação e das potencialidades de todas as suasáreas de atuação. “Precisamos disponibilizar aexcelência dos trabalhos da Fepagro para a soci-edade”, afirmou. Como objetivo, o novo presi-dente buscará incrementar os trabalhos já de-senvolvidos com as secretarias da Agricultura eda Irrigação e com a Emater.

Vale lembrar que Bacaltchuck é graduado pelaUniversidade de Passo Fundo. É mestre em Agro-nomia pela Universidade do Estado de Washing-ton e PhD em Comunicação de Massa e Jornalis-mo pela Universidade do Estado de Wisconsin.

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Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha4

CARTA ABERTA AOS AGRÔNOMOS Fernando Penteado Cardoso*

Pela segunda vez dirijo-me à classe dos engenheiros agrônomos e os convido a refletir sobre o mesmo assunto: AAgricultura Conservacionista Baseada no Plantio Direto.

Em Abril de 1993, quase 15 anos atrás, lancei um apelo veemente a todos os meus colegas da pesquisa, da divulgaçãoe do assessoramento rural, dizendo: “Estudem esse assunto sem preconceitos, com interesse e com senso de responsa-bilidade para o problema. Os solos se formaram ao longo de milhares de anos pelo acúmulo superficial de resíduos. Suaestrutura e vida biológica se baseiam na deposição do material orgânico, camada sobre camada, por tempos imemoriais.Não há o que temer em retornar às regras da natureza”.

Em Abril de 2001, organizamos a Fundação Agrisus-Agricultura Sustentável com a missão de “Estimular a capacitaçãoe o aperfeiçoamento profissional, bem como incentivar a pesquisa agronômica e a extensão rural, com a finalidade degerar, desenvolver e difundir tecnologias destinadas a otimizar a fertilidade da terra de forma sustentável e favorável aomeio ambiente”.

Por ocasião do Dia do Agrônomo, em outubro de 2006, ao comemorar na ESALQ meus 70 anos de formatura,rememorei de improviso minha longa carreira, destacando fatos notórios por mim testemunhados, dentre eles “o adven-to dos herbicidas que permitiram a instalação do Sistema do Plantio Direto, que é a maior garantia, até hoje inventada,de manter a fertilidade do solo”.

Estamos diante de fato recente, que é mais que uma tecnologia, pois se trata de um novo ambiente agrícola, quandoadotamos o sistema do “solo imperturbado recoberto de resíduos” sobre 22 milhões de hectares.

Urge aceitar e acreditar nesse novo ambiente agrícola que representa, na realidade, uma involução tecnológica aoretornar às condições primitivas, quando a serapilheira recobria a superfície do solo.

Agora, as operações mecanizadas não destroem mais a rede fasciculada de canalículos deixada, tanto pelas raízesem cabeleira, como pela variada fauna multiplicada em novo ambiente, mais propício por menores oscilações da tempe-ratura e umidade.

Não mais destruímos por gradagens sucessivas a estrutura granulosa do solo, dissociando grumos e liberandoargilas que, ao migrarem para o subsolo, formam camadas adensadas impermeáveis, os incômodos “pés de grade”.

Grades e arados não misturam mais com a terra os adubos fosfatados, quimicamente imóveis no solo, deslocando-se apenas por efeitos biológicos ou quando arrastados pela água, através das galerias deixadas pela bio-atividade.Formam-se sítios de alto P, assim alterando a dinâmica da assimilação pelas raízes, bem como atenuando o problemada fixação.

Ao facilitar sua penetração, não se perde mais água por escorrimento, evitando-se a erosão com suas danosasconseqüências. Infiltrando-se, as águas alimentam os lençóis freáticos e, em seqüência, os aqüíferos mais profundos.Aumenta-se a vazão dos olhos d’água, crescem os estoques subterrâneos e evitam-se os assoreamentos dos manan-ciais, dos córregos e dos rios.

A manta orgânica em decomposição renova continuamente o húmus e os ácidos húmicos que permeiam pelosinterstícios da porosidade, com seus efeitos benéficos sobre as propriedades físicas e químicas do solo.

As culturas comerciais, desde o estágio de plântulas, não mais são submetidas ao estresse causado pelas altastemperaturas do solo e pelas oscilações extremas da umidade.

