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SEMINÁRIO DE TURISMO RURAL - OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS PRODUTOS QUALIFICADOS NO TURISMO GASTRONÓMICO. A EXPERIÊNCIA DE PORTUGAL. Por Teresa Santos – Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE)

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SEMINÁRIO DE TURISMO RURAL - OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

PRODUTOS QUALIFICADOS NO TURISMO GASTRONÓMICO.

A EXPERIÊNCIA DE PORTUGAL.

Por Teresa Santos – Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e

Economia (APTECE)

PORTUGAL HOJE

PORQUÊ?

Produzimos e cozinhamos ideias NOS TERRITÓRIOS

CRIAMOS ÁGUA NA BOCA! Juntamos todos os ingredientes numa estratégias para inserção num espaço mais amplo.NO MUNDO

A receita é termos uma cultura alimentar diversificada, que encontra a diferenciação nos diferentes territórios e nos seus produtos.

O segredo é nunca separarmos o turismo da agricultura, do agroalimentar e da cultura.

No nosso menu valorizamos sempre o que é de qualidade reconhecida, autêntico e genuíno.

O nosso prato forte são os projetos compostos por produtos locais e muita promoção e internacionalização.

É TUDO DE COMER E CHORAR POR MAIS!

“Levar um garfo ou

uma colher à boca é

a última etapa de

um percurso

demarcado pela

história e pela

geografia”.

Stefano Padulosi

Nós ainda temperamos

sempre tudo com as

TRADIÇÕES, as CRENÇAS,

as RAZÕES DE CARÊNCIA

ou ABUNDÂNCIA, as

FESTAS e a PARTILHA, as

GENTES e o

SABER-FAZER. Contando

sempre uma boa

HISTÓRIA ou LENDA!

HISTÓRIA DA SOPA DE

PEDRA DE ALMEIRIM!

E o velho Frade disse

- Trago comigo uma pedra capaz de fazer a

melhor sopa do Mundo. Quer provar?...

…o caldo cheirava que era um regalo. Ele

comeu e lambeu o beiço. Depois de

despejada a panela, ficou a pedra no

fundo. A gente da casa, que estava com os

olhos nele, perguntou:

- Ó senhor Frade, então a pedra?

Respondeu o Frade:

- A pedra, disse sorrindo, lavo-a e levo-a

comigo para uma próxima vez.

Assim fazemos

ENTENDER a

GASTRONOMIA, a

CULINÁRIA e os

PRODUTOS

ENQUADRADOS NUM

DETERMINADO LUGAR

ou seja NO SEU

TERRITÓRIO. Porque é

onde se deve pedir e

como se deve comer!

AÇORDA ALENTEJANA É NO ALENTEJO!

“A alimentação cimenta o

território”.

Stéphen Bernary

TRIPAS É À MODA DO PORTO!

• não se dissocia do seu meio

porque nele que se inspira e

se alimentou.

• implica interação e uma

dialética entre a história, a

paisagem, o clima, as

atividades dos homens e as

suas práticas.

E COMO FAZEMOS

ACONTECER?

Trabalhando processos de

qualificação que são

demonstradores da

credibilidade de um património

que revele identidades locais e,

ao mesmo tempo e que seja

fator de desenvolvimento e

sustentabilidade para

produções agrícolas e

agroalimentares.

Depois, criando experiências

turísticas e promovam o

turismo gastronómico e de

culinária como sinónimo da

excelência da qualidade e

das especificidades dos

produtos utilizados.

O RESULTADO É QUE SE

COME MUITO BEM,

LEVANDO A QUE SE

PRODUZA MAIS E MELHOR.

Disse Laurence Berard que:

“Existe uma grande familiaridade entre os

produtos e as pessoas. Importa identificar as

produções para as dar a conhecer e melhor as

valorizar. Assim podemos contribuir para voltar a

dar sentido ao território”.

É bem verdade e nós estamos a fazer!

No turismo e para o turismo cada

território deve ser um espaço

decifrado e (re)construído. Mas só

ganhará destaque, quando:

• houver entendimento de que é

um campo complexo, que obriga

a um método de análise e de

interpretação multidimensional:

• Recursos ambientais

• Economia e Política

• Cultura, história e

identidade, tradições e

saberes

• Informação e divulgaçãoCOMO O COZIDO À PORTUGUESA. VÁRIOS TIPOS DE INGREDIENTES, E É PERFEITO!

Temos de plantar bem para colher

melhor:

IDENTIFICAR e QUALIFICAR para

VALORIZAR e INFORMAR. Esta é raiz

segura para defender o património

agrícola, agroalimentar e

gastronómico.

A não identificação, a não qualificação

para valorização e o desconhecimento

podem conduzir ao aparecimento de

produtos que se propõem substituir

culturas tradicionais, destruindo a

diversidade e os equilíbrios ambientais.

Mas também a autoestima das

comunidades rurais.

AS MELHORES CEREJAS SÃO DO

FUNDÃO!