Estamos frente a um novo e diverso ambiente agrícola com relação ao solo cultivado, que nem sempre vem sendodevidamente reconhecido. A tradição do preparo mecanizado da terra, com a percepção visual pictórica da terralavrada colorida, ainda está gravada em nosso inconsciente.

Cumpre ter a coragem de mudar os conceitos, de renovar o inconsciente, de reformular as apostilas, de ousareliminar a imagem da aração anual da terra. Estamos em uma nova fase da agricultura tropical, em um país privilegiadoonde não há preocupação com o aquecimento rápido de um solo ainda gelado pelo inverno.

Estamos ainda aprendendo essa nova agricultura em ambiente de solo imperturbado recoberto de resíduos. Hámuito que se pesquisar, ainda, para gerar tecnologias adequadas e para conhecer os fenômenos que regulam essastecnologias.

Vamos definir regras para renovar satisfatoriamente a manta em contínua decomposição. Vamos investigar ascondições ótimas para as bactérias e fungos fixadores de N ainda que não simbióticos. Vamos determinar as plantas decobertura que melhor reestruturam o solo. Vamos pesquisar espécies, como as Brachiarias, que deprimem fungos enematóides prejudiciais às lavouras. Vamos inventar nova amostragem de terra que identifique os sítios de alto P.

Vamos difundir o novo ambiente de produção agrícola. Vamos praticar eficientemente uma agricultura tropical ondefaz calor e chove, com estiagem para as colheitas. Vamos, enfim, tornar sustentável o muito que já se fez, como indicamas 130 milhões de toneladas de grãos estimadas para este ano, ao lado de recordes da cana, dos citros, do café, dascarnes, das demais frutas, das hortaliças e das flores.

No dia do sexto aniversário da Agrisus, proclamo estes convites a meus colegas, que tanto têm feito pela nossaagropecuária, congratulando-me com todos.

* engenheiro agrônomo sênior, ESALQ-USP

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Boletim Informativo Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha 5

Campanha alerta sobre riscodas queimadas e aragem

As técnicas acabam prejudicando a estrutura do solo e a sustentabilidade da agricultura

Alguns produtores de mi-lho da região Sul de MinasGerais estão lançando mão detécnicas de manejo, como aqueimada e a aragem do solo,para extermínio de pragas edoenças nos milharais. Poucossabem, no entanto, que tais téc-nicas acabam também com amatéria orgânica, prejudican-do, em curto prazo, a estrutu-ra do solo e, em longo prazo, asustentabilidade da atividadeagrícola e o meio ambiente.

Por conta desse cenário, aSementes Agroceres - marcacom mais de 60 anos de mer-cado e que conta comtecnologia Monsanto - estálançando na região uma cam-panha de orientação aos agri-cultores para a utilização detécnicas que contribuam paraa produtividade da lavoura,com respeito ao meio ambien-te, especialmente na dissemi-nação de informações sobre osbenefícios do Sistema PlantioDireto e da rotação de cultu-ras. “É importante que os pro-dutores saibam que algumaspráticas, aliadas ao cultivo demilho sobre milho, como estáacontecendo na região, au-mentam as pragas e as doen-

ças da lavoura, acarretando naqueda de produtividade. Sãoestas informações que o timede técnicos da SementesAgroceres levará ao campo”,adianta o gerente distrital daMonsanto, Lamartini Martins.

Desde o início do mês dejunho, os produtores sul-mi-neiros estão sendo alertados,por meio de folhetosexplicativos, palestras e cam-panhas no rádio e na televisão,quanto aos riscos da adoçãode queimadas e aragem para omilharal. “Com o tempo,ambas as práticas fazem comque as culturas percam a esta-bilidade produtiva em situaçõesde veranicos e a longevidadedas máquinas, em especial dostratores, por conta da poeiraque esses tipos de manejo pro-vocam”, explica o especialistado departamento de Desenvol-vimento Tecnológico daMonsanto, Dimas Cardoso.

Plantio Direto: a soluçãoPara ajudar a contornar os

crescentes problemas agríco-las em ambientas da região, acampanha desenvolvida pelaMonsanto levará, aos agricul-tores, os benefícios da adoção

do Sistema de Plantio Diretona Palha, o único capaz de su-portar uma agricultura susten-tável, tanto em termosambientais, como de produti-vidade.

A técnica é baseada em cin-co fundamentos: a eliminaçãodas operações de preparo dosolo; uso de herbicidasdessecantes; obtenção de boacobertura morta ou palhada,utilização de plantadeiras espe-cíficas e a rotação de culturas.

Entre os benefícios da prá-tica conservacionista do Plan-tio Direto estão o aumento damatéria orgânica no solo; a di-versificação de coberturascom maior permanência nosolo; a retenção de água nosolo e redução de temperatura(solos arenosos); a facilidadeno controle de plantas dani-nhas nas culturas; o seqües-tro de carbono, que evita con-taminação da atmosfera; amelhoria da fertilidade do solopela reciclagem de nutrientese diversificação do sistemaradicular, redução depatógenos de solo (soja/feijão– Rizoctonia, Fusarium,

Das assessorias

Sclerotinia - Mofo branco emilho Cercospora, Diplodia eAntracnose) devido ao desen-volvimento de fungos antagô-nicos (Trichoderma spp) e aredução da compactação su-perficial pela presença de co-bertura durante todo ano.

Tecnologia e TradiçãoA Sementes Agroceres tem

mais de 60 anos de confiança.A Monsanto é uma das empre-sas que mais investem em pes-quisas no mundo. Juntas, elasproduzem um portfólio com-pleto de sementes híbridaspara Safra e Safrinha. Maisque isso, por conhecer as di-ferentes características daagricultura brasileira, é a mar-ca que mais cresce no merca-do de alto investimento e a quepossui o melhor portfólio dehíbridos precoces e super pre-coces.

Para a região Sul de MinasGerais, os híbridos indicadospara a produtividade e manu-tenção do Plantio Direto são:AG 7010, AG 7088 e AG 8088.

Confira mais informações no sitewww.sementesagroceres.com.br

A Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulohomenageou o engenheiro agrônomo Marçal Zuppi, com a MedalhaFernando Costa. A solenidade aconteceu no último dia 20 de abril. Zuppifoi homenageado como destaque na área da iniciativa privada, por suasatividades frente à Gerência de Educação e Treinamento da ANDEF.

Na ocasião, Zuppi defendeu que a homenagem, mais que ao profissi-onal, deveria ser estendida a ANDEF. “Isso pelo reconhecimento ao tra-balho de educação e treinamento, há anos desenvolvido em todo o país,para uso correto e seguro dos insumos fitossanitários, essenciais à defesada produção e da produtividade em nossa agricultura”, disse.

Marçal Zuppirecebe homenagem

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Mais de 90% dos agricultoresbrasileiros devolvem as embalagensvazias de defensivos agrícolas. É oque apontou a pesquisa contratadapelo Instituto Nacional deProcessamento de Embalagens Va-zias (inpEV) e realizada pelo institu-to Kleffmann Group. A pesquisaavaliou os resultados da campanhaeducativa para agricultores “A Na-tureza Agradece”, de iniciativa dopróprio inpEV, veiculada em rede na-cional de televisão por meio de es-paços gratuitos obtidos com oapoio do governo federal, nos perí-odos de maio e junho de 2006 e no-

Pesquisa aponta que 94% dosagricultores devolvem embalagens

vembro de 2006 e fevereiro desteano.

A pesquisa também revelou que98% dos produtores realizam a la-vagem das embalagens vazias dedefensivos agrícolas, sendo que95% deles executam a prática nomomento adequado, ou seja, na horada aplicação do produto. Do totalda amostragem, 85% dos entrevis-tados têm conhecimento sobre a le-gislação que regulamenta a devolu-ção desses recipientes.

No que diz respeito à campanha,lembrada por 90% dos agricultoresentrevistados, 83% associaram-na

ao personagem símbolo: o espanta-lho Olímpio; 97% aprovaram a cam-panha e 87% afirmaram que esta ini-ciativa provocou efeitos práticos nodia-a-dia. Foram entrevistados 521agricultores dos Estados da Bahia,Goiás, Minas Gerais, Mato Grossodo Sul, Mato Grosso, Paraná, RioGrande do Sul e São Paulo. A mar-gem de erro da pesquisa é de 5% e onível de confiança de 95%.