NÓS TRABALHAMOS PRODUTOS

QUALIFICADOS (até aquele que não é nosso

mas que dele nos apropriamos – o Bacalhau

seco salgado - ), informamos sobre as suas

especificidades, modos próprios preparação

(cura e salga) e de confeção e consumo (e

de bacalhau são mais de 1001 receitas). Esta

é forma de garantir a preservação de

tesouros alimentares e gastronómicos

assentes em técnicas ancestrais e tradições

assentes em conhecimentos e práticas de

séculos de adaptação ao seu ambiente

específico.

DIVULGAMOS E PROMOVEMOS PARA

DEFESA E VALORIZAÇÃO, pois os recursos

são pilares de uma dinâmica económica,

cultural e social que reforça a autoestima e o

sentimento de pertença das comunidades.

AQUELE QUE MAIS NOS AFAMA, NÃO É NOSSO!

MAS O QUE NOS LEVOU A TUDO

ISTO?

Se ANTES os produtos e as receitas

de populações rurais não mereciam

figurar na mesa de quem vinha de

fora, escondendo-se o que era

específico e característico das gentes

ditas do povo.

HOJE, nova e compensadora é a

visão da gastronomia local, revelada,

fundamentalmente, como um gesto

de identidade, mas também de

partilha e de entrega, que desperta,

estimula e reforça as sociabilidades.

A ALHEIRA? TALVEZ!- O chouriço dos Judeus, identitário de Portugal -

AFINAL PORQUE IMPORTA HOJE GASTRONOMIA NO TURISMO?

• É um dos maiores ativos qualificadores e

de diferenciação

• É um poderoso atrativo para atrair

visitantes a um destino;

• É um dos 3 atrativos mais comentados

numa experiência de viajem;

• Enriquece a oferta turística do destino e

é um forte dinamizador das economias

locais/regionais;

• É contributo para a descentralização;

• É transversal a todos os produtos

turísticos

• É um ativo poderoso para esbater a

sazonalidade

EMBLEMÁTICA CATAPLANA, TODO O ANO!

E QUAL O NOSSO REFERENCIAL DE ORIENTAÇÃO PARA O TURISMO GASTRONÓMICO E DE CULINÁRIA?

AS 10 TENDÊNCIAS1st World Forum on Food Tourism UNWTO

1. Entender o turismo gastronómico como integrador de múltiplos setores e realidades;2. Trabalhar o turismo gastronómico com o compromisso da sustentabilidade;3. Globalizar preservando a origem e a autenticidade de cada lugar;4. Contribuir para o desenvolvimento as economias locais;5. Estimular e incentivar a cooperação e a coordenação de esforços;6. Contribuir para salvaguardar a “humanização” da experiência bem como das narrativas;7. Considerar o consumidor como parte integrante e ativa do turismo gastronómico e culinária;8. Entender e desenvolver o turismo gastronómico e culinário com parte da paisagem (em sentido holístico);9. Dar continuidade no desenho de novos projetos e estratégias;10. Inovar de forma contínua.

Continuar a apostar na diversidade e

nos produtos de qualidade

reconhecida, nomeadamente, DOP,

IGP e ETG como o maior contributo

para a reputação da gastronomia

local/regional, para aumentar o

turismo e as exportações,

permitindo aos consumidores

reconhecer que é a alternativa

segura, mais saborosa, com

significado cultural e um valor de

pertença.

MAS EM PARTICULAR

ESTAMOS ORIENTADOS COM O REFERENCIAL ESTRATÉGICO PARA FUTURO DO TURISMO DE PORTUGAL

ESTAMOS CERTOS QUE CONTRIBUIMOS PARA ESTES NÚMEROS

BASE: TURISTAS CHECK-IN/OUT | N=873 INQUIRIDOSP3. GOSTARIA DE LHE PERGUNTAR QUAIS OS MOTIVOS PORQUE ESCOLHEU PORTUGAL PARA VISITAR?

MOTIVOS DA ESCOLHA POR PORTUGAL

82% consideram a gastronomia elemento estratégico na definição da marca e imagem do seu destino - Inquérito feito pela Organização Mundial de Turismo, junto dos seus membros afiliados

Impacto económico estimado - 30% das receitas turísticas

Mesmo quando não é a principal motivação na escolha, desempenha um papel cada vez maior.Estimando-se a procura acima de 20 milhões de viagens anuais.

E, É ASSIM EM PORTUGAL.TUDO DE COMER E CHORAR POR MAIS!

COMO PORTUGAL, O CEARÁ

TAMBÉM O PODE SER…

tem atrativos naturais e culturais

tem tipicidade para criar

identidade etnica/local/regional

tem história e estórias

tem fartes

e também queijo de coalho,

tilapia, camarão, caranguejo e

lagosta, linguiças, cabritos e carne

de sol, e muito, muito mais…

tem de agarrar as oportunidades

que o turismo gastronómico e de

culinária dá… e tem de ser agora!

“tem de acontecer, porque tem de ser

e o que tem de ser tem muita força

e sei que vai ser, porque tem de ser

se é pra acontecer, pois que seja agora”.

Os Deolinda