Segundo a gerente de Comuni-cação e Educação do inpEV, JulianaWernek, os resultados surpreendeme comprovam o elevado grau deconscientização ambiental adquiri-

do pelo agricultor brasileiro. “Inici-almente os procedimentos de lava-gem e devolução das embalagensvazias foram estimulados por umalegislação e, hoje, após cinco anosde início do programa, podemos afir-mar que já foram incorporados à ro-tina dos produtores rurais. Os re-sultados positivos são motivos deorgulho para todos os envolvidos:agricultores, distribuidores, coope-rativas agrícolas, indústria fabrican-te e poder público”, avalia.

Assessoria de imprensa do inpEVFonte: Agrolink

Foram entrevistados 521 agricultores dos Estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo

ASPIPP organiza III Encontro deAgricultura Irrigada na Palha

Com o objetivo de difundir epromover o bom uso de novastecnologias e atender ao desejodos produtores de preservar osrecursos naturais, como a água, aAssociação do Sudoeste Paulistade Irrigantes e Plantio na Palha(ASPIPP) promove o III Encontrode Agricultura Irrigada na Palha.

O evento será realizado nos dias3 e 4 de julho de 2007, no HotelGringo’s, em Holambra II, emParanapanema, Estado de São Pau-lo. A expectativa é de que mais de

150 participantes, dentre eles pro-dutores rurais da região e interessa-dos em aprimorar técnicas, além deconhecer as inovações do setor.

De acordo com osorganizadores do evento, a partirdo tema “Agricultura Sustentá-vel: Visão de Futuro” pretende-se manter os empresários ruraisatualizados quanto às práticascorretas da utilização da água,conservação do solo, com o co-nhecimento das novas pesquisase inovações tecnológicas e, tam-

bém, para o conhecimento das di-versas opções de comercializaçãodos produtos para redução dosriscos inerentes a atividade.

Ainda de acordo com dadosdos organizadores, a região dosudoeste paulista possui boa dis-ponibilidade hídrica o que fez comque fossem instalados conjuntosde irrigação para diversas cultu-ras. “Embora a região tenha umaboa precipitação anual média de1.300mm, a chuva é mal distribuí-da, causando sérios prejuízos

pelos veranicos a que estão su-jeitas as nossas lavouras desequeiro” afirma.

Segundo o presidente daASPIPP, engenheiro agrônomoAlfonso Adriano Sleutjes, a idéiado evento nasceu da necessida-de de reunir profissionais paradiscutir, informar e integrar sobreo tema irrigação e meio ambiente.

Para participar, os interessa-dos podem se inscrever pelo te-lefone (14) 3769 1788 ou atravésdo e-mail [email protected].

No último dia 24 de maio, realizou-se o VI En-contro Regional de Plantio Direto, em Pirassununga,com a organização do Clube Amigos da Terra - Gru-po de Plantio Direto de Pirassununga e Região(CAT-GPDP) e da Coopercitrus, com o apoio doSindicato Rural de Pirassununga e da Prefeitura docampus da USP, além do patrocínio da TatuMarchesan, Stoller, Credicitrus, Basf, Jacto,Syngenta e Pioneer. Na ocasião, foram homenage-ados como destaque da agricultura, o engenheiroagrônomo, Nicanor de Carvalho; os produtores Al-ceu Rohwedder e Herbert Bartz.

EncontroRegional dePlantio Direto

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Solo Tropical Xico Graziano*“O Estado de São Paulo”

24/04/2007

A conservação do solo se destaca na agen-da da agricultura sustentável. Base da produ-ção, é na fartura da terra que vinga a riqueza dasplantas e dos animais, fornecendo alimentos, edos animais, fornecendo alimentos matérias-pri-mas e, agora, energia renovável. Cuidar do soloé garantir o futuro.

O Dia Mundial da Conservação do Solo secomemora em 15 de abril. A data homenageia onascimento, em 1881, do norte-americano HughBennett, considerado o pai da conservação dosolo. Um pioneiro.

Antiga bandeira da agronomia, por aqui oconservacionismo rural ganhou forma por voltade 1960, quando deslanchou a agricultura co-mercial. Foi nessa época que o combate da ero-são virou credo da boa prática agrícola.

Acontecia que, derrubada a mata, as torren-ciais chuvas arrebentavam o terreno plantado,provocando enxurradas de lama. Farta vegeta-ção atlântica cedia lugar a terríveis voçorocas,tristes cicatrizes na natureza. Algo de erradoacometia a agricultura tropical.

Os agrônomos reagiram. A ordem era o plan-tio em curvas de nível, evitando “descer o mor-ro” com arado. Tal prática, um verdadeiro horrortécnico, se implantou para facilitar que os ani-mais, bois ou burros, agüentassem puxar oimplemento, rasgando o solo na inércia da des-cida. Coisa de antigamente.

Com a força da tratorização, surgiram os “ter-raços”. Trata-se de um ondulado patamar, le-vantado sobre o terreno, exigido para cortar adescida da água. Quanto mais inclinada a su-perfície, mais próximos uns dos outros, osmurunduns da terra. Uma idéia sensata contra omal da erosão.

Na década de 1970, em pleno regime militar,o Instituto Nacional de Colonização e ReformaAgrária (Incra) premiava os melhores agriculto-res do País, medindo a produtividade da terra eseu cuidado com o solo. Concursos se promo-viam do país afora. Expediam-se medalhas e di-plomas de reconhecimento aos produtores ru-rais, pelos préstimos à Pátria. Bons tempos.

A conservação do solo fez escola, criouparadigma. Naqueles tempos de devastação flo-restal, parecia subversivo defender a natureza.Uma turma aguerrida, porém enfrentou a para-da. Notáveis profissionais destacaram-se noextinto Departamento de Engenharia e Mecâni-ca Agrícola (Dema), órgão da Secretaria da Agri-cultura paulista. Guido Ranzani, 92 anos, lúcido,professor aposentado da gloriosa Esalq, emPiracicaba, bem representa essa geração, cujosseguidores se espalharam pelo serviço públicoe tiveram na equipe do Instituto Agronômico deCampinas (IAC) sua grande expressão.

A urbanização acelerada, todavia, exigia es-cala e rapidez da produção rural. E a pressa éinimiga da perfeição. A campanhaconservacionista sucumbiu à modernização daagropecuária verificada pós-1970. O fantasmada erosão do solo fazia sério estrago na roça,assoreando córregos, engolindo sementes, le-vando fertilizantes. O plantio em nível não resis-tia ao terror da enxurrada. Que fazer?

Em 1973, o agricultor Herbert Bartz experi-mentou em Rolândia (PR) uma nova técnica co-nhecida como “plantio direto”. Logo em segui-da, as cooperativas regionais a introduziram noscampos. Recém-criados, a Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (Embrapa) e o InstitutoAgronômico do Paraná (Iapar) participaram danovidadeira empreitada. Sinal de sucesso.

Resultado: nascia outro método, este, sim,revolucionário no combate à erosão do solo.Qual a diferença? O plantio direto renega a araçãoe a gradeação do terreno, realizando a semeadu-ra sem revirar o solo. Parece incrível, mas essamudança significou o “pulo-do-gato” da agri-cultura brasileira.

Minhoca só aparece em solo fértil. Em 1979surge, em Ponta Grossa, no Paraná, o primeiro“Clube da Minhoca”. Depois, apareceram os“Clubes Amigos da Terra”. Cresce em todo oPaís o movimento em favor do Sistema de Plan-tio Direto (SPD).

Com o avanço da tecnologia mecânica e ouso de herbicidas biodegradáveis, o novo pro-

cesso se aprimorou, expandindo-se pelo Cerra-do no Centro-Oeste. O resultado é, simplesmen-te, fantástico. Sem arar nem gradear, gasta me-nos combustível, não compacta o solo, custamais barato e ainda elimina a erosão. Só vendopara crer.

A mudança do paradigma científico se en-contra num livro extraordinário, intitulado Ma-nejo Ecológico do Solo, lançado, em 1979, pelaagrônoma Ana Maria Primavesi. Nunca, antes,alguém expusera, com tanta clareza, a diferençaentre as características do solo tropical e tempe-rado. Tornou-se um ícone entre o moderno e oconservacionismo.

Nos países frios, revirar o solo com aradoexpõe sua profundeza, aquecendo-o ao sol nofinal do inverno. Surge benéfico. Nos trópicos, oefeito é deletério, pois expõe o solo úmido ao raiotorturante, queimando sua matéria orgânica. Ani-quila, em vez de estimular, a vida microbiana. Pior:libera carbono para a atmosfera.

A mecanização intensiva provoca acompactação do solo, geralmente na linha de 30centímetros abaixo da superfície. Cria uma cros-ta dura para as raízes, impermeável no terreno,incapaz de oferecer percolação para a água dachuva. Favorece, dessa forma, a erosão. Bê-á-bá da nova da nova Agronomia.

Cadê centímetro de solo exige séculos parase formar. Custa uma fortuna na contabilidadeda natureza. Nesses tempos de aquecimentoglobal, teme-se pela desertificação, que drama-ticamente já se verifica em certas áreas agrícolasdo mundo, incluindo o semi-árido nordestino.Nova batalha terá de ser vencida pelosconservacionistas.

A cada época, um desafio. Parece um alerta,quase um castigo, como se aos agricultores fos-se necessário sempre lembrar que o solo épatrimônio da humanidade.

*Xico Graziano, agrônomo, é secretáriodo Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

E-mail [email protected]: xicograziano.com.br.

O plantio direto foi o ‘pulo do gato’ da agricultura brasileira.

INSCREVA-SEAté 30 de julho de 2007Profissionais / Produtores ............................................. R$ 200,00Grupo acima de 10 pessoas / Estudantes ....................... R$ 180,00

Após 30 de julho de 2007Profissionais / Produtores ............................................. R$ 220,00Grupo acima de 10 pessoas / Estudantes ....................... R$ 200,00

*Inclui: livro de resumos das palestras, pasta, crachá, certificado,acesso às plenárias, coquetel, coffee break e dois almoços no local doevento (dias 30 e 31 de agosto de 2007).

Forma de Pagamento:1-Antecipado :Depósito em conta corrente ou doc:Feito em nome da Federação Brasileira de Plantio Di-

reto na Palha, CNPJ 95.679.445/0001-56, Banco do Brasil,agência 0485-5 - conta corrente 5241-8.

As inscrições serão efetivadas a partir do recebimen-to das fichas de inscrição e do comprovante de pagamen-to bancário da taxa de inscrição, que deverão ser encami-nhadas por fax (42) 3225 - 9094 ou por e-mail [email protected], anexando o compro-vante escaneado.

2- No evento :Pagamento em espécie ou cheque nominal à Federa-

ção Brasileira de Plantio Direto na PalhaOBS: não serão aceitos cartões de crédito

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Em Julho de 2007:

III Encontro de AgriculturaIrrigada na PalhaAgricultura Sustentável: Visão do FuturoData: 3 a 4 de julho de 2007Local: Paranapanema - SPInformação: Fone: (14) 3769-1788 -email: [email protected]

Em Julho de 2007:

X Simpósio da Cultura de MilhoData: 10 a 12 de julho de 2007Local: Piracicaba - SPInformações e inscrições: (19) 34175-6604 / 34175-6601com Maria Eugenia. Fax (19) 3422-2755, ou e-mail:[email protected]

Em Agosto de 2007:

Simpósio Internacional emIntegração Lavoura-PecuáriaData: 23 a 15 de agosto de 2007Local: Curitiba - PRInformações e inscrições: (41) 3350-5601, ou e-mail:[email protected]

Agende-seEm Agosto de 2007:

Simpósio Sobre PlantioDireto na PalhaGestão Sustentável do AgronegócioData: 29 a 31 de Agosto de 2007Local: Ponta Grossa - PRInformação: email: [email protected]

Em Setembro de 2007:

Simpósio sobre problemas de nu-trição e de doenças de plantas naagricultura moderna: ameaças àsustentabilidade?Data: 20 a 21 de setembro de 2007Local: Piracicaba-SPInformações e inscrições: (19) 3433-3254, ou e-mail:[email protected] ou www.ipni.net

Em Agosto de 2008:

11º Encontro Nacionalde Plantio Direto na PalhaLocal: Londrina - PR

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Cidade: UF: CEP: E-MAIL:

Fone/Fax: CPF: Data Nascimento:

Profissão: Empresa / Instituição:

Sexo: feminino masculino

Categoria da Inscrição: PROFISSIONAIS PRODUTORES ESTUDANTES